21ª Edição

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O Pilão

Nº 21 | Outubro 2018 | Distribuição gratuita

ENTREVISTA AO DR. DIOGO GOUVEIA Feira de Emprego Primeira edição da Feira de Emprego do NEF/AAC

Roteiros de Coimbra Sugestões de um sábado por Coimbra

SEMANA DO CALOIRO


Ficha Técnica

Editorial

Caros leitores,

É com incalculável orgulho que apresentamos a 21ª edição da revista do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra, O Pilão.

O Pilão é a revista informativa do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra.

Direção Editorial Cátia Almeida e Maria Aquino

Grafismo e Paginação Cátia Almeida e Maria Aquino

Redação Ana Margarida Ribeiro, Ana Palma, Bruno Sequeira, Carla Almeida, Cátia Almeida, Carolina Costa, Carolina Rodrigues, Catarina Batista, Eduardo Torres, Helena Pinto, Lúcia Parente, Margarida Ribeiro, Maria Aquino, Pedro Oliveira, Patrícia Oliveira e Rute Carvalho

Tiragem | 250 exemplares Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra Polo das Ciências da Saúde Azinhaga de Santa Comba 3000-548 Coimbra

nefaac.pt /opilao.nefaac opilao@nefaac.pt @opilao.nefaac

Sabemos que os nossos leitores são ávidos de novos conhecimentos e, por esse motivo, procurámos fazer o nosso melhor, trazendo conteúdos atuais e relevantes na área farmacêutica e da saúde em geral que, de alguma forma, possam contribuir para o incremento da cultura e espírito crítico de quem nos lê. Foi uma caminhada longa, mas estamos exultantes em poder regalar todos aqueles que nos leem com esta nova edição, repleta de novidades, tanto das atividades do nosso Núcleo de Estudantes, como também com entrevistas envolventes, como é o caso da entrevista com o Dr. Diogo Gouveia, uma personalidade de relevo da atualidade no setor farmacêutico ou da Professora Doutora Maria Manuel Silva, rosto bem conhecido da nossa casa. Sendo esta uma edição voltada para os caloiros, queremos dar as boas-vindas a todos eles e agraciá-los com algumas das rubricas que lhes são direcionadas. Podem desfrutar do Diário de um Caloiro, onde encontram testemunhos de alguns dos seus colegas, relativos a estes primeiros momentos da vida académica. Contamos também com o Espaço Pedagógico, onde são evidenciadas as funções dos Órgãos de Gestão da FFUC e Órgãos de Governo da UC, que geram muitas dúvidas, principalmente nos estudantes mais novos. E não podíamos deixar de mencionar a nossa mais recente rubrica, Roteiros de Coimbra, na qual pretendemos dar a conhecer aos novos estudantes não só locais emblemáticos da cidade de Coimbra, mas também alguns espaços mais recônditos e que não são do conhecimento de todos. Desta forma, tencionamos que os nossos leitores explorem estas áreas e usufruam delas, de modo a potenciar ao máximo a sua vivência nesta cidade que é dos estudantes. Por fim, queremos enaltecer todos aqueles que connosco colaboraram e que nos ajudaram a elevar o nível d’O Pilão, nomeadamente, a Ana Rita Rodrigues, a Ana Sofia Meireles, a Catarina Diogo, a Cristiana Fernandes, o Dr. Diogo Gouveia, o Diogo Migueis, a Professora Doutora Maria Manuel Silva, o Rafael Duarte, a Raquel Chá-Chá, a Rita Ladeira, o Rodrigo Dias Almeida, o Rodrigo Ribeiro e a todos os pelouros do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra, em especial o pelouro da Pedagogia. A todos eles, um sentido agradecimento. Esperamos que desfrutem ao máximo desta leitura! A equipa d’O Pilão


ÍNDICE 6 | NEF/AAC 2018/2019 9 | IPSF World Congress 9 | III Dose Extra 10 | Sessões de Integração dos novos estudantes 10 | Roteiros de Coimbra 12 | Espaço Pedagógico- Órgãos de Gestão da FFUC e Órgãos de Governo da UC 14 | Grande Entrevista - Dr. Diogo Gouveia 19 | Semana do Caloiro 20 | NEF/AAC na Festa das Latas e Imposição de Insígnias’18 21 | Feira de Emprego 21 | III Volley Cup 22 | Na sombra de Maria Manuel Silva 24 | Farmácia Além-Fronteiras 25 | Farmácia Além-Fronteiras - SEP Team 2018 26 | Diário de um Caloiro

NÚCLEO DE ESTUDANTES DE FARMÁCIA DA ASSOCIAÇÃO ACADÉMICA DE COIMBRA

APOIOS INSTITUCIONAIS

PATROCINADORES

geral@nefaac.pt

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239 488 400

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Gostas do que lês e julgas que podes acrescentar valor ao Pilão? Manifesta a tua vontade de integração na equipa através do e-mail opilao@nefaac.pt.

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MENSAGEM DA PRESIDENTE DO NEF/AAC

No início de mais um ano letivo gostaria de, em primeiro lugar, congratular os novos alunos pela sua chegada ao ensino superior, à Universidade de Coimbra e, em particular, à Faculdade de Farmácia. Aos restantes colegas, mais maturos na tradição Coimbrã, deixo os meus votos de um excelente regresso ao trabalho para mais um ano repleto de memórias. Com já quase 32 anos de existência ao dispor dos seus estudantes, o Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC) tem, hoje cada vez mais, a responsabilidade de se assumir perante os seus estudantes e respetivos interesses, na construção dos profissionais de excelência do amanhã. É neste sentido que, para o atual mandato, a Direção do NEF/AAC, encarnada nos seus onze pelouros, idealiza atividades dos diversos âmbitos, desde o recreativo ao pedagógico e passando pela formação dos quase 1500 estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Candidatámo-nos às estruturas dirigentes do NEF/AAC sob o lema «A tua Convicção, a Nossa Ambição» porque cremos nos estudantes, nas suas capacidades de trabalho, nas ambições de serem melhores e de terem mais conhecimentos. No setor da saúde em que estamos inseridos, a evolução do conhecimento é uma constante. É desta forma que, neste ano, apostaremos na educação e promoção para a saúde como fator basilar na nossa instrução profissional e, por conseguinte, na literacia em saúde. O nosso objetivo como profissionais do setor farmacêutico deverá ser sempre marcar a diferença na comunidade, garantindo uma sociedade mais consciente e sábia. Num mercado competitivo e exigente como o que vivemos atualmente, torna-se crucial que os nossos estudantes tenham a máxima experiência sobre as diferentes áreas de intervenção da futura profissão. Assim, fomentar os estágios extracurriculares e o conhecimento dos estudantes relativo às inúmeras saídas profissionais do setor, torna-se crucial no plano de atuação do NEF/ AAC. 4


A área pedagógica será outro ponto marcante: numa necessidade constante de ligação entre os estudantes e os Órgãos da Faculdade, é dever do NEF/AAC auscultar os problemas e descontentamentos dos estudantes, esclarecer as suas dúvidas e atuar, garantindo o ensino de excelência que os alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra merecem. Contaremos também, com a nossa casa-mãe, a Associação Académica de Coimbra (AAC), com 130 anos de história e resiliência de luta pela causa estudantil, dando voz aos estudantes de Coimbra. Paralelamente, teremos sempre a Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF), da qual o NEF/AAC foi membro fundador, garantindo a representação, defesa e desenvolvimento dos estudantes de Farmácia por todo o país. O NEF/AAC não tem a tarefa facilitada, pois os nossos estudantes são exigentes e querem mais, querem ser melhores. E a nossa equipa compromete-se a assegurar estas mesmas exigências, na certeza que suportamos nos ombros o trabalho de 31 gerações na construção dos profissionais excecionais do amanhã. Prontos para mais um ano.

A Presidente da Direção do NEF/AAC,


NEF/AAC - 2018/2019

Norteados pelo espírito pró-ativo e dinâmico característico dos estudantes que representam, é pretensão dos membros da nova Direção do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra centrar-se na representação, defesa e crescimento pessoal e profissional de toda a comunidade académica da Faculdade de Farmácia. Seguem-se algumas das principais ambições que cada pelouro manifesta para o atual mandato.

COMUNICAÇÃO E IMAGEM

O pelouro da Comunicação e Imagem é responsável pela imagem das atividades promovidas pelo NEF/ AAC, desempenhando um papel essencial na divulgação das mesmas nas redes sociais Facebook e Instagram. Além disso, está encarregue da manutenção do website do NEF/AAC, do Concurso de Fotografia e da criação de workshops de Adobe Photoshop e Microsoft PowerPoint, sendo este último realizado em parceria com o pelouro da Pedagogia. Os Coordenadores: Inês Constâncio, Marco Santos e Paulo Rodrigues

EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO PARA A SAÚDE

O pelouro da Educação e Promoção para a Saúde do NEF/AAC tem como objetivos formar e informar todos os alunos, preparando-os para enfrentar os desafios da futura carreira profissional. Para isso, realizam-se formações/atividades que despertam os estudantes para a importância de um estilo de vida saudável, de um bom aconselhamento e da ajuda ao próximo. As Coordenadoras: Cristina Costa e Gisela Martins

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ESTÁGIOS E SAÍDAS PROFISSIONAIS

O pelouro dos Estágios e Saídas Profissionais tem como bandeiras o fornecimento de novas oportunidades aos estudantes, no que refere a estágios extracurriculares e diversas outras formações no âmbito das saídas profissionais. Neste mandato, para além da continuidade das atividades realizadas anteriormente, como o Programa de Estágios Extracurriculares do NEF/AAC, o Programa de Mentoring, entre outros, realizámos também a primeira edição da Feira de Emprego, com o intuito de criar uma maior proximidade dos estudantes com as diferentes empresas, nas quais poderão vir a ingressar. Os Coordenadores: Fábio Ferreira e Sílvia Araújo

FORMAÇÃO

O pelouro da Formação do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra rege-se por um simples princípio: fornecer ferramentas e conhecimentos aos estudantes da FFUC para que estes se tornem a representação do Setor Farmacêutico de excelência. Através de trainings em soft skills, palestras formativas e ainda atividades mais ambiciosas como o nosso congresso e simpósio anuais, pretendemos fomentar o desenvolvimento de espírito crítico e a busca por novos conhecimentos. Os Coordenadores: Ana Dinis e Guilherme Arrais

GABINETE DE APOIO AO ESTUDANTE

O Gabinete de Apoio ao Estudante é um elo de ligação entre o Núcleo de Estudantes de Farmácia e a comunidade estudantil. Através deste pelouro podes inscrever-te em atividades dinamizadas pelo Núcleo, esclarecer as tuas dúvidas sobre as mesmas e ainda adquirir merchandising nomeadamente, batas, pen drives, CDs das tunas, entre outros. As Coordenadoras: Ana Francisca Pinto e Beatriz Nascimento

INTERVENÇÃO CÍVICA E SOCIAL

Alguma vez quiseste fazer voluntariado? Já pensaste que os estudantes poderiam envolver-se mais no âmbito ecológico e social? O pelouro da Intervenção Cívica e Social tem como principais objetivos aproximar os estudantes à sociedade, de modo a colaborarem com a mesma numa ação de mútua entreajuda, bem como permitir que os mesmos possam obter as ferramentas necessárias para o seu bem-estar ao nível de saúde, económico, psicológico, cultural, etc. No fundo, queremos que estejas em sintonia com o ambiente que te rodeia. As Coordenadoras: Inês Ribeiro e Sara Cardoso

O PILÃO

O pelouro O Pilão representa a revista do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra, onde podes encontrar informações relevantes da área da saúde, entrevistas com professores da faculdade e personalidades notáveis do ramo farmacêutico, artigos sobre as atividades do teu Núcleo e muito mais! Podes encontrar-nos também nas redes sociais Facebook e Instagram onde divulgamos notícias atuais do setor farmacêutico e da saúde em geral. As Coordenadoras: Cátia Almeida e Maria Aquino

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PEDAGOGIA

O pelouro da Pedagogia tem como objetivo intervir junto dos alunos da FFUC a nível pedagógico para dar resposta e colmatar todas as dúvidas e questões sobre este tema que possam surgir durante todo o percurso académico. Para além disto, queremos continuar a fomentar a importância do associativismo para o estudante e a relevância dos vários Órgãos, tanto da FFUC como da UC. Assim, procederemos à realização de atividades como tertúlias, inquéritos pedagógicos e workshops para que a Pedagogia chegue a todos os alunos.

As Coordenadoras: Francisca Gonçalves e Joana Cadima

RECREATIVO - VERTENTE CULTURAL O pelouro Recreativo - Vertente Cultural tem como principal propósito fortalecer a proximidade dos estudantes à Academia e à Tradição Coimbrã. Com o objetivo de potenciar o conhecimento, elevar os níveis de cultura, apostar na integração e no convívio, são desenvolvidas diversas atividades dirigidas a toda a comunidade integrante da FFUC. Acreditamos que a dinamização de iniciativas de índole recreativa e cultural contribuem para uma memorável passagem pela Universidade e que são um complemento indispensável à formação e vida de qualquer estudante. As Coordenadoras: Joana Duarte e Rita Pereira

RECREATIVO - VERTENTE DESPORTIVA

O pelouro Recreativo - Vertente Desportiva tem como objetivos a promoção da prática de exercício físico e a estimulação à implementação de estilos de vida mais saudáveis entre os estudantes da faculdade. O pelouro pretende também dinamizar atividades que explorem a vertente científica do desporto e providenciar conhecimentos que constituam uma mais-valia para o futuro dos estudantes, enquanto profissionais de saúde. É também pretensão deste pelouro realizar atividades de cariz recreativo que visem a integração e a união de todos os estudantes. Os Coordenadores: Fábio Cordeiro e João Pinheiro

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O pelouro das Relações Internacionais prima por proporcionar aos nossos estudantes experiências de interculturalidade, dando-lhes a conhecer não só novas culturas, como também todas as possibilidades internacionais que se encontram ao seu dispor, quer sejam saídas profissionais, programas de mobilidade ou mesmo eventos de cariz internacional que possam servir de enriquecimento curricular. Assim, por forma a promover esta expansão de horizontes, realizamos diversas atividades que permitem aos alunos adquirir conhecimentos sobre esta realidade internacional, tendo grande destaque o Student Exchange Programme (SEP), as Jornadas da Mobilidade e a promoção de eventos da European Pharmaceutical Students’ Association (EPSA) e International Pharmaceutical Students’ Federation (IPSF). O Coordenador: Filipe Mendes

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IPSF WORLD CONGRESS

Por Pedro Oliveira

Realizou-se, de 30 de julho a 8 de agosto, o 64º IPSF World Congress com o lema “FROM LAB TO COUNTER: The Different Pharmacists’ Profiles And Their Constant Contribution To Global Health”, realizado, este ano, na Argentina. O grande objetivo passou por demonstrar como farmacêuticos de todo o mundo desenvolvem estratégias de maneira a contribuir para uma melhoria da saúde global. Este congresso contou com workshops focados no trabalho de equipa para integração dos participantes e campanhas de saúde pública de forma a informar, prevenir e educar a comunidade para problemas específicos, com o intuito de promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Foi possível assistir a diversas conferências de especialistas em numerosas áreas do ramo farmacêutico e a apresentações de teses de estudantes deste setor, as quais foram avaliadas por um Comité de Admissão e de Avaliação, composto por profissionais das respetivas áreas. Teve também lugar uma Assembleia Geral, na qual delegados oficiais das organizações-membro discutiram o futuro da Federação e elegeram o próximo Comité Executivo, o local onde se realizará o congresso subsequente e debateram potenciais atividades relativas à saúde pública e à promoção da Federação.

III DOSE EXTRA

Por Bruno Sequeira

No dia 17 de outubro, decorreu a primeira palestra da terceira edição da Dose Extra, uma vez mais organizada pelo pelouro da Formação. O tema da sessão foi “A influência do Ritmo Circadiano na Toma de Medicamentos” e contou com a presença de algumas das investigadoras do grupo de Neuroendocrinologia e Envelhecimento do Centro de Neurociência e Biologia Celular da Universidade de Coimbra. A Professora Doutora Cláudia Cavadas deu início à sessão, começando por fazer a apresentação do restante painel de oradoras e dos temas que iriam ser focados por cada uma delas. A Doutora Laetitia Gaspar iniciou o ciclo de apresentações, expondo alguns conceitos introdutórios relacionados com o tema, de forma a permitir que todos pudessem compreender os assuntos que iriam ser abordados. A sua intervenção incidiu ainda sobre uma perspetiva mais histórica e sobre as metodologias de medição do ciclo circadiano. Seguiu-se a Professora Doutora Ana Rita Álvaro que destacou a importância do sono na manutenção de um ritmo circadiano regulado. Para além disso, relacionou o ritmo circadiano com a idade do indivíduo, destacando as possíveis consequências que o envelhecimento pode ter. A sessão continuou com a intervenção da Professora Doutora Alexandrina Ferreira Mendes que abordou a relação existente entre o ritmo circadiano e a inflamação, destacando o seu impacto nas patologias com componente inflamatória e nas suas terapias. Por fim, a Professora Doutora Cláudia Cavadas falou da relevância do conhecimento do ritmo circadiano por parte do farmacêutico, dos efeitos prejudiciais da sua dessincronização e das estratégias para a sincronização. É de salientar a grande adesão por parte dos alunos da Faculdade de Farmácia que, mais uma vez, demonstraram interesse em adquirir conhecimentos em assuntos que se têm revelado bastante importantes para a comunidade científica.


SESSÕES DE INTEGRAÇÃO DOS NOVOS ESTUDANTES

Por Helena Pinto

No dia 17 de setembro de 2018, realizaram-se as Sessões de Integração denominadas “FFUC!? E agora?“, organizadas pelo pelouro da Pedagogia do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC). Esta atividade foi composta por três sessões que se realizaram em simultâneo, tendo como público-alvo os novos alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, nomeadamente, os alunos da Licenciatura em Ciências Bioanalíticas (LCB), os alunos da Licenciatura em Farmácia Biomédica (LFB) e os alunos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF). Estas sessões dividiram-se em dois momentos, tendo o primeiro consistido numa pequena apresentação e contextualização do que é o NEF/AAC, onde diversos membros do Executivo e também Coordenadores mostraram como é constituído, como funciona e que atividades realizam os diversos pelouros. No segundo momento, o professor Coordenador de cada curso - Professor Doutor José Custódio na LCB, Professora Doutora Dulce Cotrim na LFB e Professora Doutora Lígia Salgueiro no MICF - presidiram à sessão correspondente, abordando temas como, a área científica das unidades curriculares e a carga horária de componente prática e teórica que as constituem; quais as metas, em termos profissionais, a serem cumpridas em cada ano do curso, ou seja, o motivo de, no início, as unidades curriculares serem abrangentes e, posteriormente, se tornarem mais específicas; quais os conhecimentos que são aplicáveis ao mercado de trabalho com base na preparação que o curso oferece e quais as áreas no mercado de trabalho em que um aluno que tenha frequentado o curso pode exercer, entre muitos outros.

ROTEIROS DE COIMBRA UM SÁBADO EM COIMBRA Achas que conheces a cidade onde estudas? Conheces os locais mais relevantes? E se passasses um sábado por Coimbra, onde irias? Espreita as nossas sugestões e desfruta ao máximo da tua cidade!

PEQUENO-ALMOÇO - GOURMET DA MARIA O Gourmet da Maria é um espaço agradável que foi construído a pensar no bem-estar dos seus clientes e gosto por produtos de qualidade. Endereço: Alameda Armando Gonçalves 28, 3000-059 Coimbra Telefone: 239099465 Horário: Segunda a sexta: 9:00h - 20:00h Sábado e domingo: 10:00h - 20:00h Sugestão: Panquecas tradicionais (4€) +Meia de Leite (1,10€)

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MANHÃ - MUSEU DA CIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra procura dar a conhecer a ciência e a história da ciência a públicos de todas as idades, a partir das coleções de instrumentos científicos da Universidade de Coimbra e de um conjunto de experiências e atividades. Não percas a oportunidade de fazer uma visita! Endereço: Largo Marquês de Pombal  3000-272 Coimbra Telefone: 239 854 350  Horário: Segunda a domingo: 10:00h - 18:00h Preços: 5,00 € Geral  3,50 € Estudantes < 26 anos, Grátis docentes, funcionários e estudantes UC

ALMOÇO - COURAÇA Se és estudante de Coimbra decerto que conheces o Couraça por toda a sua história e localização! Se és novo nesta cidade não podes perder a oportunidade de conhecer! Endereço: R. da Couraça Lisboa 30, 3000-434 Coimbra Telefone: 239 826 100 Horário: Segunda a sexta - 7:30h – 2:00h Domingo – Encerrado Sugestão: Huevos Revueltos (4,50€) + fino (1€)

TARDE - QUINTA DAS LÁGRIMAS

Durante a tarde podes fazer um passeio pelos Jardins da Quinta das Lágrimas, onde é possível relaxar, estar em contacto com a natureza e descobrir um pouco mais sobre a lenda de amor de Pedro e Inês. Além disso, tens ainda a oportunidadede experimentar o Clube de Golfe, equipado com um campo de nove buracos. Endereço: Rua António Augusto Gonçalves  Coimbra, 3041-901  Telefone: 239 802 380 Horário: Terça a domingo: 10h - 17h Preços: Bilhete Simples: 2,50€ Clube de Golf : 1 balde de bolas (48 bolas) + material de golfe – 4€

JANTAR - PRAXIS

A Praxis, Fábrica e Museu da Cerveja de Coimbra, produz cerveja elaborada segundo um processo 100% natural, onde a seleção da matéria-prima é o principal segredo. O Restaurante Praxis é parte integrante da Fábrica e Museu da Cerveja de Coimbra e apresenta uma gastronomia variada, com as melhores carnes, o melhor pescado e uma seleção com mariscos de qualidade.  Endereço: R. António Gonçalves, Lote 28/29, Santa Clara, 3040-375 Coimbra Telefone: 239 440 207 Horário: Segunda-feira a sábado – 10:30h - 02:00h Domingo – 10:30h - 01:00h Sugestão: Prato dos Capelos (26,5€, 2 a 3 pessoas) + Cerveja Coimbra Topázio (1,65€)

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ESPAÇO PEDAGÓGICO ÓRGÃOS DE GESTÃO DA FFUC E ÓRGÃOS DE GOVERNO DA UC Sabes quais são os Órgãos de Gestão da FFUC e Órgãos de Governo da UC? Sabias que, enquanto estudante, podes pertencer a estes Órgãos e representar os outros estudantes? Fica a saber como com a ajuda dos testemunhos de alguns colegas da FFUC que fazem parte de alguns deles. Se tens curiosidade em saber mais sobre cada entrevista ou se, simplesmente, queres conhecer um pouco mais sobre cada órgão, não hesites em contactar o pelouro da Pedagogia. Por pelouro da Pedagogia do NEF/AAC

O Conselho Pedagógico (CP) é um órgão da faculdade onde se decide tudo aquilo que seja relevante em termos pedagógicos. Por exemplo, a elaboração dos horários, do calendário de exames, a análise das preocupações dos alunos (bem como a sua resolução) são algumas das nossas responsabilidades enquanto Órgão. Eu represento, em conjunto com os meus colegas, todos os estudantes da faculdade, por isso, a nossa principal função é assegurar que todas as decisões tomadas em Conselho Pedagógico, são feitas tendo em mente o bem-estar de todos aqueles que representamos. Para isso, é de extrema importância manter o contacto com os alunos, através das Comissões de Curso e do pelouro da Pedagogia, para que estejamos sempre a par de todas as dúvidas, queixas e preocupações dos estudantes. O CP reúne sempre que o Diretor convoca uma reunião. Caso seja necessário, nós (representantes dos estudantes) reunimos antes para avaliarmos o que vai ser falado e já termos uma opinião pré-definida em relação a alguma matéria ou então para prepararmos o que queremos dizer nessa mesma reunião. O CP permite ter uma visão mais ampla daquilo que se passa na faculdade e abrange um maior número de pessoas, tendo sido essas as principais razões de ter aceite candiRita Ladeira, Conselho Pedagógico datar-me. Ao meu sucessor, o conselho que deixo é que seja paciente e dedicado. Paciência para responder muitas vezes à mesma pergunta e para ouvir queixas. Dedicação porque sem dedicação e empenho não se faz nada, seja em que sítio ou órgão for. Se formos dedicados ao cargo que temos, tudo é mais fácil.

O Senado é um órgão de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gestão da Universidade de Coimbra, em especial no que se refere à coordenação das atividades de investigação científica, de oferta educativa, de desenvolvimento e inovação entre muitas outras. São membros do Senado: o Reitor, que preside, os Diretores de todas as unidades orgânicas, um estudante por cada unidade orgânica de ensino e investigação e dois representantes do pessoal técnico. Pertenço a este órgão enquanto representante dos estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. As minhas funções prendem-se por dar voz a todos os estudantes da nossa faculdade, tanto comunicando os nossos problemas, como defendendo os nossos direitos e opiniões, tentando sempre desempenhar o meu papel de forma a que dignifique o nome da FFUC. Além desta função de Senador, sou também representante do Senado e de todos os estudantes da UC no Conselho Editorial da Imprensa da Universidade de Coimbra. O Senado reúne em sessão ordinária uma vez por mês e extraordinariamente sempre que for convocado pelo Reitor. Normalmente, os documentos são enviados a todos os membros 2 a 3 dias antes. Rodrigo Ribeiro, Senado Nós procedemos previamente à análise dos mesmos de modo a que as nossas opiniões convirjam e possamos, deste modo defender, da melhor forma possível os interesses dos estudantes que representamos, ao mesmo tempo que transmitimos as nossas visões de uma forma clara, adequada ao órgão do qual fazemos parte. Ao meu sucessor? De forma simplista: “valoriza o potencial do cargo que ocupas e nunca te esqueças quem representas”. Apesar de consultivo, a verdade é que o Senado é uma mesa redonda onde temos a possibilidade de transmitir a opinião dos estudantes, bem como defender os nossos direitos perante o Reitor e os diretores de todas as faculdades! A título de exemplo, tive o privilégio de nos fazer ouvir relativamente a temas como: Política de captação de estudantes para a UC; Critérios e condições de melhoria de classificações de unidades orgânicas; World Health Summit Regional Meeting Coimbra 2018; entre outros. Além disto, devemos ter sempre em mente quem representamos, procurando proativamente ter conhecimento dos seus interesses, munirmo-nos das suas opiniões e lutarmos pelo melhor, tanto para os nossos estudantes como para a Universidade de Coimbra.

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Catarina Diogo, Assembleia da Faculdade

O Órgão em que me encontro a exercer funções é a Assembleia da Faculdade. A Assembleia da Faculdade é o órgão máximo da faculdade que tem diversas competências, algumas delas como eleger o diretor da faculdade, aprovar as alterações dos estatutos da faculdade e ainda, verificar o cumprimento do programa de ação do diretor. A Assembleia da Faculdade é constituída por quinze membros: Dez docentes ou investigadores, três estudantes (sendo um de 3º ciclo), um trabalhador não docente e não investigador e uma personalidade externa de reconhecido mérito. Quando nos candidatámos para este mandato, eu ocupava na lista o lugar de segundo suplente no entanto acabei por ser eu a ocupar o cargo de segundo efetivo, passando a estar presente nas assembleias e a estar mais em contacto com a dinâmica da faculdade. As assembleias são marcadas pelo presidente da Assembleia de Faculdade, atualmente é o Professor Doutor João José Sousa que ocupa esse lugar e a data é depois decidida consoante a disponibilidade dos membros de modo a garantir a presença de todos. Nos dias que antecedem a Assembleia, é-nos disponibilizada uma ordem de trabalhos, de modo a permitir uma preparação por parte dos membros e conjuntamente com a ordem de trabalho seguem todos

os documentos necessários analisar. Fazer parte deste órgão não requer muito tempo físico, requer sim um olhar atento e cuidado para os problemas da faculdade e dos alunos de modo a poder levá-los e resolvê-los em assembleia. Ao meu sucessor penso que o conselho mais importante que daria, aquele que também me foi dado a mim, é que o mais importante é não perder a força para lutar sempre pelos estudantes, pelos seus interesses e que mesmo que seja uma caminhada com algumas dificuldades o caminho a seguir nunca pode passar por desistir. Mudar o que achamos que está menos bem depende de nós e da capacidade que, todos juntos, temos de fazer isso acontecer. É extremamente necessário que os estudantes se comecem a dedicar cada vez mais a este lado académico de extrema importância e só isso vai fazer com que consigamos aos poucos fazer valer as nossas ideias.

O Conselho Geral, órgão máximo deliberativo da Universidade de Coimbra, é atualmente constituído por 35 membros, sendo dezoito representantes dos professores e investigadores, cinco representantes dos estudantes, dois representantes dos trabalhadores não docentes e não investigadores e dez personalidades de reconhecido mérito externas à Universidade de Coimbra. O Conselho Geral conta ainda com a presença do Reitor nas reuniões, sem direito a voto. É da competência do Conselho Geral, sob proposta do Reitor, fixar as propinas a pagar pelos estudantes relativamente aos cursos conferentes de grau; destituir os Diretores das Faculdades, nos casos em que tal se justifique; designar o Provedor do Estudante; pronunciar-se sobre outros assuntos que o Reitor submeta à sua apreciação. Entre outras competências, destaco ainda a eleição do Reitor, a apreciação dos atos do Reitor e do Conselho de Gestão. O Conselho Geral reúne, ordinariamente, quatro vezes por ano e, extraordinariamente, sempre que for justificável, por iniciativa própria ou a pedido do Reitor. Estas reuniões plenárias consistem, fundamentalmente, em momentos de discussão e deliberação acerca das mais diversas temáticas e propostas que constam na ordem de trabalhos. Para além destas reuniões, o Conselho Geral tem na base da sua metodologia de trabalho a existência de Comissões que, basicamente, consistem em pequenos grupos de trabalho com cerRafael Duarte, Conselho Geral ca de 10 a 12 pessoas, que estão distribuídos pelas diversas áreas de intervenção. Existem desde o início do presente mandato, seis Comissões Permanentes e ainda uma Comissão Ad hoc para o Desenvolvimento de Rede de Escolas de Doutoramento. Estas Comissões reúnem com maior frequência, tendo cada uma o seu coordenador, o seu próprio plano de atividades e a sua própria metodologia de trabalho. Assim, é possível realizar um trabalho mais focado em cada uma das áreas, o que facilita a posterior discussão nas reuniões plenárias, local de aprovação de todos os documentos, após ouvidas as opiniões dos 35 membros do órgão. Dos cinco estudantes mencionados anteriormente, quatro deles são do 1º e 2º ciclos de estudos e um do 3º ciclo de estudos. No meu caso, fui eleito pelos estudantes do 1º e 2º ciclo de estudos e, portanto, a minha principal função prende-se, com a defesa dos interesses desses mesmos estudantes e do seu papel enquanto força motriz da universidade. Cada membro do órgão encontra-se inserido em cerca de duas Comissões de trabalho diferentes e, no meu caso, optei pela Comissão de Estratégia e Comunicação e pela Comissão de Ensino. A Comissão de Estratégia e Comunicação tem no seu plano diversas temáticas que vão de encontro à proposta de sugestões relativas a toda a estratégia da UC, tanto a curto como a médio-longo prazo. Uma das grandes dificuldades que sempre senti enquanto representante dos estudantes no órgão deve-se ao facto de uma elevada percentagem de estudantes não saber quais as competências deste órgão, ou nem sequer saber que o órgão existe, o que cria uma certa barreira ao nosso trabalho. Portanto, uma vez que este é um problema transversal a toda a Academia, criou-se um plano de comunicação, contendo linhas orientadoras para aquela que deve ser a forma de comunicar do órgão. Esperamos, assim, conseguir consciencializar, não só os estudantes, mas também a restante comunidade, para aquilo que é o nosso trabalho e para o papel importantíssimo que pode ter para todos. O maior conselho que posso dar ao meu sucessor é alertar para o facto de estar a representar os cerca de 20.000 estudantes da UC, não no sentido de desmotivar, mas sim no sentido de realçar a importância de ouvir os estudantes e de agir de acordo com aquilo que são os interesses e a vontade dos mesmos, ambicionando o melhor para eles e para a universidade. As lutas são constantes e é necessário muita persistência e vontade de aprender, de modo a estarmos preparados para qualquer desafio. Posto isto, considero, realmente, que é uma experiência enriquecedora e, sem dúvida, que recomendo.

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DR. DIOGO GOUVEIA FORMAÇÃO 2000: Conclusão da Licenciatura em Farmácia, pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. 2002: Conclusão da Pós-Graduação no Programa Avançado de Gestão para Farmacêuticos (PAGEF), pela Universidade Católica Portuguesa. 2010: Conclusão do Mestrado em Gestão de Marketing, pelo ISCTE Instituto Universitário de Lisboa.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL 2000-2001: Gestor de Associados na Associação Nacional das Farmácias. 2012-2017: Presidente da Divisão Farmacêutica da GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos. 2012 - presente: Membro Direção Da Federação de Cooperativas Europeia - SECOF. 2013- presente: Vice-Presidente da UDIFAR. 2013-presente: Vogal da Direção Regional da Secção Regional do Sul e das Regiões Autónomas, da Ordem dos Farmacêuticos. 2017-presente: Presidente da Direção da ADIFA, Associação de Distribuidores Farmacêuticos.

PRÉMIOS 2018: Prémio Almofariz “Projeto do Ano” para a ADIFA - Associação de Distribuidores Farmacêuticos.

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O grande entrevistado desta edição d’O Pilão é o Dr. Diogo Gouveia, Presidente da Direção da ADIFA - Associação de Distribuidores Farmacêuticos. Filho de mãe farmacêutica, cresceu na farmácia e esta foi a porta de entrada para o mundo farmacêutico no qual se mantém até hoje. Fica a saber um pouco mais do seu percurso desde o final do Ensino Superior até se tornar no Presidente da associação que defende o interesse estratégico do setor de Distribuição full-liner.

Por Bruno Sequeira e Cátia Almeida O Pilão: Gostaríamos de começar por abordar o seu percurso académico. O que o levou a fazer uma pós-graduação em Gestão Farmacêutica e um mestrado em Gestão de Marketing?

Voltando à minha história, teria sido mais fácil e confortável ter ido trabalhar para a farmácia da família, mas o meu percurso profissional teria sido, certamente, muito diferente.

Diogo Gouveia: No ano de 2000, quando adquiri a minha farmácia, senti a necessidade de aprofundar os meus conhecimentos e desenvolver competências nas áreas de Gestão, Finanças e Marketing, por forma a expandir e consolidar o negócio da farmácia e compreender melhor as especificidades do setor da saúde e do medicamento. Foi nessa altura que a Universidade Católica promoveu a primeira edição do Programa Avançado de Gestão para Farmacêuticos (PAGEF), que acabei por frequentar. O Mestrado em Gestão de Marketing, no ISCTE, surgiu apenas mais tarde, em 2007. Em 2004 integrei a Direção de uma Cooperativa de Distribuição, o que me permitiu ter uma visão mais abrangente e profunda da cadeia de valor do medicamento. Neste seguimento, senti necessidade de incrementar os meus conhecimentos sobre o desenvolvimento estratégico das organizações, designadamente na área do Marketing, que considero transversal e, por conseguinte, fulcral para o sucesso empresarial. O Mestrado em Marketing, para além da estrutura e do conteúdo programático, foi também bastante enriquecedor pela troca de experiências com colegas de áreas de negócio muito diversas. Dediquei a minha tese de mestrado à temática “Grupos de Farmácias”, tendência que se viria a consolidar no setor em Portugal.

O Pilão: Qual foi o primeiro contacto que teve com a área da Distribuição Farmacêutica e que importância os Farmacêuticos têm neste ramo?

O Pilão: Quais eram as perspetivas que tinha quando terminou o curso? Acha que são muito diferentes das de um estudante que esteja, neste momento, prestes a terminar o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas? DG: A minha mãe é farmacêutica, sendo proprietária de farmácia desde 1977. Cresci na farmácia e, inevitavelmente, a vivência e a proximidade influenciaram a minha escolha académica. Apesar de saber que no final do curso teria emprego “garantido”, a minha motivação era adquirir novas experiências profissionais, antes de prosseguir com o negócio da família. Desta forma, o meu primeiro emprego foi na Associação Nacional das Farmácias (ANF), enquanto Gestor de Associados. A ANF é uma grande instituição e uma grande “escola”, na qual tive oportunidade de adquirir e desenvolver competências técnicas e comportamentais. A minha função passava por visitar regularmente farmácias, em diferentes regiões do país. A realidade da farmácia no Alentejo profundo ou no Algarve é muito diferente da que eu conhecia, tendo sido uma experiência determinante para conhecer em maior detalhe a realidade da farmácia e do setor farmacêutico. Em relação às perspetivas atuais, sinto que, pelo contacto com os jovens recém-graduados, os interesses e as ambições são diferentes quando comparado com a minha geração. Vivemos num mundo mais global, com mais informação, em que é mais fácil viajar e conhecer outras realidades. Comparando a minha geração com a de hoje, parece-me que os colegas agora têm a ambição de atingir níveis profissionais e de qualidade de vida elevados muito rapidamente! Considero que a planificação da carreira deve ser feita a médio-longo prazo e, muitas vezes, o primeiro emprego que nos é sugerido, ou o que nos oferece melhores condições, não é aquele que nos garante o desenvolvimento profissional mais robusto. Sendo esta a fase da vida em que temos maior disponibilidade e flexibilidade, é o momento certo para investir na nossa carreira.

DG: Recordo-me perfeitamente de estar na farmácia da minha mãe e o Sr. Américo passar todos os dias para recolher a folha do “bloco das faltas” e trazer as “banheiras” com os medicamentos. Depois passou-se a “dar o pedido” por telefone e, mais tarde, por meios eletrónicos! Enquanto dirigente, foi em 2004, quando integrei a Direção da União dos Farmacêuticos, que se encontrava num processo de fusão com a Codifar, tendo em vista a constituição da Cooperativa Udifar. Na minha opinião, a importância do Farmacêutico na Distribuição pode ser dividida em dois eixos principais: eixo político-estratégico e eixo profissional. No eixo político-estratégico, o primeiro passo histórico foi, sem dúvida, a constituição de cooperativas de Distribuição Farmacêutica por parte de alguns colegas Farmacêuticos, proprietários de farmácia. A primeira cooperativa surgiu em 1935 (União dos Farmacêuticos) e, nessa época, a principal preocupação era assegurar a distribuição a todas as zonas do país, em condições de equidade. Mais tarde, nos anos 70, surgiram outras cooperativas, em que a preocupação principal era transferir parte do valor económico criado na Distribuição para as farmácias associadas, de forma a melhorar a economia da farmácia. Atualmente, a existência das cooperativas é, na minha opinião, determinante para a defesa do modelo de farmácia independente, para a valorização económica e sustentabilidade da farmácia e para o desenvolvimento da farmácia e do Farmacêutico. Por outro lado, no eixo profissional, para além da responsabilidade técnica exigível por lei em qualquer armazém de distribuição, o Farmacêutico tem assumido um papel e importância crescentes nas empresas de Distribuição, estando presente em quase todas as áreas, desde a área comercial, à relação com a indústria farmacêutica, qualidade, gestão e administração. O setor farmacêutico tem o privilégio de ter um setor de Distribuição muito evoluído e eficiente, sendo a contribuição do Farmacêutico, enquanto profissional, essencial para esse grau de desenvolvimento. O Pilão: A ADIFA congrega as seis maiores empresas e cooperativas de produtos farmacêuticos e representa 87,9% do mercado da distribuição de medicamentos e produtos de saúde em Portugal. Como surgiu a necessidade de criar esta associação que representa os distribuidores por grosso de medicamentos full-liner? DG: Até 2017, estas empresas estavam associadas na GROQUIFAR, que é uma associação de âmbito mais alargado. A criação da ADIFA - Associação de Distribuidores Farmacêuticos surgiu então, de forma natural, pela necessidade de constituir uma associação com um âmbito mais específico e com maior capacidade de intervenção e defesa do interesse estratégico do setor de distribuição full-liner. Na prossecução da defesa dos interesses estratégicos dos associados, a ADIFA intervém a nível político - junto

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do Governo e respetivas estruturas da administração pública (designadamente o INFARMED, I.P.) - empresarial e económico, de forma transversal, abordando, por exemplo, temas com a

regulação, a saúde pública e o progresso dos associados, mas também interage com todas as associações e entidades públicas e privadas da área da saúde. Estando os Distribuidores Farmacêuticos no meio da cadeia de distribuição do medicamento e outros produtos de saúde, entendemos como essencial a promoção de um trabalho próximo e de parceria com a Indústria Farmacêutica e as Farmácias.

O Pilão: A ADIFA foi constituída, formalmente, no dia 21 de fevereiro de 2017. Sendo esta uma associação jovem, qual o balanço que faz do seu percurso até à atualidade e quais têm sido os maiores desafios enquanto Presidente? DG: O balanço é muito positivo! O ano de 2017 foi o ano de lançamento e apresentação da ADIFA. A este nível, conseguimos muito rapidamente que a ADIFA fosse reconhecida e valorizada pelas instituições públicas e parceiros privados, o que nos permitiu avançar, desde logo, com diversas propostas. Durante o ano de 2018 estamos a desenvolver diversos projetos em colaboração, que visam melhorar a eficiência operacional na relação com os nossos parceiros. A título de exemplo, destaco a revisão do protocolo de comunicações eletrónicas e a simplificação e digitalização de diversas atividades administrativas ao nível da farmácia e dos distribuidores, como é exemplo a desmaterialização da documentação de medicamentos psicotrópicos e estupefacientes, em colaboração com o INFARMED I.P. e restantes parceiros. Encaro a responsabilidade e o desafio da presidência a dois níveis: a representação e valorização da associação, e, por outro lado, a missão de fomentar a união interna entre os associados na defesa dos seus interesses comuns. A representação da associação tem sido um processo de aprendizagem gradual, no qual tenho procurado desenvolver novas competências ao nível da comunicação e tentado manter um conhecimento da atualidade nacional e internacional, bem como alargar a network de contactos. No que respeita ao desenvolvimento da união interna, considerando que a ADIFA representa seis empresas que concorrem diariamente no mesmo mercado, temos conseguido no seio da Direção focar-nos nos temas de interesse comum e trabalhar com espírito construtivo e de criação de valor para o setor.

Dr. Diogo Gouveia é o atual Presidente da Direção da ADIFA

Sessão Pública de Lançamento da ADIFA

O Pilão: Cerca de 200 farmácias de oficina estão, neste momento, preparadas para dispensar, em articulação com o hospital, terapêutica antirretroviral para doentes com VIH. Como encara esta conquista e de que modo esta proporcionou avanços na melhoria da qualidade vida dos doentes? DG: Nos últimos anos o Estado tem privilegiado a colocação de medicamentos inovadores no canal de distribuição hospitalar. O projeto-piloto, atualmente em curso, para a dispensa de terapêutica antirretroviral nas farmácias comunitárias (TARV), tem como objetivo melhorar a acessibilidade dos utentes a estes medicamentos e medir o seu grau de satisfação em relação à comodidade e qualidade da dispensa, bem como avaliar a adesão à terapêutica.

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“(...)Escolham a área profissional que vos dá maior satisfação, definam um plano de carreira a médio-longo prazo, invistam continuamente na vossa formação(...)”


A previsão para a evolução do mercado de medicamentos em Portugal nos próximos anos é de crescimento muito reduzido. Neste sentido, a passagem de alguns medicamentos do canal hospitalar para o ambulatório é uma oportunidade única em termos económicos para a Farmácia e Distribuição Farmacêutica, mas sobretudo determinante para a promoção do papel do Farmacêutico e da Farmácia na dispensa, aconselhamento, gestão da doença e cuidados farmacêuticos de algumas doenças e cuidados farmacêuticos de algumas doenças que, no futuro, serão doenças crónicas, como é exemplo a infeção por VIH. Como farmacêutico, não vejo justificação técnica para que este tipo de medicamentos, muitos deles formulações orais, sem especificações diferentes em termos de armazenamento e transporte, não possam estar mais acessíveis e serem dispensados com qualidade nas farmácias comunitárias. Não tenho dúvida que, para o utente, é mais cómodo e fácil, sendo assegurados todos os princípios de sigilo, confidencialidade e comunicação entre profissionais de saúde. Vamos aguardar pelas conclusões do projeto-piloto. A ADIFA está empenhada e disponível para que se possa concretizar e expandir a transição de medicamentos do canal hospitalar para o ambulatório. O Pilão: De acordo com os dados do INFARMED, em 2017, os portugueses adquiriram mais de 1,4 milhões de embalagens de medicamentos nas farmácias face a 2016, tendo sido dispensadas 157 milhões no total, o maior volume dos últimos cinco anos. Como vê este crescimento no que toca à dispensa de medicamentos no setor farmacêutico? DG: Não é um crescimento muito significativo! A este propósito, importa relembrar a redução do consumo de medicamentos durante a crise económica em Portugal, principalmente entre 2011 e 2014, sendo que poderá refletir uma melhoria das condições económicas e, felizmente, um melhor acesso ao tratamento por parte dos doentes.

toca a empregabilidade e condições de trabalho? Acha que esta é uma área em constante crescimento? DG: Sim, o envelhecimento da população, a evolução da medicina e do medicamento e a prevalência das doenças crónicas obriga a que o setor da saúde se desenvolva e adapte continuamente. Durante a crise económica houve uma retração das empresas que operam no setor farmacêutico, causando desemprego nos Farmacêuticos, mas pelo que observo estamos novamente numa fase de empregabilidade plena para os farmacêuticos. Em Portugal, 60% dos farmacêuticos trabalham em farmácia comunitária, sendo que, do que conheço, Portugal tem das melhores farmácias e níveis de serviço da Europa e o Farmacêutico é um profissional valorizado e reconhecido pela comunidade em que se insere. Temos, no entanto, de continuar a apostar no desenvolvimento profissional contínuo, evoluir na gestão da doença e na prestação de cuidados e manter a proximidade e a relação com o doente. Na Distribuição Farmacêutica vejo uma preocupação crescente na integração do Farmacêutico nas diversas áreas de atividade, nas quais a sua formação e conhecimento são valorizados. O Pilão: Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores, sendo estes, maioritariamente, futuros profissionais na área da saúde? DG: Escolham a área profissional que vos dá maior satisfação, definam um plano de carreira a médio-longo prazo, invistam continuamente na vossa formação, procurem saber mais sobre a realidade nacional e internacional e desenvolvam competências a nível digital. Por fim, se optarem pela Distribuição Farmacêutica, entendo que, neste momento, será uma boa opção.

O Pilão: Prevê um futuro promissor no setor farmacêutico, no que

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Por Ana Margarida Ribeiro e Rute Carvalho Sendo o Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC) o representante de todos os estudantes da Faculdade de Farmácia, este não poderia deixar de marcar lugar na Semana das Matrículas e garantir o primeiro contacto com os novos caloiros da Faculdade. Por outro lado, com vista a receber os novos alunos da FFUC e de modo a facilitar a integração dos mesmos nesta nova etapa, durante a semana de 17 a 20 de setembro foram realizadas diversas atividades de integração. A banca do NEF/AAC nas matrículas esteve presente do Átrio das Químicas, no Polo I, durante a semana de 10 a 14 de setembro. O NEF/AAC recebeu os caloiros colocados na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, após efetuarem a matrícula, com vista a uma melhor integração na vida académica, referindo noções essenciais para esta nova etapa. Nesta banca estiveram vários elementos do Núcleo. A Sessão Solene de Abertura, que se realizou no dia 17 de setembro pelas 10h teve a comparência do Diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, o Professor Doutor Francisco Veiga, e da Presidente da Direção do NEF/AAC, Ana Rita Rodrigues. Pelas 18h, foram realizadas sessões de integração, organizadas pelo pleouro da Pedagogia onde estiveram presentes elementos da Direção do Núcleo e os diferentes Coordenadores de Curso. Esta sessão desti nou-se aos caloiros dos três cursos da Faculdade de Farmácia: Ciências Bioanalíticas, Ciências Farmacêuticas e Farmácia Biomédica. O principal objetivo desta atividade foi elucidar os novos estudantes sobre as unidades curriculares e saídas profissionais de cada um dos cursos.

A “Febre da Febra”, outra das atividades extracurriculares, decorreu no dia 19 de setembro, a partir das 18h. A típica febrada do NEF/AAC contou com a atuação das tunas da FFUC, Imperial TAFFUC e Phartuna, e foi o espaço ideal .para o convívio dos novos estudantes da faculdade com o resto da comunidade estudantil. Tivemos a oportunidade de perguntar a opinião a uma das caloiras que esteve presente na febrada: “Foi um evento interessante, que ajudou à nossa integração, uma vez que fomos muito bem recebidos por todos.” (Francisca Silva, 1º ano MICF) No dia 19 de setembro ocorreu, para todos os caloiros da Universidade de Coimbra, uma atividade denominada de “UC.Plantas - Saber Plantar o Futuro”, no Jardim Botânico da UC. Esta iniciativa teve como fundamento um projeto de recuperação de espaços verdes em zonas afetadas pelos incêndios e consistiu na adoção de uma planta por parte de cada caloiro para ser, posteriormente, plantada numa das zonas afetadas pela desflorestação devida aos incêndios. Ao mesmo tempo, foi possível aumentar o conhecimento dos novos alunos no que toca à biodiversidade. Os estudantes da FFUC estiveram presentes e foram acompanhados pelo pelouro da Intervenção Cívica e Social até ao respetivo local, onde se denotou um grande entusiasmo da sua parte nesta atividade, tendo sido o NEF/AAC o Núcleo com maior representatividade a nível de participantes. No dia 20 de setembro teve lugar o Peddy-Papper FFUCar Coimbra, organizado pelos pelouros Recreativo – Vertente Desportiva e Recreativo – Vertente Cultural. Os caloiros da Faculdade de Farmácia foram orientados por estudantes da FFUC e conheceram os locais mais emblemáticos desta cidade, nomeadamente o Jardim Botânico, a Porta Férrea, o Palácio dos Melos (antiga Faculdade de Farmácia), a Sé Velha onde têm lugar as Serenatas da Queima das Fitas, a Tricana, entre outros. Cada equipa teve direito a um guião que referia o que de importante existia no respetivo local, dando a conhecer a História de Coimbra aos novos estudantes. Adicionalmente, os caloiros responderam a um pequeno inquérito sobre o espaço que estavam a visitar. A equipa que se sagrou vencedora desta edição do Peddy-Papper FFUCar Coimbra foi a equipa “Os Provetas”.

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NEF/AAC NA FESTA DAS LATAS E IMPOSIÇÃO DE INSÍGNIAS ‘18 A Festa das Latas e Imposição de Insígnias é parte da tradição académica de Coimbra. Este ano, realizou-se entre os dias 3 e 7 de outubro e o Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC) esteve presente nas noites de parque com a sua banca. Por Catarina Batista, Lúcia Parente e Sofia Martins A Festa das Latas e Imposição de Insígnias tem como objetivo celebrar o início do ano letivo e dar as boas-vindas aos novos estudantes da cidade de Coimbra. Iniciou-se com a mítica Serenata na Sé Nova que, à semelhança dos anos anteriores, teve início à meia noite e uma duração aproximada de uma hora. Quando o som da guitarra portuguesa se faz ouvir, uma enorme emoção é sentida por cada estudante, sendo este um momento muito marcante, principalmente para os que pela primeira vez o estão a vivenciar, como também para aqueles que estão de partida. No dia seguinte, iniciaram-se as noites de recinto, no Parque da Canção, local reservado para este grande evento. O Sarau Académico também faz parte da festa, onde as tunas e os grupos estudantis se apresentam. O NEF/AAC marcou presença com a sua banca, cuja organização esteve ao encargo do pelouro Recreativo - Vertente Cultural. Este ano, o tema em destaque na decoração das bancas dos vários núcleos centrou-se na problemática da procura de alojamentos e residências estudantis. Na ornamentação da banca do Núcleo de Estudantes de Farmácia estava explícita a crítica e indignação relativas à degradação e falta de condições dos espaços que funcionam como lares para os universitários durante todo o ano letivo. Elementos como um estendal com roupa, uma placa com a inscrição “Arrendo 500€ sem despesas”, um telhado danificado, um balde para recolher a chuva ou até mesmo paredes grafitadas deram ênfase às dificuldades, sobretudo financeiras, pelas quais os alunos do Ensino Superior português passam atualmente. A cruz de Farmácia esteve bem presente na decoração, mantendo-se o hábito de já há vários anos. Nesta Festa das Latas e Imposição de Insígnias de 2018, o espaço destinado ao NEF/AAC foi privilegiado e a bebida sorteada, Safari Cola, agradou a todos aqueles que por lá passaram. O último dia desta mítica festa iniciou-se pelas 14h30, no Largo D. Dinis, onde cerca de 20 mil estudantes saíram à rua vestidos a rigor. A Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) abriu o cortejo com uma crítica social e política alusiva ao “Ensino a Afundar”. Os elementos da DG/AAC transportavam um barco liderado pelo, na altura, Ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior e iam ornamentados com boias e cordas, com o intuito de ilustrar a temática da crítica. O cortejo é o ponto alto da Festa das Latas e Imposição de Insígnias, onde os novos estudantes desfilam com trajes escolhidos pelos doutores e padrinhos e usam latas, como dita a tradição. Este festejo culmina no batismo dos caloiros, com as águas do Mondego, um ritual de iniciação na Universidade de Coimbra e na cidade. 20


FEIRA DE EMPREGO

Por Patrícia Oliveira

No dia 10 de outubro, decorreu a primeira edição da Feira de Emprego, organizada pelo pelouro dos Estágios e Saídas Profissionais do NEF/AAC. A atividade teve lugar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, ao longo de todo o dia, com o objetivo de preparar o futuro dos jovens estudantes. Estiveram presentes várias entidades ligadas ao setor da Saúde como, por exemplo, a Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Basepoint, a Bluepharma, a Glintt, o Laboratório de Análises Clínicas da FFUC, a Magium Farma, a Ordem dos Farmacêuticos, a Owlpharma e os Serviços Farmacêuticos dos CHUC. Cada uma delas teve direito a uma banca de exposição, onde os estudantes tiveram a oportunidade de, num ambiente mais intimista, contactar de perto com as diferentes áreas em que os estudantes do setor farmacêutico podem atuar. Para além das bancas de exposição, algumas das entidades realizaram sessões complementares. Nestas sessões, o objetivo foi, de uma forma mais dinâmica, através de apresentações e vídeos, demonstrar o trabalho diário realizado nos mais diversos ramos, como Indústria Farmacêutica, Consultoria, Análises Clínicas e Análise de Alimentos, entre outros. Todas as entidades se mostraram muito responsivas às questões colocadas, dando respostas claras e conselhos assertivos para o futuro dos estudantes. Esta atividade apresentou uma grande adesão por parte dos jovens estudantes, visto ser uma grande mais-valia a oportunidade de poder dialogar com várias empresas do setor farmacêutico. Além disso, foi uma iniciativa bastante interativa, permitindo aos participantes um contacto mais próximo com áreas onde poderão, um dia, desempenhar funções.

III VOLLEY CUP

Por Margarida Ribeiro

À semelhança do ano anterior, o pelouro Recreativo – Vertente Desportiva organizou, no passado dia 10 de outubro, a III Volley Cup. Esta edição teve lugar no Campo de Santa Cruz e contou com a participação de quatro equipas mistas. Cada equipa jogou contra todas as outras, num total de seis jogos, onde a equipa que se sagrou vencedora foi a que mais jogos ganhou no total. A atividade contou com uma forte adesão não só por parte dos participantes, como também por parte dos estudantes na plateia. Este tipo de iniciativas são de extrema importância para a comunidade estudantil, visto que promovem um estilo de vida saudável associado à prática desportiva, mas também porque fomentam o espírito de equipa e o convívio saudável entre os estudantes. No final do torneio, a equipa “Finalistas” foi declarada vencedora desta III Volley Cup.

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NA SOMBRA DE MARIA MANUEL SILVA Para a 21ª edição d’O Pilão, tivemos a oportunidade de conversar com um rosto de presença assídua na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Damos-te agora a oportunidade de ficares a conhecer um pouco melhor a pessoa por detrás da Professora Doutora Maria Manuel Silva, do Laboratório de Química Farmacêutica da Faculdade de Farmácia. Por Carolina Costa e Maria Aquino O Pilão: Realizou o Doutoramento em Química Farmacêutica. Era o seu sonho enveredar por esta área? Maria Manuel Silva: O Doutoramento em Química Farmacêutica surgiu no meu percurso, pois, na altura, era assistente no Laboratório de Química Farmacêutica na faculdade. Enquanto estudante de Farmácia, sempre achei esta área um desafio que considerava muito interessante e até um pouco distante, portanto, foi para mim uma grande realização fazer um doutoramento nesta área. OP: Como foi o seu percurso a nível académico? MMS: Terminei a Licenciatura em Ciências Farmacêuticas e segui para o mestrado na área das Tecnologias do Medicamento, sob orientação do Professor Doutor José Custódio e da Professora Doutora Leonor Almeida. O tema da tese do mestrado era o Efeito do Tamoxifeno em Eritrócitos Humanos. Foi um período do qual tenho ótimas recordações, pois, no Laboratório de Bioquímica, vivia-se uma fase de grande interesse pela investigação e de grande produtividade, em que, diariamente, se debatiam diversos temas científicos e tive muita sorte em ter esse início de carreira. No final do mestrado, através de um concurso, tornei-me assistente no Laboratório de Química Farmacêutica e aí iniciei um período de grande atividade de docência. Posteriormente, comecei o doutoramento na área da Química dos Esteroides sob orientação da Professora Doutora Luísa Sá e Melo, cujo tema foi a Síntese Química e Enzimática de Compostos Esteroides. Fiz parte do doutoramento em Milão e, mais uma vez, tive muita sorte com a orientadora. Tanto no mestrado como no doutoramento, considero-me muito afortunada, porque contactei com profissionais que se tornaram para mim referências de dedicação à faculdade e exemplos de como deve ser um professor e um investigador. Acrescento também que a área dos esteroides é uma área de excelência da Faculdade de Farmácia, na qual quase todos os meus colegas do Laboratório da Química Farmacêutica fazem investigação há já várias décadas e, apesar de serem moléculas que podem parecer relativamente antigas, todos os dias nos apresentam novos desafios, visto que estão envolvidas em vários mecanismos de diversas doenças. 22


OP: Sabemos que durante a faculdade fez Erasmus. O que nos pode contar acerca desta experiência? E que conselhos pode remeter aos nossos estudantes? MMS: Fiz Erasmus em 1995, em Atenas, na Faculdade de Farmácia. Tive a sorte de ser a primeira aluna de Erasmus dessa faculdade e, portanto, fui extraordinariamente bem recebida. Fui para Atenas sozinha, o que foi um grande desafio, sendo que estava habituada a Coimbra, uma pequena cidade. No geral, foi uma experiência muito positiva, contactei com pessoas de outras nacionalidades, nomeadamente, ingleses e alemães com quem vivia e, portanto, foi muito interessante não só a nível académico, como também a nível de desenvolvimento pessoal. Por isso, aconselho todos os estudantes a fazer Erasmus, pois acredito ser um desafio pessoal que todos devem realizar. O programa Erasmus é muito importante para construir uma verdadeira Europa e para que tenhamos cidadãos europeus que tenham gosto em sê-lo, e que convivam entre eles de igual para igual. Considero este programa mais importante que nunca, pois, diariamente, vemos nas notícias ameaças ao projeto Europeu. OP: Elucide-nos um pouco acerca do projeto de investigação que está a realizar atualmente. MMS: Tenho como foco principal da minha investigação o envolvimento dos compostos esteroides, nomeadamente, os oxiesterois no cancro e na malária e, portanto, tenho uma longa experiência na síntese deste tipo de compostos. E, sendo que estou numa área científica multidisciplinar como a Química Medicinal, consigo estabelecer pontes com vários colegas, tanto da Faculdade de Farmácia como do Centro de Neurociências. Deste modo, estou envolvida em vários projetos nos quais são necessárias novas moléculas. Com o avanço da biologia,e, consequentemente, a descoberta de novos mecanismos da doença e de novos alvos terapêuticos, é sempre necessário testar esses alvos com novas moléculas e, por isso, a Química Medicinal é cada vez mais uma área transversal na investigação biomédica. OP: No contexto atual do setor, sente que pode ainda realizar mais a nível profissional? MMS: Sim, pelos motivos que acabei de referir e, embora haja constrangimentos financeiros à investigação, a possibilidade de estabelecer colaborações com outras áreas biomédicas abre sempre novas possibilidades à Química Medicinal, pois é sempre necessário investigar novas moléculas e perceber que tipos de ligações essas moléculas estabelecem com as biomoléculas e, portanto, a perspetiva de um químico medicinal é sempre necessária. Por isso, vejo com bons olhos o meu percurso daqui para a frente.

OP: Tem algum hobbie que gostaria de revelar? MMS: Tenho um hobbie que cultivo, o cinema. Gosto muito desta arte, nomeadamente, de cinema não comercial e, apesar de viver numa área pequena como Coimbra, esta apresenta uma boa oferta de cinema não comercial no Teatro Académico Gil Vicente. Tanto em casa como no cinema tento sempre ver 2-3 bons filmes por semana. Outro hobbie que tenho é a arquitetura, que não necessita de tanto empenho, digamos assim, e que sigo através de revistas, de sites da especialidade e das redes sociais. OP: O que acha que um estudante que acabe o mestrado e queira fazer Doutoramento em Química Farmacêutica deve fazer? MMS: Eu acho que os nossos estudantes, de um modo geral, saem da Faculdade de Farmácia muito bem preparados, pois têm professores muito bons que os conseguem preparar muito bem e também muito bons colegas, nomeadamente, o Núcleo de Estudantes de Farmácia, que eu considero ser um luxo, pela oferta de formação e de atividades de desenvolvimento que promove. As regras da Fundação para a Ciência e Tecnologia são apertadas, é muito importante ter média de 15 ou 16 com currículo científico. Para uma pessoa que não queira fazer o doutoramento a questão da média não é assim tão relevante, e aí a questão do associativismo e o facto de dominar vários idiomas podem ser muito importantes. Um Doutoramento em Química Farmacêutica, tal como noutras áreas científicas da faculdade, abre portas não só pra uma eventual carreira na academia, como também para uma boa carreira na Indústria Farmacêutica. Acho que os nossos estudantes saem muito bem preparados e não devem duvidar de si, e terem coragem e atrevimento para grandes desafios. OP: Qual o conselho que gostaria de deixar aos estudantes da nossa faculdade? MMS: Considero esta fase, em que frequentamos o Ensino Superior, muito importante na vida de cada um, pois para além de uma fase de grande desenvolvimento técnico-científico, é também uma fase de desenvolvimento pessoal! E acho que um estudante com formação superior, na qual tanto a família como o Estado investiram tanto, tem uma responsabilidade acrescida na sociedade, por isso, não só deve ter uma grande formação técnico-científica, como também deve cuidar da sua dimensão cultural e pessoal e deve desenvolver-se naquilo que são os valores fundamentais de dedicação ao trabalho, de lealdade e honestidade. Como conselhos, basicamente, diria: estudem, divirtam-se, cultivem-se e façam bons amigos!

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FARMÁCIA ALÉM-FRONTEIRAS Alguma vez pensaste em ter uma experiência internacional ao longo do teu percurso académico? O Pilão preparou para ti o testemunho de dois estudantes da FFUC com experiências bastante distintas, mas ambas verdadeiramente interessantes. Por Ana Rita Palma e Carla Almeida Quando me candidatei à Argentina, estava ciente que iria perder um verão de praia, mas não previa que se revelasse tão difícil! Lá, em julho e agosto, é inverno e foi nesse período que fiz o meu Student Exchange Programme (SEP). A cidade que escolhi, Mendoza, está inserida na região dos Andes, onde a ocorrência frequente de correntes de poeira a dotam de um clima seco e com chuvas pouco frequentes, principalmente durante o verão. Relativamente ao espírito e à cultura deste povo latino-americano, realço a sua alegria e energia. As relações interpessoais sobrepõem-se a tudo o resto, pude sentir uma grande disponibilidade, simpatia e afabilidade da parte dos argentinos com quem lidei; o próprio cumprimento argentino expressa isso mesmo, não existe o distante apertar de mãos europeu, mas o caloroso abraço latino. No entanto, também me deparei com algumas adversidades enquanto estive fora! Relativamente à alimentação, o choque gastronómico foi inevitável. Estou habituado à gastronomia mediterrânica e passar um mês sem sopa, sem peixe e com tão poucos vegetais fez-me alguma confusão. Relativamente ao modo como a Farmácia Comunitária é praticada neste país, posso dizer que o farmacêutico desempenha um papel muito importante, nomeadamente na cidade onde realizei o estágio. A região de Mendoza, tem, aproximadamente, o número de habitantes de Lisboa e tem uma enorme carência de farmacêuticos, não sendo muitos os estudantes de Ciências Farmacêuticas nas várias faculdades existentes. Por exemplo, na Universidade Maza, onde fiz parte do meu SEP, apenas 10 estudantes terminam, anualmente, o curso de Ciências Farmacêuticas. No que diz respeito à valorização do farmacêutico, perante a população, notei uma grande semelhança com o nosso país: o médico é sobrevalorizado por alguns, mas o farmacêutico é o profissional ao qual a grande maioria da população recorre primeiro e em quem também depositam

Sofia Meireles, 5ºano, MICF

Quase desde o momento em que ingressei na faculdade que tinha o desejo de realizar Erasmus. Dado o processo complicado que é, muitas vezes, a gestão das equivalências e, por receio de atrasar o término do curso, no terceiro ano curricular pus mãos à obra e comecei a pesquisar outras opções Foi aí que descobri a existência da modalidade de estágio que grande parte dos estudantes desconhece. Para além da possibilidade de receber uma bolsa de estágio, o que é muito mais complicado ao nível de outros programas de mobilidade como o Student Exchange Programme (SEP), oferece-nos uma experiência mais prática e com a hipótese de escolha da área, uma vez que, para além daquilo que existe protocolado, é possível que os alunos encontrem a sua própria vaga. Como me encontrava a realizar um estágio extracurricular anual de investigação na área de Plantas e também gostava da área de Bacteriologia, pesquisei projetos de investigação relacionados com o que pretendia nos países em que tinha maior interesse. Por razões culturais, geográficas, linguísticas e económicas, escolhi a República Checa para ser o cenário desta grande aventura. A recetividade ao contacto estabelecido foi enorme, o que simplificou imenso o processo de procura. Não fui para uma Faculdade de Farmácia como seria expectável, pois tinha opções mais específicas e ajustadas àquilo que pretendia noutras faculdades. Foi assim que, mal terminaram os exames, parti sozinha para Praga, levando

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bastante confiança. Estou convicto que fazer SEP terá sido uma das melhores decisões que tomei ao longo do meu percurso académico (quase tão boa como o facto de ter escolhido Coimbra para estudar!), portanto, se me perguntassem se recomendaria este programa, a resposta seria, seguramente, afirmativa. Considero que fazer SEP é uma mais-valia para percebermos as oportunidades que existem na área das Ciências Farmacêuticas, um pouco por todo o mundo, além de contribuir de forma muito positiva para a nossa formação profissional e humana.

Rodrigo Dias Almeida, 4ºano, MICF

comigo alguns medos mas também muitas expetativas. Olhando para trás, digo, com toda a certeza, que foi das melhores experiências que já vivenciei! Estive na Universidade de Ciências da Vida, Faculdade de Agrociências Tropicais, e trabalhei com investigadores de diferentes nacionalidades, na sua maioria alunos de doutoramento, que sempre me deram muita autonomia nas tarefas a desenvolver e se mostraram muito interessados em saber mais sobre a cultura portuguesa, o que contribuiu para ficar mais à vontade desde o início. De grosso modo, analisei o potencial antibacteriano contra diferentes estirpes de bactérias, muitas das quais apresentam atualmente resistência aos fármacos existentes, de plantas recolhidas em locais como as Filipinas ou o Camboja. Posso dizer que, a partir da segunda semana, já me sentia “em casa”, não fosse ter ouvido muitas vezes música portuguesa durante o trabalho, que fiz questão de dar a conhecer aos colegas de laboratório. A existência de cantina no polo universitário, que possuía sempre um leque alargado de pratos típicos de qualidade, permitiu-me saborear a gastronomia local ao pormenor, sem despender muito dinheiro. A localização geográfica privilegiada possibilitou que viajasse para vários países circundantes, como a Polónia, a Hungria, a Eslováquia e a Alemanha, o que enriqueceu, indubitavelmente, a minha experiência a nível cultural. Conheci também diversas cidades na República Checa que me mostraram que o país é muito mais do que Praga. Fiquei, sem dúvida, muito surpreendida pela positiva com as pessoas, que se revelaram bastante amistosas e acolhedoras. Escusado seria dizer que, volvidos dois meses durante os quais todo e qualquer contacto teve de ser estabelecido em inglês, regresso muito mais rica e confiante no que à língua inglesa diz respeito. Aos que gostariam de ter uma aventura semelhante apelo a que não tenham receio de arriscar, vão atrás de tudo aquilo que vos possa enriquecer, não apenas como futuros profissionais de saúde que serão, mas também do ponto de vista pessoal, pois a vivência do ensino superior é uma oportunidade única para ambos os tipos de desenvolvimento.


FARMÁCIA ALÉM-FRONTEIRAS

Todos os anos, durante o mês de julho e a primeira quinzena de setembro, Coimbra acolhe os estudantes que se candidataram a um estágio ao abrigo do Student Exchange Programme (SEP) da International Pharmaceutical Students’  Federation (IPSF).  O programa SEP consiste na realização de um estágio, geralmente durante duas semanas, numa das possíveis saídas profissionais dos cursos da Faculdade de Farmácia. Em Coimbra, as áreas abrangidas são análises clínicas, farmácia comunitária e investigação.  Com o intuito de auxiliar os estudantes SEP, não só no seu estágio, mas também em toda a sua estadia, é criada a SEP Team. A SEP Team consiste numa equipa dinâmica e motivada, formada pelos membros do pelouro das Relações Internacionais do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação Académica de Coimbra (NEF/AAC) e por estudantes voluntários que desejem fazer parte desta experiência. As atividades dinamizadas pela SEP Team incidem sobre várias vertentes, indo desde atividades de caráter cultural a atividades de natureza mais lúdica, sendo a atividade de maior importância o usual International Dinner. Esta atividade  consiste na realização de um jantar/convívio entre os membros da SEP Team e estudantes SEP,  no qual cada aluno leva um prato típico do seu país, sendo, portanto, uma atividade dedicada à troca de experiências e culturas.  Integrar a SEP Team proporciona ao estudante uma experiência internacional sem precisar de sair de Coimbra e é, muitas vezes, o primeiro contacto dos membros que dela fazem parte com o programa SEP. Integrar esta equipa pode, muitas vezes, implicar sair da nossa zona de conforto, mas as experiências, vivências, amizades e conhecimentos adquiridos durante estas duas semanas são algo que, definitivamente, marcarão cada um dos membros integrantes desta equipa.

“Realizar o SEP em Coimbra foi a melhor experiência da minha vida. Estou muito agradecida por ter conhecido pessoas fantásticas que me proporcionaram a realização de muitas atividades. Coimbra foi uma boa escolha para realizar o SEP, devido aos seus sítios bonitos, como o Jardim Botânico, a Universidade de Coimbra, entre tantos outros. Confesso que gostei de cada momento vivido: a Casa do Fado, a feira popular, a Praça da República e os grandes ecrãs para os jogos do Mundial que tinham sempre uma grande variedade de nacionalidades. Fica a saudade por deixar esta cidade e os amigos que fiz em Coimbra.” Moaz Mohamed, Tanta, Egito “Integrei a SEP Team pela primeira vez este ano e foi, realmente, uma experiência enriquecedora. Dá-nos a oportunidade de conhecer pessoas e culturas dos vários cantos do mundo e fazer amizades em 1 ou 2 semanas que parecem já existir há anos. Estimula o espírito de equipa e permite-nos chegar a casa e sentir que realmente fomos úteis e ajudámos alguém com um simples gesto. Porque, no final de contas, nós somos uma espécie de família, um porto de abrigo para quem chega sozinho e sem conhecer nada nem ninguém deste país que o acolhe.   Recomendo a toda a gente, tanto a fazer SEP como a integrar a SEP Team! Sem dúvida que continuarei a estar presente, sempre que possível, e só tenho pena de não o ter feito mais cedo. Obrigada a toda a SEP Team e SEPers por tornarem o meu Verão (e a minha vida) ainda melhor!”

Beatriz Abreu, 5º ano MICF 25


DIÁRIO DE UM CALOIRO Sendo esta a primeira edição do primeiro semestre e com tantos caloiros a chegar à nossa faculdade, não podia faltar a nossa rubrica Diário de um Caloiro. Fica a saber quais foram as maiores aventuras e novas experiências de alguns dos teus colegas nesta nova etapa das suas vidas. Por Carolina Rodrigues

Cristiana Fernandes 19 anos

Viseu

olhar para trás com nostalgia. Sobre Coimbra… se me perguntassem há um ano atrás, a minha resposta seria diferente, mas depois deste tempo posso dizer que é uma cidade linda, mas mais importante ainda, que tem um espírito que, sem dúvida, irá ficar comigo para a vida.

MICF

Diogo Migueis 18 anos Muito sinceramente, a minha primeira impressão de Coimbra foi um pouco corrompida. Tenho imensa gente de quem gosto a estudar nesta cidade e avisaram-me logo que seriam os melhores anos da minha vida. Já estive noutra faculdade e acho que as maiores diferenças estão no espírito académico. Gostei muito do meu tempo em Braga, mas em Coimbra as coisas são vividas de uma maneira mais intensa. Há uma razão para Coimbra ser a cidade dos estudantes e eu começo a perceber isso. Ser caloira outra vez é, por um lado, estranho, porque está a ser uma experiência muito diferente, mas, ao mesmo tempo, é isso que me está a marcar. Quanto à minha integração, os primeiros dois dias foram os mais difíceis, porque era tanta gente para conhecer e tanta informação para captar que acabei por ficar um pouco perdida. No entanto, depois de pouco tempo tudo mudou e conheci algumas das melhores pessoas que poderia querer. Sem dúvida que a praxe ajudou na minha integração académica! Especialmente num curso com tanta gente, foi essencial para começar a conhecer pessoas. A latada foi algo espetacular! E o cortejo foi especialmente incrível por ter sido com as melhores pessoas! Adorei e vou sempre PUB

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Aveiro LCB

Coimbra sempre foi uma cidade que me fascinou. Apesar de ter entrado apenas na segunda fase, sinto que esta cidade me acolheu de uma maneira que nenhuma outra acolheria. Estou aqui apenas há duas semanas e já me sinto em casa. Tive uma ótima integração académica! Com a ajuda de uma colega que já conhecia e da praxe, tudo se tornou muito mais fácil! A praxe ajudou-me na medida em que conheci melhor os meus colegas de curso e os meus doutores. A minha latada foi sensacional! Desde a serenata, as noites de recinto até ao cortejo! Conheci muita gente e, mesmo não tendo padrinho nem madrinha, vivi tudo com grande intensidade. Sei que aqui fiz amigos que vou levar para a vida! E Coimbra é isto, uma cidade que vou levar sempre no coração e nunca vou esquecer.



Evento

Local

7

Conferência Internacional «Literacia em saúde para a prevenção e controlo de doenças não transmssíveis»

Lisboa

9

XX Simpósio do NEF/AAC

Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

9 e 10

XXXI Fórum de Dermatologia

Edíficio da Alfândega, Porto

14

V Jornadas do Dia Mundial da Diabetes

Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro

16

X Fórum do Medicamento

Centro Cultural de Belém, Lisboa

21 e 22

V Seminário de Compras Públicas na Saúde

Parque das Nações, Lisboa

21 a 24

11ª Semana APFH - Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares

23 e 24

Anemia 2018 - À Procura de Novos Paradigmas

Vip ART’s Hotel, Lisboa

24

GoPharma 2018

Porto

23 a 25

22º Congresso Português de Obesidade

Hotel Tivoli Oriente, Lisboa

27

Reunião Anual de Assuntos Regulamentares

Hotel Olissipo Oriente, Lisboa

30

VI Formação em Dermofarmácia e Cosmética do NEF/AAC

Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra

30 a 1

V Jornadas Saúde Atlântica

Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Porto

dezembro

Mês

13 e 14

1º Congresso Nacional de Disfagia

Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Porto

25 e 26

XIX Jornadas do Núcleo de Estudos da Doença HIV

BejaParque Hotel, Beja

novembro

Dia(s)

janeiro

AGENDA FORMATIVA

Centro de Congressos do Estoril, Lisboa


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