Crisógono dos Santos: fotógrafo e «pai» da feira franca

António Crisógono dos Santos nasceu na Sertã, em 1862, mas veio muito novo viver para Lagos. Estabeleceu-se como comerciante, possuindo um estabelecimento na futura Rua 25 de Abril (Mercearia Santos), e uma sucursal na Luz, terra onde vivia no edifício que é hoje a sede da Junta de Freguesia.

Tinha uma concessão para um serviço de carroças, entre a Luz e Lagos, mas foi na arte da fotografia que se notabilizou, tendo tirado um grande número de fotografias com panoramas da cidade de Lagos, que foram utilizadas em postais e que hoje constituem um importante património da memória coletiva do concelho.

Na década de 1930 exerceu o cargo de vereador na Câmara Municipal de Lagos, tendo sido o responsável pela instituição de uma feira franca anual na cidade, em 1931, que ainda hoje se mantém no mês de novembro.

Nos poucos anos no exercício de funções públicas antes da sua morte, que ocorreu a 29 de Abril de 1934, desempenhou um importante papel na instalação da rede de esgotos da cidade e na eletrificação de áreas ribeirinhas, como as praias da Batata e dos Estudantes. Como forma de homenagear o seu trabalho em prol da causa pública, a Câmara Municipal de Lagos atribui o seu nome a uma rua, entre a Rua D. Vasco da Gama e a Rua da Capelinha, onde atualmente se situa o Hotel Tivoli Lagos. •

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