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Paróquia de Nossa Senhora das Neves
É com elevada estima e em júbilo que, deste modo, me dirijo a vós, nesta salutar iniciativa que a cada ano, a nossa Junta de Freguesia nos proporciona ao emprestar as páginas em branco desta revista, no sentido de dar voz ao seu povo, e assim, deste modo continuarmos a fazer a história da nossa gente, das nossas instituições e da nossa própria vida.
Enquanto pároco da paróquia de Nossa Senhora das Neves, saúdo este órgão autárquico, na pessoa do seu presidente e seus colaboradores, todos os paroquianos e todos os relvenses. A paz que Cristo nos dá cabe no abraço de todos, cristãos católicos ou não, um abraço.
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Assim sendo, e porque “a esperança não engana e porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5), temos motivos de alegria, despois deste interregno de dois anos sujeitos às interdições causadas pela pandemia, podemos voltar a encarnar a alegria com gestos e manifestações: fazer a FESTA. Voltar a pintar um quadro vivo e humano com os arraiais das nossas festas, podermos caminhar solenemente com Maria nossa Mãe, “Senhora das Neves da Relva padroeira, rogai por nós, Virgem pura e verdadeira” como cantaremos no domingo da festa no cântico de entrada da autoria de Tomás Ferreira.
Já o povo judaico, no Antigo Testamento, tinha zelo naquilo a que se referia à celebração das festas, tais como: a Páscoa, o Pentecostes, a festa dos Tabernáculos (das tendas realizado numa das três peregrinações), o Ano-Novo, Yom Kipor (dia do perdão), Chanucá (festa das luzes), Purim (festival das sortes)
Estas festas judaicas tinham diversos propósitos. Algumas eram mais uma espécie de culto ou adoração a Deus.
Nessas ocasiões, o povo, arrependido de seus pecados, buscava o perdão e a bênção de Deus. Era o momento de purificar a alma e marcar um novo começo.
Outras festas judaicas, eram ocasiões de adoração também, mas manifestavam-se em alegres ações de graça.
Sempre que as colheitas eram abundantes e os rebanhos se multiplica-




vam, o povo expressava grande gratidão a Deus, e o faziam dançando pelas ruas. Cantavam e tocavam instrumentos musicais em louvor a Deus que tanto os abençoara.
Em algumas festas, havia instantes de oração e meditação. Contudo, a sua forma de adoração mais comum era com muita música, alegria e banquetes. Todos estes festivais tinham cunho educativo.
Cada uma dessas sete festas judaicas anuais continham em si uma lição sobre a história de Israel, as suas vitórias, a sua esperança, e as suas derrotas.
Elas lhes ofereciam o vislumbre de um Deus que operava milagres, lhes dava plantações, que os amava e perdoava. do Senhor, por exemplo, que se baseia na Páscoa.
Tanto o Natal como a Páscoa se tornaram ocasiões que levam o crente a recordar a obra de Deus, a expressar gratidão. Além disso, a possibilidade de celebrar com o outro, já é em si, motivo de alegria. Ninguém ama sozinho, ninguém faz festa sozinho.
Creio que hoje, também temos, apesar de tudo, motivos de alegria e razões para fazermos festa. No entanto, oxalá, outros povos, sobretudo os que em guerra estão, pudessem cantar e dançar a alegria como nós.
Por fim, outro motivo de satisfação e alegria, foi a reabertura da igreja no domingo de Pentecoste, depois das obras de beneficiação do espaço interior. Este esforço aconteceu por causa de ti que colaboraste e para ti porque esta casa é tua! Por nós e para nós, porque a maior beleza de um templo de Deus, é o adorno que lhe empresta o seu povo.


No término desta nota, desejo a todos sem excepção, muita saúde e paz! Faço um convite a que participeis nestas festas que estamos a preparar, cujo programa segue também nesta revista. Desejo umas festas felizes na presença e no aconchego da família, amigos e porque não junto dos que são esta comunidade paroquial.
Sou grato a todos aqueles que comigo servem esta paróquia, que dão do que é seu e também se dão em prol do bem comum.
As maiores bênçãos e graças do céu por intercessão de Sua e nossa Mãe, Santa Maria Maior, a Senhora das Neves.