2 minute read

PASSEIO SÉNIOR A FÁTIMA

AÇÃO SOCIAL

A FÉ FOI A RAZÃO QUE LEVOU INÚMEROS IDOSOS A FÁTIMA, NO PASSADO DIA 22 DE SETEMBRO. UNS COM MAIS DEVOÇÃO, OUTROS COM MENOS, QUASE NINGUÉM QUEBROU A TRADIÇÃO DA QUEIMA DAS VELAS.

Advertisement

Fotos: Mariana Branco Texto: Diana Correia Cardoso

"Se não fosse religiosa não estava aqui”, respondem as senhoras alegremente. Esta é das poucas oportunidades que têm para visitar este local sagrado, pedir pela proteção dos seus entes queridos e pela sua própria saúde e cumprir promessas. Muitas assistem à missa na televisão ou ouvem o terço, mas não é a mesma coisa. Vir a Fátima é sempre especial, “sente-se uma energia diferente”.

Nestas gerações, a ligação a Nossa Senhora começa já à nascença. É o caso de Maria Vieira. Há 70 décadas nascia na Madeira. Com o cordão umbilical à volta do pescoço, o seu destino parecia traçado. Para que acabasse aquela aflição, a sua mãe recorreu à Nossa Senhora e acabou por a atribuir como madrinha de batismo. A partir desse momento a vida de Maria ficou mais conectada com a religião, tendo feito o seu percurso escolar num colégio católico. Hoje afirma que tem uma “fé inabalável”.

Com um fio de ouro e uma medalhinha de Nossa Senhora ao pescoço, Lurdes Barbosa, de 77 anos, uma das 90 participantes no passeio, aproveitou a tarde para comprar um pézinho para pôr a arder, para cumprir a sua promessa. Artur Neves, de 81 anos e a sua esposa, moradores o Bairro da Bela Flor, queimaram 13 velas pelos seus netos e vizinhos.

Neste dia em que o sol estava alto, em Fátima o dia foi livre, algumas pessoas optaram por visitar o santuário, outras trataram das suas promessas, houve ainda tempo para assistir à missa e comprar lembranças. O almoço foi no restaurante o Panorama, com a presença de Miguel Belo Marques, presidente da Junta de Freguesia e Cátia Costa, vogal do pelouro de Bem-Estar Animal e Defesa do Meio Ambiente. No final do almoço, os seniores foram brindados com canecas com uma representação do santuário e dos pastorinhos. nc.