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2.º CICLO PÁG

Na manhã de 1 de novembro de 1755, a terra tremeu em Lisboa.

Eram 9:40 da manhã de 1 de novembro de 1755, quando um sismo de magnitude 8.5, com epicentro a cerca de 240 quilómetros de Lisboa, criou um Tsunami que, em cerca de 40 minutos, devastou a cidade de Lisboa e matou mais de 10 mil pessoas. Em minutos o rio Tejo cresceu pelas ruas da cidade, inundando a baixa com ondas de cerca de 20 metros de altura. Muitas pessoas que tinham tentado fugir para as margens do Tejo por causa dos edifícios que começaram a ruir acabaram cercadas pela água do mar e que, por coincidir com o feriado Dia de Todos-Os-Santos, muitas e muitas pessoas circulavam pelas ruas o que tornou este dia ainda mais fatal para milhares de pessoas.

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Quando o mar recuou ficaram apenas os edifícios destruídos e os incêndios que acabaram com o que ainda restava. Aliás, até posso dizer que assistimos à destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente à zona da Baixa, grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. Apenas a zona de campo de Ourique ficou intacta, dai ainda hoje ouvirmos usar a expressão, “Resvés Campo de Ourique”. Foi um dos sismos mais mortíferos da história, que marcou com enorme impacto político e económico a vida de Portugal e dos Portugueses. Perdemos grande parte da nossa riqueza, tesouros, móveis, utensílios agrícolas, etc., ficando unicamente as paredes, para não falar de um bem único e muito precioso como era grande livraria de Sua Majestade, que possuía manuscritos originais da antiguidade e que nunca mais puderam voltar a ser vistos. Mas, se pensam que baixamos os braços estão enganados, porque logo se pensou na reconstrução, no caso por Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, e de onde resultou uma cidade diferente mais atual e com quarteirões uniformes. Uma das mudanças, foi o Paço ou Palácio Real ter deixado de estar no Terreiro do Paço, e este último passou a chamar-se Praça do Comércio, como homenagem aos comerciantes da cidade que contribuíram e muito para a sua reconstrução. Foram muitos anos até que a praça e toda a cidade fosse reconstruída, aliás só no século XIX conseguimos terminar a obra, aquela que hoje vemos. Portugal chorará para sempre esta tragédia, a perda das vidas Humanas, dos bens históricos com valor incalculável numa cidade que tinha pessoas com muita riqueza e outras sem nada ou quase nada. Contudo, seguimos em frente, evoluímos e continuamos a ser vistos como um povo lutador e que não desiste, procurando formas de evitar novas catástrofes.

Dinis Piedade, n.º6. 6ºB

Professora: Laurentina Ferreira