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Ediciรณn para EUROPA


Renovados no Espírito Isaias 44:3

2º aniversário Igreja de Santander

5 e 6 de outubro MISIONÁRIO MUNDIAL 2 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

Com a visita do Rev. Carlos Medina


EDITORIAL

OLHANDO PARA DEUS Rev. José Arturo Soto B. Presidente Internacional do MMM

“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. Hebreus 12:2

é o mesmo de hoje e pelos séculos. Nunca falhou. Ele disse as coisas como Dono e Senhor da história, como Soberano de todas as coisas. Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Ele é da eternidade para a eternidade. Há um princípio que desde o início do Movimento Missionário Mundial é conhecido: o princípio da humildade, o princípio da modéstia. Quando esta Obra começou, infelizmente muitos zombavam dela e diziam: esses não vão a nenhum lado; no entanto, não se deve menosprezar os princípios pequenos. Deus ensinou a esta Obra o princípio da modéstia. Devemos manter a dependência total de Deus e o Espírito de humildade. Não importa se Deus nos abençoa excessivamente ou se nos outorga coisas materiais, ou mesmo um pouco de fama. Levemos tudo isso sempre aos pés do Senhor. Também é de muita importância manter o princípio da comunhão e do companheirismo. A comunhão de uns com outros é um aspecto essencial para receber a bênção de Deus. Do mesmo modo, temos que continuar pregando a mensagem evangélica. Não podemos descuidar nossa mensagem, que é cristocêntrica. O Evangelho é uma confrontação do homem pecador com o Deus Santíssimo, o Único que pode perdoar o pecado e Deus não muda,

mudar a vida. O Evangelho é uma mudança total. Nosso compromisso é com Jesus Cristo e não com os homens. Um dia lhe prestaremos contas. Temos que pregar santidade, porque “sem santidade ninguém verá o Senhor”. Devemos pregar que a vida cristã se vive em santidade. E a santidade tem seu reflexo no interior, mas ineludivelmente se deve mostrar no exterior. Devemos manter a visão que Deus nos deu. Essa visão é mundial. O Movimento Missionário Mundial está em quase todos os blocos geográficos do mundo. Estamos cumprindo a grande comissão: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos16:15). Essa é a visão da Obra, e isso não pode mudar. Irmãos, devemos cumprir os propósitos de Deus e difundir a Palavra de Cristo. Também, Bethel Televisão é um poderoso instrumento em nossas mãos. Devem saber que há sinal de Bethel TV por toda a Europa, África, Oceania, Ásia e América. Finalmente, eu quero dizer a todos meus companheiros, neste santo ministério, que devemos reconhecer também que a obra que fazemos é só um complemento no propósito completo de Deus. Continuaremos, com a ajuda de Deus, agindo poderosamente em Jesus Cristo. Amém.

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evangélico Diretor Fundador: Rev. Luis M. Ortiz SETEMBRO 2019 / EDIÇÃO N° 788 USPS 012-850) PUBLICAÇÃO OFICIAL DO MOVIMENTO MISSIONÁRIO MUNDIAL O World-Wide Missionary Movement, Inc. é uma igreja sem fins lucrativos, com uma visão para fundar novas igrejas nos Estados Unidos da América e seus territórios e também com uma visão missionária para fundar novas igrejas onde Deus abre novas portas em todo o Mundo. PUBLICAÇÃO MENSAL POR: Movimiento Misionero Mundial, Inc (Movimento Missionário Mundial, Inc.) San Juan, Porto Rico Washington, D.C. Postagem Periódica pagada a: San Juan, Porto Rico 00936

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O Movimento Missionário Mundial é uma organização religiosa sem fins lucrativos, devidamente registrada em San Juan, Porto Rico, e na capital federal, Washington DC com sede nas duas cidades, bem como em todos os estados da União Americana e em outros países onde temos obras missionárias estabelecidas. Importante As ofertas e doações em dinheiro, computadores, imóveis, legados em testamento, para o benefício desta obra do Movimento Missionário Mundial, Inc. são dedutíveis do imposto de renda (Income Tax) e os recibos emitidos pelo Movimento Missionário Mundial são reconhecidos pela Diretoria das Rendas Internas (IRS), do Governo Federal dos Estados Unidos da América e do Estado Livre Associado de Porto Rico. n

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• A inspiração das Escrituras Sagradas: 2 Timóteo 3:15-17, 2 Pedro 1:19-21. • A Divindade adorável em Três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo: Mateus 3:16-17, 17: 1-5; 28:19 João 17: 5, 24, 26, 16:32, 14:16, 23, 18:05, 6, 2 Pedro 1:17,18; Apocalipse 5. • A salvação pela fé em Cristo: Lucas 24:47, João 3:16, Romanos 10:13, Tito 2:11, 3:5-7. • O Novo Nascimento: João 3:3, 1 Pedro 1:23, 1 João 3:9. • A Justificação pela Fé: Romanos 5:01, Tito 3:07. • O Batismo nas águas por imersão, segundo ordenado por Cristo: Mateus 28:19, Atos 8:36-39. • O Batismo no Espírito Santo, subseqüente à salvação, falando em outras línguas, segundo: Lucas 24:49, Atos 1:4, 8, 02:04. • A Cura Divina: Isaías 53:4, Mateus 08:16, 17, Marcos 16:18, Tiago 5:14, 15. • Os Dons do Espírito Santo: 1 Coríntios 12:1-11. • Os frutos do Espírito Santo: Gálatas 5:22-26. • A Santificação: 1 Tessalonicenses 4:03, 5:23, Hebreus 0:14, 1 Pedro 1:15, 16, 1 João 2:6. • O Ministério e a Evangelização: Marcos 16:15-20, Romanos 10:15. • O dízimo e a Sustentabilidade da Obra: Gênesis 14:20, 28:22, Levítico 27:30, Números 18:21-26, Malaquias 3:7-10, Mateus 10:10; 23:23. • A ascensão da Igreja: Romanos 8:23, 1 Coríntios 15:51 - 52, 1 Tessalonicenses 4:16-17. • A Segunda Vinda de Cristo: Zacarias 14:1-9, Mateus 24:30, 31, 2 Tessalonicenses 1:07, Tito 2:13, Judas 14, 15. • O Reino Milenar: Isaías 2:1-4, 11:5-10, Zacarias 9:10, Apocalipse 19:20, 20:3-10. • Novos Céus e Nova Terra: Isaías 65:17, 66:22, 2 Pedro 3:13, Apocalipse 21:1.


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SOMMARIO

DEVOCIONAL

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6.- Capa A BÍBLIA É CONFIÁVEL?

Alguns afirmam que as Sagradas Escrituras estão cheias de imprecisões, erros e leis antiquadas. Nada mais longe da verdade. 14.- Infográfica 561 ANOS DO PRIMEIRO LIVRO IMPRESSO: A BÍBLIA. Por volta de 1455, Gutenberg inventou uma prensa móvel com letras de metal que podia ser movida para imprimir qualquer coisa. 16.- Internacional POR QUÉ HÁ TANTOS TIROTEIOS NOS EUA? O mundo se pergunta por que Estados Unidos, a primeira potência mundial, tem o recorde de vítimas causadas por tiroteios em lugares públicos. 18.- Atualidade MISSIONÁRIOS NO MUNDO O Dia Mundial das Missões será celebrado em 28 de setembro em todas as igrejas do Movimento Missionário Mundial (MMM). 20.- Ensinamento A LIÇÃO DO ÉBANO A Bíblia menciona o ébano só uma vez. No entanto, essa menção é transcendental como uma lição para os cristãos. 22.- Juventude SINTOMAS DA FRAQUEZA ESPIRITUAL DO JOVEM. Todo jovem cristão tem uma batalha constante, tanto física quanto espiritualmente. 24.- Música DE TI CAREÇO, Ó DEUS Canção criada pela compositora Annie Sherwood Hawks, este hino tocou os corações dos crentes desde 1872.

26.- Literatura APOCALIPSE, UM LIVRO ABERTO

PARA HOJE. Prática, edificante e teológica, a publicação do pastor Luis M. Ortiz é uma pesquisa pormenorizada detalhada da parte final das Escrituras. 30.- Herói da fé O INCANSÁVEL OBREIRO Destacado crente do século XVI, William Farel é um grande exemplo de cristianismo ativo. Foi um poderoso instrumento de Cristo. 34.- História de vida QUANDO O AMOR RENASCE. Afastado de seu lar por vinte anos, José Miguel se dedicou a procurar amores fugazes em bares até que uma doença o levou pedir ajuda a Deus. 40.- Apologética A PREDESTINAÇÃO (III) As Sagradas Escrituras não dizem que Deus predestina uns para a salvação e outros para a perdição, mas uns e outros fazem sua própria escolha. 42.- Entrevista “PRESERVEMOS A DOUTRINA” Após 56 anos, o MMM reafirma seu propósito de manter a essência doutrinária que é o ADN da Obra no mundo inteiro. 44.- Devocional QUAL É A MELHOR PROFISSÃO? 46.- Devocional ABRINDO OS OUVIDOS A JESUS 48.- Devocional ESTAVA SECO... MAS FLORESCEU! 50.- Eventos A OBRA EVANGELIZADORA QUE O MMM DESENVOLVE PELO MUNDO 66.- Cartas NOSSOS LEITORES NOS ESCREVEM

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ARTIGO DE CAPA

A BÍBLIA É CONFIÁVEL? Alguns afirmam que as Escrituras estão cheias de imprecisões, erros e leis antiquadas que parecem ridículas para uma sociedade moderna. Nada mais longe da verdade. A Bíblia foi inspirada por Deus e escrita durante um período de 1.500 anos, aproximadamente, por homens de diferentes épocas, condições sociais e profissões: de agricultores, pescadores e pastores a profetas, juízes e reis. Josh McDowell & Sean McDowell (*)

MISIONÁRIO MUNDIAL 6 MOVIMENTO MOVIMENTO MISIONÁRIO MUNDIAL 6 América•Europa•Oceania•África•Ásia América•Europa•Oceania•África•Ásia


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ARTIGO DE CAPA

Alguma vez você leu uma passagem da Bíblia

e se perguntou: O que significa isso? Ou provavelmente entendeu a passagem, mas se perguntou: É realmente importante para nós hoje? E depois estão os críticos atuais, que zombam da ideia de levar a sério a Bíblia. A Bíblia é um regalo de Deus pelo qual devemos estar muito agradecidos. Este livro, que é o livro de Deus, revela informação que nunca saberíamos de outro modo. Por exemplo, nos fala da criação dos céus e das estrelas, da Terra e do primeiro casal humano. A Bíblia também é um regalo comovedor, já que ensina algo sobre a pessoa que a fez, Jeová. Com este livro, Deus demonstrou que quer ser conhecido por todos MISIONÁRIO MUNDIAL 8 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

nós, ( Jeremias 9:24). De fato, a Bíblia nos ajuda a nos aproximar d’Ele. 1. A Bíblia foi inspirada por Deus? Quando o apóstolo Paulo disse que “toda a Escritura é divinamente inspirada” (2 Timóteo 3:16), usou uma palavra grega específica: θεόπνευστος, que literalmente significa “inspirada por Deus” (Θεός, Deus; πνέω, soprar). Jesus se referiu às Escrituras, quando disse aos fariseus que estavam fazendo mau uso do ensino bíblico: “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus [a Escritura]” (Mateus 15:6). Paulo explicava


como “as palavras de Deus foram confiadas” ao povo judeu (Romanos 3:2). Pedro disse que “por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas” (2 Pedro 1:20-21). 2. A Bíblia tem erros? Os teólogos cristãos conservadores afirmam que a Bíblia não tem erros (que é inerrante). Quando são conhecidos todos os fatos sobre as Escrituras (como foram escritos nos originais) e são interpretados corretamente,

são fiéis e verdadeiros sobre tudo o que afirmam. Os 66 livros da Bíblia foram escritos por quase 40 autores ao longo de um período muito extenso (aproximadamente uns 1.500 anos). No entanto, de maneira milagrosa, Deus reuniu sua Palavra sob um solo tema: a redenção divina do homem por meio de Jesus Cristo. Deus também expressou sua Palavra em uma série de estilos e formas literárias, das Lamentações à exaltada poesia de Isaías e os Salmos. A Palavra de Deus está cheia de relatos históricos, parábolas, cartas, alegorias, metáforas, comparações, sátiras e hipérboles. Deus assume o caráter pleno daqueles pelos quais Ele fala: a lógica bem integrada de um erudito (Paulo,

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ARTIGO DE CAPA

em suas epístolas), a perspectiva sacerdotal de um teólogo (o escritor de Hebreus), o talento de um poeta cantor (David, nos Salmos), e a desesperação e agonia de um povo ( Jeremias, em Lamentações). A verdade de Deus é apresentada através de seus porta-vozes humanos; que transmitem a mensagem exata e livre de erros, que Deus quer que recebamos. 3. A Bíblia é precisa? Apesar de que os escritos originais da Bíblia não continham erros, nenhum dos autógrafos existe atualmente. O que temos são cópias do que se escreveu originalmente. Aqueles que fizeram as cópias (escribas) fizeram tudo o possível para copiar com exatidão, e se cometeram alguns erros, as futuras cópias manuscritas reproduziriam MISIONÁRIO MUNDIAL 10 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

esses erros. Os manuscritos mais antigos tendem a ser mais precisos, porque estão mais perto dos originais. Mas não sabíamos quão incrivelmente precisas eram as cópias do AT até a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto em 1947. Antes de 1947, o manuscrito hebreu mais completo que possuíamos datava de 900 d.C., mas com a descoberta de mais de 800 manuscritos nas cavernas do lado ocidental do Mar Morto tivemos acesso a manuscritos do AT redigidos, segundo os paleógrafos, aproximadamente no ano 125 a.C. Estes manuscritos eram mil anos mais antigos que qualquer outro conhecido. Mas aqui está a parte interessante: uma vez que os Manuscritos do Mar Morto foram comparados com as cópias manuscritas posteriores, a Bíblia hebraica então


A TRANSMISSÃO DO ANTIGO TESTAMENTO (AT) Uma das maneiras que Deus empregou para garantir que o AT fosse transmitido com precisão foi escolher, chamar e desenvolver uma nação de homens e mulheres que levaram muito a sério o livro da Lei. Deus ordenou e inculcou no povo judeu uma grande reverência pelas Escrituras. Entre os séculos V e III a.C. surgiu uma classe de eruditos judeus chamados soferim, da palavra hebraica “escribas”. Estes custódios das Escrituras hebraicas se dedicaram a conservar cuidadosamente os antigos manuscritos e fazer cópias novas. Os soferim foram eclipsados pelos escribas talmúdicos, que protegeram, interpretaram e comentaram os textos sagrados de cerca de 100 a.C. a 500 d.C. Os escribas talmúdicos foram seguidos pelos mais conhecidos escribas massoréticos (cerca de 500 a 900 d.C.). Os escribas talmúdicos estabeleceram disciplinas estritas e detalhadas para a cópia de manuscritos. Suas regras eram tão rigorosas que quando se completava uma nova cópia recebia a mesma autoridade da que procedia porque estavam completamente convencidos de que tinham um duplicado exato.

vigente resultou ser idêntica, palavra por palavra, em mais de 95 % do texto. O resto consistia principalmente em variações ortográficas. A maior descoberta de manuscritos de todos os tempos, revelou que, depois de mil anos de copiar o Antigo Testamento, só surgiram variantes menores, nenhuma das quais alterava o claro significado do texto ou punha em dúvida a integridade fundamental do texto. 4. O que temos hoje é realmente a Palavra de Deus? Atualmente, nossa Bíblia completa tem 39 livros do AT e 27 livros do NT. No entanto, como sabemos que estes são os livros inspirados por Deus que Ele preparou para nós? É possível que outros livros inspirados divina-

mente tenham sido obviados? Como sabemos que temos todos os escritos que Deus inspirou? Cânon é a lista de 66 livros aceitos como palavra inspirada por Deus. A palavra cânon provém do termo grego κανών, que significa “regra” ou “princípio”. Em outras palavras, houve um nível muito alto, uma ferramenta de medição necessária para aceitar um livro como “inspirado por Deus”. Contrariamente ao que alguns críticos modernos afirmam, os antigos líderes judeus e eclesiásticos não criaram o cânon. Simplesmente reconheceram ou descobriram quais livros eram inspirados divinamente, desde o início do processo. Um determinado escrito não recebia autoridade de ser Escritura só porque os antigos líderes judeus ou cristãos resolveram assim. Mais bem, era aceito pelos dirigentes e pelo povo porque para eles era evidente que Deus mesmo tinha dotado tal escrito de autoridade divina. Vejamos quatro princípios ou regras que determinavam se uma carta ou um livro devia ser reconhecido como divinamente inspirado: • O escrito devia ter como autor um profeta ou apóstolo de Deus ou alguém relacionado com eles. • A mensagem do livro devia concordar com o que já tinha sido revelado por Deus. • O escrito claramente devia evidenciar a presença confirmadora de Deus. • O livro devia ser amplamente aceito pela igreja rapidamente. Por volta de 300 a.C. e não depois de 150 a.C., os

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39 livros do AT já tinham sido escritos, reunidos e oficialmente reconhecidos como livros canônicos. O texto hebreu destes 39 livros se dividiu originalmente em 24 livros: cinco pertenciam à Lei (de Moisés), oito aos Profetas e onze aos Escritos. Entre 200 e 300 d.C., os líderes da igreja começaram a fixar os critérios para o reconhecimento dos escritos dos apóstolos como inspirados por Deus. No ano 367 d.C., Atanásio de Alexandria proporcionou a primeira lista oficial dos 27 livros do NT que temos hoje. E no final do século IV já havia um consenso. Os 27 livros foram canonizados pelos concílios de Hipona (393 d.C.) e de Cartago (397 d.C.). Não se tratava de um grupo de anciãos da igreja que autorizava uma coleção de escritos religiosos, mas reconheceram que esta coleção de livros tinham as suficientes evidências para afirmar que era a Palavra de Deus. 5. A Bíblia é historicamente exata e confiável? Há pessoas que acham que se pode confiar na Bíblia em assuntos morais, mas não em questões relacionadas com a história; no entanto, muitas das verdades da Bíblia têm suas raízes na história. Por exemplo, é fundamental que Jesus tenha sido um personagem histórico e que a ressurreição corporal seja uma realidade histórica. Paulo afirmou: “e, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Coríntios 15:17). A Bíblia revela quem é Deus, quem são os seres humanos, como estes se separaram de Deus, e de que maneira estabeleceu seu plano redentor para restaurá-los. E é de vital importância que suas palavras sejam transmitidas com precisão de geração em geração. Assim que a pergunta é: Podemos ter certeza de que o que Deus inspirou e se escreveu realmente foi preservado como um registro exato da história? Deus dirigiu milagrosamente a transmissão das Escrituras para assegurar que fossem difundidas com exatidão de uma geração para outra. 6. Como devemos interpretar a Bíblia para saber o que significa para nós hoje? A Bíblia foi escrita em tempos e lugares muito diferentes aos do século XXI. É verdade que o Antigo Testamento foi escrito entre os anos 1500 e 100 a.C. As culturas eram diferentes; o que as pessoas faziam e como se expressavam não se assemelhava à linguagem e as atividades de nosso mundo moderno. Contudo, apesar de todas estas diferenças culturais, a Bíblia continua sendo relevante para nós hoje. Para interpretar e entender quão importante é a Palavra para nossa vida é necessário seguir um processo de dois passos. O primeiro é determinar o que significaram as passagens MISIONÁRIO MUNDIAL 12 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

para aqueles que as falaram ou escreveram primeiro, e o que significaram para aqueles que as ouviram ou leram. Dado que se escreveu em diferentes períodos de tempo, devemos entender seu contexto histórico ou cultural. Para aplicar uma verdade determinada a nossa vida, devemos compreender as atitudes, os cenários, o estilo de vida e a estrutura política da época na qual foi dada. Neste primeiro passo é necessário lembrar que não há nada falado ou escrito nas Escrituras que tenha sido escrito ou falado diretamente a nós que vivemos neste século XXI. Moisés e os profetas falaram aos filhos de Israel. Jesus falou a seus discípulos, às multidões e a vários indivíduos. Quando os apóstolos escreveram os Evangelhos e Paulo, Pedro, Santiago e os outros escreveram os outros livros do Novo Testamento, escreveram para certos ouvintes ou leitores de seu tempo. Portanto, nossa primeira tarefa consiste em interpretar o que ele quis comunicar naquele tempo. Mas depois vem o segundo e muito importante passo: entender a universalidade e a relevância da verdade


ARTIGO DE CAPA

A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO

que Deus nos revelou hoje. Isto é vital quando se tenta extrair o significado que Deus dá ao texto. Quando os leitores impõem sua perspectiva pessoal ou suas próprias ideias a uma passagem, é muito fácil chegar a ter pontos de vista diferentes e contraditórios sobre uma verdade particular. Mas grande parte disso pode ser evitado mediante um processo que nos leve a descobrir o significado de uma verdade de Deus. Este processo é chamado de “exegese”. O termo “exegese” provém da palavra grega ἐξηγεῖσθαι, que significa “dar a conhecer, explicar e revelar”. É a palavra que João utiliza quando afirma que Jesus nos revelou Deus ( João 1:18). Fazer a exegese de uma passagem significa que devemos entender o significado das palavras e situá-las em seu contexto (literário, histórico e teológico). Se lêssemos uma passagem fora deste contexto, estaríamos em perigo de ler outro significado do texto, que simplesmente não está ali. Os estudiosos denominam isto de ἐξήγησις ou “ler

Apesar de que houve expertos escribas hebreus que fizeram cópias dos manuscritos do AT, não aconteceu o mesmo com o NT. Há várias razões para isso: 1) a liderança oficial judaica não respaldou o cristianismo; 2) as cartas e as histórias que os autores do NT fizeram circular não eram consideradas Escritura oficial; e 3) os documentos não estavam em hebraico, mas em grego e aramaico. Portanto, não seguiram as mesmas disciplinas formais na transmissão destes escritos de uma geração para outra. No caso do NT, Deus fez algo novo para assegurar que sua Palavra fosse preservada com precisão. Os historiadores avaliam a confiabilidade textual da literatura antiga de acordo com dois critérios: 1) o intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia mais próxima, e 2) o número de cópias disponíveis do manuscrito. Por exemplo, quase tudo o que sabemos hoje das façanhas de Júlio César nas Guerras da Gália (de 58 a 51 a.C.) provém de dez cópias manuscritas da obra de César “As Guerras da Gália”. A primeira destas cópias data de um pouco menos de mil anos depois de que o original fosse escrito. Nosso texto moderno da “História de Roma” de Tito Lívio conta com um manuscrito parcial e 19 cópias muito posteriores, realizadas entre 400 e 1.000 anos depois do escrito original. Em comparação, a “Ilíada” de Homero é muito mais confiável. Atualmente existem aproximadamente 1.757 cópias manuscritas, com uma simples diferença de tempo de 400 anos entre a data de composição e a primeira destas cópias. Se empregamos esta norma aceita para avaliar a confiabilidade textual dos escritos antigos, o NT pertence a uma categoria especial. Nenhum outro livro do mundo antigo pode mesmo se aproximar de sua confiabilidade textual. Cerca de 25.000 manuscritos ou fragmentos de manuscritos do Novo Testamento repousam nas bibliotecas e universidades do mundo em línguas tais como copta, latim e armênio. Entre estes há quase 5.800 manuscritos gregos do NT (mais de três vezes o número de cópias da “Ilíada”). O mais antigo destes manuscritos é um fragmento do Evangelho de João, localizado na Biblioteca John Rylands da Universidade de Manchester, Inglaterra; este manuscrito foi composto dentro dos 50 anos depois de que o apóstolo João escrevesse o original. Existem provas convincentes de que uma parte do Evangelho de Marcos, recentemente descoberta, data do século I. Podemos ter certeza de que os textos do Novo e do Antigo Testamento foram transmitidos ao longo dos séculos com precisão e exatidão.

informação dentro de um texto que não se encontra ali”. Dali surge a maioria dos erros de interpretação. E podemos evitar muito disso lendo um texto dentro de seu contexto e, depois, aplicando adequadamente sua verdade a nossa cultura e vida pessoal. (*) Joslin “Josh” McDowell é um escritor cristão evangélico estadunidense. Algumas de suas obras mais conhecidas são “The Resurrection Factor”, “Evidence That Demands A Verdict”, “Right from Wrong” e “A Ready Defense”. Sean é seu filho e segue os passos do pai.

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Século VII

Século XI

Os chineses desenvolveram as primeiras prensas de tipos móveis mediante letras de argila. As letras capitulares eram realizadas à mão.

As árvores introduzem o papel na Europa.

Século V d.C.

Os chineses inventam uma técnica de impressão sobre madeira (xilogravura).

Cada página era pendurada para que pudesse secar.

Século XIII

Os coreanos fabricam tipos móveis de ferro fundido, mais duradouro do que a argila.

Século XV

Por volta de 1440, Gutenberg desenvolve a prensa moderna. Anos mais tarde, ele finaliza sua “Bíblia”.

1863

Papel

William A. Bullock obtém a patente para imprimir livros sobre papel continuo (hectografia). Em cada página havia 42 linhas impressas em duas colunas.

1886

A linotipia de Ottmar Mergenthalar é o primeiro sistema automático de composição de textos.

1904

A técnica da litografia chega a seu máximo ponto com a impressão offset, utilizada atualmente.

Os livros têm sido feitos durante milhares de anos, mas não sempre foram como os que vemos na atualidade. Os primeiros livros eram rolos de papel ou peles de animais. No século XV, durante o Renascimento, houve um grande aumento na quantidade de novas e emocionantes ideias em ciência e arte. Em torno do ano 1455, um fabricante de máquinas alemão chamado Johannes Gutenberg inventou uma prensa com letras de metal que se podia mover para imprimir qualquer coisa. As cópias dos livros podiam ser feitas em série e de maneira fácil. O primeiro livro impresso e vendido na Europa foi uma cópia da Bíblia. Durante centenas de anos, até a invenção da impressão digital, os livros ainda eram impressos com letras de metal e prensas.

561 anos do primeiro livro impresso:

A BÍBLIA A Bíblia é considerada o primeiro livro impresso em grande escala mediante o sistema de tipos móveis. MISIONÁRIO MUNDIAL 14 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


Século V a.C.

Os romanos utilizam selos que imprimem sobre objetos de argila.

Em 23 de fevereiro de 1455 foi completada a impressão da Bíblia de Gutenberg, o primeiro livro impresso com caracteres móveis.

A BÍBLIA REINA VALERA Esta conhecida versão da Bíblia, que alcançou muito ampla difusão durante a Reforma Protestante do século XVI é uma das mais aceitas pelas igrejas cristãs e evangélicas do Mundo Hispânico.

Parafuso

Ferramenta de aplicação de tinta

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INTERNACIONAL

POR QUE HÁ TANTOS TIROTEIOS NOS ESTADOS UNIDOS? O mundo se pergunta por que Estados Unidos, a primeira potência mundial, tem o recorde de vítimas causadas por tiroteios perpetrados em lugares públicos. Neste ano, até hoje, houve mais de 251 atentados em diversas cidades. (*) O debate que sempre tem lugar depois das matanças, nos Estados Unidos, é o do controle de armas. Por que um garoto de 21 anos, que recém obteve a autorização legal para comprar uma cerveja devido a sua idade, pode adquirir uma espingarda semiautomática, arma de guerra com capacidade de cometer uma matança em poucos minutos? Não há lógica na resposta. A única variável que pode explicar, o alto índice de tiroteios massivos nos Estados Unidos é a quantidade estratosférica de armas em mãos de fanáticos e psicopatas. Então, é lógico perguntar por que, apesar dos contínuos banhos de sangue, os legisladores nunca conseguem uma maioria para limitar o acesso massivo de armas de fogo? Os Estados Unidos, terra dos vaqueiros do Velho Oeste, é a sociedade mais armada do mundo, com aproximadamente uma espingarda ou pistola por habitante (cerca de 300 milhões). Em outras palavras, os estadunidenses constituem aproximadamente 4,4% da povoação mundial, mas têm em sua propriedade 42% das armas do mundo. Segundo um estudo que levaram a cabo os pesquisadores Franklin E. Zimring e Gordon Hawkins, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, houve 133 tiroteios massivos entre 2002 e 2014. A Finlândia só teve dois, nos quais morreram 18 pessoas; a Suíça teve um, no qual tiveram lugar 14 mortes. A diferença é clara. Em 2013, as mortes relacionadas com armas de fogo nos Estados Unidos incluíram 21.175 suicídios; 11.208 ho-

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micídios e 505 mortes ocasionadas por disparo acidental. Esse mesmo ano no Japão, um país que tem a terceira parte da povoação dos Estados Unidos, as armas de fogo só ocasionaram treze decessos. Isto quer dizer que um estadunidense tem 300 vezes mais probabilidades de morrer como consequência de uma arma de fogo que um japonês. A proporção de propriedade de armas nos Estados Unidos é 150 vezes mais alta que a do Japão. A brecha entre 150 e 300 demonstra que as estatísticas relativas à propriedade de armas de fogo por si mesmas não explicam por que o país norte-americano é diferente. Outros pesquisadores acham que detrás do tiroteio no Texas há um claro delito de ódio racial. A dramática realidade é que, nos Estados Unidos, em alerta como o resto do


mundo devido ao jihadismo, há uma grande preocupação com o terrorismo de grupos ou indivíduos fanatizados com uma ideologia de extrema-direita. De fato, há cada vez mais pessoas que acusam o presidente Donald Trump de fomentar estes massacres com seu discurso incendiário contra os imigrantes e as minorias. Desde a campanha eleitoral de 2016, o mandatário estadunidense não cessa de chamar de “violadores” e “narcotraficantes” os imigrantes mexicanos, “terroristas” os muçulmanos e evita condenar atos de supremacistas brancos. Além disso, insulta constantemente as minorias e chegou a enviar “de volta a seus países” legisladoras estadunidenses de origem afro-americana, porto-riquenha, sudanesa ou de religião muçulmana.

Os autores das matanças indiscriminadas nos Estados Unidos têm motivos e intenções muito diferentes, mas, em sua maioria, compartilhem alguns rasgos como ser homens, jovens e brancos. Donald Trump e os políticos que se resistem a um controle mais estrito na venda de armas de tipo militar habitualmente atribuem estes ataques a problemas de saúde mental dos autores. No entanto, as análises do FBI mostram que só 25% dos atacantes tiveram um diagnóstico de problemas de saúde mental e que normalmente não são indivíduos que vivem isolados. (*) Fonte: Internet.

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ATUALIDADE

MISSIONÁRIOS NO MUNDO O Dia Mundial das Missões se celebra em 28 setembro em todas as igrejas do Movimento Missionário Mundial (MMM), e este importante evento será transmitido por diferentes meios de comunicação. MISIONÁRIO MUNDIAL 18 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


“Não se pode pensar nesta organização sem pensar no trabalho missionário. Vamos às nações e ao mundo para que o trabalho missionário não pare”.

Anualmente, a Obra do Movimento Missionário Mundial escolhe o último sábado do mês de setem-

bro para realizar um jejum geral com o fim de levantar um clamor de oração, por todos os missionários no mundo, além de instar os crentes a seguirem o chamado missionário. Um dia antes desta atividade, o reverendo José Arturo Soto, presidente internacional do MMM, brindará uma mensagem a todas as congregações, onde remarcará a importância do trabalho missionário e anunciará o lema oficial pelo Dia Mundial das Missões 2019. Este anúncio será transmitido por Bethel Televisão e compartilhado pelas redes sociais das congregações. Este acontecimento de grande importância para a

Obra convoca a cada ano milhares de congregações dos cinco continentes, onde se unem com um único propósito: orar ao Senhor pelos campos missionários e por todos os obreiros que levam o Evangelho aos lugares mais remotos e perigosos do mundo. Também se roga a Deus que continue chamando mais obreiros para que se integrem ao grupo de servos que realizam a missão encomendada: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Além disso, será recolhido uma contribuição especial através da qual se poderão adquirir novos terrenos, construir templos, fundar lares para crianças, estabelecer escolas e pagar os gastos das missões estabelecidas no mundo. Desde seu nascimento, o Movimento Missionário Mundial teve raízes missionárias. O reverendo Luis M. Ortiz plasmou este sentir em um poema que escreveu: Vamos, semeador; porque a sua semente em boa terra também germinará; e com gozo voltará com os teus molhos e o divino Labrador te premiará! Atualmente, a obra do MMM se encontra em 73 países, sendo os Emirados Árabes Unidos, Uganda, a República Democrática do Congo, a Martinica e a Nova Zelândia os últimos pontos onde foram enviados missionários. A Bíblia diz em Mateus 9:38: “Rogai, pois, ao Senhor da ceifa, que mande obreiros para a sua colheita” e o MMM continua o mandato bíblico desde sua fundação. No ano passado, durante sua mensagem alusiva à data, o reverendo José Arturo Soto, nosso Presidente, destacou o caráter missionário do MMM. “Através de 60 anos, todos estivemos centrados em que devemos fazer a obra missionária”, disse. “Não se pode pensar nesta organização sem pensar no trabalho missionário. Vamos às nações e ao mundo para que o trabalho missionário não pare”, assinalou.

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ENSINAMENTO A madeira escura do ébano é denominada hobní, em hebreu e no Egito também recebe o nome

de hbny. Este término significa literalmente “pedra” ou “pedra de madeira”, devido a sua extraordinária dureza. O nome genérico “Diospyros” deriva do grego e etimologicamente é “grão ou fruto de Deus”. Existem muitas espécies de árvores de ébano, tanto na Ásia como na África, apesar de que não todas apresentam a madeira tão escura e uniforme. Na antiguidade, os navios mercantes de Tiro, importavam o ébano e o marfim das costas do Oceano Índico, já que os fenícios comerciavam com esses produtos. Sua cor preta intensa, bem como sua elevada densidade e fácil polimento, permitiam que fosse combinado com o marfim branco, criando um contraste muito apreciado em marchetaria e ornamentação. As árvores de ébano pertencem à família Ebenaceae, podem chegar a ter 30 metros de altura, têm uma copa ampla e um tronco grosso, possui uma casca clara (alburno) que envolve um cerne preto, que é o que constitui a valiosa madeira de ébano. Da casca do ébano se fabricam: cabos de facas, escovas, ferramentas, instrumentos musicais como os clarinetes, peças de xadrez, teclas pretas dos pianos, figuras de diversos animais, entre outras coisas. A partir do século XIII e até o barroco, o ébano se empregou na Europa para elaborar objetos de luxo como móveis pretos e sofisticadas escrivaninhas. O auge do comércio do mogno, no século XVIII, provocou o paulatino abandono do ébano. As folhas do autêntico ébano (Diospyros ebenum) são lanceoladas, de cor verde escura e se dispõem alternativamente nos caules. As flores também costumam ser esverdeadas e os frutos estão dispostos em bagas redondas e amarelentas. No entanto, existe uma grande variedade de espécies diferentes que, em ocasiões, são agrupadas com o mesmo nome vulgar. Por exemplo, o comumente chamado “ébano-do-Ceilão” agrupa às espécies D. bupru, D. ebenaster, D. ebenum, D. melanoxylon, D. peregrina, D. silvatica, etc. o “ébano de Manila” corresponde às espécies D. ebenaster, D. philippense e D. nigra. Mas existe também o “ébano de Filipinas”, o “ébano verde da Índia”, o “ébano branco”, o “ébano do Gabão”, o “ébano de Madagascar”, o “ébano vermelho das ilhas de Maurício”, etc., cada um deles com suas respectivas espécies diferentes. Esta variedade de ébanos nos dá a ideia da elevada diversidade existente entre as árvores e madeiras de ébano. No livro de Ezequiel, (Ezequiel 27:15), menciona-se uma única vez o ébano em relação ao rico comércio marítimo e o esplendor da cidade portuária de Tiro. Neste capítulo do profeta Ezequiel, afirma-se que, MISIONÁRIO MUNDIAL 20 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

A LIÇÃO DO ÉBANO A Bíblia menciona o ébano em só uma ocasião: no livro de Ezequiel (Ezequiel 27:15). No entanto, essa única menção é transcendental como lição para os cristãos. (*)


apesar de toda sua grandeza e luxo, os habitantes desta cidade mostravam uma indiferença quase absoluta pelas normas morais mais básicas. O mais importante para eles eram os negócios e as riquezas materiais que o comércio lhes proporcionava, apesar de que para obtê-las deviam realizar atos de uma duvidosa moralidade. Eles chegaram a pensar que sua abundância e bem-estar dependiam exclusivamente deles e se esqueceram completamente de Deus. No entanto, as consequências foram fatais. A cidade de Tiro foi eliminada da Terra.

A lição é clara: toda sociedade que volta as costas ao Altíssimo e se opõe conscientemente a sua vontade, apesar de que viva tempos de prosperidade material, tem os dias contados. Cedo ou tarde desaparecerá. Hoje, muitas pessoas não creem em Deus, mas Ele continua controlando os fios da história e julgará finalmente o mundo com justiça.

(*) Fonte: www.protestantedigital.net

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SINTOMAS DA FRAQUEZA ESPIRITUAL DO JOVEM Steven López

Todo jovem cristão enfrenta uma batalha constante, tanto no campo físico quanto no âmbito espiritual. A única maneira de permanecer vitorioso no espiritual é se manter forte, com uma fé vigorosa, em sua vida espiritual; no entanto, alguns caem em uma falsa espiritualidade. MISIONÁRIO MUNDIAL 22 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


JUVENTUDE Em caso contrário, chega-se a ser fraco espiritualmente e se torna presa fácil do inimigo. Muitos são os sintomas de alguém com fraqueza espiritual. Orgulho. Tal como a humildade é a principal característica do cristão, o orgulho é a primeira mostra de fraqueza espiritual. Quando o jovem perde a humildade, o orgulho começa a falar mais alto. Não reconhece suas próprias falhas; pelo contrário, seu olhar está fixado nos erros de outros e os imita sem discernimento. Egoísmo. Perde a sensibilidade, não percebe mais a necessidade do outro e se preocupa mais com seus próprios interesses. É mesmo indiferente quando vê alguém que está sofrendo. Se antes tinha o compromisso para evangelizar, agora o evita. Fé indefinida. O jovem é facilmente identificado por sua inconstância em seu credo. Se antes tinha uma fé definida, agora um pequeno obstáculo já é suficiente

Andar no Espírito é ter uma comunhão plena com Deus e alimentar a fé por meio da Palavra de Deus e da oração. Essas práticas são imprescindíveis para desenvolver a intimidade com Deus e, consequentemente, ter sensibilidade para ouvir e obedecer à voz de Deus.

Certos seres humanos pretendem encher o grande vazio de seu coração com coisas externas, como a falsa felicidade baseada no dinheiro, a casa luxuosa ou frequentar pessoas endinheiradas. Depois de um tempo, quando chega o dia em que tudo irremediavelmente acaba, a situação interior é pior que no início. O mesmo acontece com os cristãos durante sua vida. O início é alentador e prometedor, mas quando ignoramos os principais pilares da fé, caímos em uma espiritualidade deprimente e vazia que faz com que muitos não percebam que seu final será trágico. Andar no Espírito é ter uma comunhão plena com Deus e alimentar a fé por meio da Palavra de Deus e da oração. Essas práticas são imprescindíveis para desenvolver a intimidade com Deus e, consequentemente, ter sensibilidade para ouvir e obedecer à voz de Deus.

para que duvide ou desista. Torna-se uma pessoa facilmente influenciável pelas correntes do mundo. Não jejua e nem ora como antes. A oração do jovem crente, afetado por esta situação, é fria e mecânica. Jejuar se torna algo difícil. A constância nos jejuns se torna menor, porque sua comunhão está longe de Deus. Durante o serviço, no momento de procura de Deus, não consegue se concentrar e abre os olhos com frequência. Medo e dúvida. É facilmente guiado pelos prazeres que o mundo oferece, o desânimo se apodera e os pensamentos negativos se fortalecem. Torna-se em uma vítima dos ataques do diabo. Desânimo para ler a Bíblia. Todas as vezes que abre a Bíblia, o jovem se sente cansado e desanimado. Abandona facilmente a leitura e procura a maneira de encontrar satisfação em outras alternativas. Olhos maus. Perde a visão espiritual; não sabe o que é bom e o que é mau. Passa seu tempo julgando os outros. Não aceita a repreensão e, em lugar disso, quando é repreendido, o jovem se mostra como uma vítima. Esquece completamente o cuidado de Deus na repreensão.

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MÚSICA

DE TI CAREÇO, Ó DEUS Hino composto pela compositora Annie Sherwood Hawks que tocou os corações dos crentes desde 1872. Inspirado para louvar a presença de Deus, brinda paz e serenidade a todo aquele que a entoa. Centrado na necessidade de contar com a presença de Jesus Cristo em todo momento, o hino “De ti careço, ó Deus” reflete em suas quatro estrofes o anelo de alcançar uma relação pessoal com Deus que guie a vida dos crentes. Escrito em junho de 1872 pela compositora estadunidense Annie Sherwood Hawks, é também um cântico devocional que oferece serenidade e paz para todo aquele que o entoa. Respeito à origem desta composição, sua autora, em uma ocasião, revelou: “Eu me lembro que era uma manhã brilhante. Estava em meu lar ocupada nas tarefas domésticas, quando senti a presença do Criador. Naquele momento, eu me perguntei como se podia viver sem Ele, na alegria ou na dor; e chegaram a minha mente as palavras com as que depois desenvolvi o louvor “De ti careço, ó Deus”. Quando finalizou seu poema, Hawks o entregou ao reverendo Robert Lowry, seu pastor e mentor na produção de cânticos para a glória de Cristo. Ele musicalizou os versos e adicionou um refrão para que seja mais útil. Depois, com o impulso de Lowry, um destacado compositor de canções cristãs apareceu em uma coleção de hinos que foi editada para um evento de fé realizado em novembro de 1872 em Cincinnati. DESTACADA POETISA

Nascida na localidade de Hoosick, em 28 de maio de 1835, Annie Hawks criou mais de 400 composições espirituais. Desde muito pequena, enquanto dava seus primeiros pasMISIONÁRIO MUNDIAL 24 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


DE TI CAREÇO, Ó DEUS 1 De Ti careço, ó Deus, Habita, pois, em mim, E vencedor serei Fiel até o fim.

4 Meu grande Protetor És Tu, na provação; Concedes-me vigor E eterna salvação.

2 De Ti careço, ó Deus, De Ti, meu Salvador. Ó, vem fazer de mim, Humilde servidor.

REFRÃO Jesus, meu Salvador, Sê comigo aqui, Bendize-me agora; Eu creio em Ti.

3 Em Tua santa lei, Senhor, vem-me instruir; E Teu tão grande amor, Almejo então sentir.

sos no Evangelho, mostrou um dom especial para expressar seus sentimentos pelo Redentor através da lírica. Aos quatorze anos, a fiel seguidora do Salvador conseguiu que um jornal de seu povo publicasse seu primeiro poema. Na madureza de sua existência, após se casar com Charles Hial Hawks, a autora se mudou em janeiro de 1865 a Brooklyn, na cidade de Nova York, onde conheceu o servo Lowry em um templo local ao qual se uniu. Então, com seu apoio, ela se dedicou a produzir de forma contínua uma série de poemas para Deus que atualmente faz parte de seu amplo legado e que são entoados principalmente nas escolas dominicais. Em 1888, impressionada pela notoriedade de “De ti careço, ó Deus” e comovida pela morte de seu esposo, Hawks reflexionou sobre a popularidade de sua canção e afirmou que: “No início, não entendi por que este cântico tinha tocado tanto o coração dos crentes. No entanto, com a dor da grande perda que sofri, cheguei a compreender o poder reconfortante das palavras que o Senhor me permitiu escrever”. Destacada poetisa do século XIX, a serva Hawks deixou de existir em 3 de janeiro de 1918 no condado de Bennington, localizado no estado de Vermont, depois de combater o bom combate da fé e pregar a Palavra de Deus através de seus hinos. Atualmente, seu trabalho tem uma enorme influência mundial e faz com que homens e mulheres do Criador o adorem com emoção e exaltação.

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LITERATURA

APOCALIPSE: UM LIVRO ABERTO PARA HOJE Prática, edificante, devocional, compreensível e teológica, a publicação do pastor Luis M. Ortiz é uma pesquisa pormenorizada da parte final das Sagradas Escrituras. Sustentada na Palavra de Deus, a obra reflexiona sobre o futuro da humanidade. Na profecia bíblica há uma lei denominada “lei das duas referências”. É dizer, que uma mesma profecia pode ter duas aplicações, uma próxima e outra distante. Esta frase, pois, pode ter duas aplicações: literal e dispensacional. A aplicação literal seria o primeiro dia da semana, o domingo que os cristãos primitivos chamavam do “Dia do Senhor”. Inácio, Bispo de Antioquia, que viveu no tempo dos Apóstolos, de 30 a 107 d.C., escreveu: “Todo seguidor de Cristo deve guardar o Dia do Senhor, pois é o dia da ressurreição”. Em sua aplicação dispensacional, os profetas e os apóstolos, quando mencionaram “o dia do Senhor” em suas profecias, faziam referência ao tempo da Segunda Vinda de Cristo. Teológico, devocional, prático, edificante e compreensível, a publicação “Apocalipse, um livro aberto para hoje” é um estudo rigoroso e detalhado do último livro das Sagradas Escrituras. Escrito pelo reverendo Luis M. Ortiz, fundador do Movimento Missionário Mundial, foi reeditado em abril de 1993 e está baseado nas conferências proféticas que o missionário ditou em seu extenso trabalho pastoral. O capítulo 6 de Apocalipse é como um bosquejo dos acontecimentos da grande Tribulação, a semana número 70 da profecia de Daniel. Neste capítulo são abertos seis dos sete selos do livro que Jesus teve em suas mãos. É preciso observar que o sétimo selo se expande em sete trombetas; e que a sétima trombeta se expande em sete taças. Os selos, as trombetas e as taças são três séries do julgamento divino

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que será derramado sobre a humanidade. A mão do Pai nos entregou o “Cordeiro de Deus” para nos redimir, e agora a mão do Pai entrega à mão traspassada do “Cordeiro como imolado” o livro selado para executar a redenção de toda a criação. Publicada originalmente em dois tomos –o primeiro impresso em 1984 e o segundo em 1988– a obra do irmão Ortiz conta com 26 capítulos nos quais escudrinha minuciosamente o conteúdo do livro profético do Novo Testamento. Sustentada completamente na Palavra de Deus, também oferece uma interpretação clara


Primeira Besta (Anti-Cristo) e a Segunda Besta (Anti-Espírito Santo). DOUTRINA DE CRISTO

do futuro que se cumprirá. O Senhor Jesus Cristo profetizou que nos últimos dias “surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24). Sempre existiram. Nestes dias, também existem. Amanhã existirão da mesma forma. Mas nunca foi nem será como nesta calamitosa ocasião da grande Tribulação. Neste tempo, o Dragão, Satanás, é lançado à terra. A Primeira Besta surge do mar e a Segunda Besta surge da terra, para completar uma maldita trindade formada pelo Dragão, Satanás, (Anti-Deus), a

Dirigida para os que creem e confiam no Evangelho, quem, segundo o autor, têm o privilégio de saber os mistérios do reino dos céus, a pesquisa do iniciador do MMM, explica também, de forma prolixa, o significado dos símbolos e os números que aparecem no Apocalipse. Da mesma forma, expõe sob a direção do Espírito Santo, os temas de maior controvérsia desta parte da Bíblia. Este é o nono e último parêntese no livro de Apocalipse, o qual cobre até o versículo dez, incluindo as Bodas do Cordeiro. O diabólico sistema religioso, babilônico, pagão, católico, romano, ecumênico, apóstata, mistério babilônio, mãe das abominações da terra, foi destruído pelo Anticristo e seus associados europeus, no meio da grande Tribulação. A “grande cidade”, sede do sistema religioso, isto é, Roma, também é destruída já finalizando a última metade da grande Tribulação. O conflito dos séculos está em sua etapa final. O Dragão, o Anticristo e o Falso Profeta febrilmente organizam a confrontação culminante do Armagedom. Na Terra há choro, lamentações e desesperação. Ajudado pelo Rei de reis e Senhor de senhores, o reverendo Ortiz em seu texto analisa, além disso, a participação de Cristo na consumação da redenção. Como uma tocha que ilumina no meio da escuridão, o pregador, nascido em Porto Rico em 26 de setembro de 1918, mostra que o Salvador trabalha com datas exatas e que os tempos, os eventos e a história estão subordinadas a sua Palavra. Nos primeiros sete versículos deste capítulo vinte

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LITERATURA

do livro de Apocalipse menciona seis vezes a frase “mil anos”. Deus tratou e trata com a raça humana a base de Dispensações ou Idades. Uma Dispensação é um período de tempo durante o qual Deus prova o homem segundo a revelação recebida de parte d’Ele e a responsabilidade que se depositou sobre ele. As Dispensações já passadas são cinco: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa e Lei. Estamos concluindo a Dispensação da Graça MISIONÁRIO MUNDIAL 28 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

(do Evangelho, da Igreja e do Espírito Santo). Esta atual Dispensação acabará com o levantamento da Igreja, que será em breve. LIVRO MARAVILHOSO

No início de sua obra, o servo Ortiz adverte que: “Satanás não quer que escudrinhemos este maravilhoso


Uma Dispensação é um período de tempo durante o qual Deus prova o homem segundo a revelação recebida de parte d’Ele e a responsabilidade que se depositou sobre ele. As Dispensações já passadas são cinco: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa e Lei. Estamos concluindo a Dispensação da Graça (do Evangelho, da Igreja e do Espírito Santo). Esta atual Dispensação acabará com o levantamento da Igreja, que será em breve.

livro de Apocalipse. Ele colocou na mente de muitos que este é um livro difícil, que é melhor não lê-lo. Mas quando um começa a estudar com iluminação e unção do Espírito Santo, o livro de Apocalipse, é isso mesmo, uma revelação. É um livro aberto para hoje que nos mostra o futuro deste mundo”. Durante todas as Idades, a presença do pecado fez

ineficazes todos os esforços humanos por criar um mundo melhor. Os educadores, os sociólogos, os filósofos, os cientistas, os políticos, os legisladores, os governantes, os religiosos; todos desejavam isso e trabalharam nessa direção. Mas todos estes esforços combinados foram infrutuosos. Quando se progride um pouco na saúde pública, aparece uma nova praga; quando a economia se fortalece, tem lugar uma crise; quando começa uma reconstrução, também começa uma revolução; quando se realizam convênios de paz, estoura uma guerra; quando se proclama a honradez pública, também se manifesta o engano e a corrupção. A publicação “Apocalipse: um livro aberto para hoje” foi concebida para compreender de modo amplo os acontecimentos do fim. A este respeito, Luis M. Ortiz, que deixou este mundo em 25 de setembro de 1996, testemunhou em vida que Deus lhe permitiu concluí-la depois de um árduo trabalho no qual, sentado na frente de uma máquina de escrever e enquanto adorava Jesus Cristo, experimentou o poder do Senhor. A raça humana depois da derrota e fracasso do Primeiro Adão, é uma raça caída, destituída, pecadora, corrompida, rebelde, com sentença de morte física e eterna; mas depois da vitória do Último Adão, todo aquele que se arrepende de seus pecados e crê no Senhor é levantado, restaurado, perdoado, limpo, transformado, feito nova criatura, e livrado da morte eterna. Contudo, dado que Satanás é “o Deus deste mundo” e este “mundo está colocado em maldade e vai de mal a pior”, existe uma luta entre a carne e o Espírito, o “velho homem” e o “novo homem”, a mundanidade e a santidade; tudo está permitido e é necessário para nós vencermos e crescermos no Senhor. Mas na Terra Nova (O milênio) não estará Satanás, nem os demônios, nem o pecado, absolutamente nada negativo. Será uma Terra Nova “em que habita a justiça”.

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HERÓI DA FÉ

O INCANSÁVEL OBREIRO Emma Bevan

Guillaume Farel, destacado crente do século XVI, é um grande exemplo de cristianismo ativo. Ele se esforçou, dia e noite, durante quase quatro décadas, entre as montanhas e os vales da Suíça, com a intenção de dar a conhecer a Palavra de Deus. W. Farel foi um poderoso instrumento de Cristo que propiciou a expansão do Evangelho de Cristo. Sob os Alpes, perto da localidade de Gap, situada no sudeste da França, começou em 1489 a história de um homem reto que não procurou uma honra mais alta que ser um obreiro de Deus e que só desejava a alegria de escutar que o Senhor fosse glorificado. Nascido no seio de uma família crente, Guillaume Farel descobriu Jesus com os ensinamentos de seus pais e desde muito cedo demonstrou uma grande disposição para seguir os passos do Criador. Em sua infância, Farel começou a se educar para se transformar em uma pessoa erudita, capaz de escrever livros e pregar a Palavra do Redentor. Em 1509, persuadiu seu progenitor para que o enviasse a estudar à Universidade de Paris. Ávido de conhecimento bíblico, recebeu aulas particulares de latim, grego e hebraico, na prestigiosa universidade Sorbonne.

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Em sua infância, Farel começou a se educar para se transformar em uma pessoa erudita, capaz de escrever livros e pregar a Palavra do Redentor. Em 1509, persuadiu seu progenitor para que o enviasse a estudar à Universidade de Paris. Ávido de conhecimento bíblico, recebeu aulas particulares de latim, grego e hebraico, na prestigiosa universidade Sorbonne.

Além disso, conheceu o servo James Faber, pesquisador das Sagradas Escrituras que detestava a idolatria da igreja tradicional. Comovido pela postura de Faber contra o pecado, Guillaume escutou suas conferências, assistiu a suas aulas, frequentava os templos onde ele ia para adorar o Altíssimo e se tornou um de seus discípulos mais próximos. Em março de 1519, convertido em mestre de artes e professor de filosofia depois de sua formação universitária, foi testemunha de como seu mestre, por meio da fé em Deus, descobriu a verdadeira doutrina do Salvador e começou a difundir o Evangelho. Convencido pelos fundamentos inapeláveis do cristianismo, o futuro reformador, após escutar a autêntica adoração ao Criador em boca de Faber, estudou a profundidade e com muito cuidado a Bíblia. Também leu a história dos primeiros dias do cristianismo e descobriu o poder transformador da mensagem do Messias. Então, ele se levantou contra o catolicismo devido a que impulsionava o paganismo com cerimonias e ritos de veneração de imagens, santos e virgens. IMPULSOR DO EVANGELHO

Em 1521, levantado por Deus, como um promotor da verdade, o missionário francês começou seu trabalho evangelístico na cidade de Meaux, situada muito perto de Paris, onde compartilhou o pão de vida nas ruas e mercados, e com potente voz anunciou que a humanidade devia se afastar da maldade e seguir Jesus Cristo. No entanto, sua significativa pregação, baseada nas Escrituras, despertou o ódio das autoridades eclesiásticas que o obrigaram a fugir em 1523 antes de ser proscrito. Depois de abandonar Meaux, o evangelizador regressou a Paris e denunciou abertamente os desvios da igreja católica. A seguir, voltou a seu lar. Apenas chegou a seu povo, Guillaume difundiu a Palavra nas ruas, em campos, em molhinhos, à beira do rio e nas ladeiras das montanhas. Em qualquer lugar onde duas ou três pessoas po-

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HERÓI DA FÉ diam se reunir para escutá-lo, ele aparecia com uma Bíblia na mão para falar do Rei de reis. Sob o cuidado protetor de Deus, Farel abandonou Gap uma vez que foi considerado pregador herege por monges e sacerdotes locais. Nesses dias, perseguido por uma grande quantidade de inimigos e opositores, viajava constantemente e se escondia em diferentes bosques e diferentes montanhas para salvaguardar sua integridade física, até que, em dezembro de 1523, chegou à Suíça, à localidade de Basileia, onde se estabeleceu e foi abrigado

Perseguido por uma grande quantidade de inimigos e opositores, viajava constantemente e se escondia em diferentes bosques e diferentes montanhas para salvaguardar sua integridade física, até que, em dezembro de 1523, chegou à Suíça, à localidade de Basileia, onde se estabeleceu e foi abrigado pelo teólogo Johannes pelo teólogo Johannes Hausschein. Durante este período de sua existência, Guillaume visitou a metrópole de Zurique, perto dos Alpes, e se vinculou com o teólogo Ulrich Zwingli, principal reformador suíço daquele tempo, por quem teve uma grande consideração. Do mesmo modo, foi convidado a ministrar o Evangelho na comuna de Montbéliard, pertencente nesse momento ao Império Alemão, que lhe prestou atenção por seu enérgico ministério. Em 1525, sua luta contra a devoção de imagens o condenou ao desterro. REFORMADOR DA SUÍÇA

Após sua expulsão de Montbéliard, o servo de Jesus Cristo, prosseguiu com suas viagens evangelísticas na mesma região. Durante um tempo, sua base de operações foi a cidade de Estrasburgo, um importante centro de comunicações que na atualidade faz parte da França, onde se reencontrou com seu mestre Faber. Depois, em outubro de 1526, optou por se deslocar à zona ocidental da Suíça, encorajado por Berchtold Haller, exegeta amigo de Zwingli, que residia em Berna. Com a assessoria de Haller, o ministro de Deus se dirigiu ao povo de Aigle, localizado no sudeste do lago de Genebra, onde abriu uma escola na qual ensinou, além de ler e escrever, as histórias do Filho de Deus. Foram quatro anos nos quais, inspirado pela Palavra, falou aos mais pobres acerca do amor e da graça de Jesus. Com amabilidade, Guillaume também lhes mostrou o Salvador, quem nunca antes tinham conhecido. Nesses dias, a povoação levantou a vista para Cristo. Convencido de que o Todo-Poderoso o tinha enviado à Suíça para engrandecer seu redil, o pastor veraz foi MISIONÁRIO MUNDIAL 32 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


abençoado pelo Altíssimo, com prédicas impregnadas de fé, que ajudaram a salvar muitas pessoas. Almas famintas e sedentas, provenientes de diferentes pontos do território suíço, procuraram o servo para sentir a presença do único Redentor. Como nos tempos dos apóstolos, uma grande multidão foi agregada ao Senhor. Além disso, as boas novas se difundiram por todas as aldeias. Em janeiro de 1528, Farel, que quando não estava concentrado no ensino, na pregação ou na oração, escudrinhava diligentemente a Bíblia, participou em um debate público entre os partidários do papa e os reformadores. Realizada na cidade de Berna, capital da Suíça, a polémica foi determinante na história da Reforma em solo helvético. Orador na última discussão do evento, contribuiu com seus sólidos argumentos para que se abolisse a missa. GLORIOSO PREGADOR

Depois de abandonar Aigle, em 1530, o pregador prosseguiu com sua obra e continuou se esforçando para difundir o Evangelho em novos lugares. Contudo, sua passagem pela localidade de Orbe, histórico ponto do cantão de Vaud, sua pregação sofreu alguns reveses. Suas mensagens se vieram vulneradas pelos ferozes ataques de um grupo de mulheres contrárias à sã doutrina. Além disso, sofreu atentados contra sua vida nas localidades de Saint-Blaise e Grandson. No meio de seus muitos sofrimentos, o enviado do Soberano dos reis da terra experimentou a alegria de ver, em diferentes cidades e povos suíços, que muitos pecadores foram salvos das garras do maligno graças à Palavra pregada por Guillaume Farel; além de um grande número de homens e mulheres que se entregaram ao Deus vivo e verdadeiro. Com a espada do Espírito e o elmo da salvação, desaprovou também as cerimonias blasfemas e idolátricas do culto romano. Em outubro de 1532, o porta-voz de Jesus ingressou pela primeira vez à localidade de Genebra para proclamar a autoridade das Escrituras. Então, Genebra se achava no meio de uma luta por sua liberdade. Atacado desde sua aparição nesta cidade, foi um instrumento de Cristo que propiciou que este núcleo urbano vivesse na fé do santo Evangelho. Depois, Guillaume se relacionou com o teólogo francês João Calvino e o impulsionou a se tornar um destacado representante da Reforma. Guillaume Farel trabalhou, dia e noite, durante quase quarenta anos entre as montanhas e os vales da Suíça com o objetivo de dar a conhecer a Palavra de Deus. Em 13 de setembro de 1565, aos setenta e seis anos, faleceu e se uniu à presença do Senhor. Provavelmente, poucos homens foram, em proporção a seu trabalho, como este amado servo de Jesus Cristo que se elevou acima do ódio, o desprezo e os reproches para pregar sobre a vida eterna e a redenção.

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HISTÓRIA DE VIDA

QUANDO O AMOR RENASCE Afastado de seu lar por longos vinte anos, José Miguel se dedicou a procurar amores fugazes em bares até que uma doença o levou a se prostrar em uma cama de hospital e pedir ajuda a Deus. Ele salvou sua vida e ao mesmo tempo o levou novamente junto a sua esposa e a seus filhos. STEVEN LÓPEZ FOTOS: ARQUIVO FAMILIAR

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“Você será a mãe de meus filhos”, disse José Miguel a Ana Antonia. Era uma promessa de amor eterno no primeiro encontro de ambos os jovens que tinham se conhecido um par de meses antes na padaria onde trabalhavam. É possível dizer que foi atração à primeira vista, porque os dois ficaram apaixonados a partir do momento em que se viram. No início, mantiveram uma amizade, mas depois, certo dia, concordaram sair depois de cumprir sua jornada de trabalho para passear e conversar. Foi nessas circunstâncias em que o jovem lhe declarou seu amor e ela aceitou, cheia de felicidade. Depois de três anos como namorados, contraíram matrimônio, apesar da oposição da família da noiva, que considerava que ela ainda não tinha a idade suficiente para o casamente. Apesar de tudo, os jovens se casaram em uma cerimônia modesta na qual reafirmaram seu amor e sua fidelidade para sempre. Pouco tempo depois, foram convidados por uns vizinhos à igreja batista. Ali encomendaram sua existência à vontade de Deus. Tudo parecia ser feliz no casal. A notícia da chegada de seu primogénito aumentou a alegria. Após uns meses, sua situação de trabalho decaiu na cidade e ele tomou a decisão de procurar uma oportunidade em outra localidade. Viajou deixando a família e começou a viver sozinho, afastado do lar. Foi o início do distanciamento. O amor por Deus e por sua esposa esfriou com o tempo. José Miguel se dedicou aos prazeres do mundo, ao álcool, às más amizades e, o maior problema, às mulheres. As doces palavras para Ana Antonia acabaram e se tornaram frias frases. As infidelidades eclipsaram o amor pela esposa, a relação entrou em crise ao ponto que depois de quatro anos de casamento decidiram se separar para sempre. José Miguel Cuevas Encarnación estava percorrendo quase o mesmo caminho de Leo, seu pai, um militar que o tinha abandonado muito pequeno a causa de sua afeição pelas aventuras amorosas furtivas em cada povo ao que chegava durante os tempos de conflitos na República Dominicana. Sua mãe, Luisa Encarnación, uma simpática jovem de só quinze anos que cedeu perante as frases sedutoras do oficial, não suportou as continuas infidelidades e resolveu afastá-lo de sua vida deixando sem pai o pequeno José Miguel que tinha nascido em 28 de janeiro de 1970, na província de Barahona. Após a separação de seus pais, o menino passou ao poder de seus avôs maternos, que se esmeraram para lhe dar amor e carinho. Anelavam criar um jovem de bem, com princípios e valores, mas não conseguiram seu objetivo.

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HISTÓRIA DE VIDA

Aos 15 anos, José Miguel foi levado ao lar de seu pai, na cidade de Constanza, em busca de um futuro melhor. A lado de seus meios-irmãos, conseguiu acabar seus estudos escolares, mas não continuou com os superiores. Começou a trabalhar em uma padaria como ajudante. Ali conheceu Ana Antonia, sua futura esposa. A RUÍNA DO CASAMENTO

Aos quatro anos e com dois filhos, o casamento entre José Miguel e Ana Antonia colapsou. Ele se esqueceu da mulher a quem tinha jurado amor eterno. A vida noturna o MISIONÁRIO MUNDIAL 36 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

tinha absorvido completamente. Durante muitos meses frequentou bares e discotecas onde iniciava aventuras com uma e outra mulher, em uma cadeia inacabável de aventuras sem sentido que duravam só alguns dias ou só horas. Tempo depois, José Miguel viajou para Barcelona, Espanha, com o apoio de sua mãe para poder trabalhar e pagar os estudos de seus filhos que, felizmente, não tinha


esquecido apesar de sua vida desenfreada. A mudança de ambiente não produziu melhoria em sua vida; ao contrário, continuou sua vida descontrolada. As festas e as mulheres ocupavam a maior parte de seu tempo. Durante a manhãs, José Miguel trabalhava em qualquer ofício que encontrava e com o pouco dinheiro que obtinha passava as noites nos bares mais populares da cidade catalã. Pouco a pouco, seu estado físico ia se enfraquecendo a causa da vida desordenada até que caiu doente. Tinha 16 anos na Espanha e tinha conseguido muito pouco; mesmo sua saúde estava muito frágil.

LEMBRE-SE DE DEUS

José Miguel acudiu ao hospital de urgência. Após vários exames clínicos, os médicos o diagnosticaram com um câncer agressivo nas amígdalas e nos intestinos. A notícia o deixou sem palavras. Sua vida parecia ter chegado ao fim. Era o ano 2008 e seus filhos, que já eram jovens, precisavam ainda de sua ajuda para financiar seus estudos. Por isso, José Miguel ligou para eles e lhes contou sobre seu estado de saúde. Eles não podiam fazer muito desde a distância e só lhe disseram que se cuidasse. Com Ana Antonia tinha um tratamento distante, baseado só no

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fato de que tinham dois filhos. O tema de reconciliação não estava em seus planos. Os médicos recomendaram começar tratamentos invasivos para frear o avanço do câncer a outros órgãos do corpo. Foram meses de muita dor e sofrimento que tinha que passar em solidão. Depois de vários meses, José Miguel conseguiu se recuperar satisfatoriamente; as quimioterapias e radioterapias foram um sucesso. O fato de ter vencido sua doença o levou novamente às ruas e à vida noturna em busca de MISIONÁRIO MUNDIAL 38 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

Após poucos meses, Deus completou sua perfeita vontade. As orações dos irmãos de Barcelona e o clamor do próprio José Miguel obtiveram resultados. Ambos se voltaram a apaixonar como em seus tempos juvenis. O temor da infidelidade ficou no passado.


HISTÓRIA DE VIDA que sua vida estava em perigo e só Ele podia ajudá-lo a encontrar uma saída. Começou a orar com muita força e a paz inundou seu coração. Experimentou o desejo de pedir perdão a seu ex-esposa; mesmo queria escutar sua voz. Não entendia o que acontecia nesses momentos. Muitas vezes, ele tinha ligado para ela e tinha lhe dito que não sentia nada por ela, que conseguisse um novo amor, mas, nesse momento, tinha o desejo de ouvir sua voz, de falar com ela. A cirurgia foi um sucesso e, depois de poucos meses, saiu do hospital. Agradecido pelo milagre e pela oportunidade, começou a se congregar no Movimento Missionário Mundial de Barcelona. José Miguel tinha pedido a Deus em oração que dirigisse seus passos a uma igreja de Sã Doutrina e de amor pelas almas e, desse modo, chegou ao templo. O AMOR RENASCE

José Miguel ia quase a todos os dias aos cultos. As prédicas dos pastores em relação ao casamento retumbavam seu coração. Queria se reconciliar com sua esposa, mas tinham transcorrido vinte anos e o amor entre ambos era história passada. Apesar de que a comunicação com Ana Antonia era regular, não traspassava o limite do amical. Contudo, certo dia, decidiu lhe propor a ideia que tinha tido em sua cabeça por muito tempo: retomar a relação. Por isso, as conversas se tornaram mais constantes e afetuosas até que o amor reapareceu com força. Depois de dois anos de incessante oração, o homem viajou para Santo Domingo com a finalidade de lhe dizer, cara a cara, que Deus tinha lhe devolvido o amor por ela e queria compartilhar sua vida para sempre e assim cumprir a promessa que fizeram há 20 anos. – Comece a orar. Se é de Deus, o amor voltará– disse Ana Antonia a José Miguel por toda resposta.

prazer. Não aprendeu a lição. Após uns meses, a doença reapareceu. O homem teve que ser levado de emergência para sua rápida atenção. Nesta ocasião, os médicos optaram por um transplante de medula óssea. A intervenção devia ser rápida ou morreria. Na cama do centro de saúde, agoniado pela situação, levantou seu olhar ao céu para pedir a ajuda a Deus. Era a última oportunidade para se arrepender e regressar ao caminho da fé que tinha deixado há tantos anos. Sentia

Após poucos meses, Deus completou sua perfeita vontade. As orações dos irmãos de Barcelona e o clamor do próprio José Miguel obtiveram resultados. Ambos se voltaram a apaixonar como em seus tempos juvenis. O temor da infidelidade ficou no passado. Ambos renovaram seus votos de casamento e decidiram continuar sua vida em Barcelona, junto a seus filhos e seus irmãos da fé. Já se passaram 10 anos desde que se reconciliou com Cristo e com sua esposa e sente que a cada dia há mais amor por sua esposa. O que era impossível para o homem, para Deus foi possível. Na atualidade, o casal e seus dois filhos servem na igreja do Movimento Missionário Mundial em Barcelona. O irmão José Miguel apoia a Obra como responsável pelos diáconos.

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A PREDESTINAÇÃO (III) Rev. Luis M. Ortiz

As Sagradas Escrituras não dizem que Deus predestina uns para a salvação e outros para a perdição, mas uns e outros fazem sua própria escolha e tomam sua própria decisão. E todos nós colhemos os frutos de nossa própria escolha e decisão. MISIONÁRIO MUNDIAL 40 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


APOLOGÉTICA Nem Jó, nem David, nem Isaías, nem Jeremias, nem João Batista, nem Paulo, nem nenhum outro homem na Bíblia foi predestinado por Deus para a salvação ou para a perdição. Isso é porque Deus conhece, antecipadamente, desde a concepção, como é que cada pessoa vai responder a seu eterno propósito de redenção mediante seu Filho Jesus Cristo. E este conhecimento prévio ou antecipado de Deus é chamado na Bíblia de “presciência de Deus”. O apóstolo Pedro escreve: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai” (1 Pedro 1:2). Isto é que Deus elege, escolhe e chama aqueles que Ele sabe de antemão, ou por adiantado, que vão responder positivamente a sua escolha ou chamado. O próprio Pedro, no dia de Pentecostes, responsabilizando os judeus de ter matado Cristo, assinala que Deus sabia antecipadamente qual seria a atitude deles e lhes diz: “Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus… A este que vos foi entregue pelo determinado conselho [propósito] e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” (Atos 2:22-23) E voltamos a Romanos 8:29, para que notemos a divina sequência neste assunto: “Porque os que dantes conheceu”. Ali está sua presciência, seu conhecimento antecipado; e mediante este conhecimento antecipado, ele sabe quem vai responder positivamente a seu chamado, e quem vai rejeitar seu chamado, pois Deus não escolhe, elege ou predestina ninguém para a salvação ou para a perdição. Esta decisão tem que ser tomada pelo próprio indivíduo. Em 1 Timóteo 2:4, claramente diz que Deus quer salvar todos os homens, mas não todos os homens querem ser salvos. Em 2 Pedro 3:9, diz que “o Senhor… é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”; mas não todos querem se arrepender. Mesmo no Antigo Testamento, além de muitos outros versículos similares, Deus convida, e diz: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Isaías 45:22). Deus reitera: “Vinde então, e raciocinemos juntos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18). E nos quatro Evangelhos, e em todo o Novo Testamento, são muitos os convites do Senhor para todos. O primeiro convite do Senhor está no primeiro livro do Novo Testamento, Mateus 11:28, com muito amor ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. E, do mesmo modo, o último convite do Senhor com amor para todos se encontra

Isso é porque Deus conhece, antecipadamente, desde a concepção, como é que cada pessoa vai responder a seu eterno propósito de redenção mediante seu Filho Jesus Cristo. E este conhecimento prévio ou antecipado de Deus é chamado na Bíblia de “presciência de Deus”.

no último livro do Novo Testamento, e diz: “quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Apocalipse 22:17). Mas, como já assinalamos, aos que rejeitam seu amor, o Senhor, com muita firmeza e justiça, diz: “Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada… mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Isaías 1:20; Apocalipse 21:8). Portanto, está muito claro nas Sagradas Escrituras que Deus não predestina uns para a salvação e outros para a perdição, mas uns e outros fazem sua própria escolha e tomam sua própria decisão. E todos nós colhemos os frutos de nossa própria escolha e decisão: quem aceita Jesus Cristo é salvo e quem rejeita Jesus Cristo está perdido; em ambos casos, eternamente. Mas continuemos nestes versículos do capítulo 8 da epístola do apóstolo Paulo aos Romanos, que são os versículos nos quais Santo Agostinho, Calvino e outros atualmente pretendem encontrar apoio. “Porque os que dantes conheceu” (v. 29). A palavra ou verbo “conhecer” significa, entender e saber, mediante o exercício das faculdades mentais e intelectuais e mediante a experiência, a natureza, qualidades e relações das pessoas e as coisas. E Deus, o Criador, sempre reuniu, com excelência e perfeição, todas e muitas outras qualidades que o capacitam para conhecer e saber otimamente; que nada, nem ninguém escapa a seu conhecimento. E por esta razão, o Espírito Santo inspirou o apóstolo Paulo para escrever: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis [incompreensíveis] são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Romanos 11:33-36).

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ENTREVISTA

“PRESERVEMOS A DOUTRINA” Eliseo Aquino

A obra e a doutrina funcionam como pilares para fazer cumprir os propósitos que Deus revelou a este ministério. Após 56 anos, o MMM reafirma seu propósito de manter a essência doutrinária que é o ADN da Obra no mundo inteiro. O reverendo Alberto Ortega dedicou quarenta e

cinco anos de serviço ao cristianismo. Desde que deixou sua terra natal, a Espanha, realizou a obra missionária em muitos países de diferentes continentes. Agora, assume novamente a responsabilidade pela supervisão nacional do MMM nos Estados Unidos. Em uma entrevista exclusiva para revista “Impacto Evangelístico”, ele analisa a situação na qual a Obra de Deus se encontra no país norte-americano. Pastor, queremos saber mais sobre o senhor, qual era sua formação antes de ser nomeado supervisor nacional dos Estados Unidos? Eu venho da Espanha. O Senhor me salvou junto com minha amada esposa em 1974, quando comecei a servir a Deus. Em 1983, acompanhei o pastor Luis M. Ortiz à França para poder traduzir para o francês, depois o Servo de Deus me disse: “Creio que o Senhor MISIONÁRIO MUNDIAL 42 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

quer que você fique aqui”, e eu aceitei. Em 1995, eu fui promovido a supervisor da Europa, África e Oceano Índico. Em 1999 fui chamado para Porto Rico em nome do presidente internacional, Rev. Rubén Rosas. De 2001 a 2007 fui nomeado supervisor nacional dos Estados Unidos e em 2014 fui designado supervisor missionário no Haiti. Quais são seus desafios como novo supervisor nacional dos EUA? Esta pergunta é muito importante. Eu me lembro que em 2001 nossas convenções nacionais eram em um salão de hotel, agora isso mudou totalmente. Tive de receber a supervisão com um conflito indesejado. Minha perspectiva é que durante estes últimos três anos a Obra carecia de uma visão correta; em outras palavras, era uma obra dentro de outra. Como solução, queremos primeiro expor a visão clara que temos desde a fundação do Movimento Missionário Mundial, como disse o pastor José Arturo Soto. Para mostrar os verdadeiros valores do MMM, devemos compreender o conceito tanto de obra quanto de doutrina. Vejo que há muita confusão sobre isso quando dizem que defendo a doutrina, mas não a Obra; eu defendo a Obra, mas não a doutrina, quando realmente esses dois importantes pilares paralelos devem ser mantidos. Portanto, o desafio que vejo é que, se não tivermos as bases corretas, o crescimento será errado; para isso, vamos formar, primeiramente, presbíteros que tenham um vínculo com a obra e a doutrina. Faremos o mesmo com os obreiros. Se eu desenvolver uma liderança correta, teremos uma igreja correta. Além disso, a partir de agora, a junta nacional participará nas decisões da Obra nos Estados Unidos. O que opina sobre os detratores da Obra que dizem que a doutrina foi modificada? Que é falso, é uma mentira do Diabo, a doutrina continua em vigor. As instruções bíblicas que eu aprendi há quarenta e cinco anos são as mesmas que os novos convertidos estão aprendendo agora. Nesses dias, realizava um estudo sobre a Obra e a doutrina; finalmente refleti sobre a parábola do grão de mostarda que é o menor dos grãos, mas quando cresce se torna uma grande árvore onde as aves nidificam. Minha leitura de tudo isso é que no início esta Obra era muito pequena, mas hoje o MMM se tornou uma árvore que ninguém pode ignorar. Nesse contexto, o Senhor fez com que eu conhecesse esse assunto das aves que não fazem parte da árvore como a raiz, o tronco, os ramos e os frutos. As aves não são parte da árvore, só a usam, por isso voam para longe quando uma árvore é abalada.


Esta obra atrai as pessoas porque veem o ramo da árvore e vêm nidificar ali; elas não são parte de nós, então quando há um abalo, elas voam para longe. Devemos ensinar os novos obreiros a amar a Obra de Deus e que entendam que eles são parte dela. O senhor conhecia o pastor Luis M. Ortiz, fundador do MMM, qual seria sua posição perante essa situação? A revista “Impacto Evangelístico” publicou uma mensagem que ele escreveu em 1985. Aqui temos a posição concreta onde fala dos divisionistas. Vivi pessoalmente esse tempo; eu me lembro que estive na França. O pastor Ortiz era calmo, mas categórico e firme quando falava de uma divisão. Fiquei surpreso ao saber que aqueles que aprovaram e assinaram essa carta há 34 anos são os mesmos que estão dividindo a obra agora. Quais são as novidades para a obra do MMM dos Estados Unidos? Apesar dos graves momentos que experimentamos, temos agora um ambiente de harmonia, encorajamento e unidade. Viramos a página e estamos pensando sobre as atividades que se realizarão como a confraternização de damas e jovens. A Obra nos Estados Unidos está caminhando de forma constante, terá muito desenvolvimento até o final do ano. Após a poda vem o crescimento. O senhor falou na convenção nacional dos EUA sobre a importância da unidade, que pode dizer sobre isso? A unidade requer uma renúncia pessoal para alcançar a harmonia onde todos nós podemos contribuir. Cada unidade deve fazer um sacrifício. Em Eclesiastes 4:12 podemos ler: “E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. Como supervisor nos Estados Unidos, encontramos migrantes de muitos países com culturas diferentes e precisamos de pastores que enfrentem essa diversidade, unidos em um vínculo para formar uma única obra. Algumas palavras de reflexão para todos aqueles que vão ler a revista “Impacto Evangelístico” no mundo inteiro. Não só devemos crescer numericamente, mas também em nossas raízes. Estamos no tempo dos centenários e dos milenares. Eles não podem mudar a base que temos da Obra. Agora temos, através da internet, uma grande quantidade de informação e esta geração deve aprender sobre o que deve levar e sobre o que deve descartar. É difícil escolher se não se tem um espírito crítico, com referência aos ensinamentos e estudos bíblicos, que circulam na web. Devemos também instruir as futuras gerações que ninguém é maior do que a Obra.

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DEVOCIONAL “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!” Rev. Luis M. Ortiz

QUAL É A MELHOR PROFISSÃO? O ministério cristão é a ocupação mais nobre e digna debaixo do sol. O verdadeiro homem de Deus é um “Instrumento Escolhido” nas mãos de Deus e é a pessoa mais necessitada da comunidade. Há instrumentos de Deus mais necessários do que o COMERCIANTE: que compra e vende, porque o homem de Deus compra a verdade e não a vende (Pr. 23:23). Que o ELETRICISTA: porque conecta os fios para o serviço elétrico, mas o homem de Deus conecta o crente com Deus. Que o ENGENHEIRO: porque projeta e constrói pontes, mas o homem de Deus aponta o caminho e a ponte da fé para Cristo. Que o ADVOGADO: porque defende causas justas e injustas, mas o homem de Deus defende a causa mais justa, a expiação da alma. Que o JUÍZ: pois julga em assuntos temporais da lei humana, mas o homem de Deus julga em assuntos eternos, espirituais e da lei divina. Que o MÉDICO: porque diagnostica e prescreve

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doenças físicas, mas o homem de Deus é especializado na alma e no espírito. Que o BANQUEIRO: porque a capital dele é material e transitório, mas as riquezas do homem de Deus são eternas. Que o JORNALISTA: porque informa boas e más notícias e anúncios, mas o homem de Deus espalha as boas novas da salvação em Cristo Jesus. Que o CATEDRÁTICO: porque ensina matéria e conceitos de ciência que em poucos anos já serão obsoletos, mas o homem de Deus ensina a mensagem de Deus que permanece para sempre. Que o AGRICULTOR: porque semeia e cultiva a semente para o sustento da vida humana, mas o homem de Deus semeia e cultiva a semente da Palavra de Deus que sustenta a vida espiritual e eterna. Que o POLITICO: porque busca melhorar as condições da pátria terrena, mas o homem de Deus promove a transformação do indivíduo para ser um cidadão melhor aqui e na pátria terrena. A humanidade pôde e pode subsistir sem a desintegração do átomo, sem astronautas, sem foguetes, naves espaciais e satélites, sem lasers, sem computadores e sem engenharia genética; mas se não houvesse um homem de Deus, a humanidade já teria falecido. Servir a Deus, ama-lhe, obedece-lhe e servi-lhe, é a maior e mais poderosa profissão. O grande pregador Spurgeon disse uma vez aos seus alunos: “Se Deus os chama para pregar o Evangelho, não se rebaixem a serem reis da Inglaterra”. Jesus disse aos seus discípulos: “A ceifa é realmente grande, mas poucos os obreiros. Rogai, pois, ao Senhor da ceifa, que mande obreiros para a sua colheita” (Mateus 9:3738). E o apóstolo Paulo disse: “Palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3:1). “Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Romanos 10:15).

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DEVOCIONAL “E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! E a multidão os repreendia, para que se calassem; eles, porém, cada vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! E Jesus, parando, chamou-os, e disse: Que quereis que vos faça? Disseram-lhe eles: Senhor, que os nossos olhos sejam abertos. Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocoulhes nos olhos, e logo seus olhos viram; e eles o seguiram”. Mateus 20:29-34 Rev. Alberto Ortega

ABRINDO OS OUVIDOS A JESUS Esta foi a pergunta que nosso amado Salvador Jesus Cristo fez a dois cegos de Jericó: “¿Que quereis que vos faça?” (Mt. 20:32). Estes dois homens viviam na escuridão. Jesus disse uma vez: “A candeia do corpo são os olhos” (Mateus 6:22), e as candeias dos corpos destes homens cegos estavam irremediavelmente danificadas, não tinha possibilidade humana de suas candeias serem restauradas, não tinha tratamento médico para restaurar a luz em seus olhos, não existia nenhuma esperança humana para esses homens recuperarem a visão. Que mais poderiam fazer aqueles que estavam no caminho de Jericó? Somente apiedar-se de deles e dar-lhes esmolas. Mas Jesus passou por aquele lugar de desespero, pobreza, impossibilidades; a luz do mundo veio, o Criador do corpo, da alma e do espírito humano passou por eles, Ele criou o homem sem anomalias, sem defeitos. Na Inglaterra, as companhias de seguros, há algum tempo, conseguiram um decreto do governo, autorizando-as a pedir um mapa genético para aqueles que desejam contratar uma apólice de seguro. Com este mapa genético, foi possível detectar se a pessoa tinha alguma anomalia genética, alguma doença que não aparece na análise clínica, mas com a probabilidade de poder sofrê-la no futuro. Se aqueles dois cegos vivessem na Inglaterra desse tempo, uma apólice de seguro seria negada para eles. Isto é apenas um vislumbre do que o homem do século XXI trará à humanidade, verdadeiramente assustador! A maioria desses cientistas genéticos são ateus confessos, que fingem serem os reparadores dos erros da vida, sentem-se como deuses, sem saber que o pecado cometido por Adão e Eva, no Jardim do Éden, é a causa real de tanto sofrimento humano, tanto física quanto moralmente. Toda a humanidade está sofrendo a terrível conse-

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quência de viver separada de Deus, mas não há nenhum cientista que pense, como o comportamento humano pode ser reparado, como se pode voltar à harmonia com o Deus Todo-Poderoso que perdemos no Éden. Mas Jesus passou ao lado desses homens cegos; Ele é o restaurador das deformações espirituais, morais e físicas que existem na natureza humana; Ele é o único que pode retornar-nos à comunhão gloriosa com o nosso Deus e Pai. Jesus se aproximou do irreparável, do esquecido, do doloroso; aqueles dois cegos não tinham visão, mas tinham ouvido “quando ouviram que Jesus passava”, usaram o que tinham, Deus pode trabalhar quando usamos o que temos. Estes cegos nos dão uma lição tremenda: primeiro usaram a orelha, a Bíblia diz que “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Ro. 10:17), depois foram mais longe, não só usavam a orelha, mas também o ouvido que “clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!” Paulo nos lembra: “Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Romanos 10:10). Quão bom é emprestar ao Senhor Jesus o ouvido, o coração e a boca, porque isso trouxe a pergunta de Jesus: “¿Que quereis que vos faça?” Jesus está agora por seu caminho de desespero, passa por vós, talvez a justiça tenha condenado você como irrecuperável, a medicina tenha declarado você incurável, ou quanta coisa negativa pudesse ouvir, por que não usa neste momento seu ouvido para Jesus? Por que não clamas a Ele: Senhor... tem misericórdia de mim! Mesmo onde estás, a caminho de Jericó. Só assim você obterá a resposta divina, a restauração e a vitória. “Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo seus olhos viram; e eles o seguiram” (Mateus 20:34). Amado, Jesus não mudou, Ele ainda está chamando, Ele ainda está perguntando: “Que quereis que vos faça?”.

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DEVOCIONAL “E Moisés pôs estas varas perante o Senhor na tenda do testemunho. Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas”. Números 17:7-8 Rev. Clemente Vergara

ESTAVA SECO... MAS FLORESCEU O povo de Israel deixou o cativeiro no Egito e começou sua jornada pelo deserto, onde não tinha água, nem vegetação, nem sombra; mas apenas seca, areia e sol. Essas condições provocaram várias vezes a rebelião do povo contra Moisés, que era a autoridade espiritual e legal. No entanto, Deus permitiu que essas revoltas mostrassem que Ele apoiou seu servo completamente.

noite, a seiva começou a fluir naquela vara seca, e não só floresceu, mas passou pelas três etapas de produção: botões, flores e frutos. A vara estava seca, mas floresceu, e assim era indiscutível perante os olhos de todos que a autoridade de Deus repousava sobre Arão.

O FLORESCIMENTO, EVIDÊNCIA DE AUTORIDADE.

O nome Jabez significa: “aquele que produz dor” ou “aquele que está seco”. Ele nasceu em circunstâncias muito dolorosas para sua mãe. No entanto, ao escolher esse nome, a mãe perpetuou esse parto doloroso. Jabez era um homem de oração, e as Escrituras reúnem aquela oração poderosa que apresentou a Deus, e que aparece em 1 Crônicas 4:10: “Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afligido! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. “E foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos” (1 Crônicas 4:9). Uma pessoa ilustre é alguém que destaca por suas grandes virtudes e proezas. Esse homem era sábio e, ao mesmo tempo, pedia a expansão de seu território e uma maior humildade, evitando assim o risco de se tornar arrogante. A expansão espiritual, produto do florescimento, nunca deve se tornar motivo de autossuficiência e de orgulho em relação aos outros.

As Escrituras relatam a rebelião de Coré, Datã e Abirão, juntamente com outros duzentos e cinquenta israelitas, contra Moisés e Arão (Números 16:1-3). Perante essas acusações e atitudes, Moisés advertiu que eles não estavam murmurando contra Arão, mas contra o próprio Deus (Números 16:11). Deus tomou o assunto em suas mãos e permitiu que a terra se abrisse e engolisse Coré, Datã e Abirão, juntamente com suas famílias (Números 16:28-33), enquanto os duzentos e cinquenta rebeldes que ousaram queimar o incenso perante o Senhor, tarefa que pertencia exclusivamente aos sacerdotes da linhagem de Arão, arderam no fogo (Números 16:35). O povo continuava murmurando e criticando Moisés e Arão. Para acabar com essas críticas, o Senhor pediu que cada príncipe de Israel entregasse sua vara com seu nome escrito a Moisés, e que a vara da tribo de Levi levasse o nome de Arão. Deus deu como sinal que a vara que florescesse seria a do homem que estava no centro de sua vontade. No dia seguinte, “a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas” (Números 17:8). As varas eram estacas de madeira seca que serviam tanto como suporte para fazer percursos longos quanto instrumento de defesa quando um animal atacava as ovelhas de seus rebanhos. Segundo a lógica humana e as leis inerentes da natureza, é impossível que uma vara destas floresça novamente, crie casca ou fibras vivas. Naquela MISIONÁRIO MUNDIAL 48 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia

SACRIFÍCIOS E PERIGOS DO FLORESCIMENTO

O FLORESCIMENTO NO MINISTÉRIO

Timóteo foi um pregador fervoroso que, em numerosas ocasiões, acompanhou Paulo em seu ministério. Contudo, a igreja informou a Paulo que era muito jovem para exercer a função pastoral, e um pouco desanimado e frio. O apóstolo escreveu uma carta na qual lhe dizia que o problema não era sua juventude (1 Timóteo 4:12-13). O problema do jovem Timóteo era a negligência que tinha


feito contra o dom de Deus (1 Timóteo 4:14-16). Paulo exortou Timóteo a ser um exemplo em vários aspectos. Os dois eram: A Palavra (não só o conteúdo dos ensinamentos e da pregação, mas também as expressões que ele usou dentro e fora do púlpito); a conduta perante os crentes e pessoas não convertidas (atitudes, gestos, olhares, etc.); o amor (um coração sensível e apaixonado pelas almas perdidas); o espírito e a fé (Timóteo não estava mais à altura de seus princípios, e tanto sua fé quanto seu nível espiritual tinha diminuído, tornou-se covarde); a pureza (a santidade tinha diminuído, e isto teve repercussões em seu ministério).

Por outro lado, o ministério também deve se submeter a um processo constante de florescimento; em caso contrário, ficará rotineira e obsoleta. O ministério estagnado é aquele que não conhece uma renovação incessante, mas se apoia em posições e sucessos dos quais sente orgulho; é aquele que não sente mais amor pelas almas perdidas e deixa de evangelizá-las; é aquele que não é mais modelo de palavra, conduta, espírito, fé e pureza; é aquele que muda a mensagem porque os tempos mudam; é aquele que não tem valor para dizer a verdade ao povo porque teme ser abandonado. Amado, se estivermos secos... Floresçamos!

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Um relatório superficial do trabalho que a Obra do Movimento Missionário Mundial desenvolve pelos caminhos da América e ao redor do mundo. A Santa Bíblia diz: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo… E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” Atos 2:46, 47.

O GRANDE MANDAMENTO Evento: Dias batismais. Data: De 20 e 27 de julho. Lugar: Segóvia, Castellón, Morón de la Frontera, Oviedo, Soria e Ponts, Espanha.

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EVENTOS

Em fiel cumprimento do que Jesus Cristo estabeleceu, o Movimento Missionário Mundial da Es-

panha realizou no meio de uma grande expectativa dois dias de batismos nas águas em seis localidades do território espanhol. No último dia, em 27 de julho, a Zona 1 realizou uma cerimônia em Ponts, município de Lérida, na qual vinte e três fiéis desceram às águas do batismo e receberam o sacramento preparado por Deus. No ato solene, Carlos Medina, Supervisor Nacional do MMM da Espanha, foi o porta-voz da mensagem do Criador; em sua exposição bíblica, enfatizou que os cristãos sempre devem dar um bom testemunho de sua nova vida em Cristo.

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EVENTOS

No mesmo dia, a Zona 4 realizou um culto especial na praia Gamella, localizada na cidade de Soria, que serviu para batizar dez crentes nas águas que, após receber a sã doutrina, escolheram dar testemunho público de que aceitaram Cristo como seu Salvador. No serviço realizado em Soria, o reverendo Fisher Torrejón, Presbítero da Zona 4, teve o privilégio de pregar o Evangelho do Altíssimo, baseado em Mateus 22:34-38, o missionário compartilhou a mensagem “O grande mandamento”. VIVO PARA CRISTO

No primeiro dia, em 20 de julho, a Zona 5 reuniu os membros de sua paróquia na cidade de Oviedo, capital do Principado de Astúrias, para celebrar o sacramento do batismo nas águas de sete irmãos abençoados que já MISIONÁRIO MUNDIAL 52 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


são seguidores de Jesus. No evento, o reverendo Oswaldo Romero, Presbítero da Zona 5, foi escolhido para ministrar a Palavra. Nesta cerimônia, os crentes batizados se comprometeram perante Deus e os homens a consagrar suas vidas ao serviço do Senhor. No mesmo dia, na localidade de Morón de la Frontera, localizada na província de Sevilha, a Zona 6 chamou o rebanho de Deus com o objetivo de batizar um grupo de quatro crentes que desceram às águas batismais. Apoiado pelos irmãos das congregações das cidades de Martos e Sevilha, a reunião de fé foi presidido pelo reverendo Salomón Rodríguez, Presbítero da Zona 6, que deu uma dissertação bíblica baseada em Mateus 28:19. Além disso, nesse momento, a Zona 7 realizou na província de Castellón uma cerimônia emotiva na qual

cinco irmãs e dois irmãos escolheram receber o batismo nas águas de acordo com a palavra do Messias. Na atividade, o reverendo Alexander Montes, Presbítero da Zona 7, foi o encarregado de proclamar as boas novas. Apoiado pelas Escrituras, ele abordou o tema “Fuga” e comentou que os fiéis devem procurar a Graça de Jesus. Também neste dia, a Zona 8 convocou seus membros para se reunirem na cidade de Segóvia, da comunidade autônoma de Castela e Leão, onde quatro irmãos e quatro irmãs foram batizados e se juntaram às fileiras do cristianismo. Na cerimônia, o reverendo Edison Galvis, Presbítero da Zona 8, pregou a Palavra de Deus com uma mensagem baseada em 1 João 3:1-10. Os recém-batizados também exclamaram com fé e convicção: “Morro para o mundo e vivo para Cristo”.

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EVENTOS

VAI, PÕE UMA SENTINELA, E ELA QUE DIGA O QUE VIR

Evento: 6º aniversário da igreja de Lissone. Data: 27 a 29 de junho. Local: Lissone, Itália.

Com a assistência do reverendo Hugo Lope, Oficial Nacional da Obra estabelecida em solo italiano, e de um grande grupo de fiéis do Salvador, o Movimento Missionário Mundial da Itália celebrou o 6º aniversário da igreja de Lissone em um evento de três dias cujo lema foi “Vai, põe uma sentinela, e ela que diga o que vir”. No serviço inaugural da reunião de fé do MMM da Itália, o pastor Edison Borbor, que dirige o templo na cidade de Novi Ligure, foi o pregador escolhido para ministrar o Evangelho de Jesus Cristo, baseado em Salmos 32:1-2, o missionário transmitiu sua mensagem enfocada em analisar a alegria do perdão oferecido pelo Senhor. A irmã Mileidy Espinoza, da igreja da cidade de Monza, anunciou a Palavra de Deus, no segundo culto da festa espiritual. Baseada em Neemias 4:1 e 9, pronunciou a prédica “Chamados para ser sentinelas”. Em sua exposição das Escrituras, disse que o povo de Cristo deve estar sempre unido em jejum e oração. AS SENTINELAS DE HOJE

No terceiro serviço, o pastor Jorge Solano, responsável pelo templo da cidade de Novara, foi o instrumento escolhido pelo Redentor para transmitir as boas novas. Baseado em Neemias 4:8, 9 e 22, ele abordou o tema “Sentinelas do Senhor”. Em sua dissertação bíblica, instou os crentes a manifestarem a cada criatura a mensagem de salvação que Jesus oferece. O ministro Lope, que também é Presbítero da Zona 1 do Movimento Missionário Mundial da Itália, teve o privilégio de compartilhar a sã doutrina da Obra de Deus no culto final do 6º aniversário do templo na cidade de Lissone, baseado em Isaías 21:6, o missionário do Altíssimo deu o discurso “As sentinelas de hoje”. Sob a direção do Senhor, o pastor Julius Pereira é responsável pela congregação de Lissone. Junto com sua esposa, espalha o Evangelho neste lugar da província de Monza e Brianza, onde o MMM avança diariamente, em sua obra evangélica. Segundo seu testemunho, a doutrina de Cristo tocou profundamente o coração de uma grande parte das províncias de Monza e Brianza.

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EVENTOS

NADA É IMPOSSÍVEL PARA DEUS

Evento: 1º Convenção Nacional. Data: De 12 a 14 de julho. Lugar: Porirua, Nova Zelândia.

O Movimento Missionário Mundial da Nova Zelândia realizou sua 1º Convenção Nacional, sob o

lema “Nada é impossível para Deus”, na cidade de Porirua. Este magno evento contou com a presença do reverendo Daniel Cuéllar, Supervisor Nacional do MMM da Austrália, e do pastor Fredy Sánchez, responsável pela igreja da cidade de Canberra. No culto inaugural, o pastor Cuéllar teve o privilégio de pregar a Palavra de Deus, baseado em Mateus 8:1-2, sua mensagem foi intitulada “Se você quiser”. Em sua exposição bíblica, o missionário afirmou que o Senhor está sempre atento às necessidades dos homens; lembrou também aos fiéis, que Cristo tem compaixão por aqueles que se arrependem. No segundo serviço o reverendo Cuéllar anunciou novamente as boas novas do Redentor, apoiado em Mateus 28:19-20, com o tema “Batismo nas águas”. Aliás, em uma cerimônia de batismo particular, a irmã Ana Lucía Cruz desceu às águas batismais e aceitou publicamente o Altíssimo como seu Salvador. No terceiro culto, o ministro Fredy Sánchez teve o privilégio de difundir o Evangelho, baseado em Marcos 5:30, compartilhou a prédica “Tocando seu milagre”. Em sua participação, o servo do Altíssimo disse que a fé é fundamental para contemplar a glória de Deus. Também declarou que aquele que não tem fé não pode agradar ao Criador. No serviço final, o reverendo Cuéllar mais uma vez revelou um tema de sã doutrina, “Integridade no meio da corrupção”, respaldado em Gênesis 6:922. Desde o púlpito, o pregador relatou que a sociedade do tempo de Noé estava corrompida, mas no meio dela estava um homem que agradou a Deus. No final da 1º Convenção Nacional do Movimento Missionário Mundial da Nova Zelândia, o reverendo William García, missionário da Obra de Deus em solo neozelandês, testemunhou que a congregação local se preparou para este evento desde o início do ano. Também afirmou que a presença do MMM na Oceania progride a cada dia a passos largos.

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EVENTOS

OBREIROS DO ALTAR Evento: 52º Convenção Nacional. Data: De 17 a 20 de julho. Lugar: San Juan, Porto Rico.

A igreja do bairro de Río Piedras, localizada no município de San Juan, foi o lugar escolhido pelo Movimento Missionário Mundial de Porto Rico, para realizar sua 52º Convenção Nacional, com a presença dos principais líderes mundiais do MMM. O reverendo Humberto Henao, Vice-Presidente Internacional da Obra de Deus, foi o responsável por pregar o Evangelho no serviço inicial do evento, baseado em Jó 31:1-2, o servo do Senhor compartilhou o tema “Fazendo aliança com nós mesmos”.

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No segundo culto da atividade da igreja do MMM de Porto Rico, o reverendo Mario Lima, Supervisor Nacional do MMM da Bolívia, teve o privilégio de anunciar as boas novas de Cristo, baseado em 3 João 1-12, o ministro do Altíssimo pregou “O poder do exemplo”. Apoiado em 1 Coríntios 2:1-5, o reverendo Rómulo Vergara, Diretor Internacional do Movimento Missionário Mundial, difundiu a sã doutrina, no terceiro serviço do evento. O missionário ofereceu a exposição “Pregação com o poder do Espírito Santo”. LOUVOR E ADORAÇÃO

No quarto culto da 52º Convenção Nacional do MMM de Porto Rico, o reverendo Enrique Valenzuela, Vice-Presidente Nacional do MMM da Bolívia, expôs a men-


sagem de Deus. Justificado em Rute 1:19-21, dissertou o tema “Sou chamado de alegria”. O reverendo Rubén Concepción, Secretário Internacional da Obra do Senhor, foi o encarregado de ministrar a Palavra de Deus no quinto serviço da reunião de fé. Apoiado em João 4:24, compartilhou a mensagem “Vitória através do louvor e a adoração”. No sexto culto do evento, o reverendo Jorge Álvarez, ex-integrante da Junta Internacional do MMM, foi o instrumento escolhido pelo Criador para transmitir sua Palavra. Baseado em 2 Crônicas 7:1-3, o pregador ofereceu a dissertação bíblica “Obreiros do altar”. O responsável pelo encerramento deste evento foi o reverendo José Arturo Soto, Presidente Internacional da Obra de Deus que teve a bênção de pronunciar a prédica final da reunião convocada pelo MMM de Porto Rico. Respaldado em 1 Samuel 4:19, dissertou o tema “A importância de nos manter no princípio vital da Obra”.

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EVENTOS

CONSERVANDO A POSSE ADQUIRIDA Evento: Retiro de pastores. Data: De 12 a 14 de julho. Lugar: El Progreso, Honduras.

Com a assistência especial do reverendo Rubén Concepción, Secretário Internacional da Obra de Deus, e a presença de cerca de cento e oitenta ministros do Senhor, o Movimento Missionário Mundial de Honduras realizou seu retiro anual de pastores na igreja da cidade de El Progreso, localizada no departamento de Yoro.

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No dia inaugural da festa espiritual do MMM de Honduras, o pastor Ruben Concepción se encarregou de difundir a Palavra de Deus. Baseado no Livro 2 Reis 4:8-10, expôs a mensagem “Sunem”. Em sua dissertação, declarou que servir ao Criador tem um preço, e declarou também que o Salvador cuida de seus servos. No segundo serviço da reunião de fé, o reverendo Concepción pregou novamente o Evangelho de Jesus Cristo. Nesta ocasião, seu ensinamento bíblico esteve centrado em oferecer conselhos e orientações aos pastores que vinham ao templo de El Progreso. Foi uma oportunidade perfeita para falar sobre o progresso global do MMM. A VIDA DE UM LÍDER

O ministro Rubén Concepción teve a oportunidade de compartilhar as boas novas de Deus no terceiro culto do grande retiro de pastores em Honduras, amparado em


Josué 23:1-5, abordou o tema “Conservando a posse adquirida”. Em sua exposição, reafirmou que Cristo é aquele que tem o controle de todas as coisas. No culto final deste glorioso retiro anual de pastores, o reverendo Marcelino Duarte, Secretário Nacional do Movimento Missionário Mundial de Honduras, foi o servo encarregado de proclamar a mensagem do Criador, baseado em Êxodo 18:13-21, ofereceu a prédica “A vida de um líder”. Do púlpito, afirmou que há muita apostasia nestes tempos. No final deste evento, o reverendo Heriberto Chacón, Supervisor Nacional desta Obra, anunciou que sua Convenção Nacional deste ano será realizada de 17 a 20 de outubro na cidade de Comayagua. Também expressou seu respaldo ao reverendo José Arturo Soto, Presidente Internacional da Obra de Deus e orou pelo fortalecimento e a unidade da Obra de Deus.

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EVENTOS

JESUS AMA VOCÊ Evento: Campanha evangélica. Data: 20 de julho. Lugar: Perth, Austrália.

Sob a proteção do Criador, o Movimento Missionário Mundial da Austrália realizou uma campanha evangelística em Murray Street Mall, uma das principais vias do centro financeiro da cidade de Perth, donde a Palavra de Deus foi espalhada. Um grupo de irmãos liderados pelo pastor Luis Yucra, cujo lema foi “Jesus ama você” participou na atividade do MMM da Austrália. Os membros da Obra do Senhor com-

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partilharam a mensagem de Cristo para a humanidade, com transeuntes atentos, que foram comovidos pela palavra de Deus. Estacionados na entrada de um centro comercial, os fiéis do Altíssimo testemunharam nesse lugar a enorme necessidade do Evangelho nos habitantes da Austrália. Além disso, distribuíram mais de meio milhar de folhetos com informações sobre a sã doutrina. Um grande grupo de pedestres que perceberam a transcendência do cristianismo recebeu o material impresso com alegria e esperança. Deus também permitiu que esta campanha evangelística tivesse a permissão das autoridades de Perth. DEUS O FEZ POSSÍVEL.


IGREJAS NO BLOCO A DA EUROPA ESPANHA

TENERIFE NORTE: Av. San Miguel de Chimisay, 11 VALDEPEÑAS: Av. de los Estudiantes, 74 u GRÃ-CANÁRIA: Calle Alfredo Calderón, 48 u LANZAROTE: Calle José Pereyra Galviaty, 13 u u

ZONA 1

BARCELONA LA SAGRERA: Calle Costa Rica nº 31 ZONA FRANCA: Plaza de Cristofol, 5 HOSPITALET: Av. Masnou 35, Local 7 SANT JOAN DESPI: C/ Bonavista, 29 RIPOLLET: C/ Virgen de Montserrat, 7 TERRASSA: Calle Príncipe de Viena nº 22. u

ZONA 2

MADRID CIUDAD LINEAL: Calle Sambara, 167 ENTREVIAS: Calle Manuel Laguna, 33 GALAPAGAR: Calle Calvario, 22 u FORCADILLO: u FUENLABRADA: Av. de las Regiones 2, Local 60 u SESEÑA: Calle Lavadero,8 u PARLA: Calle Pablo Casal, 22 u

ZONA 3

VALÊNCIA: Paseo La Petxina, 65 u ALICANTE: Calle Virgen de Fátima, 8 u ELCHE: Av. Libertad, 7 u PALMA DE MAIORCA: u IBIZA: Calle Fra Vicente Nicolau, 5 u

ZONA 4

ZARAGOZA: DELICIAS: C/ Desidero escosura, 29 TORRERO: C/ Granada, 21-23 u ARNEDO: Av. Logroño, 10 u BUROS: Polígono industrial Pentasa III, nave 93 u SÓRIA: Calle Marmullete, 1 - bajos 42002 u

ZONA 7

CASTELLÓ: C/ Ricardo Català, 17 REUS: C/ Camí de riudoms, 17 u GIRONA: C/ Montfalgars, 7-9 u MOLLERUSSA: Calle Cervera nº 7 u LLEIDA: C/ Rogers de Lluiria, 66 u u

ZONA 8

SALAMANCA: C/ Pinzones, 10 ÁVILA: Paseo Santo Tomas, 46, bajos 2 u VALDEMORILLO: C/ Eras Cerradas, 3 u SEGÓVIA: Av. Vía Roma, 21 u u

PORTUGAL

SÃO DA MADEIRA: Rua Infante Santo, 185 LISBOA: Rua Vale de Santo Antônio, 146-A u ILHA DA MADEIRA: Estr. Regional 226. Entr.24 u u

FRANÇA u u

SUÉCIA u u

ZONA 5:

OVIEDO: Calle Coronel Boves, 26 SANTANDER: C/ Valderrama, 5 u CORUNHA: C/ San Isidoro, 54 u PAMPLONA: Av. de Navarra, 2-4, San Jorge u IRUN: Calle Blas de Lezo, 18, Colón

PARIS: 73 Boulevard de la Boissière 93130 Noisy-Le-Sec GRENOBLE: 51 Rue Thiers 38000

ESTOCOLMO: Hagalndsgatan 9, Solna MALMÖ: Norregatan 12, 21127

u u

DINAMARCA u u

SLAGELSE:Verdensmissionsbevægelsen Danmark Bredegade 16, 4200 Slagelse

ZONA 6

SEVILHA: Calle Fernán Sánchez de Tovar, 4 MARTOS: Av. Europa, 154 u JAÉN: Calle Hermanos Pinzón, 8 u

FINLÂNDIA

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KERAVA: Asemanaukio, 7

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NOSSAS IGREJAS NA ITÁLIA FLORENÇA (Centro)

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VISITE NOSSAS IGREJAS NA

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ESCREVA-NOS… CARTAS@IMPACTOEVANGELISTICO.NET ANA RUIZ Amados irmãos, agradeço a Deus pelos grandes homens que dedicam seu tempo a esta preciosa revista. É uma revista única. Oremos por toda sua equipe e por esta bela Obra e façamos nossa parte. Lembrando sempre o Rev. Luis M. Ortiz e sua visão. Que Deus os abençoe. De Nova York, Estados Unidos.

ALVARO DE SERAS Deus os abençoe, prezados irmãos em Cristo; estou interessado em receber a revista “Impacto Evangelístico”. Gosto muito de seu conteúdo e artigos. De Sevilha, Espanha.

IGNACIO JESÚS BENITEZ CRUZ Obrigado, meus irmãos. Mais uma vez estou recebendo a maravilhosa revista “Impacto Evangelístico”. Deus os abençoe grandemente. De Havana, Cuba.

ERMILIANO PIMENTEL SANCHEZ

edifico lendo esta revista, informando-me sobre vários temas. Que Deus mantenha este meio e tão preciosa obra, e continue usando seus servos para conservar esta obra até a vinda de Cristo. De Tumbes, Peru.

JORGE ELIECER GAITAN ROJAS Obrigado irmãos, pela grande oportunidade que o Senhor Jesus Cristo nos oferece. Como é maravilhosa esta revista, é de muita bênção e nos faz viver e sentir fortalecidos por seu conteúdo. De Meta, Colômbia.

ODALIS GUZMAN Deus os abençoe irmãos. Eu tive a oportunidade de ler uma de suas revistas, e através dela pude conhecer mais sobre a Obra do Senhor em outras partes do mundo. Também são belos os temas como os testemunhos, de como Deus usou grandes homens. Gostaria de receber sua literatura e revista. Com amor fraterno. De Holguín, Cuba.

Agradeço a Deus por esta revista porque é uma grande bênção. Continuemos trabalhando assim. Deus os abençoe. Este trabalho durará até a vinda de Cristo. De San Martín, Peru. Deus os abençoe muito por esta bela obra. Agradeço a Deus por esta revista edificante que é de grande bênção espiritual. Todos os meses a espero com amor e alegria, mas não só eu, também outros irmãos da congregação estão atentos no momento em que a recebo porque desfrutam as bênçãos que Deus envia a nossas vidas mediante a revista. Oramos pelo Movimento Missionário Mundial. Que Deus os continue abençoando. De Holguín, Cuba.

Agradeço ao Senhor porque cada mês eu me

MARÇO 2-5 14-17 14-17 ABRIL 11-13 17-21 18-20 25-27 25-28 26-28 MAIO 3-5 16-19 16-19

17-20 25-28 AGOSTO 8-11 8-11 9-11 13-18 15-18 22-25 22-25

IVÁN HUAYANA Deus abençoe todos os Oficiais do MMM. A revista “Impacto Evangelístico” é realmente muito bela e de grande edificação. O Evangelho está chegando a todo o mundo. De Moquegua, Peru.

Você pode baixar o leitor de código QR livre nestas plataformas:

CONVENÇÃO NA COLÔMBIA, MEDELLÍN CONVENÇÃO NA NICARÁGUA CONVENÇÃO NO PARAGUAI, MONTEVIDÉU CONVENÇÃO NA BOLÍVIA, TARIJA

FEVEREIRO 7-10 CONVENÇÃO EM BELIZE (ORANGE WALK). 21-24 CONVENÇÃO NA ARGENTINA (BUENOS AIRES).

12-14

CLARISBEL JORGE BATISTA

DAVID ROSILLO URBINA

JANEIRO 3-10 21-24 25-27 31-3 (FEV.)

JULHO 2-6 4-7 9-12

YAMIRA TAMAYO JIMÉNEZ

Deus os abençoe em Cristo. Eu desejo informar que recebo sua revista há dois anos, que com sua informação é como se tivesse viajado pelo mundo inteiro, o que para mim é muito importante e interessante como serva do Senhor. Sou capelã presbiteriana, sirvo ao Senhor há 30 anos. Cumprimentos a toda a equipe da revista. A revista “Impacto Evangelístico” é comovedora. Gostaria de aparecer um dia na seção de cartas dos leitores. Oro por vocês. Deus os abençoe. De Holguín, Cuba.

AGENDA GLOBAL 2019

SETEMBRO 4-6 13-15 16-18 20-22 25-28 28 OUTUBRO 4-6 18-20 25-27 31-3 (NOV.)

CONVENÇÃO NO PANAMÁ CONVENÇÃO EM HONDURAS (SAN PEDRO SULA). CONVENÇÃO NA AUSTRÁLIA (MELBOURNE). CONVENÇÃO NO NEPAL. CONVENÇÃO NA GUATEMALA (CIDADE DA GUATEMALA). CONVENÇÃO NO SRI LANKA. CONVENÇÃO NA REPÚBLICA DOMINICANA. CONVENÇÃO DA GUIANAS, SURINAME E MARTINICA (SURINAME). CONFRATERNIZAÇÃO DO PRESBITÉRIO LESTE DA ÁFRICA, CONGO (BRAZZAVILLE). CONVENÇÃO NO JAPÃO (TÓQUIO E NARITA). CONVENÇÃO NA SUÍÇA (GENEBRA). CONVENÇÃO NA ALEMANHA E BLOCO C (HAMBURGO). CONVENÇÃO NA COSTA RICA. CONVENÇÃO NO BRASIL (MANAUS). CONVENÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS, MICHIGAN (GRANDVILLE). CONFRATERNIZAÇÃO NA NOVA ZELÂNDIA (WELLINGTON). CONVENÇÃO EM PORTO RICO. CONVENÇÃO NO MÉXICO.

CONVENÇÃO NA ESPANHA E BLOCO A DA EUROPA (MADRID). CONVENÇÃO NO HAITI (PORTO PRÍNCIPE). CONFRATERNIZAÇÃO NO BRASIL (SÃO PAULO). CONVENÇÃO GERAL E DE JOVENS NA ÁFRICA, GUINÉ EQUATORIAL (BATA). CONVENÇÃO NA ITÁLIA E BLOCO B (MONZA). CONFRATERNIZAÇÃO DO PRESBITÉRIO OESTE DA ÁFRICA, GANA (ACRA). CONVENÇÃO EQUADOR (GUAYAQUIL). CONVENÇÃO NA VENEZUELA. CONVENÇÃO NO PERU (AREQUIPA). CONVENÇÃO NO PERU (CHICLAYO). CONVENÇÃO NO PERU (LIMA). CONVENÇÃO NO ÍNDIA. DIA MUNDIAL DAS MISSÕES, ATIVIDADE SIMULTÂNEA EM TODOS OS PAÍSES. CONFRATERNIZAÇÃO NO CANADÁ. CONFRATERNIZAÇÃO EM MADAGASCAR. CONVENÇÃO NA ILHA MAURÍCIO. CONVENÇÃO NO CHILE (SANTIAGO).

NOVEMBRO 14-17 CONVENÇÃO EM EL SALVADOR. 21-24 CONVENÇÃO NO URUGUAI (MONTEVIDÉU) 26-29 CONVENÇÃO EM MYANMAR.

n Eventos passados n Eventos futuros MISIONÁRIO MUNDIAL 66 MOVIMENTO América•Europa•Oceania•África•Ásia


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