Sc v8n3

ISSN 1984-4433

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2016

Volume 8 | Número 3

SCIENTIA CHROMATOGRAPHICA

Publicação disponível na internet:

153 COLACRO Thirty Years Later (1986 – 2016) Fernando Mauro Lanças

2016 | Volume 8 | Número 3

159 Medalha Janus Pawlyszyn Fernando Mauro Lanças

161 Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography Chiara Fanali, Giovanni D’Orazio, Salvatore Fanali

171 Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas Carmen Garcia-Jares, Maria Celeiro, Gerardo Alvarez-Rivera, J. Pablo Lamas, Eugenia Guerra, Marlene Vila, Marta Lores, María Llompart

181 Automatização do Tratamento da Amostra através da Técnica de Injeção de Partículas Marcela A. Segundo

189 Application of a New Methodology for Determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (Pahs) in Atmospheric Aerosols Using Different Filter Configurations, Puf and Xad-Denuder Francisco Cereceda-Balic, Ximena Fadic, Víctor Vidal, Luis Díaz-Robles

Rua Princesa Isabel, 265 - Jardim Paraíso São Carlos (SP) - CEP 13561-140 Fone/ Fax: (16) 3501-4140 | www.iicweb.org

2016 | Volume 8 | Número 3

Instituto Internacional de Cromatografia

Uma publicação do Instituto Internacional de Cromatografia www.iicweb.org

Scientia Chromatographica EDITOR-IN-CHIEF

FERNANDO MAURO LANÇAS Universidade de São Paulo Instituto de Química de São Carlos 13560-970 São Carlos (SP) - Brasil editor@scientiachromatographica.com EDITORES ASSOCIADOS

MARIA EUGÊNIA QUEIROZ

RENATO ZANELLA

preparo de amostras

preparo de amostras

JOSÉ MANUEL F. NOGUEIRA

ISABEL C. S. FONTES JARDIM

preparo de amostras

CORPO EDITORIAL CONSULTIVO

Daniel Armstrong – EUA Dietrich von Bauer – Chile Fábio Augusto – Brasil Fátima Dutra – Brasil Flávio Leite – Brasil Frank Svec – EUA Harold McNair – EUA Humberto Gómez – México Isabel Cristina Sales Fontes Jardim – Brasil Jailson B. de Andrade – Brasil Janusz Pawliszyn – Canadá Kiyoratsu Jinno – Japão Luigi Mondello – Itália Marcos Eberlin – Brasil Marina Tavares – Brasil Milos Novotny – EUA Milton Lee – EUA Norberto Peporine Lopes – Brasil Phillip Marriott – Austrália Pierina Bonato – Brasil Quézia Cass – Brasil Renato Zanella – Brasil

cromatografia líquida

ENDEREÇO DO PERIÓDICO

Scientia Chromatographica

ELENA STASHENKO

espectrometria de massas

FABIO AUGUSTO

cromatografia gasosa

ALEJANDRO CIFUENTES

Técnicas Eletroforéticas

ÁLVARO J. SANTOS NETO

troubleshooting

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Ficha catalográfica elaborada pela Seção de Aquisição e Tratamento da Informação do SBI/IQSC Scientia Chromatographica / Associação Internacional de Cromatografia. - vol.8 n.3 (jul./set. 2016). São Carlos: Associação Internacional de Cromatografia, 2016.

Trimestral ISSN 1984-4433

CLÁUDIA ZINI

cromatografia gasosa

ELINA B. CARAMÃO

cromatografia gasosa

1. Cromatografia. 2. Lanças, Fernando Mauro, editor chefe.

CDD 543.8

ISSN 1984-4433

Periódico Trimestral do Instituto Internacional de Cromatografia

2014 2016 | Volume 68 | Número 13

Edição Especial XVI COLACRO & 9ENC

Uma publicação do Instituto Internacional de Cromatografia www.iicweb.org

Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):149 Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

SUMÁRIO

Editorial................................................................................................................................................................................................................151 José Manuel Florêncio Nogueira

MEETING REPORT COLACRO Thirty Years Later (1986 – 2016).........................................................................................................153 Fernando Mauro Lanças

DIVULGAÇÃO Medalha Janus Pawlyszyn.........................................................................................................................................159 Fernando Mauro Lanças

CROMATOGRAFIA LÍQUIDA Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography.............................................................................. 161 Chiara Fanali, Giovanni D’Orazio, Salvatore Fanali

ESPECTROMETRIA DE MASSAS Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas......................... 171 Carmen Garcia-Jares, Maria Celeiro, Gerardo Alvarez-Rivera, J. Pablo Lamas, Eugenia Guerra, Marlene Vila, Marta Lores, María Llompart

PREPARO DE AMOSTRAS Automatização do Tratamento da Amostra através da Técnica de Injeção de Partículas....................181 Marcela A. Segundo

CROMATOGRAFIA GASOSA Application of a New Methodology for Determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (Pahs) in Atmospheric Aerosols Using Different Filter Configurations, Puf and Xad-Denuder.............................189 Francisco Cereceda-Balic, Ximena Fadic, Víctor Vidal, Luis Díaz-Robles

Instituto Internacional de Cromatografia...............................................................................................................................................200 Normas para Publicação...............................................................................................................................................................................201

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):150-150 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.000 ISSN 1984-4433

150

CLASSIFICAÇÃO

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):151 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.026 ISSN 1984-4433

EDITORIAL

XVI COLACRO & 9ENC Construindo Pontes de Cooperação em Ciência de Separação

Os simpósios COLACRO têm sido o evento emblemático internacional para cromatografia e técnicas afins na América-Latina. Estes congressos, que começaram em 1986 no Rio de Janeiro (Brasil) pela mão do professor Fernando Lanças, têm ocorrido bienalmente nos países da América do sul, tendo-se tornado num importante meio para troca de informação e ideias na área da ciência de separação. Do outro lado do Atlântico, em Portugal, o grupo de Cromatografia da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) foi fundado em 1999 e, desde então, organiza igualmente encontros de cromatografia bienais em território português, tendo sempre em mente a promoção e disseminação destas importantes técnicas analíticas.

Em 2016, o XVI COLACRO celebrou as bodas de pérola (30 anos), tendo sido organizado pela primeira vez fora do continente sul-americano, conjuntamente com o 9º Encontro Nacional de Cromatografia (9ENC), pelo grupo de Cromatografia da SPQ e, tido lugar no campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Portugal. Para assinalar esta parceria inédita, o tema chave foi “Construindo Pontes de Cooperação em Ciência de Separação” e, ficará seguramente referenciado na história destes eventos, como a edição que juntou, no “Velho Mundo”, cientistas de diferentes gerações que detêm culturas similares e interesse comum pela área da ciência de separação.

Participaram cerca de três centenas de congressistas de diversos países, nomeadamente, Portugal, Espanha, Itália, França, Grécia, Holanda, Ucrânia e Polónia do continente europeu, conjuntamente com Brasil, Colômbia, Chile, México, Argentina, Venezuela e Estados Unidos da América do continente americano. Associaram-se a este evento dezenas de cientistas reputados internacionalmente, tendo sido proferidas centenas de sessões científicas entre lições plenárias, meias-plenárias, comunicações orais e em póster, seminários e workshops, onde o denominador comum foi a troca de ideias, experiências e a divulgação relativa aos desenvolvimentos emergentes e inovadores na área da cromatografia e técnicas afins.

O Scientia Chromatographica dedica, neste número, uma edição especial ao XVI COLACRO & 9ENC, onde se destacam alguns trabalhos científicos apresentados neste simpósio.

José Manuel Florêncio Nogueira Presidente, XVI COLACRO & 9ENC Universidade de Lisboa Guest Editor

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):152-152 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.000 ISSN 1984-4433

152

CLASSIFICAÇÃO

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):153-158 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.027 ISSN 1984-4433

MEETING REPORT

COLACRO Thirty Years Later* (1986 – 2016) Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas

Fernando M. Lanças University of São Paulo Institute of Chemistry, São Carlos, Brasil *Este relatório representa um resumo da Conferência de Abertura do evento, com o mesmo título, apresentada por F. M. Lanças.

Resumo

O Congresso Latino-Americano de Cromatografia (COLACRO) estabeleceu-se como o mais importante forum para discussão das técnicas cromatográficas e relacionadas na América Latina, e um dos principais e de maior longevidade em todo o mundo. No presente relatório é apresentado um resumo dos principais fatos envolvidos na criação, desenvolvimento e estágio atual do COLACRO, assim como de seus principais desmembramentos.

Abstract

The Latin American Congress on Chromatography (COLACRO) is now mature and recognized as the most relevant forum for the discussion of the chromatographic and allied techniques in Latin America and one of the oldest meetings on the subject worldwide. In the present report, the author presents the main facts involved in the creation, development and the actual stage of COLACRO as well as its major spinoff activities.

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Lanças FM

1. Introdução

Comemorando os 30 anos de existência, o Congresso Latino-Americano de Cromatografia (COLACRO) foi realizado em Lisboa, Portugal, de 5 a 9 de Janeiro de 2016. Realizado pela primeira vez fora da América Latina, esta edição especial do evento teve dupla finalidade: comemorar as 3 décadas de existência do COLACRO e estreitar os laços com Portugal, país com o qual a América Latina – e o Brasil em especial - possui fortes laços culturais e de amizade. O evento foi coordenado pelo Professor José Manuel Florêncio Nogueira, docente da Universidade de Lisboa, o qual contou com grande e eficiente equipe de colaboradores para a execução da laboriosa tarefa. Em conjunto com o COLACRO foi efetuado o 9o Encontro Nacional de Cromatografia de Portugal, série de grande sucesso que congrega os cromatografistas de Portugal.

Como padrão nos demais eventos desta série, o COLACRO XVI teve uma grande participação de cientistas de vários países, discutindo os mais recentes avanços na área através de diferentes enfoques complementares. Antecedendo a abertura do evento, foram ministrados cursos de curta duração por especialistas na área, contando com vários docentes os quais apresentaram uma revisão da literatura e resultados de seus laboratórios a respeito dos assuntos abordados. As palestras plenárias, de caráter mais amplo e enfocando o estado-da-arte em técnicas de separação, foram apresentadas por pesquisadores convidados, e de grande destaque em suas áreas de atuação. Uma ampla e concorrida sessão de Posteres permitiu a apresentação e discussão de trabalhos mais específicos pelos congressistas, enquanto que uma bem elaborada e representativa exposição de equipamentos, acessórios e literatura possibilitou aos participantes uma atualização na instrumentação analítica. Vários seminários técnicos foram também apresentados, discutindo novas técnicas, dispositivos e aplicações dos vários aspectos da cromatografia e técnicas associadas (como preparo de amostras e espectrometria de massas). Para o período noturno foram organizadas várias atividades culturais e 154

COLACRO Thirty Years Later

sociais, as quais permitiram a continuidade e ampliação das interações iniciadas durante as sessões técnicas.

Em suma, o evento foi um sucesso em todos seus aspectos (científico, técnico, cultural e social), permitindo a atualização da comunidade de cromatografistas nos avanços recentes e tendências futuras na área de técnicas de separação e assuntos relacionados.

O presente trabalho relata uma breve revisão a respeito de assuntos relevantes relacionados aos 30 anos de existência do evento, havendo sido apresentado como conferência de abertura durante o XVI COLACRO.

2. Breve histórico sobre o COLACRO

As raízes do COLACRO foram plantadas nos anos 1981 e 1982 quando Fernando Lanças, à época já professor da Universidade de São Paulo-IQSC, foi professor visitante no Virginia Polytechnique Institute and State University (Virginia Tech) a convite do Prof.

Harold McNair. No ano de 1984, o Prof. Lanças organiza um workshop sobre Cromatografia durante reunião da Sociedade Brasileira de Química, e propõe a realização de um congresso brasileiro de cromatografia. No mesmo ano participa da Pittsburgh Conference for Analytical Chemistry (PIttCon), USA, e discute o assunto com o Prof. McNair, Pat Sandra e Carl Cramers. Recebendo completo apoio dos mesmos, estabeleceu-se naquele momento o que seria o Comitê Científico do COLACRO por vários anos. No ano seguinte, durante um Encontro de Química Analítica o assunto é novamente discutido e recebe o apoio da Associação Brasileira de Química (ABQ). Com esses elementos (apoio da ABQ e a formação de um Comitê Científico Internacional de alto nível), foram estabelecidas as bases para a realização do evento, o qual ganhou então um caráter Latino Americano, sendo cunhado a sigla COLACRO para simplificar sua divulgação. O local escolhido foi o Rio de Janeiro e um dos seus maiores símbolos à época: o Copacabana Palace. A data estabelecida foi 1986 para a primeira edição do evento.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):153-158

COLACRO Thirty Years Later

Lanças FM

Desde sua criação, o principal objetivo do COLACRO foi promover uma maior interação entre os cromatografistas da América Latina, e destes com seus colegas de outras regiões geográficas, permitindo uma ampliação do conhecimento sobre a técnica e suas aplicações. Com este propósito, estabeleceu-se que sempre que possível o evento realizaria um rodízio entre os países, de maneira a possibilitar uma ampla divulgação da técnica em toda a América Latina. Foi estabelecido um Comitê Latino-Americano de Cromatografia, o qual contou com dois representantes da America Latina e que foi bastante atuante nas primeiras versões do evento.

O comitê permitiu uma maior divulgação nos diversos países, assim como atrair líderes em suas áreas de atuação os quais se interessaram em hospedar o evento em seus países. A Tabela 1 ilustra os principais países que receberam o COLACRO até o presente.

Tabela 1. Anos e localidades (cidade e país) onde foram realizadas as 16 versões do COLACRO; 1986 a 2016.

COLACRO – 30 years later 2016

COLACRO XVI

Lisboa, Portugal

2014

COLACRO XV

Cartagena, Colômbia

2012

COLACRO XIV

Florianópolis, Brasil

2010

COLACRO XIII

Concepción, Chile (earthquake)

2008

COLACRO XII

Florianópolis, Brasil

2006

COLACRO XI

Mérida, Mexico

2004

COLACRO X

Campos do Jordão, Brasil

2002

COLACRO IX

Cartagena de Índias, Colômbia

2000

COLACRO VIII

Buenos Aires, Argentina

1998

COLACRO VII

Águas de São Pedro, Brasil

1996

COLACRO VI

Caracas, Venezuela

1994

COLACRO V

Concepción, Chile

1992

COLACRO IV

Cidade do México, México

1990

COLACRO III

Águas de São Pedro, Brasil

1988

COLACRO II

Buenos Aires, Argentina

1986

COLACRO I

Rio de Janeiro, Brasil

A primeira versão do COLACRO, contou com a presença de um número significativo de pesquisdores de grande relevância na área à época, incluindo Giddings, Huber, Schomburg, Kaiser, Sandra, Cramers, McNair, dentre outros. A Figura 1 ilustra boa parte dos pesquisadores internacionais participantes do evento (Carl Giddings não está nesta foto).

Figura 1. Da esquerda para a direita: H. McNair (USA), J.M. Lareo (Argentina), D. Escati (Argentina), F. Rabel (USA), P. Sandra (Belgium), C. Cramers (Netherlands), L.A. Dávila (Brazil),G. Schomburg (Germany), F.M. Lanças (Brazil), R.E. Kaiser (Germany), J.F.K. Huber (Austria) and H. Colin (France).

O Comitê Científico é peça importante do evento, uma vez ser o responsável pelo programa científico a ser desenvolvido. Inicialmente constituido por Lanças (Presidente), Cramers, Sandra e McNair, com a aposentadoria do Prof. Cramers o mesmo foi substituido pelo Prof. K. Jinno (Toyohashi University, Japão).

Posteriormente, com a aposentadoria do Prof. Sandra e Prof. McNair, o atual Comitê Científico do COLACRO é composto por Fernando Lanças (Brasil – Presidente), Elena Stashenko (Colombia), Luigi Mondello (Itália), José Manuel Nogueira (Portugal) e Alejandro Cifuentes (Espanha). A Figura 2 apresenta foto dos membros atuais do Comitê.

Mais detalhes sobre o histórico do COLACRO podem ser obtidos através de diversos “meeting reports” de cada evento[1-11], assim como no livro[12].

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):153-158 155

Lanças FM

COLACRO Thirty Years Later

Figura 2. Comitê Científico do Congresso Latino-Americano de Cromatografia (COLACRI XVI) em 2016. Da esquerda para a direita: Fernando Lanças, Elena Stashenko, Luigi Mondello, José Manuel Nogueira e Alejandro Cifuentes (Espanha).

Além da atividade principal descrita, o COLACRO resultou em várias atividades paralelas do tipo “spinoff”, incluindo o SIMCRO (Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Relacionadas); o ReCAFluB (Simpósio Nacional sobre Resíduos e Contaminantes em Alimentos e Fluidos Biológicos); o WARPA (Workshop sobre Avanços Recentes no Preparo de

Amostras); Scientia Chromatographica (único periódico da América Latina dedicado exclusivamente às técnicas cromatográficas e relacionadas), dentre outras.

A Figura 3 ilustra alguns dos participantes do SiMCRO 2006 (Milos Novotny, Daniel Armstrong e Milton Lee).

Figura 3. Participantes do SIMCRO 2006, realizado em São Pedro (SP), Brasil. Da esquerda para a direita: Milos Novotny, Daniel Armstrong e Milton Lee (foto do arquivo pessoal do Prof. Fernando Lanças).

156

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):153-158

COLACRO Thirty Years Later

Lanças FM

Figura 4. Entrega da Medalha COLACRO para a Profa. Dra. Elina Bastos Caramão (Brasil). Na foto encontram-se ainda os professores Lanças e Nogueira.

3. A Medalha COLACRO

4. Conclusão

A Medalha COLACRO foi instituida desde a primeira versão do evento (o primeiro a recebê-la foi o Professor Harold McNair do Virginia Polytechnic Institute and State University, USA, em 1986) objetivando reconhecer e homenagear a destacada contribuição de um pesquisador ao desenvolvimento e divulgação das técnicas cromatográficas. O Comitê Científico do COLACRO, responsável pela escolha e entrega da medalha, por unanimidade indicou a Profa.

Dra. Elina Bastos Caramão, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para recebê-la durante o evento realizado em Lisboa. A Figura 4 ilustra o momento em que a Profa. Elina recebe a medalha com a presença dos professores Lanças e Nogueira.

Estima-se que mais de 8.000 congressistas já participaram das 16 versões do COLACRO até o presente. Mais de 150 pesquisadores dos 5 continentes, dentre os mais importantes em suas áreas de atuação apresentaram conferências plenárias, participaram de cursos, workshops e outras atividades do evento.

Esta expressiva participação trouxe uma contribuição única para o desenvolvimento da área na América Latina. Inúmeros novos contatos foram estabelecidos, colaborações científicas foram firmadas, visitas efetuadas, publicações em conjunto executadas. É difícil de avaliar a extensão desta atividade na formação de novas gerações de pesquisadores, professores, e técnicos nesta área na América Latina.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):153-158 157

Lanças FM

COLACRO Thirty Years Later

Qualquer que seja o parâmetro utilizado na medida (qualidade e/ou quantidade), o COLACRO foi e continua sendo o mais importante evento da área na América Latina e dentre os 5 mais importantes do

mundo. Esperamos contar com sua presença na próxima edição, a ser realizada em 2018 no Brasil e divulgada brevemente. Apesar de muito já haver sido feito, ainda há muito a fazer.

Agradecimentos

do atual Comitê Científico Internacional (Elena Stashenko, Luigi Mondello, José Manuel Nogueira e Alejandro Cifuentes); os membros dos Comitês Organizadores Locais, os convidados do evento; às empresas participantes pelo inestimável suporte. Em especial, agradeço aos congressistas, razão principal da existência do evento.

O autor gostaria de agradecer a todos que colaboraram e continuam colaborando direta ou indiretamente para fazer do COLACRO o grande evento da área na América Latina. Em especial, gostaria de agradecer os membros do primeiro (Harold McNair, Pat Sandra e Carl Cramers) e

Referencias

[1] Editorial. J. High Resol. Chromatogr. 9 (1986) 366.

[2] Editorial. Revista de Quimica Industrial (ABQ) 646 (1986) 30.

[3] Editorial. J. High Resol. Chromatogr 12 (1989) 405.

[4] Editorial. J. High Resol. Chromatogr 13 (1990) 643.

[5] Editorial. J. High Resol. Chromatogr, 15 (1992) 701.

[6] R. Majors, F.M. Lanças, LC GC 16(1998) 538.

[7] Editorial. J. Sep. Sci. 24 (2001) 73.

[8] H. Halaz, J. Chromatogr. Sci. 38 (2000) 14.

[9] F. Lanças, Scientia Chromatographica 4 (2012) 249.

[10] F. Lanças, Scientia Chromatographica 6(2014) 225.

[11] F. Lanças, Scientia Chromatographica 4 (2012) 93.

[12] F. Lanças, “Development of Chromatography in Latin America”, in “Chromatography. A Century of Discoveries”. C. Gehrke, R. Wixom, E. Bayer (Eds.), Elsevier, 2001.

158

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):153-158

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):159-160 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.028 ISSN 1984-4433

DIVULGAÇÃO

Medalha Janus Pawlyszyn O Comitê Organizador do WARPA (Workshop sobre Avanços Recentes no Preparo de Amostras) instituiu, a partir de 2016, a Medalha Janus Pawlyszyn (Figura 1) com o intuito de reconhecer a excelência de pesquisadores que deram contribuição relevante na área de Preparo de Amostras. Ao mesmo tempo em que homenageia os pesquisadores que recebem a premiação, o Comitê Científico do WARPA, coordenado pela Profa. Dra. Maria Eugênia C. Queiroz, pesquisadora da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP), reconhece a enorme contribuição do Prof. Janus Pawlyszyn (JP, por simplicidade) nesta área.

(A)

(B)

Figura 1. Medalha Janusz Pawliszyn. (A) frente; (B) verso.

Através de uma carreira brilhante, e pautada por um número imenso de publicações científicas e livros na área, o maior destaque da contribuição do Prof. Janus (Figura 2) é, sem dúvida, a criação da Micro Extração em Fase Sólida (SPME – Solid Phase Microextraction). O Prof. Janus orientou vários pesquisadores da América Latina nesta área, notadamente do Brasil, mantendo ainda estreitos laços de colaboração científica e de amizade com nosso continente.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

159

Lanças FM

Medalha Janus Pawlyszyn

Figura 2. Professor Janusz Pawliszyn, University of Toronto, Canada.

A primeira Medalha Pawlyszyn foi entregue ao Prof. Fernando Lanças, Editor do Scientia Chromatographica, durante o 16º Congresso LatinoAmericano de Cromatografia [COLACRO XVI], realizado em conjunto com o 9º Encontro Nacional de Cromatografia de Portugal, sob coordenação da Sociedade Portuguesa de Química- SPB- em Lisboa, Portugal, Janeiro de 2016 (Figura 3). É intenção do Comitê Científico do WARPA dar continuidade à entrega da Medalha JP nas próximas versões do evento, de maneira a prestar merecido tributo aos pesquisadores que se destacam através de seu empenho no desenvolvimento e divulgação das técnicas de preparo de amostras.

160

Figura 3. Prof. Fernando M. Lanças recebendo a Medalha Janusz Pawliszyn da Profa. Maria Eugênia C. Queiroz.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):159-160

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):161-169 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.029 ISSN 1984-4433

CROMATOGRAFIA LĂ?QUIDA

Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography Chiara Fanali1 Giovanni D’Orazio2,3 Salvatore Fanali2* Centro Integrato di Ricerca, Campus Bio-Medico University, Rome, Italy 2 Istituto di Metodologie Chimiche, Consiglio Nazionale delle Ricerche (CNR), Monterotondo Rome, Italy 3 Departamento de Quimica, Universidad de La Laguna (ULL), La Laguna, Tenerife, Spain *e-mail: salvatore.fanali@cnr.it 1

Received: 17-06-2016 Accepted: 22-07-2016

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Abstract Microfluidic separation techniques, including electromigration and liquid chromatography have been studied, developed and applied in different fields of analytical chemistry. They can offer some advantages over conventional analytical tools such as high-performance liquid chromatography, e.g., higher mass sensitivity due to reduced chromatographic dilution, use of minute volumes of mobile phases, lower costs for both waste and organic solvent consumption and last but not list perfect coupling with mass spectrometry.

Capillary/nano-liquid chromatography (CLC/nano-LC) have been recently proposed and applied to the analysis of a large number of compounds including proteins, peptides, drugs, herbicides, pesticides, enantiomers etc. In this paper principles, instrumentation and selection of experimental conditions are illustrated also presenting some selected applications to document the usefulness of these LC techniques. Advantages, limitations and future trends of CLC/nano-LC are also presented.

Keywords: microfluidic techniques; nano-liquid chromatography; capillaryliquid chromatography; enantiomers separation; chiral stationary phases.

161

Fanali C, D’Orazio G, Fanali S

1. Introduction

The separation of chiral compounds is an interesting topic in various areas including biochemistry, bio-medicine, clinical chemistry, pharmaceutical industry etc. Enantiomers are compounds possessing one or more asymmetric centres exhibiting quite similar properties (same molecular weight but substituent groups with different orientation on the space). Two enantiomers are mirror image and rotate the plane of the polarized light in the opposite direction. In nature, for example, only L-aminoacids are present. very often, in a certain compound one enantiomer exhibits quite different properties from its isomer, e.g., (+)- limonene and (-)-limonene have a different aroma, orange and lemon, respectively.

A large number of drugs possess asymmetric center/centres and most of them are commercialized as a single enantiomer[1]. This is a need because ingested drugs can react with chiral compounds present in the organisms such as body fluids, cells etc. Often the antipode of a certain enantiomer in a drug can be pharmacologically less active or sometime even dangerous. Therefore there is a necessity to optimize analytical and/or preparative methods capable to analyze enantiomers in an easy, cheap, rapid and eco-friendly way.

Ananlytical methods so far used for enantiomers separation and analysis include gas chromatography (GC), high performace-liquid chromatography (HPLC), super critical fluid chromatography (SFC) and miniaturized techniques such as capillary electrophoresis (CE) and capillary-/nano-liquid chromatography (CLC/ nano-LC)[2-4].

Capillary techniques have been recently proposed as alternative and/or complementary tools mainly applied for analytical purposes and because their features can offer some advantages over the conventional ones.

Among them it is worth mention their environmental compatibility, the reduced volumes of both mobile phases and sample with consequently reduction of waste, 162

Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography

shorter analysis time and perfect coupling with mass spectrometry (MS) due to lower flow rates employed.

Both capillary/nano-LC and CE have been successful applied to enantiomers separation in different fields such as bio-medicine, forensic, pharmaceutical, agro-chemical analysis etc.[2,4].

This publication presents a brief discussion about the principles of enantiomers separation, the main features of CLC/nano-LC and the potentiality of these LC miniaturized techniques in analyzing chiral compounds.

Finally some selected applications of CLC/nano-LC to chiral analysis will also be presented.

2. An overview on enantiomers separation

Because their very similar physical-chemical properties, the separation of two enantiomers is a difficult task in separation science, however the goal can be achieved employing a chiral environment (chiral selector, CS) on forming diastereoisomers exhibiting different properties.

Two different separation methods have been used since along time, namely indirect and direct ones. In the first case the CS reacts with the two enantiomers on forming stable products (strong bonding are formed) that are separated in conventional achiral media (stationary phases, background electrolytes). This method presents some advantages, e.g., increase the molecular weight offering higher sensitivity in mass spectrometry (MS), presence of more interaction sites with stationary phases.

However it is worth mentioning that high optical purity of the CS is required[5].

The other process that is largely utilized, is the direct separation method making use of a CS added to the background electrolyte (in CE) or to the mobile phase in LC. Although this approach is widely used in CE, other practical solution have been proposed in LC and capillary electrochromatography (CEC). Among them the CS is bonded to the capillary wall or to silica or to different polymeric material. Here enantiomers interact Scientia Chromatographica 2016; 8(3):161-169

Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography

during the run on forming labile diastereoisomeric complexes with different physical-chemical properties and thus separated from each other.

Although several model concerning chiral recognition have been proposed, the most simple model widely accepted is the so called “three-point� model where three contact points are proposed and one of them have to be stereoselective[6].

Figure 1 shows the three point interaction model.

The compound at the left side of panel a and b is the CS. As can be observed the two enantiomers both interact with the CS, however the (+)-isomer exhibits three bonds, while the arbitrary (-)-isomer only two. The (+)-isomer is forming more stable complexes than its antipode.

The list of CSs that have been studied and applied till now is quite large and includes proteins, chiral amino acids (or their derivatives), peptides, antibiotics, cyclodextrins, polysaccharides (amylose and cellulose derivatives), chiral surfactants, chiral crown-ethers,

Fanali C, D’Orazio G, Fanali S

synthetic chiral compounds etc. These CS have been used taking in mind their properties and considering the type of possible interactions for a successful chiral recognition utilizing different separation techniques including GC, HPLC, CE and CLC/nano-LC[2,5,7].

3. Capillary/nano-liquid chromatography main features and instrumentation

Although HPLC remains the most selected LC methodology for both preparative and analytical separations in a wide range of application areas, recently microcolumns of different I.D. either packed with stationary phases (SPs) or containing polymeric material (e.g., monolithic) have been developed and studied.

Classification of miniaturized techniques is done considering the different I.D. of the columns employed, e.g., with 10-100 and 100-350 mm I.D., classify nanoLC and CLC, respectively[8]. Another parameter to be considered is the mobile phase flow rate. In fact when using packed capillary column columns, flow rates in the range 10-800 nL/min and 1-10 mL/min are used in nano-

Figure 1. Three points interaction model for enantiomers resolution.

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LC and CLC, respectively. Concerning the efficiency, reducing column I.D. causes a reduction of plateheights, however as demonstrated also theoretically, in conventional HPLC I.D. lower than 2.1 mm is not offering advantages[9]. Recently in our lab we showed that the efficiency is increased passing from 150 to 25 mm I.D. packed capillaries[10]. Although these results are interesting, the efficiency observed in packed capillaries is not satisfactory when compared with the ones achieved with conventional columns “well-packed”.

The use of packed capillaries can offer several advantages over conventional columns, e.g., higher mass sensitivity. This has been demonstrated in practice and also theoretically considering the chromatographic dilution that is decreasing by decreasing the capillary radius (r 2)[8]. When dealing with practical nano-LC analysis, it must be considered that this technique, due to the reduced injected volumes (10-60 nL) exhibits low sensitivity and therefore other approaches have to be used to overcome this drawbacks. To solve the problem, detectors with higher sensitivity, e.g., MS can be proposed. In addition higher sample volumes could be injected, e.g., 500-1500 mL[11] carefully considering sample-solvent, mobile and stationary phases. This approach is based on a focusing effect where analytes are dissolved in a solvent with lower elution capability than the mobile phase causing their focusing on the column without affecting the efficiency.

Reducing I.D. column can offer several advantages over conventional systems, however other practical aspects have to be considered, e.g., extra column band broadening. Therefore attention must be paid in avoiding loss in efficiency that causes a decrease of resolution; this is obtained, e.g., carefully selecting i) the appropriate injection system (sample volume), ii) detector, iii) tubes connections etc.

Based on our experience the optimum detector cell (UV detector) is obtained utilizing the same packed capillary where the path length is the capillary diameter with a volume of a few nanoliters. When working 164

Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography

with an MS, the column is directly connected through a capillary tip to the orifice; in this way mobile phase and analytes are tranferred to the MS increasing the sensitivity. To reduce band broadening, the capillary column can be directly connected to the injection valve.

The injected sample volume must be as low as possible (usualy 10‑60 nL) and tube connections I.D. are in the range 50-100 mm.

In nano-LC, mobile phase flow rates applied are in the range 10-800 nL/min and these can be generated utilizing dedicated pump systems commercially available. Syringe or reciprocating pumps are usually used to produce low flow rates.

A very simple approach that could be considered is the use of conventional pumping systems where a mechanical split is used in order to reduce the flow rate. The split is a stainless steel T connected with the pump, with the injection valve and with waste: selecting appropriate tubes (length and I.D.) the nano-flow can be easily attained. The production of a constant and stable flow can be achieved. This system is perfectly working in isocratic elution, however in our laboratory it has been demonstrated that step gradient can also be performed[12].

Figure 2 shows a scheme of a nano-LC laboratory assembled instrumentation.

4. Enantiomers separation by using nano-flow techniques.

The separation of enantiomers by using nanoflow techniques such as CLC/nano-LC is of great interest for several groups interested in developing new chiral stationary phases and with experience in preparing their own column. This can be easily argued considering that only a few mg of material are needed to packing capillaries; this is very useful especially when new chiral stationary phases, usually expensive, are tested. Additionally, this technical approach results advantageous when the chiral selector (expensive) is added to the mobile phase; only a few mLx day of mobile phase are used.

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Figure 2. Scheme of a nano-LC laboratory assembled instrumentation.

A few examples concerning the applicability of the last mentioned approach are available in literature.

Takeuchi firstly reported the study of enantiomers separation adding g-cyclodextrin (g-CD) to the mobile phase (acetonitrile-water, 2:8 v/v) using CLC where the capillary (350 mm I.D.) was packed with develosil ODS-5 particles. The separated enantiomers were R and S-1,1’-binaphtyl-2-2’-dihyl hydrogen phosphate[13].

Our group was also interested in this topic studying the enantiomers separation of different compounds of pharmaceutical interest such as non-steroidal antiinflammatory drugs or fluoroquinolone antibiotics[14-16] utilizing nano-LC with packed capillaries of 100 mm I.D. and different CDs (trimethylated-, sulphated-, dimethylated- or hydroxy-propyl-g-CD) added to the mobile phase. Without going into details, it is noteworth mentioning that the proposed method in addition to achieving good enantiomers resolution, allowed the calculation of association constants between CDs and analytes[14].

Although the described enantiomers separation method has some advantages over the ones performed with conventional HPLC, it presents some restrictions especially due to the limited applicability of known chiral selectors, e.g., reduced analytes sensitivity caused by the absorption of the CS. Therefore better results can be achieved utilizing CLC/nano-LC with chiral stationary phases (CSP). The CS can be adsorbed on the packed particles[4,17,18] or bonded to the stationary phase[11,19-22]. Finally the CS can be bonded on the capillary wall[23]. In this last approach bovine serum albumin (BSA) was chemically bonded to the capillary wall: some amino acid derivatives and hydoxy-benzodiazepines enantiomers were resolved using both open tubular electrochromatography and liquid chromatography. Although such system allowed achieving good chiral resolutions, along the time was not developed too much; this is most probably due to the use of capillaries with very low I.D. (<50 mm) and to a lower loadability.

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In order to show the usefulness of CLC/nanoLC for chiral separations applying CSPs with the chiral selector either adsorbed or bonded to the silica particles some practical aspects related to the selection of optimum experimental parameters and applications to real samples are reported.

Analysis of amino acid enantiomers is an important topic not only in biochemistry but also in food chemistry because several food products, being of natural origin, contain only L-amino acid. Most of these compounds do not possess absorbing groups in their chemical structure and therefore are very difficult to be analyzed.

Being interested in microfluidic techniques employing UV detectors and mass spectrometry, it was decided to analyze amino acid enantiomers using nano-LC/MS[20].

Enantioseparations were achieved in a capillary column packed with silica-based particles containing chemically bonded vancomycin. Analytes were derivatized with fluorescein isothiocyanate (FITC); the derivatives had a higher molecular weight improving the MS response and additional interaction sites with the CS. The analytical method was optimized, validated and applied to the analysis of different orange juices. Analytical results obtained analyzing both fresh and commercial orange juices did not report the presence of D-amino acids documenting that the juice was not adulterated and/or was correctly stored. Later on nano-LC was applied to the analysis of hesperetin (HT) enantiomers in human urine after ingestion of orange juice. HT is a nutraceutical compound useful to treat several illness and is not naturally present in the orange juice that, on the other hand, contain esperedin that is transformed in HT in the body and excreted in the urine fluid. In this work several urine samples of a person that drank 1 L of orange juice were obtained at different times, treated with glucuronydase, extracted with organic solvent and analyzed. HT enantiomers were separated employing a capillary column packed with silica particles modified with phenyl-carbamate-propyl-b-cyclodextrin.

Triethylammonium acetate buffer (1%, v/v, pH 4.5) and water/methanol (30:70, v/v) was the mobile phase used to elute in isocratic mode the studied enantiomers. The 166

Figure 3. nano-LC chromatogram of hesperetin enantiomers separation present in an extract of human urine sample obtained after drinking orange juice. Capillary 100 mm I.D.x22 cm packed with phenyl-carbamate-2-propyl-b-CD silica; mobile phase, 1% (v/v) TEAA pH 4.5 in methanol/water 70/30 (v/v), flow rate 400 nL/min (modified from ref. [21].).

metabolism was stereoselective finding S-HT about five times higher than its antipode[21]. Figure 3 reports the nano-LC separation of the two enantiomers of HT present in an extract of human urine sample obtained after drinking orange juice.

Another interesting class of chiral selectors, widely studied and applied in HPLC, is represented by modified polysaccharides (cellulose or amylose).

Conventional columns where the CS is either coated onto the silica surface or bonded to the particles are commercially available[24-29].

The work done till now with these CSs utilizing microfluidic techniques is scarce and therefore some examples will be proposed here to document the potentiality of such capillary columns.

Chankvetadzeâ&#x20AC;&#x2122;s group widely studied different types of modified cellulose or amylose CS adsorbed onto silica particles utilizing CLC/nano-LC and comparing the results with the ones achieved in capillary electrochromatography (CEC)[30-34]. The capillary columns packed with porous material containing the polysaccharides Scientia Chromatographica 2016; 8(3):161-169

Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography

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allowed to obtain good enantiomeric separation of various classes of compounds including carboxylic acids, basic drugs, nutraceutical compounds etc.

Recently two different types of silica (fully porous and core-shell) were modified adsorbing with cellulose tris(4-chloro-3-methylphenylcarbanate). The CSP was applied to the separation of some selected enantiomers using both nano-LC and CEC. Surprisingly core-shell material offered higher efficiency in CEC than in nano-LC generating sufficient electroosmotic flow even if the silica material is limited compared to the porous one. Enantioresolutions for ethozoline, praziquantel and thalidomide as high as 8.51, 9.85 and 4.52 were obtained by using CEC with core-shell particles packed in a capillary column of 75 mm I.D.[35].

In another study we evaluated the enantioresolu­ tion of compounds of pharmaceutical and food chemistry interest employing nano-LC and CEC with capillaries packed with core-shell particles coated with amylose tris(3,5-dimethylphenylcarbamate). The CS was coated at concentrations in the range 1-5 % and the pore size of the support was 100 and 300 A. Both techniques allowed to obtain the enantioresolution for all studied compounds with slight better performance in CEC. As expected lower electroosmotic flow (EOF) was observed by increasing the concentration of the CS; on the contrary enantioresolution increased. The highest efficiency in both nano-LC and CEC was obtained using 1 % of amylose. From the obtained results it is noteworth mentioning that core-shell particles can offer advantages over fully porous silica due to the possibility to run nano-LC at higher mobile phase flow rates without compromising the efficiency of the separation.

This is shown in Figure 4 where the enantioseparation of 4’-methoxyflavanone is obtained at different flow rates. As can be observed in the figure, at 1.5 mL/min baseline resolution of the studied flavanone derivative was obtained in a short analysis time (less than 1.5 min). The experiments were carried out with a laboratory assembled instrumentation without necessity of high pressure[34].

Fast chiral separations are a challenging issue in separation science and recently several groups paid

Figure 4. nano-LC enantioseparation of 4’-methoxyflavanone obtained at different mobile phase linear velocities. Capillary column: 100 µm I.D.x23 cm packed with core-shell silica particles (2.6 µm, 100 Å pore size) coated with amylose tris(3,5-dimethylphenylcarbamate) at 2% (w/w) concentration. Mobile phase, 500 mM ammonium acetate buffer pH 4.5/H2O/MeOH/ACN (1:24:20:55, by vol.). (unplublished results).

attention to this topic. The use of core-shell material is one way to reach the goal, however recently new technology such as ultra high performace liquid chromatography (UHPLC) was developed. Dedicated instrumentation is available not only for conventional column but also for nano-LC. The basic principle behind this technique is the reduction of particles diameter. Reducing d causes a reduction of plate height (increase of efficiency) and a modification of the second part of van Deemter plot (more flat). This means that increasing the flow rate efficiency will not change too much, however shorter analysis time are obtained. Sub-2 mm particles are used in conventional columns of 2.1 mm with generation of very high pressure and need of special pump capable to operate at P> 800 atm. In our laboratory these particles have been packed into capillaries for 10-15 cm length operating without problems with a laboratory assembled

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Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography

basic compounds, while very high enantioresolution factors were observed for acidic compounds such as anti-inflammatory drugs, herbicides and derivatized aminoacids. Based on the results achieved by NMR it was concluded that the different behavior can be ascribed to the secondary interactions between enantiomers and silica substituents, e.g., the hydride CSP does not contain free silanol groups[36].

As an example of good performace of the novel CSP towards the separation of acidic compounds, Figure 5 shows the separation of some selected herbicides and non-steroidal anti-inflammatory drugs. As can be observed the acidic compounds were baseline resolved with high Rs in a relatively short time.

5. Conclusions and future trends

Figure 5. Separation of some selected herbicides and non-steroidal anti-inflammatory drugs enantiomers using a capillary column packed with silica hydride modified with vancomycin stationary phase. Capillary column: 75 µm I.D.x 11 cm packed 1.8 µm vancomycin-diol hydridebased silica particles. Mobile phase: 500 mM ammonium acetate buffer pH 4.5/H2O/MeOH 5/10/85 (v/v/v), flow rate ~ 230 nL/min (herbicides) and 500 mM ammonium acetate buffer pH 4.5/H2O/ACN 1:9:90 (v/v/v), flow rate ~ 360 nL/min (NSAIDs). (modified from ref. [36]).

instrumentation of nano-LC. The system was applied also for chiral separations derivatizing with vancomycin 1.8 mm hydride diol-silica particles[22,34].

The novel CSP, fully porous, was packed 11 cm in silica capillary columns (75 mm I.D.) and used for enantiomers separation employing a laboratory assembled nano-LC instrument. The results obtained were compared with the ones achieved using a ordinary 5 mm silica particles modified with vancomycin (same conditions). The novel sub-2 mm CSP exhibited lower enantioselectivity than the column packed with conventional particles analyzing 168

CLC/nano-LC are powerful tools that can be used for the separation and analysis of enantiomers present in different matrices such as biological, food bio-medicine etc. Two different enantiomeric separation methods can be applied, however, the direct one can offer better results. The CS can be either added to the mobile phase or bonded to the stationary phase or to the capillary wall.

The microfluidic techniques offers some advantages over conventional ones, e.g., lower consumption of mobile phase and/or stationary phase, reduced cost for waste, higher mass sensitivity, perfect coupling with mass spectrometry etc. Fast chiral separations can be obtained employing particles of lower diameter (increasing the efficiency and the flow rate-decreasing retention time). Advantages can be also obtained utilizing core-shell particles where more homogeneous material is obtained with analytes-CS interactions take place only on the outside of particles.

In conclusion new material and new chiral selectors need to be studied and developed for chiral separations employing capillaries as well as chip technology.

Acknowledgements

Thanks are due to Dr Silvia Rocchi for the data related to the use of chiral stationary phases in nano-LC performed during her PhD thesis.

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):161-169 169

Scientia Chromatographica 2015; 7(1):170-170 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.000 ISSN 1984-4433

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CLASSIFICAÇÃO

Scientia Chromatographica 2015; 7(1)

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):171-179 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.030 ISSN 1984-4433

MS

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas Carmen Garcia-Jares* Maria Celeiro Gerardo Alvarez-Rivera J. Pablo Lamas Eugenia Guerra Marlene Vila Marta Lores María Llompart Laboratorio de Investigación y Desarrollo de Soluciones Analíticas (LIDSA).

Departamento de Química Analítica, Nutrición y Bromatología. Facultad de Química. Universidade de Santiago de Compostela. Campus Vida, E-15782, Santiago de Compostela, España *carmen.garcia.jares@usc.es Recebido: 17-06-2016 Aceito: 22-07-2016

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Resumen

La industria cosmética constituye un sector en constante crecimiento y el consumo de productos cosméticos continúa en aumento. Para asegurar tanto la calidad como la seguridad de estos productos de cara al consumidor, en Europa el Reglamento EC No 1223/2009 establece las normas que deben cumplir todos los productos cosméticos comercializados. Es de esperar una evolución legislativa hacia criterios más restrictivos a medida que aumenten las evidencias científicas sobre la toxicidad de muchos componentes actuales de los productos cosméticos. Por tanto, es crítico desarrollar y disponer de métodos de acuerdo con los avances de la química analítica, capaces de detectar niveles traza de esos compuestos para controlar la calidad de las formulaciones y asegurar la salud de los consumidores. Las metodologías existentes para el control de cosméticos son en general escasas y obsoletas, por carecer de suficiente selectividad y/o sensibilidad. Incluso cuando los ingredientes cosméticos se encuentran a niveles altos de concentración, la sensibilidad es necesaria para asegurar que posibles compuestos prohibidos no se encuentren presentes a niveles traza. El principal problema que presentan las muestras cosméticas a la hora de abordar su análisis es la variedad y complejidad de matrices, y el elevado número de ingredientes pertenecientes a muy diversas familias químicas. Por tanto, la separación e identificación de los componentes de los cosméticos en metodologías multianalito requiere la utilización de técnicas cromatográficas con detectores selectivos, fundamentalmente la espectrometría de masas (MS). Por otra parte, es importante que las nuevas metodologías de análisis se basen en técnicas de extracción que permitan reducir el uso de reactivos y que abaraten los costes del análisis, que sean rápidas y preferiblemente automatizables para facilitar su transferencia a protocolos de análisis de rutina. En este artículo se presentan tres casos de estudio representativos del trabajo reciente de nuestro grupo de investigación en el análisis de cosméticos. Se han seleccionado varias metodologías que combinan las técnicas de preparación de muestra como la micro-matrix solid-phase dispersión (microMSPD) y la extracción con disolventes presurizados (PLE) con la cromatografía de gases acoplada a espectrometría de masas (MS) y espectrometría de masas en tándem (MS-MS) para el estudio de fragancias, conservantes y plastificantes, permitiendo el análisis simultáneo de cerca de 70 compuestos de muy diversas características químicas; así como con cromatografía líquida acoplada a MS-MS para el análisis de colorantes.

Palabras clave: cosméticos, regulación, técnicas cromatográficas, preparación de muestra, espectrometría de masas.

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Garcia-Jares C et al.

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas

Abstract

The cosmetics industry is a sector in constant growing, and the consumption of cosmetic products continues increasing. To ensure both the quality and the safety of these products in the face of the consumer, European regulation EC No 1223 / 2009 lays down rules that should meet all the cosmetic products placed on the market. It can be expected a legislative evolution towards criteria more restrictive according to the increasing scientific evidence about the toxicity of many current components of cosmetics. Therefore, it is critical to develop and make available methods in accordance with advances in analytical chemistry, which can detect trace levels of these compounds to control the quality of formulations and ensure the health of consumers. The existing methodologies for the control of cosmetics are generally scarce and obsolete, lacking of sufficient selectivity and/or sensitivity. Even when the cosmetic ingredients are in high levels of concentration, sensitivity is required to ensure that possible prohibited compounds are not present at trace levels. The main problem presenting cosmetic samples in addressing its analysis is the variety and complexity of matrices, and the large number of very different chemical families’ ingredients. Therefore, the separation and identification of cosmetics components in multianalyte methodologies require the use of chromatographic techniques with selective detectors, primarily mass spectrometry (MS). On the other hand, it is important that the new methods of analysis are based on extraction techniques that will reduce the use of reagents and that lowers the costs of analysis, which are fast and preferably automated to facilitate their transfer to routine analysis protocols.

In this article three case studies representative of our research group recent work in the analysis of cosmetics are presented. We have selected several methodologies that combine techniques of sample preparation such as the micro-matrix solid-phase dispersion (microMSPD) and the pressurized liquid extraction (PLE) with gas chromatography coupled to MS and MS-MS for the study of fragrances, preservatives and plasticizers, allowing the simultaneous analysis of about 70 composes of very different chemical properties; as well as with liquid chromatography coupled to MS-MS for the analysis of dyes.

Keywords: cosmetics, regulation, chromatographic techniques, sample preparation, mass spectrometry.

1. Introducción

De acuerdo con la regulación vigente en la Unión Europea, un producto cosmético es “toda sustancia o mezcla destinada a ser puesta en contacto con las partes superficiales del cuerpo humano (epidermis, sistema piloso y capilar, uñas, labios y órganos genitales externos) o con los dientes y las mucosas bucales, con el fin exclusivo o principal de limpiarlos, perfumarlos, modificar su aspecto, protegerlos, mantenerlos en buen estado o corregir los olores corporales”[1]. Estos productos pueden clasificarse en función de su forma cosmética (cremas, suspensiones, espumas, pastillas…), en función de su lugar de aplicación (sobre la piel, labios, ojos…) y además, la legislación distingue entre productos de permanencia o “leave-on” (destinados a permanecer en contacto prolongado con la piel, pelo o mucosas) y productos de aclarado o “rinse-off” (destinados a ser eliminados tras su aplicación sobre piel, pelo o mucosas).

La utilización de cosméticos para la higiene y la decoración se conoce desde hace más de 6000 años.

Desde principios del siglo XX la industria cosmética ha 172

experimentado un crecimiento continuo y los cosméticos son empleados hoy en día por millones de personas en todo el mundo, constituyendo una parte importante de la balanza comercial en los países más industrializados, con Europa a la cabeza de este mercado seguida por Estados Unidos, China y Japón, respectivamente. El mercado europeo representa una tercera parte del total de las exportaciones. Concretamente, España se posiciona como quinta potencia europea con un volumen de producción de 6,4 billones de euros[2].

Actualmente, en el mercado común europeo se comercializan más de 350.000 cosméticos, en los que intervienen unas 13.000 sustancias[3]. Cada vez son más numerosos los estudios que evidencian que algunos de los compuestos químicos empleados en la formulación de estos productos pueden tener efectos negativos para la salud. Como ejemplo, se estima que un 1-3% de la población sufre alergia a los cosméticos. De hecho, en los últimos años ha crecido la preocupación por la seguridad de los ingredientes que pueden formar parte de Scientia Chromatographica 2016; 8(3):171-179

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas

Garcia-Jares C et al.

los productos cosméticos y de cuidado personal y cada vez más marcas ofrecen productos etiquetados como “fragrance free”, “phthalate free” o “non-paraben product”.

identificación de los componentes de los cosméticos en metodologías multianalito requiere la utilización de técnicas cromatográficas con detectores selectivos, fundamentalmente la espectrometría de masas (MS).

Para asegurar tanto la calidad como la seguridad de estos productos de cara al consumidor, se hace necesaria una legislación que unifique, regule y/o restrinja las sustancias que pueden contener. En Europa, actualmente, es el Reglamento EC No 1223/2009 el que establece “las normas que deben cumplir todos los productos cosméticos comercializados con objeto de velar por el funcionamiento del mercado interior y lograr un elevado nivel de protección de la salud humana”. Esta Regulación recoge en el Anexo II las sustancias que se encuentran completamente prohibidas para su uso en la formulación de cosméticos (actualmente en torno a 1370) y en el Anexo III las sustancias que se encuentran restringidas, según el uso del producto final (hoy en día unas 280). Además particularmente, se presentan 3 listas positivas para colorantes, conservantes y filtros solares (Anexos IV, V y VI, respectivamente) que pueden emplearse como ingredientes en la formulación de productos cosméticos.

La etapa de preparación de muestra es fundamental en el caso del análisis de cosméticos ya que las muestras pueden presentarse en forma sólida, líquida, o viscosa, y las concentraciones de los compuestos de interés pueden abarcar niveles desde los pocos ng·g-1 hasta los mg·g-1.

2. Avances Metodológicos en el Análisis de Productos Cosméticos

Es evidente que el control analítico de los productos cosméticos requiere metodologías robustas y fiables que permitan la detección y cuantificación de todos los compuestos legislados, especialmente de aquellos prohibidos, y que además puedan ser aplicadas al amplio rango de productos que puede encontrar en el mercado, incluyendo los destinados a la población infantil, mucho más vulnerable frente a los potenciales efectos tóxicos de estas sustancias.

El principal problema que presentan las muestras cosméticas a la hora de abordar su análisis es la variedad y complejidad de matrices, y el elevado número de ingredientes pertenecientes a muy diversas familias químicas. Por tanto, la separación e

Las metodologías de análisis basadas en la simple dilución de las muestras en disolventes orgánicos no son adecuadas para la mayoría de las formas cosméticas disponibles hoy en día en el mercado, ya que buena parte de los componentes de la matriz no se solubilizan.

Por otra parte, la introducción directa en el sistema cromatográfico de disoluciones complejas no es aceptable ya que es causa de contaminación e interferencias.

Las nuevas metodologías propuestas en los últimos años se basan en técnicas de extracción eficaces, que cumplen con los principios de la química analítica verde, y que tienden hacia la miniaturización. Tres de ellas, la dispersión de matriz en fase sólida (matrix solid-phase dispersion, MSPD), la extracción con líquidos presurizados (pressurized liquid extraction, PLE) y la microextracción en fase sólida (solid-phase microextraction, SPME), han sido elegidas por los autores en combinación con GC y LC. La MSPD es empleada por su flexibilidad y selectividad, ya que ofrece una alta eficiencia y un bajo coste, permitiendo realizar simultáneamente la etapa de extracción de los analitos y la limpieza o “clean up” del extracto. En un procedimiento general, la muestra líquida, semisólida o sólida se mezcla en un mortero con un agente dispersante empleando un pistilo con el objetivo de conseguir una completa disrupción y dispersión de la muestra. En algunos casos se emplea un agente desecante (Na2SO4) lo que da lugar a un material finamente dividido y lo suficientemente seco para la posterior extracción. Una vez completada esta etapa, la

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muestra se empaqueta en una columna (normalmente en un cuerpo de jeringa vacío) con una frita en su parte inferior. Una vez empaquetada la muestra, se coloca mediante compresión una segunda frita y por último se lleva a cabo la etapa de elución con el disolvente adecuado. Las principales ventajas de esta técnica es que el procedimiento analítico se simplifica, se elimina la formación de emulsiones, el consumo de disolventes es bajo y se mejora la eficacia de extracción ya que toda la muestra se expone al extractante. Esta técnica se ha empleado para el análisis de muestras complejas como las alimentarias[4,5] y se ha aplicado con éxito para la extracción de varias familias de ingredientes cosméticos[6-11], permitiendo trabajar en escala micro con mínimo consumo de muestra y de disolventes[9-11].

La extracción con líquidos presurizados (PLE) es otra alternativa eficaz para la extracción de componentes de productos cosméticos. En la PLE se trabaja a presiones elevadas, por lo que los disolventes se encuentran en fase líquida a temperaturas superiores a su punto de ebullición pero ligeramente inferiores a su punto crítico, lo cual favorece la eficacia de extracción.

Los principales parámetros que influyen en esta técnica son la temperatura y la presión[12]. La temperatura tiene que ser lo suficientemente elevada como para favorecer la cinética de extracción, pero sin degradar los analitos, y la presión lo suficientemente elevada como para mantener el disolvente en estado líquido. Los autores han desarrollado metodologías analíticas utilizando la PLE seguida de GC o LC con detectores de MS para la determinación de filtros solares, fragancias, conservantes y otras sustancias potencialmente tóxicas en cosméticos de uso general y en productos de cuidado personal destinados a la población infantil[13-16].

La microextracción en fase sólida (SPME)[17] se basa en la extracción de los analitos de la matriz mediante una fibra de sílice fundida (químicamente inerte y estable a altas temperaturas) que está recubierta por un sorbente, en la mayoría de los casos polimérico, seguida por la desorción de los analitos en el cromatógrafo. En 174

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas

la mayor parte de las aplicaciones, la SPME se combina con la determinación analítica mediante GC. Los autores han sido pioneros en la aplicación de la SPME al análisis de cosméticos[18]. Mediante esta técnica se han obtenido perfiles de contaminación microbiana de cosméticos, consiguiendo un claro e importante avance sobre las metodologías convencionales de cultivo en placa[19].

Y, finalmente, se ha trabajado con SPME para estudiar las reacciones de fotodegradación de varios tipos de ingredientes cosméticos, como los conservantes, o los filtros UV[20].

En este artículo se presentan tres casos de estudio representativos del trabajo reciente de nuestro grupo de investigación en el análisis de cosméticos. Se han seleccionado varias metodologías que combinan las técnicas de preparación de muestra descritas anteriormente con la GC acoplada a MS y MS/MS para el estudio de fragancias, conservantes y plastificantes, permitiendo el análisis simultáneo de cerca de 70 compuestos de muy diversas características[9-11,16]; y con LC-MS para el análisis de colorantes[21].

3. Casos de Estudio 3.1. Desarrollo de métodos multianalito basados en µMSPD y GC-MS(-MS)

El objetivo de estos trabajos fue el desarrollo de métodos de análisis rápidos y robustos que permitiesen el estudio simultáneo de un gran número de sustancias de diversa naturaleza química y que pudiesen ser de aplicación general a productos cosméticos y de cuidado personal.

Inicialmente se planteó el análisis simultáneo de dos familias de compuestos, los plastificantes (ftalatos y adipatos) y los almizcles sintéticos o musks. En esta primera aproximación, se consideraron un total de 30 compuestos: 15 ftalatos, 12 almizcles y 3 adipatos, de los cuales 10 estaban prohibidos y otros restringidos en su uso en productos cosméticos, debido a sus efectos nocivos para la salud (carcinogénicos y/o disruptores endocrinos). Ya que una de las familias estudiadas, Scientia Chromatographica 2016; 8(3):171-179

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas

los ftalatos se encuentran presentes en todo el material plástico, así como en el aire, y para evitar problemas de contaminación durante el procedimiento de preparación de muestra, se decidió sustituir todo el material plástico por vidrio y mantenerlo escrupulosamente limpio y a alta temperatura (230ºC) hasta su uso. De esta forma se evita la posibilidad de falsos positivos y sobreestimaciones de los analitos. Por lo tanto, se planteó por primera vez una versión miniaturizada de la clásica MSPD en pipetas Pasteur, obteniéndose un método de extracción acorde con los principios de la Química Verde, con un gasto mínimo de muestra (100 mg) y de disolventes orgánicos (1 mL), con una generación casi nula de residuos y de bajo coste ya que la extracción se lleva a cabo en pipetas Pasteur desechables. La optimización de los parámetros que pueden afectar a la eficacia de la extracción se llevó a cabo mediante diseños experimentales, estudiando simultáneamente tres factores: el tipo de muestra (rinseoff o leave-on), el volumen de muestra, y el disolvente orgánico empleado para la extracción. El análisis multivariado tiene en cuenta las posibles interacciones entre factores que pasarían desapercibidas mediante la optimización factor a factor. El posterior análisis mediante GC-MS permitió la separación e identificación de 30 compuestos en menos de 20 minutos[9].

Posteriormente, se aplicó la µMSPD al análisis simultáneo de fragancias y conservantes[10]. Estos compuestos se utilizan masivamente en la formulación de cosméticos y muchos tienen un uso restringido. La regulación de las concentraciones máximas de muchos compuestos que forman parte de estas familias de ingredientes se encuentra en continua revisión debido a las crecientes evidencias sobre sus efectos nocivos.

En el caso concreto que se presenta aquí se consideraron 26 fragancias, las denominadas “alergénicas”, para las cuales la legislación europea exige su monitorización y criterios específicos de etiquetado cuando se emplean por encima de ciertas concentraciones, al ser consideradas como alérgenos de contacto y responsables de la mayor parte de alergias a los

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cosméticos. Además, se planteó la inclusión en el estudio de 13 conservantes, incluyendo 7 parabenos de los cuales recientemente varios de ellos han sido prohibidos y para los demás las concentraciones máximas permitidas en el producto final han disminuido notablemente[1] debido a su acción como disruptores endocrinos[22,23].

Algunas condiciones experimentales tales como el tipo de dispersante y el tipo y volumen de disolvente de elución, se optimizaron empleando herramientas estadísticas, resultando óptimo el empleo de Florisil como dispersante de la muestra y la elución de los analitos con 1 mL de acetato de etilo. En este trabajo se hizo además una comparativa entre el empleo de MS y MS/ MS. Con el empleo de un detector de triple cuadrupolo trabajando con transiciones selectivas se obtiene una mejora de la selectividad y sensibilidad analítica, lo que permite alcanzar unos límites de detección de hasta un orden de magnitud menores en algunos casos respecto al empleo de MS. Por otra parte, en este análisis simultáneo de fragancias alergénicas y conservantes se incluyó también una etapa de derivatización ya que muchos de los conservantes estudiados, incluyendo los parabenos, presentan grupos hidroxilo susceptibles de acetilarse.

Con esta derivatización, se obtiene una mejora en la forma del pico, lo que permite una disminución en los límites de detección de estos compuestos.

Como se ha comentado previamente, la dispersión de la muestra se realiza de manera convencional en un mortero, lo que puede provocar la pérdida de compuestos muy volátiles. En nuestro caso se observaron recuperaciones muy bajas para las fragancias pineno y limoneno. Surgió entonces la idea de realizar la dispersión con ayuda de una varilla de vidrio en el propio vial en el que se pesa la muestra[11]. De esta forma, se consigue el mismo grado de disgregación de la muestra, al mismo tiempo que se evitan pérdidas para los compuestos más volátiles y se acorta el proceso de extracción.

Finalmente, en las condiciones experimentales óptimas, se consiguió validar una metodología para el

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análisis simultáneo en cosméticos y productos de higiene personal de cerca de 70 compuestos de muy diversa naturaleza química[11], con límites de detección bajos, a nivel de ng g-1, que permiten detectar la presencia de compuestos prohibidos incluso a niveles traza. En su aplicación a un amplio abanico de productos comerciales (cremas, lociones, barras de labios, desodorantes, etc) se encontró que algunos de ellos sobrepasaban la concentración máxima permitida fijada por el Reglamento EC No 1223/2009 para algunos compuestos[1].

3.2. Desarrollo de un método para la determinación de fragancias, conservantes y plastificantes en toallitas infantiles mediante PLE-GC-MS

Este estudio se centró en el análisis de un tipo de producto destinado exclusivamente a la higiene y cuidado de la población infantil, las toallitas y el papel higiénico húmedos[16]. Este colectivo es mucho más vulnerable que la población adulta a posibles sustancias tóxicas debido al desarrollo incompleto de su barrera epidérmica y a la inmadurez de su sistema inmune.

Además, estos productos se aplican (hasta 16 unidades por día) sobre la zona genital, que a menudo se encuentra irritada y presenta un pH más elevado, por lo que la permeabilidad de la piel a las sustancias químicas se puede ver incrementada. Resulta llamativo que hasta el momento en el que se planteó este trabajo no existía en la bibliografía ninguna metodología para determinar fragancias, conservantes o plastificantes en este tipo de productos, a pesar de que muchas de estas sustancias están especialmente restringidas en la formulación de productos destinados a niños menores de 3 años.

Tanto las toallitas como el papel higiénico húmedo consisten en un soporte de celulosa impregnado en una loción, por lo que se propuso la PLE seguida de GC-MS como una técnica cómoda, rápida y eficaz para el análisis de 65 compuestos. En este caso, se hicieron una serie de pruebas para seleccionar tanto el sorbente que rellena la celda de extracción, como el disolvente de elución. Los mejores resultados se obtuvieron empleando arena como sorbente y, para el caso de los disolventes, tanto metanol 176

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas

como acetonitrilo presentaron buenas eficacias, por lo que ambos fueron incluidos, junto con la temperatura y el tiempo de extracción, en un diseño experimental para optimizar las condiciones de extracción, que finalmente quedaron fijadas de la siguiente forma: 110ºC durante 5 minutos, empleando metanol como disolvente.

Una vez optimizadas las condiciones de extracción, se llevó a cabo la validación del método propuesto, y por último el método se aplicó a 20 muestras de productos comerciales de distintas marcas para demostrar su idoneidad y para evaluar el grado de cumplimiento de la ley. En las muestras se encontraron 19 de las 26 fragancias alergénicas analizadas, entre las que destaca el limoneno por su elevada frecuencia (70% de las muestras). Entre los conservantes se detectó la presencia de fenoxietanol en todas las muestras, y se encontró en varias muestras los parabenos prohibidos de isopropilo, e isobutilo, y los parabenos de propilo y butilo, recientemente prohibidos en productos de permanencia destinados a la zona del pañal en niños de menos de tres años. Destaca también la presencia en varias muestras de los ftalatos prohibidos de dibutilo y de dietilhexilo.

3.3. Desarrollo de un método basado en µMSPD y LC-MS/MS para la determinación de colorantes en productos cosméticos Los agentes colorantes se utilizan en las formulaciones cosméticas tanto para dar color al producto en sí como para colorear con fines decorativos la piel, las uñas o el cabello. En la EU los colorantes permitidos para su uso cosmético se encuentran en una lista positiva (Anexo IV) del reglamento[1]. Los colorantes más utilizados son compuestos orgánicos de origen sintético lipo o hidrosolubles, siendo éstos últimos muy sensibles a la luz, el pH y a la presencia de agentes oxidantes o reductores.

Debido a la escasez de metodologías adecuadas y actualizadas para el control analítico de colorantes en cosméticos, los autores se centraron el desarrollo de un método basado en µMSPD seguida de LC-MS/MS Scientia Chromatographica 2016; 8(3):171-179

Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas

para la determinación de colorantes hidrosolubles muy frecuentes en diferentes matrices cosméticas, incluyendo productos decorativos[21]. Al igual que en los casos expuestos anteriormente, las condiciones experimentales de extracción mediante µMSPD fueron optimizadas de manera multivariante mediante herramientas de diseño experimental. En este caso se estudiaron tres factores: el tipo de dispersante (Florisil o arena), el disolvente de elución (metanol, metanol/agua 1:1 y acetona), teniendo en cuenta su compatibilidad con la fase móvil utilizada en LC, y el volumen de elución (1, 2 o 5 mL). El análisis de los resultados obtenidos condujo a la selección de Florisil y 2 mL de metanol para llevar a cabo la elución de los compuestos.

Debido a la sensibilidad y selectividad de los detectores de MS/MS, en una primera aproximación se planteó la posibilidad de llevar a cabo la determinación de los compuestos de interés directamente mediante MS/ MS, sin una etapa previa de separación cromatográfica, pero al analizar los resultados obtenidos se observaron efectos de matriz, y por tanto, se puso de manifiesto la necesidad de una etapa de separación previa a la detección por MS/MS. El método de LC-MS/MS permitió la separación de nueve colorantes en menos de 6 minutos. La validación del método mostró una excelente linealidad, así como precisión y exactitud. Finalmente, se aplicó a 24 cosméticos y productos de cuidado personal incluyendo muestras líquidas (champús, lociones) y sólidas y semisólidas (barras de labios, polvos de maquillaje, pastas de dientes, entre otras) para abarcar la amplia gama de productos disponibles en el mercado.

En las muestras se encontraron siete de los colorantes analizados y más del 50% de los productos contenían al menos dos colorantes, siendo tartrazina el más frecuente.

4. Conclusiones

Es de esperar una evolución legislativa hacia criterios más restrictivos a medida que aumenten las evidencias científicas sobre la toxicidad de muchos componentes actuales de los productos cosméticos.

Garcia-Jares C et al.

Por tanto, es crítico desarrollar y disponer de métodos robustos capaces de detectar niveles traza de esos compuestos para controlar la calidad de las formulaciones y asegurar la salud de los consumidores.

Para ello es importante que las nuevas metodologías de análisis se basen en técnicas de extracción “verdes” y miniaturizadas, que permitan reducir el uso de reactivos y que a su vez abaraten los costes del análisis, que sean rápidas y preferiblemente automatizables para facilitar su transferencia a protocolos de análisis de rutina. Por otra parte, el empleo de detectores de espectrometría de masas, especialmente trabajando en tándem MS/MS, permite un aumento de la selectividad y sensibilidad analítica, lo cual es especialmente útil a la hora de abordar el análisis de muestras complejas como los cosméticos y productos de cuidado personal[24].

Aquí se han presentado brevemente varios ejemplos de procedimientos desarrollados por nuestro grupo de investigación que combinan técnicas de preparación de muestra como la micro-MSPD y la PLE con técnicas cromatográficas. Los detalles de estos trabajos y de otros sobre el control analítico de cosméticos realizados en el seno del grupo se encuentran en las referencias correspondientes fácilmente accesibles a través de la página web del grupo: http://www.usc.es/ es/investigacion/grupos/lidsa/

Agradecimientos Estos trabajos han sido financiados por los Fondos Europeos de Desarrollo Regional (FEDER) (20072013) y los proyectos CTQ2013-46545-P (Ministerio de Economía y Competitividad, España), UNST10-1E-491 (Programa de Infraestructura, Ministerio de Ciencia e Innovación, España) y GPC2014/035 (Programa de Consolidación de Grupos de Investigación, Xunta de Galicia).

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CLASSIFICAÇÃO

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):181-187 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.031 ISSN 1984-4433

PREPARO DE AMOSTRAS

Automatização do Tratamento da Amostra através da Técnica de Injeção de Partículas Bead Injection Technique for Automation of Sample Treatment

Marcela A. Segundo UCIBIO, REQUIMTE, Departamento de Ciências Químicas, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto, Rua de Jorge Viterbo Ferreira, 228, 4050-313 Porto, Portugal *msegundo@ff.up.pt Recebido: 17-06-2016 Aceito: 12-08-2016

Resumo

O tratamento da amostra é sem dúvida um dos passos mais morosos no processo analítico. A automatização empregando a técnica de injeção de partículas visa a miniaturização desta etapa, com características inovadoras quando comparada com outras técnicas de fluxo, nas quais não ocorre a renovação da coluna de adsorvente. As vantagens e desvantagens desta técnica são discutidas, assim como as estratégias para implementar a utilização de diversos tipos de adsorventes. São também apresentados exemplos de aplicações em amostras reais, com avaliação das características dos sistemas propostos.

Palavras-chave: Tratamento da amostra; automatização; injeção de partículas; análise por injeção em fluxo.

Abstract

Sample treatment is one of the most time-consuming steps in the analytical process.

The bead injection technique targets the miniaturization of this step, bringing innovative features when compared to previous flow schemes where sorbent renewal is not feasible. The advantages and disadvantages of the bead injection technique are critically addressed, along with strategies to implement the utilization of different types of sorbent. Applications to real samples are also highlighted with detailed characterization of the proposed flow systems.

Keywords: Sample treatment; automation; bead injection; flow injection analysis.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

181

Segundo MA

1. Introdução

A técnica de injeção de partículas (designada em inglês por bead injection, BI), proposta em 1999 por Jarda Ruzicka e Louis Scampavia[1] consiste na utilização de fases sólidas renováveis como suporte de espécies químicas. A renovação da fase sólida é realizada para cada amostra, por manipulação automática através de sistemas de fluxo. A capacidade de renovação da fase sólida é a característica principal, com diferentes aplicações analíticas, nomeadamente, para o transporte de espécies cromóforas que formam um sensor ótico quando imobilizadas em frente a um detector de fibras óticas[2]; para a imobilização de anticorpos, visando o desenvolvimento de imunossensores[3]; e para a separação seletiva de compostos retidos nos grupos funcionais presentes em suportes sólidos[4].

Esta última vertente tem sido uma das mais exploradas nos últimos anos, originando várias propostas de processos automatizados para o tratamento da amostra baseados em extração em fase sólida. Esta estratégia apresenta vantagens quando comparada com procedimentos realizados de forma convencional, sendo de destaque o controlo rigoroso dos volumes utilizados e das vazões aplicadas. Ao controlar a vazão de aplicação, sobretudo da amostra e do eluente, é possível garantir um tempo de contacto repetível que permite realizar o processo de adsorção/dessorção do(s) analito(s) de forma controlada. Outra clara vantagem é a possibilidade de renovação do adsorvente, sobretudo quando comparada com outros esquemas de acoplamento on-line do tratamento da amostra com técnicas cromatográficas. Com a técnica de injeção de partículas, é possível utilizar uma porção nova de adsorvente para cada amostra processada, evitando contaminações entre amostras subsequentes e efeitos de carry-over.

2. Automatização do processo

A técnica de injeção de partículas está associada ao lab-on-valve (LOV). O lab-on-valve é um dispositivo com microcanais acoplado à uma válvula 182

Automatização do tratamento da amostra através da técnica de injeção de partículas

de seleção que permite a aspiração de soluções ou suspensões pelos seus diversos canais a partir de um canal central ligado a um elemento propulsor de baixa pressão. Coloca-se uma restrição física na saída de um dos canais, que pode ser um filtro (placa porosa) ou um tubo com diâmetro interno inferior ao tamanho das partículas, que vai proporcionar o aprisionamento das partículas neste mesmo canal (Figura 1). O ciclo analítico apresenta uma etapa de formação automática da coluna de microextração em fase sólida por aspiração das partículas para o canal central que, por inversão do fluxo, são enviadas para o canal onde há a restrição física, ocorrendo o empacotamento da coluna de forma automática.

Figura 1. Representação esquemática da manipulação automática da suspensão de partículas. Inicialmente é aspirado para o canal central um volume exato da suspensão de partículas que, por inversão do fluxo propulsor, é deslocado para um canal que apresenta uma restrição física (a), onde as partículas ficam retidas formando uma coluna; (b) passagem de solução contendo o analito ou reagente, ou ainda transportador, dependendo do fim pretendido; (c) imobilização sequencial de analitos e/ou reagentes ou partículas que podem conter reagentes imobilizados ou células; (d) aspiração das partículas de volta para o canal central, sendo descartadas por uma das portas auxiliares. Deteção pode ser feita na própria coluna ou no eluato.

B: partículas; S: solução (amostra, reagente ou transportador).

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Automatização do tratamento da amostra através da técnica de injeção de partículas

Após a preparação da coluna, é possível efetuar todos os passos que constituem o procedimento de extração em fase sólida de forma automática. Desta forma, é possível aspirar uma solução condicionadora para o canal central e enviá-la através da coluna recém-formada, aspirar a amostra e enviá-la através do adsorvente, e fazer a lavagem para remoção da matriz e possíveis interferentes retidos e, finalmente, a eluição do analito. Os volumes utilizados podem variar em um intervalo amplo, sendo preferencialmente compreendidos entre 25 µL e 10 mL. Tal como mencionado, todas estas operações são realizadas de forma repetível, com a medição rigorosa dos volumes usados e controle adequado da vazão de passagem das soluções, uma característica vantajosa quando comparada com os métodos manuais.

O eluato, com volume tipicamente entre 100 a 500 µL, pode ser recolhido e transportado para o injetor automático de um cromatógrafo (ou outra técnica instrumental adequada), tratando-se assim de um acoplamento off-line[5]. O eluato também pode ser transportado diretamente da saída da coluna de SPE até ao cromatógrafo, por meio de uma interface (válvula de injeção, por exemplo). É ainda possível o acoplamento direto de uma coluna cromatográfica monolítica ao dispositivo LOV, realizando-se assim a etapa separativa no próprio sistema de análise em fluxo a baixa pressão[5].

Segundo MA

3. Fases sólidas utilizadas Diversos tipos de adsorvente foram utilizados com sucesso para a realização automática de microextração em fase sólida, conforme exemplificado na Tabela 1. Inicialmente, foi proposto que apenas poderiam ser utilizados adsorventes esféricos com uma distribuição reduzida de tamanho de partículas (Oasis HLB, por exemplo) para que o empacotamento fosse realizado de forma repetível. Isto foi confirmado ao realizar a aspiração direta dos adsorventes SupelMIP e LiChrolut EN que apresentam um formato irregular com marcadas arestas, para o canal central, verificando que a repetibilidade para a massa empacotada não foi satisfatória (RSD > 25% para a massa de adsorvente empacotada, n > 8)[6].

De forma a alargar o leque de adsorventes utilizáveis, várias estratégias foram testadas[6], incluindo a adição de glicerol para manutenção de uma suspensão de partículas estável no contentor ligado ao dispositivo LOV. Esta estratégia funcionou para o adsorvente SupelMIP, mas outros adsorventes, como LiChrolutEN e Discovery DSC-MAX, não mantiveram uma suspensão estável por mais de 10 minutos, migrando para o topo ou para o fundo do contentor.

Tabela 1. Exemplos de fases sólidas usadas em BI-LOV com a respetiva aplicação.

Adsorvente

Analitos

Matriz

Referência

Oasis HLB (copolímero de N-vinilpirrolidona e divinilbenzeno)

Compostos anti-inflamatórios não esteróides

Águas superficiais, águas residuais e urina

[7]

Oasis HLB (copolímero de N-vinilpirrolidona e divinilbenzeno)

Filtros orgânicos UV

Água do mar e de piscina

[8]

Oasis HLB (copolímero de N-vinilpirrolidona e divinilbenzeno)

Cotinina

Saliva

[9]

Supel-MIP-riboflavina (polímero de impressão molecular)

Riboflavina (vitamina B2)

Leite, bebida energética, extrato de fígado

[10]

HyperSep retain PEP (poliestirenodivinilbenzeno)

Compostos beta-bloqueadores adrenérgicos

Águas residuais

[11]

LiChroprep® RP-18 (sílica ligada com C18)

Carbamatos

Água, extratos de frutas e vegetais

[12]

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):181-187 183

Segundo MA

A melhor estratégia para obter um empacotamento repetível foi obtida ao enviar um jato de solução condicionadora através do depósito do adsorvente, suspendendo as partículas. A seguir, enquanto as partículas estão suspensas, elas foram aspiradas para o canal central e depois reencaminhadas para o canal de empacotamento. Foi possível melhorar a precisão e a exatidão da massa empacotada para todos os adsorventes testados (RSD < 4,1%, n = 8). No entanto, as tentativas de manipulação de nanopartículas de carbono não foram bem-sucedidas, quando acopladas ao dispositivo LOV[13], sobretudo por ocorrer vazamento da suspensão ao longo do rotor da válvula de seleção.

4. Aplicação a amostras

A técnica de injeção de partículas tornou-se muito flexível com a possibilidade de utilização de uma diversidade de adsorventes existentes em escala micrométrica. Foi assim verificada a aplicação em diferentes áreas, incluindo alimentar, ambiental (águas) e biológica.

Uma das primeiras aplicações na área alimentar consistiu na determinação de riboflavina em leites através da microextração seletiva baseada em polímeros de impressão molecular[10]. Neste caso, o processamento da amostra foi totalmente integrado com a etapa de determinação cromatográfica, através da transferência em linha do eluato obtido por microextração no dispositivo LOV para o injetor do HPLC. Foi possível introduzir 1,0 mL de leite diretamente no sistema de fluxo, sem qualquer tratamento prévio. O composto alvo, a riboflavina, foi retido seletivamente na microcoluna formada por injeção de partículas, constituídas por polímeros de impressão molecular (MIPs, do inglês molecularly imprinted polymers) específicos para a riboflavina. O controlo preciso dos volumes e das vazões de passagem através da coluna foram essenciais para a obtenção de resultados repetíveis (RSD < 5,5%), tendo em conta a necessidade de um controlo rigoroso destas condições quando se utiliza MIPs. Foram obtidos limites de deteção e de quantificação para amostras de leite de 0,05 e 0,17 mg L-1, respetivamente.

184

Automatização do tratamento da amostra através da técnica de injeção de partículas

Esta estratégia também foi aplicada com sucesso em bebidas energéticas fortificadas e em extrato de fígado de porco (material certificado BCR-487). Uma vantagem adicional do acoplamento em linha é o fato do tratamento da amostra e da determinação serem efetuados em paralelo, ou seja, enquanto uma amostra é analisada no cromatógrafo, a amostra seguinte é processada no sistema BI-LOV. Esta estratégia proporciona excelentes frequências de amostragem (cerca de 6-10 amostras h-1), englobando todo o processo analítico, ou seja, tratamento da amostra e determinação cromatográfica. Neste exemplo em concreto, foram consumidos 856 µL de metanol e 11,2 mg de adsorvente por amostra analisada.

Comparado com o protocolo SPE realizado de forma manual e recomendado pelo fabricante do adsorvente, foi conseguida uma diminuição de 72% na quantidade de solvente orgânico usado e de 55% na quantidade de adsorvente necessário por amostra.

Finalmente, a capacidade multicanal da multisseringa, elemento propulsor que opera a baixa pressão, permite a manipulação simultânea de várias soluções, que foi aqui rentabilizada para proceder ao ajuste em linha da percentagem de componente orgânico após a saída do eluato da microcoluna. Dado que a fase móvel do método cromatográfico contém apenas 15% (v/v) de metanol, a injeção do eluato contendo 50% de metanol ocasiona alargamento dos picos (band broadening). Desta forma, foi adicionada água na proporção de 2:1 para reduzir a percentagem de metanol a 17% (v/v), proporcionado a obtenção de picos cromatográficos bem definidos.

Outra aplicação relevante na área ambiental consistiu na determinação de filtros orgânicos UV em águas, incluindo águas balneárias[8]. O sistema proposto compreendia também a hifenização do tratamento da amostra com a separação cromatográfica e deteção espectrofotométrica (Figura 2). Vários compostos com propriedades de filtro UV, nomeadamente a benzofenona-3, o metoxicinamato de etilexilo, o metoxidibenzoilmetano de butilo e o homosalato, foram Scientia Chromatographica 2016; 8(3):181-187

Automatização do tratamento da amostra através da técnica de injeção de partículas

Segundo MA

Figura 2. Representação esquemática do sistema MSFI-BI-LOV acoplado a um sistema de cromatografia líquida, visando a determinação de filtros UV. MS: bomba de pistão multisseringa; Vi: válvulas de comutação; Si, seringas; C, solução transportadora (HCl 10 mmol L-1); D, água; EL, eluente (metanol 95% (v/v)); Sa, amostra ou solução padrão; BS, suspensão de partículas; W, descarte; LOV, dispositivo Lab-on-valve acoplado a uma válvula de seleção de 8 portas; HC, canal central; A, ar; HPLC, cromatógrafo a liquido; MCC, coluna cromatográfica monolítica; IV, válvula de injeção de alta pressão; DAD, detector por arranjo de diodos. Por uma questão de simplificação da figura a bomba do sistema de HPLC não foi representada. Os conectores cinzentos representam as portas do módulo LOV que estão fechadas. Reproduzido a partir de[8], Copyright (2010), com permissão da Elsevier.

determinados em amostras ambientais, incluindo água do mar e água de piscinas. Foi utilizada uma estratégia semelhante à descrita anteriormente para a compensação em linha da percentagem de solvente orgânico existente no eluato antes da introdução no sistema cromatográfico, de forma a evitar o alargamento dos picos (band broadening). Dada a diversidade de polaridade dos compostos alvo, a separação foi efetuada numa coluna monolítica C18, recorrendo à adição de um tensioativo catiônico (cloreto de cetiltrimetilamônio) à fase móvel, de forma a promover uma menor retenção dos compostos que saem mais próximos do final da corrida, diminuindo assim o tempo de análise. Esta modificação e o fato do tratamento da amostra ser executado em paralelo à determinação cromatográfica permitiram uma determinação a cada 9 minutos, que corresponde a uma melhoria substancial do ritmo de amostragem (até cerca de 33 vezes) em comparação com outros métodos que propõem tratamentos off-line. Com a utilização de 9 mL

de amostra (volume que pode ser alterado conforme o teor esperado nas amostras), foi possível obter limites de deteção entre 0,5 e 32 µg L-1, dependendo do tipo de amostra analisada. Também foi obtida uma redução drástica do volume de reagentes consumidos, incluindo solventes orgânicos, contribuindo para a implementação de uma metodologia verde.

Finalmente, a aplicação em amostras biológicas, nomeadamente à saliva, foi demonstrada através da quantificação da cotinina[9]. A cotinina é um metabólito da nicotina usado como biomarcador para avaliar a exposição ao fumo (tabaco), pois apresenta um tempo de meia-vida elevado. Com a finalidade de avaliar a concentração da cotinina em saliva, foi desenvolvido um método de microextração em fase sólida automático acoplado at-line com um método cromatográfico baseado em cromatografia líquida de interação hidrofílica (HILIC) e deteção espetrofotométrica (Figura 3). Foram

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Segundo MA

Automatização do tratamento da amostra através da técnica de injeção de partículas

Figura 3. Representação esquemática do sistema BI-LOV para a microextração em fase sólida de cotinina presente em saliva. P: bomba de pistão de baixa pressão; S, seringa; HC, canal central; C, solução transportadora (KH2PO4 1,20 mmol L-1, pH 6,8); E, eluente; SPE C, microcoluna de SPE; Sa, amostra; A, ar; BS, suspensão de partículas; CS, solução condicionadora (acetonitrila:H2O, 50:50, v/v); CC, canal central; EC: recolha do eluato; W, descarte. Reproduzido a partir de[9], Copyright (2016), com permissão da Elsevier.

avaliados três adsorventes baseados em mecanismos de fase reversa, nomeadamente Oasis HLB, Lichrolut EN e Focus, tendo sido escolhido o primeiro. A escolha da cromatografia líquida de interação hidrofílica teve dois objetivos. Por um lado foi pretendida uma maior retenção da cotinina (composto polar) de forma a separá-la dos componentes da saliva que são eluidos no início da corrida cromatográfica. Por outro lado, a fase móvel em métodos HILIC é constituída por uma percentagem elevada do componente orgânico, o que facilita a introdução direta de eluatos, sem problemas de alargamento dos picos. A corrida cromatográfica 186

foi executada de forma isocrática, usando um fase móvel 95:5 v/v, acetonitrila:tampão acetato de amônio 100 mmol L-1, pH 5,8, a uma vazão de 1,0 mL min-1.

A curva analítica obtida foi linear de 10–1000 ng que corresponde a 5 - 500 µg L-1 na amostra de saliva.

O sistema BI-LOV proposto foi capaz de analisar amostras de consistência viscosa, após diluição com solução tampão fosfato de potássio 1,20 mmol L-1, pH 6,8 (1:8 v/v), com uma frequência de amostragem de 6 amostras h-1 e limites de deteção e quantificação de 1,5 e de 3 µg L-1, respectivamente, compatíveis com à exposição ao tabaco através da amostra alvo.

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Automatização do tratamento da amostra através da técnica de injeção de partículas

5. Conclusões

A técnica de injeção de partículas é sem dúvida uma ferramenta de excelência para o tratamento da amostra, em particular antes do seu processamento em sistemas cromatográficos. Apresenta características atribuídas ao âmbito da Química Verde, ao proporcionar a redução dos solventes orgânicos usados e da quantidade de adsorvente requerida por amostra.

Segundo MA

Além das vantagens inerentes à automatização, a possibilidade de renovação automática do adsorvente para cada amostra é a principal vantagem quando comparada com outros esquemas convencionais (column switching, por exemplo) acoplados em linha aos sistemas cromatográficos. Finalmente, a versatilidade desta técnica foi demonstrada com a aplicação em amostras reais, resultando em excelentes exatidão e precisão.

Referências

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):181-187 187

Scientia Chromatographica 2015; 7(3):188-188 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.000 ISSN 1984-4433

188

CLASSIFICAÇÃO

Scientia Chromatographica 2015; 7(3)

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):189-195 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2016.032 ISSN 1984-4433

CROMATOGRAFIA GASOSA

Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs) in atmospheric aerosols using different filter configurations, PUF and XAD-Denuder Aplicación de una nueva metodología para la determinación de Hidrocarburos Aromáticos Policíclicos (HAPs) en aerosoles atmosféricos usando diferentes configuraciones de filtros, PUF y Denuders-XAD

Francisco Cereceda-Balic1,2* Ximena Fadic1 Víctor Vidal1,2 Luis Díaz-Robles3 Centro de Tecnologías Ambientales (CETAM), Universidad Técnica Federico Santa María, General Bari 699, Valparaíso, Chile.

2 Departamento de Química, Universidad Técnica Federico Santa María, Avenida España 1680, Valparaíso, Chile.

3 Chemical Engineering Department, Engineering Faculty, Universidad de Santiago de Chile, Av. Libertador Bernardo O`Higgins 3363, Santiago, Chile. *francisco.cereceda@usm.cl Recebido: 01-07-2016 Aceito: 14-09-2016 1

Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Abstract

Recognizing that the Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs) are semi volatile organic compounds (SVOCs), are distributed between the gas phases (GP) and the atmospheric particulate matter (PM), and have a recognized toxicity, it is increasingly important that their analysis was as reliable as possible. For this purpose, the combination of different kinds of membrane filters has been used frequently, as well as polyurethane foam filters (PUF), to sample the gaseous phase. However, this technique is unreliable for determining the distribution between the phases, due mainly to different types of sampling artifacts.

Considering this issue, a new methodology for determining the PAHs phase distribution is proposed. This technique involves the utilization of the combination of parallel cartridges, one equipped with membrane filter and PUF (F+PUF) and other with F+PUF+ XAD Denuder (XAD-D). This methodology was proved in a PAHs monitoring campaign in the urban air of Temuco, Chile, in winter season and the obtained results indicate using the combination of cartridge (F+PUF) and (F+PUF+ XAD), we are reducing the effect of sampling artifacts on the determination of the atmospheric concentration of PAHs. Keywords: PAHs, XAD-Denuder, Air Toxics, Particulate Matter, Temuco.

Resumen

Los hidrocarburos aromáticos policíclicos (HAPs) son compuestos orgánicos semi-volátiles (SVOCs) que se distribuyen entre las fases gaseosa (GP) y el material particulado atmosférico (PM) del aerosol atmosférico, y tienen una toxicidad reconocida, cada vez es más importante que su análisis sea lo más confiable posible. Para este propósito, la combinación de diferentes tipos de filtros de membrana se ha utilizado con frecuencia, así como los filtros de espuma de poliuretano (PUF). Sin embargo, esta técnica no es fiable para la determinación de la distribución entre las fases, debido principalmente a los diferentes tipos de problemas de muestreo que pueden presentarse. Teniendo en cuenta este problema, se propone una nueva metodología para determinar la distribución de fases de HAPs en aerosoles atmosféricos. Esta técnica consiste en la utilización de la combinación de cartuchos paralelos, uno equipado con filtro de membrana y PUF (F + PUF) y otra con F + PUF + XAD Denuder (XAD-D). Esta metodología fue probada en una campaña de monitoreo atmosférico invernal realizada en la ciudad de Temuco, Chile. Los resultados obtenidos indican que el uso de la combinación de cartucho (F + PUF) y (F + PUF + XAD), reducen el efecto de los problemas de muestreo en la determinación de la concentración atmosférica de HAPs. Palabras clave: HAPs, Denuders XAD, Contaminantes Atmosféricos, Temuco, Material Particulado, Distribución de Fases.

189

Cereceda-Balic F et al.

Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs)

1. Introduction

Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs) are semi-volatile organic compounds (SVOCs) produced in the combustion of fuels such as wood, coal and oil[1].

They consist of aromatic ring structures many of which are carcinogenic, e.g., benzo [a] pyrene[1]. PAHs can be distributed between the gas phase (GP) and particulate phase (PM2.5) of the atmospheric aerosol[1]. Semivolatile organic compounds partition between vapor and particle-associated fractions in the atmosphere. Vaporparticle partitioning behavior plays an important role in determining the fate, exposure of wildlife and humans and longrange transport of organic pollutants[2]. Accurate ambient sampling and analysis of PAHs are required to provide quantitative information of their levels and temporal variability. For this purpose, the combination of different kinds of filters has frequently been used, such as Teflon membranes, polypropylene, glass, and quartz fiber, to sample the particulate phase[3], as well as polyurethane foam filters (PUFs), to sample the gaseous phase[4]. For example, by combining Teflon Filters (TF) and PUFs, the total concentrations of PAHs (TPAHs) can be determined, this is the standard configuration recommended by international environmental agencies like US-EPA[5], and other authors[4]; however, this technique is unreliable for determining the distribution between the phases, due mainly to various kinds of sampling artifacts. Alternative techniques for sampling gas and particulate phase of PAHs has been described in literature like the use of functionalized Glass Fiber Filters which is very effective to sample total concentration of PAHs[6], nevertheless, this kind of filter are not designed to obtain phases distribution of PAHs. Some authors has describe the use of different active sampling configurations (e.g., sampling times, sorbents, different inlets, etc) who may lead to a range of different sampling artifacts (e.g. breakthrough, degradation, etc.)[7]. One of the most common sampling artifacts is caused by adsorption of PAHs associated with the gas phase onto PM2.5 previously collected on the TF[4].

190

One way to eliminate this artifact is using a denuder of XAD (XAD-D) before the air flow reaches the TF. Concerning this issue, a new methodology for determining the PAH phase distribution is proposed. This technique involves the utilization of a combination of parallel cartridges, one equipped with TF+PUF and the other with TF+PUF+XAD-D (Figure 1), TF+PUF cartridge is used for retaining and determination of PAHs in both gas and particulate phases, meanwhile TF+PUF+XAD-D cartridge is used for retaining and determination of PAHs associated to particulate phase (PAHsPM) exclusively because PAHsGP are retained by XAD-D which cannot be analyzed, therefore PAHs associated to gas phase (PAHsGP) are obtained by difference (PAHs (TF+PUF) – (TF+PUF+XAD-D)). This methodology was used in a PAH ambient monitoring campaign.

2. Experimental

Between August and September of 2008 an atmospheric monitoring campaign was carried out in the city of Temuco, Chile. Temuco is located 800 Km south of Santiago – Chile (Latitude 38° 45’S; Longitude 72° 40’W; 100 m.a.s.l) and suffers from severe residential wood smoke particulate pollution events, especially during the period from April to September (fall and winter in the Southern hemisphere) each year[8]. In fact, almost 70% of the population uses wood for cooking or heating

Figure 1. Sampling configuration, combination of parallel cartridges.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):189-195

Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs)

in winter, and it is estimated that 90% of PM10 winter emissions originate from residential wood combustion[9].

This situation, which is common in many cities worldwide, results in elevated concentrations of primary particulate matter during the evening-night period[8]. In Temuco, monitoring stations records show high levels of PM10 concentration with a 24-h 98 percentile from 188 µg/m3 and 172 µg/m3 in 2001 and 2002 respectively.

Hourly PM10 mass concentrations sometimes exceed 900-1000 µg/m3, the majority of which (80-90%) lies in the PM2,5 fraction. During 2008, 35 days were reported with PM10 concentrations exceeding the Chilean daily PM10 standard of 150 µg/m3, and there were more than 110 exceedance days during the 2001- 2008 period. For this reason, Temuco was declared a non-attainment area for PM10 in 2005[8]. Samples were collected at two city locations, the first at “Las Encinas” (LE) a ground level residential site located at the southern part of the city, and the second situated 40 m over ground level at “Universidad Católica de Temuco” (UCT) in the downtown area, 2 km north of LE. At each monitoring station a “low-vol” “Partisol 2300, Speciation Sampler” (S. Samp) (Thermo Environental Inc, USA) was installed. Each S. Samp

Cereceda-Balic F et al.

was configured to 24 h sample using 2 cartridges with simultaneous sample flow of 10 L/min. The first cartridge (Config 1) was equipped with 1 TF of 0.45 [µm] pore size (Sartorius, Germany) and 3 PUFs (30 mm [H] x 55 mm [OD], GORE-TEX , USA): on this cartridge TPAHs were collected, meaning the PAHs associated to the PM2.5 plus the PAHs associated to the gas phase (PAHsGP).

The second cartridge (Config 2) was equipped with TF, 3 PUFs and 2 XAD-D: on this cartridge PAHs associated to PM2.5 (PAHsPM) were determined because PAHsGP were retained by the XAD-D. Inside cartridge Config 2, PAHs volatilized from PM2.5 collected on TF will be captured by PUFs, changing their phase distribution, for this reason it is considered that PAHs collected in TF plus PAHs collected in PUF of cartridge Config 2 represent only PAHsPM.. Where PAHsGP was determined by Equation 1: TPAHs = PAHs PM + PAHs GP

(1)

where TPAHs was obtained from TF + PUF cartridge Config 1, and PAHsPM was obtained from TF + PUF cartridge Config 2.

Figure 2. 16 EPA-PAHs standard solution 8 ng µL-1 obtained by GC-FID. Scientia Chromatographica 2016; 8(3):189-195 191

Cereceda-Balic F et al.

Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs)

Once the samples were taken, the cartridges were transported to the laboratory for analysis, which was performed on September-October 2008. TF and PUFs were extracted separately. For quality assurance each step of the analytical procedure was optimized and validated: TF and PUFs extraction (toluene was the PAHs solvent extraction in this study), volume reduction in rotary evaporator, evaporation under controlled nitrogen stream, sample purification (clean-up), and the complete procedure including chromatographic determination[1]. For this objective, a certified standard solution of 16 EPA PAHs (NIST, USA) was used in three concentration levels: 8; 40 and 80 ng µL-1 for all PAHs (acenaphthylene (ACY), acenaphthene (ACE), fluorene (FLU), phenanthrene (PHE), anthracene (ANT), benzo(a)anthracene (BAA), chrysene (CRY), pyrene (PYR), fluoranthene (FLT), benzo(a)pyrene (BAP), dibenzo(a,h)anthracene (DBA), indeno(1,2,3cd)pyrene (INP), and benzo(g,h,i)perylene (BGP)).

A standard reference material from NIST was also used, which contains absorbed and adsorbed PAHs on particulate matter (“Urban-Dust,” SRM 1649a), with a total PAHs quantity between 0.02 and 0.22 µg. QA/ QC detailed procedure and results are described by Cereceda et. al. 2012[1].

The concentration of PAHs in the atmospheric aerosol was determined by a gas chromatography with flame ionization detector (GC-FID) (Autosystem XL; Perkin Elmer, Arlington, MA, USA); and for structural confirmation, gas chromatography with mass spectrometric detectors (GC-MS) (Clarus 500; Perkin Elmer) was used. Both instruments were equipped with a programmable large-volume injection technique for capillary gas chromatography with solvent diverts and split/splitless injector with electronic pneumatic control and temperature programming (PSSTM; Perkin Elmer).

PSS injector was used on GC-FID to eliminate most of the solvent (toluene) away from the injector (only 6 sec) through the PreVentTM system (Perkin Elmer), so that the analytical column and the detector were able to produce appropriate chromatographic conditions 192

and the peaks in the chromatograms were much more suitable for quantitative analysis. Splitless mode was used to inject 1 mL of the extract into a 30-m-long capillary column of 5% phenylmethylsilicone fused silica (Varian Factor Four type DB-5; Walnut Creek, CA, U.S.A.); temperature program: 60 °C, 3 min, 10 °C min-1→210 °C, 5 min, 30 °C min-1→285 °C, 7 min, 15 °C min-1→300 °C, 10 min; carrier gas: helium (99.9999% purity) for both chromatographic systems. The samples were analyzed by electron impact (EI) GC-MS in scan mode (50­-500 Da). Internal standard method was used for PAHs quantification, using 1-methylpyrene, 2,2’-binaphthyl and indeno[1,2,3,c,d]fluoranthene (Dr. W. Schmidt, Institut für PAH Forschung). The limit of detection (LOD¼ 3SDs) varied between 0.012 (indeno[1,2,3,c,d]pyrene) and 0.094 (chrysene) ng m-3.

In Figure 2 can be seen a 16 EPA-PAHs standard solution (8 ng µL-1) chromatogram obtained with analytical conditions described before.

3. Results and Discussions

PAH mean concentrations (TF + PUF) obtained on both monitoring stations studied are shown on Figures 3A and 3B. The figures show that in both monitoring stations, PAHs concentration obtained with cartridges Config 1 is higher than Config 2, indicating that in Cartridge Config 1 TPAHs were captured, and in cartridge Config 2, PAHsGP were captured by XAD-D. Figures 1A and 1B also show that the PAHs concentration profile obtained in LE and UCT are similar. ANOVA analysis of the data indicate that there is no significant difference between the two sampling sites, meaning that distance between both monitoring stations analyzed is not relevant in terms of PAHs atmospheric concentrations.

To probe if the PAHs concentrations obtained with cartridge Config 1 and Config 2 are different from each other and to confirm the association between cartridges configurations, the results were submitted to cluster analysis (Figure 4).

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Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs)

Cereceda-Balic F et al.

Figure 3. A) PAHs mean concentration (FT+PUF) LE; B) PAHs mean concentration (FT+PUF) UCT.

Figure 4. Dendogram form cluster analysis for PAHs concentration (TF + PUF) in Temuco 2008 samples.

Figure 4 clearly shows that all samples taken in Temuco´s monitoring campaign are grouped in two clusters, samples taken with cartridges Config 1 at both monitoring stations are grouped in one cluster

and all samples taken using Config 2 are grouped in another cluster, meaning that both cartridge configurations are different and they could be used complementarily.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):189-195 193

Cereceda-Balic F et al.

Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs)

Figure 5. Phase distribution of PAHs from LE monitoring station calculated from equation 1, Phenanthrene (PHE) concentration was shown in right axis due to its high concentration.

To prove that both cartridge configurations are complementary, phase distribution of PAHs was calculated according to Equation 1 (Figure 5).

Figure 5 shows that PAHsGP represents in average 57% of TPAHs mean concentrations. On Temuco 2008 cartridge Config 1, PAHs determined on PUF represent in average 62% of TPAHs, meaning overestimation on the phase distribution. Considering that phase distribution of PAHs is commonly obtained directly from cartridge type Config 1, (inspite of the sampling artifacts that produce over or sub-estimation in the PAHs concentration and their phase distribution[8-11]) where PAHsMP are determined directly from TF and PAHsGP directly from PUF. Then, using the combination of cartridge Config 1 and Config 2, we are reducing the effect of sampling artifacts on the determination of the atmospheric concentration of PAHs.

4. Conclusions

For both studied monitoring stations, PAHs concentration obtained with cartridges equipped 194

with FT+PUF were higher than cartridges equipped with FT+PUF+XAD-D, indicating that in Cartridge FT+PUF, TPAHs were captured, and in cartridge FT+PUF+XAD-D, PAHs in gas phase were captured by XAD-D. PAH concentration profile obtained in Las Encinas and UCT monitoring stations had no significant differences between them, meaning that distance and altitude between both monitoring stations analyzed is not relevant in terms of PAHs atmospheric concentrations.

Both cartridges configurations used in this study (FT+PUF and FT+PUF+XAD-D) are significant different from each other (95% confidence) indicating they could be used complementarily.

Using the combination of cartridge Config 1 (FT+PUF) and Config 2 (FT+PUF+XAD-D), sampling artifacts on the determination of the atmospheric concentration of PAHs can be reduced.

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):189-195

Application of a new methodology for determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs)

Cereceda-Balic F et al.

Acknowledgments

Authors thank to FONDECYT Project N° 1120791, FONDECYT N° 1131028, FONDECYT N° 1161793 and FONDEF D09-I-1070 projects for their financial support and for logistic support the Environmental Ministry of Chile.

References

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):196-196 Instituto Internacional de Cromatografia http://dx.doi.org/10.4322/sc.2015.000 ISSN 1984-4433

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CLASSIFICAÇÃO

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):197-199 Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

DIVULGAÇÃO

VII Workshop em Avanços Recentes no Preparo de Amostras Em parceria com:

9º Encontro Nacional de Cromatografia (9ENC) e XVI COLACRO (XVI Congresso Latino-Americano de Cromatografia) 5 e 9 de janeiro de 2016, Lisboa – Portugal.

Realizado durante o XVI COLACRO e 9 ENC, em Lisboa, Portugal, a sétima versão do WARPA constitui-se em grande sucesso de público e de ideias científicas as quais foram amplamente debatidas entre os participantes.

Coordenado pela Profa. Dra. Maria Eugênia C. Queiroz, da FFCLRP-USP, o programa oficial do evento foi bastante diversificado e contou com a apresentação de 7 conferências por pesquisadores da América Latina e da Europa (Tabela 1).

Os temas discutidos por esses pesquisadores abordaram os mais diversos aspectos dos avanços mais recentes das técnicas de separação, assim como um prognóstico das tendências futuras para a area, particularmente envolvendo técnicas miniaturizadas e automação no preparo de amostras.

Tabela 1. Programa Oficial do VII WARPA, Lisboa, Portugal – 2016.

PROGRAMA Horário

Código

Conferencista

14:30

PL#2

Elena Stashenko, Colombia.

15:20

KNL#4

Maria Eugênia C. Queiroz, Brasil.

15:50

OC

Eduardo Carasek, Brasil.

16:10

OC

Elena Ibanez, Espanha.

Coffee-break

16:30 16:50

KNL#5

José Manuel Nogueira, Portugal.

17:30

OC

Manuel Miró, Espanha.

18:00

OC

Eduardo Figueiredo, Brasil.

18:30

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Closing Address

197

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):197-199 Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

DIVULGAÇÃO

VIII Workshop em Avanços Recentes no Preparo de Amostras WARPA 2016 18 de setembro de 2016 Centro de Convenções de Florianópolis Florianópolis, SC A oitava versão do WARPA será realizada no dia 18 de setembro de 2016 (domingo) no Centro de Convenções de Florianópolis, SC, em conjunto com o Encontro Nacional de Química Analítica (ENCA-2016).

Sob coordenação da Profa. Dra. Maria Eugênia C. Queiroz, o programa preliminar do evento é descrito na Tabela 2.

Tabela 2. Programa Preliminar do 8º WARPA – Florianópolis 2016.

PROGRAMA

14 – 15

15 – 15:30

198

Conferência de Abertura “Proposta de um enfoque universal para a automação total de técnicas multidimensionais de separação” Prof. Dr. Fernando M. Lanças: IQSC-USP “Miniaturização e automação de técnicas de preparo de amostras biológicas para análise de fármacos de biomarcadores” Profa. Dra. Maria Eugênia C. Queiroz: FFCLRP – USP

15:30 – 16:00

Cofee-break

16:00 – 16:25

“Estratégias para minimizar o efeito matriz na determinação de resíduos e contaminantes” Prof. Dr. Renato Zanella: UFSM

16:25 – 16:50

“Avanços no preparo de amostras para análise de compostos orgânicos” Prof. Dr. Eduardo Carasek: UFSC

16:50 – 17:15

“Preparo de amostras biológicas visando a determinação total e especiação química de elementos químicos: avanços, desafios e tendências futuras” Prof. Dr. Fernando Barbosa: FCFRP-USP Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

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DIVULGAÇÃO

VIII Workshop em Avanços Recentes no Preparo de Amostras WARPA 2016 18 de setembro de 2016 Centro de Convenções de Florianópolis Florianópolis, SC Todos os interessados na área de técnicas de preparo de amostras - tanto do ponto de vista de desenvolvimento das técnicas quanto de suas aplicações - são convidados a comparecer no evento e participar das discussões. O programa aborda uma ampla diversidade de técnicas e enfoques, possibilitando um enriquecimento dos participantes em diferentes assuntos relacionados à area.

Nesta ocasião, a Comissão Científica do WARPA entregará a Medalha Janus Pawlyszyn a um pesquisador que tenha se destacado no desenvolvimento e divulgação das técnicas de preparo de amostras.

A Comissão Organizadora conta com sua presença no VIII WARPA em Florianópolis, Santa Catarina, dia 18 de setembro de 2016.

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):200 Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

INSTITUTO INTERNACIONAL DE CROMATOGRAFIA

O Instituto Internacional de Cromatografia (IIC) possui como uma de suas principais missões o oferecimento de cursos de curta duração nas áreas de cromatografia e técnicas relacionadas.

Os objetivos dos cursos do IIC são o aprimoramento/formação/ atualização dos usuários das técnicas cromatográficas e afim (Preparo de Amostras, Espectrometria de Massas, Gestão da Qualidade, dentre outras), tanto do ponto de vista teórico quanto prático.

A filosofia educacional do IIC é: “ao invés de ensinar apenas como operar um equipamento específico (dar o peixe) o IIC ensina a técnica (como pescar)”.

Os cursos do Instituto Internacional de Cromatografia são coordenados pelos Diretores do IIC, e ministrados pelos coordenadores, auxiliados por uma equipe técnica e científica altamente qualificada, constituída de docentes pósgraduados nos melhores centros do país na área, e pós‑graduandos em fase de conclusão de suas teses. Na época em que cada curso for oferecido, uma relação dos instrutores é disponibilizada no website do IIC. O programa detalhado de cada curso pode ser obtido através de contacto com o IIC. Os cursos são ministrados com auxílio de recursos audiovisuais modernos (datashow‑computador; vídeos, demonstrações, resolução de problemas e outros recursos instrucionais). Os alunos recebem um livreto contendo cópia de todos os slides apresentados pelos instrutores, além de material bibliográfico de apoio. Em vários cursos também são fornecidos livros de autoria dos próprios docentes dos cursos. A maior parte dos cursos também tem aulas práticas de laboratório, conforme anunciado no folheto explicativo de cada curso.

Observações: • O I.I.C. oferece também cursos “in-house” (“in-company”). Interessados nesta modalidade devem contatar o IIC para obter mais detalhes.

• Com exceção dos cursos da área da qualidade (ISO, Validação e Auditoria) todos os demais possuem aulas teóricas e práticas de laboratório.

• O oferecimento efetivo de um curso depende de um número mínimo de inscritos no mesmo.

• O número de vagas dos cursos que envolvem laboratório está sendo limitado para melhor aproveitamento dos participantes.

• Visite o website www.iicweb.org para obter mais informações.

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Scientia Chromatographica 2016; 8(3):201-202 Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

Normas para publicação de artigos no Scientia Chromatographica (a versão detalhada está disponível em nosso portal www.scientiachromatographica.com).

Escopo

Scientia Chromatographica publica trabalhos em todas as áreas da Cromatografia, incluindo GC (colunas capilares, empacotadas, preparativas), LC (convencional, HPLC, U-HPLC, Prep-LC, micro-LC, nano-LC, TLC, PC), SFC (colunas empacotadas ou capilares), Técnicas Acopladas (GC-MS, LC-MS, SFC-MS, LC-GC, SFE-CE, GCxGC, LCxLC) e Técnicas de Preparo de Amostras (SPME, SBSE, MEPS, QuEChERS, LLE, MAE,SPE, LLE, etc.). A partir de 2012 o Scientia publica os seguintes formatos de artigos: • Artigos Originais de Pesquisa • Comunicação (“Short Communication”) • Artigos de Revisão Crítica Os artigos de Revisão Crítica deverão antes de sua submissão serem discutidos com um dos c­o-editores mais relacionados ao assunto em questão. Devem conter uma contribuição nova a respeito de um assunto de grande interesse atual, incluindo uma discussão a respeito das vantagens e desvantagens do mesmo. O Scientia não publica apenas relato de artigos descritos na literatura, sem uma discussão crítica sobre os mesmos.

Os artigos Originiais de Pesquisa deverão conter resultados de laboratório e/ou teóricos, que signifiquem uma contribuição expressiva para a área de técnicas de separação, seja ela conceitual, na instrumentação, ou na aplicação.

Os artigos do tipo Comunicação deverão ter a mesma qualidade dos artigos Originais, porém devido a seu caráter de comunicação preliminar usualmente são de menor extensão.

Envio do Artigo

Os artigos deverão ser encaminhados para periodico@scientiachromatographica.com. Os artigos do tipo Revisão deverão antes de seu envio pelo website ter o aval de um dos co-Editores do periódico, caso contrário não serão avaliados.

Todos os artigos, independentemente do formato, deverão ser submetidos exclusivamente ao Scientia, com o entendimento de que eles não foram anteriormente submetidos, não estão sendo e não serão posteriormente publicados em outro veículo.

Autores que utilizarem tabelas, ilustrações, figuras, ou textos contendo mais de 25 palavras, anteriormente publicados em outro periódico – sendo ou não autores do artigo – deverão obter a devida permissão por escrito do portador dos direitos de cópia (“Copyright ”). Esse documento deverá permanecer de posse dos autores, sendo encaminhado ao Scientia, quando solicitado.

Idioma

Os artigos, com exeção dos de Revisão, podem ser escritos preferencialmente em inglês, porém em Português e Espanhol também serão aceitos. Os autores cujo idioma nativo não for o empregado na redação do artigo são orientados a solicitar a colaboração de colegas fluentes no idioma, antes de enviar o artigo para o periódico.

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3):201-202 Instituto Internacional de Cromatografia ISSN 1984-4433

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

Tipos de contribuições aceitas para publicação no Scientia O Scientia Chromatographica considera para publicação quatro tipos de contribuição:

Artigos Originais de pesquisa: descrevem resultados de estudos completos. Deverão conter resultados de laboratório e/ou teóricos, que signifiquem uma contribuição expressiva para a área de técnicas de separação, seja ela conceitual, na instrumentação, ou na aplicação. Este tipo de contribuição é limitado a 6.000 palavras, incluindo as legendas das figuras e as referências, e no máximo 5 tabelas e/ou figuras somados. No momento do envio da prova de impressão, caso isto ocorra o autor será consultado se prefere revisar o artigo para enquadrá-lo em até 7 páginas, ou se prefere pagar as páginas excedentes. O número de páginas de um artigo depende muito das figuras e tabelas do mesmo. Este critério não é aplicado aos artigos convidados, cujo número de páginas será informado ao autor no momento do convite.

Comunicações (“Short Communication”): são artigos completos, porém que relatam resultados mais curtos, oportunos, e/ou cuja relevância requer sua rápida publicação. Deverão ter a mesma qualidade dos artigos Originais porém, devido a seu caráter de comunicação preliminar, usualmente são de menor extensão. Este tipo de publicação deve ter no máximo quatro páginas impressas, incluindo todo o artigo, ou seja, tabelas, figuras e referências. O autor deve indicar claramente que se trata de uma comunicação no topo da primeira página do artigo.

Artigos de Revisão crítica: revisões críticas sobre uma area específica das técnicas cromatográficas e relacionadas são também consideradas para publicação. Esses artigos devem se limitar a no máximo 10.000 palavras, incluindo as legendas, e até 10 tabelas e figuras somadas. Os artigos de Revisão Crítica deverão antes de sua submissão serem discutidos com um dos co-Editores mais relacionados ao assunto em questão. Artigos não encaminhados desta forma serão antes enviados a um co-Editor da área em que se enquadre para parecer e, somente então, serão enviados aos revisores, podendo atrasar significativamente sua publicação. Devem conter uma contribuição nova a respeito de um assunto de grande interesse atual, discutindo as vantagens e desvantagens do mesmo. O Scientia não publica apenas relato de artigos descritos na literatura, sem uma discussão crítica sobre os mesmos.

Artigos de Alta Prioridade: são publicados no primeiro número disponível do periódico, recebendo prioridade máxima de todo o sistema Editorial do periódico. Para justificar sua publicação como alta prioridade, os manuscritos deverão apresentar, de forma resumida, resultados importantes de recentes desenvolvimentos na área de cromatografia e técnicas relacionadas (espectrometria de massas, preparo de amostras, eletroforese capilar e outros). Não precisam conter resultados experimentais detalhados, sendo limitados a 2.500 palavras e três figuras e/ou tabelas combinadas.

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Scientia Chromatographica 2016; 8(3)

Scientia Chromatographica EDITOR-IN-CHIEF

FERNANDO MAURO LANÇAS Universidade de São Paulo Instituto de Química de São Carlos 13560-970 São Carlos (SP) - Brasil editor@scientiachromatographica.com EDITORES ASSOCIADOS

MARIA EUGÊNIA QUEIROZ

RENATO ZANELLA

preparo de amostras

preparo de amostras

JOSÉ MANUEL F. NOGUEIRA

ISABEL C. S. FONTES JARDIM

preparo de amostras

CORPO EDITORIAL CONSULTIVO

Daniel Armstrong – EUA Dietrich von Bauer – Chile Fábio Augusto – Brasil Fátima Dutra – Brasil Flávio Leite – Brasil Frank Svec – EUA Harold McNair – EUA Humberto Gómez – México Isabel Cristina Sales Fontes Jardim – Brasil Jailson B. de Andrade – Brasil Janusz Pawliszyn – Canadá Kiyoratsu Jinno – Japão Luigi Mondello – Itália Marcos Eberlin – Brasil Marina Tavares – Brasil Milos Novotny – EUA Milton Lee – EUA Norberto Peporine Lopes – Brasil Phillip Marriott – Austrália Pierina Bonato – Brasil Quézia Cass – Brasil Renato Zanella – Brasil

cromatografia líquida

ENDEREÇO DO PERIÓDICO

Scientia Chromatographica

ELENA STASHENKO

espectrometria de massas

FABIO AUGUSTO

cromatografia gasosa

ALEJANDRO CIFUENTES

Técnicas Eletroforéticas

ÁLVARO J. SANTOS NETO

troubleshooting

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Ficha catalográfica elaborada pela Seção de Aquisição e Tratamento da Informação do SBI/IQSC Scientia Chromatographica / Associação Internacional de Cromatografia. - vol.8 n.3 (jul./set. 2016). São Carlos: Associação Internacional de Cromatografia, 2016.

Trimestral ISSN 1984-4433

CLÁUDIA ZINI

cromatografia gasosa

ELINA B. CARAMÃO

cromatografia gasosa

1. Cromatografia. 2. Lanças, Fernando Mauro, editor chefe.

CDD 543.8

ISSN 1984-4433

www.scientiachromatographica.com

2016

Volume 8 | Número 3

SCIENTIA CHROMATOGRAPHICA

Publicação disponível na internet:

153 COLACRO Thirty Years Later (1986 – 2016) Fernando Mauro Lanças

2016 | Volume 8 | Número 3

159 Medalha Janus Pawlyszyn Fernando Mauro Lanças

161 Chiral Separations Using Nano-Liquid Chromatography Chiara Fanali, Giovanni D’Orazio, Salvatore Fanali

171 Nuevos Avances en el Análisis de Cosméticos Mediante Técnicas Cromatográficas Carmen Garcia-Jares, Maria Celeiro, Gerardo Alvarez-Rivera, J. Pablo Lamas, Eugenia Guerra, Marlene Vila, Marta Lores, María Llompart

181 Automatização do Tratamento da Amostra através da Técnica de Injeção de Partículas Marcela A. Segundo

189 Application of a New Methodology for Determining Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (Pahs) in Atmospheric Aerosols Using Different Filter Configurations, Puf and Xad-Denuder Francisco Cereceda-Balic, Ximena Fadic, Víctor Vidal, Luis Díaz-Robles

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2016 | Volume 8 | Número 3

Instituto Internacional de Cromatografia

Uma publicação do Instituto Internacional de Cromatografia www.iicweb.org