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Boletim Semanal – 2018/43 Domingo, dia do Senhor, 21 de outubro de 2018
PRIORIDADES INVERTIDAS Uma vez que estamos dedicando os domingos pela manhã, neste mês, a ver as verdades da Bíblia sobre o Espírito Santo e Sua relação conosco, é preciso falar sobre a forma como os cristãos de nosso tempo invertem suas prioridades na relação com Deus e coisas importantes são deixadas sem receber a devida e necessária compreensão. Dons espirituais não são certificados de boa conduta cristã. É notável o quanto isso parece difícil para alguns de nós compreendermos. Porque quando vemos alguém investido de determinado dom, logo pensamos que essa pessoa seja um grande cristão, com exemplar vida de oração, com santificação impecável, um genuíno modelo para nós. Ao embarcar nessa canoa, deixamos de lado algumas coisas importantes: a primeira delas a de que dons são funcionais, relacionados ao papel que Deus nos permite ocupar no corpo de Cristo e com o quanto nossa igreja será abençoada, edificada e fortalecida por nossa cooperação para com ela. Não devemos, igualmente, depositar em homens quaisquer a solidez de nossa vida, não é em homens que vamos nos apoiar nem deles que vamos depender, senão de Deus. O que caracteriza uma pessoa genuinamente cristã? O fruto do Espírito, aquele que lemos em Gálatas 5 e que conhecemos, alguns de nós, desde a infância, a lista das características de Cristo que o Espírito de Deus molda em nosso caráter e comportamento: “amor, alegria, paz, bondade, benignidade, longanimidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Há grupos cristãos em que se almeja “falar em línguas” (falaremos sobre isso um pouco hoje e mais no domingo que vem) e “profetizar” (num sentido muito diferente daquele que está na Bíblia), mas pouca ênfase nessas marcas que são o verdadeiro “ISO-9001” (atestado de qualidade) de conduta cristã. A pessoa cheia do Espírito trará em seu comportamento, caráter e conduta essas marcas, cada uma delas exemplificada sumamente em Nosso Senhor. Ele não foi visto por ninguém “falando em línguas” (muito menos na ‘versão’ pentecostal disso!), mas foi visto falando em amor, alegrando-Se em Deus, demonstrando bondade e gentileza, paciência, compromisso com Deus; mansidão, isto é, entregar-se a Deus; domínio-próprio, Nele que nunca pecou nem traiu o plano do Pai para Sua vida. Somos cheios do Espírito? A resposta está na medida em que nossa vida se assemelha à do Senhor. Que Ele nos ajude nisso. Pr. Hugo S. Zica