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JOALHERIA MAIS ANTIGA DO
LUXO E INOVAÇÃO NA JOALHERIA MAIS ANTIGA DO MUNDO
A grife francesa Maison Chaumet já tem uma trajetória de 242 anos, teve clientes como Napoleão Bonaparte, Balzac e Chopin e continua sendo uma das mais glamourosas e sofisticadas marcas de joias
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POR LEILA LEMES BRANCO
Viajar para a França e visitar Paris está nos seus planos? Então não se esqueça de incluir na programação um dia para circular em um dos redutos mais chiques e históricos da Cidade Luz: Place Vendôme, praça das marcas de luxo e do famoso Hotel Ritz, um dos pontos comerciais mais sofisticados de Paris.
Ali, além de várias grifes, estão as mais poderosas joalherias e entre elas está a Maison Chaumet, a mais antiga joalheria em funcionamento no mundo e a primeira a abrir uma loja na tradicional Place Vendôme. Com suas instalações restauradas, o prédio foi reaberto em 2020 marcando a celebração dos 240 anos de sua fundação, uma renovação que além de valorizar sua beleza arquitetônica, respeita os valores deste edifício repleto de detalhes da história da joalheria francesa.
UM CAVALEIRO PALESTRANTE COM MUITO ORGULHO
A SÍNDROME DE DOWN NÃO É EMPECILHO PARA CLAUDIO ALEONI ARRUDA
CONSTRUIR UMA JORNADA DE SUCESSO E INSPIRAÇÃO
Foto: Divulgação, artigo www.vogue.fr (Maison Chaumet)
ASíndrome de Down nunca foi impedimento para que Claudio Aleoni Arruda, 37 anos, seguisse sua vida realizando sonhos e colecionando conquistas. Nascido em São Paulo, mas morando em Piracicaba desde 2020, ele é palestrante, cavaleiro de concursos, já foi vice-campeão de hipismo, é modelo fotográfico de algumas marcas e recentemente se tornou empreendedor. “Ter alguma dificuldade não significa que seja impossível fazer tudo o que queremos. A felicidade está aí para todos, nas grandes e pequenas conquistas, através dos caminhos que trilhamos dia após dia. Superar cada obstáculo que a vida impõe nos capacita a saltar cada vez mais alto”, conta Claudio, que coleciona medalhas de prática de hipismo.

Foto: Divulgação, www.chaumet.com (Maison Chaumet)
Praça Place Vendôme
Foto: Divulgação, www.medium.com (Maison Chaumet)

Fotos: Divulgação, www.chaumet.com (Maison Chaumet)


Celebração oficial no Palais des Tuileries durante a Feira Mundial de 1867, Henri Charles Antoine Baron, 1867. Compiègne, Château de Compiègne.
A Consagração do Imperador Napoleão e a coroação da Imperatriz Joséphine na Catedral de Notre-Dame de Paris, 2 de dezembro de 1804 (detalhes), Jacques Louis-David, 1806-1807. Paris, Museu do Louvre.
O Julgamento de Paris, George Barbier, 1924. Coleção privada.
Fundada em 1780, Chaumet é uma joalheria há muito tempo estabelecida no grupo de luxo LVMH, mas conhecida por sua herança de sangue azul. Na sua história, o fundador da Chaumet, o ourives Marie-Étienne Nitot, teve como clientes Napoleão Bonaparte, Balzac e Chopin.
Foi o joalheiro oficial de Napoleão, que frequentava a joalheria quase sempre acompanhado de sua esposa (a primeira, a imperatriz Joséphine, e a segunda, Marie-Louise) e encomendava peças exclusivas. Um dos exemplos é o exuberante conjunto de colar, broches e brincos – feitos de camafeus e pérolas –, produzido para Joséphine, em 1811, e duas pulseiras com pedras preciosas que o imperador mandou fazer para Marie-Louise e que fazem parte do acervo da grife. Recentemente, ‘Joséphine & Napoleon’, foi tema de uma das exibições da galeria com raras peças dessa coleção.



Princesa Yusupov usando sua tiara de sol trabalhada por Joseph Chaumet, 1914, fotografia em placa de vidro. Coleção privada. “

DETALHES PRECIOSOS DA MAISON CHAUMET
Harmonia entre história e inovação definem a restauração da Maison Chaumet, unindo o passado e o presente em cada detalhe para oferecer uma experiência única e memorável aos visitantes. Cada ambiente foi projetado para valorizar todo o luxo e o requinte do design das joias, do legado da marca e da sua sede, simplesmente uma imersão ao mundo da Chaumet. A decoração conta com peças criadas por artesãos do rei Luís XVI e Maria Antonieta, pinturas de Lagrenée le Jeune e painéis esculpidos pelos conceituados irmãos Rousseau.
Projetada para proporcionar aos clientes uma recepção impecável, a boutique conta com espaços diferenciados e exclusivos. Na arquitetura interna da loja, a Maison Chaumet recebeu áreas com vastos espaços para circulação e contemplação das peças, resultado da remoção de algumas paredes que havia entre as salas. Seus grandes salões são joias da arquitetura dos séculos 18 e 19, incluindo o Salon Chopin, onde o notável pianista polonês compôs sua última mazurca em 1849, época em que residia no edifício, e hoje o espaço conta com um piano Pleyel, marca preferida do artista. A reforma transferiu os escritórios administrativos da empresa para outro prédio, abrindo mais espaço na sede histórica para as exposições de peças e para os ateliês, com os renomados designers da Chaumet fazendo surgir verdadeiras obras-primas. A oficina de alta joalheria, o símbolo e a essência da grife, tem vista para a Place Vendôme e é liderada por Benoît Verhulle, o 13º chefe da oficina desde a sua fundação e imprime o DNA da marca em cada mínimo detalhe do design das joias.
Fotos: Divulgação, artigo www.vogue.fr (Stephane Muratet) A grande sensação da boutique é a “Sala das Tiaras”, que traz uma luxuosa e sofisticada coleção de joias que pertenceu a nobres, a aristocratas e nomes da realeza. Com a reforma, a sala dobrou o número de modelos em exibição: de 132 para 264. Dispostas em uma sala com paredes de azul-celeste, as tiaras parecem estrelas brilhantes no céu. Outro destaque são os painéis dourados em algumas paredes e tapetes com cores e texturas que harmonizam com as joias expostas na galeria.
Uma das tradições da Maison Chaumet é a criação de coleções comemorativas. A coleção criada especialmente para o aniversário de 240 anos da grife chama-se Trésors d’Ailleurs e conta com 16 anéis únicos inspirados em diferentes monumentos ao redor do mundo e simboliza amor eterno. Uma das preciosidades é o anel que reproduz o monumento francês Grand Palais. A joia recebeu o nome de Oriane e traz uma composição feita com diamantes, esmeraldas, ouro e cristais, além de uma parte superior que se abre, com um espaço onde é possível guardar pequenos objetos.






Recentemente, a Maison Chaumet fez a exposição ‘Botanical – Observing Beauty’, inspirada na beleza e arte da natureza, tema que sempre esteve na essência dos designers da grife e reuniu parte de seu extenso acervo de peças e coleções, que inclui 66.000 desenhos, 300.000 impressões fotográfi cas e 350 criações – de joias e relógios. Au revoir!
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