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Nossa palavra
Liberdade
Carlos José Serapião Coordenador do Instituto Dona Helena de Ensino e Pesquisa (IDHEP)
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h, liberdade! Sonho para aqueles que dela privam. Ilusão para os que buscam alcançá- -la. Não nos é outorgada, porém nos é oferecida a capacidade de conquistá-la. Refiro- -me, não à liberdade coletiva, social, política etc., mas à liberdade interior, sem dúvidas, o mais precioso entre todos os bens humanos.
Nossa liberdade individual pode estar ameaçada a todo instante. Um tombo, uma fratura. Um coma diabético, etílico, urêmico. Um acidente vascular cerebral. Parasitas, bactérias e, principalmente, vírus, em seus poderes pandêmicos, podem, a qualquer momento, amputar nossa plena liberdade.
Não estamos livres se prisioneiros de nossas obsessões, nossos ciúmes, nossos ódios. Nos deixamos devorar por estes sentimentos negativos, conduzindo-nos ao estresse, com todos os problemas corporais resultantes.
Essa liberdade interior não se alcança de modo
A
definitivo, porém nos é oferecida ao longo da vida e conquistada unicamente por uma via, o trabalho. Não o trabalho sobre objetivos fora de nós, mas sobretudo aquele que executamos sobre nós mesmos. Convidamos os nossos leitores a conquistar sua liberdade interior para, em seguida, refletindo sobre os temas desenvolvidos neste número da nossa revista, tornar criativa a quarentena recomendada. SÓ A solidão é quem inspira o artista A multidão assusta a alma criadora A inspiração afaga o peito que se entrista A criação liberta a ânsia sofredora. A sensação, que alegra a quem conquista A vastidão, que encanta a saga vencedora A sedução, que embaça a pobre vista A redenção buscada pela vida inspiradora. A solução se anula ou é revista A maldição avança, no entanto, perdedora A rendição do mal, garanto, foi prevista. A salvação sonhada, então, aflora A perfeição buscada, quem sabe, não exista A privação de alguém, por certo, ele chora.