Hoje Macau 4 ABR 2011 #2343

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Agência Comercial Pico • 28721006

hojemacau Mop$10

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Director carlos morais josé • segunda-feira 4 de abril de 2011 • ANO X • Nº 2343

tempo muito nublado min 15 max 20 humidade 70-98% • câmbios euro 11.3 baht 0.26 yuan 1.23

Entrevista | Simão Morgado

NATAÇÃO PORTUGUESA COM ATRASO DE UMA DÉCADA • PÁGINAS 10 e 11

Medidas anti-inflação só habituam mal a população

Tapar o sol com a peneira O Governo anunciou um pacote de medidas anti-inflação que deixou de fora, contra as expectativas, uma segunda remessa dos cheques da comparticipação pecuniária. Mas ainda assim vai haver subsídios para toda a gente. Especialistas e deputados, no entanto, apontam o dedo ao Executivo por este não implementar acções reais de combate ao aumento dos preços. > Páginas 4, 5 e 6 Ranking mundial

os hotéis mais caros estão cá • PÁGINA 6

Primeira vitória

JAIME PACHECO COM PÉ DIREITO • ÚLTIMA

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actual

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Moeda valorizou-se 11,2% face ao euro em 2010

Ninguém apanha o yuan

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moeda chinesa, o yuan, valorizou-se 11,2% face ao euro em 2010, indicou na sexta-feira a Administração Estatal das Reservas Externas da China (SAFE). Desde que o Banco Central chinês anunciou a “flexibilização” da sua política cambial, em Junho passado, o yuan valorizou-se também face ao dólar norteamericano (cerca de 4%) e à libra inglesa (7,4%), e caiu 9,2% em relação ao iene japonês, diz o relatório na anual da entidade reguladora do sector.

“Isto mostra que a flexibilidade do yuan melhorou (...) A cotação do yuan flutuou e não apenas numa direcção”, realça o relatório. O yuan atingiu na sexta-feira o mais alto valor de sempre face ao dólar dos Estados Unidos: a moeda norte-americana valia então 6,5527 yuans, menos 0,0047 do que na quinta-feira e menos 0,0108 do que há três dias.

A moeda única europeia continuou a subir (1 euro valia 9,2829 yuans, mais 0,0701 do que no início da semana), mas já chegou a valer mais de 10

yuans. Durante cerca de dois anos, até ao Verão passado, o yuan esteve praticamente indexado ao dólar.

O banco central chinês anunciou “uma maior flexibilização” da sua política cambial, permitindo que a cotação do yuan possa variar diariamente 0,5%, e desde

então, a moeda chinesa já se valorizou mais de 4% face ao dólar. Mas a administração norte-americana e a União Europeia defendem uma valorização muito maior, alegando que o yuan está “artificialmente subavaliado” para favorecer as exportações chinesas.

Pacífico em risco

s técnicos que estão a trabalhar na central nuclear de Fukushima descobriram no fim-de-semana que água altamente radioactiva está a ser libertada por uma fissura na central e libertada para o Oceano Pacífico.

“Hoje [sábado], pelas 9h30, os trabalhadores descobriram que a água com uma radioactividade de cerca de 1000 milisieverts acumulouse numa poça junto ao mar”, adiantou um responsável da Tokyo Electric Power (Tepco), a empresa que explora a central que ficou danificada pelo tsunami de há três semanas no Japão. A fenda tem entre dez e 20 centímetros e foi identificada pelos técnicos.

A água tem um nível radiação de 1000 milisieverts por hora. O nível de iodo-131 é 10 mil vezes maior do que a concentração legal permite. A Tepco tinha medido níveis de radiação no mar, mas não sabia a fonte da radiação, esta fuga pode ser a resposta.

A empresa vai tentar fechar a fenda com cimento e vai procurar outras possíveis fugas.

Um jornalista enviado da BBC News ao Japão

China Combate à inflação é meta ‘’número 1’’ A inflação chinesa está há cinco meses acima da meta de 4% fixada para 2010 e o temor de que continue em alta transformou o controlo de preços na prioridade “número 1” do governo neste ano, acima da manutenção do rápido crescimento. Os alimentos registaram as maiores remarcações, com elevação de 11% em Janeiro e 10,3% no mês anterior, para um índice geral de 4,9% no período. Historicamente, a inflação é um factor que acentua a insatisfação social na China - foi um dos factores que desencadearam os protestos pró-democracia de 1989 na Praça da Paz Celestial, até hoje o maior desafio à autoridade do Partido Comunista. Para tentar conter o avanço dos preços, o governo anunciou em Dezembro que “apertaria” a política monetária em 2011, depois de a quantidade de dinheiro em circulação na economia ter crescido 50% em dois anos. Os salários também tiveram reajustes significativos desde o ano passado, o que aumentou o custo das empresas e se reflectiu na elevação de preços. Além da alta no Índice de Preços ao Consumidor, a China também enfrenta a aceleração no valor dos imóveis, o que faz muitos analistas acreditarem que o sector imobiliário está envolto numa bolha. A principal razão para a alta é a política monetária expansiva que estava em vigor até o ano passado. Com dinheiro a sobrar e poucas possibilidades de investimentos, os chineses compram imóveis na expectativa de manter o valor dos seus activos e ganhar com a esperada valorização.

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Japão | Água contaminada está a atingir o oceano

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“Temos de nos encaminhar para um sistema de taxas de câmbio mais flexível, que permitirá ao mundo absorver choques”, disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy, numa reunião sobre a reforma do sistema monetário internacional realizada na quinta-feira em Nanjing, leste da China, com ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G-20.

Numa referência implícita ao yuan, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou na mesma reunião que “a assimetria nas políticas cambiais cria muita tensão” e “aumenta o risco de inflação nas economias emergentes que têm taxas de câmbio subavaliadas”.

alertava que um dos desafios que se impunha é remover o líquido contaminado.

No fim-de-semana, o primeiro-ministro japonês esteve na província de Fukushima, a Nordeste de Tóquio para incentivar os trabalhadores que tentam conter a crise nuclear.

“Quero que lutem com a convicção absoluta de que não podem perder esta batalha”, disse Naoto Kan, citado pela Kyodo News, às Forças de Segurança que estavam na base de operação a 20 quilómetros do complexo de Daiichi.

A Agência Internacional de Energia Atómica reafirmou, por outro lado, que a situação na central “continua muito grave”.

Entretanto, as autoridades japonesas, com ajuda dos militares norte-americanos, continuavam ontem o terceiro e último dia da mega operação de resgate de vítimas do sismo e terramoto de 11 de Março. Já recuperaram 66 corpos das 15.478 pessoas desaparecidas. Segundo as autoridades, a catástrofe matou pelo menos 11.939 pessoas.

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 89/2011 (Solicitação de Comparência do Empregador) Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, fica notificado o senhor WAN SIU WAI, proprietário do “ESTABELECIMENTO DE COMIDAS SAPPORO”, sita na Avenida 1 de Maio, n.os 387, 391, Edifício Pou Lei Tat Fa Un, R/C, Lojas Y, Z, AA, Macau, para no prazo de 10 (dez) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 8175/2010, provenientes das queixas apresentadas nestes Serviços em 05/11/2010, pelos ex-trabalhadores LIAN HUOSHENG e CHEN DASHENG e relativamente às matérias de descanso semanal, descanso anual, salário em dívida, resolução do contrato de trabalho, trabalho extraordinário e custas de repatriamento.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 29 de Março de 2011.

O Chefe de Departamento, Raimundo Vizeu Bento

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Governo aumenta subsídios sociais mas não distribui novos cheques

Joana Freitas

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joana.freitas@hojemacau.com.mo

ntraram em vigor na sexta-feira as novas medidas de apoio social à população. Ao contrário do que era esperado, as medidas de comparticipação pecuniária, que atribuem 2400 patacas para os cidadãos não residentes e 4000 para os residentes e cujos cheques já foram distribuídos pela população no início do ano, não vão sofrer qualquer alteração.

Para Alexis Tam, portavoz do Governo, as novas políticas de apoio social centram-se sobretudo nas famílias mais carenciadas e com necessidades reais a nível financeiro, sendo que, apesar de não ser entregue mais dinheiro à população em geral, outras medidas entram em acção para colmatar o aumento da inflação.

Assim, a tarifa mínima de consumo de água é cancelada nas facturas e a actual subvenção da energia eléctrica, na qual o Governo oferece 150 patacas para o pagamento da electricidade, sofre um aumento de

I

política Só mesmo para os que precisam

20%, passando a ser de 180 patacas o valor a descontar ao final do mês.

A distribuição de vales de saúde no valor de 500 patacas vai também ser antecipada, passando de Agosto para Junho. A partir de agora, o índice mínimo de subsistência é aumentado em 13,6%, passando das 2640 patacas para as 3000 patacas, numa família de uma pessoa, de 4580 patacas para 5210 patacas numa de duas pessoas e de 12.630 patacas para 14.350 patacas num agregado familiar de oito ou mais pessoas.

Aumentos também do mesmo valor para as famílias em “situação vulnerável”, consideradas as famílias monoparentais, com deficientes ou doentes crónicos.

Os subsídios bianuais neste sector passam agora para as 1800 patacas, no caso de uma pessoa, 2610 patacas para

nterpelado pelos jornalistas acerca da razão ser mantido o mesmo valor na comparticipação pecuniária para os residentes, Alexis Tam, porta-voz do Governo da RAEM, salientou que as novas medidas surgem para ajudar a população “de acordo com as necessidades económicas”. A Administração fez saber que está atenta ao aumento da inflação e afirmou que, na eventualidade do valor continuar a aumentar, “serão implementadas outras medidas”, lembrando ainda que existem outros apoios específicos transversais a toda a população, como é o caso da contribuição do Governo de 180 patacas na factura mensal de electricidade.

Também em compensação, salientou o porta-voz, enquanto o Chefe do Executivo esteve em visita ao interior da China, conseguiu estabelecer pré-acordos para que o continente forneça alimentos suficientes para Macau e também para que existam parcerias com empresas locais, de forma a que “não hajam restrições no fornecimento de produtos alimentares e monopólios”.

Alexis Tam caracterizou ainda

duas pessoas e 7180 patacas para um agregado com mais de sete membros.

Maiores aumentos tiveram as medidas relacionadas com o projecto de serviço vida positiva, onde se vincula o incentivo e a integração ao mercado de trabalho. O limite máximo de rendimentos para isenção passa assim das 2640 patacas para as 4500 patacas, um aumento de 70%, sendo que o período máximo de isenção se prolonga até 18 meses, mais meio ano do que o anterior. No plano de apoio comunitário ao emprego, o crescimento foi de 50%, passando o subsídio de 1000 para 1500 patacas.

No campo da habitação social, as famílias carenciadas e que anteriormente forneciam de política de isenção ao pagamento da renda da habitação social

durante três meses, passam agora a ter direito a meio ano de isenção, um aumento de 100%.

Recorde-se que a semana passada já tinham sido avançados pelo Presidente do Fundo de Segurança Social aumentos na casa dos 18%

para as pensões dos idosos, de invalidez e social.

O salário mínimo dos trabalhadores das áreas de limpeza e segurança, aumentou em 10%, conforme anunciou na mesma altura Shuen Ka Hung, presidente da Direcção dos Serviços

Administração justifica decisões sobre novas medidas

A caminhar para o equilíbrio a economia e o estado do emprego em Macau como “razoáveis”, mas referiu que o território funciona em dependência dos territórios vizinhos nomeadamente no que diz respeito à importação de energia e alimentos. A inflação acentuada da China tem tido repercussões na economia do território. Assim, para evitar que a situação tome contornos agressivos para a RAEM, a Administração garante que tem medidas de prevenção. “Acho que a situação não vai piorar, mas se piorar, o Governo toma outras medidas, não têm de ficar preocupados”, salientou Alexis Tam, acrescentando que todos os benefícios são continuamente estudados, apesar de terem de ser bem “ponderados.”

O porta-voz lembrou que a distribuição dos cheques durante este ano para os cidadãos de Macau levou a um reforço no orçamento, bem como todos os outros apoios sociais, mas deixou em aberto todas

as sugestões para melhorar a vida da população. “Vales de consumo, vales de compras, cupões… todas as medidas que sejam boas, todas e qualquer medidas, o Governo actua [em função delas]”, disse o porta-voz.

Para a Administração, estas novas medidas pretendem atenuar as carências económicas dos mais desfavorecidos, minimizar o impacto da crise internacional e os efeitos da inflação.

Trabalho em discussão

Para Shuen Ka Hung, director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), ainda não existem condições para que seja implementado o salário mínimo, apesar do Conselho Consultivo para a Concertação Social (CPCS) “estar a estudar como estabelecê-lo na generalidade”. O responsável afirmou ainda que este mês “o consenso pode chegar”.

Para Shuen Ka Hung, o facto

de se impor um salário mínimo pode levar a que trabalhadores menos qualificados percam o emprego, ao serem substituídos por outros mais aptos ou mais qualificados. “Isto é protecção aos empregados mais fracos, para que também possam receber 4400 patacas por mês.” Shuen Ka Hung salienta que esta é uma medida provisória adequada para os menos qualificados, e que permanece a ser distribuída ao mesmo tempo que se estuda o salário mínimo.

FSS garantido até 2037

Questionado sobre o fundo de sustentabilidade do Fundo de Segurança Social, Ip Peng Kin afirmou que o Governo de Macau tem dinheiro até 2037, se seguir o “ritmo actual” de receitas e despesas sociais. O presidente do FSS explicou que o “Fundo de Segurança Social vai esgotar, mas que o Governo tem obrigação de investir para suportar

para os Assuntos Laborais.

Os trabalhadores por conta de outrem com baixos rendimentos vêem, desta forma, o seu ordenado aumentar de 4000 patacas para 4400 patacas mensais.

Em 11 anos o número de beneficiários do Fundo de Segurança Social aumentou em 500%, fazendo crescer as despesas do organismo em 900%. No campo da Acção Social, as despesas elevaram-se a 700%.

O subsídio de renda, atribuído a cerca de 294 famílias, não sofre alterações, com os valores a oscilarem entre as 300 e as 800 patacas consoante o tipo de habitação e o número de pessoas.

Na ajuda a curto prazo de aquisição de alimentos, por dia são distribuídas as mesmas 28 patacas do que no ano passado a mais de 1500 pessoas, durante seis ou mais semanas.

o valor das receitas”, acrescentando que a Administração reforça o Fundo, apesar de continuar a “espera de dados mais exactos sobre os valores das contribuições” que entram para o FSS. À margem da apresentação, o mesmo responsável disse à agência Lusa que actualmente o Fundo de Segurança Social tem uma reserva de 6800 milhões de patacas, despesas anuais de 1310 milhões de patacas e receitas de 173 milhões de patacas. “Se não se fizer nada, o Governo terá de intervir para dotar o fundo das condições necessária à manutenção dos apoios”, explicou ao salientar também que “está a ser feito um estudo para ajustar o valor das contribuições”.

Actualmente, o trabalhador paga uma contribuição mensal de 15 patacas enquanto que à entidade patronal cabe uma contribuição de 30 patacas. Além das contribuições de trabalhadores e empregadores, o Fundo recebe ainda dinheiro do Governo e uma parte percentual das contribuições dos impostos indirectos de quatro por cento do sector do jogo, calculado com base nas receitas brutas dos casinos. - J.F.

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Reacções ao pacote de medidas anti-inflação

Medidas superficiais filipa.queiroz@hojemacau.com.mo

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ais importante do que subsídios e comparticipações pecuniárias o essencial é cortar o mal pela raiz e controlar a especulação imobiliária. É esta a opinião unânime de deputados e académicos do território em relação às medidas de apoio social anunciadas na sextafeira pelo Executivo.

José Pereira Coutinho explica que a inflação sobe por causa da especulação imobiliária e a entrada de liquidez no território proveniente do continente para especular as fracções imobiliárias o que, consequentemente, altera os preços nas vendas das casas de Macau. Por isso, o deputado eleito por sufrágio directo defende que o Governo precisa de tomar medidas concretas capazes de diminuir o problema, como “a hasta pública de mais terrenos para o sector privado” e a construção de mais habitações económicas “com o valor de construção controlado pela Administração”.

Coutinho afirma que a subida dos preços dos bens essenciais de consumo já não será tão controlável, portanto o que se pode fazer para diminuir os problemas das pessoas mais desfavorecidas, “que todos os dias têm de ir à compras e compensar o dinheiro que recebem das magras pensões ou salários baixos”, é aumentar a pensão de risco. Mas para o deputado 300 patacas é pouco.

O deputado considera que a subida do índice mínimo de subsistência (risco social) de 2.640 para 3000 patacas “é insuficiente” para colmatar as dificuldades da população desfavorecida.

“O valor devia ser alterado para 5000 patacas no mínimo, para que as pessoas possam viver com dignidade”, atira.

Apesar de tudo, Coutinho considera que os aumentos “não estão direccionados para uma política a médio e longo prazo”. “Vêm ao sabor das ondas e estando Macau num reino de tanta fartura,

com os cofres a abarrotar de dinheiro, devia planearse para o futuro. É isto que Macau não está a fazer.”

O deputado diz que é necessário criar produtividade e seguir o exemplo de Hong Kong atraindo investimentos e recursos humanos “de qualidade”. “Só num período de 20 dias já foram despachados cento e tal pedidos de recursos humanos provenientes do Japão, quadros válidos, para ajudar Hong Kong. Macau vê os navios a passar”.

Os cheques

O secretário-geral da Caritas, Paul Pun, diz que é por causa da região vizinha que a população de Macau quer uma segunda ronda de comparticipações pecuniárias.

John Tsang, secretário para as Finanças de Hong Kong, anunciou há pouco tempo a distribuição de um cheque de seis mil dólares de Hong Kong (6180 patacas) para cada residente permanente do território maior de idade.

Por causa disso “na RAEM a população ficou com as expectativas mais elevadas em relação ao Governo”, defende Paul Pun. “Acho que devido à pressão social o Executivo vai ceder, independentemente do valor, que é sempre uma ajuda mas não é a solução”, explica. O secretário-geral da Caritas diz que nunca foi apologista da medida desde que foi implementada. “Porque desta vez eles dão, mas a inflação vai continuar a subir.

António Falcão | bloomland.cn

Filipa Queiroz

É só uma ajuda temporária, a população precisa é que controlem a inflação”, justifica.

“Se o Governo quiser mesmo distribuir de novo pelo menos que não suba o valor, porque senão todos os anos as pessoas vão querer mais.”

Paul Pun considera positivas as ajudas à franja mais carenciada da população, nomeadamente às pessoas com deficiência e aos idosos, com o aumento da pensão de velhice para 2000 patacas por mês. Mas o secretário-geral da Caritas defende que o pacote “não ajuda toda a população”.

“O aumento do valor da subvenção mensal da tarifa de electricidade de 150 para 180 patacas não é significativo”, nota. “Mas o controlo do uso das propriedades e da subida dos preços dos bens essenciais é que seriam cruciais para o desenvolvimento positivo da sociedade em Macau. Se fosse possível controlar essas duas coisas, seria possível de facto ajudar a população em geral, directa ou indirectamente”, atira Pun, referindo que a ajuda também pode passar pelo aumento da habitação económica, nomeadamente para os trabalhadores migrantes.

Pelo contrário, Eilo Yu, académico especialista em Política e Administração Pública, acha que o apoio às classes mais baixas ainda não é suficiente e que “o Governo já tem dado demasiados apoios à classe média como redução de impostos ou subsídios para a obtenção de propriedades”. Yu considera que o anúncio dos novos apoios mostra que a Administração está de facto preocupado com as pessoas mas não acha que seja “o momento certo” para distribuir continuamente dinheiro às pessoas. “Claro que se o Governo decidir fazer uma nova ronda de comparticipações pecuniárias é bom para as pessoas, mas pode não ser uma boa prática”, conclui.

Pereira Coutinho diz que o Executivo “não terá outra alternativa” senão satisfazer aquela que parece ser a vontade da população.

A solicitação da Fundação Macau, a Comissão do Grande Prémio de Macau, encarregou-se de receber os requerimentos para a concessão de subsídios aos pilotos locais participantes em provas no exterior, em 2011 Apresentação de Requerimentos Início do prazo:

4 de Abril de 2011

Fim do prazo:

4 de Maio de 2011

Local de apresentação dos requerimentos:

Comissão do Grande Prémio de Macau Avenida da Amizade, no. 207, Edf. do Grande Prémio, Macau

Horário para apresentação dos requerimentos:

De Segunda-Feira a Sexta-Feira, 09:00 - 13:00, 14:30 - 17:45 (excepto feriados públicos)

Os requerentes devem satisfazer 3 condições básicas: i. Ao abrigo do n.o1 do artigo 34.o do Regulamento das Actividades Desportivas, aprovado pelo

Decreto-Lei n.o 67/93/M, os requerentes devem encontrar-se numa das seguintes situações:

a) Ser natural da RAEM;

b) Ser de nacionalidade portuguesa ou chinesa e ter na Região Administrativa Especial de Macau

(RAEM) a sua residência há mais de 1 ano;

c) Residir na RAEM há, pelo menos, 3 anos. ii. Ser Sócio da Associação Geral de Automóvel de Macau, China, e ser portador de todas as licenças

legais e indispensáveis para a participação em provas no exterior e obter a representividade da

AAMC; iii. Participação obrigatória e resultados oficiais das provas do Grande Prémio de Macau realizado

no ano de 2010 (a classificação será determinada de acordo com os resultados obtidos e em função

do número de pilotos locais participantes).

Para além das 3 condições básicas mencionadas, será necessário ainda considerar os seguintes 5 padrões de avaliação: iv. Classificação geral em qualquer uma das provas do Grande Prémio de Macau realizado no ano de

2010 (em comparação com o resultado dos primeiros 3 classificados na mesma prova), analisando

o nível de competição do requerente nestas corridas; v. Classificação geral do requerente nas provas realizadas no exterior (em comparação com o resultado

dos primeiros 3 classificados da mesma prova), analisando-se o nível de competição do requerente

nestas corridas; vi. Potencialidade de desenvolvimento do requerente no desporto motorizado (incluindo idade, etc.),

analisando a potencialidade do requerente neste desporto motorizado ; vii. A importância e a popularidade da prova em que irá participar, analisando, deste modo, o nível de

competição do requerente, em diferentes tipos de corridas, internacionais ou regionais; viii. Efeito promocional e divulgação de Macau.

Documentos a apresentar juntamente com o requerimento: 1) 2)

3) 4) 5) 6) 7) 8)

9)

10)

Carta de pedido (discriminação obrigatória do valor do subsídio a atribuir); Plano de actividades (incluíndo os nomes, datas, locais e os nos. das corridas no exterior e respectivas mangas); Mapa pormenorizado das despesas previstas; Curriculum vitae do requerente; Cópia do B.I.R. do requerente; Cópia do cartão de sócio na Associação Geral de Automóvel de Macau, China; Cópia de todas as licenças legais e indispensáveis para a participação em provas no exterior; Documento comprovativo da obtenção de representatividade da Associação Geral de Automóvel de Macau, China; Prova de participação obrigatória e obtenção de resultados oficiais das provas do Grande Prémio de Macau realizado no ano de 2010; Prova da classificação geral do requerente nas provas realizadas no exterior no ano de 2010.

No. de contacto: 8796 2200 / 8796 2204

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Benesses do Governo não atacam a inflação, defende economista

Gonçalo Lobo Pinheiro glp@hojemacau.com.mo

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té parecia mentira mas o Governo da RAEM anunciou um pacote de medidas anti-inflação na sexta-feira. Depois de alguns dias a correr a notícia de que o Executivo se prepararia para dar mais um cheque pecuniário aos residentes do território, o porta-voz do Governo da RAEM veio a terreiro desmentir essa possibilidade mas avançando com um pacote de medidas de combate à inflação que mais não é do que dar dinheiro fácil aos cidadãos.

Apesar disso, contactado pelo Hoje Macau, o economista José Duarte afirmou que estas novas medidas “não podem ser encaradas como de combate à inflação” pois trata-se de uma injecção fácil de dinheiro na carteira da população. “Estas medidas não servem para combater a inflação, pelo contrário, com estas medidas a inflação vai continuar a subir. Não fazem sentido nenhum”, disse o economista.

Aumento da pensão de velhice de 1700 para 2000 patacas ao mês, aumento do valor da subvenção mensal da tarifa de electricidade de 150 para 180 patacas ou entrega dos vales de saúde em Junho em vez de Agosto são algumas das medidas que o Executivo anunciou na sexta-feira passada. “Tenhamos consciência que não há muita coisa que o Governo possa fazer nesta altura. A inflação é importada da China porque em Macau quase tudo se importa do continente e como à uma pressão grande para a valorização do yuan, pouco há a fazer”, justificou José Duarte.

Os principais componentes do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) são os conjuntos “alimentação e bebidas” e “habitação e combustíveis”. Estes são os principais responsáveis por mais de metade da variação média dos

Virginia Leung

virginia.leung@hojemacau.com.mo

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preço médio da diária nos quartos de hotel em Macau ocupa o quinto lugar na lista dos mais caros do mundo relativamente ao ano passado, com um aumento de 19%, revela um relatório divulgado recentemente.

Alguns especialistas acreditam que a subida nos preços dos hotéis se deve sobretudo ao excesso de procura em relação à oferta disponível.

sociedade Medidas para chinês ver

preços e é nestes domínios, que o economista aponta que pouco ou nada se pode fazer.

A maior parte dos bens alimentares que se consomem em Macau provém da China continental, onde existe uma escala de preços sem fim à vista. Eventualmente, o que o Governo poderia fazer, segundo José Duarte, seria “repensar os monopólios” de distribuição

do sector alimentar no território.

“Uma possível medida, que não iria baixar a inflação mas pelo menos ajudaria um pouco, seria a iniciativa do Governo em rever e liberalizar os mecanismos de importação, criando novos canais de abastecimento”, explicou.

A outra componente, a da habitação, o economista justifica que “tudo está nas mãos do Governo”.

“Sendo o Executivo o dono efectivo da quase totalidade dos terrenos da região é da sua responsabilidade tudo o que passará pelas evoluções dos preços do sector”, explicou ao Hoje Macau.

O economista defende ainda neste campo que o Executivo da RAEM deve identificar as necessidades habitacionais futuras, com abertura de concursos de concessão

de terrenos para construção de edifícios habitacionais, bem como agir com clareza no que se refere às regras de ordenamento urbano.

“Não pode existir apenas habitações de luxo, que por esta ou aquela razão, são os principais veículos de especulação imobiliária. Tem de haver, atempadamente, uma aposta clara em habitação para as pessoas”, adiantou.

Excesso de procura aumenta preços das estadias no hotéis do território

Macau em 5.º na lista dos mais caros Embora haja cada vez mais hotéis com preços estáveis, continuam aquém dos objectivos de diversificação do mercado de turismo.

Para se tornar um centro de turismo de nível mundial, Macau terá levar em conta a procura por hotéis de três e quatro estrelas.

O relatório mostra que Macau e Singapura entraram no “ranking” das 10 cidades onde os hotéis foram mais caros no ano passado. Macau foi o mais caro destino asiático, seguindo de perto Nova Iorque, Londres, Zurique e Paris, para ocupar o quinto lugar da média mais elevada nas

diárias dos hotéis, com 1472 patacas. Singapura ocupou o nono posto com uma diária média de 1338 patacas. Hong Kong aparece em 34º., com uma média de 929 patacas.

Fong Ka Chio, vice-presidente do Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau (CPEDM),

referiu que havia 20 mil quartos de hotel, mas que apenas metade desses foram acrescentados após a abertura da indústria do jogo. O número de quartos de hotel não chega para elevar Macau ao estatuto de centro mundial de turismo e lazer. A média de estadia dos visitantes é de 1,5 noites.

Os quartos existentes seriam insuficientes se os visitantes decidissem permanecer mais tempo.

Além disso, uma maior proporção de quartos de hotel está reservada para a indústria do jogo, o que resulta numa falta de quartos ao dispor de outro tipo de turismo. No próximos dois anos, no entanto, o acréscimo no número de quartos, com a abertura prevista de novos hotéis, irá ajudar a controlar os preços das diárias.

Lucro do BNU sobe 16,6%

O Banco Nacional Ultramarino fechou 2010 com um resultado líquido de 373,1 milhões de patacas, mais 16,6% do que em 2009. Dados das contas do banco a que a agência Lusa teve acesso indicam que o crescimento dos resultados se ficou a dever a uma “redução das provisões constituídas”, ao “aumento das receitas provenientes de serviços financeiros prestados” num quadro de “forte recuperação da actividade económica e do sector imobiliário”. No final de 2010, o activo líquido do BNU tinha aumentado 4,4% para 31,8 mil milhões de patacas, “mantendo o banco uma estrutura de balanço sólida, tendo os depósitos de clientes em Macau registado um acréscimo de 4,6%”, refere a mesma informação.

Especialista defende e sugere diferentes grupos de renda

glp@hojemacau.com.mo

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acau deve aprender com os exemplos das cidades vizinhas e de outros lugares para não voltar repetir os seus erros. Este foi o conselho que Bingqin Li, professora da London School of Economics, deixou durante a sua palestra “Controlo Social e Habitação Pública – a Experiência dos Países Europeus” no Instituto Politécnico de Macau (IPM).

Para Bingqin Li, o Governo tem que se certificar de que apenas os moradores mais carentes podem tirar proveito das políticas públicas de habitação e lembrou a experiência de Pequim e em muitas outras cidades na China, que estabeleceu uma média muito acima do que seria justo. A académica defendeu que “algumas pessoas com maiores rendimentos conseguem obter as casas e outros grupos menores não conseguiram tirar nenhum benefício da política”.

O Governo da RAEM já sugeriu a imposição de um limite máximo de renda, sugerindo como referência de um agregado familiar com uma pessoa deve ser fixada em 12 mil patacas. No entanto, nada foi decidido ainda. A 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) está a analisar a legislação relativa à compra de habitação a preços acessíveis. No entanto, os limites máximos de renda dos candidatos elegíveis estão ainda a ser discutidos.

A académica deixou ainda um alerta para o Executivo liderado por Fernando Chui Sai On fazer um esforço para construir um sistema de habitação justo que possa beneficiar diferentes categorias de rendimentos.

“Penso que é melhor o Governo não dar demais, porque de uma maneira ou de outra pode tornar-se arriscado e caro. É que quando se constrói casas não é apenas construí-las, tem de se mantê-las.”

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Quatro vezes 2006 O sector do jogo bateu em Março um novo recorde mensal de receitas, ultrapassando as 20.000 milhões de patacas, mais 48% do apurado no mês homólogo de 2010. Só em Março os casinos do território arrecadaram em receitas brutas - os lucros dos casinos apurados entre o dinheiro apostado e os prémios distribuídos - 20.087 milhões de patacas, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 20.000 milhões de patacas. No primeiro trimestre do ano, os casinos já arrecadaram 58.521 milhões de patacas, um valor 42,9% superior aos 40.951 milhões de patacas do período homólogo de 2010. O primeiro trimestre de 2011 traduz também uma receita superior aos 57.521 milhões de patacas arrecadadas nos 12 meses de 2006, o segundo ano completo depois da abertura do sector a companhias fora do universo de empresas de Stanley Ho em Maio de 2004.

Habitação para os mais pobres Gonçalo Lobo Pinheiro

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O seminário de ontem serviu também para explicar como é que a habitação social pode ser utilizada como um meio de controlo social, pelo menos experimentado nos países europeus.

Bingqin Li percorreu a história da habitação social e olhou para as metas de mudança, resultados e implicações sociais d diferentes abordagens para o fenómeno de controlo social.

Reconstruir Sichuan O Executivo já pagou 4.966 milhões de patacas em projectos de ajuda na reconstrução da província de Sichuan, afectada por um forte sismo em Maio de 2008. O sismo provocou milhares de vítimas, milhões de desalojados e destruiu a grande maioria das infra-estruturas da região, tendo Macau decidido contribuir com 5.000 milhões de patacas para a reconstrução de parte da região. As autoridades de Macau decidiram financiar 102 projectos de reconstrução, dos quais 51 na área educativa, 29 na área dos cuidados de saúde, 13 infra-estruturas, seis projectos desportivos e três na área social, dos quais 11 estão concluídos, 87 irão ser acabados até ao final do ano e os restantes quatro concluídos em 2012. Regularmente, as autoridades de Sichuan e de Macau realizam reuniões para avaliar o andamento dos trabalhos, enquanto a comissão coordenadora local se desloca à província afectada para inspecções rotina ao andamento dos trabalhos tendo em vista os requisitos técnicos definidos. A próxima deslocação a Sichuan de uma delegação liderada pelo Secretário dos Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, está agendada para quinta-feira.

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NOTIFICAÇÃO EDITAL (Exercício do direito de defesa)

N.º 87/2011

Considerando que não se revela possível notificar, nos termos dos artigos 10.º e 58.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, o representante legal da sociedade “Primeira Classe Limusinas Limitada”, sita na Avenida Dr. Sun Yat-Sen, S/N, Macau Fisherman’s Wharf, English Roman Medieval Building, Shop 106, Macau e na Avenida Comercial de Macau, n.º 5, Edifício “Fit Centre”, 5.º andar, Macau, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, sobre a matéria acusada pela eventual infracção ao disposto do artigo 3.º e artigo 42.º do Decreto-Lei n.º 58/93/M, de 18 de Outubro, Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), manda que se proceda, nos termos do n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, conjugado com o artigo 94.º do mesmo código, à notificação do representante legal da sociedade “Primeira Classe Limusinas Limitada”, em virtude da referida sociedade não ter efectuado a devida inscrição do seu ex-trabalhador Marçal Nuno Miguel Pereira dos Santo no Fundo de Segurança Social bem como não ter procedido ao pagamento das contribuições durante o período de 22/05/2009 a 05/10/2009, tendo eventualmente cometido infracções aos dispostos do artigo 3.º e do artigo 42.º do Decreto-Lei n.º 58/93/M, de 18 de Outubro.

Dos factos acima referidos, de acordo com o n.º1 do artigo 49.º do mesmo decreto-lei, é punido com multa de Mop$200,00 a Mop$1.000,00 por cada trabalhador não inscrito, de acordo com o n.º 2 do artigo 49.º do mesmo decreto-lei, é punido com multa de Mop$500,00 a metade do valor das contribuições em dívida.

Assim, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação do presente édito, exercer por escrito o seu direito de defesa. A notificação da acusação em causa pode ser levantada no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, dentro das horas de expediente, sendo também permitida a consulta do respectivo processo. A falta de apresentação da defesa escrita pelo notificado, dentro do prazo acima referido, implica a elaboração do auto pelo DIT, seguindo o processo a tramitação da fase coerciva.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, aos 28 de Março de 2011.

O Chefe do Departamento Raimundo Vizeu Bento

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 88/2011 (Solicitação de Comparência do Empregador) Nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 6.º do Regulamento da Inspecção do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 58.º e n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, notifica-se o representante legal da sociedade “ASIAN SOLUTIONS COMERCIAL OFFSHORE DE MACAU LIMITADA”, sita na Avenida Sir Anders Ljungstedt, n.os 160 a 206, Centro Comercial do Grupo Brilhantismo, 19.º andar E, em Macau, para no prazo de 10 (dez) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, comparecer no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, a fim de prestar declarações no processo n.º 8485/2010, proveniente da queixa apresentada nestes Serviços em 23/11/2010 pela trabalhadora LEI MEI UT e relativamente às matérias de salário em dívida, descanso anual, indemnização de despedimento e aviso prévio.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 28 de Março de 2011.

O Chefe do Departamento, Raimundo Vizeu Bento

vida

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A

Click ecológico

Bo Bo ganha caverna • O urso da Flora, Bo Bo, não ganhou uma casa nova como os pandas de Seac Pai Van, mas viu o seu actual lar ser melhorado. Depois de inúmeras críticas ao esquecimento do urso na altura da chegada dos pandas, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais avançou para algumas melhorias para que a vida do urso-negro-asiático, de 27 anos, possa ser prolongada ao máximo. Foi construída uma caverna, com direito a ar condicionado, uma colina e uma piscina. Foram também instalados brinquedos, como pneus e troncos.

Foto IACM

EDP Ásia assinou um acordo de cooperação com a Associação Ecológica de Macau (AEM) tendo em vista a implementação em Macau de um projecto semelhante ao Mobi.E português. O Mobi.E é uma rede de carregamento inteligente para a mobilidade eléctrica e está presente em todo o território português. A Rede Mobi.E, como conjunto de pontos de carregamento para veículos eléctricos, permitirá repor os níveis de energia gastos de forma e simples e cómoda, uma vez que a tecnologia desenvolvida permite ao utilizador localizar e seleccionar locais de carregamento, planear trajectos, saber o estado de carregamento do seu veículo, entre outras, a qualquer momento, através do seu computador pessoal ou do telemóvel.

O acordo foi assinado durante o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental (MIECF) e “tem como foco a mobilidade eléctrica, nomeadamente veículos eléctricos”, disse à agência Lusa João Marques da Cruz, administrador executivo da EDP Energy Solutions Ásia, criada em parceria com Stanley Ho e focada no mercado chinês. “Gostaríamos muito

Encontrar um substituto para

Delegados de cerca de 200 países estão desde ontem reunidos em Banguec o Protocolo de Quioto. A reunião que se prolongará até sexta-feira na capital dólares americanos (800 mil milhões de patacas) para ajudar as nações ma das Nações Unidas em Durban, em África do Sul, e os analistas vêem-na co

EDP Ásia e Associação Ecológica ass

Macau, exemplo

de colaborar com entidades de Macau, privadas, governamentais, para implementar um projecto semelhante ao Mobi.E, adaptado à realidade de Macau”, salientou o responsável.

No ‘stand’ da EDP Ásia do MIECF esteve em projecção um filme sobre o

projecto de Évora - a primeira ‘InovCity’ portuguesa -, em que a EDP participa, e que considera que “Macau tem condições muito boas para se fazer algo no âmbito dessa combinação de ‘smartgrids’ e mobilidade eléctrica”, referiu João Marques da Cruz.

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Crise nuclear do Japão torna aliciantes energias renov

Aproveitar-se da ameaça A

crise nuclear do Japão está a tornar as energias renováveis mais aliciantes e a EDP, que tem apostado fortemente nessa componente, é uma séria candidata às oportunidades que daí vão surgir, defenderam responsáveis da eléctrica portuguesa em Macau. “As ameaças trazem também muitas oportunidades e isto que está a acontecer no Japão é uma oportunidade enorme para as empresas que, como a EDP, estão a apostar fortemente nas energias renováveis”, disse à agência Lusa o administrador executivo da Companhia de Electricidade de Macau nomeado pela EDP, João Travassos.

O desastre da central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, traz “oportunidades para muita gente e quando elas surgem quem estiver mais à frente é quem beneficia”, apontou o mesmo responsável ao realçar que a EDP “não só está a investir muito

no seu desenvolvimento a nível mundial ao nível das renováveis como é um sério candidato a estas oportunidades”.

E para João Travassos estas oportunidades “vão surgir cada vez mais porque todos os países estão a reduzir e a rever os seus planos de desenvolvimento da energia nuclear, mas precisam de energia: Se os fósseis estão a acabar, se a nuclear tem de ser revista em baixa é uma excelente

oportunidade para as energias renováveis”, observou.

O administrador executivo da EDP Energy Solutions Ásia, João Marques da Cruz, lembrou em declarações à Lusa que a EDP “não apostou em energia nuclear, pois entendeu que a aposta mais correcta são as renováveis, tendo em conta o equilíbrio de rentabilidade económica e de sustentabilidade ambiental e social”.

E quando “há acidentes como o do Japão as pessoas tiram lições, mas o mundo

Planeta em números

4.738

gigawatts/hora foi quanto o parque eólico de Espanha produziu durante o ano de 2010, cobrindo 21% da demanda total por energia do país e marcando um recorde de produção

tem de co formas de gia nuclea de segura mundialm faz com qu de energia as que n como a eól se tornam defendeu Mas alertou q ções mira derar “fu um bom para o d e em term e defende energia n tornável” “Os c seis estão caros e a chamada não subs porque acender quando p nos preoc chuva o responsáv que a cri

o Protocolo de Quioto

coque, na Tailândia, para negociações sobre as alterações climáticas com o objectivo de elaborarem um documento que substitua l tailandesa é a primeira desde que em Dezembro foi acordado em Cancún, no México, a disponibilização de 100 mil milhões de ais pobres a combater o aquecimento global. Também a reunião de Banguecoque pretende ser uma preparação da próxima Cimeira omo uma oportunidade para se chegar a um consenso global até o Protocolo de Quioto expirar, em 2012.

sinam acordo para transformar cidade

verde

O responsável apontou como vantagens de Macau o facto de ser um “espaço pequeno, fechado, onde a questão da autonomia dos veículos eléctricos não se coloca de todo”, mas referiu ser necessário que “entidades de Macau se juntem a outras com ‘know-how’, como a EDP, para se implementar um projecto daqueles” na região.

O responsável da EDP afirmou no entanto que, não basta existirem as condições, mas que é necessária que o território acredite na possibilidade de se tornar uma “Inov-City”.

“Temos o ‘know-how’, mas objectivamente isto tem de ser algo em que Macau acredite e tem de partir de Macau”, sublinhou o administrador executivo da EDP Ásia.

Para a implementação de um projecto como o Mobi.E em Macau é, antes de mais, necessário desenvolver um “processo integrado, criar todo um

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Folha Solta

A impermeabilização urbana quadro legal, e Portugal tem experiência com esse projecto e que é uma referência mundial”, realçou.

João Marques da Cruz especificou que esse processo terá passar pelo “licenciamento de veículos eléctricos, criação de standards técnicos, uma rede de postos de abastecimento, uma interligação entre esta rede e produtores de electricidade e com os consumidores para que tenham reais benefícios de utilização”.

A EDP integra o consórcio lusochinês que detém 42% da Companhia de Electricidade de Macau e partilha com o consórcio sino-francês, que inclui a Suez e a NWS Holdings, a gestão da companhia. No âmbito do projecto português de mobilidade eléctrica Mobi.E, até ao final do ano 25 municípios portugueses terão mais de 1300 postos de abastecimento e em 2015 mais de 4000.

váveis

ontinuar a arranjar e energia e se a enerar tem problemas ança reconhecidos mente e custos, isso ue as outras formas a, nomeadamente não têm emissões ólica, hídrica e solar, m mais aliciantes”, u.

João Travassos que “não há soluaculosas” ao consiundamental ter-se ‘mix’ de energia desenvolvimento mos económicos” eu mesmo que a nuclear “é incon”. combustíveis fóso cada vez mais a desaparecer e a a energia ‘verde’ stitui totalmente, precisamos de a luz de casa precisamos, sem cuparmos se está ou sol”, disse o vel ao considerar ise nipónica não

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vai ditar o “fim da energia nuclear”.

João Travassos reconhece o “grande impacto” da energia nuclear e considera que os problemas que o Japão enfrenta demonstram que aquela opção “não é tão barata como se apregoa” e por isso defende que aquela tem de ser “usada com alguma cautela, porque é

muito boa, mas também destrói”.

“O seu desenvolvimento está a ser estudado há muitos anos e se conseguirmos passar para a fusão nuclear, que já não tem os resíduos e alguns problemas que a cisão tem, se calhar é um bom passo para a humanidade”, concluiu.

Gonçalo Alvim* Até meados do séc. XIX a salubridade na generalidade dos meios urbanos era ainda bastante deficiente, como percebemos nas descrições que nos deixou Charles Dickens em algumas das suas obras. E se era assim em Londres, capital do Império Britânico, podemos calcular o que seria em outras cidades do mundo, como Hong Kong ou Macau. As razões para essa insalubridade eram variadas, mas quero destacar os problemas decorrentes da falta de pavimentação que existia e da utilização de animais como meio de locomoção.

A situação começou a alterar-se com a invenção pelo escocês John McAdam, por volta de 1820, do ‘macadame’ (pavimento de asfalto que permitia cobrir de forma rápida e simples vastas áreas de circulação) e com o início da utilização de veículos motorizados em substituição dos animais. A expectativa de um futuro urbano mais sadio foi crescendo e é hoje engraçado recordar opiniões futuristas como esta que eram lançadas em publicações científicas de renome: “A generalização do automóvel traria inestimáveis benefícios à vida citadina. Ruas limpas, sem poeiras nem maus cheiros, veículos leves com rodas de borracha que rolam rápida e silenciosamente em superfícies planas; tudo isto eliminaria boa parte do nervosismo, da confusão e da fadiga da moderna vida urbana.” (Scientific American, 1899) Nesta senda de progresso e de melhoria das condições de vida generalizou-se de uma forma nunca antes vista a pavimentação de espaços de circulação automóvel e pedonal, impermeabilizando-se a um ritmo acelerado largas fracções da superfície terrestre. O fenómeno tem sido de tal ordem que nos dias de hoje só os EUA pavimentam em cada ano uma área superior à que o Império Romano conseguiu pavimentar em toda a sua existência de largos séculos. E a Ásia não parece querer ficar para trás.

Nas legislações actuais de muitos países, entre os quais se inclui Portugal, especificam-se larguras mínimas das vias de circulação automóvel, larguras mínimas de passeios pedonais, números mínimos de estacionamentos exteriores afectos a novas construções, considerando-se sempre que assim se garante aos habitantes boas condições de vida e de segurança. Mas é isto necessário? E este caminho é sustentável?

Sabe-se hoje que não e em países onde as preocupações com a sustentabilidade do meio urbano são tidas em conta o processo tem-se começado a inverter.

Com efeito, a pavimentação excessiva comporta inúmeros problemas ecológicos, particularmente quando o pavimento utilizado impede a infiltração das águas, fenómeno indispensável à manutenção da vida nas cidades e à recarga dos aquíferos.

Por exemplo, pequenas caldeiras ao longo de longas avenidas totalmente pavimentadas não são suficientes para um desenvolvimento saudável das árvores, que assim apresentam um aspecto doente e frágil – realidade tão frequente em Macau!

A impermeabilização do solo promove o escorrimento superficial em detrimento da infiltração, causando acumulação de águas em pontos baixos, inundações, assoreamentos, erosão e poluição dos recursos hídricos superficiais, entre outras consequências nefastas. Os municípios vão procurando compensar estes problemas com aumentos da capacidade de vazão dos sistemas de drenagem, barreiras à erosão, trabalhos constantes de reposição da normalidade, mas são medidas mitigadoras, artificiais, muitas vezes insuficientes. E as cidades vivem em permanente desequilíbrio, com os problemas a agravarem-se na justa medida do ‘desenvolvimento’ que se procura.

Macau não tem fugido a esta regra geral, mesmo em áreas onde supostamente se pretenderia o contrário. Um caso sintomático é o dos “Ocean Gardens”, zona cujo nome pressupõe à partida uma atenção especial com os espaços verdes e a integração

ambiental. Com efeito, embora exista neste bairro da Taipa um maior cuidado com a ‘decoração vegetal’, percebemos que tudo não passa de uma encenação, predominando de forma quase absoluta os espaços impermeabilizados. Com efeito, ao longo da avenida principal as vias de circulação automóvel e os passeios pedonais, com capacidades bastante superiores ao que seria necessário, são enquadradas por estreitos canteiros de arbustos e herbáceas; uma praça interior bem dimensionada, que teria todas as condições para ser um jardim rico em espécies de grandes dimensões que promovessem eficientemente a qualidade ambiental e a infiltração, está quase totalmente pavimentada; apenas a faixa periférica, junto à Avenida do Oceano, foge à regra, embora seja constituída essencialmente por superfícies relvadas, que possuem maiores índices de escorrimento superficial.

A lei do betão, a preocupação excessiva de assegurar a funcionalidade de circulação, a prevista dependência do automóvel em detrimento de outras soluções, têm impedido projectos ecologicamente mais sustentáveis. E é lamentável, porque soluções que requerem uma menor impermeabilização não são necessariamente mais caras ou difíceis de executar, apenas exigem uma alteração de prioridades e um conhecimento maior sobre as técnicas mais adequadas a cada situação.

Entre as várias políticas que têm sido usadas em países com maiores preocupações em aumentar a permeabilidade nos meios urbanos destacam-se, entre outras: a indicação de percentagens de permeabilidade requeridas no desenho urbano de novas áreas de acordo com as suas especificidades; a adopção de diversas medidas conducentes à menor utilização do automóvel, evitando-se assim o sobredimensionamento das vias; a especificação legislativa das larguras máximas necessárias às vias automóveis e passeios pedonais, complementando-se as restantes áreas com zonas verdes; a criação de ‘ilhas verdes’ em espaços não utilizados, nomeadamente entre vias de circulação automóvel; a utilização de pavimentação permeável ou semipermeável em zonas pedonais, estacionamentos e em vias automóveis de menor circulação.

Nas novas áreas de Macau, como se constata no NAPE, na Taipa ou no Cotai, foi privilegiada a funcionalidade de circulação, em particular do automóvel, em detrimento de outras soluções. Uma das consequências disso tem sido o excesso de velocidade dos veículos, que constantemente colocam em perigo os peões. Teria havido vantagem em implementaremse medidas, já experimentadas noutros países, baseadas em princípios de ‘Traffic Calming’ e de ‘Context-sensitive Design’.

Também o emprego de árvores de arruamento não constituiu uma prioridade, o que se reflecte num maior desconforto dos peões e consequente opção pelo automóvel. E a juntar a isto tudo, a impermeabilização excessiva mostra-se negativa para a sustentabilidade do meio, exigindo constantemente trabalhos suplementares a engenheiros e técnicos. E assim a vida se torna mais artificial, menos confortável, mais perigosa.

Haveria toda a vantagem numa mudança profunda de prioridades em Macau.

*Arquitecto paisagista folhasolta.ga@gmail.com

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ícones português do desporto

Gonçalo Lobo Pinheiro

É

glp@hojemacau.com.mo

especialista em mariposa, um dos estilos mais difíceis da natação. Esteve presente em três Jogos Olímpicos e chegou a ser 19.º do mundo nessa especialidade, mas pensa deixar de competir em 2012 para se dedicar de corpo e alma à Engenharia Civil.

Considera que a natação portuguesa está atrasada dez anos em relação aos atletas de topo mundial e já esteve em Macau, cidade que considera “fascinante”. Simão Morgado falou ao Hoje Macau. É actualmente um dos melhores nadadores em Portugal no estilo mariposa. Como foi bater o recorde nacional dos 100 metros por 13 vezes?

Nunca dei importância à contagem das vezes que já bati o recorde dos 100 metros mariposa.

Acredito que até já ultrapassei o número 13.

Cada vez que entro numa competição importante é para fazer o meu melhor e consequentemente, bater o recorde. Sempre que o consigo é um sentimento grande de dever cumprido, sinto que todo o esforço que coloquei nos muitos meses de treino compensou. Esse sentimento dura pouco, passado uns dias já estou a pensar na próxima competição e num novo recorde.

Para quem não entende nada de natação, o estilo mariposa é um dos mais difíceis de concretizar.

Concorda?

Concordo, é um estilo que exige uma elevada coordenação técnica e bastante treino para a adquirir. A rotação dos braços em simultâneo por fora de água exige bastante esforço, mesmo para nós atletas de competição.

Não sei ao certo o porquê de se chamar mariposa, acredito que tenha origem na semelhança que existe com o bater de asas de uma borboleta.

O que podemos esperar de si para a época de 2011?

A competição mais importante do ano é o Campeonato do Mundo

Entrevista | Simão Morgado, 32 anos, nadador

“A Macau histórica é fascinante” em Xangai, em Julho.

Será nesta competição a primeira tentativa de qualificação para a que será a minha quarta participação nos Jogos Olímpicos. Sem dúvida, que esse é o meu grande objectivo.

O ano de 2004 foi histórico para a natação portuguesa.

Ficou em 6.º lugar na final dos 100 metros mariposa nos Campeonatos Europeus de piscina longa de Barcelona. Apesar de não haver medalha, foi um

motivo de orgulho?

Esse foi de facto o meu melhor resultado desportivo. Já tinha estado em várias meias-finais em campeonatos da Europa, mas nunca numa final, algo que muito poucos nadadores portugueses conseguiram. Foi com muito orgulho que me vi entre os melhores mariposistas europeus e o sentimento permanece quando recordo esse momento, embora a vontade de repetir ou

“[A natação portuguesa] está com cerca de dez anos de atraso do topo mundial, mas já esteve há bem mais. Acredito que uma geração de jovens que têm agora 14, 15 anos pode chegar longe, mas para medalhas a nível mundial ainda nos falta muito”

fazer melhor nunca me abandona.

Dois anos depois foi considerado o 19.º melhor nadador do mundo e o 9.º melhor da Europa no estilo mariposa, à frente de nomes como Mark Foster, Thomas Rupprath ou Lars Frolander...

No Campeonato da Europa seguinte, em 2006, fui finalista, desta vez nos 50 metros mariposa. Na meia-final fiz um tempo mágico de 24,05 segundos, recorde nacional, e fui apurado para a final. Vinha de uma lesão grave num ombro e os resultados não apareciam há uns tempos.

Foi uma alegria muito forte.

Este tempo deu-me o meu melhor ranking europeu e mundial de sempre.

Os Jogos Olímpicos têm

sido decepcionantes para a natação portuguesa. O que falta para a modalidade chegar aos lugares cimeiros?

Não considero que têm sido decepcionantes. É verdade que apenas tivemos um nadador português nos 16 primeiros lugares, Alexandre Yokochi, o melhor nadador português de todos os tempos conseguiu um 7.º lugar. Mas se analisarmos o investimento que é feito no desporto amador em Portugal comparativamente com os outros países do mundo, certamente que não estaremos nos 20 primeiros.

As infra-estruturas que permitiram uma dedicação mais qualitativa à modalidade apareceram há uma década e meia.

A cultura desportiva em Portugal apenas valoriza o futebol e os apoios são escassos, o que não permite a profissionalização, ao contrário de muitos daqueles países que aparecem nas finas dos Jogos Olímpicos.

Como considera a situação da natação portuguesa neste momento?

Está com cerca de dez anos de atraso do topo mundial, mas já esteve há bem mais. Acredito que uma geração de jovens que têm agora 14, 15 anos pode chegar longe, mas para medalhas a nível mundial ainda nos falta muito. Pela razão de falta de condições que permitem a maior dedicação à natação, alguns atletas rumam aos Estados Unidos. Neste momento

Nove anos, um mês e 10 dias depois, Mourinho volta a perder em casa O Sp. Gijón venceu este sábado o Real Madrid por 1-0, no Estádio Santiago Bernabéu, e colocou um ponto final na longa invencibilidade de José Mourinho em provas nacionais. Sem Cristiano Ronaldo, Marcelo, Xabi Alonso e Benzema, o Real Madrid teve sempre o domínio da partida, mas esbarrou na boa organização defensiva montada pelo treinador Manolo Preciado, que na primeira volta esteve envolvido numa polémica com Mourinho. E os desperdícios dos madridistas acabaram por resultar numa derrota amarga para o treinador português: aos 79 minutos, De las Cuevas aproveitou um passe atrasado de Nacho Novo para marcar o único golo do jogo.

estão a representar uma universidade americana dois portugueses que têm tido uma progressão bastante boa.

Quais são os seus ídolos do desporto?

Na natação não tenho ídolos, admiro alguns atletas mas não idolatro nenhum. Lembro-me que quando tinha mais ou menos 15 anos o meu ídolo era o russo campeão olímpico (1996), Denis Pankratov. Até colava fotografias dele nos cadernos da escola. Em 2000, num campeonato da Europa nadamos lado a lado, venci-lhe e apurei-me para os meus primeiros Jogos Olímpicos. Depois disto nunca mais tive ídolos neste desporto. O meu ídolo no geral é o surfista Kelly Slater, atleta que já tive o grande prazer de conhecer e de lhe pedir um autógrafo.

“Já estive três vezes em Macau. Gosto bastante da cidade, os imponentes casinos são a sua principal atracção mas a parte histórica é fascinante... o templo de A-Má, as Ruínas de São Paulo e a sua fachada da igreja da Madre de Deus, a Fortaleza do Monte e a sua magnífica vista...”

Quem é o Simão Morgado como pessoa e fora do desporto?

Sou um jovem como outro qualquer, amigo do seu amigo, divertido, ambicioso, gosto muito de viajar e costumo ocupar os meus tempos livres a fazer surf. Neste momento iniciei um desafio novo na minha vida, criei uma marca de fatos-de-banho personalizados, que está a correr bastante bem.

Já esteve em Macau?

Já estive três vezes em Macau. Gosto bastante da cidade, os imponentes

casinos são a sua principal atracção mas a parte histórica da cidade é fascinante... o Templo de A-Má, as Ruínas de São Paulo e a sua fachada da igreja da Madre de Deus, a Fortaleza do Monte e a sua magniífica vista. Por duas vezes realizei estágios de preparação em Macau, uma vez antes dos Jogos Olímpicos e outra antes de um Campeonato do Mundo na Austrália. A minha terceira visita foi para passar férias, junto de um grande amigo, ex-nadador, Gil Maia Santos, que durante anos foi gerente do catering no centro de convenções da Torre de Macau e gerente do restaurante francês do MGM. Tem 32 anos. Quais são as suas metas para os próximos anos?

Estou a finalizar o mestrado em Engenharia Civil, algo que deixei para trás durante alguns anos em prol da natação mas que pretendo finalizar agora.

Penso deixar de nadar em 2012. Nessa altura deverei dedicar-me à engenharia, embora tenho boas perspectivas para o projecto que abracei recentemente.

Vê-se como uma embaixador do desporto português?

Não, de forma alguma os meus feitos são comparáveis ao de grandes nomes do desporto nacional. Pelo facto de ser o atleta mais velho a competir ao mais alto nível na natação em Portugal e de ser capitão da Selecção Nacional, assimilo alguma responsabilidade em procurar levar a natação cada vez mais alto e de lhe cada vez mais espaço panorama desportivo nacional.

Uma palavra à comunidade portuguesa de Macau...

Agradeço toda a hospitalidade aquando da minha estadia em Macau, fui muito bem recebido e fiquei com vontade de voltar. Desejo a todos os portugueses muito sucesso e faço um pequeno apelo a darem uma mãozinha ao seu país de origem que atravessa momentos difíceis.

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Quem é Simão Morgado?

Palmarés

• Nome Completo • Modalidade • Data de Nascimento • Naturalidade • Nacionalidade • PesO: 77 kg • Altura: 1,84 m

• Recordista nacional dos 50 e 100 metros do estilo mariposa • Presenças em Jogos Olímpicos: Sidney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008) • Chegou a 19.º lugar do ranking mundial

Simão Pedro Gomes Morgado Natação (estilo mariposa) 4 de Março de 1979 (32 anos) São Domingos de Rana Portugal

• Campeonatos da Europa de Piscina Longa 2004 (Madrid) 100m Mariposa: 6.º Lugar (Finais) 2006 (Budapeste) 50m Mariposa: 8.º Lugar (Finais)

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A

crise dos 30. É esse o tema central da peça de teatro “29+1”, da autoria da actriz, dramaturga e encenadora de Hong Kong Kearen Pang, e que chega a Macau entre os dias 3 e 5 de Junho, no Centro Cultural (CCM).

“29+1” aborda a pressão que as pessoas sentem durante o processo de envelhecimento, quando estão prestes a fazer 30 anos. Será este um momento emocional de passagem para a maturidade ou o começo de uma nova e brilhante fase?

A história tem início com uma mulher que, prestes a fazer 30 anos, sempre foi auto-confiante em relação à sua aparência e ao percurso profissional mas, de repente, se encontra à beira do que poderá ser uma queda vertiginosa. Quando a protagonista começa a sentir a pressão da maturidade conhece uma outra mulher, com a mesma idade mas com uma percepção totalmente diferente em relação à vida. Um encontro que a vai mudar de forma profunda.

Kearen Pang revelou-se uma das mais carismáticas actrizes de Hong Kong dos últimos anos

cultura Teatro | “29+1” narra a crise das mulheres à beira dos 30 anos

Uma viagem ao sentido da vida

onde representou os papéis principais em inúmeras produções.

Além de representar, Kearen é produtora multimédia e uma artista multifacetada, tendo produzido trabalhos de guionista e

encenação. O seu repertório inclui uma vasta gama de trabalho criativo, de peças de teatro a filmes e livros, sempre com uma marca de perspicácia e sensibilidade que agrada bastante ao público

• 29+1 - Pequeno Auditório do Centro Cultural de Macau - De 3 a 5 de Junho, às 20h00 - 120 minutos sem intervalo - 140 patacas

feminino. Em 2004, Kearen recebeu uma bolsa da Federação das Sociedades Dramáticas de Hong Kong para estudar pantomina e movimento no Studio Magenia de Paris. Regressada à região vizinha, começou a investir nas suas próprias produções de teatro e foi galardoada com o prémio de Melhor Actriz de Comédia atribuído pelos Prémios Dramáticos de Hong Kong.

Paralelamente aos espectáculo, realiza-se uma tertúlia conduzida em cantonês no dia 4 de Junho. Kearen vai partilhar ideias sobre o conceito de “29+1”.

Este é um evento de admissão livre com lugares limitados pelo que as senhas serão distribuídas por ordem de chegada.

Os bilhetes para a peça “29+1” estarão disponíveis a vários preços e descontos, a partir de sexta-feira, dia 8, nas bilheteiras do CCM e rede Kong Seng.

Instituto Cultural aprova novas bolsas de investigação académica

Mais quatro estudos sobre e para Macau E

m breve, vamos ficar a saber mais sobre a arquitectura paisagística, as actividades americanas, a história industrial e budista de Macau. São esses os temas de quatro estudos académicos seleccionados

pelo Instituto Cultural (IC) para integrar a nova leva de bolsas de investigação.

As candidaturas estiveram abertas durante seis meses no ano passado – entre Junho e Novembro – e foram seleccionadas

propostas por quatro investigadores. Dois são da China continental e os outros dois são talentos locais.

Tong Qiaohui, professora do Departamento de Arquitectura da Escola de Desenho Urbano da Unipub

O Instituto Internacional de Macau tem o prazer de convidar para a inauguração da EXPOSIÇÃO “O ORIENTE DE INFLUÊNCIA CULTURAL PORTUGUESA” em bilhetes postais da colecção de João Loureiro e para a apresentação da “Colectânea de Literatura Oral de/em Língua Portuguesa”, do Instituto Internacional de Língua Portuguesa.

Dia 6 de Abril, às 18H00 CLUBE MILITAR

versidade de Wuhan, vai dedicar-se ao “Estudo sobre a arquitectura paisagística de Macau nos tempos modernos (meados do século XIX ao início do século XX)”.

Yufan Hao, director da Faculdade de Ciências Sociais

e Humanas e professor do Departamento de Administração Pública e Governamental da Universidade de Macau, vai abordar a temática das actividades americanas em Macau nos meados do século XIX, cen-

tradas no Consulado dos Estados Unidos em Macau entre 1849-1869.

Jiang Boqin, professor e orientador do curso de doutoramento do Departamento de História da Universidade Sun Yat-sen e investigador da Academia de Dunhuang, escolheu trabalhar com a “Discussão complementar sobre Shilian Dashan e a história budista de Macau”, enquanto que Tang Kaijian, professor e orientador do curso de doutoramento do Departamento de História da Universidade de Macau, escolheu o “Estudo sobre a história industrial de Macau nos tempos modernos (entre meados do século XIX e início de XX)”.

Cada trabalho deverá estar concluído no prazo de um ano e deverá ter um mínimo de 120 mil palavras. Os textos – ou parte deles – podem ser publicados na Revista de Cultura.

Em Agosto, serão dados a conhecer mais estudos aprovados para receber a bolsa do Governo, cujo valor é definido caso a caso.

[f]utilidades Cineteatro | PUB

[ ] Cinema

Sala 1

127 hours [c]

Um filme de: Zack Snyder Com: Emily Browning, Abbie Cornish, Vanessa Hudgens 14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Um filme de: Danny Boyle Com: James Franco, Amber Tamblyn,

Kate Mara 21.30

Sala 2

SALA 3

Falado em cantonense Um filme de: Kelly Asbury 14.30, 16.00, 17.45, 19.30

Um filme de: Jaume Collet-Serra Com: Liam Neeson, Diane Kruger, January Jones 14.30, 16.30, 19.30, 21.30

sucker punch [c]

gnomeo and juliet [a]

HORIZONTAIS: 1-RAPAZICE. CE. AO. 2-ORITE. ETIGO. 3-MO. AFRACAR. 4-EMACIAR. PAL. 5-NAGAR. ABIDA. 6-I. ODOR. ACEM. 7-ASNO. OSTE. E. 8-OIROFIO. EL. 9-PUA. ROSTELO. 10-ABDUN. SARAS. 11-REOTOMO. ORO. VERTICAIS: 1-ROMENIA. PAR. 2-AROMA. SOUBE. 3-PI. AGONIADO. 4-ATECADOR. UT. 5-ZEFIRO. ORNO. 6-I. RA. ROFO. M. 7-CEARA. SISSO. 8-ETC. BATOTA. 9-IAPICE. ERO. 10-AGRADE. ELAR. 11-OO. LAMELOSO.

solução do problema do dia anterior

Su doku [ ] Cruzadas

Soluções do problema

Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

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UNKNOWN [c]

HORIZONTAIS: 1-Rapaziada. Contracção da preposição e a do artigo o.

2-Planta protácea. Forma antiga e popular de ético, ect. 3-Monte de grão, depois de debagado ou malhado. Afrouxar. 4-Emagrecer. TV. a cor.

5-Espécie de tambor. Molusco gastrópode. 6-Em numeração romana, significa um. Cheiro. Parte de lombo do boi, entre a pá e a extremidade do cachaço. 7-Pessoa estúpida. Termo antigo, hóspede. Do tratamento de Excelência e Eminência. 8-Exactamente. Ele. 9-Intervalo entre os dentes do pente de tear. Prolongamento, em forma de bico. 10-Poeta árabe, de Evora. Indígenas do Norte do Brasil. 11-Aparelho com que se interrompe periodicamente uma corrente voltaica. Elemento de origem grega que significa montanha.

VERTICAIS: 1-România. O macho e a fêmea de certas aves. 2-Essência odorífera de várias substâncias vegetais. Tive conhecimento. 3-Elemento de origem grega que significa pus. Amargurado. 4-Aquele que ataca.

Primeira nota de escala musical, hoje substituída por dó. 5-Vento suave e fresco, aragem. Freixo em flor. 6-Uma vogal que está depois do e. Rádio. Ruga. De Maxwell, unidade de fluxo magnético. 7-Estado do Brasil. Árvore indiana. 8-De etcaetera. Logro. 9-Vento que sopra no Sul da Itália. Herdade dividida. 10-Tabique de metal. Prender-se com elos, segurar.se com as gavinhas. 11-Acto de dormir. Que tem lâminas.

REGRAS |

segunda-feira 4.4.2011

[Tele]visão www.macaucabletv.com TDM 13:00 TDM News - Repetição 13:30 Jornal das 24h RTPi 14:30 RTPi Directo 17:30 Liga Zon Sagres 2010/ 2011: V. Guimarães VS Sporting ( Rep ) 19:00 TDM Entrevista (Repetição) 19:30 Ganância 20:25 1 Minuto de Astronomia 20:30 Telejornal 21:00 Jornal da Tarde RTPi 22:10 Viver a Vida 22:58 1 Minuto de Astronomia 23:00 TDM News 23:30 TDM Desporto 00:00 Há Conversa 01:00 Telejornal - Repetição 01:30 RTPi Directo INFORMAÇÃO TDM RTPi 82 14:00 Telejornal Madeira 14:30 KM Zero 15:00 Magazine EUA Contacto – N.Inglaterra 15:30 De Sol A Sol 16:00 Bom Dia Portugal 17:00 O Preço Certo 17:45 O Olhar Da Serpente 18:30 Linha Da Frente 19:00 Maternidade 20:00 Jornal Da Tarde 21:15 O Preço Certo 22:00 Magazine EUA Contacto – N. Inglaterra 22:30 Portugal No Coração TVB PEARL 83 06:00 Bloomberg Rewind 07:00 First Up 08:00 Putonghua E-News 08:30 ETV 10:30 Inside the Stock Exchange 11:00 Market Update 11:30 Inside the Stock Exchange 11:32 Market Update 12:00 Inside the Stock Exchange 12:02 Market Update 12:30 Inside the Stock Exchange 12:35 Market Update 13:00 CCTV News - LIVE 14:00 Market Update 14:40 Inside the Stock Exchange 14:43 Market Update 15:58 Inside the Stock Exchange 16:00 Sesame Street (XXXXI) 17:00 Escape From Scorpion Island 17:30 City Of Friends 18:00 Putonghua News 18:10 Putonghua Financial Bulletin 18:15 Putonghua Weather Report 18:20 Financial Report 18:30 America’s Funniest Home Videos 18:50 6 billion Others 19:00 The Wall Street Journal Report 19:30 News At Seven-Thirty 19:50 Weather Report 19:55 Earth Live 20:00 The Pearl Report 20:30 The Vampire Diaries 21:30 Top Gear 22:30 Market Place 22:35 House 23:30 The CEO Connection 23:35 World Market Update 23:40 News Roundup 00:55 Earth Live 00:00 24 00:55 The Wall Street Journal Report 01:20 FIFA Football World 01:50 European Art At The MET 02:00 Bloomberg Television 05:00 TVBS News 05:30 CCTV News ESPN 30 12:30 Ijf Grand Prix Rotterdam 2010 15:00 Winter X Games 15 Slammed/stomped 15:30 MLB Regular Season 2011 San Francisco Giants

vs. Los Angeles Dodgers

18:30 (Delay) Baseball Tonight International 2011 19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 20:00 The Monday Night Verdict 20:30 Stihl Timbersports Series 21:00 European Mixed Team Championships 22:00 KIA X Games Asia 2010 22:30 Sportscenter Asia

23:00 The Monday Night Verdict 23:30 Stihl Timbersports Series STAR SPORTS 31 12:00 Red Bull MotoGP Rookies Cup 2011 - Race 1 13:00 Red Bull MotoGP Rookies Cup 2011 - Race 2 14:00 Inside Racing 2011

14:30 Kings Cup Regatta 2010 15:00 MotoGP World Championship 2011 - Main Race Gran Premio De Espana 18:30 FEI Equestrian World

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22:00 Planet Speed 2010/11

22:30 Engine Block 2011

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17:15 Cyborg Conquest 19:00 Frankenstein Meets The Wolf Man 20:30 Piranha Ii: The Spawning 22:00 Critters 2: The Main Course

23:30 Epad On Max 104 23:45 The Island Of Dr. Moreau MGM 43 12:45 Still of the Night 14:15 Hotel Oklahoma 16:00 The Resurrected 17:45 Double Trouble 19:15 Committed 21:00 The Mod Squad 22:45 Bridge to Silence 00:15 Leather Jackets DISCOVERY CHANNEL 50 13:00 Mythbusters - Exploding Steak 14:00 Crashes That Changed Flying 16:00 Miracle Of The Hudson Plane Crash 17:00 Dirty Jobs - Mattress Recycler 18:00 How It’s Made 18:30 How Do They Do It? 19:00 Extreme Peril - North Hollywood Shootout 20:00 Dirty Jobs Repacks 21:00 Storm Chasers 2010 - Back Seat Driver 22:00 Swamp Loggers - Money Pit 23:00 Whale Wars - With A Hook 00:00 Storm Chasers 2010 - Back Seat Driver NATIONAL GEOGRAPHIC CHANNEL 51 12:30 About China - Megastructures 13:25 Ancient Secrets - Cathedrals Decoded 14:20 Ancient Megastructures 15:15 SECRETS OF THE VIKING WARRIORS 16:10 Meet The Natives 17:05 Don’t Tell My Mother 18:00 Is It Real? - Apeman Of Sumatra 19:00 True Stories 20:00 About China - Megastructures 21:00 The Border -Defensive Line 22:00 Military Monday - Inside Afghan ER 23:00 Alaska State Troopers 00:00 The Border -Defensive Line ANIMAL PLANET 52 13:00 Corwin’s Quest 14:00 Animal Planet Reveals Asia 15:00 Cats 101 16:00 Echo And The Elephants Of Amboseli 17:00 Animal Witness 18:00 Animal Precinct 19:00 The Most Extreme - Hissy Fits 20:00 Austin Stevens: Most Dangerous...

21:00 Cats 101 22:00 Great Ocean Adventures 23:00 The Haunted - Terror At Maple Dale Farm 00:00 Austin Stevens: Most Dangerous...

HISTORY CHANNEL 54 13:00 Afraid Of The Dark 15:00 The Universe 16:00 Brad Meltzer’s Decoded 17:00 Pawn Stars 18:00 Declassified 19:00 Ancient Discoveries 20:00 Shockwave 21:00 Cities Of The Underworld 22:00 Pawn Stars 23:00 American Pickers 00:00 Modern Marvels

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opinião ca d er n o d i á r i o Pedro Correia

SEGUNDA, 28 O PCP continua a ser o único partido português a alinhar com o regime de Kadhafi, contestando a intervenção internacional de apoio aos opositores do ditador na Líbia. No Avante! de 10 de Março, sob o título “É tempo de impedir a guerra”, o jornal dedicava um texto à Líbia, ignorando logo no título que já então se desenrolava uma guerra no país. “Guerra” – para o jornal oficial dos comunistas portugueses, tal como para Kadhafi – só sucederia no dia em que ali ocorresse uma intervenção estrangeira.

Mas naquela altura, até devido à presença de numerosos correspondentes de guerra na Líbia, o mundo não podia ignorar que se registava um duro conflito totalmente desproporcionado: de um lado os resistentes mal equipados e sem recurso à aviação; do outro, a ditadura líbia, armada até aos dentes. Nada que comovesse o Avante!: o jornal oficial dos comunistas desvalorizava por completo o massacre de civis às ordens do coronel líbio, qualificando-o como “desinformação imperalista”. Isto numa fase em que – acreditava o jornal - “a postura da China e da Rússia no Conselho de Segurança das Nações Unidas” seria “contrária a uma agressão à Líbia”. Kadhafi pensava o mesmo, mas ele e os amigos de Lisboa enganaram-se: Moscovo e Pequim recusaram vetar a resolução 1973 do Conselho de Segurança, viabilizando assim a missão da ONU destinada a proteger o povo líbio.

Há quem se escandalize com esta sintonia entre o PCP e Kadhafi. Mas que outra coisa seria de esperar de um partido que apoiou o infame pacto assinado entre a Alemanha de Hitler e a URSS de Estaline, a construção do muro de Berlim e as invasões imperalistas de países soberanos como a Hungria e a Checoslováquia pelos blindados “internacionalistas” da União Soviética?

TERÇA, 29 Uma frase: «A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.» (Gandhi).

QUARTA, 30 Cavaco Silva acaba de nomear os cinco membros do Conselho a que tem direito por prerrogativa constitucional.

Manteve quatro que transitaram do seu primeiro mandato em Belém e decidiu substituir o quinto. Este é António Bagão Félix, que foi membro de um dos seus executivos e se tornou entretanto um dos políticos mais próximos de Paulo Portas. Embora não seja filiado no CDS, Bagão Félix preenche uma quota informal deste partido no Conselho de Estado, tanto mais que substitui o democratacristão Miguel Anacoreta Correia. Os outros conselheiros (re)designados por Cavaco são Leonor Beleza, Marcelo Rebelo de Sousa, João Lobo Antunes e Vítor Bento. Os dois primeiros da área social-democrata (Leonor Beleza foi ministra de Cavaco e Marcelo chegou a liderar o PSD), os outros dois em representação da chamada “sociedade civil”.

O critério de Cavaco é estreito. E confirma que o actual chefe do Estado perdeu atributos revelados noutros tempos, em que fazia pontes para sectores políticos muito para além do partido que comandou. Falta neste elenco designado por Belém alguém claramente conotado com a esquerda. Cavaco teria revelado rasgo político se pelo menos uma das personalidades que indicou para o Conselho de Estado fosse desta área política – e porque não até próxima do PCP, que não tem qualquer representante directo ou indirecto neste órgão em representação da Assembleia da República?

Não seria pedir de mais a alguém que procura não ser confundido com um líder de facção. Procura sem o conseguir. Por vezes dir-se-ia até que não faz qualquer esforço nesse sentido. É uma indicação clara do que devemos esperar dele neste segundo mandato. Ou do que não devemos esperar.

QUINTA, 31 Todas as gerações têm o seu Casablanca: um filme sobre uma insólita e desesperada história de amor. Em tempo de guerra, como o original, ou em tempo de paz – se é que podemos chamar paz a estes anos de intróito entre guerras como aqueles que vivemos. Vejo Lost in Translation – O Amor é um Lugar Estranho como uma espécie de Casablanca dos anos iniciais do século XXI – um homem e uma mulher encontram-se algures no mundo, muito longe das paisagens mais familiares, e procuram um no outro uma espécie de bússola que lhes permita navegar entre os escolhos da vida. Estão em ambientes estranhos, rodeados de idiomas incompreensíveis, parecendo náufragos em ilha deserta apesar das multidões em redor.

ca rtoon por Steff

Todas as gerações têm o seu Casablanca: um filme sobre uma insólita e desesperada história de amor. Em tempo de guerra, como o original, ou em tempo de paz – se é que podemos chamar paz a estes anos de intróito entre guerras como aqueles que vivemos A mais profunda solidão, como é sabido, pode ocorrer no frenesim das grandes cidades. Lost in Translation – uma tocante e originalíssima história de amor – fala-nos disto através de duas personagens: um actor de meia-idade e uma jovem recémlicenciada, que por acaso se encontram num hotel de cinco estrelas em Tóquio. São ambos norte-americanos, ambos casados, ambos solitários. Estão ambos de passagem pela capital japonesa, que ambos visitam pela primeira vez. Ele com o enfado de quem já viu muito, ela com o deslumbramento de quem tem ainda quase tudo por ver.

Ele é Bob Harris (Bill Murray, no papel da sua vida), um actor que se encontra em Tóquio a gravar um anúncio publicitário a uma marca de uísque. “Na hora da descontracção, descontraia-se com Suntory”. Ela é Charlotte (Scarlett Johansson), formou-se em Yale, no Verão anterior, e mudou-se de Nova Iorque para Los Angeles depois de casar com um fotógrafo que acompanha bandas rock e parece pouco ou nada interessado nela.

continente em sofrimento

Neste filme sobre o desenraizamento e a solidão, onde quase nada é dito e tudo se sugere, Sofia Coppola (o génio vem nos genes) intercala planos de Bob e Charlotte, nos respectivos quartos, em intermináveis noites de insónia. Ele faz zapping, vê-se num filme antigo, dobrado em japonês. Rla contempla os néons da cidade através das vidraças do Hotel Park Hyatt. Estão ambos no coração de uma das mais laboriosas metrópoles do planeta, mas ele sonha apenas com a peça de teatro que deixou de fazer para se deslocar ao Japão e ela lembra com fascínio um templo xintoísta que visitou sozinha em Tóquio. Conversam pela primeira vez no bar panorâmico do hotel, ao som de uma versão melosa de Scaraboroug Fair. É o início de uma bela amizade.

“Ganho dois milhões de dólares pela publicidade a um uísque quando podia estar a fazer uma peça de teatro. Mas a boa notícia é que o uísque é bom” - diz Bob. - Tentei ser escritora, mas odeio o que escrevo.

Tentei ser fotógrafa, mas as fotografias saemme sempre medíocres - diz Charlotte.

- Um dia saber. Continue a escrever - diz Bob. Decidem mergulhar na noite da cidade.

Vemo-los em Ginza, na Torre de Tóquio, na ponte de Yokohama. Confraternizam com japoneses num caraoque onde Bob canta More Than This, dos Roxy Music. “Tu sabes nada mais haver que isto.”

Trocam confidências. Estabelece-se entre eles uma inconfundível cumplicidade.

Charlotte vence enfim a guerra contra a insónia. Bob deposita a bela adormecida no seu quarto.

E há a despedida - a mais bela despedida de que me lembro no cinema, excepto (e lá volta o paralelo) a de Casablanca. Numa cena totalmente despojada de melodrama mas que nos seduz também por isso. É uma despedida rápida, num lóbi de hotel.

Ela - Vou ter saudades.

Ele - Não quero ir.

Ela - Não vá. Fique aqui comigo.

Bob levará Charlotte para sempre. Será isso que lhe sugere ao ouvido? Só podemos adivinhar pelo esboço de sorriso que se abre no rosto dela. Um cineasta mediano mostraria. Sofia Coppola oculta. Ou este não fosse também um filme tocado por uma surpreendente, fascinante, envolvente e singular atmosfera de pudor. De quantos produzidos nos nossos dias se poderá dizer o mesmo?

Alguns filmes reconciliam-nos com o cinema. Outros reconciliam-nos com a vida. Mais raros ainda são os que nos reconciliam simultaneamente com a vida e o cinema enquanto o tempo passa.

Como este filme, que apetece rever uma vez e outra. Graças a Lost in Translation, seremos sempre felizes em Tóquio. Quem disse que jamais se deve voltar a um lugar onde já se foi feliz?

Não é o que vem de fora que mas o que vem do coração.

mancha o homem,

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Padre Manuel Teixeira [1912-2003]

”

Dito da semana: Fraca

ol h a d el a Gilberto Lopes

“O problema não são as viagens de Fernando Chui Sai On, mas quem ele deixa no seu lugar sempre que viaja. Ela (Florinda Chan) é muito fraca. É uma opinião generalizada.

LARRY SO EM ENTREVISTA AO “HOJE MACAU”

Quem quer correr com a ADA do Aeroporto?

• Na semana em que Edmund Ho apelou ao reforço da cooperação entre Macau e Portugal, uma empresa luso-chinesa é afastada da gestão doAeroporto Internacional. É preciso não esquecer que a ADA (Administração deAeroportos) é o resultado de uma “joint-venture” entre a portuguesa ANA (Aeroportos de Portugal) e a chinesa CNAC (Aviação Civil Nacional da China), que, de resto, tem 51 por cento da ADA. Há muito que defendo que o Governo de Macau deve dar um murro na mesa no sector da aviação civil. Agora, como no passado, os interesses são muitos e há quem sonhe mais com os terrenos que há para os lados da Ponte da Cabrita (já ninguém se lembre deste nome) de que com os verdadeiros interesses de Macau e da população.

Numa época em que se fala tanto de transparência, o primeiro passo a dar é explicar o que determinou o afastamento da ADA. O Aeroporto Internacional tem sido bem gerido, mas a CAM alega razões comerciais para acabar com o contrato.

Senhores da CAM, deixemse de brincadeiras, que o assunto é sério. E já agora expliquem lá quem é a empresa - e os seus accionistas - que vai assumir a gestão do empreendimento.

Espero que os patrões da nova concessionária não tenham ligações, directas e/ou indirectas, ao actual Chefe do Executivo.

O assunto pode não estar to-

Ainda neste sector, gostava também de saber o que justifica o elevado lucro da Air Macau. Aempresa presta um mau serviço, tem parte dos seus aviões em Pequim e ganha milhões. Não percebo, mas confesso que de aviões nada sei.

Justiça Edmund Ho recebeu esta semana a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, que lhe tinha sido atribuída no último 10 de Junho pelo presidente Cavaco Silva. Uma distinção justa, mercê do importante papel que o antigo Chefe do Executivo teve em Macau nas últimas décadas, nomeadamente nos primeiros 10 anos da RAEM. O apoio e o destaque dado, desde a primeira hora, aos portugueses, contribuíram, decisivamente, para a afirmação e consolidação da presença portuguesa em Macau.

Rita Santos merece também a condecoração (grau de comendador da Ordem de Mérito) que lhe foi entregue pelo embaixador de Portugal na China. O trabalho desenvolvido no Fórum Macau, mesmo quando tem muito folclore à mistura, tem vindo a dar resultados.

GIT A promoção de André Ritchie merece também nota positiva. É sinal de que a comunidade portuguesa tem jovens valores que se vão afirmando na RAEM. O novo coordenador-adjunto do Gabinete para as Infraestruturas de Transportes tem sido um peça importante no concurso do metro ligeiro.

Mais e menos + A Confraria da Gastronomia Macaense e o

ACONTECIMENTO DA SEMANA • • Os novos cheques ainda não foram anunciados, mas vão chegar. Dar dinheiro parece ser a estratégia do Governo para combater o descontentamento da população.

Muitos dos aumentos anunciados esta semana só pecam por ser tardios. Os valores há muito que não eram revistos e mesmo que tenham sofrido aumentos significativos acabam por ser revelar curtos. As pensões e outros subsídios tem que ter aumentos anuais, devem acompanhar a inflação e ir até um pouco mais longe para diminuir o fosso entre ricos e pobres. Fixar a pensão de velhice nas 2000 patacas é pouco. Os idosos merecem ter um

talmente encerrado. Vamos ver o que se vai passar nas próximas semanas. O Governo ainda pode fazer a CAM emendar a mão, sob pena de pactuar com um desenho, cujos contornos estão mal definidos.

as FIGURAS DA SEMANA

Grupo de Teatro Dóci Papiaçam di Macau entregaram esta semana, ao Instituto Cultural, a candidatura a Património Cultural Imaterial. Um passo fundamental para promover e preservar a gastronomia e o teatro em patuá. As duas instituições têm desenvolvido um trabalho meritório, que deve ter o apoio de todos. Para breve, estão previstas outras iniciativas, que devem contribuir para afirmar a herança cultural da comunidade portuguesa na RAEM.

A terra dos subsídios

final de vida com dignidade e não viver com dificuldades. O mesmo sucede com a pensão de invalidez - deve ser mais elevada.

Como dizem os economistas, a inflação não se combate com mais dinheiro, pois mais patacas na bolsa dos residentes estimulam o consumo, o que pode contribuir para aumentar a inflação. É preciso acabar, definitivamente, com o monopólio na importação dos bens essenciais, que entram todos os dias em Macau. O Governo sabe, muito bem, quem está a ganhar com esta situação.

Fernando Chui Sai On tem falado em alar-

gar os canais de distribuição. É um passo fundamental para tentar controlar a inflação. É também importante criar mecanismos que evitem que os subsídios criem em Macau o conceito do subsídio-dependência: é melhor receber o subsídio de risco social que ir trabalhar (nas famílias com dois membros o montante foi fixado em 5210 patacas, superior ao salário mínimo atribuído ao pessoal da segurança e da limpeza).

Positivo é a actualização dos apoios ao ensino. Reforçar a formação e o conhecimento é uma boa aposta, tendo em vista o futuro de Macau.

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Shuen Ka Hung tem uma grande tendência para fazer afirmações sem sentido. É claro que é necessário regulamentar a greve e criar legislação que permita a criação de associações sindicais ou sindicatos. O Governo não deve perder mais tempo e cumprir o que está consagrado na Lei Básica. Regulamentou o artigo 23, deve fazer o mesmo quanto ao direito dos residentes à greve e à participação em associações sindicais.

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Filipa Queiroz; Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; João Miguel Barros, Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Luís Sá Cunha, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Av. Dr. Rodrigo Rodrigues nº 600 E, Centro Comercial First Nacional, 14º andar, Sala 1407 – Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo

Vêm aí subsídios em vez de cheques.

Jaime Pacheco entra a ganhar O treinador português Jaime Pacheco estreou-se ontem com uma vitória na Superliga chinesa de futebol com o “seu” Beijing Guo’An, ao derrotar o Jiangsu Shuntian por 2-0, fora de casa. Os dois golos da equipa orientada pelo português no jogo da primeira jornada do principal campeonato de futebol do país foram marcados apenas na segunda parte.

“Foi muito bom mas não crio expectativas elevadas.

Depois de uma primeira parte equilibrada fomos perfeitos no segundo tempo. Criámos várias oportunidades de golo, marcámos dois e não deixámos o adversário jogar”, afirmou Jaime Pacheco ao Hoje Macau.

Após três meses de trabalho com estágios repartidos entre o sul da China e Melgaço, em Portugal, o treinador português está satisfeito com o que tem conseguido do plantel às suas ordens, apesar da muita juventude que o compõe.

“Sempre foi intenção dos dirigentes mesclar os velhos e experientes com os jovens. E hoje até convoquei dois deles.

Temos cinco estrangeiros e alguns jogadores internacionais chineses. Com esses e com os outros espero ter uma equipa equilibrada até porque quero dar oportunidades aos que cá estão”, explicou o treinador.

Depois de contratar Roberto, ponta-de-lança ex-Vitória de Guimarães, a custo zero e David, brasileiro que jogou no Japão e nos países árabes, o clube atingiu o limite de cinco estrangeiros, apesar de Jaime Pacheco ter tentado trazer dois pesos pesados do futebol português. “Tentei trazer o Paulo César do Sporting de Braga e o Sougou da Académica, mas os clubes pediram valores muito altos apesar de os jogadores se terem mostrado interessados.

Mas agora tenho de criar uma identidade com os que cá tenho”, revelou Jaime Pacheco.

No geral, o treinador está contente com a aposta que fez para a sua carreira e espera dentro de dois ou três meses ter a sua equipa na máxima força e a jogar à sua imagem.

“Ainda estou a gatinhar na China (risos). Gosto de estar aqui apesar das saudades da família e, principalmente, da comida. Mas quero fazer um bom trabalho. Não é fácil, mas no máximo dentro de três meses quero o Beijing a jogar à minha imagem”, disse o técnico português. – G.L.P.

Finalmente!

Abaixo a...

...

inflação

!!!

Futebol | Porto empata sem golos

Ka I de novo líder Marco Carvalho

D

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uas semanas depois de ter sido afastado da liderança do principal campeonato de futebol de Macau, o Windsor Arch Ka I regressou à ribalta do desporto-rei do território, ainda que com uma pequena ajuda do vice-campeão Futebol Clube do Porto.

Os dragões do território empataram sem golos com a Selecção de Sub-23 da Associação de Futebol de Macau (AFM), na partida que abriu a oitava ronda da Liga de Elite na noite da última sexta-feira. Frente ao onze que liderou o Campeonato durante as duas últimas semanas, a formação orientada por Dani não esperava facilidades e a evolução do encontro dentro das quatro linhas acabou por confirmar os receios do grupo de trabalho azul e branco. Expeditos no ataque e fortes na defesa, os jovens da formação do Lótus conseguiram criar muitas dificuldades ao onze da Casa do Futebol Clube do Porto em Macau, mas a determinação com que os dragões do território anularam algumas das principais referências do adversário – nomeadamente o artilheiro Leong Ka Hang – acabaram por travar a marcha vitoriosa da Selecção de Sub-23. A formação da AFM continua a ser a única equipa que ainda não perdeu esta temporada, mas o empate concedido frente ao FC Porto acabou por relegar os até agora líderes do Campeonato de novo para a segunda posição da tabela.

No encontro de maior nomeada da oitava jornada da Liga de Elite, o campeão em título Ka I derrotou o Monte Carlo por quatro bolas a duas, na partida que pautou a estreia do técnico Dionísio Ramos no banco do conjunto “canarinho” após a saída de Paulo Bento, treinador que regressou a Portugal a 21 de Março. A equipa presidida por Firmino Mendonça ainda assustou o Ka I, ao inaugurar o marcador antes ainda de se cumprir o segundo minuto de jogo. Chao Wai Hou foi o autor da proeza, num remate certeiro em que o guarda-redes Chan Ka Kei – habitual suplente na formação orientada por Rui Cardoso – não fica isento de culpas.

A resposta dos campeões do território surge aos vinte e oito minutos, num remate cruzado desferido no interior da área do

Monte Carlo por Nicholas Torrão.

A partida seguiu para intervalo com o empate a uma bola a pautar o andamento do marcador, mas no início da segunda parte tudo mudou, com Chan Pak Chun a colocar o Windsor Arch Ka I pela primeira vez na frente do marcador num remate em jeito em que o guarda-redes do Monte Carlo não fica muito bem na fotografia.

Se dúvidas houvesse quanto ao maior acerto ofensivo da formação orientada por Rui Cardoso, elas caíram por terra aos 61 minutos, com o nigeriano Christopher Nwardou a marcar um dos melhores golos da tarde, na sequência de uma jogada em que recupera a bola ao meio campo e leva atrás de si meia defesa adversária antes de disparar com sucesso para o fundo das redes do Monte Carlo.

O tento de Nwardou só não foi o melhor do encontro por três minutos depois Ricardo Júnior fez ligeiramente melhor. O avançado brasileiro apontou o segundo golo do Monte Carlo num espectacular remate desferido do meio-campo adversário, a mais de 35 metros do último reduto do Ka I. Os campeões do território fecharam a contagem aos oitenta minutos por intermédio de William Carlos Gomes, jogador que evoluiu na última temporada com a camisola do Monte Carlo.

De regresso aos bons resultados, o Lam Pak goleou o Pau Peng por 6 – 0, empurrando a formação do Grupo Desportivo Artilheiros para a derradeira posição da tabela. Lin Lei Yi inaugurou o placard logo à passagem dos nove minutos, mas o início promissor de partida do conjunto orientado por Chan Man Kin só na segunda parte se consubstan-

ciou à saciedade. Aos 50 minutos, cinco minutos após o intervalo, o veterano Che Chi Man dilatou a vantagem, no primeiro de três golos marcados num período de apenas dez minutos. Aos 55 minutos, Lin Jian Ming deixou também o nome ligado à história do encontro, antes de Lin Lei Yi marcar o seu segundo golo aos 58 minutos. Chan Tzs Yeung saltou do banco para limar os contornos à goleada, apontando também dois tentos, um aos 69 e outro aos 81 minutos.

Apesar do rotundo resultado, o Lam Pak não conseguiu ainda subir na tabela, mantendo-se na sexta posição, atrás do Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública. A formação das forças de segurança do território impôs-se ao Hong Hgai por duas bolas a uma. Cheong Loi (aos 41 minutos) e William Shek (aos 54) marcaram para o onze da PSP e Chan Keng Kuong, jogador oriundo da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, reduziu para o Hong Ngai a três minutos do fim do encontro.

A oitava ronda da edição de 2011 da Liga de Elite pautou a primeira vitória do Lam Ieng entre os grandes do futebol de Macau. Num encontro de aflitos, a formação satélite do Lam Pak superou o Hoi Fan por quatro bolas a duas, numa vitória que lhe rendeu a fuga aos lugares de despromoção. Li Jia Sheng inaugurou o marcador aos dezasseis minutos e cinco minutos depois Wu Yu Kin colocou o Lam Ieng a vencer por duas bolas, consolidando o que parecia poder vir a ser a primeira vitória sólida da equipa. Liang Zhi Rong ainda reduziu para o Hoi Fan aos 55 minutos, mas cinco minutos depois Li Di Ming voltou a aumentar para dois tentos a vantagem da formação jovem do Grupo Desportivo Lam Pak. Yiu Hok Man voltou a lançar o Hoi Fan na contenda pelo triunfo, ao marcar o segundo golo do Clube de Natação aos 74 minutos, mas o Lam Ieng reagiu, marcando o quarto e último golo a cinco minutos do fim, numa jogada conduzida por Huang Baocheng. Com o obtido no fim de semana, o Lam Ieng saltou duas posições na tabela, deixando o lugar de lanterna-vermelha ao Artilheiros.

O Pau Peng é a única equipa que ainda não venceu na edição de 2011 do principal campeonato de futebol da RAEM.

segunda-feira 4.4.2011 www.hojemacau.com.mo

Acidente de autocarro causa 18 feridos Um acidente de trânsito ocorreu ontem à tarde na Avenida da República, quando um autocarro com mais de 30 passageiros oriundos da China Continental perdeu o controlo e embateu contra uma árvore ao descer uma rampa. Dos ocupantes, 18 ficaram feridos e receberam assistência no hospital. O acidente aconteceu por volta das 14h, quando o autocarro levava os turistas chineses à Praça Flor de Lódão, depois de uma visita à Capela de Na. Sra. da Penha. Ao descer a rampa na Avenida da República, o autocarro terá perdido o controlo indo embater contra uma árvore. Na sequência do choque, 18 pessoas (dez homens e oito mulheres), com idades compreendidas entre os cinco e os 68 anos, sofreram ferimentos e foram todos enviados ao Centro Hospitalar Conde de São Januário e ao hospital Kiang Wu. Dois dos feridos foram mesmo internados para observação por fracturas e entorse no pescoço.

Os restantes tiveram alta depois de receber tratamento.

A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) está a investigar o acidente, com o condutor a ser submetido ao teste do álcool.

Protesto silencioso no Largo do Senado O deputado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam Sun convocou várias pessoas a sentarem-se hoje em silêncio no Largo do Senado a partir das 8h, num “protesto contra a opressão política e reza pelas vítimas”, e apelou ao Conselho de Estado Chinês e ao Governo local para que cessassem imediatamente toda a “caça às bruxas” e repressão contra a liberdade de expressão.

Desde que cidadãos da China tentaram deflagrar através da Internet uma “Revolução de Jasmim Chinesa”, protestos levaram a que mais de mil pessoas fossem detidas, alvo de vigia domiciliária ou dadas como desaparecidas. “Terror branco sem precedentes”, bradam os internautas. Au Kam Sun considera tratar-se de um caso de recorrente opressão política contra as pessoas que têm a coragem de exprimir as suas opiniões.

O Governo precisa proteger os direitos civis fundamentais, respeitar os direitos humanos e as diferentes opiniões políticas, defendeu o deputado, pedindo às autoridades judiciais que libertassem todas as vítimas de “caça às bruxas”. Au Kam Sun também defende que o Governo chinês deve implementar reformas para estabelecer um sistema político democrático.