Apresentação 'Na rua, na chuva, na fazenda - 40 anos' - julho/2013

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Hyldon / Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda – 40 Anos

Release/Natura Musical 2013

Julho / 2013

Na Rua, na Chuva, na Fazenda – 40 Anos

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“Essa é uma dessas canções que driblam o desgaste provocado pelo tempo. Tornou-se sucesso em 1974 e item de patrimônio afetivo de mais de uma geração de brasileiros.

Violonista habilidoso, Hyldon difere de Tim Maia e de Cassiano pelo modo mais relaxado de cantar, pela ênfase na sonoridade acústica e pelas infusões de pop e de jazz que adiciona à sua mistura orgânica de soul e MPB.”

Zeca Azevedo – Rolling Stones Projeto:

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DATA: Julho / 2013

Na Rua, na Chuva, na Fazenda é o primeiro álbum de estúdio do cantor, instrumentista, compositor e produtor brasileiro Hyldon. Lançado em 1975 pela gravadora Polydor, é considerado um clássico do soul brasileiro e marco da música negra em geral, responsável por elevar Hyldon ao status de precursor do gênero no Brasil, ao lado de Cassiano e Tim Maia, seu grande parceiro. O disco contém alguns dos maiores sucessos da carreira de Hyldon, como a música título, "Na Sombra de Uma Árvore", "Vamos Passear de Bicicleta", "Acontecimento", "As Dores do Mundo" e "Sábado e Domingo".

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A carreira de Hyldon começou muito cedo, aos 16 anos, quando tocava guitarra em gravações da Jovem Guarda e também em bailes com a sua banda, Os Abelhas. Primo de Pedrinho da Luz, guitarrista do The Fevers, Hyldon passou a morar na sua casa no Rio de Janeiro, após o retorno da família à Paraíba. A partir de então, começou a escrever músicas que foram gravadas pela Jovem Guarda, até que conheceu Cassiano e Tim Maia e recebeu um convite para trabalhar como produtor na gravadora PolyGram, dona dos selos Polydor e Philips. Hyldon aceitou, com a condição de que poderia lançar o seu próprio trabalho, já em desenvolvimento. Diante do apoio recebido de Tim Maia e Cassiano, ele passara a compor e criar arranjos, reservando algumas músicas para gravar em seu próprio disco. Assim, Hyldon passou três anos produzindo álbuns de outros artistas, como Erasmo Carlos, Diana, Wanderléa e todos os discos de Odair José lançados pelo selo Polydor. O sucesso e o reconhecimento alcançados como produtor o colocavam cada vez mais perto do lançamento de seu próprio trabalho.

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No início de 1973, Hyldon aborda o diretor executivo da gravadora Polydor, Jairo Pires, acerca da promessa que ele lhe havia feito quando assinou o contrato de produção.

Jairo respondeu que o acordo continuava de pé, até que o acaso concretizou o seu desejo: chamado para produzir o cantor Frank Land, Hyldon reservou horários de estúdio e convidou o trio de jazz Azymuth para acompanhá-lo. Por obra do destino, Land perdeu o vôo de São Paulo para o Rio de Janeiro o que levou Hyldon a decidir gravar três músicas para preencher as horas que havia reservado para a outra gravação.

Aproveitando o Azymuth como banda de apoio, ele grava as músicas "Na Rua, na Chuva, na Fazenda", "Meu Patuá" e "Eu Gostaria de Saber", que comporiam o seu primeiro disco. Quando as mostrou aos executivos da gravadora, os elogios foram inúmeros, mas algumas semanas depois uma reunião entre eles decidiu que apenas metade do futuro disco de Hyldon seria composto de canções de sua autoria, completado por covers como "Angie", dos Rolling Stones.

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Hyldon não aceitou e decidiu que não gravaria daquela maneira. Assim, o material ficou parado por quase um ano, até que, no final de 1973, Jairo Pires convence André Midani, presidente da gravadora, a lançar um compacto simples com duas das três músicas, sem nenhuma divulgação. Eram elas "Na Rua, na Chuva, na Fazenda " e "Meu Patuá". Os DJ's do Rio logo descobriram a primeira música, que passou a ser tocada nas rádios cariocas da época, seguidas pelas paulistanas, como a Rádio Bandeirantes. Diante do sucesso foi então enfim dada a Hyldon a chance de gravar um LP completo. Em 1974, ele entrou em estúdio com o Azymuth, de onde saiu com mais 12 músicas, sendo que três ficariam de fora do produto final, "Pelas Ruas de Los Angeles", "Palavras de Amor ao Vento" e "Táxi pra Bahia", lançadas somente em 2003, como faixas bônus no relançamento do segundo disco do artista, Deus, a Natureza e a Música.

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A Polydor ainda postergaria até 1975 o lançamento do álbum Na Rua, na Chuva, na Fazenda, precedido por mais um compacto, em 1974, com "As Dores do Mundo" e "Sábado e Domingo". A repercussão do primeiro se repetiu ao emplacar a música “As Dores do Mundo”, motivando a gravadora a, finalmente, lançar o álbum completo no ano seguinte, 1975. O disco foi muito bem recebido pelo público, emplacando, além da música título, também as canções "Na Sombra de Uma Árvore", "Vamos Passear de Bicicleta", "Acontecimento", "As Dores do Mundo" e "Sábado e Domingo", liderando a lista de mais vendidos daquele ano no país.

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Atualmente, o álbum é considerado um clássico da música negra brasileira, consagrando Hyldon entre os precursores do soul no Brasil. O impacto na cultura nacional foi tamanho que a música foi utilizada em trilhas de filmes recentes como “Cidade de Deus”, “Carandiru”, “Durval Discos”, “O Homem do Ano” e “Antônia” - além de render samples em músicas de rappers cariocas como MV Bill e Nega Gizza. Entre as releituras de talentos da nova geração, destaque para o Kid Abelha, que regravou "Na Rua, na Chuva, na Fazenda" no disco Meu Mundo Gira em Torno de Você (1996); Jota Quest, que regravou "As Dores do Mundo", em seu álbum de estréia, no mesmo ano; e Marisa Monte, que cantou "Acontecimento" na turnê do seu disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor (2000).

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Em 2005, o disco foi relançado pela Universal em edição comemorativa de 30 anos, contendo novas fotos, todas as letras e ficha técnica completa. Quatro anos depois, em 2009, a música “Na Rua, na Chuva, na Fazenda” ocupou o 60° lugar no ranking das 100 maiores músicas brasileiras publicado pela revista Rolling Stone, avaliada pelo crítico Zeca Azevedo: “Essa é uma dessas canções que driblam o desgaste provocado pelo tempo. Tornou-se sucesso em 1974 e item de patrimônio afetivo de mais de uma geração de brasileiros. Violonista habilidoso, Hyldon difere de Tim Maia e de Cassiano pelo modo mais relaxado de cantar, pela ênfase na sonoridade acústica e pelas infusões de pop e de jazz que adiciona à sua mistura orgânica de soul e MPB.”.

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Clique na imagem e ouça o álbum “Na Rua, na Chuva, na Fazenda” na íntegra.

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Banda de Apoio

Hyldon: voz, guitarra e violão Sheila Wilkerson: vocal Músicos da banda Azimuth: José Roberto Bertrami (teclados), Alex Malheiros (baixo), Ivan Conti “Mamão” (bateria)

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Julho / 2013

Ficha Técnica

Coordenação de Produção: Jairo Pires Produção: Guti Carvalho

Arranjos: Hyldon e Waldir Arouca Barros Gravação: Estúdio Phonogram (Rio) Técnicos de Gravação: Ary Carvalhães, Luis Claudio, Luigi, João Moreira Técnico de Mixagem: Luigi

Montagem: Jairo Gualberto Corte: Joaquim Figueira Layout da Capa: Aldo Luiz Arte Final: Jorge Vianna Projeto: Hyldon / Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda – 40 Anos

Documento: Fotos: João Castrioto Release/Natura Musical 2013

DATA: Julho / 2013

Obrigado!

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