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HOME OFFICE

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PAPO LEGAL

PAPO LEGAL

Como ter um home office?

Em função do coronavírus, boa parte da população passou a trabalhar de casa, no famoso home office. Mas, nesse momento, surgem muitas dúvidas sobre o ambiente ideal para trabalhar de casa. Em muitos lares, não existia, antes da pandemia, um espaço como esse. Pensando nisso, a Revista do Cidade Jardim, entrevistou a arquiteta Sandra Salles, moradora do Reserva Jardim, que vai dar pra você dicas primordiais para ter um pequeno escritório. Confortável, arejado e a sua cara. Isso mesmo! Confira as dicas!

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REVISTA CIDADE JARDIM: Como escolher o espaço ideal?

SANDRA SALLES: Não é porque você vai trabalhar em casa que toda a sua casa vai virar seu escritório. Analise bem a localização, pois seu trabalho ficará restrito a essa área e, por isso mesmo, precisará ser a mais adequada possível ao seu trabalho. Se você dispuser de um cômodo só para seu escritório em casa, isso será ótimo. Mas se esse não for o caso, você pode dividir algum cômodo da sua casa.

REVISTA CIDADE JARDIM: Qual é o espaço mínimo para ter um ambiente de trabalho em casa?

SANDRA SALLES: Depende muito de que trabalho a pessoa realiza. Se a ferramenta da pessoa é apenas o computador, o espaço mínimo vai ser bem reduzido. Mas, caso ela use outras ferramentas, como impressora, livros e cadernos, precisará de um pouco mais de espaço. Se usa só o computador, uma mesinha com 80 cm de largura por 50 cm de profundidade será a ideal. Menos do que isso fica extremamente desconfortável.

REVISTA CIDADE JARDIM: Como transformar um cômodo em um escritório? O que é necessário nesse momento?

SANDRA SALLES: Não é complicado transformar um cômodo em um home office. Nesses casos, um ambiente reservado é a melhor das opções. Se a pessoa não tem um cômodo específico pra isso, eu não aconselho montar uma mesa na sala, por exemplo. As janelas são fontes de luz natural e ela é a melhor para trabalhar. Mas atenção: ela não pode incidir diretamente na área de trabalho, e isso pode prejudicar a visão.

REVISTA CIDADE JARDIM: Conforto, certamente, é um ponto que não pode ser deixado de lado ao montar um escritório em casa. E a cadeira, qual a melhor opção?

SANDRA SALLES: Um dos motivos de eu não recomendar a sala de jantar é esse. A cadeira da sala de jantar não foi feita pra ficar sentado muitas horas trabalhando. Ter uma cadeira de escritório e de tela que se ajuste ao seu corpo facilita a sua mobilidade.

REVISTA CIDADE JARDIM: Caso a pessoa não tenha um cômodo reservado para montar o escritório. Qual é o ambiente ideal para ser adaptado?

SANDRA SALLES: Sem dúvidas, o quarto. Ele é o melhor, pois lá a pessoa terá mais privacidade. A probabilidade de interferência quando se trabalha em casa, de desvio de foco e improdutividade, é grande. Por isso, sempre recomendo o quarto. Dessa forma, falar com um cliente, um fornecedor ou até mesmo com o chefe não será uma tarefa tão difícil.

REVISTA CIDADE JARDIM: Manter um ambiente organizado também faz total diferença. Quais ferramentas podem ajudar na hora de organizar?

SANDRA SALLES: Para ter um home office produtivo, um dos segredos está na organização do seu espaço de trabalho. Nada de coisas espalhadas por todo o lado, pois isso acaba comprometendo a sua produtividade e o próprio ambiente da sua casa. Optar por nichos, gaveteiros e quadros brancos podem ajudar a manter um ambiente organizado. Assim como móveis que possuam bastante espaço para guardar todo o seu material de forma organizada e não perder o seu tempo procurando coisas.

A arquiteta, Sandra dá essa e outras dicas nas suas redes sociais: @sandrasallesarquitetura.

Papai e mamãe, vamos brincar?

A quarentena imposta para preservar a saúde de todos tirou as crian ças da sala de aula e as colocou na sala de casa. Apesar das aulas on-line, os pequenos têm mais tempo. E como preenchê-lo de forma leve, gostosa e harmoniosa para toda família? A pedagoga Elisangela Silva da Cruz Raymundo, do Colégio Anhan guera, elenca atividades lúdicas e educativas para crianças de 0 a 5 anos. Ela cita, porém, que as ações de 0 a 3 anos são diferentes comparadas às crianças de 4 e 5 anos, que já estão na pré-escola.

TEXTURAS, CANÇÕES E BRINCADEIRAS SIMPLES | Para os bem pequenos – de 0 a 3 anos – brincadeiras com texturas e estímulo à percepção, como pintura com os dedos utilizando tinta guache e folha A4, picolé de massinha, blocos de montar e “encontre a tampa”, utilizando potes da própria casa para trabalhar as formas geométricas, em que a criança precisa relacionar o formato da tampa ao pote. Objetos de cozinha, como panelas e utensílios não cortantes também prendem demais a atenção dos bebês. "Esse tipo de brincadeira mantém a concentração deles, podendo chegar a cerca de 30 minutos, o que é um tempo excelente nesta idade", comentou Elisangela. As canções e a contação de histórias também são bem simples de reproduzir em casa. "Foque em cantar músicas e relembrar histórias sem precisar de recursos tecnológicos, como celular e televisão. Estimule ao máximo a interação presencial. Nesse tipo de brincadeira lúdica, as crianças permanecem geral

mente atentas por 10 a 15 minutos. Portanto, o ideal é fazer uma alternância das atividades. Quando a criança começa a ficar chorosa, geralmente é porque já está entediada com a brincadeira", salientou a pedagoga. COLAGEM, RECORTE E RECICLAGEM | Para as crianças da pré-escola, de 4 a 5 anos, o leque de atividades lúdicas também é interessante, sendo que a capacidade de concentração delas já é maior. A tutora da Anhanguera cita o recorte de jornais e revistas, colagens, bola, bambolê e a produção de brinquedos com material reciclável. "Brinquedos com garrafas PETs e potes de iogurte são bem simples de fazer, como um telefone sem fio com copos e barbante. Já nas colagens, as crianças têm contato com as letras e figuras fundamentais para a alfabetização", disse. Todas essas ações são importantes e devem estar balizadas em uma rotina, algo que a escola de forma geral enfatiza no dia a dia. "Horário de comer, de tirar o soninho e de brincar são bem trabalhados nas escolas. É interessante manter isso em casa, deixar no desenho, no máximo, 30 minutos pela manhã e por mais meia hora à tarde, além de evitar brinquedos 'prontos' que desestimulem a criatividade", complementou a professora da Anhanguera de São João de Meriti.

NA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL: LEITURA E

RACIOCÍNIO LÓGICO SÃO A BASE | Para as crianças dos 6 aos 10 anos, do 1º ao 5º ano da educação fundamental – boa parte com uma nova rotina de atividades, viabilizada pelas atividades do ensino a distância –, os trabalhos de leitura, interpretação de texto e raciocínio lógico são essenciais nesse momento. A falta de ações nesse sentido por semanas pode fazer com que eles percam a evolução da linguagem escrita e do raciocínio como um todo. "Manter esse estímulo nesse momento vai fazer com que seja bem mais simples de recuperar outros conteúdos escolares", explicou a professora Elisangela. Para trabalhar a linguagem, buscar histórias para leitura no tablet ou no celular pode ser uma opção, caso os livros físicos sejam escassos em casa. "Mas, além disso, é possível criar um jogo de perguntas e respostas da língua portuguesa com regras definidas que toda a família vai se envolver", falou. Já para ações de raciocínio lógico, a criação de jogos de tabuleiro com material reciclável é uma boa pedida. "Um jogo numérico, com dois dados, um com números de 1 a 6 e o outro com os sinais de operação matemática, já pode ensinar muito para eles. Estamos falando de um tempo que pode ser de até 50 minutos – dia sim, dia não – e que já faz uma diferença enorme para eles", finalizou.

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