O autor de Pílulas azuis volta a contar sua história, vinte anos depois. Mas desta vez ele atende por “Oleg”…
“Bom, a pinta do personagem a gente vê mais tarde… Por enquanto imagino ele com minha cara, é mais fácil…”
Oleg é quadrinista. Há mais de vinte anos, sua vida gira em torno do desenho e da criação de histórias. E tudo isso vinha fluindo naturalmente, até os últimos dias, quando a criatividade parece patinar. Os projetos se sucedem, mas a convicção não está mais presente – como se, em algum lugar, a inspiração tivesse se perdido. Oleg então escava, procura e reflete. Ao seu redor, há o grande e vasto mundo – veloz, mutável, moderno, desestabilizante, inexorável. Um eremita assumido, mas também um atento observador, Oleg é a testemunha involuntária deste mundo em constante mudança, que traz sua parcela de eventos e surpresas, tanto boas quanto ruins. E acima de tudo, há seu próprio e pequeno mundo: a esposa, com quem compartilha a existência há duas décadas, e sua filha, agora em plena adolescência.