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Do animal ao homem: mastigar caminhando

J Do animal ao homem: mastigar caminhando

Há 10 milhões de anos, os primeiros ancestrais (todos africanos) dos seres humanos e dos grandes símios são nômades que se deslocam de árvore em árvore. Eles se alimentam de frutas e insetos encontrados nelas. Crus: eles ainda não dispõem de fogo nem de linguagem.36, 90

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Um pouco mais tarde, obrigados a descerem das árvores em função da desertificação da África, onde ainda se encontram confinados, esses primatas começam a se alimentar também de frutas caídas no chão, às vezes fermentadas. Uma mutação genética lhes permite então metabolizar o etanol bem mais rapidamente do que antes, o que lhes facilita a digestão e a conservação de gorduras.

Entre 10 e 6 milhões de anos antes da nossa era, na segunda metade do Mioceno, quando ocorre a separação entre aquela que se tornará a linhagem dos chimpanzés e a que se tornará a linhagem humana,19 esses antropoides começam a se deslocar para outros continentes: no sul da Europa, foram encontrados restos de um Oreopithecus bambolii de 7 milhões de anos.

Sem dúvida, é também esse o momento do aparecimento dos primeiros sinais do que resultará, milhões de anos mais tarde, na linguagem: como os animais, esses primatas se comunicam sobre o que comem, o que encontram, o que compartilham, o que disputam.125

No Plioceno, ou seja, há 7 milhões de anos, os primatas se dividem entre a linhagem de Paninas (chimpanzé) e o gênero Homo (hominídeos). Surgem na África os australopitecos, gênero pertencente à subtribo de grandes símios hominídeos.28 Contrariamente aos primatas anteriores, os australopitecos andam, mesmo que ainda não sejam estritamente bípedes e que se desloquem de árvore em árvore. As estruturas de seus crânios são próximas daquelas dos grandes símios anteriores; eles se dividem em várias espécies (Australopithecus anamensis, A. afarensis, A. africanus, A. bahrelghazali, A. garhi, A. robustus, A. aethiopicus e A. boisei). Os mais antigos fósseis do hominídeo bípede conhecido em nossos dias, “Toumaï”, ou Sahelanthropus tchadensis, encontrado no deserto de Djurab, ao norte de N’Djamena, data de 7 milhões de anos. Toumaï mede cerca

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