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Sedição de Juazeiro na TV

Por Alex Sandro Junior e Guilherme Loiola, 3°Ano de Segurança do Trabalho E Iago Diniz, 3°Ano de Administração

Em 1914 ocorreu em Juazeiro do Norte, sertão do Cariri, Estado do Ceará, um sério confronto entre as forças militares da República brasileira e as oligarquias cearenses. Esse confronto envolveu um padre muito influente, Padre Cícero Romão Batista, até hoje conhecido como “Padim Ciço”, e ocorreu em um contexto em que o coronelismo era marcante na região.

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A Sedição de Juazeiro, como ficou conhecido esse evento, ganhou uma produção para a TV. A minissérie Sedição de Juazeiro, do gênero guerra, possui 4 capítulos e foi lançada em 2012. Teve a direção de Daniel Abrew e Jeanne Feijão e em seu elenco atores como Magno Carvalho (Floro Bartolomeu), Ary Sherlock (Padre Cícero), Alcântara Costa (José de Borba), Angelim de Icó (Ladislau), Aldo Anísio (J. da Penha), Fernando Cattony (Franco Rabelo), Enrique Patrícius (Coronel Alípio) e Jean Nogueira (Pedro Silvino). Esta foi uma produção da rede pública de televisão do Ceará. Vale a pena conferir!

Falando agora a respeito do evento histórico que inspirou a minissérie: tratou-se de um conflito por poder político. A família Acioly era uma oligarquia que se perpetuava no poder do Ceará. Franco Rabelo, apoiado pelo presidente Hermes da Fonseca, planejou uma ruptura para esta situação, se valendo da “política das salvações”. Porém, o oligarca Nogueira Acyoli, então presidente do Estado do Ceará em 1912, recorreu à influência do Padre Cícero com o povo, sobretudo com os mais humildes, para impedir sua deposição. Padre Cícero era prefeito de Juazeiro do Norte e vice-presidente do Estado do Ceará e sofria forte oposição de Rabelo. O povo simples considera Padre Cícero santo e milagroso. Esse povo ouviu o chamado do Padre e pegou em armas para lutar a favor dos Acioly, com o apoio de Floro Bartolomeu. O levante foi tão violento que o governo federal acabou confirmando o lugar de poder dos Acyoli. Padre Cícero sofreu retaliação por parte da Igreja Católica e foi excomungado no final de 1920.

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