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Escritas

Escritas

Editorial Por Prof. José Abreu

A PRIMAVERA DO NOSSO DESCONTENTAMENTO

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Enfim, chegámos ao fim do ano letivo mais estranho das nossas vidas. Um ano que a mim não me deixa saudades, apenas espero que algo semelhante não volte, desapareça das nossas vidas, para bem longe e para sempre. Desejos! Acabámos em ensino a distância, ou em ensino remoto de emergência, chamem-lhe o que quiserem. Acabámos sem chama, sem paixão... apenas ficou um estranho cansaço e um sentimento de dever cumprido. Mas qual dever, o de ensinar ou o de estar presente do outro lado de um écran minúsculo, tentando o impossível, fazendo o possível? Entre 16 de Março a 26 de junho a Escola que sempre conhecemos desapareceu: os alunos nas salas de aula sentados, lado a lado, sem medos; os professores ensinando; as perguntas, as explicações, as conversas, os debates. Fora da sala, o movimento nos corredores, os jogos, as correrias, as futeboladas, os passos acelerados, os risos, os grupos de amigos, os parzinhos de namorados, as paixões, as desilusões. Tudo isso foi suspenso, adiado. Só nos resta esperar, que lá para Setembro possamos regressar à Escola e não a um qualquer écran longe da vida, porque as escolas são espaços de cultura, de debate, de conhecimento, de sentimentos, de encontros, de emoções, as escolas são vida, fazem parte da minha e da vossa.

Até Setembro, na escola, boas férias.

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