Revista GPS Brasília 44

O LUXO EM TRANSFORMAÇÃO OS NOVOS CÓDIGOS GANHAM FORMA

# out-nov-dez/2025

PAULO OCTÁVIO 50 ANOS DE EMPREENDEDORISMO NA CAPITAL

Sétima arte

A VOLTA DO RUGIDO O AUTÓDROMO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA RENASCE

CINEMA BRASILIENSE CONQUISTA RELEVÂNCIA NACIONAL

Há 44 anos, a POUPEX está presente na vida dos brasileiros, proporcionando a realização de sonhos, com Crédito Imobiliário, Crédito Pessoal, Consórcio e muito mais. o bem-estar de todos aqueles que caminham ao nosso lado. E você pode ser um deles!

Desejamos que o Natal seja iluminado pela paz e pela união e que o Ano-novo traga conquistas inspiradoras e o fortalecimento de laços, com votos

NOSSA MISSÃO Promover e facilitar o acesso à casa própria e contribuir para a melhoria da qualidade de vida de nossos

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Existe uma vida completamente diferente fora do seu plano, a poucos minutos da Ponte JK.

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As imagens apresentadas neste anúncio têm caráter meramente ilustrativo, retratando unidades decoradas desenvolvidas exclusivamente para fins de ambientação e inspiração. Não representam a vista real ou definitiva dos empreendimentos. O Loteamento Reserva Jardim Botânico encontra-se registrado no Cartório do 2º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, sob os números R.2/167.946 e R.3/167.824. As unidades ofertadas neste anúncio referem-se ao empreendimento Valle das Acácias, registrado no mesmo cartório sob o número R.7/170221, e ao empreendimento Valle dos Jatobás, registrado sob o número R.7/170220. O pagamento da comissão de corretagem é de responsabilidade do adquirente.

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Diretora de Conteúdo

Paula Santana

Editora-chefe

Marcella Oliveira

Diretora de Criação

Chica Magalhães

Editor de Fotografia

Celso Junior

Fotografia

Rayra Paiva e Vanessa Castro

Produção Executiva

Karine Moreira Lima

Pesquisa de Imagens

Enaile Nunes

Reportagem

Colaboradores Revisão

Beatriz Lima Leal, Caio Barbieri, Eric Zambon, Hédio Ferreira Júnior, Jorge Eduardo Antunes, Juliana Eichler e Yumi Kuwano Adriana Nasser, Isadora Campos e Maurício Lima Jorge Avelino de Souza

Diretor Executivo

Rafael Badra

Head Comercial

Will Madson

Contato Publicitário

José Roberto Silva

Tiragem

30 mil exemplares

Circulação e Distribuição

EDPRESS Transporte e Logística

GPS|Brasília Editora LTDA. www.gpsbrasilia.com.br Sócios-diretores Rafael Badra e Paula Santana Brasília Shopping – Torre Sul, sala 816 SCN quadra 5, bloco A – Asa Norte CEP: 70.715-900 – Brasília-DF Tel.: (61) 3364-4512 Acesse nosso Instagram

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Editorial PARE, PENSE, RESPIRE Vivemos um esgotamento do modelo baseado em estímulo contínuo. Excesso de informação, escassez de conhecimento. Ruído na escuta, desvio no entendimento. Qualquer um de nós tem o seu próprio veículo, a sua justa verdade. A sua voz, a sua audiência, a sua comunidade. E temos dito. São resultados panorâmicos frutos de um cenário colapsante, volátil, ambíguo, ansioso e frágil. Absorver, abstrair. O jargão do velho guerreiro, Chacrinha, faz todo sentido nos dias atuais. “Eu vim para confundir, e não para explicar”. Um dialeto oracular, eu diria. Fato é: a comunicação nunca foi tão difusa, em um jornalismo tão diminuto. A informação circula em abundância, mas sem hierarquia, contexto ou verificação. E o efeito é corrosivo. Onde se instalam as referências reais quando tudo é comunicado, quase nada é explicado, tampouco entendido? Apenas encaminhado. Esta é a lógica das plataformas digitais. Deslocaram o eixo da relevância para o engajamento, para o interesse algorítmico, para a urgência do clique.

Era da performance. Mas tudo bem, nada será apocalíptico. Não por isso. Há sempre o caminho do desaprender, reaprender, aprender.

Talvez ter a coragem de submergir no chamado Quiet Community, uma resposta à necessidade existencial excessiva na era digital.

E aí a rota se refaz. Revista e journal. Ambiente onde o leitor tem o domínio do que pretende. Sem indução, sedução, impulsão ou

condução. Ao contrário, a publicação impressa – e neste contexto me refiro a revistas, que geram imenso valor agregado por sua longevidade – devolvem ao leitor o domínio do tempo, da ordem e da profundidade.

Ele escolhe o que ler, quando parar, quando retornar. Há uma autonomia cognitiva. Um poder de decisão. É quando o silêncio se coloca como condição para o pensamento fluir. Afinal, há de se respeitar a inteligência do leitor. A londrina Anna Wintour, diretora de Conteúdo Global da editora Condé Nast, e uma das mulheres mais influentes no mercado editorial, recentemente refletiu sobre o futuro do impresso: “o luxo do papel é permitir que a história respire”. Deste modo, nossa revista inicia 2026 pautada neste fundamento. Além da experiência tátil e imersiva, a sua imensa percepção de valor invoca memória, legado e profundidade. Confiabilidade.

Por isso, trazemos na capa a solidez de Paulo Octávio, um dos sócios do Grupo de Comunicação GPS, e que chega ao cinquentenário de suas organizações, com um forte propósito: investir somente no “Quadradinho”, a terra profética de Juscelino Kubitschek. E já se somam mais de 800 edificações erguidas em cinco décadas, dentre outros empreendimentos, revelando a verve eloquente de oportunidades que Brasília oferece a mãos destinadas ao trabalho, à dedicação, à visão de futuro. PO, como é chamado, é impulso para as novas gerações que comporão a capital aos seus cem anos. No decorrer das páginas impressas, afetivas e efetivas, a arte e a arquitetura que fazem a capital vibrar, o cinema brasiliense ganhando forma e identidade nacional, o empreendedorismo na Medicina, o furacão imobiliário, o destino do consumo de luxo, a vida em sociedade. É como diz sabiamente Warren Buffet, em seus 95 anos de idade e considerado um dos mais sábios investidores dos tempos recentes: “No mundo dos negócios, o espelho retrovisor sempre será mais claro que o pára-brisas”. Sejamos sábios em 2026!

Olhemos para o passado e resgatemos juntos a essência da revista! Especialmente esta, que se apresenta com novo, e belo, projeto gráfico, assinado por Chica Magalhães e curadoria de Marcella Oliveira, que gestam ao nosso lado este projeto desde 2012.

Paula Santana e Rafael Badra Sócios-fundadores

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/ EQUIPE

Chica Magalhães

Marcella Oliveira

Karine Moreira Lima

Celso Junior

Will Madson

Jorge Eduardo Antunes

Rayra Paiva

Vanessa Castro

Enaile Nunes

/ COLABORADORES

Beatriz Lima Leal

Caio Barbieri

Eric Zambon

C I s Hédio Ferreira Júnior

Juliana Eichler

Yumi Kuwano

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GPS Brasília # outubro/novembro/dezembro 2025

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40 42 O caboco do Tapajós 46 Explora por Marcella Oliveira Ícones por Isadora Campos Daniela Lima Barbalho e o protagonismo feminino

Tesouros Concretos

Bairro a bairro, as formas de viver a capital

Saulo Jennings projeta a cozinha amazônica para o mundo

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Belém vista pelos sentidos que permanecem na memória

Automobilismo: de volta ao mapa

Autódromo recoloca Brasília no radar do esporte

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O renascimento do Hotel Nacional

O ícone modernista inicia um restauro

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Niemeyer, outra paisagem Exposição revela a presença do arquiteto na Itália

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O clima da política A COP30 transforma Belém em palco global

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Tradição e visão de futuro A vanguarda da formação integral Artigo por Jéssica Amorim e Cristiane Gonçalves de Andrade Artigo por João Paulo Todde Nogueira Longevidade começa em casa Arquitetura do tempo Uma nova paisagem A marca do cuidado e da inovação Artigo por Nicole Araújo Naturalidade como regra A engenharia do andar

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Brasília como vocação

Relógio Baignoire Cartier em ouro amarelo, madrepérola e diamantes de corte brilhante, Grifith - preço sob consulta

Paulo Octávio e a trajetória de cinquenta anos desenvolvendo a cidade

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O luxo que nasce da terra

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A associação Maria do Barro ganha o Brasil

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Um novo olhar para Brasília

Edson Celulari dirige documentário sobre os candangos

Arte por Maurício Lima

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Ao cem anos, Eduardo Sued segue em atividade

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Mulheres que guardam o mar Filme sobre meio ambiente é a estreia da brasiliense Cláudia Daibert

A presença que a arte constrói

A estreia da Casa da Moldura Galeria

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O silêncio como matéria A artista Juliana Possa apresenta seu trabalho

Bolsa Express MM confeccionada em couro de bezerro da coleção cruise 2026 de Nicolas Ghesquière, Louis Vuitton - R$ 31 mil

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A amizade França-Brasil Dicas da Dri A harmonia japonesa O sentido do luxo A era das trocas invisíveis As tendências do universo da moda Eventos que marcaram a temporada

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URBANISMO

TESOUROS

CONCRETOS

SESSENTA E CINCO ANOS DEPOIS DE SUA CONSTRUÇÃO, BRASÍLIA SE MOLDA A PARTIR DE BAIRROS E REGIÕES QUE JÁ REFLETEM UM ESTILO DE VIDA PRÓPRIO, DO METRO QUADRADO MAIS VALORIZADO AO CHARME QUE ENCANTA MORADORES E INVESTIDORES

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Por Caio Barbieri Fotos Celso Junior om a arquitetura reconhecida pelo modernismo e traços urbanísticos desenhados a régua e compasso, Brasília é também uma cidade, como todas as grandiosas, com diversidades sutis, sobretudo em suas regiões administrativas, onde o estilo de vida dos moradores se desenha em cada rua, praça, bloco, apartamento, casas e mansões. Para quem busca um endereço que traduza conforto, segurança e acesso ao lazer, a capital federal oferece inúmeras opções de moradias que revelam nuances e particularidades.

Escolher onde morar não é só uma questão de realizar um sonho: é, sobretudo, um convite para moldar o próprio dia a dia dentro do ritmo da localidade preferida. Segundo portais especializados, o preço médio no Distrito Federal por metro quadrado é de R$ 8,7 mil, obviamente mirando extremos das possibilidades imobiliárias.

Contudo, nas áreas consideradas mais nobres, esse valor pode escalar consideravelmente. Em Brasília, cada bairro conta uma história própria.

Após um mergulho em dados, valores e comodidades, a revista GPS|Brasília elaborou um panorama dos endereços e regiões mais desejados dentro da capital federal. *Reportagem baseada em dados oficiais do IBGE, Codeplan, GDF e portais imobiliários atualizados entre 2023 e 2025

Lago Sul

TRADIÇÃO ÀS MARGENS DO PARANOÁ

Com mansões valorizadas, casas imponentes, ruas arborizadas e microclima diferenciado devido à proximidade com o Lago Paranoá, o Lago Sul é sinônimo de exclusividade, tradição e até prosperidade financeira. Reúne famílias notáveis, que priorizam qualidade de vida em meio a um cenário que mistura natureza e urbanidade, embora haja um alto custo para a escolha. No tradicional bairro, estão localizadas as propriedades mais valorizadas do DF e algumas das mansões mais caras já arrematadas na história recente da cidade.

A região lidera em índices de segurança e tem acesso facilitado a escolas particulares renomadas, clubes sociais, restaurantes, academias e centros comerciais sofisticados. A mobilidade urbana, contudo, privilegia o uso do automóvel, já que o transporte público é limitado. A sensação de tranquilidade compensa, com presença constante de viaturas policiais, muitas delas com representações diplomáticas. A arborização é exuberante, assim como a presença de animais silvestres. O local ainda é marcado por pontos turísticos, como Pontão e Ermida Dom Bosco, além das paisagens inesquecíveis para quem passa pelas três pontes que integram a região: das Garças, Honestino Guimarães e a premiada JK. Valor médio do metro quadrado: R$ 15,2 mil*

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Lago Norte

QUALIDADE DE VIDA NA BEIRA DE UM CARTÃO-POSTAL

Também localizado na beira do principal cartão-postal da cidade, o Lago Norte é uma península residencial dividida pelo setor habitacional individual, Setor de Mansões, Centro de Atividades (com habitações coletivas com opção de lazer, além de comércio variado), o Taquari (com casas unifamiliares) e o Núcleo Rural de chácaras. É considerado uma região de classe média alta, com renda per capita elevada e a segunda maior quantidade de piscinas por habitante no mundo, atrás apenas do Lago Sul. A área também é valorizada pela natureza: há parques como o Ecoparque Villa Giardini e o Parque Vivencial II, além da Prainha

do Lago Norte, espaço para recreação gratuita ao ar livre com estrutura para famílias e pets.

Com fácil acesso ao Plano Piloto, para a Saída Norte e também Noroeste, além de abrigar o Shopping Iguatemi, em termos de segurança, a região é considerada estável: cerca de 70% dos moradores relatam sentir-se seguros e 90% avaliam as ruas como bem iluminadas. A dependência do automóvel é alta, pela limitada oferta de transporte público e distância das residências até as paradas de ônibus. Apesar de haver promessa de construção de uma nova ponte por meio de uma parceria público-privada (PPP), a novidade não é consenso e ainda atrai certa resistência: moradores temem perder a tranquilidade mantida pela limitação de acessos ao local.

Valor médio do metro quadrado: R$ 14,7 mil*

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O índice de segurança é alto e oferece boa cobertura de comércio e serviços. Ainda não há hospitais próprios e os registros de interrupção de energia são recorrentes. O transporte público e os acessos viários também são desafios para o mais recente bairro. Apesar de já estar avançado na ocupação prevista, o endereço ainda sofre com construções de novos empreendimentos comerciais e residenciais, apesar de haver quadras já consolidadas, o que acaba gerando incômodos sonoros e poeira para os prédios já habitados.

Valor médio do metro quadrado: R$ 13,8 mil*

Asa Sul

TRADIÇÃO E CHARME NO CORAÇÃO DA CAPITAL

A Asa Sul mantém um charme clássico próprio, típico de quem recebeu os primeiros edifícios residenciais de luxo e também os icônicos, como da SQS 308, 208, 114, por exemplo. Por isso, abriga as quadras mais procuradas, comércio variado e até alguns dos melhores restaurantes a poucos passos de casa. É, ainda, endereço de quem valoriza a praticidade de se morar nas proximidades do Plano Piloto e a tradição das plantas mais generosas de apartamentos residenciais.

Noroeste

FRESCOR DE UM BAIRRO VERDE E RENOVADO

Um dos endereços mais novos e planejados do DF, o Noroeste tem atraído jovens e famílias de profissionais bem sucedidos nas mais diversas áreas, recém-casados, em busca da conveniência urbana aliada a áreas verdes e qualidade de vida. O bairro vem crescendo rapidamente, com prédios modernos, comércio diversificado, além de uma relação sadia entre a vizinhança, com espaços voltados para a convivência, como quadras de esportes, pistas de caminhadas e corridas, ambas públicas, além de inúmeras opções de lazer dentro de condomínios, como piscinas, saunas, academias, espaços gourmet e salões de festas.

A região registra segurança em níveis satisfatórios, além de fácil acesso a escolas e hospitais renomados. A mobilidade e o transporte público são garantidos pela proximidade com os eixos, acessos e estações de metrô, embora haja congestionamento de carros em horários de pico.

Valor médio do metro quadrado: R$ 12,4 mil*

Sudoeste

EQUILÍBRIO ENTRE URBANO E RESIDENCIAL

Primogênito do Noroeste, o Sudoeste é conhecido pelo equilíbrio entre uma vida residencial tranquila e a presença do comércio local ativo.

Com um público diversificado, o atrai jovens e famílias, geralmente de classe média alta, e proprietários que investiram em imóveis ainda 19

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durante o lançamento da área (que inclui Octogonal e Cruzeiro), referendada em 1989, e saiu do papel poucos anos depois. O Sudoeste se consolidou como reduto de quem decidiu morar com facilidade de acesso à Esplanada, com ar mais moderno e ao lado do Parque da Cidade, principal atrativo da região. Lançada recentemente, a quadra 500 deve elevar o preço médio do metro quadrado da região, com unidades sofisticadas e de altíssimo padrão.

Com segurança reconhecida, o bairro foi escolhido para sediar escolas particulares de renome, além de espaços gratuitos de lazer e convivência, assim como variadas opções de comércio e gastronomia para a comunidade local. A oferta de transporte público não chega a ser um ponto sensível, especialmente pelos acessos ao centro da cidade. Contudo, a opção pelo uso de carros particulares pode ser um problema, especialmente nas horas de pico, resultado causado pelas vias estreitas e movimento nas disputadas quadras comerciais da região.

Valor médio do metro quadrado: R$ 11,3 mil*

Asa Norte

TRADIÇÃO E VIDA BOÊMIA

Conhecida por abrigar prédios mais antigos e novos empreendimentos em projeções ainda não ocupadas, a Asa Norte mistura a resistência da cena cultural e boêmia com a diversidade de perfis de moradores.

A região ainda mantém imóveis funcionais, seja a militares ou servidores públicos da União, e sempre foi tida como a “irmã mais nova” da Asa Sul. O endereço garante o clima bucólico e silencioso em várias quadras residenciais, mas a característica contrasta com comércios variados, especialmente aqueles que resistem para manter opções de bares, botecos tradicionais e poucas exceções que ainda apostam na música ao vivo, objeto de reclamações constantes das vizinhanças próximas.

A segurança é um ponto de alerta, especialmente em algumas quadras próximas da W3 Norte, e o governo local garante estar dando atenção para reduzir as ocorrências. A Asa Norte oferece ampla

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rede de escolas (públicas e particulares), centros culturais, hospitais e comércio diversificado, com possibilidade de revitalização da via W3 anunciada pelo governo. A mobilidade é considerada boa, apesar do alto índice de carros nas horas de pico.

O cenário se agrava pela falta de estações do metrô, já que a mais próxima é a que funciona na Rodoviária do Plano Piloto.

plantas inteligentes e condomínios verticais com estruturas de lazer. A região foi planejada e desde 1992 tenta absorver o crescimento populacional do DF sem abrir mão da qualidade de vida dos moradores. O bairro se transformou em um verdadeiro pólo urbano autossuficiente, com ampla oferta de serviços, como complexos gastronômicos, universidades e hipermercados.

Valor médio do metro quadrado: R$ 10,9 mil*

Outro atrativo é o Parque Ecológico de Águas Claras. A mobilidade também é um diferencial: são quatro estações de metrô que conectam os moradores ao Plano Piloto e demais cidades dentro de 25 a 30 minutos. Embora a 20 km da Esplanada, Águas Claras garante muitas daquelas qualidades buscadas em bairros localizados no centro de Brasília, mas com o diferencial de possibilitar um investimento mais moderado, tendo em vista que o tempo no trânsito, se comparado com as opções de lazer, nem sempre pode representar determinante para a qualidade de vida tão sonhada.

Águas Claras BOM CUSTO E BENEFÍCIO COM MODERNIDADE

Águas Claras se consolidou como uma das regiões mais disputadas do DF, especialmente por receber novos moradores que chegaram de fora ou por quem não quis investir nas áreas mais tradicionais do centro da capital. Com um perfil jovem, familiar e de classe média ascendente, o bairro se destaca pelas edificações modernas, apartamentos com

Valor médio do metro quadrado: R$ 8 mil* (valor altera a depender da localidade) Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

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ESPORTE

AUTOMOBILISMO de volta AO MAPA

APÓS 11 ANOS FECHADO, O AUTÓDROMO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA RENASCE COM A MAIOR PISTA DO PAÍS E AMBIÇÕES DE RECOLOCAR A CAPITAL NO CIRCUITO GLOBAL. A REINAUGURAÇÃO REACENDE MEMÓRIAS, MOVIMENTA A ECONOMIA E ABRE ESPAÇO PARA NOVA GERAÇÃO DE PILOTOS E FÃS

Por Eric Zambon

O cheiro do escapamento, o barulho dos motores roncando, a voz abafada do locutor antecipando a largada, o suor grudando na roupa enquanto o couro cabeludo esquenta sob o sol do Cerrado.

Para muitos, essas sensações remetem à infância: fins de semana assistindo a campeonatos de arrancada, motovelocidade, Fórmula Truck, Stock Car e tantos outros momentos de família e memória boa.

Após 11 anos de silêncio – e obras que pareciam intermináveis – o Autódromo Internacional de Brasília reabriu as portas, trazendo de volta emoções que estavam hibernando no asfalto e, quem sabe, criando um vínculo para uma nova geração.

O autódromo voltou em grande estilo, com a maior pista do País: 5.384 metros, distribuídos em seis traçados, duas variantes e 16 curvas. O presidente da Federação Brasiliense de Automobilismo, Renato Constantino, sonha com etapas da Fórmula Indy ou da NASCAR, categorias majoritariamente norte-americanas, e acredita que, apesar do longo hiato, Brasília conseguiu fortalecer nichos importantes. “Perdemos pilotos de turismo, mas fortalecemos o kart e o drift. Teremos mais uma pista com homologação da FIA e podemos sonhar em trazer a Copa do Brasil, o Brasileiro e quem sabe o Mundial”, diz durante a cerimônia de reinauguração, em 27 de novembro.

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Fotos: Arquivo Público DF

Primeira corrida no autódromo foi de Fórmula 1 e teve Emerson Fittipaldi vencendo, para alegria do púbico brasiliense

O entusiasmo não é gratuito. O tetracampeão mundial de Fórmula 1, Max Verstappen, passou por Brasília no fim de outubro, quando estava no Brasil para o Grande Prêmio de Interlagos. Ele deu um pulinho na capital a convite do sogro, Nelson Piquet, patrono do autódromo, e elogiou o circuito ainda em reforma. Chamou a pista de “muito rápida” e “divertida para carros e motos”.

Mesmo que estivesse só querendo agradar a namorada, Kelly Piquet, a frase caiu como uma luva neste momento histórico.

O próprio Piquet, tricampeão de Fórmula 1 na década de 1980, prestigiou o evento de reabertura: “É uma felicidade muito grande, porque o Autódromo de Brasília é uma coisa essencial para o automobilismo brasileiro.

Agora vai recomeçar, acho sensacional”, declara. Nascido no Rio de Janeiro, Piquet passou a infância em Brasília após o pai ter sido transferido para a recém-inaugurada capital e construiu parte da sua paixão pelo esporte em quatro rodas no Planalto Central. Após ter conquistado relevância na principal categoria do automobilismo mundial, o governo do DF o homenageou colocando seu nome no local.

Depois de se aposentar dos cockpits e se dedicar ao empreendedorismo, a lenda das pistas chegou a arrendar o autódromo em meados da década de 1990, mas atualmente o controle da área pertence ao Banco de Brasília (BRB).

A HISTÓRIA

O Autódromo Internacional foi inaugurado em 3 de fevereiro de 1974, quando recebeu sua primeira – e única – corrida de Fórmula 1 da história. Pouco mais de 150 mil pessoas prestigiaram o grande prêmio, que, apesar de não ter contado pontos para o campeonato e ter registrado também a ausência de duas equipes, Ferrari e Lotus, marcou a história nacional. Ao fim de quarenta voltas e 219 quilômetros percorridos na secura do Cerrado, Emerson Fittipaldi, primeiro brasileiro a erguer um troféu da F1, cruzou a linha de chegada em primeiro, para alegria do público local. Naquele ano, ele ainda se sagraria campeão mundial.

Aquele evento marcou a arrancada de anos e anos de protagonismo do autódromo para o calendário esportivo candango e até nacional. O espaço recebeu corridas de motovelocidade, Fórmula 3, Fórmula Truck, Stock Car e Gran Turismo, além de ter sido palco de diversos outros tipos de evento, como torneios de arrancada, drift e até festas 23

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culturais. A última prova antes do fechamento foi em 2014, uma etapa da Stock Car Brasil. O espaço foi fechado para reforma na mesma época em que Brasília vivia a emoção de sediar jogos da Copa do Mundo e não reabriu mais.

FUTURO NA CAPITAL

Se o último ato antes do fechamento foi uma corrida de Stock Car, nada mais justo que a retomada, 11 anos depois, também fosse com ela. A categoria, 100% brasileira, é a principal competição de turismo do País e já teve nomes como Ingo Hoffmann e Rubens Barrichello. Para a reabertura, houve ingressos gratuitos e um dia inteiro de atividades, com shows e ativações. De volta ao calendário, a expectativa é de que o autódromo receba eventos regulares nos próximos anos.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Sem o barulho dos motores, toda uma geração cresceu alheia à emoção de acordar cedo e enfrentar umidade abaixo de 20% no coração de Brasília para prestigiar uma etapa da Stock Car. Mas ter um autódromo de grande porte à disposição não se resume à criação de bons momentos familiares, também mexe no funcionamento da cidade.

“Além da movimentação cultural e turística, existe a criação de empregos diretos e indiretos. É também uma forma de movimentar a economia da cidade”, afirma a jornalista Kiara Mila, especialista na cobertura local de automobilismo. O retorno das transmissões de Fórmula 1 à TV Globo a partir de 2026 e o sucesso de séries documentais de bastidores no streaming também servem como combustível para reacender o interesse dos antigos e estimular uma nova paixão dos mais novos pelos esportes a motor.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Segundo o GDF, cerca de R$ 60 milhões foram investidos e uma série de entraves burocráticos, inclusive a paralisação da licitação de reforma após intervenção do Tribunal de Contas do DF (TCDF), atrasaram a entrega do circuito, atravessando mandatos de três governadores. Foi apenas em 2021 que a gestão de Ibaneis Rocha destravou a questão junto aos órgãos de controle e retomou as obras. “É uma alegria devolver o autódromo para a população do Brasil”, arremata o governador no dia da solenidade.

A reabertura do autódromo ocorreu em novembro e movimentou a cidade

Ibaneis Rocha hasteou a bandeira quadriculada ao lado de sua vice, Celina Leão, e do piloto Enzo Elias, para marcar a reabertura do autódromo

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O DF tem tradição na formação de pilotos e é bem possível que isso seja impulsionado pela volta ao circuito de corridas. Além de Lucas Foresti e Enzo Elias e dos filhos de Nelson Piquet, que nasceram e cresceram na capital, Geraldo Piquet, piloto de Fórmula Truck, e Pedro Piquet, ex-piloto de Fórmula 3, a cidade também revelou nomes como Felipe Nasr, ex-F1; Vitor Meira, ex-Fórmula Indy; e Pedro Cardoso, atualmente na TCR, uma modalidade do turismo.

Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Se os elogios de Verstappen vão se perder na graxa do asfalto ou ganhar vida nos futuros grids do automobilismo brasiliense, só o tempo dirá. Por ora, a largada foi dada. Cerca de trinta mil pessoas prestigiaram o acontecimento oficial de reabertura do Autódromo, enfrentando chuva – mais do que o esperado – sol, vendedores ambulantes, pipoca umedecida, muita poeira levantada, mas, no fim do dia, saboreando o gostinho de reconquista.

Foto: Divulgação

Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Representando o Distrito Federal na corrida de reinauguração, os brasilienses Enzo Elias e Lucas Foresti estrearam as novas curvas do circuito e marcaram seus nomes nesta nova página da história do autódromo. A verdadeira festa, porém, foi feita pela família Piquet, já que Nelsinho Jr. venceu o GP e recebeu a medalha e o troféu das mãos do próprio pai, em um momento de muita emoção.

Apesar de não ter nascido em Brasília, ele carrega o legado do patriarca.

Saiba mais

» A visita de Verstappen em outubro não foi a primeira, e dificilmente será a última.

Em 2023, no casamento do cunhado, Nelsinho Piquet Jr., o holandês correu no Kartódromo Internacional de Brasília, no Paranoá. Não só venceu, como registrou um tempo tão rápido que o kartódromo criou o Desafio Verstappen, no qual visitantes tentam bater sua marca.

O campeão de F1 Max Verstappen, durante visita ao Autódromo de Brasília em outubro de 2025

Fotos: Arquivo Público do DF

» A nova pista do autódromo foi projetada pelo engenheiro Luís Ernesto Morales, presidente da Comissão de Homologação de Circuitos da CBA. Segundo o GDF, ela reúne “segurança, versatilidade e padrões de qualidade europeus”, apta a receber as principais competições da América do Sul e provas de motovelocidade.

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» A construção começou em 1972, durante a presidência do militar Emílio Garrastazu Médici e o governo local de Hélio Prates.

O autódromo também já foi palco da Micarecandanga, festa icônica dos anos 1980 e 1990. Para a reinauguração, a administração chegou a planejar um show do cantor baiano Bell Marques, mas a apresentação foi cancelada de última hora.

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LEGADO

O renascimento do HOTEL NACIONAL DEPOIS DE ANOS FECHADO, O ÍCONE MODERNISTA DE BRASÍLIA INICIA UMA RESTAURAÇÃO QUE UNE MEMÓRIA, ARQUITETURA E FUTURO. O PROJETO QUER DEVOLVER O HOTEL AO CONVÍVIO DA CIDADE E RECONECTAR OS BRASILIENSES À SUA PRÓPRIA HISTÓRIA

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Por Juliana Eichler Fotos Rayra Paiva e Vanessa Castro endereço é nobre. Ali, no meio dos eixos largos, um gigante adormecido vigia a cidade no Setor Hoteleiro Sul. O Hotel Nacional chama atenção pelo contraste: um prédio modernista, assinado por nomes ligados a Oscar Niemeyer, que ficou anos entregue ao silêncio. Muitos brasilienses já não sabem o que aconteceu ali nem ouviram as histórias que seus salões guardam: visitas de reis e presidentes, festas históricas, decisões políticas, artistas, diplomatas e episódios que ajudaram a escrever os bastidores de Brasília. Essa história, por muito tempo suspensa, começa agora a ser retomada com um projeto ambicioso de restauração.

O novo capítulo começou em 2018, quando o Grupo Hoteleiro Bittar e a Construtora Luner arremataram o imóvel em leilão por R$ 93 milhões. “Fomos os únicos ‘malucos’ que quiseram entrar na disputa pelo hotel, mas com a certeza de que o Nacional merece voltar à vida”, revela o empresário Saulo Mesquita, representante da Incorp Empreendimentos Imobiliários S.A. A companhia é composta pelas duas tradicionais empresas de Brasília, ambas de origem libanesa e com trajetórias complementares na hotelaria e na construção civil.

Desde a posse definitiva, em 2020, o grupo iniciou um extenso estudo sobre a estrutura do prédio, que confirmou a solidez da torre principal, cuja base permanece em excelente estado. “Uma estrutura com mais de cem anos de firmeza”, garante Mesquita. Já na área da piscina, algumas demolições foram necessárias, tanto por questões de segurança quanto por exigências das normas atuais de acessibilidade.

Embora o edifício não seja tombado oficialmente, a Incorp fez questão de estabelecer um diálogo com o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) e com o

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Se fosse para resumir este novo projeto em uma palavra, seria legado, um legado das famílias envolvidas, mas também de Brasília para Brasília” Saulo Mesquita,

representante da Incorp Empreendimentos Imobiliários S.A

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que norteou decisões do projeto.

A intenção é manter a volumetria e a fachada originais, respeitando a estética modernista da capital federal.

Assinado originalmente pelo arquiteto Nauro Jorge Esteves, que trabalhava diretamente com Niemeyer – frequentador assíduo do hotel –, o Nacional preserva suas raízes brutalistas, mas ganha uma releitura de interiores, assinada pela arquiteta Patricia Anastassiadis, reconhecida internacionalmente por projetos em redes de luxo, como a Kempinski. “Talvez não consigamos os mesmos materiais, mas buscamos o que há de mais próximo possível do original. Internamente, é uma renovação total, com novos padrões de acessibilidade, tecnologia, luxo e conforto”, afirma Mesquita. Na parte de acomodações, o número de quartos passará de 347 para trezentos.

A reforma tem um objetivo claro: reconectar o hotel com a população de Brasília. “Queremos que os brasilienses voltem a circular, a almoçar, jantar, celebrar e viver o hotel, como faziam nos anos 1960”, destaca o empresário. A ideia é que o Nacional deixe de ser apenas um ponto turístico e volte a fazer parte do cotidiano da cidade.

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O projeto prevê operações abertas ao público, como restaurantes, bares, piscina e salões de eventos, que voltam a ser pensados para casamentos, festas e encontros culturais.

PASSADO E FUTURO

Inaugurado em 1961, a fachada do Hotel Nacional continua a mesma, mas, por dentro, vê-se um cenário de renascimento. Uma revitalização completa. As mais de 1,2 mil obras de arte que compõem o rico acervo do Nacional já não decoram mais os corredores por onde nomes como Clarice Lispector, Tarcísio Meira, Andrian Nikolayev e Pavel Romanovich Popovich – cosmonautas soviéticos –, e Indira Gandhi, ex-primeira-ministra da Índia, circularam. Agora, pinturas, gravuras, esculturas e itens históricos encontram-se empilhados em um quarto, aguardando para serem exibidos novamente.

O novo espaço abrigará parte dessas obras, de artistas prestigiados nacional e internacionalmente, como Di Cavalcanti, Tomie Ohtake e Mário Cravo.

Já outros artigos não se sabe a origem, mas ajudam a contar a história do local, como um vestido de noiva esquecido em um dos quartos, que agora integra o catálogo.

No acervo emotivo, destaca-se, ainda, uma placa em homenagem à estadia da rainha Elizabeth II e do príncipe Philip, da Inglaterra, que inauguraram a suíte presidencial na década de 1970. O apartamento conta com 800m2, divididos entre quartos, closets, salas de estar e de jantar, e uma vista espetacular para a Esplanada dos Ministérios. No novo projeto, ela ganha uma expansão. Além dos membros da realeza britânica, a suíte já hospedou o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter e inúmeras autoridades.

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Um episódio marcante aconteceu durante uma das intermináveis festas que a área de lazer sediava e foi estrelado pela ex-chacrete Rita Cadillac. No evento, ela tirou a blusa e o sutiã para chamar a atenção. Outro momento polêmico foi quando a atriz Leila Diniz, referida por Rita Lee na música Todas As Mulheres do Mundo, protagonizou um strip-tease.

Palco de bailes e encontros políticos, o lendário Salão Azul também será restaurado. “Brasília merece isso aqui de volta”, acredita Saulo. Pequenos detalhes, como diferentes estilos de carpete em cada um dos andares, também serão mantidos.

“Foi um grande desafio equilibrar a modernização necessária com o respeito à história. Queremos um hotel moderno e luxuoso, mas repleto de memória”, explica.

EVENTOS E HÓSPEDES ILUSTRES

Em seu auge, o Nacional foi palco dos eventos mais falados do País, como o baile de gala de Carnaval, concursos de Miss Brasil, festas disputadas e o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Entre celebridades, artistas, jogadores de futebol e autoridades internacionais, outros hóspedes ilustres do hotel foram Pelé, Roberto Carlos e Sílvio Santos, o ator John Travolta, o ex-presidente francês Charles De Gaulle, o primeiro-ministro de Portugal Cavaco Silva e muitos secretários, ministros, embaixadores e diplomatas.

O hotel foi também moradia fixa do ex-presidente Itamar Franco e do ex-vice-presidente José Alencar, que residiu por quase uma década na suíte máster do sétimo andar. Eram também frequentadores assíduos o cantor Raul Seixas e o ex-presidente Fernando Collor, que na época trabalhava como jornalista. O Scotch Bar, localizado no mezanino, era destino certo de figurões após o fim do expediente no Congresso Nacional, razão pela qual o local ficou conhecido como Senadinho.

A obra do Nacional pretende impulsionar a dinâmica da região, atraindo novas iniciativas, aumentando a segurança e estimulando a circulação de pessoas. A galeria externa, que hoje abriga agências de viagem, companhias aéreas e empresas de eventos, deverá ganhar vida novamente. “Se fosse para resumir este novo projeto em uma palavra, seria legado, um legado das famílias envolvidas, mas também de Brasília para Brasília”, finaliza Saulo.

Quando as luzes se acenderem novamente em 21 de abril de 2028, data que celebra o aniversário de Brasília e do próprio hotel, o gigante modernista deixará de ser um símbolo adormecido e retomará o lugar que sempre foi seu: o de protagonista da vida cultural, social e afetiva da cidade.

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N DESIGN

NIEMEYER,

OUTRA PAISAGEM Fotos Ruy Teixeira

Cadeira de balanço Rio

A EXPOSIÇÃO OSCAR NIEMEYER IN ITALIA REVELA A RARA CARTOGRAFIA DO ARQUITETO NO PAÍS QUE TANTAS VEZES O INSPIROU. EM CARTAZ EM SÃO PAULO, A MOSTRA APROFUNDA O DIÁLOGO ENTRE O MODERNISMO BRASILEIRO E A TRADIÇÃO ESTÉTICA ITALIANA

Poltrona Alta

Mesa de trabalho On

H

Por Marcella Oliveira á arquitetos que parecem desenhar o mundo inteiro a partir de uma mesma linha contínua.

No caso de Oscar Niemeyer, essa linha nasce no Brasil, dobra sobre Brasília, atravessa o Atlântico e pousa com naturalidade em paisagens italianas. É justamente essa rota menos conhecida que Oscar Niemeyer in Italia, em cartaz na Casa Zalszupin, em São

Marquesa Vermelha

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Paulo, convida o visitante a percorrer um capítulo raro da obra do arquiteto, em que os horizontes de concreto do Planalto se encontram com a alma italiana.

Instalada em uma casa-museu que, por si só, já é um manifesto de design, a exposição parte de um mapeamento de 13 projetos de Niemeyer realizados na Itália entre 1968 e 2010. Nove deles de fato construídos, como o Palazzo Mondadori, em Milão, o Palazzo Fata, em Turim, e quatro mantidos no território das ideias, como um teatro para Vicenza e edificações no Vêneto. Todos apresentados com desenhos, estudos, fotografias de arquivo e registros contemporâneos.

A exposição fica em cartaz na Casa Zalszupin, em São Paulo, até março de 2026

A Casa Zalszupin, no Jardim América, acolhe essa narrativa com a intimidade de quem conhece bem a linguagem moderna. Foi ali que o arquiteto e designer polonês-brasileiro Jorge Zalszupin viveu com a família até o fim de sua vida, em 2020, e é ali que hoje a ETEL e a galeria Almeida & Dale mantêm uma programação que enaltece o design brasileiro em suas várias camadas.

O visitante encontra obras que traduzem, em solo italiano, a maneira singular de Niemeyer de lidar com cheios e vazios e, ainda, projetos que revelam a mesma ousadia formal aplicada a contextos urbanos diversos. Cada conjunto é apresentado com esboços, desenhos e fotografias, alguns raramente vistos.

A experiência se expande no mobiliário. Todos os móveis são design do arquiteto e reeditados pela ETEL. São peças que reiteram o vínculo entre arquitetura e objeto. Entre elas, a Marquesa Vermelha, em exposição pela primeira vez no Brasil.

Criada originalmente para ambientes concebidos por Niemeyer, ela sintetiza, em escala doméstica, a combinação de rigor estrutural e lirismo que marca sua obra.

A construção desse recorte italiano tem coordenação de Lissa Carmona, CEO da ETEL, e curadoria de Francesco Perrotta-Bosch, em colaboração com a Fundação Oscar Niemeyer, responsável pelo empréstimo de peças fundamentais do acervo. A mostra conta com apoio da Bottega Veneta, que promoveu ações de preview em sua nova loja no shopping JK Iguatemi.

Poltrona On

Para o brasiliense, ver os desenhos e projetos que Niemeyer imaginou para a Itália é como reconhecer um velho conhecido em um cenário estrangeiro. As curvas são as mesmas, a leveza é a mesma, o que muda é o entorno, o idioma, o jogo de referências culturais. Em cartaz até 14 de março de 2026, Oscar Niemeyer in Italia é mais do que uma oportunidade de descobrir a produção italiana de um arquiteto fundamental. É um convite a olhar de novo para Brasília – e para o próprio Brasil – a partir de um desvio geográfico. Ao acompanhar o caminho que levou Niemeyer da capital modernista às margens do Mediterrâneo, o visitante sai com a sensação de que aquelas curvas que desenham o céu do Planalto também pertencem, de alguma forma, ao mundo inteiro. @casazalszupin www.casazalszupin.com/pt/book-you-visit

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SUSTENTABILIDADE

O clima da

POLÍTICA

A COP30 TRANSFORMOU BELÉM EM PALCO GLOBAL, REUNINDO LÍDERES, PERSONALIDADES E TENSÕES POLÍTICAS SOBRE O FUTURO DO CLIMA. ENTRE AVANÇOS TÍMIDOS E IMPASSES PREVISÍVEIS, O BRASIL SAIU COM VISIBILIDADE E RESPONSABILIDADES

A

Por Eric Zambon lista de visitantes que passaram por Belém do Pará em novembro de 2025 diz muito sobre a escala alcançada pela 30ª Conferência das Partes (Conference of the Parties, no original em inglês), ou simplesmente COP30. Do Príncipe de Gales, William, à Rainha Mary Donaldson, da Dinamarca; do ator Alfonso “Poncho” Herrera ao cantor norte-americano Shawn Mendes, a conferência levou à cidade amazônica uma legião de diplomatas, chefes de Estado, ambientalistas, empresários e personalidades ilustres que buscavam, cada um à sua maneira, participar do mais importante fórum global sobre mudanças climáticas.

William e Mary cumpriram agendas oficiais voltadas à sustentabilidade e circularam entre o público para fotos e encontros com lideranças locais.

Shawn Mendes, além de ter sido visto com Ivete Sangalo e Bruna Marquezine em outras cidades

Fotos: Divulgação/Notre Futur

As metas alcançadas, as principais discussões e até episódios marcantes durante as duas semanas de evento ganharam manchetes no mundo todo.

Houve o lamentável incêndio na área restrita, a chamada Blue Zone, que motivou diversas críticas nacionais e internacionais à organização, além dos debates acalorados sobre a inclusão ou não de um plano para reduzir o uso de combustíveis fósseis, no texto final da conferência, entre outros temas relevantes. Mas nada disso parece explicar, por si só, a presença de tantas figuras famosas e tão distintas.

Ativações no Festival Nosso Futuro, Diálogos com a África

brasileiras, visitou o cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó. Já Alfonso Herrera, o eterno Miguel, de RBD, esteve na capital amazônica na condição de embaixador da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), reforçando o papel humanitário do evento, que também discute deslocamentos populacionais causados pelo clima.

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O NASCIMENTO DA CONFERÊNCIA

A COP surgiu como parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC), elaborado durante a Rio-92 – a famosa Eco-92 ou Cúpula da Terra – realizada no Rio de Janeiro há 33 anos. A Convenção entrou em vigor em março de 1994, reconhecendo que o sistema climático é um recurso compartilhado, planetário, cuja estabilidade pode ser afetada por atividades humanas. A COP, portanto, é o órgão supremo da Convenção, reunindo regularmente os países para discutir emissões, financiamento climático, mecanismos de adaptação e cooperação internacional. A primeira edição ocorreu em Berlim, em 1995, e a edição que antecedeu a COP30 foi organizada em Baku, capital do Azerbaijão, em 2024.

À frente do encontro em Belém, o presidente da COP30 e secretário de Clima do Itamaraty, embaixador André Lago, explicou por que a conferência ganha importância ano após ano e pauta debates ambientais há três décadas. “É um processo que vai exigindo constantes aperfeiçoamentos. Além do mais, no caso da mudança do clima, houve uma grande evolução da ciência e do pensamento econômico sobre o impacto da mudança do clima. Então, as COPs anualmente aperfeiçoam esse processo, criam uma legislação e orientam os países numa direção que, antes de mais nada, é baseada na ciência.

Desde a Rio em 92, a ideia seria cada vez mais acentuar essa responsabilidade histórica dos países envolvidos e as necessidades dos países em desenvolvimento”, afirmou.

Algumas edições se tornaram simbólicas. A COP21, realizada em Paris em 2015, resultou no Acordo de Paris, o primeiro tratado global a unir quase todas as nações contra as transformações climáticas provocadas pelo homem. Entre outros pontos, o pacto fixou a meta de limitar o aquecimento global a menos de 2°C e obteve o compromisso de cada país de apresentar metas próprias de redução de emissões. Também estabeleceu um horizonte financeiro concreto, prevendo investimentos de até USD 100 bilhões para apoiar países em desenvolvimento.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O Príncipe de Gales, William, representou o rei Charles III na conferência climática e ainda participou de ações em Belém

A escolha de Belém para sediar o evento não foi aleatória: marcou a primeira vez que uma conferência do clima ocorreu na Amazônia, região estratégica para o cumprimento das metas globais.

Também respondeu ao apelo político do Brasil para reforçar sua imagem de liderança ambiental, especialmente após a queda do desmatamento registrada nos últimos dois anos.

Complexo Porto Futuro II foi uma das principais obras para a realização do evento global

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Foto: Arquivo Pessoal

Ex-integrante do RBD, Alfonso Herrera cumpriu agenda pela ACNUR em Belém e se relacionou com lideranças indígenas

“Seria necessário reconhecer que há algo fundamental: ainda estamos aqui. E que sigamos persistindo no compromisso de empreender a jornada necessária para superar nossas diferenças e contradições no urgente enfrentamento da mudança do clima”, afirmou.

Belém saiu da COP30 com visibilidade inédita, legados estruturais e compromissos que ainda precisarão sair do papel. A conferência terminou sem grandes rupturas, mas com uma mensagem clara: o Brasil agora é observado como liderança climática e isso aumenta o peso das próximas escolhas.

O cantor Shawn Mendes se encontrou com o líder indígena e ativista ambiental cacique Raoni

Entretanto, promessas, muitas vezes, são mais doces do que ações. Um dos impasses anuais para fazer o Acordo de Paris sair do papel envolve os combustíveis fósseis, tema que voltou a gerar dissidência em Belém. A menção ao termo foi retirada do texto final, embora o Brasil, na condução dos debates, tenha sugerido a criação de um roadmap (expressão que significa “mapa do caminho”) para reduzir o uso desse tipo de combustível.

Além das discussões ambientais, a COP30 também reforçou o tabuleiro geopolítico em torno do clima. O Brasil buscou se posicionar como mediador entre países desenvolvidos e o Sul Global, e chamou atenção de delegações europeias e norte-americanas, evidenciando a tentativa de se consolidar como liderança na agenda climática após anos de distanciamento internacional.

No discurso de encerramento, a ministra Marina Silva admitiu que o progresso foi modesto, mas adotou um tom mais otimista ao destacar resultados obtidos sob a presidência brasileira.

Foto: Instituto Raoni/ Divulgação

Curiosidades

» DF na Amazônia: apesar de estar a mais de 2,1 mil quilômetros de distância do local da conferência, o Distrito Federal enviou uma delegação ao evento, liderada pelo secretário do Meio Ambiente Gutemberg Gomes e com participações do presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, e do subsecretário de Gestão Ambiental e Territorial, Renato Santana. » O famoso Tacacá, comida típica da região e de origem indígena, eternizada na cultura pop brasileira após a menção ao alimento em uma canção da cantora Joelma, foi inicialmente proibida do cardápio oficial da COP30, junto a outras iguarias amazônicas. A justificativa da Organização dos Estados IberoAmericanos (OEI), que cuidou dos serviços de alimentação, foi o “risco de contaminação”.

Mas após pressão popular e do próprio governo brasileiro, o tacacá foi liberado. » A COP30 terminou com a aprovação de 29 textos, resultado construído pelos 129 países participantes, incluindo pontos sobre adaptação, mitigação, financiamento climático e implementação. Também houve avanço na Agenda de Ação, com o registro de 120 planos de aceleração, que irão pautar políticas públicas para reduzir emissões. » A COP30 foi dividida em dois grandes espaços: a Blue Zone (Zona Azul) e a Green Zone (Zona Verde). A Zona Azul foi o centro diplomático da conferência. A área teve acesso restrito a delegações oficiais, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada. » A Zona Verde foi o espaço aberto ao público, voltado para a sociedade civil, empresas, instituições públicas e ONGs. O local recebeu palestras, feiras, exposições, shows, apresentações culturais e debates sobre sustentabilidade.

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Recebemos, também, o rei Carl XVI Gustaf e a rainha Silvia Sommerlath, da Suécia. Juntos, unindo forças, pelo futuro das nossas crianças do Marajó”

A anfitriã da

SUSTENTABILIDADE

H

á pessoas raras que são reluzentes, cativam com a abundância do seu brilho e generosamente compartilham a sua luz. Essa é Daniela Lima Barbalho, advogada, filantropa, política e anfitriã do maior encontro internacional de debate das eminências climáticas, o COP30.

Belenense, Daniela é amorosa mãe de Helder Filho, Thor e Heva Angel, dedicada mulher ao governador do Pará, Helder Barbalho, e devota sobretudo ao povo paraense. Em sua ilustre e digna carreira pública, é farol de boas práticas públicas, empenhando os seus esforços também como conselheira do Tribunal de Contas do Estado, além de coordenadora de iniciativas como o ParáPaz, que reúne ações de apoio social e atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade.

A escolha de Belém como sede da COP30 foi simbólica e estratégica, não apenas pelo oportunidade de visibilidade e prioridade à preservação da maior floresta tropical do mundo e divulgação das diversas iniciativas sustentáveis do País, mas também como um reconhecimento ao preparo e notória fidalguia de Daniela que sabe receber, acolher e mediar com esmero ímpar.

“O nosso estado venceu preconceitos, superou grandes desafios e mostrou ao mundo, e a todos que duvidaram da nossa capacidade, a força e a garra do povo paraense. O Pará se preparou para receber a COP30 e o legado ficará para todos nós”, sintetizou ela com o calor e generosidade característicos seus e de seu povo.

Foto: Beatriz Araújo

ÍCONES

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A rotina de Daniela passou a envolver diplomacia e recepção de delegações internacionais. “Tivemos a honra de visitar a Ilha do Combu com a Rainha da Dinamarca, Mary Elizabeth Donaldson”,

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Foto: Beatriz Araújo

Foto: Marcos Santos

Fotos: Divulgação

contou. “Recebemos, também, o rei Carl XVI Gustaf e a rainha Silvia Sommerlath, da Suécia. Juntos, unindo forças, pelo futuro das nossas crianças do Marajó”, relatou, sobre o projeto Barco Infância Segura.

Cumpre relembrar a empatia da família Barbalho com práticas sustentáveis. Quando Ministro da Integração Nacional, Helder liderou iniciativas para democratizar o acesso a fontes renováveis de energia pelo povo brasileiro, como na liberação de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para projetos de energia solar em 2018, com juros convidativos e prazos expandidos, além de financiar projetos de energia renovável, como pequenas hidrelétricas, parques eólicos e centrais fotovoltaicas ao Norte do Brasil.

Aclamada pelo povo, Daniela ilumina ainda mais as boas práticas de seu companheiro, e reluz sobre o País, tal qual outras primeiras-damas, como a do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, e a brasiliense Victoria Henriques, vice primeira-dama do Rio de Janeiro, todas reconhecidas pelos trejeitos e responsabilidade sociais.

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GASTRONOMIA

O CABOCO DO

Tapajós O

Por Marcella Oliveira sol se debruça sobre o rio Tapajós com a lentidão que só a Amazônia conhece. A luz se espalha em laranja sobre a água e invade a varanda da Casa do Saulo, em Alter do Chão, no Pará, onde tudo começou – como uma reunião entre amigos que cresceu até se transformar em destino de viajantes do mundo inteiro. As mesas se preenchem; o cheiro da brasa se mistura com o vento que vem do rio; e Saulo Jennings circula com a simplicidade de quem nunca deixou que o tamanho da operação engolisse a delicadeza do gesto. Cada cliente parece ser recebido por alguém da família.

Cada prato chega como uma história contada sem pressa.

Fotos: Divulgação

DA CASA ABERTA NA BEIRA DO RIO À PROJEÇÃO INTERNACIONAL, SAULO JENNINGS TRANSFORMOU A COZINHA AMAZÔNICA EM LINGUAGEM UNIVERSAL. HOJE UMA DAS PRINCIPAIS VOZES DA GASTRONOMIA BRASILEIRA, SEU SONHO É UM SÓ: “AMAZONIZAR O MUNDO”

“Nasci às margens do Tapajós, e isso define tudo.

Sou caboco do Tapajós”, diz. A infância numa casa com duas entradas – uma pela rua, outra pelo rio – moldou seu olhar para a vida. “Meus pais diziam que tudo de bom chegava pelo rio: o peixe fresco, as frutas, as brincadeiras. A rua trazia as contas para pagar”, ri. O menino que cresceu entre redes, canoas e aromas de peixe amazônico jamais imaginaria que um dia levaria esse universo para conferências globais, festivais e jantares diplomáticos.

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Autodidata, Saulo começou cozinhando quase por acaso, preparando refeições para alunos de kitesurf depois das aulas. Tinha apenas 15 anos.

Um dia abriu a própria casa para vinte pessoas.

Depois para quarenta. Quando percebeu, havia um restaurante, ainda sem placa, mas com alma. A escolha do nome foi fácil: Casa do Saulo. “Quando o restaurante já estava funcionando e começou a dar certo, eu me vi pensando no volume de peixe que estava vendendo. Ali caiu a ficha. Se eu quisesse continuar, precisaria fazer direito, conhecer melhor o território e preservar”, conta.

Hoje, além da casa original em Alter do Chão, Saulo comanda operações em Belém e em São Paulo, todas com a mesma filosofia: cozinhar com origem, com sentido, com participação das comunidades produtoras. Mais de mil famílias ribeirinhas, extrativistas e pescadoras integram a sua cadeia de abastecimento. É gastronomia, sim, mas também economia circular e fortalecimento territorial.

PROJETO DE VIDA

Ao falar de sua cozinha, Saulo rejeita qualquer definição simplificada: “A cozinha amazônica é diversa demais, complexa demais. É de povos, de rios. Quando cozinho no Pará, eu cozinho em casa, com cheiro de rio. Quando levo a Amazônia para fora, o desafio é manter a alma”. Essa alma se traduz não apenas em técnicas, mas em relações.

“Cada ingrediente carrega uma comunidade inteira junto. O pirarucu, por exemplo, não é só um peixe, é um projeto de manejo que muda a vida de centenas de famílias. O tucupi é uma tecnologia ancestral. A farinha tem mais inteligência do que muita gente imagina. Quando coloco isso no prato, coloco cultura, território e economia circulando.

O sabor é consequência”, afirma.

O pirarucu moqueado com banana grelhada, tucupi negro e farofa de farinha d’água é talvez o melhor exemplo dessa filosofia. O prato chega à mesa fumegante, com o perfume da brasa, a doçura natural da fruta e a acidez do tucupi reduzido lentamente. É Amazônia traduzida em uma sequência precisa de texturas e temperaturas. “Hoje o mundo fala de origem, sustentabilidade, biodiversidade.

Isso, para nós, é cotidiano. A cozinha amazônica é, provavelmente, o maior exemplo de gastronomia regenerativa do planeta”, diz.

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Meu sonho é um só: amazonizar o mundo.” que a Amazônia pode entregar excelência sem perder a essência”, diz, orgulhoso.

Foto: Divulgação

Essa essência também aparece na forma como Saulo fala com produtores, com funcionários e com clientes. Há uma delicadeza que não é efeito, é raiz. Ele conta que aprendeu com as comunidades ribeirinhas algo que carrega como mantra: “Pressa é inimiga da floresta”. É a maior lição que sua trajetória ensinou e que ele aplica tanto à cozinha quanto à vida. “A relação com eles é como deveria ser em todo lugar: parceria. Pago preço justo, compro direto, respeito tempo de cada comunidade. E não é assistencialismo, é troca. O impacto que vejo é real: mais renda, mais autonomia”, diz.

GASTRONOMIA COMO DIPLOMACIA

Nem tudo foi fácil, mas, pouco a pouco, conquistou o Brasil. E o mundo também percebeu essa força.

Em 2024, Saulo foi eleito Chef do Ano pela revista Prazeres da Mesa e nomeado Embaixador do Turismo Mundial pela ONU durante o G20. “Não é um título para mim. É para a Amazônia. É uma oportunidade de falar de manejo, de floresta em pé, de cultura alimentar em lugares onde a Amazônia é só um conceito distante”, diz.

A nomeação como chef oficial da Cúpula de Líderes da COP30 ampliou ainda mais sua atuação.

Cozinhar para presidentes, diplomatas, ministros e líderes globais dentro da própria Amazônia foi, para ele, histórico. “Belém não é uma capital ‘pronta’ para quem vê de fora, mas é profundamente capaz. Tivemos desafios logísticos enormes, abastecimento noturno, protocolos rígidos. Mas transformamos isso em oportunidade, mostramos

O TEMPO DA FLORESTA

Quando recomenda o que um visitante deve provar para entender realmente a região, entrega uma lista que parece um mapa emocional: maniçoba sem medo; tacacá até tremer o beiço; peixe fresco; açaí batido na hora (comida, não sobremesa); e, sobretudo, o mercado. “O mercado é uma aula. É conversa, é cheiro, é descoberta. É a Amazônia condensada”, define.

Entre viagens, eventos, conferências e restaurantes, é sempre o retorno ao rio que o reorganiza. “Volto para minha casa na frente do Tapajós. Volto para Santarém, para as comunidades, para a família.

Isso me coloca no eixo”, revela.

E quando pensa no futuro, não lista projetos, metas ou expansões. Ele resume tudo em uma frase que já virou assinatura: “meu sonho é um só: amazonizar o mundo”. E enquanto o sol mergulha no Tapajós, a brasa acende em âmbar e a Casa do Saulo se enche de aromas que pertencem a um lugar e a um tempo que só existem ali, parece impossível não acreditar que esse sonho já começou a acontecer. @casadosaulo

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EXPLORA

/ Marcella Oliveira @marcella_oliveira marcellaoliveira@gmail.com

Belém é uma daquelas cidades que ficam com você. Não por causa de um monumento ou de uma paisagem específica, mas pela maneira como tudo parece vivo: o vento que vem da Baía do Guajará, o burburinho das feiras, a devoção que atravessa as ruas, o perfume das ervas.

Há um afeto silencioso na capital paraense, algo que não se explica apenas com geografia ou história. Belém toca, envolve, abranda. E, quando a gente percebe, já está levando um pedaço dela dentro da mala, e da memória.

Fotos: Divulgação

BELÉM

A LUZ QUE NASCE DO RIO

O CAIS QUE VIROU MIRANTE Quando o sol começa a se pôr sobre a Baía do Guajará, o antigo porto ganha um brilho especial.

Os guindastes amarelos, trazidos da Inglaterra no fim do século XIX, parecem quase esculturas diante do céu rosado. Foi essa estrutura que, em 2000, deu origem à Estação das Docas um projeto de revitalização que transformou três armazéns industriais em um calçadão boêmio e gastronômico,

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A CASA DE NAZINHA

JANELAS PARA O RIO

Há um momento, ao se aproximar do bairro Nazaré, em que os sons da cidade parecem diminuir. Os sinos da Basílica marcam o compasso da manhã e lembram por que Belém, apesar das mudanças, ainda guarda uma devoção profunda: mais da metade da população é católica, e o Círio de Nazaré, que reúne cerca de dois milhões de romeiros, molda a identidade espiritual do Pará.

À medida que o dia avança e a maré sobe na Baía do Guajará, a luz que entra pelas janelas do casarão parece mudar de humor. É curioso pensar que aquelas mesmas paredes já viram o movimento dos séculos: construído no início do XVIII como residência de um capitão português, o prédio seria mais tarde hospital militar e, já na década de 1990, em um dos centros culturais mais simbólicos de Belém. A arquitetura colonial, restaurada com cuidado, conserva a elegância original, enquanto as onze janelas alinhamse como se enquadrassem a paisagem.

Inspirada nas basílicas italianas e concluída em 1954, a Basílica de Nazaré emerge como centro dessa força silenciosa. Lá dentro, a luz filtrada pelos vitrais cria um ambiente que alterna entre calma e movimento. Apesar de não ser a maior basílica de Belém, é a mais visitada, especialmente por abrigar o ano inteiro a imagem de Nazinha, como é carinhosamente chamada Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira do Pará e da Amazônia.

Mesmo que você não seja católico, vale a visita à casa da santa, considerada uma mãe pelos paraenses. @basilicadenazareoficial

A Casa das Onze Janelas é um ponto onde a cidade velha respira. Ali ao lado estão o Forte do Presépio e a Catedral da Sé, formando um conjunto que ajuda a entender como Belém nasceu. Nos últimos anos, o espaço ganhou novo fôlego com a chegada do restaurante Casa do Saulo, vindo de Alter do Chão. A gastronomia amazônica servida ali cria um diálogo natural com o entorno. Sentar-se no pátio, acompanhar a mudança de cor da baía e provar ingredientes que vêm da floresta fecha o ciclo que Belém sabe oferecer tão bem. @onzejanelas]

e ainda com a possibilidade de fazer um passeio de barco e ver Belém de dentro do rio. A arquitetura, com suas vigas metálicas aparentes e grandes portas de correr, mantém a memória portuária viva, enquanto as lojas e espaços culturais mostram uma Belém contemporânea, mais cosmopolita do que muitos imaginam.

É ali que você vai encontrar os principais pratos típicos do Pará (Maniçoba, pato no tucupi, tacacá e o verdadeiro açaí), tomar um chopp de bacuri ou cupuaçu na Amazon Beer, além de degustar os sabores da sorveteria Cairu, considerada patrimônio cultural do Pará, que, em 2022, entrou para a lista das 50 melhores do mundo no Festival Mundial do Gelato, um dos concursos mais famosos da área, realizado em Roma, na Itália. Depois da imersão gastronômica, vale conhecer o mercado Ver-oPeso que fica ao lado, o principal cartão-postal. @estacaodasdocas | @sorveteriacairu | @amazonbeer

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PEDRAS DE MEMÓRIA À primeira vista, é o contraste que chama a atenção. No claustro iluminado pelo pátio central, brilham opalas, quartzos, ametistas e os tradicionais muiraquitãs, enquanto, alguns passos antes, o visitante passa por paredes espessas que lembram outro passado. O antigo Convento de São José, fundado em 1749 e mais tarde transformado em presídio, ganhou novo significado no início dos anos 2000, quando foi restaurado para abrigar o Pólo Joalheiro: um dos projetos culturais mais refinados do Pará.

O Museu de Gemas, instalado ali, apresenta a riqueza mineral do estado. As vitrines exibem pedras em variadas lapidações, muitas delas raras, e explicam como esses minerais foram fundamentais para a economia e o imaginário da região. O mais surpreendente, porém, é perceber como o antigo presídio se converteu em espaço de criação. Ateliês de designers, lojas de joalheria autoral e oficinas mostram um Pará sofisticado e contemporâneo, que sabe transformar tradição em identidade estética.

Caminhar pelo pátio ao fim da tarde, com a luz refletindo nas pedras e nas paredes restauradas, revela um lugar onde história e beleza se encontram de maneira profundamente natural.

Fotos: Divulgação

@e.saojoseliberto

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ONDE O LUXO ENCONTRA A AMAZÔNIA A recém-chegada do hotel Tivoli Maiorana, no bairro da Campina, sinaliza uma nova fase da capital paraense: um momento em que o turismo de alto padrão começa a ocupar espaço com naturalidade, dialogando com a energia cultural, gastronômica e ambiental que hoje projetam a cidade para o mundo. A arquitetura contemporânea incorpora elementos regionais: materiais tropicais, luz natural generosa e uma paleta que conversa com o verde da Amazônia e o dourado do pôr do sol sobre o Guajará.

São 176 acomodações, incluindo duas suítes presidenciais de 220 m², com sala de estar ampla, banheira, vista panorâmica e serviço de mordomia.

No rooftop, o tradicional restaurante SEEN Belém, com a assinatura de Olivier da Costa, que oferece um espetáculo diário do entardecer amazônico.

No spa, o Anantara, elementos da floresta foram incorporados aos tratamentos. A piscina elevada e o centro fitness de última geração completam a atmosfera de refúgio urbano. @tivolibelem

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Em 2025, celebramos cada encontro, abraço e sonho.

Que 2026 chegue leve, brilhante e cheio de novas histórias para viver.

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INOVAÇÃO

TRADIÇÃO

E VISÃO

FUNDADO EM BRASÍLIA, O GRUPO SETEC CHEGA AOS 25 ANOS COMO REFERÊNCIA NACIONAL. A INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE NO CORAÇÃO DA CAPITAL E A EXPANSÃO DE SEGURANÇA ELETRÔNICA PARA O SETOR DE ENERGIA SOLAR MARCAM UM NOVO CICLO DE MATURIDADE, INOVAÇÃO E ESTRATÉGIA

Fotos: Celso Junior

DE FUTURO

O

ano era 1998 e Brasília pulsava na transição entre o analógico e o digital. Em uma pequena sala, dois jovens decidiram começar um negócio. A ideia parecia simples, mas exigia precisão: oferecer um serviço de segurança. Cada chamado atendido, cada vigilância acionada, cada noite tranquila daquele início foi ensinando, na prática, como o trabalho deveria funcionar. Ali, entre rotinas repetidas e ajustes constantes, Agenor Netto e Gustavo Pena começavam a construir algo que iria muito além da prestação de serviço: era um modelo autoral de operar.

A Setec deu seus primeiros passos com base na observação contínua para entender o ambiente, antecipar riscos, corrigir falhas e proteger. “Nós iniciamos pequenos, mas já com muita responsabilidade. Desde o começo, a preocupação sempre foi executar um serviço que funcionasse de verdade”, relembra Netto. Em 2003, ampliou sua presença para outras regiões do País, com clientes nos setores público e privado. No ano seguinte, grandes empresas e bancos públicos entraram na carteira de negócios.

A partir de 2005, o ritmo acelerado de crescimento consolidou a companhia como uma das referências do setor de segurança eletrônica no Brasil.

Os empresários Agenor Netto e Gustavo Pena

Disruptiva desde o nascimento, a Setec evoluiu, acompanhando as transformações do setor e incorporando novas soluções ao portfólio. Portaria remota, reconhecimento facial, rastreamento veicular, monitoramento 24 horas, sistemas de alarme e câmeras de última geração passaram a integrar a operação. Hoje, são mais de 11 mil clientes atendidos e dez centrais de monitoramento pelo Brasil. “Essa estrutura nos permite monitorar cidades inteiras, órgãos públicos, bancos, residências, comércios e grandes empresas, tudo a partir de centrais altamente tecnológicas”, conta o sócio-fundador.

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Mesmo com atuação em escala nacional, a empresa mantém a personalização. “Não existe solução padrão. Por isso, primeiro avaliamos o ambiente, a rotina, os riscos e montamos um projeto específico”, explica o empresário. O monitoramento do entorno das áreas protegidas é um diferencial, com projetos como a Rua Monitorada, com câmeras que ampliam o campo de visão e fortalecem a sensação de proteção coletiva. “É a paz de saber que tem alguém olhando por você o tempo todo.

Seja quando você está viajando, quando sua família está em casa ou quando uma empresa precisa operar sem interrupções”, diz Netto.

O olhar atento às demandas do mercado levou a Setec a dar um novo passo e criar, há cinco anos, a Setec Energia, no segmento de geração de energia solar, com atuação da concepção do projeto à manutenção das usinas, passando pela escolha do terreno, instalação, geração e comercialização de créditos. “A gente acompanha tudo. Se a geração cai, o sistema gera alerta e nossa equipe atua antes que o cliente perceba”, relata Netto.

Além das usinas solares, a Setec Energia também realiza a instalação e manutenção de placas fotovoltaicas em residências e empresas, oferece soluções de fornecimento de energia para quem não pode instalar painéis e faz a montagem de carregadores para veículos elétricos, atendendo a uma demanda crescente. “Na segurança ou na energia, nosso papel é ter visão sistêmica para que tudo funcione sem sustos e danos”, resume o empresário.

Em agosto de 2025, a inauguração da nova sede no Edifício Setec, na Asa Norte, marcou simbolicamente esse momento de maturidade, além do rebranding que trouxe o novo slogan: “nós geramos confiança”. Com 2,5 mil m², o espaço foi pensado para abrigar áreas de demonstração tecnológica e relacionamento, com projeto de interiores assinado por Almira Portella, paisagismo de Cléber Depieri e o olhar da mulher de Agenor, Adriana Chaves, na decoração. “Energia renovada, nova fase, formato ampliado. A mudança representa mais do que um endereço. É um conceito inovador para a Setec, um espaço para receber clientes, apresentar soluções e mostrar quem somos hoje e o quão ainda pretendemos avançar”, define o sócio-fundador Gustavo Pena. @gruposetec www.setec.seg.br

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EDUCAÇÃO

A VANGUARDA

da formação

INTEGRAL

A HEAVENLY INTERNATIONAL SCHOOL ANTECIPOU, EM BRASÍLIA, O MOVIMENTO QUE HOJE REDEFINE A EDUCAÇÃO. UMA ESCOLA QUE INTEGRA EXCELÊNCIA, PROPÓSITO E ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL

Q

uando famílias e especialistas em educação falam em formação integral, muitos a consideram uma tendência recente. No entanto, muito antes de esse conceito ganhar espaço no discurso pedagógico contemporâneo, a Heavenly International School já estruturava seu modelo em torno de uma visão essencial: o aluno é um ser humano inteiro, que precisa ser formado intelectual, emocional, social, espiritual e artisticamente.

Por anos, o Distrito Federal conviveu com um cenário educacional marcado por modelos tradicionais, centrados quase exclusivamente na performance acadêmica. Nesse contexto, poucos colégios ousaram deslocar o foco da “nota pela nota” para uma visão mais ampla de desenvolvimento humano. A Heavenly International School antecipou, em mais de uma década, o movimento hoje conhecido como formação integral.

Segundo o relatório Turning the Tide, da Universidade de Harvard, estudantes que desenvolvem competências socioemocionais, como autoconhecimento, responsabilidade, engajamento e equilíbrio emocional, tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico e maior preparo para o Ensino Superior. Os dados reforçam algo que a Heavenly já vinha defendendo: excelência acadêmica é consequência de um aluno bem formado, não o ponto de partida.

Pessoas antes do conteúdo A escola estruturou desde cedo um tripé raro no ensino privado: tutoria individualizada, PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) e uma equipe multidisciplinar robusta. Cada segmento conta com dois coordenadores – um pedagógico e um de formação integral – além de psicólogos e uma equipe de monitores que conhece cada aluno pelo nome.

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Para a diretora de inteligência da escola, Michelle Machado, essa estrutura explica por que o modelo se tornou referência. “A formação integral não é um projeto paralelo. É a espinha dorsal da escola.

Aqui ninguém caminha sozinho; todos têm um plano, um tutor e uma equipe observando sua evolução com atenção verdadeira”, afirma.

Além da tutoria e do PDI, a Heavenly incorpora à rotina escolar uma pastoral ativa, estruturada e vivencial, que integra fé, valores cristãos e formação de caráter. A identidade católica permeia decisões pedagógicas, relações humanas e projetos comunitários, sempre com liberdade e respeito, seguindo o princípio de que a fé se propõe, nunca se impõe. Essa abordagem espiritual também reforça habilidades socioemocionais essenciais, como empatia, responsabilidade e propósito, compondo um modelo formativo integral raro no ensino privado brasileiro.

Preparados para o futuro Embora o discurso possa soar idealista, os resultados são palpáveis. “No início, eu não sabia qual carreira seguir. A tutoria e os coordenadores me ajudaram muito com testes vocacionais e conversas. Quando decidi que queria Direito, criamos juntos um plano de estudo. A escola me preparou para isso”, relata Bernardo Bernardo Ramos, aluno desde 2013 e aprovado em Direito na UnB. Algo semelhante viveu Lucas Carvalho, aprovado em Administração na FGV depois de concluir o Ensino Médio na instituição. “Eu sonhava em estudar na FGV, mas não imaginava ser possível.

A Heavenly me deu a base que eu precisava, tanto acadêmica quanto emocional. Eu realmente me senti preparado”, conta.

As histórias de Bernardo e Lucas não são casos isolados. A escola acumula aprovações em instituições como USP, Insper, UFRJ, FGV e UnB, além de universidades internacionais como Coimbra, Bard College, Suffolk University e Le Cordon Bleu. A vocação internacional é reforçada pela proposta bilíngue: projetos, aulas e eletivas em inglês aproximam os alunos do mundo acadêmico global e abrem portas para universidades fora do País, enquanto a formação espiritual oferece raízes sólidas. “A robustez do nosso modelo está na união entre ciência pedagógica e cuidado real.

Temos processos, protocolos e indicadores, mas também temos nomes, histórias e vínculos. É isso que diferencia a formação integral do discurso vazio”, afirma Michelle Machado.

Fotos: Divulgação

A tutoria, um processo exclusivo e inovador na educação básica, oferece encontros regulares para orientar metas, estudos, organização pessoal, decisões de vida e desenvolvimento emocional.

Já o PDI traduz a personalização em prática concreta: cada aluno tem um plano elaborado a partir de seu perfil, talentos, desafios e objetivos. O documento funciona como bússola para professores, coordenadores e famílias.

À medida que mais escolas passam a adotar práticas socioemocionais, a Heavenly se destaca por já ter experiência, estrutura e resultados consolidados. A escola se posiciona não como seguidora de um movimento global, mas como instituição que participou ativamente de sua construção local. A formação integral deixou de ser diferencial: tornou-se necessidade. E Brasília, agora, volta os olhos para quem já a praticava, com profundidade, há mais de uma década. @heavenlyschoolbrasilia www.hisbsb.com.br

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ARTIGO

/Jéssica Amorim e Cristiane Gonçalves de Andrade

A REFORMA

Tributária 2026

O ANO EM QUE A GESTÃO FISCAL DEIXARÁ DE SER OPERACIONAL E PASSARÁ A SER ESTRATÉGICA

A

implementação da CBS e do IBS em 2026 marca o início de uma das maiores transformações da história tributária brasileira. O comunicado oficial da Receita Federal e do Comitê Gestor do IBS deixa claro: não se trata de uma alteração burocrática, mas de uma mudança de lógica.

O país está migrando para um modelo de IVA dual que exige precisão técnica, integração de sistemas, governança sólida e capacidade de execução em alto nível.

A partir de janeiro, todas as empresas — independentemente do porte ou setor — terão de operar no novo padrão, ainda que o impacto financeiro pleno só ocorra em 2027. Será necessário emitir documentos fiscais em leiautes revisados, ajustar classificações, revisar cadastros, atualizar ERPs e cumprir obrigações acessórias específicas. Não é exagero afirmar que 2026 será o ano mais crítico para a gestão fiscal desde a criação do SPED.

Para muitas organizações, o desafio não será compreender as regras, mas aplicá-las corretamente em operações diárias de alto volume. Conforme explica Jéssica Amorim, Head do Núcleo de Reforma Tributária da Valestrá, a adaptação vai exigir rigor e disciplina: “2026 não é sobre pagar mais ou menos. É sobre ter processos capazes de operar no novo modelo. Uma nota rejeitada por erro de leiaute, um cadastro desatualizado ou um código incorreto pode comprometer toda a operação. A fiscalização será automatizada, e a tolerância para falhas será mínima.”

Esse novo cenário exige uma mudança cultural profunda. No regime do IVA, improviso deixa de ser uma opção. As equipes fiscal, contábil, de TI, compras, vendas e logística precisarão atuar de forma integrada, garantindo que cada etapa da cadeia opere com coerência técnica.

Setores com regimes específicos como: saúde,

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Foto: Vanessa Castro

saneamento, combustíveis, financeiro e plataformas digitais, enfrentarão exigências ainda mais detalhadas.

A Diretora do Jurídico Técnico da Valestrá, Cristiane Gonçalves de Andrade, reforça que os riscos vão além da operação.

“A empresa que não se preparar enfrentará glosas recorrentes, inconsistências contratuais, problemas na recuperação de créditos e insegurança jurídica. A Reforma Tributária exige precisão, transparência e rastreabilidade. Sem governança, qualquer operação vira um passivo em potencial.”

Por outro lado, as organizações que se anteciparem em 2025 terão vantagens competitivas tangíveis: previsibilidade de preços, menor risco fiscal, eficiência operacional, segurança em auditorias e capacidade de planejar margens em um ambiente tributário mais claro. Revisar cadastros, atualizar sistemas, mapear riscos, treinar equipes e simular

impactos deixou de ser recomendação, tornou-se requisito de continuidade.

Para a Valestrá, a Reforma não é um desafio isolado, mas uma inflexão na forma como as empresas estruturam sua gestão. A transição para o IVA dual exige solidez técnica, visão estratégica e profundidade operacional. É, ao mesmo tempo, um teste de maturidade e uma oportunidade para empresas que desejam se diferenciar.

A verdade é que 2026 vai separar quem está preparado para competir num ambiente tributário moderno de quem ainda opera sob lógicas antigas.

A nova era fiscal brasileira exigirá inteligência, disciplina e governança. E essa preparação precisa começar agora, porque, no modelo do IVA, o custo da desatenção é maior do que o do imposto.

Jéssica Amorim é Head do Núcleo de Reforma Tributária da Valestrá Cristiane Gonçalves de Andrade é Diretora do Jurídico Técnico da Valestrá

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ARTIGO

/ João Paulo Todde Nogueira Advogado

QUANDO O DANO É ÓRFÃO

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á uma cena silenciosa que se repete todos os dias: em poucas horas, um vídeo fora de contexto destrói uma reputação construída em décadas; um boato impulsionado por “engajamento” afasta clientes; uma decisão automática derruba o perfil que sustenta o faturamento de uma empresa.

Não há porta chutada, não há oficial de justiça à vista. Só uma mensagem seca na tela: “seu conteúdo viola nossas diretrizes”.

E a pergunta que ninguém responde: quem paga essa conta?

O dano existe. O autor, não.

No mundo físico, o prejuízo tem endereço: o motorista, o hospital, o banco, o Estado. No mundo digital, o dano é órfão. O usuário culpa o “sistema”, a plataforma culpa o “algoritmo”, o desenvolvedor culpa o “modelo”, e a Inteligência Artificial, por definição, não responde.

Na mitologia grega, Ate caminhava sobre a ponta dos pés para que ninguém percebesse sua chegada.

A CONTA INVISÍVEL DAS PLATAFORMAS DIGITAIS Não brandia espada, não gritava, não ordenava.

Apenas inclinava ligeiramente o destino, desviando reis, cidades, heróis e até deuses para a ruína sem jamais deixar um traço de si. O dano era real. A autoria, inalcançável.

O mundo digital recriou Ate em silício – plataformas que empurram, recomendam, ocultam e amplificam sem deixar impressão digital de responsabilidade. O prejuízo aparece; o autor, nunca.

Criamos um ecossistema em que todos decidem um pouco, todos lucram muito e ninguém se apresenta como responsável quando o resultado é destruição.

Plataformas não são praças neutras: são concessionárias de poder.

Durante anos, vendemos a imagem romântica das plataformas como “praças públicas digitais”. Mas não há praça em que alguém define, em tempo real, quem fala mais alto, quem é empurrado para a esquina e quem desaparece do mapa.

Plataformas se parecem menos com uma praça e

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Foto: Vanessa Castro

1. Quem lucra com o caos?

Conteúdo polarizado, agressivo ou mentiroso costuma gerar mais cliques. Se o modelo de negócios premia o incêndio, é honesto tratar a plataforma como vítima do fogo?

2. Quem controla o risco?

O usuário não escolhe o código nem as regras invisíveis do feed. A plataforma escolhe. Quem detém o controle fino da arquitetura de atenção não deveria também suportar o peso do resultado?

3. Quem tem condições reais de se defender?

Um indivíduo isolado não negocia com uma infraestrutura global. Quando o recurso máximo é um formulário anônimo, não há devido processo: há gestão de fila.

Responsabilidade civil, no fundo, nunca foi sobre punir quem erra, mas sobre proteger quem não consegue se proteger sozinho. No ambiente digital, essa assimetria é brutal. A era da IA autônoma só agravou o problema.

Modelos que se atualizam sozinhos, recomendadores que reescrevem sua própria lógica, sistemas que aprendem com o pior do comportamento humano: o cenário perfeito para que a plataforma alegue ignorância sobre o detalhe que gerou o dano.

Todavia, a ignorância sobre o detalhe não apaga o domínio sobre a estrutura. Quem decidiu colocar a máquina para decidir no lugar de pessoas fez uma escolha jurídica, não apenas tecnológica.

mais com uma rodovia concedida: controlam o fluxo, impõem regras, cobram pedágio em dados e anúncios. No Direito tradicional, quem explora o tráfego responde pelo risco da via. No digital, aceitamos a ficção da neutralidade enquanto o asfalto é programado para favorecer determinados percursos.

Se a decisão de amplificar ou enterrar um conteúdo é centralizada, a responsabilidade não pode ser difusa.

Três perguntas incômodas que o Direito precisará responder:

Assim, o debate sobre responsabilidade civil das plataformas não é uma guerra contra a tecnologia, e sim um acerto de contas com o poder. Todo poder que organiza o espaço onde vivemos, físico ou digital, precisa ter nome, CPF ou CNPJ – e consequência.

Enquanto aceitarmos que o clique manda e ninguém responde, viveremos num mundo em que o dano é real, mas o responsável é sempre abstrato. É como digo: pleno direito é plena responsabilização de quem tem poder e não há nada mais perigoso para o Estado de Direito do que um poder que decide tudo, lucra com tudo e, no fim, não responde por nada.

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PUBLIEDITORIAL

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Constatamos que os residentes maduros do Lago Sul buscam praticidade sem abrir mão do bairro nem da qualidade de vida.”

Longevidade COMEÇA

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ENTRE JARDINS E VARANDAS DO LAGO SUL, A VILA RAIÔ SURGE COMO O PRIMEIRO LIVING AS A SERVICE – LONGEVITY DO PAÍS. O EMPREENDIMENTO DO GRUPO TRK INTEGRA NATUREZA, BEM-ESTAR E UM NOVO DESENHO PARA A MATURIDADE 62

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Reunimos alguns dos profissionais mais respeitados em longevidade, arquitetura, bem-estar e saúde para entregar uma solução que superasse as expectativas do exigente cliente TRK, estabelecendo um novo referencial no modo de viver a maturidade”, afirma.

A curadoria do projeto reúne profissionais de referência. O Escritório Burle Marx assina o paisagismo; Denise Zuba e GFA Projetos assinam a arquitetura; e Flavia Ranieri conduz a consultoria em geroarquitetura.

Tarik Faraj, sócio do Grupo TRK

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á bairros que carregam uma espécie de vocação silenciosa. O Lago Sul sempre foi um deles, aquele lugar onde o tempo parece correr em outra cadência, entre jardins amplos, varandas generosas e uma vida que se equilibra entre natureza e urbanidade. É nesse cenário, um dos mais valorizados de Brasília e com um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano do mundo, que surge uma proposta alinhada ao futuro do morar: a Vila Raiô.

Lançado pelo Grupo TRK, o empreendimento é o primeiro Living as a Service – Longevity (LaaS-L) do País. Criado para um público maduro que valoriza autonomia, bem-estar e unidades estruturadas com serviços, o projeto traduz um novo capítulo das discussões sobre longevidade no Brasil. As unidades intergeracionais foram concebidas para acompanhar o morador principal 60+ ao longo do tempo, integrando arquitetura, hospitalidade e serviços personalizados.

Tarik Faraj, sócio do Grupo TRK, explica que a Vila Raiô nasceu de um processo contínuo de escuta ativa. “Constatamos que os residentes maduros do Lago Sul buscam praticidade sem abrir mão do bairro nem da qualidade de vida.

Para idealizar a Vila Raiô, não fizemos concessões.

O conceito LaaS – Longevity se organiza em três camadas complementares. A primeira está no projeto arquitetônico, desenhado para facilitar rotinas, acolher amigos e integrar a natureza ao cotidiano. A segunda envolve a hospitalidade, com serviços sob demanda como concierge, governança, curadoria de experiências e apoio para viagens e entretenimento. A terceira integra saúde e bem-estar, sob orientação do médico Fabrício Silva, da Clínica Amplexus, responsável pelo ecossistema preventivo e personalizado do empreendimento.

Essa visão se traduz em estrutura para treinar e encontrar: academia, piscina aquecida com tratamento de ozônio, Spa e acompanhamento de saúde com foco em prevenção e personalização.

“A TRK demonstrou visão inovadora e assertiva ao investir na nova maturidade brasileira e na escuta ativa de seus clientes. A Vila Raiô é um case que materializa o conceito de moradia com serviços para a longevidade”, diz a especialista em marketing e gerontologia e sócia da MV Marketing, Bete Marin.

Nas unidades, luz natural, fluidez e ergonomia guiam as escolhas. Marcenaria Ornare, materiais de alta durabilidade e circulação ampla reforçam conforto e segurança. Pátios e varandas ampliam o contato com o paisagismo e acompanham o morador ao longo das fases da vida. “A Vila Raiô representa, no Brasil, a aplicação do conceito de Wellness Real Estate voltado à longevidade.

Projeto, hospitalidade e serviços foram estruturados para que a casa se adapte ao estilo de vida e às escolhas do morador. Não é só viver mais, é viver melhor”, finaliza Khalil Faraj, diretor de marketing do Grupo TRK. www.vilaraio.com.br

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ARQUITETURA

do tempo

HÁ MAIS DE QUATRO DÉCADAS, A ATTOS ATUA NO MERCADO IMOBILIÁRIO DA CAPITAL. AGORA, O GRUPO INAUGURA UM NOVO CAPÍTULO, ALINHADO À MATURIDADE INSTITUCIONAL E ÀS AMBIÇÕES URBANAS DE BRASÍLIA

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cenário urbano de Brasília se transformava quando a Attos iniciou suas atividades no Distrito Federal. Assim, construiu uma trajetória consistente, ampliando frentes de atuação e fortalecendo um portfólio que reúne também o atacado de materiais de construção, a imobiliária e investimentos. Mais de quarenta anos depois, a marca vive um novo momento alinhado às transformações da capital federal, que reforça a sua identidade: uma empresa que transforma cenários, pessoas e a forma de viver em Brasília.

“A Attos faz parte de um grupo que vem transformando Brasília há mais de 40 anos. A solidez da nossa estrutura e a forte atuação na cadeia produtiva nos permitem adquirir terrenos privilegiados, incorporar e vender empreendimentos de forma única”, afirma o sócio da empresa brasiliense, Dener Claudino. Essa engrenagem se sustenta em diferentes braços: a Attos Incorporações; a Attos Imobiliária; a Condor Atacadista, especializada no atacado de materiais de construção; a América Administradora, focada na gestão de imóveis

próprios; e a Quality Investimentos, que direciona participações estratégicas. Juntas, essas frentes formam um ecossistema que se retroalimenta e potencializa a presença do grupo na cidade.

Esse modelo assegura previsibilidade, excelência e segurança em cada etapa, da aquisição de áreas até a entrega final dos empreendimentos. Também permitiu que a Attos atuasse em regiões nobres e de alto potencial de valorização, muitas vezes preservando áreas estratégicas por mais de uma década até o momento ideal de lançamento. Dessa visão surgiram empreendimentos que se tornaram marcos no Distrito Federal, como o Centro Clínico Lúcio Costa, e projetos que redesenharam a

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tecnologia e a qualidade construtiva assegurada pela Condor — que também abastece diversas construtoras no Distrito Federal.

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“Cada empreendimento nosso tem identidade própria, que se conecta com o público pela autenticidade e pelo estilo de vida único que proporcionam”, diz Claudino. Segundo ele, o grupo investiu continuamente em tecnologia construtiva, modernização de processos e uma estratégia voltada para experiências de viver. A expansão em regiões nobres, como Park Sul, Lago Norte e Jardim Botânico, reitera a visão estratégica da empresa: atuar onde Brasília cresce, com planejamento, sustentabilidade e sofisticação, privilegiando projetos autênticos e novos modos de morar.

experiência de morar em Brasília. No Lago Norte, o Jardins Residence elevou o padrão arquitetônico do bairro com plantas de três e quatro quartos, estética contemporânea e foco em vivência.

O Reserva Jardim Botânico, um novo bairro planejado diferente de tudo que existe em Brasília e a menos de cinco minutos da Ponte JK, tornou-se referência nacional e rendeu à empresa o Prêmio Master Imobiliário, o mais importante do setor no Brasil. Ali, produtos como Valle dos Ipês, Valle das Orquídeas, Valle dos Jatobás e Valle das Acácias registraram vendas extraordinárias, com 90% comercializados no lançamento e grande procura contínua. Esses empreendimentos representam a nova fase do Grupo: projetos de alto padrão, localizações singulares, arquitetura autoral, paisagismo integrado à natureza, lazer completo, segurança,

No campo social, o grupo mantém e estrutura a Vila do Pequenino Jesus, instituição que acolhe mais de 100 pessoas e envolve mais de duzentos colaboradores em atendimento humanizado. No âmbito ambiental, lidera a preservação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) localizada no Reserva Jardim Botânico, protegendo nascentes e áreas nativas do Cerrado. Soma-se a isso a adoção de práticas sustentáveis – ventilação cruzada, iluminação natural, gestão de resíduos e tecnologias de economia de água e energia – que hoje orientam grande parte dos projetos. É nesse contexto de amadurecimento institucional e expansão estratégica que surge a nova campanha: Attos, há mais de quarenta anos transformando Brasília, criada para reposicionar o grupo. “A gente segue transformando, mas com muito mais consciência do nosso impacto”, afirma Claudino.

Em seu novo manifesto de marca, a Attos lembra que “Brasília nasceu para transformar o Brasil” e reforça que participou dessa mudança ao longo de quatro décadas: “tudo o que fazemos, fazemos para transformar: transformar os cenários, transformar as pessoas, transformar a forma de viver, transformar a cidade.” @grupo.attos grupoattos.com.br youtube.com/@grupoattosbr linkedin.com/company/grupoattos 61 9 8342-9686

A Attos também lançou um novo vídeo para contar esse momento. Acesse pelo QR Code e confira essa história.

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UMA NOVA

paisagem NASCIDA EM ÁGUAS CLARAS E CONSOLIDADA POR MARCOS ARQUITETÔNICOS, A MIRANTE INCORPORAÇÕES ENTRA EM UM NOVO CICLO. COM LANÇAMENTOS ESTRATÉGICOS E FOCO EM URBANISMO INTEGRADO, A MARCA REPOSICIONA SEU FUTURO NO DF

O sócio-fundador Jorge Lessa lembra que foi o arquiteto Geraldo Estrela quem apresentou duas alternativas de estudo: dois prédios de 12 andares, o modelo convencional, ou uma torre única com 24 pavimentos. “Optamos pelo prédio de 24 andares, que seria o mais alto da cidade. Ele foi batizado de Mirante das Águas, e daí surgiu o nosso nome: Mirante Incorporações”, conta.

Com inovações como pé-direito duplo e área de lazer ampliada, o projeto marcou a estreia da empresa no mercado. Desde então, a incorpo-

Fotos: Divulgação

F

oi no berço de uma das regiões mais modernas de Brasília, Águas Claras, que também nasceu a Mirante Incorporações. Enquanto a cidade, reconhecida oficialmente como Região Administrativa em 2003, despontava como um novo polo urbano repleto de serviços, mobilidade eficiente e qualidade de vida, a construtora lançava seu primeiro empreendimento. A promessa era ousada: erguer o edifício mais alto da região, o Mirante das Águas.

radora construiu um portfólio robusto, com 20 empreendimentos entregues, 38 torres, 4.234 unidades e mais de 563 mil m² edificados. Entre os destaques, o Mirante Mansões do Parque, de alto padrão; o Mirante Clube, um condomínio-clube, e o DF Century Plaza com 240 mil m² de área construída, desenvolvido em parceria com a Brookfield. Esses marcos consolidaram a reputação da Mirante e pavimentaram a transição para um novo ciclo da marca.

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Espaço Casa Mirante, central de vendas

Lessa explica que a incorporadora sempre priorizou princípios de urbanismo integrado aos bairros, como caminhabilidade, convivência e gentileza urbana, que deixaram de ser discurso e se tornaram diretriz prática na escolha de terrenos, estruturação de projetos e relação com o entorno. “O urbanismo integrado busca criar ambientes vibrantes, habitáveis e conectados com a comunidade, tornando os bairros mais funcionais, humanos e inclusivos”, afirma.

O também sócio-fundador Jamil Lessa, primo de Jorge, acrescenta que o atual rebranding reflete esse amadurecimento. “Mantivemos o nosso jeito de fazer com técnica, seriedade e cuidado. O que muda é a forma de comunicar, de mostrar e de nos conectar com as pessoas”, diz. O novo posicionamento, mais contemporâneo e alinhado às expectativas de uma geração jovem de compradores, une tradição e inovação. “Não precisamos ser o maior, precisamos ser o melhor”, reforça.

PRÓXIMOS EMPREENDIMENTOS

Essa nova fase se materializa nos lançamentos.

O primeiro é o Arboreto Mirante – situado na Av. Parque Águas Claras, nº 1505, de frente para o parque de Águas Claras. Concebido como um condomínio vertical de alto padrão, privilegia bem-estar, amplitude e vista permanente para o verde. As duas torres, com apenas duas unidades por andar, oferecem plantas de 252 m², elevador privativo, salas amplas, integradas ao espaço gourmet e com vista eterna para o Parque, suítes generosas, box/bicicletários individual e até quatro vagas por apartamento. As áreas comuns aprofundam o conceito wellness: spa, espaço de meditação, massagem, sauna e piscina de borda infinita orientada para o pôr do sol sobre o parque, uma moldura natural para uma vida mais leve e contemplativa.

Outro passo importante é a Casa Mirante, espaço de relacionamento pensado para proporcionar aos clientes uma experiência acolhedora. Longe do ambiente corporativo dos estandes tradicionais, o local reúne maquetes, decorados, sala de imersão, brinquedoteca e ambientes projetados para que as pessoas se sintam em casa. “O mercado imobiliário realiza vendas de maneira muito fria.

Nós queremos proporcionar uma experiência incrível”, destacam os sócios. A programação inclui oficinas, talks e encontros, aproximando a marca de clientes e parceiros em um ambiente de convivência e conteúdo.

O empresário reforça que a arquitetura da Mirante é guiada por premissas atemporais e minimalistas, com elegância sem excessos, funcionalidade, luz natural, ventilação cruzada, paleta suave e interiores desenhados para o bem-estar. São elementos que tornam o espaço mais prático, organizado e agradável desde o primeiro contato, fortalecendo a jornada do cliente. “Acreditamos que cidades melhores se constroem com gestos de gentileza urbana: uma calçada acessível, uma praça viva, um jardim que respira”, observa Jamil.

Para os próximos anos, Jamil afirma que a Mirante continuará investindo em uma atuação completa, que começa pela seleção criteriosa dos terrenos e avança por todas as etapas de concepção, desenvolvimento, construção, entrega e pós-venda.

A incorporadora prepara uma nova rodada de lançamentos para 2026 em Águas Claras, Lago Norte, Jardim Botânico e Park Sul, regiões que representam diferentes vocações urbanas do Distrito Federal. “Queremos deixar um legado para essa cidade que acolheu tão bem todos nós”, finalizam os sócios. @mirante.inc www.miranteinc.com.br

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cuidado e da

A MARCA DO

INOVAÇÃO REFERÊNCIA NACIONAL EM CIRURGIA ROBÓTICA DE COLUNA, O MÉDICO RODRIGO LIMA RECEBE O TOP OF MIND BRAZIL 2025. ESSE RECONHECIMENTO EXPRESSA CONFIANÇA, PIONEIRISMO E IMPACTO REAL NA EXPERIÊNCIA DOS PACIENTES

O

avanço da medicina é feito de pequenas revoluções que, aos poucos, redefinem padrões de cuidado. Na ortopedia brasileira, a cirurgia robótica de coluna ocupa hoje esse lugar, e o trabalho de Rodrigo Lima está no centro dessa mudança. Reconhecido pelo Top Of Mind Brazil 2025, o médico tornou-se uma das principais referências quando o assunto é precisão cirúrgica e inovação tecnológica, expressão de uma trajetória construída com atualização constante, rigor técnico e atenção ao paciente.

Especialista em cirurgia robótica de coluna, Lima recebeu em novembro de 2025, no Espaço do Bosque, em São Paulo, o reconhecimento concedido pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública (INBRAP), que destaca os profissionais e as marcas mais lembrados pelos brasileiros. Ao subir ao palco, dedicou o prêmio à sua jornada, pautada por precisão, tecnologia e cuidado humano, fundamentos que consolidaram sua atuação entre os nomes mais inovadores da medicina contemporânea.

Para ele, a conquista representa mais do que um marco profissional: traduz o compromisso que

renova diariamente diante de cada paciente. “Receber o Top Of Mind Brazil como melhor médico ortopedista vai muito além de um reconhecimento. Esse prêmio representa anos buscando o que existe de mais moderno na medicina, dentro e fora do Brasil. Estar entre os nomes mais lembrados reforça algo em que sempre acreditei: a medicina só evolui quando o médico escolhe evoluir primeiro”, afirma.

A conquista reforça o papel de Brasília como polo crescente da medicina de alta tecnologia. Isso ocorre porque o pioneirismo despertou atenção internacional: médicos de países como Chile, Argentina, México, Colômbia e Panamá visitaram o centro cirúrgico para acompanhar de perto o método que transformou e que elevou o padrão de segurança. A troca constante com profissionais de diferentes nacionalidades ampliou ainda mais a visibilidade do trabalho do médico.

Cada reconhecimento, para ele, reafirma a responsabilidade de seguir levando tecnologia, precisão e cuidado a quem o procura. “Poder levar o que há de melhor no mundo para dentro do centro cirúrgico e ser reconhecido por isso me deixa profundamente feliz. Representa um trabalho bem feito, muito esforço e muita dedicação”, reforça.

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O médico acompanhado da mulher, Vivian de Castro Lima

❝ Esse prêmio mostra que estamos no caminho certo”

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PRECISÃO E RESULTADOS

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A atuação do ortopedista se consolidou pela liderança na introdução e difusão da cirurgia robótica no País. Desde 2022, Rodrigo utiliza sistemas que unem inteligência artificial, navegação digital e imagens tridimensionais para ampliar a precisão cirúrgica. Nesse período, mais de duzentos pacientes já foram operados por meio da técnica.

Lima esteve na equipe que participou da primeira cirurgia de coluna neuronavegada da América Latina, realizada com o braço robótico Cirq no Hospital Santa Lúcia, marco que projetou a capital no cenário internacional. A partir desse momento, sua atuação passou a atrair a atenção de equipes médicas dentro e fora do Brasil, consolidando sua posição como um dos principais nomes da área.

Desde então, sua rotina envolve formação continuada, intercâmbios fora do País e uma agenda que combina assistência clínica, ensino e disseminação da técnica. O objetivo é claro: garantir que o Brasil não apenas acompanhe, mas lidere uma das mais importantes revoluções da medicina contemporânea, oferecendo aos pacientes uma experiência cirúrgica mais segura e eficiente.

A robótica aplicada à coluna trouxe um novo patamar de previsibilidade às cirurgias, já que combina inteligência artificial, imagens tridimensionais e navegação digital. O equipamento guia o cirurgião com precisão elevada, reduzindo riscos e assegurando resultados satisfatórios. Ou seja, Lima trouxe para o Brasil o que há de melhor na medicina para operar os pacientes, garantindo a preservação da

medula óssea, uma parte sensível e fundamental para coordenar movimentos do corpo e controlar funções básicas, como a respiração.

A metodologia também tem transformado a experiência dos pacientes, reduz a dor no pós-operatório, diminui o tempo de internação e favorece o retorno rápido às atividades. Trata-se de um avanço que afeta diretamente a qualidade de vida e redefine expectativas sobre o tratamento de doenças da coluna. “O robô permite visualizar toda a estrutura da coluna com precisão excepcional.

Isso direciona a abordagem para o ponto exato do problema, evitando cortes extensos e preservando os tecidos ao redor”, explica Rodrigo.

O Top Of Mind Brazil destaca um movimento maior que um nome individual: a consolidação de novas tecnologias que estão redefinindo a ortopedia no Brasil. “Esse prêmio mostra que estamos no caminho certo e coroa anos de muito trabalho em prol dos nossos pacientes”, finaliza. @dr.rodrigo_lima

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HÁ 44 ANOS CONSTRUINDO HISTÓRIAS FELIZES Há 44 anos, a Emplavi é sinônimo de solidez, segurança e excelência construtiva em cada um dos empreendimentos que planeja, constrói, vende e entrega. Um legado de realizações que atravessa gerações, consolidando, a cada dia, sua liderança no segmento imobiliário de alto padrão com a maior e mais diversificada oferta imobiliária de 02, 03 e 04 quartos, nas localizações mais valorizadas dos Setores Noroeste e Sudoeste, Guará e Água Claras.

Empreendimentos como o Parque dos Jequitibás 02 quartos, um novo ícone arquitetônico no coração do Setor Noroeste. Um lugar feito para acolher sua essência e refletir suas conquistas.

Viva a experiência Emplavi e seja bem-vindo ao seu novo endereço em Brasília.

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SE É EMPLAVI, É ÚNICO.

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ARTIGO

/ Nicole Araújo

Harmonização glútea: a nova paixão nacional

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bumbum das brasileiras tem reconhecimento global, o que faz com que o corpo das mulheres latinas seja referência para a medicina estética em todos os continentes. É verdade que a genética nos favorece. No entanto, na prática clínica, observo diariamente que a epigenética exerce um papel determinante na manutenção dessa estética.

Alimentação desregrada, excesso de açúcares e carboidratos refinados, estresse crônico, sedentarismo, tabagismo, consumo frequente de álcool e privação de sono são fatores que impactam diretamente a qualidade dos tecidos, comprometendo volume, firmeza e textura da região glútea.

Ao longo dos anos, ficou claro para mim que um glúteo bonito e harmônico é resultado do equilíbrio entre três pilares fundamentais. O primeiro é a massa muscular, responsável pelo volume, pela sustentação e pelo desenho do contorno. O segundo é a quantidade de gordura associada ao grau de inflamação, fatores intimamente ligados à irregularidade da pele e à formação da celulite. O terceiro pilar é a qualidade da pele, especialmente no que diz respeito à flacidez, um aspecto que precisa ser tratado para que o resultado final seja uniforme e elegante.

Foto: Divulgação

Médica ginecologista, especialista em controle hormonal, estética e saúde da mulher, e licenciada na técnica Expert Gold Incision @dra.nicole.araujo

Mesmo quando todos esses fatores estão alinhados, algumas mulheres não alcançam o resultado desejado. É nesse momento que a Harmonização Glútea se torna uma aliada estratégica. Graças à evolução de produtos e técnicas, hoje conseguimos oferecer resultados naturais, respeitando a anatomia, a individualidade e a identidade corporal de cada paciente. Um dos grandes avanços nesse campo é o Gold Incision, técnica não cirúrgica desenvolvida pelo médico brasileiro Roberto Chacur e reconhecida internacionalmente como uma das mais completas abordagens para o tratamento da região glútea.

Eu sou licenciada na técnica que permite tratar a celulite de forma definitiva ao liberar as traves de fibrose responsáveis pelas retrações da pele e pelo aspecto capitonê. Em uma segunda etapa, os bioestimuladores de colágeno atuam na flacidez, promovendo firmeza e melhora progressiva da qualidade da pele. Já os preenchedores são indicados quando o objetivo é ganho de volume, correção de assimetrias e maior projeção. Hoje, temos à disposição recursos seguros e sofisticados para que cada mulher possa cuidar de si e, à sua maneira, continuar a inspirar mulheres ao redor do mundo.

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Comemore com a família, abrace os amigos e celebre ao lado de quem você

ama, pois essas são as verdadeiras estrelas que nos guiam e nos iluminam por toda a vida. O TGS deseja um feliz Natal e muita luz hoje e sempre.

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PUBLIEDITORIAL

A

busca pela naturalidade transformou o cenário do rejuvenescimento facial. Se antes os liftings eram associados à pele repuxada e às expressões artificialmente modificadas, hoje domina a cirurgia contemporânea que preza por uma reconstrução profunda, preservação dos tecidos e respeito à identidade do paciente. Nesse contexto, o Preservation Deep Plane Facelift tornou-se protagonista de uma mudança técnica e estética.

O cirurgião plástico Rodrigo Bastos é um dos pioneiros do método no Brasil, associado frequentemente ao Deep Necklift, o lifting do pescoço. Bastos considera o método um divisor de águas na moderna cirurgia facial, especialmente por unir segurança, precisão e resultados que preservam as expressões naturais. “O Preservation Deep Plane Facelift é a versão mais moderna e refinada do deep plane tradicional.

NATURALIDADE como REGRA

A TÉCNICA PRESERVATION DEEP PLANE FACELIFT REDEFINE A CIRURGIA MODERNA. AO UNIR NATURALIDADE, PRECISÃO ANATÔMICA E RESULTADOS DURADOUROS, O MÉTODO PRESERVA IDENTIDADE E TRANSFORMA A EXPERIÊNCIA DO LIFTING FACIAL

Naturalidade tornou-se um valor essencial, e essa técnica entrega exatamente isso com profundidade, elegância e segurança. Estamos, de fato, diante de um novo marco na cirurgia facial moderna”, explica.

A principal inovação está no menor descolamento de pele, o que preserva de forma muito mais eficiente a vascularização natural e reduz substancialmente o risco de complicações. Enquanto técnicas tradicionais atuavam superficialmente, tracionando a pele e muitas vezes modificando expressões, o preservation deep plane trabalha no plano profundo, exatamente onde o envelhecimento

acontece. “O resultado não é um rosto esticado, mas sim a restauração elegante da arquitetura facial original”, detalha.

Essa atuação interna responde diretamente ao maior temor dos pacientes: a artificialidade. “O preservation deep plane reposiciona o rosto por dentro. Ao devolver os ligamentos à posição original, a pele simplesmente acompanha, sem precisar ser puxada”, acrescenta o cirurgião. É esse movimento natural da pele seguindo a estrutura profunda que elimina a aparência rígida ou esticada que marcou gerações anteriores de liftings.

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anatomia da face, mas, nesses casos, o deep plane atua como método restaurador. “O preservation deep plane é especialmente benéfico porque corrige irregularidades, devolve proporções e restabelece a naturalidade”, afirma.

A recuperação rápida é outro atrativo. “Em poucos dias, o paciente já está socialmente confortável.

Em sete dias, pode trabalhar remotamente”, explica Bastos. Entre dez e quatorze dias, atividades sociais, trabalho presencial e direção já estarão liberados. O resultado inicial surge entre três e quatro semanas, enquanto o refinamento se estende até o sexto mês.

Fotos: Divulgação

Com a popularização da técnica, alguns mitos ainda persistem. Bastos destaca os quatro principais: a ideia de que a cirurgia mudará o rosto, quando, na verdade, ela devolve sustentação; o medo de um resultado artificial, herança das técnicas superficiais do passado; a crença equivocada de que a recuperação é longa; e a visão ultrapassada de que lifting facial é “puxar pele”.

Os benefícios alcançam os principais sinais de envelhecimento. O método trata, com precisão, a queda da região malar, sulcos profundos, perda de definição da mandíbula, flacidez cervical, papada e apagamento do contorno facial, além de corrigir alterações decorrentes de emagrecimento ou excessos de preenchedores. Quando associado ao Deep Necklift, o rejuvenescimento torna-se global, oferecendo um resultado coeso e sofisticado.

Quanto ao perfil dos pacientes, não há idade exata para indicação: o que define a necessidade é o grau de flacidez, perda de definição e alterações ligamentares. Pacientes a partir dos quarenta anos costumam apresentar respostas excepcionais, desde que haja sinais estruturais de envelhecimento.

A técnica também se revelou especialmente eficaz em pacientes que passaram por procedimentos minimamente invasivos. Preenchimentos excessivos, bioestimuladores e fios podem alterar a

O cirurgião destaca que a evolução da técnica acompanha os avanços no entendimento dos ligamentos faciais, dos compartimentos de gordura e dos próprios mecanismos do envelhecimento.

Há anos dedicado ao aperfeiçoamento do método, Bastos participa de cursos internacionais ao lado de alguns dos maiores especialistas do mundo e mantém presença ativa em congressos globais. Em 2025, sua agenda incluiu a Academia Europeia de Cirurgia Plástica Facial, em Dublin, além de convites para palestrar em Portugal, na Turquia — em duas ocasiões — e em Lima. No período, também esteve em eventos na Europa, América do Sul e Oriente Médio, consolidando sua atuação internacional.

No Brasil, ele lidera uma imersão altamente seletiva, com apenas dois cirurgiões por edição, que reúne teoria, cirurgias ao vivo e treinamento em peça anatômica fresca. Profissionais de diversas regiões viajam a Brasília para aprender diretamente com ele. “Estamos, de fato, diante de um novo marco na cirurgia facial moderna. E acredito que, nos próximos anos, veremos uma migração definitiva das técnicas superficiais para abordagens profundas e preservadoras”, finaliza o médico. @dr.rodrigobastosdf www.drrodrigobastos.com.br

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Fotos: Vanessa Castro

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A engenharia

DO CAMINHAR A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL, LEONARDO PAIVA DIRECIONOU SUA TRAJETÓRIA NA MEDICINA. COM ATUAÇÃO FOCADA EM ARTROPLASTIA DE QUADRIL, O MÉDICO ALIA TÉCNICA, INOVAÇÃO E OLHAR CLÍNICO PARA DEVOLVER AUTONOMIA AOS PACIENTES

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ara quem convive com dor no quadril, caminhar, sentar ou calçar um sapato pode se tornar um desafio diário.

Pequenos gestos, antes automáticos, passam a exigir esforço e adaptação.

Foi a partir de uma experiência pessoal que Leonardo Paiva passou a compreender o impacto da ortopedia na vida de um paciente. Aos 15 anos, após sofrer uma lesão no joelho durante um treino esportivo, ele vivenciou o tratamento e a recuperação na prática, episódio que redefiniu seu caminho profissional e o levou a escolher a especialidade à qual hoje dedica sua atuação.

Filho de médico, Paiva cresceu próximo à rotina hospitalar. Após formado, foi no Hospital de Base do Distrito Federal que se especializou em seu campo de atuação. Entre vivências, estudos e tratamentos, especializou-se em artroplastia total de quadril, procedimento que substitui a articulação comprometida por uma prótese. Considerada uma das cirurgias de maior sucesso da medicina moderna, a técnica é indicada principalmente para o tratamento da artrose, condição em que o desgaste progressivo da cartilagem afeta também o osso, provoca dor intensa, limitação de movimento e perda significativa da qualidade de vida. “A dor

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a integração ao osso”, explica o médico. O processo é complementado por um planejamento pré-operatório detalhado, que define tamanho, alinhamento e características ideais da prótese para cada paciente.

O avanço tecnológico também redefiniu a técnica cirúrgica. Paiva atua com dois métodos considerados pilares da cirurgia moderna: a navegação e a cirurgia robótica. No primeiro, dispositivos realizam uma espécie de raio-X intra operatório e projetam, em tempo real, os ângulos ideais para o posicionamento da prótese, garantindo estabilidade e simetria no comprimento das pernas. Já na cirurgia robótica, exames radiológicos e tomográficos alimentam um software que determina, com precisão milimétrica, o encaixe ideal. Um braço robótico prepara o osso por meio de uma fresagem controlada, ampliando a segurança e a previsibilidade do resultado.

brutal que esses pacientes sentem praticamente desaparece após a cirurgia. O resultado é perceptível logo no início”, relata.

Segundo ele, embora mais comum após os sessenta anos, a artroplastia de quadril tem se tornado cada vez mais frequente entre jovens adultos, especialmente em casos de necrose da cabeça do fêmur associada ao uso prolongado de corticoides. “Neste ano, pelo menos 30 das cirurgias que realizei foram em pacientes entre trinta e 45 anos”, revela Paiva. A técnica também se mostra fundamental no tratamento de fraturas do fêmur e traumas decorrentes de acidentes.

Ao longo da última década, a artroplastia passou a ser um procedimento mais seguro, preciso e duradouro. Os implantes modernos apresentam expectativa de sobrevida entre 25 e 30 anos antes de qualquer necessidade de revisão cirúrgica, um avanço significativo em relação aos 15 ou 20 anos observados no passado. “Essa melhora se deve à evolução dos materiais, que passaram do cromo-cobalto para ligas de titânio, mais estáveis, inertes e com superfície rugosa, o que favorece

Outro diferencial é o uso do acesso anterior, também conhecido como técnica bikini, que dispensa o corte muscular, permite uma incisão menor, cicatriz mais discreta e recuperação mais rápida, que se traduz em benefícios imediatos para o paciente. A cirurgia dura, em média, cerca de duas horas, e a internação, que antes podia chegar a cinco dias, hoje costuma variar entre 24 e 48 horas. “Há pacientes que caminham no mesmo dia da cirurgia e recebem alta já andando com auxílio de andador ou muleta”, explica.

“Nos primeiros dias, muitos iniciam exercícios leves e retomam atividades cotidianas em tempo surpreendente”, completa.

Especialista em cirurgia do quadril em Brasília e preceptor do Serviço de Medicina e Cirurgia do Quadril do Hospital Home, Leonardo Paiva também se dedica à formação de novos cirurgiões. Membro da Sociedade Brasileira de Quadril, aprimorou seus conhecimentos em centros de excelência nos Estados Unidos, Bélgica e Eslovênia.

Para ele, cada cirurgia vai além do procedimento técnico. “O quadril limita completamente a rotina de uma pessoa. Acompanhar o retorno desses pacientes à normalidade é um dos momentos mais gratificantes da profissão. Para muitos, esse impacto se traduz em algo simples e poderoso: voltar a viver sem dor”, finaliza. @dr.leonardo.paiva

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O sabor e o prazer e Bem-vindo a um espaço sofisticado que oferece momentos de puro prazer. Onde receitas clássicas convivem com menus contemporâneos. Onde o bom gosto começa na arquitetura do prédio e chega à mesa com aromas, notas e sabores inesquecíveis.

Bem-vindo aos restaurantes do Brasília Shopping.

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er em um lugar único

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BRASÍLIA COMO VOCAÇÃO

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HÁ 50 ANOS, PAULO OCTÁVIO DESENVOLVE UMA ATUAÇÃO EMPRESARIAL ANCORADA NA CAPITAL FEDERAL. SUA HISTÓRIA SE CONSTRÓI A PARTIR DA CONTINUIDADE, DA LEITURA DO TEMPO E DO VÍNCULO INTRÍNSECO COM BRASÍLIA

E

Por Jorge Eduardo Antunes Fotos Celso Junior

O trabalho entrou cedo na sua vida?

m 2025, o empresário Paulo Octávio completou 50 anos de atividade empresarial, uma marca rara no Brasil.

Fundador e líder de um dos maiores grupos empresariais do Distrito Federal, ele fala à revista GPS|Brasília sobre trabalho, visão de longo prazo, amor pela capital, desafios do setor imobiliário, arquitetura, legado urbano, relações humanas e o papel social do empresário.

Muito cedo. Aos 15 anos comecei a trabalhar com seguros. Depois passei a trabalhar com ações da Bolsa de Valores e, aos 21 anos, entrei no mercado imobiliário como corretor de imóveis. Antes de montar a empresa, trabalhei para várias imobiliárias de Brasília, conciliando estudo e trabalho.

Estudei na UnB, fiz economia, depois transferi para o curso de Direito. Sempre trabalhei e estudei ao mesmo tempo. Desde muito cedo, eu queria ser independente, não gostava de depender da mesada do meu pai.

Em 2025, o senhor completou 50 anos de atividade empresarial. Poucas empresas brasileiras chegam a essa marca. Como avalia essa longevidade?

Quando nasce, de fato, a empresa que depois se tornaria o Grupo Paulo Octávio?

Realmente, no Brasil é muito difícil uma empresa chegar ao cinquentenário. Nós começamos como uma pequena empresa em Brasília e mantemos até hoje o mesmo CNPJ. Eu nunca imaginei uma perspectiva de crescimento tão grande ao longo desses anos. Até porque nunca me imaginei empresário. A minha história foi sendo construída aos poucos, com muito trabalho, persistência e crença na cidade que escolhi viver.

Em 1975, fundei a PaulOOctavio. Quando comecei, éramos apenas eu e uma secretária. A empresa nasceu pequena, sem grandes ambições iniciais, mas com muita garra para o trabalho. Comecei a conviver com empresários, engenheiros e arquitetos que estavam construindo Brasília e fui me integrando à vida empresarial da cidade.

O senhor não se via empresário no início da vida?

Em 1975, Brasília iniciava a sua consolidação e eu acreditei no crescimento do Distrito Federal. Fiz os primeiros empreendimentos em Taguatinga, Gama, Ceilândia. Na época, não tinha capital para investir no Plano Piloto, onde os terrenos eram muito caros. Então fui acompanhando o surgimento dessas cidades. Construí o primeiro prédio do Gama, o primeiro prédio de Ceilândia, o primeiro prédio residencial de grande porte em Taguatinga.

Foi tudo acontecendo com muito trabalho.

Não. Eu sou de Lavras, interior de Minas Gerais e, na infância, por influência dos tios, meu sonho era ser fazendeiro. Mas meu pai se mudou para Brasília em 1961, montou aqui o primeiro consultório odontológico do Setor Comercial Sul e em 1962 ele trouxe a família. Eu cheguei aqui aos 12 anos e comecei a ver Brasília crescer. Meu pai me levava para ver as obras, e aquilo foi me encantando. Fui me tornando mais urbano, apaixonado pela cidade.

Brasília ainda era uma cidade pequena naquela época…

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Eu sempre acreditei no potencial de Brasília e trabalhei muito duro. Foram décadas de jornadas de 12 horas por dia.”

Nesse início, a empresa atuava mais como imobiliária do que como construtora?

De 1975 a 1980, trabalhamos principalmente comercializando imóveis de outras construtoras. Éramos parceiros, montávamos estratégias de vendas. Em 1980, começamos a fazer as primeiras incorporações e iniciamos nossa trajetória no ramo da construção, conciliando a imobiliária com a construtora. Em cinco anos, deixamos de ser apenas uma imobiliária para nos tornarmos uma incorporadora e construtora.

Plaza. Sempre acreditei no potencial do setor hoteleiro. Em 1993, começamos a planejar nossa entrada no segmento de shopping centers. Em 1997, inauguramos o Brasília Shopping. E aí seguimos para outros investimentos de grande porte, como o Royal Tulip e o Taguatinga Shopping.

Ambos eleitos Top of Mind nas categorias hotel e shopping.

O que motivou essa virada estratégica?

Em 20 anos, a empresa ganhou musculatura. Sai de pequena empresa para ser uma corporação que planeja shoppings, tem hotéis consolidados e você ganha status de grande empresário. A confiança em Brasília foi decisiva para isso?

A percepção de mercado. Nós já conhecíamos bem o setor, tínhamos um pequeno capital e começamos a comprar terrenos mais acessíveis nas cidades. A Caixa Econômica Federal tinha um papel muito importante naquele momento, com financiamentos que ajudaram na consolidação urbana do DF. Trabalhamos muito em parceria com a Caixa. O mercado imobiliário é cíclico: há momentos muito bons e momentos difíceis. Mas o imóvel oferece segurança. Eu sempre acreditei nisso. Você dorme tranquilo. Por isso sempre investi em imóveis.

Totalmente. Brasília é a capital do Brasil, uma das cidades que mais cresce no País, a uma média de 1% ao ano, com influência direta sobre todo o Centro-Oeste. A cidade cresceu com a migração, o fortalecimento da máquina pública, com oportunidades de vida melhor. Eu sempre acreditei no potencial da cidade e trabalhei pela sua consolidação. Foram décadas de jornadas de 12 horas por dia. Aliás, até hoje trabalho muito porque gosto de ver uma obra crescer, se transformar num edifício que vai abrigar dezenas de pessoas, consolidar os bairros.

Quando a empresa passa a atuar com mais força no Plano Piloto?

O senhor passou por vários planos econômicos e crises. O que garantiu estabilidade?

A partir de 1980. Entre 1980 e 1990, começamos a construir também no Plano Piloto. Fizemos dezenas de prédios, principalmente na Asa Norte. A empresa cresceu de forma natural, passo a passo, sem aventuras.

Passamos por vários planos econômicos, momentos dificílimos, mas, mineiramente, sempre atentos, observadores e com uma boa dose de otimismo. Não há empresário que não tenha vivido momentos turbulentos. Mas com muita dedicação e valorização das pessoas, nós superamos as adversidades conjunturais. Nós sempre valorizamos nossos profissionais. Temos funcionários com mais de 40 anos de casa, engenheiros e arquitetos que estão conosco há décadas. Isso cria uma integração

Em seguida, o grupo diversifica seus investimentos…

Sim. Em 1983, entramos na hotelaria. Fizemos o St. Paul Hotel, depois o Kubitschek e o Manhattan

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O empresário com a mulher, Anna Christina Kubitschek, filhos e neto

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muito forte. As pessoas gostam de trabalhar na empresa, acreditam nela. Isso faz toda a diferença.

Nos últimos anos, o grupo ampliou ainda mais sua atuação…

Sim. Entramos no setor de concessionárias e de seguros. Mais recentemente, no setor de energia.

Já construímos cinco usinas de energia solar em Brasília. Todos os nossos empreendimentos, hoje, funcionam com energia limpa. Essa é a nossa contribuição para o meio ambiente e a sustentabilidade.

O que diferencia a sua atuação da de outros construtores que não resistiram ao tempo?

Resiliência e amor pelo que faço. Faço tudo com dedicação. A PaulOOctavio conquistou oito Prêmios Master, o Oscar da construção civil brasileira, por projetos ousados e bem executados. Queremos fazer obras que marquem a arquitetura da nossa cidade modernista e que valorizem Brasília. Quando viajo, fico fascinado com os prédios e igrejas construídos há séculos. Tenho estas

grandes obras como referência e quero que nossas construções também se eternizem e sejam vistas como um marco de uma era. É importante lembrar que construímos na única cidade moderna Tombada como Patrimônio da Humanidade e para nós é fundamental respeitar o tombamento e suas regras urbanas e arquitetônicas.

A gente vê que Brasília, aos 65 anos, passa por uma mudança de paradigma. O senhor acredita que Brasília vive um novo ciclo de renovação urbana?

Sem dúvida. Afinal, as regras de segurança e os métodos construtivos evoluíram muito nas últimas décadas. Muitos prédios construídos no início de Brasília hoje precisam de retrofit para se alinhar às novas normas da engenharia. Um exemplo emblemático que tivemos na empresa foi a reconstrução do Brasília Palace.

Um trabalho que levou 10

No içamento do primeiro pilar do Planaltina Shopping, seu mais recente investimento no segmento

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Fotos: Rayra Paiva

Na inauguração do Manhattan Shopping, com a vice-governadora Celina Leão e o secretário de Juventude, André Kubitschek

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Edifício PO 700, o primeiro prédio Green Building da PaulOOctavio e um dos mais modernos de Brasília

anos para acomodar a essência da obra original às regras construtivas contemporâneas. Projeto de Oscar Niemeyer, o Brasília Palace é um hotel histórico, construído em 1958 para receber as comitivas internacionais que vieram conhecer a nova capital. Lamentavelmente, em 1975 ele sofreu um incêndio e ficou destruído. Em 1998 assumimos a responsabilidade de reconstruir o hotel e tivemos a sorte de executar o trabalho com a supervisão do próprio Oscar Niemeyer. Hoje o hotel está restaurado, conquistou o Prêmio Master Imobiliário na categoria Reconstrução de Patrimônio e recebe hóspedes nacionais e internacionais, que fazem questão de conhecer este belo exemplar da arquitetura moderna dos anos 1950. Vale lembrar que o restaurante do hotel tem o nome de Oscar e foi inaugurado pelo arquiteto.

Esse processo tende a se intensificar?

Como disse, muitos prédios antigos não atendem mais às exigências de segurança, conforto, acessibilidade e mobilidade. A vida moderna exige elevadores adequados, garagens, ar-condicionado

central, acessibilidade. Hoje, os edifícios oferecem academias, piscinas, salões, coworking, espaços pet. As famílias querem conforto. E nós estamos atentos a essas mudanças. Também estamos recuperando o antigo prédio do Banco do Brasil, no Setor Bancário Sul, outro ícone da cidade, abandonado por mais de uma década. É uma recuperação na qual estamos trabalhando há dois anos, respeitando as obras de arte, a arquitetura e a concepção do prédio. E vamos torná-lo, novamente, em um ponto majestoso do centro da cidade.

Fazemos isso em respeito ao projeto original de Lucio Costa, uma dos grandes talentos da história de Brasília que acho admirável e extraordinário.

Ou seja, a cidade vai se atualizar cada vez mais.

Muitas construções precisam ser reformadas, recuperadas. Se você for no Setor Comercial Sul hoje, muitos prédios não atendem as exigências de segurança, de mobilidade e de conforto. As pessoas querem ter bons elevadores, ar-condicionado central, segurança e uma boa garagem. Isso é importante para a vida moderna, o que não era

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prioridade há 60 anos. Nem se falava, por exemplo, em acessibilidade. Os prédios construídos na década de 60 não têm garagem. Prédios até muito bem construídos, com apartamentos muito bons, mas sem garagem, porque esta concepção veio aos pouquinhos. Por isso, os projetos sofreram uma evolução natural, mas sem perder a essência.

A PaulOOctavio soube compreender essa mudança estrutural das famílias, migrando para a modernidade construtiva?

Estamos fazendo isso o tempo todo. Hoje, se usa muito o carro elétrico. Nós temos que adequar essa possibilidade nas garagens, para que tenham um ponto de energia para atender uma demanda que será mundial, que é a eletrificação de veículos.

Essa capacidade de entender o cliente explica a força da marca PaulOOctavio?

Sem dúvida. Sempre investimos muito em marketing e na valorização do nome da empresa e de seus produtos. A PaulOOctavio é Top of Mind desde a primeira edição das pesquisas em Brasília.

Isso é resultado da seriedade, da responsabilidade e construções bem-feitas. Nosso maior patrimônio é o nome da empresa. Muitas famílias fazem questão de investir e de morar em prédios com a nossa marca porque construímos uma história de responsabilidade e confiança.

O grupo tem planejamento de longo prazo?

Temos planejamento até 2030. Estamos construindo no Guará, Noroeste, Asa Norte, Águas Claras, Samambaia e Planaltina Atuamos em vários pontos da cidade, sempre com visão de futuro.

O senhor costuma aconselhar jovens a investir mais tempo nas entidades de classe. Por quê?

Porque ninguém constrói nada sozinho. É fundamental participar de associações, sindicatos, entidades de classe e grupos de negócios. Senão você fica muito longe do pensamento empresarial. Eu participei e participo de todas as entidades de Brasília, porque entendo que essa participação é importante, principalmente para os jovens que estão começando. Por

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Projeto de Oscar Niemeyer, o Brasília Palace Hotel foi restaurado pela PaulOOctavio

isso, fui presidente da Ademi-DF e vice-presidente da Associação Comercial. É convivendo com outros empresários que se aprende. Concorrente não é inimigo. Nunca fiz inimigos no setor imobiliário.

Só tenho amigos. E se você quer ser empresário, tem que conviver com outros empresários. O setor empresarial, tem espaço para todos.

O mercado então é democrático?

Muito, pois há espaço para todos. Desde o pequeno construtor até grandes empresas. O setor de reformas, por exemplo, tem enorme potencial.

A engenharia em um país em desenvolvimento sempre terá espaço.

A sua imagem pessoal também foge do estereótipo do empresário “tubarão”. De onde vem isso?

Da minha criação. Acho que aprendi com meu pai, que era uma pessoa muito gentil, e com minha mãe, que tem 97 anos e é amada por toda a sociedade brasiliense, uma mulher muito elegante e gentil, que alegra qualquer ambiente e que nunca fala mal de ninguém. Eu tenho o mesmo conceito de vida deles.

Eu aprendi a conviver, ajudar, incentivar as pessoas, sempre oferecendo oportunidades e torcendo para que elas cresçam nas suas atividades.

E o que te deixa mais feliz na vida?

Minhas maiores alegrias são a família, a empresa, a entrega de um empreendimento às famílias, cumprindo nossa missão, e assinar carteiras de trabalho. Por sinal, já passamos das 50 mil ao longo do tempo.

A descentralização dos shoppings é um marco da sua atuação no setor…

Levar shoppings para as cidades do DF foi fundamental para criar espaços de convivência. Estamos gerando milhares de empregos em cada um desses empreendimentos. O Manhattan está me dando muita alegria. Os moradores de Águas Claras que me encontram agradecem. Todos passaram a ter um centro de convivência harmonioso, bem-feito, bem construído e bonito. As pessoas dizem que a cidade mudou. Isso me dá uma alegria enorme.

Os shoppings do grupo, aliás, têm números impressionantes…

Todos têm 100% de ocupação e praticamente sem inadimplência. Isso é raro no Brasil. Nós convivemos com mais de 1.200 lojistas, todos amigos.

Encaro os lojistas como parceiros. O sucesso deles é o nosso sucesso.

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E a atuação social?

Somos pioneiros em projetos sociais. Montamos a primeira sala de aula em um canteiro de obras do Brasil (1991), de onde saíram mais de dois mil trabalhadores alfabetizados. Temos ainda programas de entrega de kits escolares para os filhos dos trabalhadores há 25 anos. Dentro das políticas de compensação, sempre buscamos fazer mais do que o básico. A Escola Classe JK e o CEPI Sarah Kubitschek, no Sol Nascente, por exemplo, superaram expectativas. São projetos referência. Ver crianças estudando em um espaço de qualidade é algo que nos enche de orgulho. Acabamos de inaugurar duas praças em Águas Claras, fizemos o Parque do Cortado e a plantação de milhares de mudas de árvores. Estamos sempre envolvidos em projetos que possam melhorar a cidade e a qualidade de vida das pessoas.

Obra de Athos Bulcão no Brasília Palace Hotel

Depois de 50 anos, o que ainda move Paulo Octávio?

Painel Tomie Ohtake, em vidrotil, instalado no Centro Empresarial Number One

Ver as coisas funcionando, ver a cidade crescer de forma organizada, gerar empregos, deixar um legado positivo. Brasília me deu muito. Tudo o que fiz foi acreditando nela.

Um projeto muito simbólico na sua trajetória é o Memorial JK. Como surgiu essa ligação tão profunda com a preservação da memória de Juscelino Kubitschek?

O destino acabou me conduzindo a isso. Após o falecimento da Márcia Kubitschek, minha esposa, Anna Christina, assumiu em 2000 a presidência do Memorial JK, e passei a exercer a vice-presidência. Ao longo desses 25 anos, ajudamos o Brasil a reconhecer a força de JK, o legado dele, a coragem política e, principalmente, a construção de Brasília. O Brasil é um país com poucas referências históricas preservadas, especialmente para os jovens. Trabalhamos para mostrar que é possível construir um país melhor dentro de uma gestão democrática, com planejamento e metas claras.

O senhor costuma destacar a importância do planejamento. O Brasil falha nesse aspecto?

Eu acredito muito que o Brasil é viável, mas falta planejamento. Isso vale para o governo federal, estados e municípios. As coisas são muito improvisadas, e a improvisação não funciona. O maior legado de JK, para mim, foi a dedicação em cumprir metas. Ele estabelecia objetivos e os realizava. Isso é raro. Todo gestor público deveria ter isso como referência: se prometeu, tem que cumprir.

Painel Burle Marx, em cerâmica, no Residencial Burle Marx, na 107 Norte

Painel em cerâmica, Glênio Bianchetti, na 205 Norte

O senhor é visto como um líder muito respeitado – e querido – dentro da própria empresa. A que atribui isso?

Esta é uma construção de longo prazo. Nada acontece da noite para o dia. É preciso ter consistência nas decisões, presença constante e valorização das pessoas. Estou sempre presente. Sem o respeito da equipe, nada funciona. Hoje somos quase cinco mil pessoas envolvidas nas Organizações PaulOOc-

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O primogênito Paulo Palmer inaugura a Bali RAM

tavio, e eu me sinto muito feliz pelo respeito que todos demonstram. Nunca tive conflitos dentro da empresa. Ando por Brasília inteira com tranquilidade porque não fiz inimigos, nem fora nem dentro da empresa.

Se fossem realizadas as eleições de 1965, JK seria facilmente eleito à época. Acredita que o Brasil hoje estaria em outro nível de desenvolvimento?

Em 1965, eu não teria capacidade de votar ainda, por ter 15 anos. Mas, seguramente, o Brasil teria ido para outro rumo. Uma das metas dele era um investimento maciço em agricultura, que se comprovou que seria o caminho certo para o Brasil.

Então, foi uma pena o que aconteceu. O Brasil perdeu a possibilidade de eleger um presidente experiente, que faria a diferença.

Na sua empresa, você é um líder admirado.

E quem tem oportunidade de falar com um funcionário entende que são muito estáveis e gostam muito da sua liderança. Por que você acredita que conseguiu chegar nesse status?

Penso que na vida é preciso ter respeito ao outro.

E respeito se faz com gestos de reponsabilidade e de compromisso. E isso se constrói com o tempo, com a consistência das tomadas de decisões. Estou sempre presente. Também valorizo e respeito as pessoas. E sem respeito nada funciona. Hoje temos 5 mil homens e mulheres envolvidos nas nossas empresas. E me sinto muito feliz pela reciprocidade no respeito que tenho por todos.

Em eventos públicos, chama atenção sua proximidade com as pessoas. Isso é natural para o senhor?

Totalmente. Eu gosto do que faço. Na inauguração do Manhattan Shopping, por exemplo, fiquei 12

Foto: Rayra Paiva

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Brasília me deu muito. Tudo o que fiz foi acreditando nela.”

horas em pé, tirando fotos, conversando com as pessoas. Fiz isso com prazer, porque vi a gratidão e o entusiasmo das pessoas. Aquilo me emociona.

Não é trabalho, é prazer. Foram dez anos de luta para planejar e inaugurar aquele shopping no prazo prometido. Confraternizar com as pessoas em um momento importante para a empresa foi especial.

Aquela inauguração, para mim, foi o momento mais gratificante, porque sei o trabalho que deu para a minha equipe. Foi um trabalho hercúleo para inaugurar no dia que prometemos. Afinal, nós nunca atrasamos obras. A vida vale por isso. O meu destino é esse. Estou com 75 anos de idade, tenho disposição, graças a Deus, e muita vontade.

O senhor não pensa em parar?

Ainda não. Eu brinco que, se o Pelé fez mil gols, eu quero chegar a mil empreendimentos em Brasília.

Hoje estamos em torno de 850, então ainda temos muito trabalho pela frente.

Olhando para trás, o que faria diferente? E o que não mudaria jamais?

Eu não tenho arrependimentos. Sempre fui correto em tudo o que fiz, na vida empresarial, social e política. Nunca prejudiquei ninguém. Trabalhei muito – comecei aos 15 anos e hoje são 60 anos de trabalho – mas valeu a pena. Valeu a pena porque a cidade reconhece nosso trabalho. Recebemos todos os prêmios imagináveis, nacionais e internacionais. Tenho meus filhos comigo na empresa, a minha filha mora em São Paulo, mas sempre nos acompanha e minha esposa Anna Christina está sempre presente. Meu destino foi trabalhar, construir, gerar empregos, pagar impostos e contribuir com a cidade. Se eu olhar para trás, digo com tranquilidade: valeu a pena.

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ENTREVISTA

presença constante na televi televisão. Em uma fase que tem tro trocado a posição de protagonista por diretor, encontra em Brasília inspiração para um novo projeto.

O ATOR EDSON CELULARI MUDA DE LADO E ESTREIA COMO DIRETOR DE CINEMA. O PRÓXIMO PROJETO ATRÁS DAS CÂMERAS É UM FILME SOBRE A CAPITAL FEDERAL, CONTADO PELA PERSPECTIVA DOS CANDANGOS

UM NOVO OLHAR PARA BRASÍLIA

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Por Juliana Eichler esde os primeiros passos como galã em Guerra dos Sexos e Que Rei Sou Eu? até personagens intensos em Celebridade, Páginas da Vida e A Força do Querer, Edson Celulari atravessou quase cinco décadas dando forma a diferentes modos de ser brasileiro.

Formado na Escola de Arte Dramática da USP, estreou na TV em 1978 e, desde então, tem sido

Em entrevista ex exclusiva à revista GPS|Brasília, o G ator conta em pri primeira mão detalhes do filme que será conduzido sob a perspectiva dos candangos. Ao seu lado no projeto, o fi filho Enzo Celulari – fru fruto do relacionamento com Claudia Raia, com quem também tem Sophia Raia – e a roteirista Carolina Kotscho, responsável pelo longa Dois Filhos de Francis Francisco.. “A “ priori priori, vai se chamar O Tratorista”, revela. “Meu pai Tratorista foi tratorista no interior de São Paulo. Eu quero e vou fazer uma homenagem a ele. Tratorista é quem faz uma estrada de uma cida cidade para a outra. Ele cria pontes, que era o objetivo de Brasília. Aqui não havia ninguém, ninguém morava na região, e eles queriam povoar, trazer o poder para cá”, acrescenta.

Em fase de pesquisa, Celulari está imerso nas histórias que envolvem a construção da cidade e seus pioneiros, material que será transformado em um documentário que deve ser lançado antes mesmo do longa-metragem. “Eu estou trabalhando para o ator Edson viver um bom personagem, bem brasileiro. Queremos fazer um filme popular, com que as pessoas se identifiquem”, afirma o ator, que tem sido presença constante na capital federal.

Além do projeto profissional, mantém também

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um elo familiar, uma vez que sua mulher é brasiliense, a atriz Karin Roepke, com quem tem a filha caçula, Chiara. “Vir para Brasília, hoje, também é motivo de pesquisa para mim, além, é claro, de reencontrar amigos e parentes”, explica o artista.

Fotos: Miriam Vargas

O primeiro trabalho como diretor foi o filme Área de Risco, lançado em agosto de 2025, na 53ª edição do Festival de Gramado. Aos 67 anos e animado com o novo momento, o artista conta que foi um movimento natural. “Sempre gostei de todo o processo de criação em um set, seja na televisão, no cinema ou no teatro. Presto atenção à câmera, à direção, à iluminação. Me sinto à vontade atrás das câmeras”, conta.

O que te levou à direção depois de tantos anos como ator?

Durante a pandemia, quando estávamos parados em casa e sem poder trabalhar, tivemos a ideia de fazer um filme. Juntamos uma equipe reduzida, fomos para uma casa em uma serra e gravamos.

Foi uma experiência ótima, porque, como ator, eu fico esperando chegar um roteiro pronto para mim: leio, entendo, vejo a agenda... Agora, como diretor e produtor, não. Eu tive que armar tudo até chegar o roteiro pronto e, depois disso, interferir ainda um pouco mais para amadurecer o projeto.

E o resultado foi um filme de suspense muito bem recebido pelo público. Ficamos muito orgulhosos e com vontade de fazer mais.

E o que mais tem te surpreendido neste momento atrás das câmeras?

A capacidade e o poder do diretor é diferente do que um ator tem em um set. O diretor sempre me falava: “Edson, quando você for dirigir, preste atenção, porque vem um monte de gente te perguntar várias coisas, e o diretor é quem tem que dar a resposta. Aí vem o figurinista pedindo que você escolha a cor da roupa, e se você não tiver a resposta, inventa, porque o diretor precisa resolver o problema, nem que você mude de ideia depois”. E assim foi.

Qual a principal diferença entre as funções?

A primeira cena que eu rodei, e eu estava atuando, fiquei esperando alguém me dar a ação para começar. Só que eu era o diretor. Aconteceram coisas engraçadas e divertidas, mas a que logo me

adaptei. E a diferença principal eu acho que é essa: o poder de interferência e da responsabilidade do diretor é muito maior. Eu acho que a arte que eu pratico como ator me permite, depois de tantos anos, também arriscar e fazer, tomando esse espaço de diretor.

Você está sempre se reinventando. O que te move hoje?

Quando você vê, por exemplo, uma jovem mãe, a interferência de um filho na vida dela é enorme. E aí quando você acompanha o processo, o privilégio que tive por três vezes, é uma modificação total do seu cotidiano. Mexe com seu corpo, com seus hormônios, com tudo. E aí, volta para o mercado de trabalho, para a vida, é um se reinventar. O corpo envelhece – faz parte –, mas a mente não precisa envelhecer antes da hora. A curiosidade me move, e aprender com os erros também.

Há personagens ou projetos que ainda quer realizar?

Muitos. Realizar esse filme em Brasília é um sonho, mas ainda tenho tantos personagens para fazer. O cinema brasileiro vive um momento de reconhecimento internacional. Quero continuar descobrindo personagens brasileiros, histórias nossas. É isso que todos nós queremos: que o brasileiro se identifique com esses personagens, é tudo o que eu quero como ator.

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CINEMA

Mulheres que guardam o

MAR

Fotos: Divulgação

EM MARÉ VIVA, MARÉ MORTA, A DIRETORA BRASILIENSE CLÁUDIA DAIBERT MERGULHA EM DUAS HISTÓRIAS REAIS QUE RESISTEM ENTRE A SOLIDÃO, A PRESERVAÇÃO E A POESIA DO OCEANO. UM FILME QUE AMPLIA O DEBATE AMBIENTAL POR MEIO DO HUMANO

Como ninguém sabe dessas mulheres?”

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H Por Yumi Kuwano

á filmes que nascem como quem acende um fósforo na ventania e ainda assim persistem até virar clarão. Assim surgiu Maré Viva, Maré Morta, longa-metragem de estreia da cineasta brasiliense Cláudia Daibert, premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e exibido na COP30, na qual encontrou plateias tão diversas quanto o próprio oceano que o atravessa.

A gênese da obra, no entanto, não veio de um desejo explícito de fazer cinema ambiental.

Tampouco de buscar mulheres fortes como protagonistas, embora Cláudia tenha encontrado exatamente isso. Tudo começou em 2014, quando, trabalhando como produtora de um programa de verão da TV Record, ela desembarcou no arquipélago de Abrolhos, primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil, localizado a cerca de 65 quilômetros do litoral sul da Bahia, para gravar uma reportagem. O roteiro era simples, mas o sentimento que aquela viagem lhe despertou era imprevisível.

A bordo de um barco de apoio, Cláudia conheceu Berna, que era guardiã da ilha e anfitriã de pesquisadores, turistas e aventureiros. Bastaram poucos minutos de conversa para que aquela mulher moldada pelo sal, pelo isolamento e pela rotina de vigiar o mar se transformasse em encantamento imediato. Dias depois, enquanto pesquisava sobre o Atol das Rocas para outro episódio, surgiu o segundo fio da narrativa: Zélia,

conhecida entre pescadores como “xerife do mar”, responsável pela unidade de conservação e figura quase lendária na região. A reserva biológica é Patrimônio Natural Mundial pela Unesco e integra as Ilhas Atlânticas Brasileiras, ao lado de Fernando de Noronha.

“Eu pensei: ‘Como ninguém nunca viu essas histórias? Como ninguém sabe dessas mulheres?’”, lembra Cláudia. A pergunta ficou ecoando e se transformou lentamente em projeto. Ao mesmo tempo, a cineasta atravessava sua própria mudança profissional, da produção para a direção, do técnico para o autoral. Sua ligação com o mar, antes difusa, foi tomando forma de propósito: contar histórias que só existiam porque duas mulheres haviam decidido viver onde quase ninguém vive, em territórios regidos pela lua, pelas marés e pelo vento.

A LONGA TRAVESSIA ATÉ O FILME

Formada em Artes Cênicas pela Faculdade Dulcina de Moraes, em Brasília, Cláudia atua há mais de duas décadas no audiovisual, como cineasta, continuísta, diretora, assistente de direção e produtora. O filme começou a ganhar corpo em 2018, sob o título Xerife do Mar, inspirado no apelido de Zélia. Mas o nome não sustentava as duas histórias nem refletia a dualidade profunda que Cláudia observava.

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Em 2021, o projeto foi selecionado em edital e, nos dois anos seguintes, a equipe voltou ao mar para filmar. Lapidado ao lado do montador Sérgio Azevedo, o resultado foge do documentário ambiental convencional. Maré Viva, Maré Morta tem 101 minutos de história das mulheres que vigiam fronteiras de água, que protegem ecossistemas frágeis e que, mesmo invisíveis, sustentam parte da memória marítima do País.

No centro da narrativa estão Maria Bernadete Barbosa e Maurizélia Brito, conhecidas como Berna e Zélia. O filme não as romantiza. Não as eleva a heroínas míticas. Mostra-as como são: trabalhadoras de unidades de conservação, mulheres que pactuam diariamente com a solidão, o risco, uma rotina intensa e, ainda assim, encontram alegria em cada embarque, cada noite estrelada, cada pequena vida que pulsa no ambiente.

REPERCUSSÃO INESPERADA

Quando estreou no Festival de Brasília, o filme encontrou uma plateia que incluía funcionários do Ministério do Meio Ambiente e do ICMBio. A sessão terminou com um convite surpreendente: apresentar Maré Viva, Maré Morta na Casa Vozes do Oceano, na COP30. “Recebemos o convite da diretora de oceanos do Ministério do Meio

Fotos: Divulgação

Após idas e vindas, captação no Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) para desenvolvimento de roteiro e uma viagem de quase sessenta horas de barco até o Atol das Rocas, a equipe – majoritariamente feminina – compreendeu que o enredo não era apenas sobre duas personagens. Era sobre os ciclos que as moldam.

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Ambiente, Ana Paula Prates, que conhece Zélia e Berna”, conta. “Fiquei muito feliz e tive a certeza de que fiz boas escolhas”, completa.

A recepção calorosa, com prêmios, elogios e novas janelas de exibição, chegou como maré alta.

O filme, que fala de um Brasil raramente visto, encontrou seu público. “Hoje não tem como não falar de meio ambiente, principalmente das mudanças climáticas. Isso precisa ser pauta central, assim como educação, saúde e cultura”, afirma Cláudia. Nas telas, Berna e Zélia seguem firmes entre o sal e o silêncio. Fora delas, o filme cumpre o propósito inicial: devolver voz e visibilidade às vidas que insistimos em não olhar.

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Os próximos passos de Cláudia envolvem sua primeira ficção, O Coelho, em parceria com o diretor brasiliense Wesley Gondin, referência no cinema de terror e fundador do Sinistro Fest, em Fortaleza. O roteiro, já em fase avançada e com financiamento inicial garantido, acompanha uma mulher de mais de quarenta anos que atropela um coelho e passa a lidar com uma relação psicológica e perturbadora com o animal morto. A protagonista é uma mãe solteira em menopausa, personagem que permite levantar questões pouco exploradas no cinema brasileiro contemporâneo.

“Estou muito animada. É minha primeira ficção, e estou torcendo para captar os recursos logo”, diz Claudia.

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Natal, ano novo e confraternizações Adega com mais de 300 rótulos de vinho

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O sabor da tradição italiana em tamanho família

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CHE F RON N Y PETERS ON, ELEITO 4 VE Z E S MEL H OR CHEF DE BRAS ÍLIA

CELEBRE O FINAL DE ANO COM O MELHOR

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ARTESANATO

O que LUXO renasce

DA TERRA

DA TRADIÇÃO COMUNITÁRIA DE PLANALTINA ÀS MOSTRAS DE ARQUITETURA MAIS PRESTIGIADAS DO PAÍS: O BARRO MOLDADO POR DADÁ E PELA ASSOCIAÇÃO MARIA DO BARRO CONQUISTA ARQUITETOS, CELEBRIDADES E COLECIONADORES, E REPOSICIONA A ARTE COMUNITÁRIA NO MAPA CULTURAL DO BRASIL

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Por Hédio Ferreira Júnior Fotos Rayra Paiva m galpão discreto em Planaltina – que, quando visitado pela GPS|Brasília apresentava as cores do grafite já desgastadas pelo tempo –, na região administrativa no Distrito Federal, guarda um

segredo que já começa a circular por mostras de arquitetura, páginas de revistas e casas de colecionadores. Ali, entre um forno à lenha, outro elétrico, argila e mãos calejadas, funciona a Associação Maria do Barro – um coletivo de artesãs e artesãos que transformou a terra em arte, renda e identidade. Suas peças podem ser vistas na mostra CasaCor Brasília 2025, em projetos assinados

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Dadá (de azul) com suas aprendizes Carla, Bia e a filha Jô

por arquitetos de renome, e até em endereços celebrados do eixo Rio-São Paulo.

Por trás dessa virada está a determinação de Idalete Silva, conhecida como Dadá do Barro. Guardiã do legado iniciado por Maria, a artesã que nos anos 1990 reuniu vizinhos para ensinar a moldar argila, Dadá assumiu a missão de manter viva uma tradição que nasceu comunitária, cresceu silenciosa e, hoje, conquista o olhar sofisticado de quem entende de design.

A história tem raízes profundas. Maria acreditava que o barro poderia ser mais do que matéria-prima: seria uma ferramenta de emancipação. Reunia homens e mulheres em situação de vulnerabilidade e os ensinava a criar pequenas casas, painéis e esculturas. Cada peça carregava, além da técnica, um gesto de resistência. Ao partir, deixou em Dadá não apenas uma aprendiz talentosa, mas alguém disposta a reerguer o que quase se perdeu.

Houve momentos de incerteza. Entre 2011 e 2018, a produção praticamente parou: o forno quebrou, o galpão se deteriorou e as encomendas rarearam.

Muitos acreditaram que o projeto não resistiria.

Mas Dadá, teimosa, insistiu. Com parcerias, editais e apoios pontuais, o espaço foi reformado, o forno voltou a queimar e o barro, novamente, começou a girar nas mãos das artesãs. Dessa retomada nasceu um novo capítulo – mais profissional, mais conectado ao mercado e, sobretudo, mais atento ao potencial estético das peças.

Foi nessa fase que o arquiteto Gabriel Fernandes descobriu o trabalho da associação. Impressionado com a força plástica das casinhas de barro, passou a incorporá-las em seus projetos. Deu a elas lugar de destaque em ambientes da CasaCor São Paulo e, neste ano, em três espaços da CasaCor Brasília 2025, onde tanto as peças da coleção Barrolândia quanto outras criações de Dadá e cia dialogam com texturas sofisticadas, iluminação cênica e mobiliário de design autoral. O contraste entre a rusticidade da argila e a elegância do décor contemporâneo não apenas conquistou o público, mas também reforçou a potência do trabalho coletivo de Planaltina.

Os números comprovam a virada. Em fins de semana movimentados, só na feira da Torre de 101

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ganharam espaço de destaque na mansão. As peças, inspiradas em casas simples “dos sonhos de quem as projetou”, nasceram nas mãos dessas mulheres que transformam argila em arte – e em sustento. A cena, que circulou entre milhões de seguidores, não foi apenas uma vitrine inesperada para o trabalho coletivo, mas também a consagração de um projeto comunitário que resistiu ao tempo, ao esquecimento e às dificuldades.

TV, as vendas chegam a R$ 8 mil. Algumas artesãs alcançam renda mensal de R$ 2 mil, o que significa independência financeira real – algo impensável há poucos anos. Mas Dadá faz questão de lembrar: “Não é só sobre vender peças. É sobre devolver autoestima, é sobre futuro”.

Esse futuro, aliás, é o que a move. A sonhadora Dadá planeja ampliar o papel da associação para além da produção. Quer transformar o galpão em polo cultural, oferecer cursos profissionalizantes, abrir espaços para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade e, assim, fazer do barro uma porta de entrada para novas oportunidades. Para isso, busca regularizar o terreno, investir em equipamentos modernos e consolidar parcerias que garantam sustentabilidade ao projeto. Enquanto os planos avançam, as peças continuam a viajar.

Quando a cantora Anitta mostrou em suas redes sociais a decoração da sua nova casa, um detalhe chamou a atenção: 24 quadrinhos de barro, moldados e desenhados pelas artesãs de Planaltina,

O charme das peças é inegável. Cada casinha moldada traduz um pedaço de memória: a simplicidade de um lar sonhado, o gesto repetitivo que se transforma em forma, a textura que guarda a marca dos dedos. É arte, mas também é narrativa.

E talvez seja exatamente isso que atrai arquitetos, designers e colecionadores: a sensação de que não se trata de um objeto decorativo, mas de uma história contada em barro.

No fim, a trajetória da Maria do Barro é feita de contrastes. Do improviso do forno comunitário às vitrines sofisticadas da CasaCor. Da vulnerabilidade social ao reconhecimento em publicações de design. Da resistência silenciosa de mulheres anônimas ao desejo de quem hoje busca exclusividade com propósito.

Esse é o propósito que torna cada peça singular.

Em Planaltina, moldar o barro significa moldar destinos. É sobre o luxo que nasce da terra, mas que encontra seu valor real na força de uma mulher à frente de uma comunidade que ousa sonhar – e se orgulha disso. @institutomariadobarro

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AR TE

/ Maurício Lima Consultor em investimento em arte mauricio@galeriaclima.com.br

UM DOS GRANDES NOMES DA ARTE BRASILEIRA COMPLETOU CEM ANOS E SEGUE EM PLENA ATIVIDADE. O CORPO MOSTRA OS SINAIS DA IDADE, MAS A PERSONALIDADE ANIMADA CONTINUA INABALADA E LINDAS OBRAS CONTINUAM SENDO PINTADAS

Fotos: Divulgação

O VIGOR DE UM MESTRE

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duardo Sued começou a se dedicar à arte em 1948 quando abandonou a faculdade de Engenharia. Dois anos depois, passa a trabalhar como desenhista no escritório de Oscar Niemeyer e, após juntar algum dinheiro, vai a Paris estudar Arte nas academias La Grande Chaumière e Julian. Quando volta para o Rio de Janeiro, em 1953, começa a frequentar o ateliê de Iberê Camargo para estudar gravura em metal, tornando-se, mais tarde, seu assistente. Em 1957, assume a docência em desenho, pintura e gravura, na Faap, em São Paulo.

O artista em seu ateliê no Rio de Janeiro

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evento mais prestigiado da arte contemporânea mundial, e a presença de Sued nesse espaço internacional consolidou sua projeção internacional, colocando-o ao lado de artistas que redefiniram a arte no século 20.

A obra de Sued é fundamental para compreender a evolução da pintura abstrata geométrica no Brasil.

Diferentemente de outros artistas que se limitaram a reproduzir tendências internacionais, Sued desenvolveu uma linguagem própria, marcada pela consistência cromática e pela espacialidade rigorosa. Suas telas são verdadeiras investigações sobre como a cor e a forma podem dialogar com o espaço e com o olhar do espectador.

Sua obra não se prende a modismos, constrói uma trajetória sólida e coerente. Ao longo das décadas, Sued manteve uma produção contínua, o que lhe garantiu um lugar de destaque na história da arte brasileira. Ele representa uma ponte entre a tradição modernista e a contemporaneidade, mostrando que a pintura geométrica ainda pode ser um campo fértil de experimentação.

Na década seguinte à Bienal de Veneza, Sued começa a fazer quadros escuros, o que o diferencia completamente dos demais coloristas.

Obra de Eduardo Sued em acrílico de 2024

Em determinado momento, sua carreira transita pelo figurativismo, mas logo se encaminha para as vertentes construtivas, desenvolvendo sua obra a partir da reflexão acerca de Piet Mondrian (1872-1944).

Para o construtivismo, a pintura e a escultura são pensadas como construções e não como representações. Seus trabalhos contêm formas geométricas, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos.

Um dos momentos mais significativos da carreira de Sued foi sua participação na Bienal de Veneza em 1984, como representante do Brasil.

Na ocasião, apresentou a obra Pintura – Instalação 4, de dimensões monumentais, reafirmando sua capacidade de trabalhar em grande escala e de propor uma pintura que ultrapassa os limites da tela tradicional. A Bienal de Veneza é considerada o

O preto, ao longo da história da arte, foi inicialmente associado à sombra e à escuridão. A partir de meados do século 19, começa a ser usado como uma cor como outra qualquer. Em alguns casos, em vez de ser um tom que cria o escuro, produz luminosidade. Em sua tese de doutorado, a médica Marcela Rangel relata que o artista transforma a tinta preta em campos cromáticos. Ele costuma diferenciar a cor preta da cor negra. Diz que o preto torna-se negro à medida que a escuridão e a intensidade vão se apossando dele. Para Sued, o preto permite o passeio apenas em sua superfície, enquanto no negro há profundidade. “Há noites pretas e noites negras”, afirma.

Apesar de sua idade, Sued apresenta uma grande energia, simpatia e continua criando obras e trabalhos completamente novos, como uma escultura de parede em acrílico que apresenta cores diferentes em cada um de seus lados, fazendo com que, dependendo da posição do espectador, a obra que completamente diferente. “Experimentar é aceitar o desafio da dúvida. Sou pintor enquanto artista que experimenta”, disse o artista.

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PINCELADA

O SILÊNCIO como MATÉRIA A GAÚCHA JULIANA POSSA CONSTRÓI UMA PINTURA INTUITIVA E SENSÍVEL, GUIADA PELO TEMPO. EM UMA TRAJETÓRIA DE MAIS DE 25 ANOS, A ARTISTA ENCONTROU EM BRASÍLIA TERRENO FÉRTIL PARA DESENVOLVER SUA ARTE

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om uma linguagem autoral marcada pela intuição e por uma relação profunda entre emoção, silêncio e processo, Juliana Possa desenvolve uma pintura que se move no ritmo do sentir. Suas obras não buscam representar imagens reconhecíveis, mas traduzir aquilo que vibra no campo da sensibilidade, memórias, pausas, estados internos e transformações que atravessam o tempo. A partir do uso da espátula e da tinta a óleo, a pintora consolida uma trajetória de mais de 25 anos em que técnica e maturidade estética caminham juntas.

Nascida no Rio Grande do Sul e formada em Moda pela Universidade Católica de Pelotas, a artista conta que aprendeu desde cedo a observar o tempo. A arte sempre esteve presente como uma sensibilidade aguçada, quase intuitiva. A decisão de assumir a pintura como profissão, no entanto, aconteceu quando ela deixou de ser apenas um refúgio emocional e passou a exigir espaço, disciplina e comprometimento. “Esse reconhecimento veio quando percebi que pintar não era mais uma escolha eventual, mas uma necessidade vital. A partir daí, minha trajetória profissional começou de forma orgânica: estudo constante, amadurecimento técnico, participação em exposições e, sobretudo, a decisão consciente de assumir a arte como caminho e identidade”, afirma.

“Hoje, a arte representa exatamente quem eu sou. É o espaço onde me encontro comigo mesma e com o mundo”, completa.

Antes mesmo do primeiro gesto sobre a tela, o processo criativo de Juliana Possa começa em um ritual íntimo, que antecede a pintura e prepara o estado de presença da artista. “Eu me arrumo para pintar. Me maquio, escolho a roupa, me cuido.

Colocar o salto é indispensável para mim, faz parte de quem eu sou e de como eu me posiciono no mundo. Esse gesto não é vaidade gratuita, é um estado de espírito. É como se, ao me vestir e me reconhecer no espelho, eu acessasse um lugar de força, concentração e verdade. A pintura começa ali, antes da primeira pincelada”, explica.

O processo criativo parte, quase sempre, de uma ideia inicial, uma emoção ou lembrança, mas o percurso nunca é previsível. “O silêncio diante da tela em branco é que conduz os pincéis e as espátulas”, explica. A escolha pela tinta a óleo, de secagem lenta, mantém as telas em constante transformação e reforça o diálogo entre intenção e entrega. Essa relação com o tempo atravessa toda a sua produção. A espátula, por sua vez, é uma ferramenta essencial dessa linguagem, já que desloca o controle absoluto e abre espaço para o acaso e

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Foto Celso Junior Foto Celso Junior

a sobreposição. “É como se as tintas, a espátula e o sentimento ganhassem vida própria, e o erro, o acaso e as camadas fizessem parte do processo.”

Foi em Brasília que Juliana Possa encontrou um território fértil para o amadurecimento de sua obra. A arquitetura rigorosa, os vazios e a luz da capital despertaram uma nova sensibilidade e o desejo de transformar emoção em matéria. Na cidade, a artista realizou quatro exposições que marcaram sua trajetória recente. A primeira foi na loja PatBo, no ParkShopping, em um diálogo direto entre arte e moda. Em seguida, participou do projeto Arte Harmonizada, no restaurante Marie Cuisine, uma mostra sensorial e coletiva com 25 mulheres, que intervieram em uma obra junto à criadora. A terceira exposição integrou a programação da DW! Semana de Design de Brasília 2025, no CasaPark, onde apresentou a série Concreto Sensível. Mais recentemente, exibiu as séries Entre Ciclos e Concreto Sensível na Galeria Celso Junior.

Em Concreto Sensível, a pintora olha para Brasília não como paisagem literal, mas como presença emocional. Monumentos e estruturas modernistas são desconstruídos em camadas de cor, gesto e silêncio. “Eu não quis representar a cidade de forma literal, mas traduzir o que ela provoca em mim: linhas, vazios, luzes e silêncios”, afirma. Já em Entre Ciclos, flores e borboletas surgem como símbolos de transformação, amadurecimento e impermanência. Ao mesmo tempo, a série dialoga com uma leitura mais ampla da condição humana e representa o momento atual da artista. “É uma série em que consigo unir maturidade técnica, liberdade gestual e profundidade emocional.”

A incorporação da técnica vitral amplia essa investigação, adicionando novas camadas de luz, transparência e composição. “Sinto que hoje minhas obras carregam mais silêncio, mais tempo e mais verdade.” Livre de rótulos ou movimentos fechados, Juliana Possa define sua produção como autoral e em permanente construção. “Embora dialogue com a pintura contemporânea e com a abstração, minha arte nasce muito da intuição, do momento e da sensibilidade. Estou sempre aberta, e respeito a decisão da própria obra, como se ela tivesse sua própria voz, estou sempre na escuta, é praticamente uma permissão para a obra evoluir junto comigo”, finaliza. @ju.possa www.jupossa.com.br

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GALERIA

A PRESENÇA que a

ARTE

CONSTRÓI

IDEALIZADOR DA CASA DA MOLDURA GALERIA, HIGINO FRANÇA COMPARTILHA COMO A ARTE DEIXA DE OCUPAR APENAS PAREDES E PASSA A HABITAR ESPAÇOS, CRIANDO CONEXÕES AFETIVAS DURADOURAS

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m quadro carrega o olhar, a intenção e a sensibilidade do artista que o criou. Para quem o contempla, pode representar um recorte íntimo de emoções, inquietações, referências e memórias. Na Casa da Moldura Galeria, espaço inteiramente dedicado ao universo da arte no Lago Sul, em Brasília, essa relação ganha notoriedade com um acervo que reúne mais de duzentas obras, cuidadosamente selecionadas.

Idealizador do ambiente, o empresário Higino França considera que presentear a si mesmo, ou a outra pessoa, com arte é um ato que ultrapassa o momento presente. “Diferentemente dos presentes tradicionais, uma obra permanece. Ela ocupa um lugar visível, de destaque, criando uma conexão que se estende ao longo do tempo”, afirma.

Extensão natural da Casa da Moldura, marca brasiliense com mais de três décadas de excelência em molduras autorais e curadoria estética, a Galeria oferece um dos serviços mais particu-

Higino França, fundador da Casa da Moldura

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Fotos: Vanessa Castro

lares do segmento: a ambientação no espaço do cliente. É quando as obras saem do acervo e passam a dialogar com a arquitetura do ambiente. “Ali, diante da luz natural e da paleta de cores do ambiente, os quadros são testados, deslocados, comparados. É nesse processo que cada obra revela sua verdadeira força, quando deixa de ser escolha hipotética e passa a dialogar com o lugar em que poderá existir. Essa aproximação permite que o cliente veja, sinta e compreenda a obra em seu contexto definitivo, transformando a decisão em uma experiência estética”, detalha Higino.

Para o empresário, esse olhar integrado reflete a compreensão da Casa da Moldura Galeria sobre o papel da arte:

“ela não se limita a preencher espaços vazios; faz parte da vida”, define. “Cada obra inaugura uma presença, acompanha histórias e, quando encontra o lugar certo, transforma o ambiente de maneira profunda e silenciosa”, completa.

O acervo da galeria traduz também o diálogo entre tradição e contemporaneidade que marca a estética brasiliense.

Entre as obras presentes, estão nomes consagrados como Athos Bulcão, Oscar Niemeyer e Burle Marx, ao lado de artistas contemporâneos da cidade, como Tarciso Viriato, Luís Costa, Jeffe, Iri Vilella, Maldonado Dias e Luiz Antunes de Souza (Ratão). “São peças que variam em técnica e discurso, mas compartilham um mesmo propósito: transformar o ambiente sem que perca sua essência autoral”, finaliza. @casadamoldura www.casadamoldura.com.br

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ARTE

A amizade

FRANÇA-BRASIL UNIÃO DAS BIBLIOTECAS NACIONAIS DE AMBOS OS PAÍSES REVELA A RELAÇÃO FRANCO-BRASILEIRA E SUA HISTÓRIA DIPLOMÁTICA AO LONGO DOS DUZENTOS ANOS. DA INFLUÊNCIA À DIVERGÊNCIA, ATÉ A SOLIDIFICAÇÃO DE INTERCÂMBIOS CULTURAIS E PROJETOS AMBICIOSOS

E

Por Paula Santana m dois séculos, França e Brasil mudaram profundamente sua atuação no cenário internacional. Revisar estes anos de histórias cruzadas, experiências e lutas compartilhadas tornou-se oportunidade para os brasileiros entusiastas, oferecida na Temporada França-Brasil 2025, que comemorou o 200º aniversário da relação diplomática e cooperação bilateral. Na Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, uma exposição reúne cerca de 130 itens de acervos da FBN e das francesas Bibliothèque Nationale de France, Archives Nationales e o Ministério da Europa e dos Assuntos Estrangeiros. A curadoria é da historiadora da Université Paris 8, Armelle Enders, da historiadora da Universidade Federal Fluminense, Giselle Venancio, e da bibliotecária e coordenadora de acervos especiais, Mônica Carneiro Alves.

Foto: Alécio de Andrade

Intelectuais Sérvulo Esmeraldo, Flávio-Shiró, Lygia Clark, Rossini Pérez, Arthur Luiz Piza e Sérgio Camargo em Paris (1964-1992), Universidade de Paris 8

As relações entre as bibliotecas nacionais refletiram e renovaram os laços culturais neste projeto. O percurso através do tempo não segue uma linha cronológica, mas propõe uma navegação rica Cena do filme O Garoto (1921), estrelado por Charles Chaplin

e temática que vai se compondo de acordo com os intercâmbios franco-brasileiros. Em comum na narrativa, a admiração e o respeito mútuo, mas não isentos de algumas nuvens: desacordos sobre a questão da escravidão em meados do século XIX, a soberania sobre o Amapá no final do século XIX, a briga sobre a pesca da lagosta no início dos anos 1960 ou ainda o acolhimento de exilados políticos em território francês durante os tempos sombrios da ditadura. Divergências superadas, com foco no essencial: as relações eram mutuamente benéficas, portadoras de ideias inovadoras e projetos ambiciosos.

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Visita do General e ex-presidente da França Charles de Gaulle ao Brasil, em outubro de 1964

Fotos: Divulgação

Pelé acompanha Brigitte Bardot em sua primeira visita ao Rio de Janeiro, em 1964

Anúncio publicitário de Madame Madeleine Lacroix, representante da casa de modas Jeanne Lanvin

Livreto sobre plantadores de café

Capa do livro Deuses da África (1954), do fotógrafo e etnólogo Pierre Verger

Santos Dumont em Saint-Cyr, 12 de novembro de 1908

Foto: Agência Rol

Capa da revista Manchete de 04 de outubro de 1952, com a ex-modelo e escritora brasileira Danuza Leão

O objetivo atual é comparar, contrastar e examinar simetrias e assimetrias dessa relação e como elas evoluíram ao longo do tempo. Trata-se de um convite para examinar a natureza das relações franco-brasileiras e sua dinâmica, abordando as temáticas ao redor das quais a Temporada França-Brasil 2025 foi construída: diversidade das sociedades, o envolvimento das populações indígenas e afrodescendentes na relação França-Brasil, os vínculos compartilhados com a África e a defesa da democracia e de um mundo equitativo. “Motivos não faltam para celebrar os duzentos anos de proximidade e convergência cultural. Tudo isso demarcado na memória de nosso acervo, que guarda coleções raras e preciosas, testemunhos dessa memória arraigada”, afirma o presidente da FBN, Marco Lucchesi.

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dicas da

DRI

/ Adriana Nasser @derolhaemrolha

Fotos: Divulgação

80 ANOS A Menin Douro Estates apresentou em Portugal dois vinhos do Porto, um Tawny e um Branco, ambos com oitenta anos de envelhecimento. As duas versões chegam em garrafas de 500ml, com design que reforça a exclusividade de cada uma: o Branco com detalhes prateados, o Tawny em dourado, ambos apresentados em caixas de madeira que valorizam o caráter colecionável dos rótulos. A chegada ao mercado brasileiro será no primeiro trimestre de 2026.

A Menin Company é de Rubens Menin, um dos maiores empresários brasileiros, com negócios de banco e com a maior construtora do continente americano.

A marca nasceu de um sonho dele de produzir grandes vinhos do Douro e colocá-los no mundo. @menindouroestates

TREBBIANO EM FESTA A Ponto Nero acaba de lançar, em edição limitada, o espumante Enjoy Trebbiano. A novidade destaca a versatilidade de uma das principais uvas brancas originárias da Itália, o que marca as comemorações dos 150 anos da imigração da Famiglia Valduga no Brasil e reforça o papel da vinícola na produção de espumantes de identidade brasileira. As garrafas, numeradas e em quantidade restrita, já estão disponíveis na loja online da marca. loja.famigliavalduga.com.br | @valduga

BRASILEIRO NA ARGENTINA Pela primeira vez na história, a Miolo Wine Group exportou o espumante Moscatel para a Argentina, um mercado tradicionalmente fechado neste segmento.

Mais de 50 mil garrafas do Punto Final Moscatel, elaborado com uvas cultivadas na vinícola Terranova, no Vale do São Francisco (BA), já cruzaram a fronteira.

Até pouco tempo, a importação de espumantes era praticamente inexistente na Argentina, restrita a rótulos de champagne. A chegada do produto brasileiro rompe esse padrão, apresentando ao consumidor argentino uma proposta acessível, moderna, de alta qualidade e com excelente relação custo-benefício.

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@grupomiolo

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GRAN CAB 500

MELHOR DO NOVO MUNDO A Luigi Bosca foi eleita a Melhor Vinícola do Novo Mundo no Wine Star Awards 2025, promovido pela respeitada revista americana Wine Enthusiast.

O reconhecimento celebra a trajetória da marca que, ao longo de 125 anos, soube projetar para o mercado internacional a elegância e singularidade dos grandes vinhos de Mendoza. Presente em mais de sessenta mercados, a Luigi Bosca tem sido protagonista de momentos decisivos da vitivinicultura argentina. Aqui no Brasil, a Decanter é quem traz os premiados vinhos da marca com exclusividade.

Depois do sucesso com o lote 2022 esgotado em um mês, a vinícola Larentis lançou mais um Cabernet Sauvignon de alta gama, que desafia o terroir do Vale dos Vinhedos. O GRAN CAB 500 é um Cabernet Sauvignon Gran Reserva elaborado em microvinificação integral em barrica, limitado a apenas 650 garrafas numeradas. Depois de uma pré-venda exclusiva aos membros do Larentis Premium Club, a novidade passa a ser oferecida também na loja virtual. www.larentis.com.br | @larentis

THE BALVENIE 50 O Lanesborough, um dos hotéis mais icônicos de Londres, acaba de lançar uma experiência única com The Balvenie 50 (First Edition), um single malt de meio século que custa £5.500 por dose e tem apenas 125 garrafas disponíveis por ano em todo o mundo. O bar do hotel, The Library Bar, é o único lugar na Inglaterra e no País de Gales autorizado a servir o rótulo. A experiência, chamada The Angel’s Share, traz um ritual completo, em que o whisky é servido sob uma escultura feita à mão em nogueira e ouro, acompanhado de uma seleção de queijos britânicos e de um exemplar de edição limitada do livro Interwoven Stories: Fifty Years in the Making.

@bodegaluigibosca

@thebalvenie

PONTUAÇÃO HISTÓRICA

UVVA

O Amelia Chardonnay 2024 recebeu a pontuação mais alta da sua história, 98 pontos, do crítico Joaquín Hidalgo na revista Vinous. A safra foi descrita como complexa, com equilíbrio entre o envelhecimento em carvalho e o perfil de fruta fresca e maduro do Vale de Limarí. O vinho é elogiado pela combinação de doçura e frescor salino, e a Concha y Toro celebra a conquista como um marco para a vinícola.

A vinícola Uvva apresenta dois grandes lançamentos para este fim de ano: o primeiro Viognier da região da Chapada da Diamantina, elaborado com uvas de um vinhedo que está a 1.280 metros acima do nível do mar, e o Bateia, um blend de cepas com 56% de Cabernet Sauvignon, 32% de Cabernet Franc e 12% de Syrah, com 50% do vinho passado por carvalho. O nome Bateia remete ao instrumento, parecido com uma grande peneira, que revela os diamantes ocultos nos rios da Chapada.

Todos os rótulos da Uvva trazem um nome ligado a elementos locais, como Cordel e Diamã.

@conchaytoro

@vinicolauvva

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SABOR

A harmonia

JAPONESA O WHISKY MAIS PREMIADO DO JAPÃO ATRAVESSA GERAÇÕES DE ARTESANIA E SENSIBILIDADE. AGORA, EXPANDE SUA PRESENÇA NO BRASIL COM EXPERIÊNCIAS QUE AJUDAM A EDUCAR O CONSUMIDOR E REVELAR A PROFUNDIDADE DE UM ESTILO ÚNICO DE PRODUÇÃO Por Marcella Oliveira Há bebidas que parecem nascer da própria passagem do tempo. Primeiro vem o silêncio das barricas, o aroma que desperta devagar, a madeira que respira conforme as estações mudam. No Japão, o envelhecimento envolve um ritual que inclui a escolha minuciosa dos grãos, a paciência diante do carvalho mizunara que leva décadas para amadurecer, a observação atenta de cada lote enquanto a natureza faz seu trabalho. O processo segue a filosofia japonesa do monozukuri, ou seja, a devoção em fazer bem-feito. É desse encontro entre técnica e contemplação que surge Hibiki, um whisky que ressoa a essência do país que o criou.

Esse tipo de carvalho, encontrado apenas no Japão, pode levar duzentos anos para desenvolver a densidade ideal para a produção de barris. Entrega notas sutis de incenso, especiarias e sândalo, uma assinatura que diferencia Hibiki e sempre chama atenção dos jurados em competições internacionais. “Mais do que um rótulo de prestígio, Hibiki ajudou a moldar a forma como o mundo compreende o whisky japonês, mostrando que precisão e sensibilidade resultam em um líquido singular”, explica Lizandra Freitas, presidente da Suntory Global Spirits na América Latina.

Lançado em 1989, ele carrega mais de um século de tradição da The House of Suntory e nasceu como expressão da filosofia que une precisão, equilíbrio e respeito absoluto pela matéria-prima.

Criado ao longo de três gerações de master blenders da família Torii, Hibiki traduz a harmonia como princípio ao combinar maltes e grãos de Yamazaki, Hakushu e Chita maturados em diferentes madeiras, incluindo o raro mizunara.

Nas últimas duas décadas, os rótulos nipônicos se tornaram vencedores habituais dos principais prêmios internacionais, como o International Spirits Challenge e o World Whiskies Awards, e passaram a figurar em listas de colecionadores com a mesma importância de ícones escoceses. Hibiki se destaca não apenas pelo número de premiações, mas também pela consistência com que conquista críticos e bartenders.

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Fotos: Divulgação/The House of Suntory

ENTRE TRADIÇÃO E EXPANSÃO No copo, essa sofisticação se traduz em camadas: rosas, lichia e alecrim no aroma; mel, baunilha, frutas cítricas e chocolate branco no paladar. Uma experiência que começa suave, mas evolui em complexidade, e agrada tanto iniciantes quanto apreciadores exigentes. “Hibiki significa ressonância, queremos que ressoe equilíbrio e harmonia.

Ao abrir a garrafa, esperamos que o consumidor perceba um conjunto de memórias sensoriais, flores, frutas, notas amadeiradas e uma suavidade que convida à contemplação. A experiência busca criar conexão entre natureza, processo e pessoa”, explica a presidente.

A filosofia estética japonesa aparece também na garrafa de 24 faces, as quais representam as estações do antigo calendário nipônico. “O design é uma extensão do líquido. Assim como o whisky revela camadas a cada dose, as facetas convidam à observação de nuances. Forma e sabor se complementam”, explica Lizandra. É pura arte e a conexão de Hibiki com o universo artístico não é casual.

A história da Suntory é marcada por projetos culturais, como o Suntory Museum of Art, o Suntory Music Hall e uma divisão dedicada ao design.

No mercado global, Hibiki está no centro da ascensão do whisky premium. No Brasil, esse a marca vive um momento de expansão. “O Brasil é um mercado importante para nós. Temos consumidores que valorizam a cultura japonesa, e nossa estratégia é oferecer experiências que estimulem a contemplação, o aprendizado e o entendimento do que torna esses whiskies tão especiais”, acredita Lizandra. Essas experiências vão além da degustação tradicional e incluem rituais inspirados na hospitalidade japonesa, ativações sensoriais, harmonizações com gastronomia contemporânea, workshops especializados para o trade e eventos culturais que criam uma ponte entre Japão e Brasil.

A marca também passa a estar mais presente em bares de coquetelaria e restaurantes que destacam alta gastronomia. “A valorização cresce ano após ano, mas há espaço para ampliar a compreensão por meio de experiências e educação”, afirma Lizandra. Hibiki reforça seu propósito em cada etapa: no tempo que amadurece a madeira, na harmonia construída gota a gota, na estética que conversa com a cultura. Um whisky que não se apressa, e talvez por isso permaneça, ressoando muito depois da última dose. www.house.suntory.com @suntorywhisky_hibiki

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DIÁLOGO

LUXO

O SENTIDO DO

H

Por Marcella Oliveira á uma mudança silenciosa, porém profunda, na lógica do luxo global. Depois de décadas centradas no desejo e na aquisição, as grandes maisons voltam seus holofotes para algo mais duradouro: a cultura. Num mundo em que consumidores buscam propósito, responsabilidade e impacto, apoiar a arte deixou de ser apenas filantropia e passou a ser estratégia. E o Brasil, com sua produção artística vigorosa, tornou-se um território fértil para esse novo capítulo do luxo internacional. O que se vê agora é menos sobre lançar coleções e mais sobre sustentar narrativas, preservar acervos, evidenciar artistas e participar da construção de um imaginário cultural contemporâneo.

A parceria entre Bvlgari e Pinacoteca de São Paulo talvez seja o exemplo mais robusto desse novo gesto. Diferentemente de um patrocínio pontual concentrado em visibilidade, o projeto se ancora no coração da instituição: o Centro de Conservação e Restauro. Desde junho de 2025, quando o acordo foi anunciado, o trabalho acontece de forma contínua e tem durabilidade de três anos.

“Esta colaboração reflete nossa crença de que a arte é a alma da nossa maison e nossa profunda apreciação pela influência transformadora de artistas e artesãos, cujo savoir-faire não apenas enriquece o mundo da joalheria, mas também molda a narrativa cultural da nossa marca. Além disso, esta parceria estimulará o intercâmbio intercultural,

Fotos: Levi Fanan

EM UM MERCADO QUE JÁ NÃO SE SATISFAZ APENAS COM O CONSUMO, MARCAS INTERNACIONAIS SE VOLTAM À ARTE COMO FORMA DE RELEVÂNCIA CULTURAL. NO BRASIL, ESSE MOVIMENTO GANHA FORÇA AO APROXIMAR MAISONS GLOBAIS DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO NACIONAL

Cuidado com os detalhes no laboratório de restauro do museu

Parceria da Bvlgari com a Pinacoteca vai fortalecer a conservação de acervos

O minucioso trabalho de restauro de obras de arte

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propósitos estratégicos da área de Conservação e Restauro, que tem como diretriz o contínuo aprimoramento técnico e a qualificação de sua equipe, por meio da adoção de práticas inovadoras e da busca pela excelência na preservação do patrimônio público”, comenta Camila Vitti, Coordenadora de Conservação e Restauro da Pinacoteca de São Paulo.

Fotos: Divulgação

Baile da Bienal, com apoio da Rolex

Além do restauro, a colaboração inclui qualificação técnica. Em agosto de 2025, a Pinacoteca realizou um workshop internacional ministrado por especialistas italianos sobre o uso de géis de PVA-Bórax em superfícies sensíveis. O encontro reuniu restauradores de museus como MASP, MAC USP, Museu Nacional e Cinemateca Brasileira, promovendo intercâmbio e atualização profissional em um campo que exige desenvolvimento contínuo.

Pinaball 2025, com apoio da Chanel

impulsionando a inovação criativa, permitindo-nos desenvolver atividades de patrocínio significativas e preservando o patrimônio artístico do Brasil para as gerações futuras”, afirma Jean-Christophe Babin, CEO do Grupo Bvlgari.

A restauração de obras importantes já está em andamento, entre elas: Em Busca da Luz, de Maria Martins, e Portadora de Perfume, de Victor Brecheret. “O patrocínio da Bvlgari alinhou-se aos

FILANTROPIA COMO CENA

A Pinacoteca há algum tempo já tem sido inspiração para este tipo de colaboração. A Chanel é presença contínua no Pina Ball, que, em 2025, ganhou contornos ainda mais simbólicos ao marcar os 120 anos do museu com o maior acervo público de arte do País. Realizado em parceria com a maison francesa, dentro de uma colaboração plurianual que prevê investimentos em inovação, cultura e excelência artística, o evento reuniu mais de mil convidados com o objetivo 117

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Foto: Levi Fanan

O Pinaball 2025 recebeu apoio da Chane

O baile também consolidou a tradição de unir moda, arte e reflexão estética. A identidade visual desta edição foi inspirada no múltiplo criado pela artista Lenora de Barros, que apresentou a obra DESMÁSCARA especialmente concebida para o evento. As peças, distribuídas pelo espaço e posteriormente oferecidas aos convidados, funcionavam como máscaras-espelho que provocavam reflexões sobre identidade, alteridade, visibilidade e invisibilidade. Era um gesto poético que dialogava com a proposta da Chanel ao investir em uma experiência que ultrapassava o glamour para tocar questões simbólicas.

Ao apoiar uma iniciativa dessa magnitude, a Chanel reafirma sua visão de que museus são parceiros estratégicos no fortalecimento do imaginário cultural. Antes, a Chanel apoiou por uma década o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e a tradicional Festa MASP, evento criado para arrecadar recursos destinados às ações culturais e educacionais do museu. Neste ano, a Gucci assumiu o patrocínio principal da 11ª edição da festa, inaugurando uma parceria mínima de um ano com a instituição e sucedendo uma década de apoio da Chanel, em um movimento que reflete a disputa global das maisons por territórios culturais.

Foto: RenePaciullo

de arrecadar R$ 3,5 milhões, valor destinado à manutenção dos três edifícios que compõem a instituição, Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea, além de financiar exposições, ações educativas e programas públicos.

Festa do MASP de 2025 contou com apoio da Gucci

DIÁLOGO COM A CONTEMPORANEIDADE

No campo das artes visuais contemporâneas, a parceria da Rolex com a Fundação Bienal de São Paulo marca outro capítulo importante desse movimento. A empresa suíça se tornou Relógio Oficial da 36ª Bienal, que segue aberta até 11 de janeiro de 2026, reforçando sua inserção cultural no País. A Bienal, pioneira no Hemisfério Sul e referência internacional, articula debates sobre contemporaneidade e formação de público.

Ao se associar a ela, a Rolex reafirma seu compromisso global com a preservação e difusão cultural, fortalecendo laços com instituições que moldam pensamento e produção artística. “Por meio da Iniciativa Rolex Perpetual Arts a marca estabelece há mais de meio século parcerias com algumas das mais prestigiadas instituições artísti-

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Foto: Rolex/Alê Virgílio

O MASP foi palco do baile para arrecadar fundos, com apoio da Gucci e show da Alcione

Foto: João Medeiros/Fundação Bienal de São Paulo

Foto: Fundação Bienal de São Paulo

Corpo curatorial da 36ª Bienal de São Paulo, liderado pelo curador geral Bonaventure Soh Bejeng Ndikung (ao centro). Instituição tem apoio da Rolex

cas do mundo e apoia criadores visionários que deixam um impacto duradouro na sociedade. A colaboração com a Bienal de São Paulo reflete essa tradição, reforçando o compromisso da Rolex em incentivar a transmissão do conhecimento para as futuras gerações e perpetuar o legado cultural do mundo”, reforça Eduardo Machado, diretor-geral da Rolex.

Fora do circuito metropolitano, o Instituto Inhotim, em Brumadinho, também se destaca como palco de experiências que unem arte, moda e impacto social. Um exemplo foi o Anoitecer Inhotim, evento apresentado pela Gucci em 2024 e 2025, que transformou o museu-jardim em cenário de performances, jantar ao ar livre, música e experiências sensoriais. O encontro foi estruturado como ação de arrecadação de fundos, reforçando o compromisso da marca com projetos culturais de relevância nacional e internacional.

Esses gestos revelam uma tendência consistente: o luxo contemporâneo não se sustenta apenas na experiência comercial, mas na construção de significado. Ao financiar restauros, apoiar museus, promover bailes, fomentar formação profissional e inserir-se em debates artísticos, as labels não apenas reforçam seus códigos de sofisticação, mas se tornam parte viva da vida cultural do Brasil. Nesse novo capítulo, a arte brasileira tornou-se mais que inspiração estética: tornou-se parceira e território estratégico para marcas que entenderam que, no século 21, relevância se constrói com cultura.

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Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera

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MODA

A era das

TROCAS

O

INVISÍVEIS

Por Beatriz Lima Leal cargo de diretor criativo ainda é o lugar mais desejado da moda, é aquele produto na vitrine que faz os olhos brilharem. É ali, no vértice da pirâmide, que se define a estética de uma marca, decodificam-se símbolos, reinterpretam-se clássicos e, sobretudo, cria-se desejo. Mas, nos bastidores, a engrenagem que sustenta esse posto ganhou outra velocidade, e a indústria vive hoje uma das mudanças mais aceleradas de sua história recente.

E, no grande salão da moda, a trilha nunca para.

Quando a música acelera, começa a dança das cadeiras que redefine o rumo das maiores maisons do mundo. Nos últimos meses, alguns diretores criativos encontraram novos assentos logo que o compasso mudou; outros perderam o lugar no instante em que o silêncio caiu. Há também aqueles que, mesmo altamente cotados, ficaram rodopiando em volta das cadeiras sem conseguir se sentar desta vez. Entre chegadas celebradas, saídas abruptas e nomes que seguem à espera da próxima batida, a indústria reencontra sua velha coreografia de poder, estética e reinvenção.

Na dança das cadeiras que embalou a moda recente, os movimentos foram tão rápidos quanto surpreendentes. Na Chanel, Virginie Viard saiu e abriu espaço para Matthieu Blazy, que, por sua vez, deixou a Bottega Veneta. Para assumir a Bottega, Louise Trotter deixou a Carven. Sarah Burton encerrou sua longa trajetória na Alexander McQueen e seguiu para a Givenchy.

A DANÇA DAS CADEIRAS ENTRE OS DIRETORES CRIATIVOS EXPÕE AS TENSÕES DO LUXO GLOBAL. POR TRÁS DAS MUDANÇAS, A REINVENÇÃO URGENTE DE UM SISTEMA QUE JÁ NÃO VIVE APENAS DE ESTÉTICA, MAS DE PERFORMANCE, ESTRUTURA E SOBREVIVÊNCIA

Alessandro Michele, após revolucionar a Gucci, assumiu a Valentino; Sabato De Sarno o sucedeu na Gucci – ainda que por pouco mais de um ano – até ser substituído por Demna Gvasalia, que deixou a Balenciaga. Pierpaolo Piccioli, ao sair da Valentino, ocupou então o posto deixado por Demna na Balenciaga. Na Fendi, a saída de Kim Jones levou Silvia Venturini Fendi a assumir momentaneamente o comando criativo até a chegada de Maria Grazia Chiuri, vinda da Dior, que passou a ser comandada por Jonathan Anderson, que deixou a Loewe, posteriormente assumida pela dupla Jack McCollough e Lazaro Hernandez, fundadores da Proenza Schouler. Já na Balmain, a saída de Olivier Rousteing, após mais de uma década, abriu espaço para Antonin Tron. E, por fim, Donatella Versace, que marcou gerações à frente da Versace após a morte de Gianni, deixou o posto para Dario Vitale, que após a apresentação de sua primeira e única coleção para a marca, desocupou a cadeira em decorrência da aquisição da Versace pelo grupo Prada.

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Sarah Burton

O designer franco-belga construiu carreira em maisons como Raf Simons, Maison Margiela e Calvin Klein, antes de se destacar na Bottega Veneta pelo olhar refinado para artesania e design contemporâneo.

Construiu toda sua trajetória dentro da Alexander McQueen, onde se consolidou como uma das vozes criativas mais poéticas de sua geração. É conhecida pela alfaiataria impecável, senso dramático e profundidade emocional em suas coleções.

| Chanel

Louise Trotter

| Bottega Veneta Britânica com passagem por casas como Joseph, Carven e Lacoste, é reconhecida pela precisão minimalista e por uma abordagem extremamente técnica e funcional do vestuário.

Sua assinatura privilegia roupas pensadas para a vida real, aliando sofisticação e praticidade.

Fotos: Divulgação

Matthieu Blazy

| Givenchy

Alessandro Michele | Valentino

Estilista italiano responsável por uma das revoluções criativas mais marcantes do luxo contemporâneo. Seu trabalho ficou conhecido pelo maximalismo romântico, pelas referências históricas e pela reinvenção do vintage dentro de narrativas exuberantes e altamente simbólicas na Gucci.

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Um fator decisivo para a dança das cadeiras na direção criativa da Versace, por exemplo, foi a aquisição da marca pelo grupo Prada, em uma transação de 1.25 bilhões de euros formalizada no final de 2025.

O movimento, visto pelo mercado como uma busca de revitalizar a clássica e imponente casa de moda italiana, que perdeu força nos últimos anos devido à ascensão da estética “quiet luxury”, e da consequente perda de relevância comercial de seu maximalismo característico, mexeu em toda a sua estrutura: Donatella Versace, que comandou a criação por 25 anos, deixou o cargo pouco antes do anúncio da compra, abrindo espaço para a nomeação de Dario Vitale. No entanto, após apresentar sua primeira (e única) coleção para a marca e a conclusão da compra pelo grupo Prada, foi anunciada a saída do designer do posto, sinalizando que o grupo pretende redesenhar as estratégias e o futuro criativo da Versace por completo.

Um movimento de placas tectônicas que, apesar de parecer repentino, responde a pressões profundas. “A mudança de um diretor criativo tem um impacto direto na maneira como nós enxergamos a moda”, opina a professora e especialista em estratégia de marca e produto para moda, Anay Zaffalon. Esse impacto vai muito além do que o público vê nas passarelas e vitrines. “Para olhos menos treinados, a troca na direção criativa parece apenas revitalização de marca; mas, por dentro, existe uma mudança significativa de estratégia, processos e nível de execução”. Em um setor no qual “20% é criatividade e 80% processo”, como a especialista destaca, a chegada de um novo diretor artístico não é apenas estética, é estrutural.

Um diretor criativo, hoje, é o porta-voz (e, muitas vezes, o pára-raios) dessas transformações. “Ele carrega a bandeira da mudança para dentro da empresa e para o mercado”, explica Zaffalon. Ele se torna o símbolo de uma nova fase, mas também o responsável por reorganizar fluxos, equipes, produtos, e até a forma como a maison se relaciona com seus clientes. Não à toa, mudanças desse nível podem redefinir o posicionamento de uma marca inteira.

O cenário que desencadeou essa dança das cadeiras também é claro. A internet acelerou o ritmo, a globalização intensificou a competição e o consumidor tornou-se mais volátil. Com isso, muitas casas de luxo começaram a sentir quedas de performance e, em alguns casos, de forma intensa.

Demna Gvasalia | Gucci

O designer georgiano e cofundador da Vetements tornou-se uma figura central na moda ao combinar luxo com estética urbana e crítica cultural. Ficou conhecido pelo olhar provocador, pela desconstrução de códigos tradicionais e por aproximar moda conceitual de grandes audiências na Balenciaga.

Pierpaolo Piccioli

| Balenciaga Italiano, construiu uma carreira profundamente ligada à Valentino e tornou-se um dos criativos mais admirados da alta-costura. Sua estética é marcada pela poesia, pelas paletas vibrantes e por uma visão humanista da moda, celebrando beleza, emoção e artesania.

Maria Grazia Chiuri | Fendi

Uma das designers mais influentes do luxo, reconhecida por integrar discurso feminista à moda e por construir coleções que dialogam com arte, cultura e questões sociais. Sua linguagem é feminina, simbólica e profundamente ligada à identidade das mulheres que veste. Foi diretora criativa da Dior por quase uma década.

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Jonathan Anderson

Essa pressão tem levado as empresas a buscarem diretores criativos capazes não apenas de desenhar coleções, mas de reestruturar todo o sistema por trás delas. E isso também muda o tipo de profissional desejado. Há, porém, riscos: a substituição constante pode comprometer a identidade das marcas. Mexer em códigos clássicos pode ser perigoso. Ainda assim, quando os números apertam, muitas empresas buscam na figura do diretor criativo uma solução rápida, mesmo que essa expectativa seja irreal. “Quando uma empresa chega num estado crítico, cria-se a ilusão de que o diretor criativo é uma bala de prata. E ele não é”, opina.

Designer norte-irlandês fundador da JW Anderson, consolidou-se como um dos criativos mais inventivos da atualidade. É admirado pelo olhar experimental, pela abordagem escultórica das formas e por unir moda, cultura pop e artes visuais de maneira sofisticada. Popularizou seu nome a partir do sucesso de suas criações lúdicas na Loewe.

O futuro passa menos pelo brilho da inspiração e mais pela solidez da estrutura.

“O futuro da moda é estrutura. O mundo não funciona mais só com criatividade e impulso”, diz Anay Zaffalon. E é por isso que as marcas que sobreviverem serão aquelas que entenderem a moda para além da coleção, olhando para integração, posicionamento e consistência.

No fim das contas, a agitação atual pode ser apenas o começo. “O terremoto só começou”, acredita a especialista. “Trocar não pode virar rotina, mas vamos ver muitas mudanças ainda”. O movimento que hoje acontece nas grandes maisons já começa a ecoar para níveis inferiores da pirâmide, e deve continuar pelos próximos anos, impulsionando recessões econômicas, transformações tecnológicas e pela hiperconectividade que exige das marcas não apenas criação, mas postura. “O posicionamento público hoje não é desejável, é obrigatório”, lembra. E, em um mercado cada vez mais guiado por pessoas e narrativas, a presença de lideranças visíveis torna-se não um diferencial, mas um imperativo.

No final, o jogo volta a ser humano.

Fotos: Divulgação

“Gucci praticamente se reduziu a um terço. É o carro-chefe do grupo Kering, e é por isso que a mudança deles é tão relevante”, analisa a especialista.

| Dior

Jack McCollough & Lazaro Hernandez | Loewe

A dupla por trás da Proenza Schouler é conhecida pela alfaiataria moderna, pelo refinamento urbano e pela construção precisa. Representam uma moda intelectual, minimalista e cool, com forte apelo técnico e sensibilidade artística.

Antonin Tron | Balmain

Designer francês identificado como uma das promessas da moda contemporânea, com trabalho voltado para inovação de materiais, experimentação e rigor técnico. Seu nome surge entre os talentos emergentes que as grandes maisons começam a apostar para reposicionamentos estratégicos. Fundador da Atlein, agora sucede Olivier Rousteing na Balmain.

Dario Vitale | Versace

Estilista italiano com passagem por Dsquared2, Bottega Veneta e pelo Grupo Prada, onde se destacou como Diretor de Design e de Imagem da Miu Miu, moldando sua estética irreverente.

Reconhecido por unir sensualidade, estrutura e modernidade, foi o sucessor de Donatella Versace na direção criativa da maison.

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BELEZA

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Protetor Solar Labial, Australian Gold (R$ 24,90) – FPS 30, hidratação por 24h, vitamina E e alta resistência à água e suor por oitenta minutos Fenty Beauty Diamond Bomb All-Over Diamond Veil (R$ 195,30) – Brilho 3D ultrafino para rosto e corpo, fórmula gel-pó e acabamento de “poeira de diamante”. Nos tons Lavender Luv’r, Pink Ice e Trophy Wife

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Curadoria: Karine Moreira Lima

O verão no Hemisfério Sul pede leveza, aquela de quem domina a arte de transitar. A mulher prática e elegante veste um único look que atravessa paisagens: chega à praia com a naturalidade de um vestido fluido e, sem esforço, segue para a cidade, dourada de sol e cheia de vida. Nada nela é improviso; tudo é instinto e liberdade. A elegância que não se explica, apenas se carrega

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O belo que Luminária Arco por Flos para Light Design

HABITA Há objetos que não ocupam espaço: transformam. Nas mãos de designers autorais, formas e materiais ganham alma e inauguram atmosferas silenciosas, precisas, encantadoras. Uma casa com peças de design fala por quem a habita, revelando escolhas, afeto e a compreensão de que viver bem é uma arte íntima. São objetos que acolhem, contam histórias e fazem da beleza um gesto cotidiano

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Sofá Aida para Estudiobola

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PASSARELA

Giorgio Armani Schiaparelli

Mugler Prada

NEW

Roksanda

VISION

Yves Saint Laurent

Valentino

Fotos: The Impression

Alaïa Bottega Veneta

Alexander McQueen Jil Sander

Fendi Dolce&Gabbana TODS

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Algo novo começa a vibrar. Contexto inconsciente, atitudes intencionais.

Outro ponto de vista, outro olhar, outra perspectiva do mesmo, mas que não precisa ser repetitivo. Let’s talk about.

Desconstruir, reconstruir, construir. Os baús permanecem, a visão muda, o futuro sempre chega. E os bens e bons se eternizam. Inovações discretas em detalhes cativantes (PS)

Zimmermann

Erdem

Roberto Cavalli Chanel

Brunello Cucinelli

Gucci

Burberry

Carolina Herrera

Moschino

Paco Rabbane

Chloé

Stella McCartney

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PASSARELA

Miu Miu

Ferragamo

Missoni Loewe

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Christian Dior Victoria Beckham

Issey Miyake

Análise, pensamento, crítica. Entendimento e discernimento.

Enxergar e expandir. A moda se aprofunda. Tem espetáculo imagético, mas é lógica. Desenvolve e envolve. Cria desejo com coerência. Faz-se relevante, domina a narrativa, muda o tom, refaz os sinais, altera a rota. E encanta. Porque a moda se sustenta na paixão ansiosa do que ainda está por vir.

Harmonia entre os códigos, sensibilidade renovada (PS) Hermès

NEW

DIREC

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Balmain

Balenciaga

Lacoste Schiaparelli

Max Mara

Fotos: The Impression

Rick Owens

Lanvin

Elie Saab

Céline Giambattista Valli Etro Jean Paul Gaultier

ECTION GPS 44.indd 131

Givenchy Junya Watanabe

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RUAS

Street style em Paris. Uma passarela urbana. O crossover do delírio ao consumo. Uma galeria em movimento. Obras de arte libertas dos padrões. Looks marcantes, silhuetas autorais, acessórios esculturais. Sofisticação e identidade alinhados. Performance sensorial. Aplausos (PS)

FUNNY

elegance

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BAGS

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Balmain Chanel

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Energia com ousadia. Vontade própria de ser inconfundível.

Adornos, texturas, movimento. Cor, forma, tamanho.

Humor no refinamento. Detalhes não são apenas detalhes.

Arroubo do ter para pertencer. Quiet Community.

Minimalismo confiante. Maximalismo contencioso.

Uma tensão poética entre arte e viabilidade (PS)

Victoria Beckham

Loewe

Stella McCartney Toods

Valentino

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Loewe

Ferragamo

Balenciaga

Christian Dior

TEATRO A

TIRACOLO Fotos: The Impression

Lanvin

Fendi Christian Dior

Fendi

Hermès

Chanel

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SOCIAL

Izabella é levada até o altar pelo pai, Geraldo Araújo

A celebração do encontro A Catedral Metropolitana de Brasília foi palco do esperado “sim” de Izabella Araújo e Raphael Rainha, sob o testemunho de 360 convidados e bênção do padre Edinaldo Castro. Após a cerimônia, todos se dirigiram ao Dúnia City Hall, onde desfrutaram de um menu assinado pelo próprio espaço, e docinhos Maria Amélia e Maria Reis.

A pista de dança ferveu até altas horas com os shows da banda Kalundum e da Gaviões da Fiel. Tudo aos cuidados da cerimonialista Ana Paula Argôlo.

Fotos: Vanessa Castro

Izabella e Raphael após o sim

As avós levam bênçãos para o casal Os pais de Izabella e Raphael celebrando o casal

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A bateria da Gaviões da Fiel animou os convidados

Wellington Luiz e Kilze Beatriz

Wilson Porto e Giselle Ferreira

Evelyn Sella e Rodrigo Araújo

Beatriz Guimarães

Paula Santana e Padre Edinaldo Castro

Silvio Cruz, Renato Rainha e Miguel Alves

Miriam e Maria Eduarda Lavocat

Mayara Noronha Rocha, o governador Ibaneis Rocha e Mateus Rocha

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Michelle e Jaqueline Abrantes

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SOCIAL

Felicidade compartilhada Após seis anos de relacionamento, Amanda Assreuy e Gabriel Bastos selaram sua união em cerimônia religiosa na Paróquia São Pedro de Alcântara, no Lago Sul, diante de trezentos convidados. A noiva elegeu um modelo do estilista Paulo Araújo com beleza assinada pelo salão D Concept para o grande dia. Com cerimonial de Tiago Correia, a recepção foi na chácara Espaço da Lenda e teve buffet assinado pela Sweet Cake, além de bolo e docinhos TB Cake and Sweet e Lalé.

A decoração do espaço ficou a cargo de Fabiani Gattai, e a animação na pista de dança foi garantida por Artfex, Segue o Baile e os DJs Copypaste e Martin.

Fotos: Celso Junior e Rafael Chaves

Amanda e Gabriel entre os pais, Patrícia e Aref Assreuy, Ana Lúcia e Fernando Bastos

Abençoando as alianças

A beleza da noiva

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A dupla Copypaste e o DJ Martin fizeram a pista de dança ferver

Muita fofura com as daminhas de honra

A noiva faz sua entrada ao lado do pai, Aref Assreuy

Amanda e Gabriel posam com os cerimonialistas

O casal e as irmãs, Gabriela Assreuy e Luiza Bastos

Enfim, casados!

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SOCIAL

Amor em tela Cerca de 450 convidados testemunharam o enlace do casal de médicos Stephanie Németh e Felipe Xavier, na Catedral Metropolitana de Brasília. A noiva entrou ao som da Marcha Nupcial tocada pela orquestra Soncietá, usando um modelo de renda assinado por Zuhair Murad, e beleza por Laísa Amorim e Gigi Sales. Aos cuidados de Marcelo Pimenta, a recepção ocorreu na casa da família da noiva, no Lago Sul, com catering do Unique Buffet e doces da TB Cake and Sweet, Cirônia e Mandiê Doceria. O momento ficou eternizado pelas mãos do artista Zau Spínola, que retratou a união em uma pintura ao vivo.

Fotos: Celso Junior

Foto em família

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Zau Spínola transforma a cerimônia em obra de arte

Lucas Xavier entra com a imagem da Nossa Senhora de Aparecida

Hora de celebrar o amor!

Gabi Juhász-Németh e Mirtill Németh

As avós abençoam o casal

Tati Mauriz e Marcelo Lourenço

A primeira dança de Stephanie e Felipe, agora casados

Paula Santana e Eliane Santos, mãe da noiva

Cristiane e Otávio Pimenta da Veiga

Nadim e Mônica Haddad Pedro Vieira e Giovanna Piquet

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/ Último suspiro

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O Colégio que é a extensão da sua casa hisbsb.com.br

Educação Infantil ao Ensino Médio

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