
2 minute read
Pág
SÍNDROME DO Ovário Policístico

Advertisement
Muitas mulheres não sabem, mas a Síndrome do Ovário Policístico pode aumentar risco de diabetes tipo 2









Mal que acomete uma a cada cinco mulheres em idade reprodutiva, a síndrome do ovário policístico foi considerada durante muito tempo como uma condição que afetava apenas a parte reprodutiva da mulher. No entanto, com a evolução dos estudos, tem sido encarada como uma condição de risco para diversas doenças como cardiovasculares, obesidade, pressão alta e resistência insulínica.

Na medicina, palavra síndrome é o conjunto de sinais e sintomas que vão juntos formar uma condição clínica. Logo, no caso da síndrome dos ovários policísticos teremos de forma associada: irregularidade menstrual e o excesso de hormônios masculinos determinando aumento dos pelos, acne, queda de cabelo, etc.
O que se sabe é que as mulheres com ovário policístico apresentam maior risco de diabetes tipo 2 justamente por apresentarem maior resistência insulínica. O resultado é que o corpo irá produzir mais insulina porque as células fi cam menos sensíveis à ação dela. Em condições normais, as células respondem à ação da insulina absorvendo glicose para gerar energia ou para armazenamento. Quando a resistência acontece, é como se para absorver a mesma quantidade de glicose a célula precisasse de mais insulina. O problema disso é que, no ovário, essa resistência à insulina determina o erro no desenvolvimento dos folículos e excesso de produção de hormônios masculinos.
Grupos propensos
Um dado importante é que a síndrome dos ovários policísticos pode ser hereditária: fi lhas de mães com o diagnóstico têm 50% de chances de desenvolver os sintomas e sinais. Também nas mulheres que tem diabetes ou estão acima do peso, o risco de desenvolver a síndrome aumentam. Sabe-se que a obesidade piora muito os sintomas de irregularidade menstrual e também o aumento dos pelos, porque quanto mais acima do peso, mais resistência insulínica.
Controle um problema e previna outro
Antes de começar o tratamento correto da síndrome dos ovários policísticos é importante acertar o diagnóstico a partir da análise da combinação de sinais e sintomas e não somente com o ultrassom indicando os microcistos ou cistos ovarianos. A presença de irregularidade menstrual, dosagens de hormônios masculinos elevadas no sangue, o achado de 12 ou mais folículos ao ultrassom de ovários (medindo entre 2 e 9 mm de diâmetro), além de aumento dos pelos em regiões mais masculinas - como queixo e mamas - estão entre os principais achados para compor o diagnóstico.

