Gazeta da Zona Leste - 1816

GAZETA DA ZONA LESTE nº 1.816

SÃO PAULO, 6 DE NOVEMBRO DE 2022

DESDE 1978

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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gazetavirtual.com.br

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Os 420 anos da Água Rasa

Di vu

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ZONA LESTE

CEUs levam cultura

Os CEUs da Zona Leste, como o Vila Formosa, convidam as famílias para acompanharem os espetáculos que estarão em cartaz este mês. Com histórias de superação, as peças também apresentam diversão ao público. Da mesma forma, as pessoas vão poder acompanhar outras atividades programadas pelas unidades educacionais. > VEJA + PÁGINA 4 Di vu

l g a çã

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BRINCADEIRAS

‘Recreio nas Férias’ acontecerá em janeiro

Tradicional bairro da Zona Leste, a Água Rasa reúne famílias que ajudaram a construir a região. Após tantas conquistas, moradores elogiam o local por ter uma infraestrutura completa, com grandes comércios, complexos de saúde e espaços de lazer. Quem vive no lugar revela ter orgulho de ser “bairrista”. > VEJA + PÁGINA 5

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O Programa “Recreio nas F érias” terá três semanas de duração, entre os dias 9 e 27 de janeiro de 2023, das 9 às 1 6 horas. Durante a programação, serão oferecidas atividades de esporte, lazer, recreação e arte, como apresentações culturais, contação de histórias, oficinas, jogos e brincadeiras diversas com brinquedos infláveis, passeios e outras ações. Os inscritos ainda receberão três refeições diárias. > VEJA + PÁGINA 4

/GRUPOLESTETV

11 98193-8399

Página 2

editorial

opinião

TECNOLOGIA

Sem empatia

Conformar-se nunca, respeitar sempre

Mulheres na tecnologia

M

ais de três milhões de pessoas com algum tipo de deficiência vivem em São Paulo. No entanto, falta empatia à cidade para acolher a todas elas da melhor forma. Sair de casa é um sacrifício, pois é preciso enfrentar calçadas desniveladas e esburacadas.

Depois, esses moradores encaram postes, placas e os mais variados tipos de obstáculos no caminho.

Para os cidadãos com baixa visão, usuários de cadeiras de rodas ou com dificuldades motoras, tudo é desafiador.

Todos querem frequentar parques, cinemas, teatros, shows e outros eventos, mas a infraestrutura de trânsito, transporte, sinalização e adequação ainda possui diversas falhas. As pessoas surdas ou com audição comprometida também vivenciam problemas relacionados à interação. Para que houvesse mais visibilidade a quem faz parte desses grupos a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, por exemplo, deveria ter um maior protagonismo em suas ações. Nesse sentido, a Prefeitura teria de avançar nas prerrogativas de fortalecimento de uma cidade mais inclusiva.

Porém, ao contrário, não existem avanços arquitetônicos de um modo geral. Apenas alguns bairros são beneficiados com equipamentos ou aparelhos voltados às pessoas com deficiência, enquanto a maioria segue sem políticas públicas.

Outras secretarias, como a de Esporte e Lazer, pouco atuam para que todos possam se divertir ou praticar alguma atividade. A falta de atenção ou de propostas ainda gera exclusão.

Um dos pontos negativos está ligado aos playgrounds existentes em praças, parques e clubes. Quantos desses lugares possuem brinquedos adaptados?

São muitos detalhes que fazem a diferença, mas as mudanças só irão ocorrer quando essas pessoas tiverem voz. Não adianta criar uma secretaria de faz de conta. Quem tem algum tipo de deficiência quer ver resultados práticos que saiam do papel. Não é justo que milhões de pessoas sejam tolhidas de aproveitar os roteiros da cidade por falta de respeito.

Todos merecem bem-estar e qualidade de vida. Contudo, para isso, a cidade necessita construir meios de acessibilidade. Assim, os calçamentos têm de estar de acordo. O transporte público deve ser adaptado, bem como os terminais precisam de elevadores funcionando. As sinalizações e equipamentos com avisos sonoros também são parte do contexto de inclusão. Ou seja, não adianta criar um roteiro ideal num local específico só para fazer propaganda do governo. A mudança da cidade tem de ser real e contínua. O objetivo maior é o de que publicidade e resultados caminhem lado a lado, para ninguém deixar de conhecer tudo o que vem sendo desenvolvido pela Prefeitura para atender as pessoas com deficiência.

A cidade que se mostra avançada em tantos quesitos não pode ficar de fora da inclusão. É vergonhoso saber que cidadãos deixam de usufruir de atividades por falta de atitude do poder público. SP deve acordar para a realidade.

POR LAISSA CAPSSA

A

tecnologia tornou-se imprescindível para as empresas que buscam crescer e inovar. Com isso, muitas oportunidades surgem na área de TI, mas os profissionais atuais, muitas vezes, não são suficientes para suprir toda a demanda de trabalho existente.

Uma das alternativas para solucionar essa defasagem nos mercados de tecnologia é aumentar a participação feminina no setor. As mulheres representam apenas 20% na área de TI. O principal fator para esse índice tão baixo ainda é cultural. As profissões relacionadas à tecnologia ainda são vistas como majoritariamente masculinas.

A desigualdade salarial e os preconceitos existentes também afastam as mulheres da área da tecnologia. Ao ingressar em um mercado dominado por homens, provar o valor do seu trabalho é um dos maiores desafios das mulheres até os dias de hoje.

Elas, apesar de apresentarem um grau de instrução mais elevado, ganham 34% a menos do que os homens. Se você questionar uma mulher que trabalha com tecnologia acerca das condições de trabalho, é provável que ela aponte uma realidade bastante conhecida: a de discriminação e constante reafirmação.

De acordo com Maria K law e, presidente do Harvey Mudd College, são três os principais motivos para que as mulheres não queiram ingressar no mercado de tecnologia: a falta de interesse, não acreditarem serem boas em tecnologia e não acharem que vão se sentir confortáveis trabalhando nessa área.

Desde pequenas, as meninas são incentivadas a brincar " de casinha" , enquanto os

meninos brincam com computadores e videogames. Apesar de muitos acreditarem que essa divisão seja natural, isso apenas reforça os estereótipos de gênero ao delegar às garotas atividades e interesses relacionados ao cuidado, que, mais tarde, será dirigido à casa, à família e aos filhos.

Em um momento em que a sociedade e as empresas estão cada vez mais dependentes da tecnologia, incentivar a qualificação profissional de mulheres para as áreas de TI, e inseri-las no mercado de trabalho, é uma forma de combater as desigualdades de gênero. Além disso, apostar na diversidade das equipes é apostar em soluções cada vez mais completas. Diferentes visões contribuem para que a tomada de decisões e a resolução de problemas sejam mais assertivas – e, dessa forma, a melhoria nas empresas será contínua.

Mesmo diante de toda a resistência do mercado, muitas mulheres estão mais dispostas a ter uma carreira em TI. As discussões acerca da diversidade, representatividade e empoderamento feminino, por exemplo, têm incentivado essa busca. As organizações que estão atentas a esse cenário devem criar um ambiente favorável para o desenvolvimento da igualdade de gênero. Assim, esses grupos passam a se atualizar com as mudanças sociais que estão ocorrendo diante do avanço global no conhecimento. Em resumo, a participação feminina em diversos setores revela uma realidade que não pode ser esquecida.

Laissa Capssa é diretora regional da Service IT, integradora de soluções e serviços de TI

POR SERGIO CARREIRO DE TEVES

C

laro que não podemos nos conformar com a volta de uma era que já imaginávamos ter extirpado de nossa nação e que tantos males nos trouxe e tanta tristeza e desilusão. Agora, só nos resta respeitar, estamos em uma democracia e como tal, a alternâ ncia de poder é constante e necessária, todavia, ficamos em uma encruzilhada, onde a balança pendeu para o pior.

Aí, nos lembramos de um trecho da obra de N icolau Maquiavel, O Príncipe, onde já nos priscos dos anos 1 46 9 a 1 5 27, como se fosse hoje, escreveu; “Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos, não merece a liberdade. Merece a escravidão. Um povo cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos, não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por natureza”.

Exatamente isso, metade de nossa população esqueceu-se de tudo o que passou e rendeu-se a um “prato de comida”, como se só isso realmente importa. Recebe um prato de comida para hoje, mas e amanhã, o que será?

V irá mais um prato? Sim, virá se o governo der. Se não der, onde buscar esse prato? Estará esse povo preparado para comprá-lo? Ou continuará esperando sempre que o governo lhe dê um prato de comida?

Outra metade, entendeu melhor, lembrou-se dos tenebrosos 1 4 anos de PT e o repudiou, entendendo bem o recado, sabendo que PT nunca mais, o significado da corrupção e de corruptos, é bem o que disse Maquiavel, “o povo não merece liberdade”, pois, em os aceitando, seremos mantidos na escuridão, no ostracismo sem dignidade.

Uma pena, mas é assim a democracia.

Claro que não podemos nos conformar, em-

gazeta há 20 anos

Celebrando a vida POR SUELI BRAVI CONTI

D

espertar, celebrar a vida, não se importar com a vida ou com as conquistas do outro, procurar-se no espelho como a única pessoa que pode realmente lhe fazer feliz. Claro, ninguém é feliz sozinho, mas tampouco será feliz se não estiver bem consigo mesmo.

A vida é uma roda gigante. À s vezes estamos lá em cima e, outras vezes, lá embaixo. Mas nada é para sempre. E não se trata de dinheiro, mas de sentimento. É sobre como nos sentimos ao acordar e a sensibilidade de perceber que devemos caminhar para frente. Muitas pesquisas apontam que dinheiro não traz felicidade, apenas proporciona bons momentos.

Isso é real! Muita gente chora em cidades onde o custo de vida é caríssimo, mesmo tendo tudo do bom e do melhor, enquanto outras pessoas vivem sorrindo mesmo levando uma vida simples ou com o básico para sobreviver.

A vida é única. N ão se deve querer viver a história que o outro escreveu. Avalie quantas pessoas nós chamamos de " amigo" nas redes sociais, enquanto muitos não suportam o próprio irmão, sentem inveja do companheiro de trabalho ou gostariam de ser outra pessoa. Quantas vezes visitamos o perfil de alguém e desejamos aquela vida sem saber se é real?

N ão se aprisione nas telas de celulares, notebooks ou tablets. Lembre-se que a leitura de um bom livro promove o entretenimento, ensina e liberta a imaginação.

Tudo pode ser seu, mas não crie expectativas, crie oportunidades e não haverá sofrimento, mas esperança para vencer.

Comece animando seu dia. Seja coe-

rente com suas ações, pratique a bondade, seja humilde, sinta-se forte, tenha coragem, descanse, porque a mente e o corpo precisam de um tempo para avaliar e refletir.

Seja alegre, porque a alegria contagia. Sorria! N inguém quer ficar perto de pessoas amarguradas e negativas, que só criticam ou enxergam a maldade. Aliás, pessoas bem resolvidas não se preocupam com a maldade alheia, elas estão - e são do bem e ponto.

Continue vivendo e vivenciando. Se precisar sair de casa, proteja-se. Logo, os encontros com os amigos, para tomar um sorvete, será possível. Durante a espera, vá colorir sua vida, seja com uma pintura, um desenho, o aprendizado de um instrumento ou outras ações prazerosas. Deseje continuar vivendo, peça a Deus que faça seu coração feliz. É fato, não podemos ter tudo na vida, mas o ' suficiente' sempre será suficiente se você souber lidar com o pouco, transformando esse pouco em muito.

Tudo na vida tem um propósito e não existem coincidências nos planos que o universo tem para nós. Olhe em volta. Pode ser que você esteja valorizando tanto as coisas do mundo que está esquecendo quem sempre esteve de mãos dadas com você.

Relaxe! Pense positivo, deseje o bem, faça o melhor para si e confie no universo. Assim, estará ensinando aos seus filhos o poder e o valor de ser uma pessoa positiva! Os bons exemplos serão sempre uma marca importante para se deixar um legado.

Sueli Bravi Conte é educadora, psicopedagoga e doutoranda em Neurociência

A seção recebe mensagens e sugestões pelo e-mail redacao@grupoleste.com.br ou pelo Whatsapp

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N esta Copa do Mundo que ainda contará com 32 seleções, cada uma das 32 subprefeituras vai representar uma nação. Assim, cada órgão ficará responsável pela reforma e pintura de pelo menos uma quadra poliesportiva. A revitalização tem como arte a bandeira estilizada do país que cada sub representa. Os desenhos foram criados por técnicos, engenheiros, arquitetos, que trabalham na assessoria técnica de obras e serviços da Secretaria das Subprefeituras.

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bora tenhamos de respeitar. É preciso nos manter atentos, pelo menos não deixar que se repitam os atos do passado.

Buscar sempre na lei o amparo, embora pouco possamos acreditar no judiciário, também contaminado por essa febre petista que agora vem com toda a ferocidade. Afinal, o povo legitimou sua volta e, como tal, o perdão que lhe foi dado.

Uma das coisas mais vergonhosas foi ver o irmão do G enoíno, o deputado G uimarães, aquele dos dólares na cueca atrás do Lula e o acompanhando o tempo todo de pescoço erguido para aparecer na televisão e na fotografia, com a cara mais limpa, como se tivéssemos esquecido das cenas escabrosas dos policiais flagrando-o na saída no aeroporto.

Tudo isso foi esquecido como se, em um passe de mágica, tudo voltou ao passado.

Agora, vemos a G leisi e o Mercadante ao lado do traíra do Alck min, uma vergonha realmente. Será que o Alck min consegue dormir sossegado? Será que ele não se lembra do que foi e o que está sendo agora? Será que vale a pena pelo poder, perder a dignidade, a vergonha e a honra? Depois disso, só nos resta lembrar Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Sergio Carreiro Carreiro de de Teves Teves éé jornalista, jornalista, proproSergio fessor fessor ee advogado advogado atuante atuante nas nas áreas áreas civil, civil, trabalhista, tributarista, tributarista, administrativa administrativa ee trabalhista, comercial comercial

O QUE ERA NOTÍCIA EM 10 denovembro de 2002 EDIÇÃO Nº 824

Famílias não estão mais sob Viaduto Pires do Rio

COMPORTAMENTO

foto da semana

EXPEDIENTE

6 de nov em bro de 2022

GAZETA DA ZONA LESTE

DA REDAÇÃO

O

correu na última terça-feira, dia 5 , a retirada de cerca de 8 0 pessoas (30 famílias) que moravam embaixo do V iaduto Pires do Rio, na alça de acesso para a Radial Leste, Tatuapé. A ação foi promovida por meio de uma ação conjunta e sincronizada entre Subprefeitura Mooca, Limpurb e as secretarias municipais de Habitação e Assistência Social. Com uma frota de 1 4 caminhões, duas peruas e uma equipe de 32 funcionários operacionais e oito técnicos, coordenados pela subprefeita Harmi Tak y ia, as famílias deixaram o local em uma operação que durou cinco horas e teve 30 habitações desmanchadas. Alguns moradores alugaram quartos, outros foram para casa de parentes e uma família voltou para a cidade de origem.

De acordo com a Regional Mooca/ Aricanduva/ F ormosa, da Secretaria de Assistência Social (SAS), as famílias estavam sendo acompanhadas há mais de um ano. Durante este período, a SAS

fez um levantamento de informações sobre os moradores. Eles foram divididos por família e cadastrados em número de componentes e origem, além de terem os seus documentos verificados. A partir daí, a secretaria oferece alternativas tais como: passagens de retorno à cidade de origem, inclusão das crianças na rede pública de creches, cestas básicas, verificação de vagas em albergues e, no caso dos carroceiros que viviam no local, foi indicada a possibilidade de participação em reuniões do projeto de coleta seletiva a ser implantada na região. O trabalho envolvendo as secretarias faz parte do Plano de Reabilitação Urbanística da cidade, no qual a Prefeitura começa a reaproveitar os espaços criados sob os viadutos.

Coral - o Albergue Municipal Mooca, localizado na Avenida Celso G arcia, 3.31 6 , Tatuapé, receberá, na próxima terça-feira, dia 1 2, o coral da terceira idade do G rupo Renovação, que pertence à entidade Caps N osso Lar. O albergue atende a 300 homens em situação de rua.

acontecendo AM B IENT E A Prefeitura realiza a 1 2ª V irada Sustentável, até o próximo dia 20, em várias regiões da cidade. A iniciativa quer envolver a sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura e movimentos sociais. O evento é um movimento de mobilização que busca promover 1 7 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela ON U. N esta edição haverá atividades como palestras, exposições de artes, plantios de mudas arbóreas, trilhas sensoriais, mutirão de limpeza, apresentações artísticas, show s e aulas em 30 parques municipais espalhados pela cidade. A Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz lançará o livro “Regenera – Os desafios da regeneração e a Carta da Terra”, escrito por Rose Marie Inojosa. Mais informações no link : https:/ / bit. ly / 3T4oHK o.

GAZETA DA ZONA LESTE

VACINA A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferece, gratuitamente, a vacina pentavalente às crianças do município. O imunizante é aplicado em bebês aos dois, quatro e seis meses e protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, além de combater a bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib), responsável por doenças de transmissão respiratória, sendo a mais grave a meningite. V ale ressaltar que, aos 1 5 meses de vida, a criança recebe uma dose de reforço – a DTP, que imuniza novamente contra difteria, tétano e coqueluche. Este imunizante pode ser administrado em crianças até os 6 anos, 1 1 meses e 29 dias. A partir dos 7 anos de idade, a vacina aplicada passa a ser a dupla adulto (contra difteria e tétano). A imunização acontece diariamente nas UBSs e AMAs.

F EM INICÍ DIO Projeto de lei de autoria do Executivo criou o Auxílio Ampara. A partir de agora, a lei estabelece o pagamento de um salário-mínimo para crianças e adolescentes órfãos que perderam a mãe em decorrência de violência contra a mulher.

A legislação beneficiará jovens de até 1 8 anos com o auxílio e acompanhamento da Secretaria de Direitos Humanos. Para serem beneficiados, crianças e jovens devem estar matriculados numa escola e inscritos no CadÚ nico.

A legislação determina, também, que estejam sob guarda oficializada por família acolhedora ou tutela e, caso estejam inseridos em ambiente familiar, a renda total do lar não pode ultrapassar três salários-mínimos. O beneficiário também deverá respeitar o calendário nacional de vacinação e ter frequência escolar mínima de 75 % .

Editor e Diretor Responsável: Jaime Braz Romano Diretora de Redação: Antonia Cristina Romano Revisão: Fabiana Nascimento Diretor-Comercial: Mauro Tadeu Silva Não nós responsabilizamos pelas ideias ou opiniões emitidas em matérias assinadas

Impressão:

GAZETA DA ZONA LESTE

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GAZETA DA ZONA LESTE

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DIV ERSÃ O

N OV EM B RO

In scriçõ es são para crian ças e adolescen tes de 4 a 1 4 an os e atividades serão em j an eiro

C om histó rias tan to para o pú b lico in f an til, como adulto, peças surpreen dem

CEUs da Zona Leste ‘Recreio nas Férias’ 2023 terá três semanas apresentam espetáculos teatrais gratuitos de atividades Divulgação

DA REDAÇÃO

A

41ª edição do Programa “Recreio nas F érias” cujo tema será “O brincar e a paz é a gente que faz” promovida pela Secretaria Municipal de Educação, por meio da Coordenadoria dos Centros Educacionais Unificados (Coceu), terá três semanas de duração, entre os dias 9 e 27 de janeiro de 2023, das 9 às 16 horas.

Além das atividades recreativas, diariamente, crianças e adolescentes vão receber três refeições diárias: café da manhã, almoço e lanche da tarde. N este ano, a SME já ofereceu 92 mil refeições aos estudantes no período de recesso escolar, em julho.

N o “Recreio nas F érias” de 2023, a SME espera atender aproximadamente 17 mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos. A

ação é aberta para a comunidade, ou seja, qualquer criança e adolescente, nesta faixa etária, que esteja passando as férias na cidade pode participar. N ão é necessário fazer parte da rede municipal de ensino, porém é preciso se inscrever.

As inscrições podem ser feitas até o próximo dia 30, presencialmente, nos polos de interesse, mediante a apresentação de RG ou certidão de nascimento do participante, do responsável e comprovante de residência.

O evento vai ocorrer em 64 polos, sendo os 58 CEUs, 3 Cecis, 2 instituições – Jardim Jaraguá I e Jardim Jaraguá II (DRE MP) e a Emef Bernardo O’ Higgins.

Durante a programação, serão oferecidas atividades de esporte, lazer, recreação e arte, como apresentações culturais, contação de

histórias, oficinas, jogos e brincadeiras diversas com brinquedos infláveis, passeios e outras atividades, ocupando os diversos espaços dos CEUs/ Polos como: saguões, salas multiuso, biblioteca, quadras, entre outros. Toda a programação é gratuita.

O “Recreio nas F érias” considera as necessidades das crianças e adolescentes, como o acesso à cultura, lazer, recreação lúdica/ cultural, entre outras. O projeto pretende ampliar o repertório cultural, a socialização e o conhecimento do mundo ao seu redor, além de criar ambientes lúdicos e funcionar como uma ferramenta de desenvolvimento da educação integral e inclusiva.

Os endereços e telefones das unidades participantes podem ser encontrados no link: https:/ / bit. ly/ 3sW aDaY .

Fotos: Divulgação

S erão oferecidas atividades de esporte, laz er, recreação e arte, como apresentaçõ es culturais e muito mais

N o dia 1 2 , à s 1 6 horas, o CE U

V ila Alpina/ V ila P rudente terá a peça “ O

P eq ueno H erói P reto”

DA REDAÇÃO

O

s Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Z ona Leste apresentam suas programações para este mês.

O CEU Tiquatira, por exemplo, receberá no dia 1 0, às 1 4h30, a apresentação teatral “Dandara, a G uerreira Quilombola”. O mesmo espetáculo estará no CEU Carrão/ Tatuapé (Carolina Maria de Jesus), no dia 26 , às 1 6 horas.

Dandara foi uma capoeirista forte e corajosa que planejava ações de combate, liderava quilombolas na luta pela liberdade, além de ter sido companheira do grande líder Z umbi dos Palmares.

O CEU V ila Alpina/ V ila Prudente apresentará o espetáculo “Africanizando”, com o grupo Coruja Emcena, dia 24, às 1 5 horas. Os enredos procuram transmitir para o público as be-

lezas da cultura, da reutilização, da musicalidade e de como é possível fazer tanto, utilizando a imaginação. Outras peças do grupo são: “As aventuras de João e Maria”, “Cantigas na Meia”, “Tá na Mesa”, “Show Regiões”, “Carnaval na Meia”, “Cortejo de Cantigas”, “São João na Meia” e “Mulheres”.

Já o CEU F ormosa (Professor Eden Silverio de Oliveira) terá, no dia 24, às 1 4 horas, a peça “V ala – corpos negros e sobrevidas”. As cenas percorrem o espaço e o tempo através da ideia de um corpo oco, que denuncia a “limpeza” e/ ou genocídio dos pretos ao longo do tempo e como toda a estrutura social foi justificando e moldando novos valores, a urbanidade, a civilidade, a segurança

pública e a política de morte.

N o dia 1 2, às 1 6 horas, o CEU V ila Alpina/ V ila Prudente terá a peça “O Pequeno Herói Preto”, que conta a aventura do “Super N agô”, um y outuber de 1 0 anos que descobre seus poderes através de sua família. Ele usa os conhecimentos de seus antepassados e da natureza para transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor.

Já o CEU Carrão/ Tatuapé (Carolina Maria de Jesus) terá, no dia 25 , às 20 horas, o espetáculo “O Jardim Suspenso”. N a trama, o personagem Márcio encontra, no universo da botâ nica, uma forma de aplicar a ciência ao seu desastroso comportamento amoroso, por meio de experimentos confessionais.

GAZETA DA ZONA LESTE

6 de nov em bro de 2022

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ÁGUA RASA

ZELADORIA

O nome dado à região deriva do córrego Tatuapé, atualmente canalizado

Ideia é permitir a melhor circulação de veículos e a locomoção eficiente de pedestres

Festa de 420 anos Tecnologia vai ajudar celebra bairro ‘família’ no uso de asfalto onde e comércio tradicional há paralelepípedo Divulgação

nhecimento da Assessoria Técnica de Obras e Serviços (ATOS) e há um ano foi aplicada em duas grandes vias da cidade sem apresentar desgaste com a chuva.

VIAS SELECIONADAS As ruas Dom Lucas Obes, que tem cruzamento com a Avenida do Estado, e Júlio Colaço, que fica entre a Avenida Radial Leste e a Avenida Aricanduva, foram as selecionadas para o teste da nova pavimentação sobre paralelepípedo. Os critérios utilizados foram: movimento intenso, grande demanda por parte dos munícipes e o público atendido.

Quando se trata da cobertura direta da pedra de granito com a massa asfáltica, a dificuldade é a aderência. Com a nova tecnologia, as pedras recebem a fresagem, técnica utilizada no recapeamento, com o intuito de

DA REDAÇÃO

A

s pedras de paralelepípedo de granito foram, no passado, sinônimo de progresso. Mas quando se fala de conforto do passageiro, essas vias perdem para o asfalto. A ideia de modernidade também passa por ruas que usam massa asfáltica, já que permitem melhor circulação de veículos e locomoção mais eficiente para os pedestres.

Diante do desafio em manter o pavimento na melhor condição possível, a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), desenvolveu uma tecnologia para pavimentação de ruas de paralelepípedo com massa asfáltica sem envolver a remoção, o que aumentaria o custo.

A técnica foi desenvolvida com base em especificações técnicas, estudos anteriores e no co-

Imigrantes italianos, portugueses e espanhóis ajudaram a construir a história da região

Divulgação

A Rua Júlio Colaço, entre as avenidas Radial Leste e Aricanduva, foi selecionada para o teste

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airro com comércio de rua erguido por famílias tradicionais, a Água Rasa comemorou seus 420 anos de história na última quinta-feira, dia 3.

O nome dado à região deriva do córrego Tatuapé, atualmente canalizado, e que era extremamente raso na época do Império, quando o povoado se formou. “Era o local mais raso do trecho, onde os tropeiros paravam para conversar e as pessoas se encontravam. Era um ponto de encontro. Assim surgiu a Água Rasa”, conta o empresário Josué da Silveira Arantes, de 74 anos, que sempre morou no bairro.

“A Água Rasa sempre foi uma grande família, todo mundo ali se conhecia, a vida girava em torno do comércio local e da Avenida Álvaro Ramos, que foi uma das primeiras a ter iluminação pública na cidade de São Paulo”, relembra Arantes. O também empresá-

rio Jefferson Parenti, proprietário de uma farmácia há mais de três décadas. “É um bairro muito família, de pessoas que conservam, graças a Deus, esse desejo de estar unido, de amor ao lugar; tem essa coisa de bairrismo, de respeito pelo que é do bairro”, conta ele.

Segundo Parenti, um dos atrativos do bairro é a facilidade de morar perto de tudo.

“O que meus clientes que vivem aqui sempre falam é que a Água Rasa é um local onde tem tudo perto de casa, seja açougue, farmácia, restaurante, igreja, posto de saúde, hospitais públicos de referência. Mas queremos revitalizar tudo isso, fazer com que a Água Rasa sensacional de antigamente renasça, que as famílias voltem a curtir a rua com tranquilidade”, afirma Parenti. A Subprefeitura Mooca, que é responsável por zelar pela região, fortalece a sua presença na região para que a Água Rasa continue se destacando na cidade.

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rio Mariovaldo Marotto, dono de uma alfaiataria que tem mais de 70 anos de história na Rua Serra de Jairé, conta que a região sempre foi boa para se morar. “É um bairro muito tranquilo, sempre foi, de todo mundo se conhecer, as pessoas ficarem nas ruas conversando. Antigamente, não tinha essa de ficar dentro de casa”, relembra Marotto. “O bairro sempre foi cheio de comércio de rua.

Com o crescimento das regiões ao redor, Tatuapé e Mooca, passou a ser mais de passagem, pelo fácil acesso às rodovias”, diz ele. De descendência italiana, Marotto é proprietário de vários imóveis na região e não tem vontade de deixar o bairro.

“Eu não pretendo sair daqui.

Minha família sempre foi daqui, cresci aqui. Há muita coisa a melhorar no bairro, esperamos que a economia melhore e o comércio volte a florescer, mas a Água Rasa está em nosso coração”, diz ele. O mesmo sentimento tem o empresá-

DA REDAÇÃO

torná-las ásperas novamente.

Após esse processo, uma camada de selante é aplicada nas pedras, seguida pela primeira aplicação de massa asfáltica. Após a secagem, uma nova capa asfáltica é colocada.

Além de atender as especificações técnicas e as demandas, essa tecnologia tem custo mais barato, uma vez que aproveita do material já disponível no local para estruturar o solo, tornando-o pronto para receber a massa asfáltica.

A SMSUB afirma que a técnica é mais amigável com o meio ambiente, uma vez que não gera entulho e reaproveita o que foi retirado do solo.

Conforme o órgão, também, novas vias vão entrar em licitação, com a inclusão de guias e sarjetas para o escoamento das águas da chuva.

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GAZETA DA ZONA LESTE

30 de outubro de 2022