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Câmara e Senado elegem suas presidências
Acapital federal já está com tudo pronto para a posse de deputados e senadores nesta quarta-feira (1). Um esquema de segurança foi montado e revisado e já conta, inclusive, com grades instaladas na frente do Congresso, na Esplanada dos ministério. O objetivo do esquema é evitar qualquer tipo de problema ou tentativa de invasão e quebra-quebra como a que ocorreu no dia 8 de janeiro. A posse dos parlamentares será a primeira missão do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Sandro Avelar, já que a intervenção em vigor no DF termina amanhã (31).
Dentro do Congresso, a segu-
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nesta quarta-feira
OSenado vai seguir o cronograma tradicional da eleição da Mesa Diretora e votar sua composição para o biênio 2023-2024 em dias separados. Nesta quarta-feira (1º/2) será escolhido o presidente. Na quinta-feira (2), haverá o pleito para definir o primeiro e o segundo-vice, bem como primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários. Assim, a quarta-feira será aberta, às 15h, com a posse dos 27 novos parlamentares. Por volta das 15h30, terá início o pleito presidencial da Casa, com votação secreta por parte dos 81 senadores. Até as 15h desta se- gunda-feira (30/1), pelo menos, a previsão era de que a eleição dos demais membros ocorresse às 10h do dia 2. A abertura dos trabalhos da Casa está marcada para as 15h. Para o pleito, a disputa está entre o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que conta com apoio explícito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Rogério Marinho (PL-RN), que, sem cabo eleitoral forte com mandato, tenta se viabilizar como líder da direita ao lado de aliados de mesmo perfil; e Eduardo Girão (Podemos-CE), cujo nome é visto como tentativa de levar a disputa para um eventual segundo turno, o que ajudaria o candidato do PL.
AGU pede afastamento cautelar de servidores envolvidos em
vandalismo
Pedido foi encaminhado de forma conjunta com o Ministério da Gestão rança também será reforçada. Com mais detectores de metais e restrições de acesso: somente para profissionais credenciados, assessores e familiares.
Na Câmara, a posse está marcada para às 10h. Às 16h30, está marcada a sessão para eleger a Mesa Diretora. Até agora, na Câmara não há candidatura oficialmente formalizada, isso pode ser feito até uma hora antes da eleição, ou seja, até as 15h30, mas os anúncios já foram feitos pelos partidos. Arthur Lira, do PP, atual presidente é candidato à reeleição. Chico Alencar do PSOL também vai concorrer.
Já no Senado, a sessão de posse está marcada para as 15h. Em seguida, eleição da Mesa, para escolha do presidente. Com sessão convocada para a manhã de quinta-feira (2) para escolha dos demais cargos da mesa. Até o momento, apenas o senador Eduardo Girão, do Podemos, oficializou candidatura.
O atual presidente, Rodrigo Pacheco, do PSD, também é candidato e tem o apoio do PDT, PT, Rede e MDB. Inclusive o PT, quando anunciou o apoio, disse que o faria por conta da conduta de Pacheco de defender a democracia após os ataques golpistas de 8 de janeiro.
O terceiro candidato é Rogério Marinho, do PL, que tem o apoio do PP e do Republicanos.
O mandato da Mesa Diretora é de dois anos. Na quinta-feira, às 15h, o Senado fará a sessão solene de abertura dos trabalhos do Legislativo, quando será lida a mensagem enviada pelo presidente Lula, que pode ir pessoalmente ao Congresso ou enviar a mensagem pelo ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa.

AAdvocacia-Geral da União e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos encaminharam, de forma conjunta à Controladoria-Geral da União (CGU), pedido para “imediata instauração de processo administrativo disciplinar” contra servidores federais que tenham participado dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. No documento enviado, a AGU e o ministério informam que a participação de servidores nos atos de 8 de janeiro já está sob análise da CGU, mas afirmam ser “inadmissível a participação de servidores públicos federais em atos de vandalismo e depredação de patrimônio público em manifestação violenta e inconstitucional que prega a supressão do Estado Democrático de Direito”. Em nota, a AGU diz que uma análise preliminar indica que a participação de servidores nos atos representa “diversas infrações disciplinares”, entre as quais, violação do dever de lealdade para com as instituições, violação de dever de zelo para com a conservação do patrimônio público e violação do dever de manutenção de conduta compatível com a moralidade pública.
“Danos ao patrimônio público configuram crime qualificado contra a administração pública passível da aplicação de penalidade de demissão”, acrescenta a nota ao recomendar à CGU que analise a necessidade de afastamento cautelar dos servidores cuja participação nos atos tenha sido confirmada.
“Além da evidente periculosidade dos agentes, que desdenham por completo o regular funcionamento das instituições, os envolvidos podem, no exercício de suas atribuições diárias, se utilizar de sistemas e de meios postos à disposição de servidores públicos para embaraçar as investigações”, complementa a nota.