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GAZETA RIO Haddad, Campos Neto e Tebet almoçam
Área externa do Museu da Arte Moderna terá evento de Carnaval até o dia 25/02
A área externa do Museu de Arte Moderna, conhecida como ”Jardins do MAM”, na Glória, Zona Sul da capital fluminense, receberá, desta sexta-feira (17/02) até o dia 25/02, o Rio de Carnaval, evento que contará com variados nomes da música carioca e brasileira durante o período de folia na Cidade Maravilhosa. Iniciando os trabalhos, o Bloco da Pineapple terá como atrações princi - pais o rapper Xamã e o grupo Poesia Acústica, além de outras. Serviço Rio de Carnaval 2023
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Datas: 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24 e 25 de fevereiro; Horários: A conferir; Local: Área externa do Museu de Arte Moderna (”Jardins do MAM”); Endereço: Avenida Infante Dom Henrique, 85 – Glória – Rio de Janeiro/RJ Preços: A partir de R$ 30.
Oministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, almoçaram juntos por mais de duas horas ontem para “selar a paz” entre o governo e o BC.
A informação foi dada por uma fonte ligada à Fazenda. O encontro ocorreu no próprio Ministério da Fazenda, antes da primeira reunião do Comitê Monetário Nacional (CMN) em 2023. Cabe ao CMN decidir sobre crédito, estabelecer metas de inflação e regular instituições financeiras.
Haddad, Tebet e Campos Neto, que compõem o conselho, almoçaram em um ambiente reservado. Após o almoço, eles foram direto para a sala do CMN.

A reunião do conselho durou menos de 30 minutos e estava prevista para terminar às 17h. O encontro teve início às 15h18. A pauta não foi divulgada e o Banco Central deve soltar um comunicado depois das 18h. Ainda assim, o ministro Haddad já tinha adiantado no início da semana que o tema sobre metas de inflação não seria debatido no primeiro encontro do CMN. “Como presidente da República, não interessa brigar com um cidadão que é presidente do Banco Central, que eu pouco conheço. Eu vi ele uma vez. A única coisa que eu quero é que se ele topar, quando eu for levar o meu governo para visitar os lugares mais miseráveis desse país, eu vou levá-lo para ele ver”, disse Lula em entrevista à CNN Brasil. A manutenção da taxa de juros em 13,75%, decidida pelo Banco Central em janeiro, tem sido alvo de fortes críticas do presidente e de outros membros do governo. Lula acredita que a medida atrasa o crescimento da economia do país. Além disso, o petista tem questionado a autonomia do BC.
Marcio Gomes
Com 20 anos de carreira, autor de inúmeros livros, o juiz Eduardo Appio assumiu a liderança da operação Lava Jato. Mereceu o posto por critérios de antiguidade, uma vez que muitos togados se candidataram à incumbência. Ele falou aos repórteres Felipe Bächtold e Catarina Scortecci, da "Folha de S. Paulo", e não poupou críticas a seu "colega" Sergio Moro, que mandou prender o presidente Lula e passou pelo vexame público de ter suas decisões cassadas pelo STF. Appio, que tem 52 anos, assumiu a dianteira da operação judicial mais midiática da história do País no último dia 7. Ele diz que a prisão de Lula foi um erro porque os supostos crimes haviam sido cometidos "há muito tempo", e que um dos critérios para prisão provisória (no caso de Lula com o agravante dele já estar com mais de 70 anos) é para que o réu não continue a cometer os mesmos crimes. Appio corrobora a opinião pública, e de juristas até internacionais, de que a prisão de Lula interferiu nas eleições de 2018, beneficiando Jair Bolsonaro, que logo depois de eleito nomeou Moro, o ínclito, ministro.
Disse: "A questão central era esta: havia os requisitos da prisão cautelar naquele momento? Havia necessidade de um isolamento absoluto em relação a crimes que haviam sido cometidos muito tempo no passado? Até que ponto essas decisões judiciais interferiram nas eleições de 2018 [quando Lula estava preso]? A Constituição cria determinadas amarras, garantias, para que o processo eleitoral seja o máximo possível isolado das atribuições judiciais.

"As eleições de 2018 estão distantes no tempo. Mas acho que é papel do jornalismo, dos historiadores, dos acadêmicos, dos estudantes de direito, se debruçar sobre esse case. Foi o caso mais importante o do atual presidente.
Foi o que teve maior repercussão, nacional, internacional, foi o caso que sem dúvida nenhuma interferiu nas eleições de 2018. O ex-presidente Bolsonaro falou diversas vezes que muitas das razões pelas quais tinha sido eleito foram graças às ações e a tudo que aconteceu na Lava Jato."
O Meritíssimo chamou também alguns atos de Moro, Dallagnol e companhia de "dignos de comédia pastelão". Asseverou: "Como aquela questão do crucifixo de Aleijadinho que Lula teria levado para casa ['Em 2016, procuradores suspeitaram de apropriação de uma peça histórica, segundo mostraram diálogos no aplicativo Telegram, o que se mostrou falso', relembra a Folha]. Tinha coisas que caíram no folclore popular na época. A criatividade ganhou asas e se aproximou demais do sol, e os personagens acabaram tendo as asas queimadas e caíram".
O substituto do hoje senador Moro trouxe ele mesmo à conversa com a FSP, sem ser provocado, regra processual, o episódio da "Vaza Jato", série de reportagens publicada pelo site "The Intercept": [os diálogos] "Foram derivados de uma prova ilícita, e isso foi reconhecido, mas e o debate moral, político e ético? Tudo foi jogado para debaixo do tapete, como se nada tivesse acontecido. Todos lemos perplexos os diálogos, temos que nos resignar e imaginar que isso é o dia a dia dos promotores e juízes. Não é verdade. Eu estou há 30 anos nisso. Eu nunca vi". Appio diz que não tem pretensões políticas, e que não se elegeria nem ao cargo de síndico, porque o condomínio onde mora, recorda, "só tinha a bandeira do Brasil nas eleições"uma alusão aos eleitores bolsonaristas que converteram o símbolo máximo da Pátria em mero artigo de cama, mesa e banho.

O juiz, que já participou de debates na internet criticando a Lava Jato, diz que não se arrepende: "Não tenho nada contra Moro, contra Deltan Dallagnol. Mas isso não me impede de fazer crítica à operação como um todo, ao papel histórico. Achei interessante marcar posição naquele momento, quando a hegemonia era o discurso punitivista, o pé na porta e rasgar a Constituição. Eu estava do lado certo da história". Com esta o "juizeco", como Moro é chamado nas redes sociais, não esperava passar o Carnaval. Pior que cerveja quente - com as devidas escusas aos alemães.
