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Gilberto Petry, multipresidente
O industrial está à frente das principais entidades do segmento, trabalhando para o crescimento do setor no estado
Patrícia Poitevin
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Opresidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, é um ótimo exemplo desse perfil empresarial multifacetado, que, de tempos em tempos, surge no mercado de trabalho, impactando positivamente a vida de milhares de pessoas. Atualmente, lidera várias empresas e entidades expressivas no Rio Grande do Sul, e faz tudo isso com muito êxito e propriedade. O diretor-presidente da indústria de equipamentos termomecânicos Weco, foi reeleito por unanimidade para mais um mandato, comandando a Federação e o Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs/Ciergs). Ele continuará representando 114 sindicatos e indústrias gaúchas até 2023. Para Gilberto Petry, o empresariado tem papel fundamental na comunidade. “Os empresários devem ser entendidos pela sociedade como pessoas que contribuem para o desenvolvimento econômico e social de uma nação. Não podem ser vistos como exploradores porque procuram auferir lucros em seus negócios. O lucro é a alavanca que faz surgir novos empreendimentos que irão gerar novos empregos e recolher novos impostos”, concluiu o presidente da Fiergs. Ao longo de sua carreira, nunca deixou de alçar novos voos, jamais se acomodando em empregos supostamente estáveis, tanto que já pediu demissão de um cargo concursado para se lançar como consultor. Posteriormente, comprou parte de uma empresa, com a promessa de deixá-la com a contabilidade em dia e, em apenas dois anos, obteve sucesso. Hoje, é diretor-presidente Weco, que possui uma ampla linha de equipamentos, destacando-se os sistemas de calefação, caldeiras para produção de água quente central para edifícios e hotéis, aquecimento de piscinas, trocadores de calor, autoclaves para vulcanização de tênis, vasos de pressão para indústria petroquímica, tanques metálicos, além de manter uma forte atuação no setor de caldeiraria, usinagem e montagens industriais.
Formado pela UFRGS, em Ciências Econômicas e Administração de Empresas, participa como dirigente e conselheiro de mais quatro empresas no Rio Grande do Sul. Foi professor da Unisinos e, também, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília. Na Fiergs coordenou, desde 1993, cinco Conselhos Temáticos, nas áreas de Relações do Trabalho e Assuntos Legislativos. Desde 1992, integra o Conselho Deliberativo do Grêmio Futebol Porto Alegrense. De 2007 a 2009, presidiu a Associação Leopoldina Juvenil.
Em 2017, o empresário assumiu o primeiro mandato junto à Federação e ao Ciergs. Nos anos seguintes, foi eleito vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente
do Conselho Deliberativo do Sebrae/ RS. Desde 2001, também preside o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Estado do Rio Grande do Sul (Sinmetal). Na liderança da Fiergs, Petry dirige, concomitantemente, o Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) e o Instituto Euvaldo Lodi do Rio Grande do Sul (IEL-RS).
Petry aposta na reforma tributária, administrativa e política como solução para resolver a crise no país. “Essa Reforma será um passo decisivo na reativação do mercado interno brasileiro depois da pandemia, devendo evitar a criação de novos impostos já que nossa carga tributária se situa em patamar astronômico. Mais dois temas precisam fazer parte do debate nacional: a esquecida reforma administrativa e a essencial reforma política.”
De acordo com o empresário, o aquecimento da economia e a geração de empregos dependem muito dos consumidores. “Nós, na indústria, estamos fazendo um esforço no sentido de gerar empregos. Mas isso nem sempre ocorre. Depende muito da demanda dos consumidores, pois são eles que determinam se vamos ou não empregar mais gente. Acho que a resolução dessa situação é de suma importância para o país.”
Para o industrial, a proximidade da sociedade com a política pode garantir o desenvolvimento do país e do Estado. “Nada se faz sozinho. É preciso que cada um se conscientize da responsabilidade de permanentemente interagir com os políticos mais próximos, levando o mesmo discurso e defendendo os
mesmos objetivos de promovermos no Brasil e no Rio Grande do Sul um efetivo processo de desenvolvimento sustentado, colocando a indústria no centro das políticas econômicas e sociais.”
Sobre o futuro, o presidente da Fiergs é otimista. “A resposta da ciência ao flagelo da pandemia tem sido excepcional. Portanto, o que nos motiva, hoje, é o avanço da imunização da população, permitindo que a economia saia do respirador. É a nossa grande esperança, e acredito que todos nós, empresários, homens públicos e autoridades, devemos estar engajados nas campanhas de vacinação.” Ele ressalta que a indústria, durante toda a pandemia, mesmo com todas as restrições às atividades, em nenhum momento deixou a sociedade com problemas de desabastecimento. “Isso foi em grande parte resultado do trabalho incansável e capacidade do setor industrial em superar desafios”.