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Argumento Cosmológico

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Conclusão

Conclusão

Como é que tudo começou?

Os argumentos cosmológicos procuram provar a existência de Deus a partir de um facto óbvio e empiricamente constatável: existem coisas no universo. São Tomás de Aquino apresentou, na obra Suma Teológica, cinco argumentos diferentes para provar a existência de Deus, conhecidos como as «Cinco Vias " . Os três primeiros são versões distintas do argumento cosmológico - por vezes designados como argumento da causa primeira, mas apenas referindo a segunda via.

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Tomás de Aquino, (Roccasecca, 1225 –Fossanova, 7 de março de 1274), foi um frade católico italiano da Ordem dos Pregadores (dominicano) cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia,

Tomás de Aquino utilizou a expressão «causa eficiente» porque distinguia vários tipos de causa. Contudo, o significado que dava a essa expressão corresponde aproximadamente ao que hoje se entende por «causa», ou seja, aquilo A palavra «sensíveis» designa coisas que se podem captar através dos órgãos sensoriais, ou seja, aquilo que vemos, ouvimos, tocamos, etc.

Com a expressão que provoca um efeito, e, por isso, podemos usar apenas esta palavra. «seres sensíveis», Tomás de Aquino queria, portanto, referir-se às coisas que existem no universo (quer seres vivos quer coisas inanimadas).

Podemos reconstituir o argumento e apresentá-lo de modo mais explícito, distinguindo claramente as premissas e a conclusão:

Existem seres sensíveis.

Os exemplos são inúmeros e muito diversos: rochas, gases, água, plantas, animais, seres humanos, artefactos, etc....

Todos os seres sensíveis têm

causas. Apresenta uma ideia que parece óbvia: uma coisa não pode simplesmente existir, tem de haver algo que a provocou (mesmo que, por vezes,seja algo desconhecido).

Nenhum ser sensível é causa de si próprio.

Uma coisa não pode ser causa de si própria, pois isso obrigaria a algo impossível: uma coisa ser anterior a ela mesma (já que as causas são anteriores aos efeitos). Por exemplo: uma pessoa não pode ser o seu próprio pai.

A cadeia de causas dos seres sensíveis não pode regredir até ao infinito.

Apresenta uma ideia bastante complexa. A coisa A causa a coisa B B causa C, C causa D, etc. Mas não é possível ir sempre recuando na sequência de causas porque, então, o próprio processo causal não existiria. Ou seja: se não existisse uma causa primeira não existiriam as causas seguintes. Mas é um facto que estas existem.

Logo, tem de existir uma primeira causa - que é Deus.

Por isso Tomás de Aquino conclui que é preciso reconhecer que houve um começo do processo causal (isto é, uma primeira causa incausada) e não uma série infinita de causas e efeitos. A conclusão do argumento procede também à identificação dessa causa primeira com Deus ("a que todos dão o nome de Deus"). Essa identificação da causa defende que esta não pode ser algo físico ou natural, pois todos os "seres sensíveis" (que são todas as coisas que fazem parte do universo) têm causas. Tem de ser, portanto, algo sobrenatural, algo fora da natureza, algo exterior à natureza - ou seja, Deus.

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