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À mesa nos Museus

O Museu da Chapelaria foi desafiado pela Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas a selecionar, no seu acervo, uma peça que representasse a gastronomia nacional.

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O chapéu “bacalhau com grão de bico” foi produzido pelo designer de chapéus israelita Maor Zabar, em 2017, exclusivamente para o Museu.

Museu de Lamego

Natureza-morta com frutos, doces, licores e pássaros numa paisagem Seguidor de Pietro de Navarra Roma (?), séc. XVIII Óleo sobre tela

Proveniente do antigo Paço Episcopal de Lamego Créditos da imagem e legenda: Museu de Lamego

O Museu Municipal de Ourém associa-se

às comemorações do Dia Nacional da Gastronomia de 2020 com a peça: "Recipiente para cozinhar alimentos século XIX-XX

Matéria Barro Descrição Panela em cor de barro escurecida. De abertura larga, com duas asas colocadas horizontalmente. Apresenta um ligeiro formato bojudo, estreitando novamente junto à base. Foi acrescentado um arame que desempenha as funções de uma asa. " Crédito do texto e fotos: Museu Municipal de Ourém.

O Museu Convento dos Lóios (Santa Maria

da Feira), associa-se ao DNG 2020 partilhando esta peça MASSEIRA

"A masseira era utilizada no fabrico tradicional da fogaça, para conter, preparar e levedar a massa. Na primeira fase da confeção deste pão doce, os ingredientes (farinha, água, fermento de padeiro, açúcar, sal, canela, ovos, raspa e sumo de limão e manteiga) eram colocados na masseira e misturados com a pá, depois eram amassados à mão até se obter a massa com a consistência desejada para as fases seguintes de levedação, preparação do formato e cozedura.

Créditos do texto e imagem: Museu Convento dos Lóios.

A evocação do DNG 2020 do Museu de Aveiro / Santa Joana

acontece pelo destaque da obra do Séc. XVIII, proveniente do Convento de Jesus de Aveiro "Cristo servido pelos anjos ou Ceia no deserto" "Quando as tentações terminaram, a narrativa conta que o diabo partiu e Jesus foi "servido" por anjos, expulsando o mal. Nesta composição podemos observar quer anjos que levam pratos cobertos (usualmente para manter quente o que transportam),quer a mesa com a respetiva toalha de renda, guardanapo, os talheres (colher, garfo e faca), uma tijela de cerâmica decorada a azul (a influência do “azul” da China, através das porcelanas Ming de importação). Como elemento principal, um prato em metal no qual podemos observar um pão, que da pedra miraculosamente se transformou em mantimento para o Homem, assumindo uma dupla significação: o pão, alimento por excelência na evolução da Humanidade para satisfação da fome, e do pão como alimento espiritual, após a Última Ceia, o “Pão da Vida”. No fundo podendo ler-se esta obra como uma (quase) alegoria à importância do pão!" Crédito das fotos e texto: Museu de Aveiro / Santa Joana

O Museu da Cidade de Aveiro associa-se às celebrações do DNG 2020 com a obra: Carapaus

"Aveiro esteve, desde sempre, ligada a atividades económicas relacionadas diretamente com o elemento água, tanto pelo comércio naval, como pela produção de sal ou pelas atividades piscatórias. Estas formas de vida da população aveirense e as fontes de onde derivava o seu sustento mantiveram-se permanentes até meados do século XIX. Porém, as tradições gastronómicas chegaram aos dias de hoje. A obra Carapaus é um verdadeiro registo dessas tradições gastronómicas aveirenses, especialmente do Bairro da Beira Mar, onde residia a comunidade pescadores. Obra do conceituado pintor Lauro Corado, esta pintura repleta de detalhes apreende com mestria, à semelhança de tantas outras do autor, o espírito da vivência da comunidade local. Trata-se de uma natureza-morta tão exemplar deste artista em que, sobre uma superfície matizada em tons de salmão e ao centro da composição, figura uma travessa de inox com três carapaus colocados em sentido inverso e sobrepostos. Lauro Corado, professor e artista plástico, nasceu em Aveiro em 1908 e faleceu em Lisboa a 1 de Setembro de 1977. Estudou em Aveiro (Escola Industrial de Fernando Caldeira) e depois na Escola Superior de Belas Artes do Porto onde concluiu o Curso Superior de Pintura. Foi discípulo de António Carneiro e de Joaquim Lopes. Fez concurso de provas públicas para professor de Pintura da Escola Superior de Belas Artes, tendo ficado aprovado em «mérito absoluto» (1933). Ao longo da sua vida conquistou diversos prémios e participou em inúmeras exposições, em Portugal e no estrangeiro. Esta obra é um exemplo do seu extenso espólio que faz parte da coleção do Museu da Cidade tendo integrado recentemente a exposição “Lauro Corado: Retrospetiva”, na Galeria da Antiga Capitania do Porto de Aveiro. " Crédito do texto e foto: Museu da Cidade de Aveiro

Museu Arte Nova

Anúncios de confeitarias de Aveiro

Almanak Aveirense para o ano de 1898

"A crescente circulação de publicações impressas, nos finais do século XIX, traz consigo a promoção de serviços e de produtos, dando alma à publicidade e a uma sociedade de consumo que se está a formar. Os dois anúncios a confeitarias da cidade presentes em Almanak Aveirense são um exemplo dessa nova realidade, funcionando, ainda, como uma montra da tradição gastronómica de Aveiro traduzida em ovos-moles, peixe de escabeche e mexilhões. A modernidade dos anúncios não se revela, apenas, na difusão dos produtos e dos estabelecimentos, mas também pelo grafismo que ostentam. As formas curvilíneas e os motivos vegetalistas das cercaduras refletem a novidade do movimento Arte Nova que se começava a fazer sentir e que, em Aveiro, terá maior expressão a partir de 1900 associando-se não tanto aos materiais gráficos, mas às fachadas dos edifícios que são, hoje, a coleção do Museu Arte Nova. " Créditos das fotos e texto: O Museu Arte Nova O Museu Militar de Elvas deu destaque a propósito

do DNG 2020 a esta magnifica peça. COZINHA RODADA DE CAMPANHA m/948

Cozinha rodada (adotada pelo Exército Português em 1948) constituída por três panelas de pressão, dois tachos e simultaneamente frigideiras, uma caldeira para aquecimento de todo o conjunto, uma gaveta para recolha de cinzas e dois cestos para a palamenta. O aquecimento destes recipientes, era efetuado por intermédio de combustão de lenha. Esta cozinha tem a particularidade de poder confecionar alimentação durante o deslocamento das tropas. Créditos da informação e foto: Museu Militar de Elvas

Museu Nacional do Azulejo associa-se

às celebrações do DNG 2020 através do envio desta magnifica imagem dos azulejos do restaurante do referido Museu: Cozinha de Fumeiro. Azulejos produzidos em Lisboa no 3º quartel do século XIX. Faiança a azul sobre branco. Conjunto de mais de 2000 azulejos com representações de vários alimentos utilizados na culinária portuguesa tradicional: legumes, peixes, galináceos, enchidos e peças de caça, bem como de uma cena campestre. Adquiridos no mercado antiquário em 1982 depois de terem estado aplicados na cozinha de um edifício situado na Rua da Senhora

da Glória, à Graça, em Lisboa. Desconhece-se o local de aplicação original. Informação: Serviços do Museu Nacional do Azulejo Créditos fotográficos: Arquivo de Documentação Fotográfica / DGPC

Museu da Luz (Alqueva)

Alguidar | Bowl "Dezembro é o mês em que ocorre o solstício de inverno. É no inverno, em especial nos meses de dezembro e janeiro, que se realiza a matança do porco na Luz. Apresentamos um alguidar da nossa coleção de etnografia que serviu em tempos para preparar os enchidos de porco. O alguidar é um objeto de barro vidrado na face interior, apresentando forma troncocónica de base invertida com bordo virado na boca. " Créditos da informação e foto: Museu da Luz (Alqueva)

Museu Municipal de Torres Vedras

destacou as peças: CALDEIRO DE CERÂMICA

Vaso grande e alto, reconstituído. Tipo de «vaso de provisões» (contentor), de aspecto grosseiro e que talvez fosse usado, também como uma grande panela ou caldeiro para cozinhar. Apresenta o fundo queimado por vestígios de fogo e na sua parede interior existem indícios de utilização de um utensílio (colher) ao mexer o seu conteúdo. Peça originária do Castro do Zambujal. COLHER

Colher de cerâmica, reconstituída, com um cabo curto. Utilizado como utensílio de cozinha, nomeadamente para mexer. Peça originária do Castro do Zambujal. Exposição temporária: Historias do Zambujal – 50 anos de trabalhos do Instituto Arqueológico Alemão em Torres Vedras

Créditos das fotos: Instituto Arqueológico Alemão

O Museu Etnográfico da Madeira, uma vez

mais, associou-se ao Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, com uma peça da sua coleção: a pedra do bolo do caco. Antigamente o chamado “bolo do caco”, pão tradicional madeirense, era cozido num “caco”, abafado de cinza ou em lume vivo, dando-lhe a forma de um bolo redondo e achatado. Atualmente, em algumas unidades domésticas, ainda se amassa à mão e coze-se o bolo do caco em cima de uma pedra de “tufo”, aquecida no “lar” (“tufo lapili”, é uma rocha piroclástica muito porosa, conhecida localmente por cantaria mole vermelha).

Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso deu destaque à obra de Diogo Alcoforado, um desenho a aguada/tinta da china sobre papel, datada de 1965.

Eduardo Alcoforado formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e em Filosofia, tendo, inclusive, um doutoramento nesta área. Lecionou ao longo de vários a disciplina “Estética” na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A obra escolhida, uma natureza morta, uma mesa onde estão expostos objetos relacionados com a gastronomia, em particular garrafas, que se deduz de vinho, um importante acompanhante na maioria das refeições. Ora, pertencendo a cidade de Amarante à região dos Vinhos Verdes, achamos natural a escolha desta obra representativa do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, nesta iniciativa em particular. A mesma pode ser vista na sua exposição permanente acompanhada de muitas outras obras paradigmáticas do Modernismo português, em especial do patrono do museu:Amadeo de Souza-Cardoso. Créditos fotográficos: Luís Ferreira Alves, Créditos da informação:“Propriedade do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso/Câmara Municipal”.

O Ecomuseu Marinha da Troncalhada | Aveiro, associa-se às celebrações do DNG dando destaque a esta curiosa peça: Salineira Domingueira - Zé Augusto, década de 1970 (Cerâmica artística) "A Salineira domingueira envergava chapéu preto de feltro, forrado a seda e debruado e ornamentado com pequena fivela de latão e fita preta de veludo, lenço de cabeça de algodão estampado, xaile traçado estampado de algodão, saia e blusa estampada de algodão, meias lisas de algodão e chinela de calfe. Esta figura popular é um dos ícones representativos da indústria salícola aveirense. A primeira referência a esta atividade tradicional remonta ao ano de 959, ao testamento da Condessa D. Mumadona Dias, Senhora então proprietária de terras e marinhas de sal nesta região. José [Zé] Augusto, o conceituado ceramista e barrista de Aveiro imortalizou a profissão da salineira numa homenagem a esta mulher que, no seu dia-a-dia, durante a safra do sal, ajudava o marnoto a transportar o sal à cabeça, em canastras de 50 ou mais quilos, dos tabuleiros das marinhas de sal para as eiras e destas para os barcos saleiros. Na falta de mão-de-obra substituía, ainda, os tradicionais moços na sua árdua função de ajudar a fazer nascer o sal. Dado o prestígio deste ceramista aveirense e a simbologia desta figura popular colorida, identificativa de Aveiro, esta peça faz hoje parte, da coleção do Museu da Cidade de Aveiro.

Créditos do texto e foto: O Ecomuseu Marinha da Troncalhada

Museu de Cerâmica de Sacavém

PRATO DE COZINHA

Fábrica de Loiça de Sacavém Marca estampada GILMAN & Cta - MCS 444 Peça moldada com 31 cm de diâmetro e decorada com o motivo nº 708, um dos mais emblemáticos da Fábrica de Loiça de Sacavém, sempre associado a pratos de cozinha e a malgas. Sendo também, popularmente, identificado por saladeira é, porém, como prato de cozinha que aparece nas Tabelas de Preços das décadas de 40 e 50 do século XX. À semelhança do que se verificava com as peças decoradas com o motivo Estátua, mais conhecido por “Cavalinho”, também os pratos de cozinha e as malgas com esta decoração eram (e são) uma presença constante na maioria das casas portuguesas. E a sua função doméstica evoluiu, nos nossos tempos, para uma função meramente decorativa. Enquanto utilitário, o prato de cozinha poderia ter inúmeras funções, sendo a mais corrente, a mesma de uma travessa, ou seja, apresentar e servir alimentos. A loiça portuguesa está, em muitos casos, associada à gastronomia tradicional portuguesa. As memórias trazem-nos não só lembranças das “iguarias” cozinhadas pelos nossos antepassados, como também dos recipientes onde eram servidos.» Créditos do texto e foto: Museu de Cerâmica de Sacavém

A Rede Museológica do Município de Peniche associa-se ao DNG partilhando esta magnifica ânfora e respetiva contextualização histórica. "Peniche tem um passado piscatório e conserveiro que remonta à época romana. A descoberta, em 1998, dos vestígios de uma antiga olaria romana permitiu conhecer que, há dois mil anos, existia, na então ilha de Peniche, um importante complexo industrial ligado à produção de conservas de peixe. O seu proprietário era um romano, proveniente da península itálica: Lúcio Arvénio Rustico. Esta olaria terá funcionado durante quase dois séculos, entre os finais do séc. I a. C e a segunda metade do séc. II, produzindo 12 formas diferentes de ânforas, os contentores por excelência do comércio da Antiguidade. Nas ânforas, eram envasadas conservas de peixe produzidas em Peniche, recebendo uma marca com o nome do produtor, como garantia de qualidade da mercadoria. Nestas ânforas teriam sido transportadas várias produções conserveiras, com destaque para o célebre garum, condimento gastronómico muito apreciado à época, produzido a partir de espécies pelágicas abundantes nestas águas, como a cavala ou a sardinha. Hoje, sabemos que estas conservas, transportadas por mar, chegaram a locais tão distantes como Braga, Lugo ou Mérida, na atual Espanha. " Fotografia: Ânfora tipo Peniche 3, com marca de Lúcio Arvénio Rustico. Autoria: Guilherme Cardoso. Museu Municipal de Peniche.

Texto: Rede Museológica – Município de Peniche

O Museu Dr. Joaquim Manso - Nazaré “Mulheres da Nazaré transportando peixe seco”, 1973. “As mulheres da seca do peixe lá andam na faina. Vão transportando à cabeça os tendais de madeira e rede metálica para os armazéns. Andam agora naquela lida sem fim". Alves Redol, “Uma fenda na muralha” (1959). Raimundo Ventura (1917-2002) pintou duas nazarenas com paneiros de peixe seco à cabeça, transportando-os para a cabana ou armazém, depois de terem estado ao sol. A pequena pintura deste artista local testemunha o costume de secar o peixe na praia da Nazaré, prática ainda realizada e que se reflete nos hábitos gastronómicos da região. A ação de secar o peixe é uma das mais tradicionais formas de conservar o pescado. Tradicionalmente, assegurava o sustento das famílias quando o peixe escasseava, mas também permitia conservá-lo para ser vendido nos mercados da região. Inicialmente, secava-se o peixe em juncos, estendidos sobre a areia da praia. Em meados do século XX, começaram a ser usados os “paneiros”, tabuleiros retangulares de rede e vigas de madeira que, dispostos de forma inclinada, facilitam a circulação do ar e, assim, aceleram a secagem. Os paneiros eram apoiados à porta das cabanas, nas embarcações ou no “estindarte” (estendal), na praia. Hoje, cerca de uma dezena de mulheres continua a secar o

peixe no “estindarte”, requalificado pelo Município da Nazaré recentemente e convertido em Museu do Peixe Seco. As espécies mais utilizadas são o carapau, sardinhas, batuques ("verdinhos"), petinga, cação e o polvo e distinguem-se duas formas de secagem, com preparação e consumo diferentes: o “peixe seco” (dois a três dias ao sol) e o “peixe enjoado” (apenas duas a quatro horas ao sol). O “peixe seco” pode ser comido cru (desfiado), mas é normalmente cozido, acompanhado com batata com pele e regado com azeite (vinagre, alho picado ou pimenta, ao critério do consumidor). O polvo é também muito apreciado cozido, em arroz e saladas, ou grelhado. Quanto ao “carapau enjoado”, é grelhado e acompanhado de batata cozida, temperado com azeite. Os nazarenos continuam a incluir o peixe seco e enjoado nos seus hábitos alimentares, assim como os concelhos limítrofes de Alcobaça, Caldas da Rainha, Leiria, Porto de Mós. Domesticamente, em caso de excesso, é ainda vulgar secar o peixe, em pequenos paneiros colocados à janela ou à porta de casa. Assiste-se a uma tendência para utilização “gourmet” do peixe seco, numa oferta cada vez mais qualificada, nomeadamente por parte de hotéis e restaurantes da vila.

Créditos do Texto e foto: Museu Dr. Joaquim Manso

Museu Municipal de Alcochete que nos envia esta magnifica e curiosa peça. Formas para confeção de pães de sal, quadrada e retangular, constituídas por quatro partes laterais e quatro chavetas de aperto. As formas, utilizadas na confeção de pães de sal, resultavam do aproveitamento de folhas de rodo inutilizadas, eram produzidas pelos salineiros que com um canivete desenhavam e esculpiam os lavramentos. Os pães de sal – blocos de sal enformado e artisticamente decorados – eram feitos pelos salineiros para oferecerem a quem tinham grande estima. Na sua confeção era utilizado o sal de embate, uma camada de espuma gomosa, vidrada e muito fina, que as aragens do vento Norte empurram, fazendo-a embater junto aos cantos da baracha, formando o que os salineiros chamam de flor de sal. Essa flor, depois de apanhada à mão, era colocada dentro de uma canastra ficando a escorrer vários dias, até ficar um pó muito fino, branco, brilhante e gomoso. Ao sal de embate ou flor de sal era adicionada água-mãe e amassava-se, até ganhar a consistência ideal, para ser colocado, comprimido e batido na forma. Este procedimento permitia que o sal ficasse bem apertado, aderisse à forma e gravasse os lavramentos esculpidos na mesma. Depois de bem batido e com o sal já suficientemente apertado, retiravam-se as chavetas da forma, desenformava-se o pão iniciando-se o processo de secagem, que adquiria mais consistência depois de alguns dias ao relento. Data: séc.XX (2ª met.) Material: madeira Proveniência: Salina do Brito Proprietário: Museu Municipal de Alcochete

Créditos da informação e foto: Museu Municipal de Alcochete

A Casa-Museu Anselmo Braamcamp Freire - Santarém

"Pintura a óleo s/tela, de Josefa de Ayalla e Cabrera (conhecida como Josefa de Óbidos) assinada e datada de 1676, em exposição permanente na Casa-Museu Anselmo Braamcamp Freire, em Santarém. Nesta pintura de Josefa de Óbidos é possível observar-se à esquerda, uma salva em metal retangular e gomada, contendo vários tipos de doces: queijadas, quadrados de pão-de-ló, misturados com tronco de jasmim e alfinetes decorados por arabescos e laços. Os doces e a salva estão parcialmente cobertos por pano de cor vermelha contornado por renda dourada. Ao centro, observa-se um prato de pé alto em metal, sobre o qual repousa uma taça de cerâmica armoriada, contendo doce. Em frente, visualiza-se púcaro invertido em cerâmica vermelha, com bojo decorado por motivos elípticos e asa adornada com laço de fita. À direita, observa-se uma pequena caixa aberta, em madeira contendo doces, em forma de concha de cor branca e vermelha (similares aos ovos moles de Aveiro?), decorados por alfinetes rematados por arabescos. Atrás da caixa e do prato de pé alto, observa-se uma bilha em cerâmica vermelha com o bojo decorado por motivos ovalados moldados. A asa e o bico são ornamentados por laços de fita e o colo adornado por grinalda de flores. Sobre o tampo da mesa estão espalhados doces e flores. " Créditos da foto e texto: Casa-Museu Anselmo Braamcamp Freire - Santarém

Natureza Morta com Doces e Barros