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Estudantes de todo o país celebraram a emPATIA

De 13 a 17 de fevereiro, a Comunidade Ubuntu abriu a porta à Semana Ubuntu da Empatia, numa iniciativa do IPAV - Instituto Padre António Vieira, através do projeto Academia de Líderes Ubuntu, em parceria com a Fórum Estudante. Foram dinamizadas mais de 700 atividades para promoverem a empatia por todo o país.

postas criativas de atividades ou seguir as sugestões da Academia de Líderes Ubuntu. Da lista, faziam parte atividades para criar (onde os participantes arregaçaram as mangas para experimentar a empatia no dia-a-dia), para inspirar (através de experiências para perceber porque é que ser empático é importante), para refletir e debater (numa oportunidade para refletir e pensar a perspectiva do outro).

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Também foram sugeridas atividades para ler ou ver em família, com conteúdos pretendiam gerar boas conversas acerca da empatia, atividades de Empatia do Manual dos Clubes Ubuntu ou para conhecer testemunhos para mudar o mundo, uma história de cada vez.

A criatividade da Comunidade Ubuntu

A Semana Ubuntu da Empatia resultou na dinamização de mais de 700 atividades pelo país. Muitas foram as Escolas que seguiram os recursos idealizados pela Academia de Líderes Ubuntu.

O movimento pôs â prova, durante cinco dias, a criatividade de toda a Comunidade envolvida. Os participantes tiveram liberdade para propor as atividades que entendessem estar alinhadas com a iniciativa, desde que tivessem por base a promoção da empatia. Foram muitas as iniciativas que se multiplicaram por todos o país. Conhece alguns exemplos.

Dinamizada pela Academia de Líderes Ubuntu, a Semana Ubuntu da Empatia - realizada de 13 a 17 de fevereiroteve como principal missão mobilizar iniciativas que promovessem a empatia junto das Comunidades Ubuntu. As atividades da Semana Ubuntu da Empatia aconteceram de norte a sul do país, em centenas de Escolas e nas suas Comunidades. Esta ação acontece no âmbito do programa Escolas Ubuntu, uma iniciativa da Direção-Geral de Educação, cofinanciada pelo Programa Operacional Capital Humano (POCH), Portugal 2020 e Fundo Social Europeu.

Todos aqueles que abraçaram o desafio, puderam implementar as suas pro-

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No Agrupamento de Escolas André de Gouveia, em Évora, as turmas do 1º, 2º e 3º ciclo organizaram sessões de leituras de contos. Já no Agrupamento de Escolas Navegador Rodrigues Soromenho, em Sesimbra, os alunos assistiram às curtas-metragens “O

Presente” e “O cão e a garça” e, posteriormente, foram convidados a deixarem uma mensagem num padlet, onde escreveram sobre o que é para eles a empatia.

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24 alunos do Agrupamento de Escolas de Vendas Novas abraçaram a dinâmica ‘E se fosse comigo’?. A partir da visualização de um vídeo, pretendia-se que refletissem sobre as vivências uns dos outros, procurando encontrar o que os une também a partir das suas diferenças.

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Duas turmas do 9º ano do Agrupamento de Escolas Monte da Lua, Sintra aceitaram a missão de participar no “O jogo mais difícil do mundo”. “No início os alunos estavam um pouco timídos, mas, à medida que as questões foram avançando, houve uma partilha muito animada, gratificante, que cumpriu o objetivo da semana - Criar Empatia!”, escreve a professora Inácia Caetano sobre este momento. No dia 16 de fevereiro, os participantes juntaram-se à sessão na plataforma zoom ‘E se eu estivesse lá?’. O momento teve como objetivo ser uma experiência para todos exercitarem a empatia. Além disso, houve tempo para conhecer testemunhos e para ser inspirado. *4

A Escola Básica e Secundária de Anadia desafiou toda a comunidade a participar na Campanha do Pensinho Rápido. O Clube Ubuntu e o GIC (Grupo de Intervenção Comunitária) juntaram-se para ajudar a Associação Acreditar, assinalando o Dia Internacional da Criança com Cancro. Todos aqueles que abraçaram a causa tinham apenas de contribuir com uma caixa de pensos rápidos com motivos infantis, com a ideia de que podem fazer a diferença e confortar as crianças, na hora dos tratamentos.

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Os alunos do primeiro ano do Curso de Animação Sociocultural da Escola Profissional Gustave Eiffel, Polo do Lumiar, criaram o Escape Room da Empatia. O objetivo? Dar a conhecer aos alunos as várias formas de violência no namoro, assim como conhecer os meios de prevenção, atuação e solução.

A empatia também foi distribuída na forma de elogios. O pessoal docente e não docente da Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos, foi convidado a escrever um elogio a alguém que lhe calhou em sorte, de forma anónima. Os cartões foram afixados no painel da Sala dos Professores e, no final da Semana, entregues à respetiva pessoa elogiada.

Numa colaboração com a Educação Especial, o Agrupamento de Escolas da Batalha pintou um banco de jardim, que foi colocado num local de destaque com o mote “Senta-te e partilha, eu escuto”, numa iniciativa que pretende estreitar laços e até mesmo construir novas pontes. Mas não foi a única demonstração de empatia sob a forma de arte. O Agrupamento de Escolas Navegador Rodrigues Soromenho, em Sesimbra, montou a Exposição “Histórias de Vida. Histórias de Superação”, com testemunhos de alguns dos seus alunos.

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O Agrupamento de Escolas Professor Agostinho da Silva, em Sintra, criou uma passadeira para que as pessoas fossem experimentando calçar os diferentes sapatos. A professora Teresa Marinho explicou que “houve momentos em que foi mais fácil calçar, pois já conheciam sapatos e serviam perfeitamente, mas que outros eram mais difíceis pois ora estavam mais justos, mais largos ou porque não tinham experiência naquele tipo de sapatos”. Desta forma, puderam perceber como é importante e desafiante saber colocar-se no lugar dos outros.

A mesma Escola criou ainda o passaporte da empatia, num desafio para a comunidade escolar dizer “bom dia”, olhando nos olhos dos outros. “Foi curioso o cuidado de esperar que o outro olhasse para si para cumprimentar. Muitas das vezes, esse cumprimento tão especial culminou num sorriso, gargalhada ou abraço”, contou a professora.

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