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Teve início a 48ª Campanha de Popularização Teatro & Dança

Serão 112 espetáculos de teatro adulto, infantil e dança, com atrações para todos os gostos e idades.

Além desses, 12 apresentações de stand-up. Os ingressos da Campanha podem ser adquiridos antecipadamente pela internet ou nos postos do Sinparc pelo preço popular de R$ 15,00 e R$ 20,00. Nas bilheterias dos teatros, os valores dos ingressos são diferentes. PBH

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Abre Agenda Para Castra O De C Es E Gatos Em Fevereiro

A PREFEITURA DE BELO HORIZONTE (PBH) ABRE, NESTA SEGUNDA-FEIRA (23), A PARTIR DAS 8H, A AGENDA PARA A CASTRAÇÃO GRATUITA DE CÃES E GATOS. AS CIRURGIAS SERÃO REALIZADAS EM FEVEREIRO. OS AGENDAMENTOS DEVEM SER FEITOS NO PORTAL DA PBH.

Bolo de Cenoura

É óbvio que o título acima faz menção à máxima cartesiana de René Descartes, inauguradora do subjetivismo que norteou a filosofia moderna. O verbo aqui usado no título caracteriza um outro tipo de pertença ao mundo: a presença do consumidor!

Hoje, nas grandes cidades, as pessoas passeiam no Shopping, o templo moderno do deusMercado. Muitos ali vão e não compram nada, apenas olham vitrines e veem tudo aquilo que não vão comprar. Falta-lhes a alavanca que move o mundo-mercado: o dinheiro. Quem tem dinheiro é considerado como sendo alguma coisa; quem não o tem, é cidadão pela metade. Como diz uma máxima, em inglês, parafraseando o filósofo Descartes: I shop, therefore I am (Eu compro, logo existo).

O Mercado, em todos os tempos e em todas as latitudes, sempre foi organizado de modo que os detentores do capital ganhassem muitas vezes mais do que os trabalha- dores. O regime neoliberal, mais camarada com os milhões de cidadãos despossuídos, inventou as prestações infindáveis (“que cabem no seu bolso”), com juros embutidos, para que a grande massa pudesse comprar um pouco daquilo que produz. Se a multidão não se identificar pelo menos um pouco com o seu produto, o Mercado correrá sérios perigos.

Pouco tempo atrás Frei Betto escreveu: “Somos 7 bilhões de pessoas no planeta, das quais metade vive abaixo da faixa da pobreza, e 852 milhões sobrevivem com fome crônica. Há quem afirme que o problema da fome é causado pelo excesso de bocas. Em função disso, propõe o controle da natalidade. Oponho-me ao controle, e sou favorável ao planejamento familiar. O primeiro é compulsório, o segundo respeita a liberdade do casal. E não aceito o argumento de que há bocas em demasia. Nem falta de alimentos. Segundo a FAO, o mundo produz o suficien- te para alimentar 11 bilhões de bocas. O que há é falta de justiça, de partilha, e excessiva concentração da riqueza. Falta de justiça, de partilha, e excessiva concentração da riqueza: eis os três males crônicos da humanidade. A solidariedade é o único remédio contra tudo isso. São João Paulo II, em sua encíclica “Solicitude social”, citando o papa São Paulo VI, disse que “solidariedade é o novo nome da paz” (nº 39, g). E no segundo parágrafo adiante diz que o lema de Pio XII – “A paz é fruto da justiça” – poderia ser traduzido: “A paz é fruto da solidariedade”.

Construir um mundo solidário é o grande ideal do Evangelho. Creio que foi isso que Jesus ensinou na multiplicação dos pães (Mt 14, 13-21). Partilhar é o único modo de fazer com que todos tenham o suficiente para viver. Mas o “suficiente” não é o ideal do Mercado. Para ele, o ideal é acumular, acumular, acumular. E, com isso, gerar um fundo, uma reserva, um tesouro. Quanto maior é o tesouro que alguém acumula, maior será o seu papel na escala social. Para o Mercado, as exclusões são naturais; a solidariedade é apenas uma quimera perseguida por profetas, sonhadores e poetas. Vamos sonhar juntos!!! o lema de Pio XII – “A paz é fruto da justiça” –poderia ser traduzido: “A paz é fruto da solidariedade”.

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