Projeção Econômico-demográ fica da ampliação da licença-paternidade no Brasil

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Projeção Econômico-demográfica da ampliação da licença-paternidade no Brasil∗ Sergio Almeida† , Rafael Ferreira† , Eduardo Marino†† , Paula Pereda† e Gabriela Pluciennik†† † ††

Departamento de Economia, FEA - USP

Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) 5 de agosto de 2015

Resumo Os cuidados com a primeira infância tem se tornado uma preocupação dos formuladores de políticas públicas. Ao longo das últimas décadas, os governos de vários países promoveram mudanças nas suas leis trabalhistas visando suporte financeiro e legal (proteção do emprego) para mães com crianças recém-nascidas. Há um movimento, liderado por países europeus, para estender esse tipo de suporte para os pais. No Brasil, os pais gozam de cinco dias remunerados de licença desde 1988, mas tramita um projeto de lei no Senado Federal ampliando essa licença em 15 dias. Pouco se sabe sobre os custos desse tipo de política pública. O objetivo desse artigo é estimar os custos dessa extensão da licençapaternidade. Utilizando uma série de projeções populacionais e indicadores do mercado de trabalho brasileiro, computamos os custos da extensão proposta ao longo do tempo para uma série de cenários estáticos para as taxas de take-up do benefício pós-reforma. Os resultados indicam que a extensão proposta tem baixo custo, R$98,9 milhões por ano no cenário mais provável, representando 0,009% da arrecadação federal em 2014.

Códigos JEL: J83, J13, D10. ∗

Os autores gostariam de agradecer o apoio institucional da FMCSV e o apoio na coleta dos dados de Raí Chicoli. O disclaimer usual se aplica.


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