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Compagas recebe 22 propostas em chamada pública para aquisição de biometano

Volume total apresentado pode ultrapassar a marca de 380 mil metros cúbicos, muito próximo da produção nacional, que está em aproximadamente 400 mil metros cúbicos por dia. O interesse de potenciais produtores em fornecer à Compagas reforça a liderança do Paraná em sustentabilidade.

A Compagas (Companhia Paranaense de Gás) recebeu 22 proposta em sua Chamada Pública CPBIO25, para aquisição de biometano. No total, 12 supridores participam do processo e apresentaram propostas que, somadas, podem ultrapassar o potencial diário de 380 mil metros cúbicos de gás natural renovável para o Paraná. Esse volume é muito próximo da produção nacional, que está atualmente em cerca de 400 mil metros cúbico/dia.

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O Paraná é líder em sustentabilidade no País e tem no agronegócio uma gigantesca força para a geração de biogás e biometano. Nas propostas recebidas pela Compagas, a produção do biometano pode vir das usinas de açúcar e etanol; do agronegócio, por meio da suinocultura, da bovinocultura e da avicultura; de aterros sanitários, com aproveitamento energético a partir dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios, e das estações de tratamento de esgoto, com produção a partir do lodo gerado nesses locais.

O prazo de recebimento das ofertas foi encerrado no dia 31 de janeiro e a Companhia atua na análise e seleção das propostas, com o objetivo de encontrar as melhores condições de fornecimento e viabilizar a aquisição do biometano com os primeiros contratos para inserir esse combustível em seu portifólio de suprimento.

O CEO da Companhia, Rafael Lamastra Júnior, destaca o resultado do processo.

“A estratégia da Compagas está no desenvolvimento de um mercado sustentável e eficiente, com energia renovável, para expandir a sua atuação e atender consumidores em outras regiões do Estado”, diz. “O número de supridores participantes e o volume recebido nas propostas reflete a intensidade da pauta voltada a ampliar a participação dos combustíveis renováveis em nossa matriz energética e confirma o potencial do Paraná para a produção de energia limpa”.

PRIMEIRA

Essa é a primeira chamada pública realizada pela Compagas especificamente para aquisição de biometano. A iniciativa marca o início de uma série de ações da empresa com foco em sustentabilidade e compromisso com o meio ambiente, denominada Compagas +Verde. “O movimento incentiva as soluções sustentáveis e o biometano é o caminho para alcançarmos uma geração contínua e descentralizada de energia limpa, que permite a expansão da área de cobertura do gás canalizado para o Interior para atendimento de indústrias, cooperativas e para a frota veicular, inclusive de transportes pesados, como caminhões e ônibus”, destaca.

Dados da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) indicam que a produção nacional de biometano, de 400 mil metros cúbicos por dia, deve chegar a 30 milhões de metros cúbicos/dia até 2030. No Paraná, cerca de 70% do território é propício para o desenvolvimento da produção de biogás e biometano, o que significa uma produção potencial de mais de 2 milhões de metros cúbicos por dia. De acordo com a Compagas, vale destacar, ainda, que as características agropecuá- rias e agroindustriais do Paraná, somadas à geração de energia renovável, concedem ao Estado a liderança no potencial produtivo de biometano do Sul do País.

MEIO AMBIENTE

E SAÚDE

Quando se trata de energia limpa, o biometano tem características que contribuem tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população. Com uma redução de até 85% na emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e materiais particulados, colabora ativamente para um menor índice de poluição das cidades e, consequentemente, para a redução de doenças car- diovasculares e para a perda de produtividade causada por esses poluentes.

Com o gás natural renovável também há uma menor emissão de dióxido de carbono (CO2), o gás que mais colabora para o efeito estufa no planeta. No setor de transportes, por exemplo, quando comparado ao diesel, as emissões chegam a ser 90% menores. “O biometano é o nosso gás natural renovável e é o caminho para fomentar uma economia em carbono neutro, com uma contribuição efetiva para a redução de emissões na atmosfera, e para atender ao anseio por combustíveis mais limpos”, finaliza Lamastra.

5º FÓRUM SUL BRASILEIRO

A Compagas estará presente no maior evento da cadeia de biogás e biometano da região Sul do País, que acontece entre os dias 18 e 20 de abril, em Foz do Iguaçu, Oeste do Paraná. O fórum reunirá os principais nomes do setor para conectar pessoas e empresas, apresentar tendências e gerar negócios.

Entre os principais temas a serem debatidos está a inserção do biometano no mercado de gás canalizado e a Compagas tem papel importante nessa apresentação para contextualizar suas ações em prol do gás natural renovável, assim como, debater os prin- cipais desafios ao lado de importantes agentes do mercado, como Abegás, Cibiogás e distribuidoras parceiras.

O fórum é uma realização do Cibiogás Energias Renováveis, Embrapa e Universidade de Caxias do Sul, com organização da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial – Sbera.

SOBRE A COMPAGAS

A Compagas é uma empresa de economia mista e tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia – Copel, com 51% das ações, a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%, e a Commit Gás, com 24,5%. Com uma rede de distribuição de mais de 860 quilômetros de extensão, atende clientes dos segmentos industrial, comercial, residencial, de transportes e de geração elétrica, instalados em 16 municípios do Estado. Os mais de 53 mil clientes consomem diariamente cerca de 1 milhão de metros cúbicos de gás natural. Sua atuação está pautada em bases econômicas, sociais e ambientais e com foco na promoção da expansão do uso do gás natural. Ciente do seu importante papel para indução do desenvolvimento e da necessidade da diversificação da matriz energética, executa ações em prol da competitividade e da segurança para seu mercado.

Mais de mil pessoas visitaram mostras itinerantes do Museu de Ciências Forenses no Litoral

Exposições do Museu de Ciências Forenses da Polícia Científica do Paraná aconteceram nas praias de Guaratuba e Matinhos. Público conheceu peças anatômicas, as maletas utilizadas em locais de crime, detectores de metal e equipamentos para extração de dados de celulares, entre outros recursos.

Agricultor de Marechal Cândido Rondon renova maquinário com apoio do Estado e do BRDE

Eloy Ruben Muller, de Marechal Cândido Rondon, é um dos beneficiados pelo programa Trator Solidário, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. O BRDE participa com financiamento da máquina nova. Só em 2022, foram 763 operações contratadas

Especializado no cultivo de soja, milho e trigo, o agricultor Eloy Ruben Muller, de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, comprou uma nova máquina para o trabalho e, como consequência, tem mais eficiência no manejo das lavouras. Ele é um dos beneficiados pelo programa Trator Solidário, do Governo do Estado, que possibilita ao agricultor familiar comprar máquinas, implementos e equipamentos a preços mais acessíveis. O financiamento chega a ter um custo até 15% menor que o do mercado comum.

No caso de Eloy, o crédito foi organizado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). “Conheci o programa através de vizinhos que adquiriram um novo trator e me recomendaram buscar informações. Foi uma alternativa para conseguir acompanhar as tecnologias voltadas ao campo que, lá na frente, ajudam a trazer mais resultados”, disse Eloy, que esteve no Show Rural, evento realizado em Cascavel, de 06 a 10 de fevereiro.

“O novo trator trouxe qualidade no manejo das minhas lavouras. Sem o programa e o recurso do financiamento seria inviável fazer esse investimento. Seria inviável, talvez, até manter a atividade. Não tenho muita área de plantio e nos últimos anos o

Paranagu

custo de produção tem aumentado muito, mas desta forma teremos mais retorno”, explicou o agricultor.

O apoio aos pequenos produtores é uma das estratégias do Governo do Estado e do BRDE para contribuir com o fomento à economia e o desenvolvimento social do Paraná. O banco, que também participou do Show Rural com uma série de ações e contratações de crédito, atua no programa Trator Solidário em parceria com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Instituto de Desenvolvimento Rural – Iapar-Emater (IDR-Paraná) e a Fomento Paraná.

Só em 2022, foram 763 operações do programa contratadas via BRDE, entre elas a do rondonense. Com a aquisição da nova máquina, o produtor torna a preparação do solo e o plantio mais tecnológicos e, consequentemente, mais eficazes.

“São necessidades como essa apresentada pelo agricultor Eloy Ruben Muller que impulsionam o BRDE e o Governo do Paraná a criar e manter programas como o Trator Solidário, que dá acesso ao produtor rural paranaense a tecnologia e aumento da produtividade e ainda incentiva a indústria paranaense”, disse o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.

“O programa Trator Solidário é um grande auxílio para o agricultor fami- liar, pois garante acesso a tecnologias e máquinas mais eficientes, com um dos menores preços do Brasil”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “Economizando recursos em relação aos preços de mercado, o pequeno produtor pode se apropriar dessa diferença, empregando na melhoria da propriedade, da qualidade de vida de sua família ou em outras atividades”.

No total, desde a criação do Trator Solidário, em 2007, já são mais de R$ 415 milhões de crédito contratado pelo BRDE. Em 2022 foram R$ 137 milhões.

O programa é destinado a pequenos produtores com propriedades entre 12 e 80 hectares (até quatro módulos fiscais) e renda bruta anual de até R$ 500 mil, oriunda da atividade agrícola - segmento que responde por cerca de 40% a 45% da produção bruta do Estado. Para mais informações, acesse www.agricultura.pr.gov.br/Pagina/Trator-Solidario.

DESEMPENHO DO BANCO

O balanço geral do BRDE em 2022 mostra que o banco atingiu a meta histórica de R$ 4,4 bilhões em investimentos nos três estados do Sul. Desse valor, R$ 1,7 bilhão foram em contratações no Paraná. No Estado, 31,7% do total de financiamentos foram na agropecuária.

Mais de mil veranistas e moradores do Litoral visitaram as exposições do Museu de Ciências Forenses da Polícia Científica do Paraná nos meses de janeiro e fevereiro, no Litoral. As mostras nas praias foram uma iniciativa inédita e gratuita, fizeram parte da programação do Verão Maior Paraná e aconteceram nas orlas de Matinhos e Guaratuba, nos dias 28 de janeiro e 11 e 18 de fevereiro.

A equipe do Museu e policiais peritos apresentaram ao público itens interessantes, como as peças anatômicas, as maletas utilizadas em locais de crime, detectores de metal, equipamentos para extração de dados de celulares, munição e locais impactados por disparos de arma de fogo (porta de carro com marca de bala, por exemplo).

“Foi uma experiência incrível levar parte do nosso acervo para a beira da praia, poder mostrar a turistas e moradores locais um pouco do nosso trabalho e a importância da perícia criminal. Através dessa exposição nossa equipe pode trocar informações e divulgar um pouquinho da história do Museu”, explica a diretora do Museu de Ciências Forenses, perita Fabíola Schutzenberger Machado.

A turista Nivia Zauza foi à exposição na orla de Caiobá com o marido e a filha, que, segundo a mãe, tem uma grande admiração pela profissão dos peritos. Ela aprovou o evento realizado pela Polícia Científica. “Quando a minha filha soube da exposição, quis muito vir conhecer. Eu achei super interessante trazer esse tipo de informação para a população. Não é sempre que temos a oportunidade de ter esse contato com a Polícia Científica, essa oportunidade foi bem bacana. Sem falar que chama atenção tanto das crianças como também dos adultos”, afirmou. Para a Cristine Lois Coleti Sierra, que já conhece o acervo do Museu em Curitiba, a exposição no Litoral foi uma oportunidade única. “Eu acho super importante divulgar para as pessoas como é feito o trabalho dos peritos e como eles auxiliam a justiça a desvendar crimes. É interessante que a população veja de perto como é feito e conhecer também o acervo deles”, explicou. Nas oportunidades, também foi esclarecido o funcionamento do agendamento para visitar o Museu de Ciências Forenses e o antigo necrotério, ambos localizados em Curitiba. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail museuforense@policiacientifica.pr.gov.br. A visitação ao Museu, no bairro Tarumã, acontece sempre na última segunda-feira do mês, das 9h às 16h, e no antigo necrotério, no Centro da Capital, está liberada a partir destes mês de fevereiro, sempre na última quinta-feira do mês, às 19h.

O Museu de Ciências Forenses, está localizado na sede da Polícia Científica do Paraná, na Rua Paulo Turkiewicz, 150, no bairro Tarumã. Possui um acervo com elementos anatômicos, cadáveres mumificados, casos de perícias, objetos de cenas de crimes ou de acidentes, entre outros materiais de cunho educativo. São peças que despertam a curiosidade da população por contar histórias de crimes e mortes inusitadas que aconteceram no Estado

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