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Caravana volta a percorrer Curitiba para combater racismo com informação e cultura
from 12/08/2023
Zelo por Curitiba: veja como é o trabalho da Prefeitura para manter terminais e estações-tubo limpos
A Caravana Étnico-cultural volta a percorrer os bairros de Curitiba a partir deste mês. Desta vez, as atividades culturais itinerantes para dar visibilidade às populações negra (preta e parda), indígena e cigana estarão nas regionais Boa Vista, Boqueirão e Matriz.
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A largada da temporada 2023 foi dada pelo prefeito Rafael Greca, nesta quintafeira (10/8), durante o evento que reuniu representantes de cada etnia no Salão Nobre da Prefeitura. Entre eles estavam o cantor Wes Ventura e expositores de artesanato e produtos culturais afro, indígena e cigano.
“Cultura é a riqueza que está dentro de cada um e que, somada, compõe a maravilhosa humanidade. Os seres humanos são todos iguais”, disse o prefeito, ao lado da assessora de Promoção e Igualdade Racial da Prefeitura de Curitiba, Marli Teixeira Leite. “Racismo se combate com informação. Um ditado africano diz que é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. Nós precisamos de toda a cidade para dizer não ao racismo”, observou Marli.
LARGADA
Este é o segundo ano da Caravana Étnico-cultural, que estará no Parque Bacacheri (Regional Boa Vista) no dia 19 de agosto, das 14h às 17h. Porém, a programação cultural do projeto começa já nesta sexta-feira (11/8), no Cati (Centro de Atividades da Pessoa Idosa) Boa Vista, com a oficina Mborai: contos e rezos Mbya Guarani. A atividade começa às 14h. No Boqueirão, a apresentação será em 28 de outubro, na Rua da Cidadania. A Matriz encerrará o circuito, em 18 de novembro, no Memorial de Curitiba. A Caravana Étnico-cultural percorrerá as dez regionais até 2024. Em 2022, passou pela CIC, Cajuru, Bairro Novo, Santa Felicidade e Tatuquara.
CARAVANA CULTURAL
A caravana é um projeto idealizado e executado pela Assessoria de Promoção da Igualdade Étnico-Racial como parte do Plano de Governo Viva Curitiba Transparen- te, no Eixo Responsabilidade, para dar visibilidade às populações: negra (preta e parda), indígena e cigana.
Para isso, vale-se da realização de ações afirmativas e oferta de produtos e serviços que levem informações relacionadas à origem, cultura, saberes e fazeres de cada etnia, fazendo um contraponto ao racismo e outras formas de violência.
As atrações artísticas levadas aos bairros são contratadas por meio de editais da Fundação Cultural de Curitiba e empreendedores étnicos selecionados pelo Instituto Municipal de Turismo.



PRESENÇAS
Participaram do evento o vice-prefeito, Eduardo Pimentel; os secretários muni- cipais Carlos Educardo Pijak Júnior (Esporte, Lazer e Juventude), Maria Sílvia Bacila (Educação) e Cinthia Genguini (Comunicação Social); a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra; a coordenadora de Núcleos Regionais da Fundação Cultural, Angelina Balaguer; a assessora de Direitos Humanos e Políticas Públicas para Mulheres, Elenice Malzoni; os vereadores Nori Seto, Herivelto Oliveira e João da 5 Irmãos; e os administradores regionais Rafaela Lupion (Matriz), Reinaldo Boaron (Pinheirinho), Gérson Gunha (Portão/ Fazendinha) e Janaína Lopes Gehr (Boa Vista); além de representantes de famílias das etnias indígena e cigana.
Os 23 terminais de transporte coletivo de Curitiba e as 330 estações-tubo espalhadas pela cidade espelham o trabalho efetivo desenvolvido pela Zeladoria Municipal, em termos de cuidado, limpeza e manutenção dos serviços oferecidos à população pela atual gestão do prefeito Rafael Greca.
Ao todo, 158 colaboradores – 132 fixos, divididos em três turnos (manhã, tarde e madrugada), mais 26 folguistas -, mantêm a limpeza e a conservação dos espaços, sete dias por semana, com ações 24 horas por dia.
Na parte da manutenção preventiva e corretiva, 27 colaboradores executam os trabalhos em todos os turnos. A atividade envolve também troca de lâmpadas, manutenção das calçadas e higienização de banheiros, pisos, grades e corredores. Além disso, a limpeza das estações-tubo ocorrem diariamente também, a partir da meia noite e meia.
O SERVIÇO NÃO PARA
“Como sempre diz o nosso prefeito Rafael Greca, enquanto os curitibanos dormem, o serviço não para nem de madrugada, nem o frio, o mau tempo, nada impede o trabalho”, disse Alceu Isaías Elías Portela, gestor de Manutenção da Urbs.
Limpeza e manutenção contemplam toda a área interna e externa dos 23 terminais, com 199.320 metros quadrados. O serviço também atende 330 estações-tubo e 6,5 mil pontos de parada.

“Mantemos o mesmo padrão que foi reforçado durante a pandemia da covid-19, com os mesmos protocolos de limpeza, manutenção, ordem e conservação rápida em todos os terminais, estações-tubo, pontos de parada, em toda a cidade, porque isso aproxima mais os usuários e desperta a vontade de eles utilizarem o transporte coletivo, considerado um dos melhores do mundo”, destacou ainda Portela.
Fazem parte do sistema de transporte da capital 242 linhas de ônibus.
DEMANDA ELEVADA
Considerados referência e um dos indicadores responsáveis por apontar Curitiba, recentemente, como a cidade mais sustentável da América Latina, os 23 terminais, dentre eles um metropolitano, atendem grande contingente diário de usuários.
Passam pelos terminais e pelas estações-tubo uma média de 582 mil passageiros por dia, mais que a população das maiores cidades do Paraná. Londrina, de acordo com o censo 2023 do IBGE, tem 555.937 habitantes; Maringá, 409.657 pessoas; Ponta Grossa, 358.367.
PRODUTOS E PROTOCOLOS
Para a limpeza e assepsia dos ambientes, conforme os protocolos oficiais, são usados produtos específicos, com quantidades e dosagens ideais.
De acordo com Pamella Gonçalves, gestora de contrato da empresa terceirizada de limpeza Via Facilities, prestadora de serviços da Prefeitura, são aplicados detergente, desengraxante, hipoclorito, desinfetante e sabão em barra. Por mês, em média, são utilizados de dois a quatro galões em cada terminal, com os produtos concentrados.
No Terminal Santa Cândida, por exemplo, são aplicados quatro galões por mês, devido à dimensão do espaço e o fluxo elevado de passageiros. No local, trabalham nove pessoas na parte da limpeza, todos os dias da semanasete de dia e duas nos turnos da noite e da madrugada.
Aceita O E Cuidados Essenciais
O capricho com a limpeza, cuidados e manutenção dos terminais culminam na aceitação dos usuários do sistema de transporte. Luan Henrique de Oliveira, de 18 anos, frequenta todos os dias o Terminal Santa Cândida. Ele se diz satisfeito com a limpeza dos ambientes.
“Eu passo aqui duas vezes por dia para trabalhar e estudar. Considero o Terminal Santa Cândida um dos melhores de Curitiba, em termos de segurança, limpeza, organização e também na oferta de serviços, como a instalação do elevador”, destacou Luan.
O cuidado com a limpeza e organização do espaço é assegurado pela equipe contratada pela Prefeitura de Curitiba, por meio da empresa Via Facilities. O colaborador Jorge Luiz Rocha atende no local há quatro meses. Ele capricha na limpeza, é minucioso com o uso do rodo no piso e na varrição. Tem preocupação com os detalhes, com a remoção da sujeira, da poeira, com o acúmulo de lixo e também com a estética do espaço. “Eu passo o mob molhado e seco, uso detergente e faço a limpeza geral com bastante cuidado”, disse.