Ocapuchinho setembro2014

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Ano XV - nยบ 148 - Setembro.2014


>> Igreja Matriz

>> Demonstrativo Financeiro - Julho 2014 RECEITAS

Nossa Senhora das Mercês Horários e atendimentos ENDEREÇO DA PARÓQUIA E CONVENTO Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 Curitiba-PR Tel. Paróquia: (041) 3335.5752 (sec.) Tel. Convento: (041) 3335.1606 (freis) Tel. Catequese: (041) 3336.3982

Dízimo Paroquial ....................................................................... R$ Ofertas ....................................................................................... R$ Espórtulas/Batizados/Casamentos ........................................... R$ Total ........................................................................................... R$ Dizimistas Cadastrados Dizimistas que contribuíram Novos Dizimistas

DESPESAS DIMENSÃO RELIGIOSA

EXPEDIENTE DA SECRETARIA PAROQUIAL: De segunda a sexta-feira Sábado

Das 8h às 12h e das 13h às 18h das 9h às 12h HORÁRIO DE MISSAS:

MISSAS Segunda-feira: Terça, quarta e quinta-feira: Sexta-feira: Sábado: Domingo:

HORÁRIO 6h30 6h30 e 19h 6h30, 15h e 19h 6h30, 17h e 19h 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

ENTREAJUDA

Quinta-feira

9h, 15h e 20h

NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS

Sexta-feira

8h30 e 19h

Salários/Encargos Sociais / Férias ............................................. R$ Côngruas .................................................................................... R$ Casa Paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS .............................. R$ Desp.Cultos /Ornamentação/Homenagens ............................. R$ Luz / Àgua / Telefone ................................................................ R$ Conserv. dos Imóveis/ Pinturas/Invest .................................... R$ Rouparia / Copa/Costura/ Gás/ Alimentação ........................... R$ Despesas com correios (Dízimo) ............................................... R$ Serviços de Contabilidade ........................................................ R$ Serviços de Alarme/ Segurança ................................................ R$ Manut. de Veículos/Combustíveis/ Seguros ............................ R$ Material de Limpeza .................................................................. R$ Material de Expediente/Xerox/Gráficas .................................. R$ Revistas/Internet/ WebTv/"O Capuchinho" ............................. R$ Plano de Saúde de Func. / Farmácia ......................................... R$ Vale Transportes / Vale Alimentação e Fretes ......................... R$ Seguro Imóvel - 1ª Parcela ........................................................ R$ Aluguel de Equipamento .......................................................... R$

13.915,69 5.792,00 3.172,00 2.645,80 2.064,40 10.982,67 1.107,00 589,45 96,00 933,00 2.519,73 1.373,92 1.102,00 2.735,65 1.766,72 3.664,00 728,26 690,00

Total ....................................................................................... R$

55.878,29

DIMENSÃO MISSIONÁRIA

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Sexta-feira Bênção com o Santíssimo

das 9h às 19h às 18h30

BÊNÇÃOS

De segunda a sexta-feira: Sábado:

70.205,40 11.312,85 1.320,00 82.838,25 1235 721 07

das 8h às 11h30 e das 14h às 17h30 das 10h às 11h30 e das 14h às 17h

Telefone para agendar bênçãos: 41 3335.1606

Taxa para Arquidiocese Ref. Junho/14 ...................................... R$ Taxa para a Província Freis Capuchinhos ................................... R$ Mat. Pastoral Catequético / Cursos / Seminário ...................... R$ Repasse Óbulo S. Pedro ............................................................ R$ Repasse para as Capelinhas ...................................................... R$

8.363,74 9.901,87 1.963,40 542,70 149,20

Total ....................................................................................... R$

20.920,91

DIMENSÃO SOCIAL ANIVERSARIANTES

Nossa Paróquia felicita os aniversariantes do mês de setembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias.

Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz. (CIC) ............................ R$ Total ....................................................................................... R$ TOTAL GERAL .......................................................................... R$

4.000,00 4.000,00 80.799,20

>> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos e distribuímos no mês de julho/14, os donativos abaixo discriminados:

>> Expediente do Boletim

O CAPUCHINHO Pároco: Frei Pedro Cesário Palma Vigários Paroquiais: Frei Benedito Félix da Rocha e Frei Moacir Antonio Nasato Freis do Convento: Frei Juarez De Bona, Frei Hélio de Andrade e Frei Luiz Roberto Portella Jornalista responsável: Luiz Witiuk – DRT nº 2859 Coordenação: Izilda de Figueiredo Capa: Mayra Armentano Silvério Diagramação e Arte: Editora Exceuni - (41) 3657-2864 / 3657-4542 Impressão: Press Alternativa - (41) 3047-4511 / 3047-4280 Tiragem: 5.000 exemplares

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês

DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: JULHO/2014 Peças de Roupas

Pares de Calçados

Diversos

Total

Alimentos Kg

N. Sra. da Luz (Vila)

1428

167

264

1859

350

Almirante Tamandaré

2929

231

867

4027

500

Vila Verde

3044

277

1290

4611

220

Setor Mercês

081

007

009

097

177

TOTAL

7482

682

2430

10594

1247

Destinatário

À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz (CIC), doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma - Pároco

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>> Mensagem do Pároco

Mês da Bíblia, celebração de nossa Padroeira e as Eleições Dentre os temas tratados nesta edição do nosso Jornal, vamos destacar três: o mês da Bíblia, a celebração de nossa Padroeira e as Eleições. Sobre o mês da Bíblia é fundamental lembrar que ela é a Palavra de Deus. De muitas maneiras Deus nos fala: através das pessoas, dos fatos da vida, da criação, da Tradição, da Igreja... e da sua Palavra Escrita. Em nossa vida, a Palavra escrita de Deus é como um sinal de trânsito que nos orienta. Você já imaginou se não houvessem sinais de trânsito? Que caos seria? Assim é nossa vida, se não for orientada pela Palavra de Deus. Diz a própria Bíblia Sagrada: “Quão saborosas são para mim vossas palavras! São mais doces que o mel na minha boca” (Sl 119,1003). “Vossa Palavra é como uma lâmpada que ilumina meus passos. Ela é luz para o meu caminho” (Sl 119,105). Na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo diz: “Toda a escritura é inspirada por Deus e é útil para instruir e refletir, para corrigir e formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda a espécie de boas obras” (2

Tm 3,16). Assim sendo, “pela perseverança e pela consolação, que as Escrituras nos oferecem, podemos ter esperança” (Cf. Rm 15,4). Ela é tão necessária para nossa vida quanto o pão: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). Inspirada por Deus, a Sagrada Escritura nos ajuda na busca das verdades da fé para a nossa salvação. Outro fato importante deste mês de setembro é a celebração de Nossa Senhora das Mercês, no dia 24. Ela é a Padroeira de nossa Paróquia e de nosso Bairro. Peçamos à Mãe das Mercês que nos livre das correntes que amarram e bloqueiam nossa vida, nossa família nossa saúde e nossos negócios. Que ela nos mostre sempre os caminhos de Jesus e nos ensine a ter um coração confiante em Deus. A novena de Nossa Senhora das Mercês, em nossa Paróquia, vai do dia 15 a 23 de setembro, às 19 horas; no dia 24 de setembro teremos a celebração solene com a coroação de Nossa Senhora, também às 19 horas. Convidamos você para participar.

Merecem, também, ser lembradas, as eleições que ocorrerão em nosso país, no dia 05 de outubro. Serão eleitos Presidente da República, governadores, senadores e deputados. Isso implica responsabilidade para cada eleitor. O desafio é imenso: como não cair nas armadilhas de pessoas corruptas, que se aproveitam do cargo de representantes do povo para meramente defender seus interesses particulares? Votar é um exercício importante de cidadania. Por isso não deixe de participar das eleições e de exercer bem esse poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do nosso país. Um grande abraço e que Nossa Senhora das Mercês olhe sempre por você e pela sua família.

Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap.

Nossa Senhora das Mercês, nossa Padroeira e Mãe da Libertação! Mercês é uma palavra proveniente do latim, que significa graça, benefício e proteção. A invocação à N.Sra. das Mercês data aproximadamente de 1218, quando os maometanos dominavam parte da península ibérica e nos mares da França e Itália assaltavam as embarcações para roubar, matar e levar para o cativeiro da África, homens, mulheres e crianças que encontravam. Os cristãos capturados eram submetidos a trabalhos forçados e à dura escravidão, da qual podiam livrar-se renunciando à fé cristã e abraçando as doutrinas e costumes muçulmanos. Nossa Senhora, compadecida dos seus filhos e filhas, aparece a três jovens: Pedro, Raimundo e Jaime e os convida para que fundem uma Ordem encarregada de socorrer os pobres cristãos e mantê-los na fé e nos cos-

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tumes. Os três jovens levaram a notícia ao Bispo de Barcelona (Espanha) e este ao Papa, e receberam autorização da Igreja para fundarem a "Ordem de Nossa Senhora das Mercês, os Mercedários." A Ordem nasceu, cresceu e espalhou-se pelo mundo inteiro, tendo como carisma o resgate dos cativos cristãos da escravidão dos maometanos. Desse fato surgiu a devoção à N.Sra. das Mercês, cuja imagem, tem o Menino Jesus ao colo e anjinhos a seus pés e, nas mãos, trazem uma corrente. Isto significa que Nossa Senhora e os anjinhos estão juntos a Jesus, intercedendo pela nossa libertação de tantos males e escravidões do mundo moderno. A festa litúrgica de Nossa Senhora das Mercês é celebrada no dia 24 de setembro. "Nossa Senhora das Mercês, fazei nosso coração confiante em Deus!"

Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês

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Frei Zanini, saudades sim, tristeza não! Neste mês de setembro, no dia 30 serão dois anos de sua morte, para o Cartório, “meu corpo interior unido à alma não morrerá, mas ressuscitará pelo poder da ressurreição de Cristo Jesus”, como ele mesmo dizia. Frei Zanini em sua carta de despedida escreveu: “Entoem cantos de alegria e ressurreição. Façam festa. Se tiverem saudades, agradeço, mas não tenham tristeza. Lembremse do que disse Jesus: Se me amaram, se alegrarão por eu ir para o Pai (Jô 14, 28b). Frei Ovídio Zanini tinha grande sensibilidade para com Deus, percebia a presença de Deus nas coisas criadas e louvava o Criador com suas criaturas.

ORAÇÃO DE SÚPLICA A DEUS, JESUS, MARIA, SANTOS E ANJOS Deus Pai, Filho e Espírito Santo, junto com Nossa Senhora, com os anjos e santos e todos os irmãos e irmãs em Cristo, venho te adorar e agradecer. Vem me abraçar e beijar para que me sinta amado. Põe em meus dedos o anel de filho e herdeiro de tuas riquezas. Lava-me no sangue do teu Filho, Cordeiro imolado por mim. Veste-me com roupas de inocência e festa. Caminha sempre a meu lado. Deixa-me sentir o calor de tuas mãos. Envolve-me com a ternura de teu olhar. Manda teus anjos e santos me proteger dos perigos. Estimula-me a voar como faz a águia com seus filhotes. Quando sentir medo, cuida de mim, deixa-me repousar em teus braços, conduze-me a verdes pastagens e águas tranqüilas. Que eu sinta por Ti o amor que Jesus sentia no Espírito Santo. Tua ternura cure minhas doenças, nos caminhos difíceis da vida, carrega-me no colo. Quero sentir tua bondade e beleza, na beleza e bondade de tuas criaturas. Sinto-me filho e herdeiro das tuas riquezas. Sei que já me concedeste a graça que necessito e que só falta fazer minha parte. Aumenta minha fé e confiança em Ti. Observa, Pai Celeste que não estou só nesta oração, mas com Jesus e Nele, com Nossa Senhora, e com todos os anjos e santos e pessoas queridas que estão no céu. Na força e luz do Espírito Santo, eu irei conseguir realizar este meu desejo e projeto. Amém! Frei Ovídio Zanini – in memorian

Natividade de Nossa Senhora "Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque olhou para a humildade de sua serva e daqui para frente me felicitarão todas as gerações". (Lc 1,47-48) Com esta festa, é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. O grande significado da natividade de Maria está no que ela é dentro do desígnio de Deus. É a mãe do Verbo encarnado. Honramos nela aquele estágio ideal da história humana em que a bondade Divina nos trouxe a aurora da salvação. Deus dá um passo à frente na atuação do seu eterno desígnio de amor, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, em resposta às suas preces, aproximadamente uns 18 anos a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. A Igreja ao longo da história ensina que Maria foi concebida de maneira natural, mas foi preservada do pecado original para ser a mãe de Jesus o Filho de Deus, daí que procede o dogma da Imaculada Conceição. De fato, Maria nasce, para ser a Mãe de Deus e por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o céu, como é feito com os outros santos. Celebrada no dia 8 de setembro, nove meses após a sua Imaculada Conceição (08 de dezembro). Segundo uma bela tradição, tal festa teve início quando São Maurílio a introduziu na diocese de Angers, na França, em conseqüência de uma revelação, no ano 430. Foi assim, um senhor de Angers encontrava-se na pradaria de Marillais e na noite de 8 de setembro daquele ano, quando ouviu anjos cantando no Céu. Perguntoulhes qual o motivo do cântico. Responderam-lhe que cantavam em razão de sua alegria pelo nascimento de Nossa Senhora. Em Roma, já no século VII, encontra-se o registro da comemoração de tal festa. O Papa Sérgio tornou-a solene, mediante uma grande procissão. Posteriormente, Fulberto, Bispo de Chartres, muito contribuiu para a difusão dessa data em toda a França. Finalmente, o Papa Inocêncio IV, em 1245, durante o Concilio de Lyon, estendeu a festividade para toda a Igreja.

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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês

Maria é o elo de ligação entre a trindade e a humanidade. Com o nascimento da V irgem Maria cumpria-se a profecia de Isaias 11,1 que diz: "Do tronco de Jessé sairá um ramo, um broto nascerá de suas raízes...". O nascimento de Maria Santíssima traz portanto, ao mundo o anuncio jubiloso de uma boa nova: a mãe do Salvador já está entre nós. Ela é o alvorecer prenunciativo de nossa salvação, o início histórico da obra da Redenção. Visivelmente, nenhum acontecimento extraordinário acompanhou o nascimento de Maria e os escritos Evangélicos nada dizem sobre sua natividade. Na vida da Virgem Maria o cotidiano dos fatos sempre lhe acompanhou. Aquela que vivia o seu dia a dia de maneira despercebida aos olhos dos homens dá à Luz o Salvador. A humildade também lhe era característica pois ela sendo Rainha apresentou-se sempre como serva obediente (Lc 1,38). Cresceu como todas as meninas, mas se distinguia por ser toda de Deus, guardando tudo em seu coração (Lc 2,51). A sua vida tão cheia de normalidade, ensina-nos a agir em tudo com o coração voltado para Deus numa perpétua oferenda ao Senhor. O dia da sua natividade é verdadeiramente um prenúncio e o início do mundo melhor, como proclamou de modo esplêndido o Papa Paulo VI. Além das solenidades, festas e memórias, em

cada missa, Maria é sempre evocada no momento das intercessões pela Igreja, como peregrina e companheira, neste nosso caminhar, junto com seu esposo São José, os apóstolos e todos os santos. A Igreja retoma, em sua liturgia, em cada entardecer, a ação de graças a Deus pela encarnação do Verbo, rezando "a hora do ângelus" colocando-nos dentro do sentido do culto mariano. Bento XVI assim se refere a Maria no documento de Aparecida n° 270: "Maria Santíssima, a Virgem pura e sem mancha, é para nós escola de fé destinada a nos conduzir e a nos fortalecer no caminho que conduz ao encontro com o Criador do céu e da terra.....Inspirem-se em seus ensinamentos. Procurem acolher e guardar dentro do coração as luzes que ela, por mandato divino, envia a vocês a partir do alto". Irmãos e irmãs com grande júbilo celebramos a festa do nascimento da Virgem Maria. Ela é a Senhora da terra e Rainha do céu, Mãe de Deus e de toda Igreja. Nosso olhar contempla a Virgem bela e santa, Rainha serena que nos traz a paz. Escolhida de Deus, predileta do Pai, é justo rendermos graças por tão nobre criatura. Bendita seja a grande Mãe de Deus, aquela que carinhosamente chamamos de Nossa Senhora e nossa Mãe.

Frei Luiz Roberto Portella OFMCap

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Nossa missão diante da Política Estamos vivendo, novamente, um momento de muito questionamento e indecisões. O país vivencia mais uma eleição e desta forma este assunto de política e eleições nos deixa preocupados, e para muitos um ato sem muita importância. Pois bem, precisamos neste momento pararmos e refletirmos de que forma este Reino de Deus está acontecendo aqui e agora, e podemos ver que não está de acordo com o que Jesus Cristo nos propõe como batizados, e por consequência missionários e discípulos. Esta nossa participação é uma forma de mostrar a incidência do Evangelho na vida concreta, visando à construção de uma sociedade mais justa, fraterna e equitativa. E em consequência haverá uma esperança real para tantas pessoas descrentes com a política atual. Estando à véspera das eleições de 2014, nossa missão e obrigação moral é de promover o bem comum ao exercer o nosso privilégio de voto. As autoridades civis não são as únicas responsáveis pelo nosso país. O serviço do bem comum é de responsabilidade de todos os cidadãos, somente desta forma nos sentimos protagonistas do Reino de Deus. O ato de votar não pode ser um gesto arbitrário. “A consciência cristã bem formada não permite a alguém favorecer com o próprio voto a concretização de um programa político ou a aprovação de uma lei particular que contenham propostas alternativas ou contrárias aos conteúdos fundamentais da fé e da moral” (CVP nº 4). Para melhor entendermos este processo democrático e importante a igreja católica tem elaborado textos e cartilhas para uma melhor conscientização e responsabilidade, de não somente eleger, mais de também acompanhar os mandatos dos candidatos eleitos. Este ano a CNBB Regional Sul 2 elaborou a cartilha de orientação política com o tema : “ Somos corresponsáveis pelo futuro do nosso País”, e dentre todos os assuntos abordados descrevo dois que acho de importante relevância: Votar em quem... e Não votar em quem... setembro.2014

- Só aparece no tempo da campanha. Neste campo é preciso tomar cuidado com os candidatos que se utilizam da potencialidade dos católicos para se promover, mas não possuem qualquer vínculo com a Igreja Católica. - Muda frequentemente de partido, sempre conforme suas conveniências, e sem comprometimento com os anseios do povo; - Político “engomadinho” que fala bonito se apresenta bem, mas não tem conteúdo em suas propostas; - Não mude sua opinião em razão de pesquisas eleitorais. Para finalizar descrevo as palavras do papa Francisco em um dos seus discursos, que vem de encontro à importância de nosso voto consciente e missão.

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VOTAR EM QUEM... Apresenta uma sincera adesão aos valores cristãos, efetiva competência politica e reconhecida capacidade de liderança; Defende a vida, desde a concepção até o fim natural, e a dignidade do ser humano; Possui histórico de comprometimento com as causas dos mais necessitados; Garante a liberdade de educação salvaguardando o ensino religioso confessional e plural, de acordo com o princípio constitucional da liberdade religiosa, reconhecido no Acordo entre o Brasil e a Santa Sé; É coerente em relação ao seu discurso e atitude (se o candidato tiver um engajamento na Igreja Católica é digno de mais confiança ainda. Escolha pessoas que possuem vínculos com a igreja, demonstrados antes da campanha eleitoral);

- Defende a família, segundo o plano de Deus; - Manifesta um comportamento público que inspira confiança e credibilidade.

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NÃO VOTAR EM QUEM... É reconhecidamente desonesto. Não importa a sigla partidária, o credo religioso ou a posição nas pesquisas, se é corrupto, neguelhe o seu voto; Promete fazer aquilo que não é de sua competência; O dito popular “ele rouba mas faz” não pode prevalecer na mente e no coração dos cristãos comprometidos com o bem. E é bom “ficar de olho” os altos gastos das campanhas: quem muito gasta vai querer o seu dinheiro de volta, se eleito; Não vote naquele que se mostra como político profissional: está no poder a muito tempo e nada faz de concreto para o povo;

“Quero lançar em apelo a todos os que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: Não se cansem de trabalhar por um mundo justo e solidário! Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo! Cada um, na medida das próprias possibilidades e responsabilidade, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas injustiças sociais! Não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável; não é ela, mas, sim, a cultura da solidariedade; a cultura da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão. E todos nós somos irmãos”.

Marcia Regina Cordoni Savi Presidente do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Curitiba

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Nossa Paróquia pode ser uma Comunidade de Comunidades? O Documento 100 da CNBB, anteriormente “Textos de Estudos n. 104”, faz uma revolução em nossa maneira de compreender a paróquia. Esta se estende além do território geográfico, um novo conceito que se forma a partir do texto que a CNBB aprovou na última assembléia. “É o olhar do discípulo missionário que se nutre da luz e da força do Espírito Santo.” (EG 50). Somos convidados a olhar de maneira ampla sobre nossas comunidades e entender a paróquia como possibilidade de novas comunidades onde alguns elementos são bastante relevantes. As cidades cresceram muito, e as pessoas deixaram de se encontrar, o que impera é um indiferentismo exagerado, uma fé intimista que não forma mais para a vida fraterna. Ir à igreja ficou uma opção entre muitas que temos. Vemos uma fragmentação da vida e da cultura. Deste modo a paróquia não pode entender sua evangelização somente como catequese, ou se preocupar somente com questões administrativas e burocráticas. É im-

portante, mas não é tudo! Vemos um salto qualitativo em muitas comunidades no Brasil nesses últimos anos. Pastoralistas animados, missionários que saem dos centros urbanos para as periferias, grupos de jovens e catequistas preocupados em evangelizar levando a promoção do encontro com Cristo, mas muito ainda temos que caminhar. Precisamos urgente de descentralização dos serviços, todos na comunidade são chamados a testemunhar a vida em Deus para ir ao encontro dos afastados e dando oportunidade para que todos trabalhem na pastoral. Nesses passos a setorização é um meio, de nada vai adiantar demarcar geograficamente as comunidades se não temos pessoas para ir ao encontro de outras. Um passo importante é a acolhida, vários grupos já se organizaram como pastoral, mas creio que todos na nova comunidade paroquial que sonhamos devem ser acolhedores. Uma comunidade que sabe acolher fará a diferença. Essa acolhida não somente na porta da igreja, mas no todo da pes-

soa, na sua rua, no mercado, na farmácia, no ônibus, onde um missionário se encontrar será sempre sinal de acolhida, presença de Deus. Um outro aspecto nessa nova paróquia, é atenção que damos a iniciação cristã, que vai muito além da compreensão da doutrina em conteúdos, mas da vida comunitária, onde os pais são chamados a dar testemunho, a ingressarem em uma autêntica catequese familiar. No trilho dessa “locomotiva”, que apontamos segue também uma nova mentalidade para os Conselhos de Pastoral e CPP, para o testemunho de uma Igreja em saída. A acolhida é para todos, crianças, jovens, e idosos, uma marca de uma igreja que sai. Que se levanta que acorda de sua dormência. Uma nova paróquia inspirada por este documento não pode ser uma utopia, mas deve ser uma realidade buscada por todos nós ministros, ordenados e com a ajuda de todos os leigos que são missionários, para o desejo que outros se tornem e abracem a nova evangelização, e a força de dinamizar o Reino de Deus. Não

precisamos de coisas complexas e teorias maiores. O passo é que caminhemos na simplicidade vendo a realidade, aquilo que ela é: na dinâmica do espaço e do tempo: como fez Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, São João Paulo II, e tantos outros que nos precederam. O que você tem feito para tornar sua paróquia uma autêntica comunidade de comunidades?

Pe. Rivael de Jesus Nacimento Mestre em Teologia Pastoral Reitor do Santuário Nossa Senhora de Lourdes do Campo Comprido. (perivael@gmail.com)

Tarde festiva de confraternização e formação das Mensageiras de Capelinhas

Em uma bonita tarde de sol, em pleno inverno, as Mensageiras de Capelinha da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, receberam no salão Paroquial, no dia dois de agosto passado, as mensageiras de outras Paróquias do Setor Mercês e também de outros setores, para uma tarde de Formação de Mensageiras de Capelinhas. Nosso Assessor Espiritual, Frei Benedito Felix da Rocha fez o acolhimento aos presentes e foi homenageado com nossos parabéns e pequenas lembranças, pois nesse dia de Nossa Senhora dos Anjos, ele comple-

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tou 33 anos de ordenação. Pe. Regis S. Bandil, Assessor Eclesiástico do Movimento nos deu sua mensagem sobre o mês vocacional e nos trouxe dois seminaristas, Antonio e Daniel, para fazerem as palestras. Estavam presentes a Coordenadora Geral do Movimento, Sra. Maria Adelaide Nichele e sua vice, Sra Josiane Antunes Andrade, a coordenadora da área Centro-Oeste, Sra. Maria Inês Mathias dos Santos, a coordenadora do Setor Mercês, Sra. Élia Maria Kluge, a coordenadora do setor Centro 1, Sra. Mabel Kur . Pudemos contar

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também, com a presença de mais de cinqüenta mensageiras que participaram com alegria e atenção. Os seminaristas, Antonio e Daniel, do Seminário Rainha dos Apóstolos, nos falaram sobre um documento do Papa Francisco, EVANGELII GAUDIUM, que significa A Alegria do Evangelho e sobre o documento 100 da CNBB, Comunidade de Comunidades-Conversão Pastoral da Paróquia. Palestras interessantes que nos mostraram os diversos caminhos para a evangelização, principalmente daqueles que se encontram mais afastados da Igreja, que

também são os mais necessitados e, nós, como Mensageiras, levando Maria, de casa em casa, podemos evangelizar. Com a bênção de Frei Pedro Cesario Palma, nosso Pároco, encerramos as atividades e participamos de um pequeno lanche. Agradecemos a todos que atenderam nosso convite e conosco participaram dessa tarde muito proveitosa. Por Maria, com Maria, sempre Maria.

Movimento das Capelinhas da Paróquia Nossa Senhora das Mercês

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“A Palavra do Senhor permanece para sempre” (1Pd 1,25). Neste mês, a Igreja nos convida a refletirmos sobre a Palavra de Deus. Setembro foi escolhido como o mês da Bíblia, em homenagem a São Jerônimo, cuja a memória celebramos no dia 30 de setembro. É muito justa esta homenagem, pois sua obra, chamada “Vulgata” que quer dizer “simples” possibilitou a leitura da Palavra de Deus. São João inicia seu Evangelho, com o que chamamos de Prólogo, se referindo a Jesus Cristo como o Logos, que em grego significa a palavra escrita ou falada - o Verbo, isto é, a Palavra divina que tomou forma humana e habitou entre nós: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era Deus” (Jo 1,1). Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Mateus é o tema proposto para o Mês da Bíblia de 2014, partindo das prioridades do Projeto de Evangelização “O Brasil na missão continental” e os aspectos fundamentais do processo de discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão. O lema é ”Ide, fazei discípulos e ensinai” (cf. Mt 28,19-20). Ele foi indicado pela Comissão Bíblico Catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com as Ins-

tituições Bíblicas, entre elas o Serviço de Animação Bíblica. A Palavra de Deus, desde sempre trouxe a vida, sem ela a terra estava sem forma, mergulhada no vazio e nas trevas, e a partir da Palavra de Deus tudo foi criado. O primeiro capítulo do Livro do Gêneses, menciona a expressão “Deus disse (Logos): Faça-se...” para cada obra da criação (cf. Gn 1,1-31). Através de sua Palavra Deus sempre se comunicou com a humanidade “Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho”. (Hb 1,1-2a). O Papa Francisco na Exortação Evangelli Gaudium – Alegria do Evangelho, nos coloca o seguinte desafio: “O estudo da Sagrada Escritura deve ser uma porta aberta para todos os crentes. É fundamental que a Palavra revelada fecunde radicalmente a catequese e todos os esforços para transmitir a fé. A evangelização requer a familiaridade com a Palavra de Deus, e isto exige que as dioceses, paróquias e todos os grupos católicos proponham um estudo sério e perseverante da Bíblia e promovam igualmente a sua leitura orante pessoal e comunitária. Nós não procuramos Deus tateando, nem precisamos de esperar que

Ele nos dirija a palavra, porque realmente «Deus falou, já não é o grande desconhecido, mas mostrou-Se a Si mesmo. Acolhamos o tesouro sublime da Palavra revelada!” (EG 175). Para se fazer uma boa leitura da Bíblia, quatro passos são sugeridos: 1° Passo – Leitura: ler o texto várias vezes - Leitura lenta e atenta da Palavra de Deus. - Escutar e conhecer bem o que diz o texto. 2° Passo – Meditação: ruminar, mastigar, guardar na memória. - Meditar é guardar no coração e deixar-se amar. - O que o texto me diz? Atualizar para hoje. 3° Passo – Oração: louvar, agradecer, suplicar. - O que o texto me leva a dizer a Deus? Conversar com Deus. - Responder aos apelos de Deus. 4° Passo – Contemplação para ação: viver, agir - Ver a realidade com os olhos de Deus. - Mergulhar no mistério de Deus. Que a Palavra de Deus possa sempre nos educar e reanimar na fé. Que ela seja nossa companheira de caminhada, e a luz para nossos pés, pois assim saberemos por onde andar.

Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – Obra considerada benfeitora nacional que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos em parceria com milhares de emissoras no país e algumas no exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook: www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter: @padremanzotti Instagram: @padremanzotti

A evangelização através dos retiros Associação Evangelizar é Preciso e Padre Reginaldo Manzotti reúnem participantes para levar a Palavra de Deus a quem precisa

Evangelizar cada vez mais. Fazer com que Deus esteja presente na vida das pessoas. Esse é a missão do Padre Reginaldo Manzotti e da Associação Evangelizar é Preciso. Por isso, no ano de 2014, o sacerdote decidiu se dedicar aos retiros. No mês de agosto a equipe da Associação esteve em Maringá e reuniu mais de cinco mil pessoas no II Retiro Evangelizar é Preciso. Em março deste ano também tivemos o II Retiro Nacional Evangelizar é Preciso em Curitiba e no mês de setembro, a cidade de São Paulo terá o seu primeiro retiro. Por acreditar nesse trabalho de evangelização setembro.2014

toda a equipe se une para oferecer aos inscritos momentos de reflexão, conhecimento da Palavra de Deus e fortalecimento da fé. Padre Reginaldo escolhe um tema e a partir dele, desenvolve suas pregações. E muitas vezes essas palavras servem de consolo, alívio e renovam a esperança de quem está desiludido e desamparado. Uma grande estrutura precisa ser montada para atender a todos os participantes e a Associação Evangelizar é Preciso se preocupa com o bem estar e a segurança de todos os participantes. Além disso, todos têm acesso à alimentação e produtos que evangelizam como livros,

CD´s, DVD´s, camisetas, terços, escapulários e muito mais. Se você ainda não teve a oportunidade de participar de um retiro com o Padre Reginaldo Manzotti, não perca a chance de estar em São Paulo no próximo dia 14 de setembro. Com o tema “Coração Evangelizador”, o sacerdote nos ajudará a estarmos mais próximos de Jesus, da Palavra de Deus e fazer com que o nosso coração seja evangelizador. O encontro acontece no Ginásio da Portuguesa, das 9h às 18h e as inscrições podem ser feitas pelo site www.padrereginaldomanzotti.org.br. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês

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Os estigmas de Francisco de Assis e o segredo da suprema felicidade! Mensagem segundo o depoimento de Dom Laurence Freeman, OSB Foi no Monte Alverne onde São Francisco de Assis (1182-1226) recebeu os estigmas em 1224, dois anos antes de sua morte. Francisco fora ao monte para um jejum de quarenta dias em preparação à chegada da irmã Morte cuja rápida aproximação pressentia. Na noite de 14 de setembro de 1224, Festa da Santa Cruz, seu fiel amigo e companheiro, Frei Leão, desobedeceu às instruções de Francisco e penetrou na solidão de sua reclusão para ver como ele estava. À luz do luar, Frei Leão viu Francisco de Assis de joelhos em oração, repetindo com todo o fervor as perguntas que se encontram no centro de toda oração cristã: “Quem és tu, meu doce Deus… Quem sou eu, teu servo inútil?” “E somente estas palavras repetiu e nada mais disse” – conta-nos São Boaventura, seu biógrafo. Frei Leão viu o fogo que descia sobre a cabeça de Francisco, envolvendo-o por muito tempo. Entretanto, o sinal da transformação da vida de São Francisco seria a marca permanente das cinco chagas divinas de Cristo no seu corpo. Pouco depois, Francisco deixou o Monte Alverne e retornou à cidade de Assis, para morrer “com a chama do amor divino em seu coração e as marcas da Paixão em sua carne”. Com humildade, perguntou a seus irmãos se deveria tornar pública a informação sobre seus estigmas, e convenceu-se de que deveria quando lhe disseram que a experiência deveria ter um significado não somente para ele, mas também para os outros. MISTÉRIO E SIGNIFICADO As experiências mais profundas das histórias de nossas vidas também merecem a mesma reverência e impelem à busca de significados. E o significado não aparece com rapidez ou facilmente. Não dar o tempo ou a quietude de atenção necessários, para tornar plenamente consciente o que nos acontece, é uma característica de nossa época, veloz e impaciente. Tempo e atenção são necessários se não quisermos tratar a vida superficialmente. A superficialidade desperdiça o precioso sentido do sagrado que dá profundidade e propósito a nossos encontros com a alegria e o sofrimento intensos, freqüentemente cheios de perplexidade. Mistérios como esses são dons valiosos, realidades que exigem tempo. Quanto à experiência de Francisco, precisamos, em primeiro lugar, perguntar: o que significava e para quem? Para o próprio Francisco, para a Igreja, ou para nós, hoje? Talvez o significado para Francisco fosse de foro íntimo e inacessível, só dele mesmo – este é o significado solitário e único de toda experiência única. Podemos supor, pelo que sabemos de Francisco, que os seus estigmas simbolizam um alto grau de realização da sua união com a pessoa do Cristo Crucificado e Ressuscitado, a quem amou com tanta persistência e paixão. A vida de Francisco foi uma ascensão, freqüentemente uma peregrinação vertiginosa em direção a esta união de sua humanidade com a humanidade de Cristo. Ao contrário dos seus seguidores, que o veneravam como santo, Francisco via a história de sua própria vida repleta de inúmeros fracassos e retrocessos, provocados por sua natureza pecaminosa. Como acontece com a maioria dos fundadores, ele morreu com um sentimento de fracasso.

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Ao mesmo tempo, ele também sentia e manifestava uma alegria cada vez mais intensa, o que seria uma prova, em nível mais profundo de percepção, de que sua evolução era constante. A coexistência, a mistura de alegria e sofrimento, dor e paz, amor e solidão, deve tornar-se, com crescente clareza, o tema unificador – se não, mesmo, a experiência – da nossa vida de oração. Independentemente do que possa ter significado a mais para Francisco, por causa da extinção, pelo amor, da sua identidade separada, os estigmas selaram também sua vocação e sua missão na Igreja. A experiência de Francisco influenciou decisivamente o curso da Espiritualidade cristã. Sua união com Cristo, ocorrida no Monte Alverne, iniciou uma nova era e uma mudança na consciência cristã. Ficou a cargo de São Boaventura – pois Francisco não era teólogo – formular a devoção ao Jesus histórico, especialmente a que focalizou a Cruz – que abriu uma nova dimensão no pensamento e no sentimento cristãos. Vimos como, em sua simplicidade, Francisco ilustrou a dimensão trágica da vida em que alegria e sofrimento são parceiros inseparáveis. Questionamos a fixação da nossa cultura na busca da felicidade, que nega a nossa inescapável condição de mortalidade e nossas imperfeições essenciais. No sinal misterioso da união de Francisco com Cristo, pudemos sentir como o desejo de união, que é a mais profunda de todas as nossas aspirações, só pode acontecer com pureza de coração e intensa entrega. A união acontece quando ela é o nosso único desejo: quando o drama habitual de desejos conflitantes, que nos fazem repetir padrões antigos de fracassos, tiver sido radicalmente simplificado. Quando lemos que Francisco, ao deixar o Monte Alverne montado em uma mula, por causa da dor que sentia em seus ferimentos, começou – na última fase de sua vida – a curar os sofrimentos dos outros, compreendemos que nenhuma experiência identificável como tal pode ser considerada definitiva. Estamos sempre seguindo adiante. “Os anjos ficam parados – diz um ditado judeu – o Santo está sempre em movimento”.

A escolha de Assis pelo Papa João Paulo II como local para o encontro histórico da oração ecumênica em 1988, reunindo dirigentes religiosos de todas as crenças, foi inspirada pela amizade universal a que se dedicou Francisco. Os santos, assim nos parece, não são somente para ser venerados como paradigmas de excelência, mas devemos nos aproximar deles como amigos para a jornada espiritual, com a humildade de Cristo, superando o paradoxo de uma intimidade universal que parece impossível sem eles. FERIDOS QUE CURAM Depois de receber os estigmas de Cristo, Francisco ficou marcado como a expressão viva do arquétipo de santo, sábio ou xamã. Mas no sentido cristão, e de forma ainda mais expressiva, ele personifica o ferido que cura. Numa ocasião em que Frei Rufino tocou Francisco e colocou com curiosidade sua mão na chaga aberta do lado, Francisco se encolheu de dor. Como ele, nós também às vezes invadimos as feridas íntimas de outros – a mídia atual ganha muito com isto. Nós sabemos como os nossos ferimentos mais profundos podem gritar de dor quando um pensamento, uma palavra ou ação desatenciosa toca neles. O toque é um tema dominante na vida espiritual de Francisco. Ele tem um contato alegre com o mundo material e suas múltiplas e esplendorosas belezas. Ele é constantemente mostrado tocando ou sendo tocado por criaturas, humanas e outras. Muitos dos que o tocaram no fim da vida sentiram-se curados simplesmente por fazê-lo. Sua grande singularidade demonstra a espécie superior de sanidade que nos advém quando somos (mesmo que só um pouco) tocados por Deus. As chagas de Francisco foram toques de Deus que o mudaram de forma irreversível. O ferimento é uma experiência rara de permanência. A maioria das coisas que acontece não dura. Necessitamos, portanto, distinguir entre ferimentos e golpes, as frustrações e os desapontamentos que acontecem na vida e que podem ser amargamente dolorosas, mas que, com o tempo, podem até desaparecer da memória: o fracasso de um exame, perdas financeiras, desencontros. De tudo isso nós nos recuperamos. Entretanto, os ferimentos nos marcam para sempre e alteram a química mais profunda de nossa percepção e o próprio funcionamento de nossa identidade. Um ferimento significa que nada será mais como antes. O tempo conserta os golpes, mas não cura ferimentos profundos. Somente a eternidade, a imersão do momento presente nas águas da presença de Deus, pode curar um ferimento. Assim como o ferimento da morte de Cristo só pode ser curado pela Ressurreição, quando Ele mergulhou nas escuras profundezas de sua divindade.

Frei Hélio de Andrade OFMCap

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Nossa Senhora das Dores - 15 de Setembro Caro leitor, ao entrar na Igreja das Mercês, no altar lateral ao lado direito, você encontra as imagens do Cristo Crucificado, estando aos seus pés São João, o discípulo amado a quem Jesus confiou sua Mãe e Ela, sua Mãe Santíssima, mais conhecida como Nossa Senhora das Dores. Este quadro representa a 5ª dor de Maria. Entretanto, esta devoção faz lembrar as sete dores de Maria: 1. A profecia de Simeão (Lc 2,34-35); 2. A fuga para o Egito (Mt 2,14; (Nossa Senhora do Desterro); 3. A perda do Menino Jesus no Templo (Lc 2,41-45); (5º mistério gozoso); 4. O encontro com Jesus carregando a cruz; (4ª estação da Via Sacra); 5. A crucificação (Jo 19,25-27); (Eis aí tua Mãe; eis aí teu filho!); 6. A deposição da cruz (Jo 19, 38-39; (Nossa Senhora da Piedade); 7. A sepultura (Lc 19,40-42). (Nossa Senhora da Soledade); Esta devoção é celebrada no mundo inteiro na quaresma, sobretudo na Sexta-Feira Santa. Em muitos lugares celebra-se a procissão do Encontro: de um lado o andor com a imagem do Cristo morto e do outro, o andor com nossa Senhora das dores. Ao final, os andores se encontram, com grande comoção do povo. Quem de nós não lembra do famoso canto: “Virgem Dolorosa, que aflita chorais, repleta de angústias, bendita sejais. Bendita sejais, Senhora das Dores: ouvi nossos ais, Mãe dos pecadores!” Há muito tempo o povo cristão vinha consagrando a terna lembrança às Dores da Mãe de Deus. Muitos Padres da Igreja, como Santo Efrém, Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Bernardo fizeram comoventes considerações sobre as Dores da Mãe de Deus. No século XIII a tendência geral fixou-se na celebração das Sete Dores. A Ordem dos Servitas, fundada em 1240, muito contribuiu para propagar essa devoção. Seus membros deviam santificar a si e aos outros pela meditação das Dores de Maria e de seu Filho. No final do século XV era quase

geral entre os cristãos o culto compassivo das Dores de Maria. Os poetas de vários países consagraram-lhe inúmeras poesias. O hino Stabat Mater (Estava a Mãe dolorosa) tem por autor o franciscano Frei Jacopone de Todi (1306) e foi musicalizado por compositores notáveis, entre os quais Mozart, onde consta Lacrimosa, música belíssima. A festa foi primeiramente introduzida pelo Sínodo de Colônia (Alemanha) em 1423, sob o título de Comemoração das Angústias e Dores da Bem-aventurada Virgem Maria, para expiação das injúrias cometidas pelos Hussitas contra as imagens sagradas. Ela propagou-se rapidamente, recebendo o nome de Festa de Nossa Senhora da Piedade. O papa Bento XII, em 1725 a introduziu no Estado Pontifício e em 1727 estendeu-a

para toda a Igreja. Mas, porque perdia um pouco o seu valor, por estar na quaresma (sexta-feira que antecedia ao Domingo de Ramos), Pio VII, em 1804, determinou que fosse celebrada também no terceiro domingo de setembro. Com a reforma do Breviário, Pio X fixou a data definitiva para 15 de setembro, substituindo o título da festa, para memória: não mais as Sete Dores de Maria, mas Nossa Senhora das Dores. Com este título põe-se em destaque a participação ativa de Maria no sofrimento redentor de Cristo. Ela nos faz compreender também a necessidade de unir nossos sofrimentos aos de Cristo. É uma lei do Cristianismo: quanto mais um cristão se aproxima de Cristo, tanto mais ele deve igualmente aproximar-se da cruz. Portanto, mais do que ninguém, Maria soube participar da paixão de Cristo. Referente à memória de Nossa Senhora das Dores a Missa e o Ofício Divino nos oferecem excelente material para enriquecer nossa vida espiritual pessoal e comunitária. Concluo a reflexão com esta oração da missa e do ofício divino: Ó Deus, quando o vosso Filho foi exaltado, quisestes que sua Mãe estivesse de pé junto à cruz, sofrendo com ele. Daí à vossa Igreja, unida a Maria na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Fr. Juarez De Bona, OFMCap. e-mail: juarezdb@convoy.com.br

A Solenidade da Santa Cruz – A Cruz de Jesus Na solenidade da Exaltação da Santa Cruz (dia 14 de setembro) celebramos a cruz como instrumento de santidade e símbolo da vitória do Senhor. Parece uma festa controversa, pois quem é que celebraria um dos mais cruéis instrumentos de condenação? Sabe-se que os romanos condenavam na cruz os ladrões, assassinos e subversivos! E Jesus, a pedido dos chefes dos judeus, padeceu da mesma condenação. Cruzes eram postas à beira das estradas para que as pessoas vissem e temessem! No início do ministério de Jesus, certamente os discípulos nem imaginavam que o Senhor sofreria a cruz. Provavelmente queriam vê-lo glorioso. É por isso que não nos surpreendemos quando Pedro chama Jesus de lado e diz que ele não passaria por tal suplício (Mc 8,33). O fato é que celebramos a Exaltação da Santa Cruz não pelo pedaço de madeira em si, mas por causa da doação total de Cristo, da sua fidelidade ao Pai, ou seja, porque foi vencedor diante da morte. Celebramos a cruz, mas não o sofrimento. Há pessoas com uma visão imprecisa sobre o sentido da cruz de Jesus e a cruz do cristão. Entendem que o Pai quis pendurar o Filho no lenho, e que todo tipo de sofrimento que passamos significa a cruz que devemos

carregar. E aqui cabe um esclarecimento: primeiramente, a morte de Jesus na cruz foi consequência histórica da forma de vida que ele assumiu, sendo sempre servidor, de tal modo que não foi Deus quem quis sua morte, mas foi morto pela rejeição que os humanos tiveram ao projeto do Pai. Jesus veio anunciar o Reino, e não veio morrer. Alem disso, é justo afirmar que o sofrimento é salvador? Como cristãos, precisamos ter clareza de que o sofrimento em si mesmo não é salvador. Salvadora é a vida toda de Jesus, porque revela a superação do pecado, a abertura a vontade e a fidelidade ao projeto do Pai. Logo, a cruz é símbolo da salvação por causa da vida de Jesus, por revelar a radicalidade da sua entrega. É a partir desta compreensão que afirmamos não haver cristianismo sem a cruz. O próprio apóstolo Paulo tentou anunciar Jesus sem a cruz, no aerópago em Atenas. Falou somente da ressurreição e os gregos foram embora avisando: “sobre isso viemos te escutar outro dia” (At 17,32). Paulo então foi para a cidade de Corinto, onde dois terços da população era escrava, e lá anunciou o Jesus crucificado e ressuscitado. O resultado foi melhor. Porém, Paulo sabia que anunciar a cruz não era fácil: “Nós anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus, é escândalo, para os gentios é loucura, mas para

aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor 1,2324). Por isso, é bom sempre termos presente que não se pode separar a cruz e a vida de Jesus. Jesus morreu para nos salvar, sim. O mal disso é que podemos achar essa morte tão natural! Mas a atitude do cristão é de não ficar tranquilo diante desse fato. Não aceitar que tudo foi pré-meditado e que de qualquer forma a morte do Senhor seria assim. O papa Francisco afirma que “o estilo cristão sem a cruz não é cristão, e se a cruz é uma cruz sem Jesus, não é cristã.” Jesus não aumentou as cruzes, mas deu um sentido a cruz. Por isso, celebremos esta solenidade da cruz do Senhor, pois “quem busca Jesus sem a cruz, encontrará a cruz sem Jesus”, ou seja, sempre encontraremos a cruz, mas sem Jesus não teremos força para carregá-la.

Frei Rogério Goldoni Silveira OFMCap

Neste ano nossa paróquia deu continuidade ao Curso Bíblico, que acontece na primeira segunda-feira de cada mês, e estamos trabalhando o Evangelho de João. Nos encontros, das 20h às 21h30, compreendemos melhor o evangelho, refletimos sobre alguns textos, resolvemos dúvidas acerca de alguns textos mais polêmicos e rezamos, visto que esta experiência do curso possibilita um maior entendimento do texto bíblico, e nos ajuda a aproximarmo-nos mais do Senhor. O curso é ministrado pelo Frei Rogério Goldoni Silveira, que há mais de oito anos se dedica a formação bíblica, é pós-graduado em Teologia Bíblica pela PUC-Londrina, e atualmente reside no Rio de Janeiro, onde faz o mestrado em Teologia Bíblica, na PUC-Rio.

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>> Nossos Freis

Frei AFONSO (José Govasky)

Frei Afonso quando jovem

Com sua família - Butiatuba, 1941

Continuando a apresentar nossos Freis que fazem parte da Fraternidade Convento e Paróquia das Mercês, agora é a vez de Frei Afonso. DADOS FAMILIARES Frei Afonso nasceu em Butiatuba, município de Almirante Tamandaré, no dia 18.07.1925. É filho de João Govasky e de Verônica Miecznikowska. São seus irmãos: Maria, Rosa, Bernardo (Frei Jacinto), Anna e Pedro (Maria e Frei Jacinto são falecidos). Frei Afonso é o segundo filho e o primogênito entre os homens. Foi batizado no dia 22.07.1925 na matriz Sant’Ana de Abranches e crismado aos 27.11.1932, na capela de Butiatuba. VIDA RELIGIOSA E SACERDOTAL No dia 03.07.1941 José entrava no Seminário Santo Antõnio, em Butiatuba, quando fr. Barnabé de Guarda Vêneta era o diretor. Recebeu o hábito capuchinho

Bodas de Prata de Sacerdócio - 1977

em Butiatuba, aos 24.12.1945 com o nome de Frei Afonso de Butiatuba. Fr. Gaspar de Fellette foi o seu mestre de noviciado. Emitiu a primeira profissão religiosa aos 29.12.1946 em Butiatuba e a perpétua, aos 11.02.1950, em Curitiba. Recebeu os ministérios de leitor aos 22.10.1950 e de acólito aos 19.05.1951. Foi ordenado diácono aos 15.08.1952 e sacerdote aos 21.12.1952, por Dom Manuel da Silveira D’Elboux. Todas estas cerimôncias

Frei José Govaski

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Em Reserva, a cavalo, 1955

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Rezando o ofício divino

Frei Afonso (José Govasky)

ocorreram em nossa igreja das Mercês. Celebrou a primeira missa solene em Butiatuba, sua terra natal, no dia 01.01.1953. Bernardo, seu irmão 5 anos mais novo, também se tornou sacerdote capuchinho com o nome de fr. Jacinto, e foi grande músico. Em 1972 seus pais celebraram bodas de ouro em Butiatuba: fr. Afonso presidiu a missa e fr. Jacinto dirigiu o belíssimo coro Santa Cecília. Foi uma missa muito comovente.

RESIDÊNCIAS: Butiatuba-Alm. Tamandaré; Barra Fria (hoje Lacerdópolis); Curitiba-Mercês (3 vezes); Curitiba-N. Sra. da Luz; Dois V izinhos; Enéas Marques; Florianópolis; Guaratuba (2 vezes); Irati-Riozinho; Itapoá; Mandaguaçu; Ponta Grossa- São Cristóvão; Ponta Grossa-Imaculada Conceição e Itaiacoca (4 vezes); Reserva (3 vezes); Rio Branco do Sul; Umuarama; Uraí e Vera Cruz do Oeste.

Ministério das Bênçãos 2005

TESTEMUNHO Fr. Afonso está com 89 anos de idade. Nos primeiros anos de sacerdócio visitava a cavalo (ver fotos) as capelas de Reserva, Itaiacoca e interior de Capinzal e Barra Fria. Em dezembro próximo completa 68 anos de V ida Religiosa Capuchinha e 62 de V ida Sacerdotal. Desde 1997 faz parte da fraternidade das Mercês. Aqui ele atuou na pastoral das bênçãos, das exéquias e visita aos doentes. Durante algum tempo cultivou com muita dedicação plantas medicinais. Gostava de propagar o jornal de Aparecida. Foi e continua sendo para nós exemplo de oração, disponibilidade, transparência e alegria franciscana. Devido à sua longa idade atualmente se dedica aos cuidados com sua saúde e à oração.

Fr. Juarez De Bona, OFMCap

Ministério das Bênçãos 2011

setembro.2014


>> CATEQUESE EM AÇÃO

No mês da Bíblia vamos conhecer números e significados Devemos prestar muita atenção ao valor dos números na Bíblia, pois estamos diante de uma mentalidade diferente da nossa. Os números, na maioria das vezes, não querem transmitir uma quantidade exata, um dado preciso, mas sim expressar uma realidade, um valor teológico, um dado simbólico. Vejamos o significado dos principais números: 1 (um): Deus é Um (Dt 6,4; Zc 14,9) 2 (dois): É o par perfeito. Dos animais puros, Noé levará para a arca sempre pares (Gn 7,2). É o dobro e pode significar “de sobra”, como em Is 40,2; 61,7; Ap 18,6. 3 (três): Número da unidade e da Trindade. Assim, quando se quer dizer que Deus é Santo, repete-se três vezes: «Deus é Santo, Santo, Santo» (Is 6,3; Ap 4,8). Deus abençoa três vezes (Nm 6,24-26). Três são os mensageiros que anunciam o nascimento de Isaac (Gn 18,1ss). 4 (quatro): Número da totalidade: os quatro cantos da terra; quatro evangelhos; quatro Seres vivos (Ap 4,6; 7,1; 20,8). Os quatro elementos do universo: terra, fogo, água e ar. Quadrangular (Ap 21,16). Representa sinal de plenitude. 5 (cinco): Cinco dedos da mão. O primeiro bloco da Bíblia (a Lei) tem 5 livros, o Pentateuco. 6 (seis): Número imperfeito, não chegou à perfeição, que é o número 7. No Apocalipse (13,18) é repetido três vezes, por isso o número da bes-

ta é 666. Imperfeição total! Interessante é saber que os israelitas escreviam os seus números com letras alfabéticas (não tinham vogais). Assim podia-se escrever um nome com um valor numérico genial. Em Ap 13,18, o famoso número da “besta do Apocalipse” é 666, que provém da soma das consoantes hebraicas (n + w + r + n + r + s + q) de KAISAR NERON: Imperador Nero, o grande perseguidor dos cristãos (100 + 60 + 200 + 50 + 200 + 6 + 50 = 666). 7 (sete): É a soma de 4 + 3. Por isso é o número perfeito, indica o máximo da perfeição (Nm 23,4; Mt 15,36); grande quantidade (Is 30,26; Pr 24,16; Mt 18,21); totalidade (Ap 1,4); indica séries completas como no Apocalipse: 7 Cartas (Ap 2-3); 7 Selos (Ap 6,1-17); 7 cabeças (Ap 12,3). O Cordeiro imolado recebe 7 dons (Ap 5,12). O sá-

bado é o sétimo dia; Deus fez a Criação em 7 dias; a festa de Pentecostes acontece 7 vezes 7 dias depois da Páscoa. 8 (oito): É sete mais um, é como que o transbordar da plenitude. As bem-aventuranças em Mateus são sete mais uma (Mt 5). 10 (dez): Indica grande quantidade (Gn 31,7) ou é simplesmente um número redondo (Mt 25,1). Indica também listas completas. 12 (doze): É o resultado de 4 vezes 3, isto é um número bem completo. É o número da escolha: 12 tribos no AT; 12 Apóstolos no NT; 12 legiões de anjos (Mt 26,53). Os anciãos são 24, isto é: 2 X 12 (Ap 4,4). Os que serão salvos (Ap 7,4) serão 144.000, isto é 12 X 12 X 1000! Número de totalidade (Ap 21,12-14). 40 (quarenta): Número que indica um tempo necessário de preparação para algo novo que vai chegar: 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gn 7,4.12); 40 dias e 40 noites passa Moisés no Monte (Ex 24,18; 34,26; Dt 9,9-11; 10,10); 40 anos foi o tempo da peregrinação pelo deserto (Nm 14,33; 32,13; Dt 8,2; 29,4, etc.); Jesus jejuou 40 dias antes de começar o seu ministério (Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2); a Ascensão de Jesus acontece 40 dias depois da Ressurreição (Act 1,3). Quando alguém errava, era corrigido com 40 chicotadas (Dt 25,3) e Paulo também recebeu cinco vezes as 40 chicotadas menos uma (2Cor 11,24).

Semana da Família

A catequese nos dias 29 a 30/07 e 05 e 08/08 realizou reunião com os pais dos catequizandos para celebrar a Semana da Família. Nestas, as reflexões foram sobre os valores

e prioridades na vivência cristã. Os pais prestigiaram. A Irmã Francisca ressaltou a importância da semana, e a catequese elaborou uma pesquisa sobre os valores familiares, com

objetivo de Identificar as vivências deles em casa, levando o catequizando (a) a refletir e cultivar esses valores e rezar em família, para isto a Irmã pediu a colaboração dos pais.

As reuniões foram concluídas com a leitura de Mt 6.33-34: “Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Retiro dos Catequistas Também foi realizado no dia 24 de Agosto, o retiro dos catequistas, conduzido pelo Frei Jaci. setembro.2014

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A Sagrada Bíblia INTRODUÇÃO O mês de setembro, para nós católicos do Brasil é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971. Mas desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no ultimo domingo de setembro. O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. A Bíblia Sagrada é o livro mais lido do mundo. Ela é impressa em todas as línguas. Além disso existem muitos livros que falam da Bíblia. Apesar de ser o livro mais lido e conhecido do mundo, muitas pessoas tem dúvidas sobre a Bíblia. Ela de fato é a palavra de Deus? Vamos portanto conhecer um pouco deste livro que poderá com certeza mudar a sua vida, desde que saiba fazer uma boa leitura, uma boa interpretação e o faça com fé. Neste mês de setembro o tema é este: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Mateus é o, partindo das prioridades do Projeto de Evangelização “O Brasil na missão continental” e os aspectos fundamentais do processo de discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão. O lema é “Ide, fazei discípulos e ensinai” (cf. Mt 28,19-20). Ele foi indicado pela Comissão Bíblico Catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com as Instituições Bíblicas, entre elas o Serviço de Animação Bíblica. SIGNIFICADO DA PALAVRA BÍBLIA A palavra Bíblia deriva do grego e significa “conjunto de livros”. Para os católicos a Bíblia é composta de 73 livros, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo. A Bíblia dos protestantes ao invés, tem 66 livros: 39 do Antigo e 27 do Novo Testamento. O novo testamento, os livros que foram escritos a partir de Cristo, é igual em todas as bíblias. A diferença se encontra nos livros do Antigo Testamento, os textos escritos antes do nascimento de Cristo.

IDIOMA O antigo testamento foi escrito em Aramaico e Hebraico, menos o Livro da Sabedoria, o Segundo de Macabeus e trechos dos Livros de Daniel e de Ester, que foram escritos em grego. E todo novo testamento foi escrito em grego, menos o Evangelho de São Mateus, que foi escrito em aramaico. PODE A BÍBLIA CONTER ERROS? Não. Por ter sido inspirada por Deus, ela não pode conter erros, falhas ou mentiras. O que pode haver, sim, são erros de tradução. Mas os cristãos, acreditam piamente que, sendo a Bíblia a Palavra de Deus não pode conter erros.

O AUTOR DA BÍBLIA A Bíblia foi escrita por homens e inspirada por Deus. Na verdade os autores dos livros não escreveram aquilo que queriam, mas o que Deus queria que eles escrevessem. No Segundo livro de Timóteo, Paulo diz que a Escritura (Bíblia) é divinamente inspirada, portanto, ela é a palavra de Deus para o homem. Escreve Cechinato que “a Bíblia não foi escrita à maneira de um livro qualquer. Ocorre com a Bíblia algo fora do comum. Apesar de os 73 Livros terem sido escritos num longo período de mais de mil anos, por autores diversos e em épocas diferentes, eles mantêm entre si uma unidade maravilhosa. Todos os 73 Livros da Bíblia estão ligados entre si por um único “fio condutor”. Esta espécie de fio condutor faz com que todos esses 73 Livros não percam de vista o seu objetivo comum: nossa Salvação”. Por isso a Bíblia é Palavra de Deus. ÉPOCA EM QUE FOI ESCRITA Segundo Cechinato “a maioria dos estudiosos afirma que a Bíblia começou a ser escrita em torno do ano mil antes de Cristo”. Outros dizem que ela foi escrita em um período de aproximadamente 1600 anos.

DIFERENÇA ENTRE A BÍBLIA CATÓLICA E A BÍBLIA EVANGÉLICA A Bíblia é única. Contudo, as versões evangélicas contém sete livros a menos que as versões católicas. São eles: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria, Eclesiástico. Estes livros foram considerados pelos judeus da palestina como não sendo inspirados pelo Espírito Santo e por isto os evangélicos não os incluem em sua Bíblia. CONCLUSÃO Amigo e amiga leitora, a Bíblia não é peça de enfeite. A Bíblia é instrumento de trabalho, por isso deve ser usada todos os dias. Mas sendo Palavra de Deus, antes de ler, faça uma oração. Não sabe rezar? Diga simplesmente isto: Senhor, quero conhecer a vossa palavra e entender a mensagem que ela tem para a minha vida. Leia, reflita, medite, analise cuidadosamente, envolva-se. Tenha absoluta certeza que neste momento o próprio autor da Bíblia estará ao seu lado para te ajudar a compreender aquilo que Ele revela apenas aos humildes de coração. Paz e Bem!

Frei Benedito Félix da Rocha Vigário Paroquial freidito@bol.com.br

Somos o que pensamos, tenha pensamentos positivos! Os pensamentos negativos que surgem em nossas vidas, em geral, são provenientes de problemas que estamos passando ou relembrando. Porém, o problema que estamos enfrentando naquele momento, relativo ao pensamento negativo, não é criado por ele, e sim, com o que fazemos com eles. Ou seja, à medida que damos vazão, importância significativa aos pensamentos negativos, o problema tende a se concretizar cada vez mais. Quando focamos no problema e não na solução, estamos “alimentando o dragão”, fazendo-o crescer indefinidamente.

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Na maioria das vezes, sabemos a mudança que procuramos, mas não temos força interior que a exteriorize. Assim, continuamos sofrendo por conta daquele problema e de outros que poderão surgir em função dele, como por exemplo: a timidez extrema pode vir a prejudicar o indivíduo na parte social e profissional, entre outras. Se a compreensão não vier, a mudança de comportamentos poderá vir de forma autodestrutiva, como: medos, vícios, ciúmes, procrastinação, raiva e outras fobias. Ao focarmos na solução de um problema estaremos buscando um objetivo a ser atingido, um propósito, um fim. Para isto, é fundamental estabelecer pequenas metas, pois poderá nos ajudar a concretizar nosso sonho de nos livrar de determinada fobia. O trabalho realizado no SOS FAMÍLIA das mercês, vem ao encontro destes objetivos, pois quan-

do determinada pessoa sente que necessita de apoio para amenizar um problema que está impedindo sua evolução, nos procura. Os atendentes que lá se encontram, têm a missão principal de acolhê-las e ouvi-las. Ao final de um ou mais encontros, quando necessário, observamos que o acolhido sente-se harmonizado, entendendo e observando suas emoções e, fazendo com que ele veja luz no seu caminho, e que ele esteja novamente no controle da sua vida. Anderson Gabriel Parapsicólogo Clínico Equipe SOS Família Mercês

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“Fraternidade N. Sra. das Mercês” *Ordem Franciscana Secular* 80 anos de existência

“A Fraternidade Nossa Senhora das Mercês” - OFS - (Ordem Franciscana Secular), foi fundada em 1934, tendo como primeiro assistente espiritual o Frei Ricardo de Vescovana, e em 15 de agosto de 1981, o Arcebispo de Curitiba, D. Pedro Fedalto houve por bem erigir a “Fraternidade N. Sra. das Mercês”, na Paróquia N. Srª das Mercês. As Fraternidades da OFS têm como finalidade conhecer e seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, inspirados sob o carisma deixado por São Francisco de Assis. A ONU declarou o ano de 1986 como Ano Internacional da Paz, e o Regional do Paraná criou uma gincana para divulgação. A “Fraternidade N. Sra. das Mercês” participou ativamente cumprindo todas as tarefas, sendo que uma delas foi uma caminhada realizada da matriz das Mercês até a Igreja da Ordem. A “Fraternidade N. Sra. das Mercês” conquistou o 1º lugar. Desde o início a “Fraternidade” se reúne nas dependências do Convento e da Igreja N. Srª das Mercês, e conta hoje com 31 irmãos professos, sendo que 03 não participam das reuniões por motivos de doença e idade avançada; 05 irmãos em formação. As reuniões de formação acontecem no 3º sábado de cada mês, no convento, e as reuniões da “Fraternidade” acontecem no 3º domingo, iniciando com

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a Santa Missa às 7h30 na matriz das Mercês e no 3º sábado do mês os irmãos participam de uma hora de Adoração na Igreja da Ordem, às 16 horas. Fazemos ainda 02 retiros por ano e uma confraternização no final do ano. Seguindo o exemplo de São Francisco que em 1223 criou o primeiro presépio em memória do nascimento de Jesus, nós mantemos o hábito de montar um presépio, junto com a família franciscana do Brasil, na Igreja Bom Jesus para visitação pública. Faz parte das obras realizadas por esta fraternidade visitas aos hospitais Dermatológico do Paraná e Erasto Gaertner, visita e doação de material escolar e verduras à Associação Paranaense de Neoplasia e doação de 30 litros de óleo por mês para leprosário deficientes auditivos. Realizamos ainda um bazar beneficente, normalmente no 2º domingo de novembro e dezembro, com a finalidade de arrecadar fundos para as obras sociais realizadas pela OFS. Agradecemos o apoio espiritual dos freis capuchinhos que sempre nos incentivaram, e incentivam a continuar nesta caminhada. Agradecemos também os irmãos, alguns já falecidos, que fundaram esta Ordem. Colaboração: Ivonete, Maria Gemba, Sílva, Hilda, Mariflôr – OFS Mercês

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>> Parapsicologia - nº 72

Possessão ou Divisão da Personalidade? Quando se analisa, com a ajuda da psicologia e da psiquiatria, o que parece ser uma possessão demoníaca, identifica-se o fenômeno da divisão da personalidade. A maioria das pessoas traz em seu interior (na sua mente) conflitos, tendências, impulsos e por causa deles em certas ocasiões se comporta de maneira que surpreende até aos mais próximos. Quem conhece e convive não acredita que a pessoa foi capaz de fazer o que fez. É como se não fosse ela. Em algumas pessoas certos impulsos podem ser inaceitáveis, entrando em conflito com os padrões comportamentais normalmente aceitos. Nesses casos o subconsciente pode criar uma espécie de “segundo eu” que vai personificar comportamentos muito diferentes do eu normal. Este “segundo eu” pode tornar-se independente e agir por conta. Surge, então, a divisão da personalidade. A divisão de personalidade aparece em todas as situações em que surge “outra” personalidade. Nesta situação, tanto o doente como a família e as testemunhas frequentemente acreditam que um demônio, ou um exu, ou um espírito ou uma entidade estão se manifestando na pessoa. Esta troca de uma por outra personalidade nem sempre se deve aos conflitos internos. Pode também acontecer por contágio psíquico, especialmente em pessoas de psiquismo frágil e muito sugestionáveis. Também pode aparecer por “desenvolvimento”, por treino, como no caso de médiuns e pais e mães de santo. O fenômeno pode ainda ser provocado por sugestões ou autossugestões repetidas. Nas divisões da personalidade, o subconsciente

assume o comando da “maquina humana” por períodos mais ou menos longos. Se há fenômenos parapsicológicos (objetos que voam, fogo nos moveis, etc.) agrava-se o aspecto externo da situação. Estes fenômenos foram durante séculos ignorados pela ciência e caíram no âmbito religioso. Os doentes parapsicológicos foram, e continuam sendo encaminhados aos médiuns e aos exorcistas (padres ou pastores), que normalmente dão o tradicional diagnóstico: “É o demônio! É um espírito encostado! É uma entidade querendo se manifestar”. Na verdade a pessoa está apenas fora do seu estado normal de consciência, está em transe e o seu subconsciente se apresenta como se fosse um demônio, um espírito, uma pessoa já falecida, etc. Este fenômeno chama-se personificação ou prosopopéia. Consiste em emprestar linguagem, sentimentos e ações ao “ser” que se representa, como as atrizes e atores fazem com seus personagens. Um professor da Universidade de Tubinga – Alemanha estudou por muito tempo o fenômeno da “possessão” e constatou que a divisão de personalidade e a prosopopéia são frequentes, acontecem em todos os países, em todas as épocas, em todas as religiões ou grupos, “incorporando” toda classe de deuses, demônios, espíritos e mil outras entidades. A prosopopéia tipo demônios ou espíritos maus é muito mais frequente que qualquer outra prosopopéia em que se personifique entidades boas ou neutras. A “outra” personalidade frequentemente é megalomaníaca, irônica, mesquinha, hipersexual, perversa. São defeitos que o “eu” oficial não quer reconhecer. Para os que acreditam em possessão, a

revolta contra Deus, contra tudo o que é mais sagrado, as blasfêmias, obscenidades, seriam confirmação da presença do demônio. Na verdade, tal revolta contra o sagrado faz parte da segunda personalidade que aflora, faz parte do personagem representado. No transe, quando a “outra” personalidade se apresenta como se fosse um demônio, sempre age e fala de acordo com as características atribuídas popularmente ao demônio. Personificase o demônio de acordo com as crenças que se tem sobre ele. Os “possuídos” sempre reagirão diante de objetos sagrados porque nas nossas crenças o diabo tem medo de água benta e foge da cruz. Compreender como a mente funciona, seja quando saudável, seja quando doente, em conflitos, dividida; Buscar a verdade que liberta; Recuperar o equilíbrio, a unidade; Cultivar uma fé madura; São aspectos fundamentais para uma vida mais saudável. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8,31) Parapsicólogo Flávio Wozniack Atendimento Terapêutico, Palestras, Cursos Contatos: (41) 3336-5896 / (41) 9926-5464 (Tim) / Facebook E-mail: flavio.wozniack@ig.com.br Atendimentos e Cursos gratuitos na Paróquia das Mercês

Laços Invisíveis na Gestação (II) MAMÃE E PAPAI Em condições ideais, toda criança deveria ser desejada, bem vinda, acolhida, querida, valorizada e muito amada...;deve-se tentar, na medida do possível, planejar a concepção do futuro bebê. A mamãe durante a gravidez deve comer saudavelmente, relaxar, praticar exercícios físicos, escolhendo o que mais lhe dá prazer como: caminhadas, hidroginástica, dança, yoga. Salienta-se a importância de seguir as orientações do seu médico(a). Lembre-se de meditar e rezar... É aconselhável que a mamãe rodeie-se de pessoas que lhe protejam e lhe queiram, para que possa se centrar em amar seu bebê. É um momento em que a gestante deve ser muito “mimada” por toda a família e, em especial pelo papai do bebê em gestação. Comprovado cientificamente, o subconsciente do ser humano passa a existir e ser programado a partir dos primeiros dias de gestação, e continua a ser programado no processo de parto, na infância, na adolescência, na vida adulta e até o momento presente. Também o bebê traz memórias genéticas, no mínimo, de quatro gerações atrás. Ao nascer, o bebê já vem com todos estes registros e com as experiências positivas e negativas que sentiu e viveu junto com a mãe, nesse período de sua vida. Portanto, mamãe, durante a gestação tudo aquilo que você pensa, sente, vivencia e imagina, você transmite ao seu bebê em gestação. Há uma comunicação: molecular, sensorial e intuitiva. Caso esteja passando por alguma dificuldade, converse com seu bebê no ventre, explique que esse sentimento

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negativo que você está sentindo não tem nada a ver com ele. Então, para que nasçam crianças mais harmonizadas, alegres, sociáveis - algumas sugestões simples, demonstradas cientificamente, com excelentes resultados -: 1°) comunicação diária - toque - conversação – acolhimento - esse contato pode ser feito pelo casal fazendo um exercício de relax todas as noites ou ouvindo um CD de relax e, em especial a partir do 6° mês, pois o bebê em gestação, nessa fase, já ouve a voz da mamãe, do papai e dos irmãozinhos se os tiver. Este exercício irá ajudar você, mamãe e seu bebê em gestação, sentirem-se mais tranquilos, seguros e em harmonia. Faça-o pela manhã ou somente a noite, um pouco antes de dormir, de preferência, junto com o papai do bebê em gestação. 2°) participe de um grupo de gestantes - nessa convivência vocês mamães compartilham dúvidas, dificuldades, alegrias, sonhos, enfim, vocês se harmonizam mais e o bebê nascerá mais sociável, alegre e feliz. Senão for possível participar de algum grupo, ouça música clássica ( Mozart ou Vivaldi), pois, as batidas dessas notas musicais lembram a batida do coração da mãe e o ritmo da circulação do sangue da placenta. Portanto, o bebê em gestação desenvolve o “gosto musical”, no ventre da mãe. Também pode optar por cantar cantigas de ninar. Essas músicas serão como um “calmante” para ele, durante a gestação e após o nascimento. E, fortalecem, ainda mais, os laços de amor, cumplicidade e

carinho entre vocês três (mamãe, papai e bebê em gestação). Após o nascimento você utilizará essas mesmas canções para que seu filho ou filha se acalme e durma bem. 3°) deseje amamentar seu filho - você vai preparando-se mentalmente para que isso ocorra, desejando, imaginando esse maravilhoso ato da amamentação acontecendo... Além do lindo vínculo afetivo que se estabelece entre vocês, há muitos benefícios como anticorpos que você transmite a ele, você mamãe recupera mais rapidamente o peso que tinha antes da gravidez, atrasa o retorno da ovulação e reduz o risco de ter câncer de mama. Mamãe e papai cultivem pensamentos positivos, de alegria e paz e, a cada dia, intensifiquem mais o amor entre vocês. Estejam disponíveis e de coração aberto para recebê-lo, cuidá-lo e educá-lo. Esse é o caminho para que o seu bebê se torne uma pessoa mais equilibrada, segura, alegre e feliz. Que ele siga a sua missão nessa vida com tranquilidade, luz e sabedoria.

Ana Maria Fagundes Arana Parapsicóloga, Hipnóloga e Odontopediatra Fone - Cons. (41)3225-3526 Atendimento voluntário e palestras na Paróquia N.Sra.das Mercês: (41)3335-5752

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FATOS DA VIDA PAROQUIAL >> ACONTECEU

Boas vindas aos novos dizimistas do mês de agosto-14

16º ECC

Vera Lúcia Rocha de Oliveira, Jair Emiliano de Moraes, Maria Brunislava Gemba, Bruno Candeo Batisti, Carlos Arthur de Oliveira Petrucci, Natalina Zucarelli Ribeiro, Ivana M. S. Malczewski, Lúcia Pacheco, Luciane Cavalcanti Popaduik, Isabel Mioto, Josemar Tadeu Kloster, Bruno Oliveira Braule Pinto, Ulisses Marcelo Moreira Rossi e Rosana A. Santos.

Foi realizado com grande sucesso nos dias 29, 30 e 31 de agosto o 16º Encontro de Casais com Cristo, onde participaram 35 casais que puderam vivenciar a primeira etapa do Encontro. O ECC realiza os encontros de casais todo ano, sempre no último final de semana do mês de agosto. O ECC convida você casal, que ainda não participou dos encontros, para no próximo ano viver este momento de espiritualidade e crescimento em família.

Paróquia Nossa Senhora das Mercês é notícia no Jornal Gazeta do Povo Na edição da Gazeta do Povo do dia 11 de agosto de 2014, no caderno Vida e Cidadania, nossa Paróquia das Mercês aparece entre as cinco paróquias da Arquidiocese de Curitiba que mais possuem voluntários e freqüência de fiéis. A Paróquia possui 39 Pastorais, sendo 632 voluntários que, generosamente dedicam algumas horas do seu tempo em servir nos seus ministérios pastorais. Semanalmente, freqüentam a Paróquia em torno de 7.000 fiéis que buscam fortalecimento espiritual através das missas, novenas, celebrações, orações, confissões, bênçãos, cursos e terapias.

Treinando para se viver melhor Coaching de Vida “Nenhum vento bate a favor para aquele que não sabe aonde ir” já dizia o romano Sêneca sobre a importância de termos metas e objetivos definidos na vida. E o que são objetivos e metas de vida senão sonhos que nos fazem caminhar e evoluir enquanto seres humanos. Uma pessoa que esqueceu dos seus objetivos fica a deriva no mar da vida, um sabor insosso toma conta do seu destino, e o “tanto faz como tan-

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to fez”, torna-se o lema que dá o tom da sua existência. A falta de objetivos gera desânimo, frustração, ansiedade e depressão. É preciso cultivar os sonhos, as metas e os objetivos de vida, pois eles são em realidade a bússola que guia a cada um para uma vida mais plena e feliz. Agora em nossa querida Paróquia contamos com um serviço voluntariado de atendimento individual conhecido como Coaching de

Vida. Trata-se de um processo de crescimento e equilíbrio pessoal que busca potencializar e realizar os objetivos e sonhos das pessoas. Coaching é uma palavra em inglês que significa treinamento. Portanto Coaching de Vida significa: treinamento para a vida. O Coach é o treinador, o profissional que ajuda e orienta a pessoa atendida a perceber seus objetivos e sonhos, tanto na vida pessoal como profissional. A partir daí é traçado um plano com estratégias claras, definidas e viáveis para que o indivíduo efetivamente alcance suas metas. Muito usado no mercado corporativo na orientação de executivos para que estes atinjam seus objetivos profissionais e desenvolvam competências gerências, o Coaching vem ganhando espaço no cenário do autoconhecimento e na busca de qualidade de vida como uma excelente opção para o crescimento e a satisfação pessoal. Resumindo, o Coaching de Vida ajuda as pessoas a usarem o melhor delas mesmas para a construção de uma vida equilibrada e feliz!

João Guilherme Lourenço é comunicólogo formado pela PUC-PR, especializado em Educação em Valores Humanos, Psicologia Transpessoal, e Parapsicologia. É Professor de Yoga, Meditação e Ayurveda. Como terapeuta atua como Coach de Vida. É consultor organizacional nas áreas de Auto Gestão e Gerenciamento de Estresse. É o autor do programa: “Funcionário Eficiente é Funcionário Feliz”. Ministra cursos, palestras e workshops nas áreas de Desenvolvimento Humano, Qualidade de Vida e Autoconhecimento. Coordenador e diretor do Instituto Clarear.

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PROGRAMAÇÃO DA NOVENA E MISSA SOLENE EM LOUVOR À PADROEIRA N. SRA. DAS MERCÊS DE 15 A 24/09/2014 DIAS

15/09/14-SegundaFeira 1º Dia Da Novena

16/09/14 Terça-Feira 2º Dia Da Novena

HORÁRIO

19h

19h

EQUIPES RESPONSÁVEIS

Irmãs da Escola Vicentina, Alunos, Pais de Alunos, Professores da Escola Vicentina N. Sra. das Mercês, Mesc, Coroinhas, Coral N.Sra. das Mercês

Grupos de Reflexão, Movimento das Capelinhas, ECC, Pastoral Familiar, SAV, SOS Família, Grupo de Oração, Equipes de Liturgia, MESC

TEMAS

Educação

PRES. DA CELEBRAÇÃO

Padre Wilson, da Congregação Vicentina, Freis da Paróquia das Mercês, Convento e Cúria Provincial

Paróquia, Comunidade Frei Cláudio Sérgio De Abreu De Comunidades (Provincial)

Grupo de Jovens, Pastoral do Matrimônio, Pastoral da Comunicação, Pastoral do Batismo, Equipes de Liturgia, MESC

Fé E Política

19h

Entreajuda, Voluntariado, Faróis da Esperança, Grupo Solidário na Dor e no Luto, Grupo Amor Exigente, Equipes de Liturgia, MESC

Os Doentes e Sofredores

19/09/14 Sexta-Feira 5º Dia Da Novena

19h

Catequese, Infância e Adolescência Missionárias, Escolinha Dominical, Datashow, Equipes de Liturgia, MESC

Frei Bonifácio

Frei Jaimir Compagnoni

20/09/14 - Sábado 6º Dia Da Novena

19h

Pastoral do Dízimo, CPP, Equipes de Liturgia, MESC

Dízimo

Frei Moacir Antonio Nasato

21/09/14 - Domingo 7º Dia Da Novena

19h

Pastoral d Dízimo, CPP, Equipes de Liturgia, MESC

Dízimo

22/09/14 Segunda-Feira 8º Dia Da Novena

19h

17/09/14 Quarta-Feira 3º Dia Da Novena

19h

18/09/14 Quinta-Feira 4º Dia Da Novena

23/09/14 Terça-Feira 9º Dia Da Novena

24/09/14 Quarta-Feira Coroação da Padroeira Nossa Senhora das Mercês

Ação Social, CAEP, Comunidades de Almirante Tamandaré, Vila N. Sra. da Luz, Vila Verde, Equipes de Liturgia, MESC

Amor Fraterno

19h

Ordem Franciscana Secular, Legião de Maria, Apostolado da Oração, Pia União de Santo Antonio, Movimento da Terceira Idade, Grupo Santa Rita, Equipes de Liturgia, MESC

A Morte de Entes Queridos

19h

Irmãs Vicentinas do HNSG e Escola Vicentina N. Sra. das Mercês, alunos, pais de Alunos e Professores, Coral N.Sra. das Mercês, MESC, Coroinhas

Coroação de Nossa Senhora das Mercês

Frei Nelvio David Colle

Frei Benedito Felix da Rocha

Dom Rafael Biernaski e Freis da Paróquia das Mercês Freis da Vila N.Sra. da Luz e Almirante Tamandaré

Frei Hélio de Andrade

Freis da Paróquia das Mercês, Convento e Cúria Provincial

OBS: Nos dias 18/09 - Quinta-feira - Sábado 20/09 e Domingo 21/09 haverá o café do dízimo após as celebrações.

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