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Difícil, mas possível

Em setembro de 2018 recebemos um convite através do discernimento para CRS. Logo veio o medo de não conseguirmos atender todas as necessidades que o Setor precisava. Depois de alguns momentos de reflexão veio aquela frase que diz: “Deus não convida os capacitados e sim capacita os escolhidos”. e nós somos testemunhas dessa passagem. No dia 1/10/2018, dia de Santa Teresinha, demos o nosso sim ao Movimento para assumir como CRS. Poucos dias depois de termos aceitado o convite encontramos a primeira dificuldade, com a certeza do quanto seria difícil, mas possível. No dia 4/10/2018 minha mãe sofreu um acidente. Ela tinha 85 anos, morava sozinha, era uma pessoa ativa e independente. A rotina de toda a família começou a mudar, pois, dentro de poucos meses, ela paralisou as pernas e logo já passou a depender de cadeira de rodas. Entre tantas dificuldades, uma tinha um peso maior: a distância entre nossa casa em Gravataí/RS e a casa dela em Içara/SC, que é de 278 km. Foi um período de três anos, onde nós (eu e meu marido) cuidávamos dela nos finais de semana, quando íamos para sua casa. As nossas viagens foram momentos de oração e partilha em casal, para nos abastecer e continuar nossa missão de filhos e cristãos. Nos dias em que estávamos em Gravataí, as nossas orações e os momentos com os casais do nosso Setor, que muito nos apoiaram, foram as forças que nos mantinham firmes em nossas atividades. Tínhamos uma rotina pesada: ser o CRS, a família, o trabalho e as viagens para cuidar de minha mãe, mas com o apoio e as orações dos nossos filhos e dos casais de nosso Setor nos mantivemos firmes e fortes para continuar com nossa missão e conciliar as atividades do Movimento com todas as nossas responsabilidades. E se tudo o que estávamos vivendo já era tão intenso, ainda veio a pandemia e tivemos que nos adaptar. Os cuidados redobrados eram para todos. Os equipistas precisaram se adaptar às reuniões de forma virtual, vencendo muitas barreiras e crescendo com os conhecimentos das mídias sociais. Para nós, os desafios foram os mesmos, pois além de tentar auxiliar aqueles que tinham mais dificuldades, também tínhamos os que não tinham acesso às novas tecnologias. Durante esse tempo, tínhamos a certeza de que o SIM dado às ENS foi o que nos possibilitou poder cumprir nossa missão de cuidar da mãe, pois tudo o que pedíamos a Nossa Senhora era saúde, para podermos conduzir o Setor e atender as necessidades dela. Olhando para trás, temos a certeza de que nada teria sido possível sem as orações e ajuda de todos os envolvidos, afinal de contas um CRS não caminha sozinho.

Dila e Jair Eq. N. S. do Rosário Setor Vale do Gravataí Prov. Sul III