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Decreto de reconhecimento das ENS

Quem ama, serve, quem ama, cuida! O dia 19 de abril de 1992 representa um marco histórico para as ENS. Nesta data, o decreto do Pontifício Conselho para os Leigos reconheceu as ENS como uma associação privada internacional de direito pontifício, dotada de personalidade jurídica, e aprovou os seus Estatutos “ad experimentum”. A aprovação definitiva concedida pelo Vaticano, contudo, somente se deu a 26 de julho de 2002, no dia da memória litúrgica de São Joaquim e Sant’Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. Nada mais apropriado, não é mesmo? Muito mais que um ato administrativo pelo qual é concedido estatuto privilegiado a uma associação, o decreto de reconhecimento das ENS é uma constatação, uma declaração de admissão e uma confissão de amor da Igreja pelo nosso Movimento. Colocada no peito a condecoração, surge inevitável sentimento de orgulho: nós pertencemos a um Movimento que é reconhecido pelas instâncias hierárquicas maiores da Igreja Católica. Quanta honra! Motivo de festa e comemoração! Deixemos que transborde do peito a nossa alegria cristã, a alegria de saber que a Santa amada Igreja nos reconhece como baluartes de um Movimento em que o matrimônio, guiado pelo amor do Cristo, é caminho de santidade. Mas precisamos descer do êxtase do Monte Tabor, pois é aqui na planície que temos um trabalho a ser executado. Passemos do Tabor ao labor. Tudo isso nos leva a direcionar com sensatez o nosso pensamento para vislumbrar a irradiação apostólica do Movimento e o aprofundamento da formação dos equipistas, agindo a serviço da família e da sociedade durante todos os anos que antecederam esse reconhecimento. Mas também, e principalmente, olhando para o futuro para ver com maturidade e pés no chão o que ainda temos como tarefa: ajudar os casais a viver de forma cristã a sua vida matrimonial e a descobrir e realizar no quotidiano o projeto de Deus a seu respeito. É nosso direito comemorar, mas é nosso dever, como apóstolos do matrimônio, arregaçar as mangas, sem olhar para trás, e cairmos em campo para trabalhar o caminho de santidade a ser percorrido. O decreto de reconhecimento definitivo das ENS, sonho dos equipistas da primeira hora que acreditaram e trabalharam muitos anos na construção desta magnífica associação de leigos (e, com certeza, sonho também do nosso querido Pe. Caffarel), transforma-se, desde aquela data, em missão para os que estão cerrando fileira neste exército de casais (especialmente os mais jovens) convencidos da necessidade de servir o Movimento, a família, a sociedade. O decreto precisa ser visto também como um despertar. Num Movimento como o nosso não se pode viver o tempo todo apenas a sorver. Já é hora de passar também a servir. Nosso orgulho motivado pelo decreto de reconhecimento precisa se transformar em ação para não arrefecer jamais na missão de promover o crescimento do Movimento, sem nunca perder de vista a qualidade, base de toda sustentabilidade das ENS. Invertendo os papéis, nós é que temos de reconhecer que o Decreto do Vaticano veio para despertar em nós o dever da gratidão a Deus, ao Pe. Caffarel, aos casais que nos antecederam. Reconhecer é virtude que nos conduz à gratidão. Esta, por sua vez, nos impulsiona ao serviço por amor. Quem ama, serve, quem ama, cuida!

Elen e Colares Eq. 2 – Setor E Região Ceará I

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