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Viver o Movimento em tempos de pandemia

Com o isolamento social, o tempo parou no ambiente exterior. É tempo de se viver a família. Os dias amanhecem e se vão com nosso olhar mais atento para a beleza da criação. As orações vêm com mais facilidade. Mas as muitas preocupações com as incertezas do momento também nos emperram e ainda continuam a nos forçar para a vivência diária da fé de uma forma diferente. Experimentar a beleza do dia, do hoje... ao mesmo tempo em que o tempo parou, percebemos a brevidade da vida. Vêm a nossa mente as imagens do Movimento nascente do período da II Guerra Mundial. Também havia as preocupações com as incertezas daquele momento, fomentava-se a entreajuda e acima de tudo a vontade de se santificar através do sacramento do matrimônio. Como equipistas, sentimos a necessidade da partilha de nossas vidas, daquelas novidades, das nossas angústias... enfim, a nossa preocupação era estabelecer uma nova roupagem para se estabelecer a vivência de uma fé em nossa pequena comunidade (equipe): como fazê-lo sem nos perdermos pela frieza das redes virtuais. No entanto, por outro lado, não podemos deixar de sermos gratos pelos benefícios da tecnologia que foi e tem sido a forma de furarmos o bloqueio imposto pelo isolamento social e mantermos nossas atividades equipistas. Tivemos o privilégio de assistir à missa com Dom Moacir, as formações com os casais de outras Províncias, e ver o esforço e criatividade de cada um para manter ativo o carisma equipista. Em nossa equipe, as salas virtuais para o terço, para as reuniões formais, começaram a ser utilizadas para encontros entre casais sorteados num meeting semanal, quando até mesmo, pela receptividade da criatividade, eram capazes de nos direcionar para jantares virtuais (cada casal em sua casa, vendo o outro, num bate-papo descontraído) ou para um momento de oração. A fé passou a ser despertada, avivada, mesmo que virtualmente, vendo as imagens dos ambientes preparados por cada casal em suas casas, o uso da camisa do Movimento, a imposição das mãos de um cônjuge sobre o outro, até a surpresa com o “beijaço coletivo” ao final de uma das reuniões foi printado! Sem dúvida, um período diferente, novo, para guardarmos em nossos corações. Acreditamos que tudo é providência. Viver os desafios que nos são oferecidos, neste momento, é uma oportunidade para estimular ainda mais os nossos sentidos para o sagrado de uma forma nova, sem perder a mística. Certos, ainda, de que tudo isso irá passar e retornaremos a sentir o Senhor eucaristicamente e comunitariamente, bem como, de forma presencial, sentiremos os sabores dos pratos de suas vidas levados por nossos irmãos de equipe nas nossas reuniões.

Camila e Nei Márcio Eq. N. S. das Graças Setor São Gonçalo B Região Rio IV – Província Leste I