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Formação

CM 533 29 Dons do Espírito Santo Dom da ciência Como sabemos através do ensinamento da Igreja, as criaturas são um reflexo do amor de Deus. E a realidade que revela esta verdade de modo mais completo é o matrimônio. Porém, esta não é uma verdade assim tão evidente, sobretudo para aqueles que não têm fé. Mesmo para os que creem é necessário o auxílio do Espírito Santo, com o dom da ciência, para que se possa compreender esta verdade em toda a sua profundidade. O dom da ciência ajuda-nos a entender que o matrimônio reflete o amor de Deus, mesmo que imperfeitamente, em vários aspectos: na comunhão, na sua fecundidade, na geração da vida, no amor, na doação. De modo que, assim como a partir do Criador compreendemos o autêntico valor das criaturas, por semelhança da relação esponsal de Deus com o seu povo, podemos compreender o valor sagrado da aliança matrimonial como caminho de santificação. Pelo dom da ciência chegamos a conhecer que as criaturas não têm um fim em si mesmas. Também o matrimônio não tem um fim em si mesmo, é um caminho pensado por Deus, elevado à condição de sacramento por Jesus Cristo, a fim de que homem e mulher zelem com amor pelo bem um do outro, bem como para a geração e educação dos filhos. O maior bem que um cônjuge pode dar ao outro é o de conduzi-lo para Deus, que é a finalidade última de todas as suas criaturas e a única fonte da verdadeira alegria. Assim, sendo iluminados pelo Espírito Santo e orientados pelo dom da ciência os esposos cristãos chegam à compreensão de que também sua união matrimonial é para a glória de Deus. Pois a união matrimonial vivida segundo o Espírito de Jesus Cristo glorifica a Deus. Sobretudo quando o esposo compreende que sua esposa é um reflexo do Criador, um reflexo de Deus, e vice-versa, terá razões muito mais sólidas e duradouras para amá-la muito além dos seus interesses pessoais ou das satisfações momentâneas. Por fim, quando marido e mulher entendem que o seu cônjuge não é um rival de Deus, antes é alguém que o leva para Ele, o amor vivido entre os dois se pereniza. O matrimônio pode até ter fim, como de fato terá, com a morte de um dos dois, mas se o amor vivido entre os dois procurou ser um reflexo do amor de Deus, este permanecerá para sempre. Porque o amor de Deus semeado no coração do homem não morre nunca.

Pe. Hélio Cordeiro E-mail: cordeiro-80@hotmail.com