11 minute read

TECNOLOGIA | Inteligência Artificial

Como a Inteligência Artificial pode explorar o melhor dos homens e robôs

Essa nova tecnologia permite que cérebros humanos e artificiais façam, cada um, o que de melhor podem fazer

Advertisement

uito tem se falado sobre a perda,

M

ou não de empregos com ascensão de novas tecnologias e algoritmos de Inteligência Artificial, cujo desenvolvimento certamente vai continuar acelerado.

O que podemos dizer é que, antes de ser um substituto para a capacidade humana, a Inteligência Artificial funciona como um catalisador que permite utilizar as melhores características das pessoas que trabalham conosco, estendendo sua capacidade e eficiência, um conceito que internacionamente começa a ser chamado de human augmentation.

Fabio Caversan

Marco Stefanini

De maneira simples, robôs são excelentes para tratar e entender padrões. Tudo que funciona sempre ou na maioria das vezes de determinada forma pode ser tratado por eles. Não tem tanto a ver com o número de passos que compõem um processo, mas sua homogeneidade.

Já humanos são excelentes em soluções criativas, em tratar exceções, em estabelecer laços e gerir crises. Porém, se sentem sobrecarregados e cansados quando obrigados a tratar de processos repetitivos.

É um pouco como os heróis de filmes, mas ao

invés de armaduras inteligentes, usamos robôs capazes de processar linguagem, ler textos, avaliar dados. Estas ferramentas especializadas realizam a parte pesada e tediosa de qualquer trabalho administrativo ou de atendimento: enten

der, classificar, filtrar, encaminhar. No final, pessoas de carne e osso realizam a parte mais nobre das tarefas: tomar decisões, criar soluções, resolver problemas, priorizar demandas.

A inteligência é, cada vez mais, o principal protagonista dos tempos modernos

O uso massivo de IA em nossas operações não causou desemprego ou redução em nossas equipes. Em média, continuamos com mais de 600 vagas abertas todos os meses. Mas gerou –e continua gerando - uma revolução em eficiência. Fazemos mais coisas com mais velocidade e eficiência, reduzindo a quantidade de erros e de retrabalho, permitindo que cérebros eletrônicos e humanos façam, cada um, o que de melhor têm a oferecer.

A médio e longo prazos, sabemos que esse aumento de eficiência gera mais negócios, que, por sua vez, geram mais empregos.

O mercado avança o suficiente para saber que o melhor uso de qualquer tecnologia sempre é inclusivo, e não paramos de encontrar mais maneiras de utilizar esses recursos em monitora

mento ativo e inteligente, em predição, recomendação e segurança.

É importante acrescentar que investimentos em IA, para funcionar, precisam ser consistentes e contínuos. Foi-se o tempo em que se prometia uma caixa mágica, uma bala de prata que rapidamente resolveria uma séria de problemas.

A Inteligência Artificial depende de conhecimento de processos e modelagem de dados, implementação paciente e ajustes contínuos. Se for assim, os resultados são cumulativos e tendem a acelerar, ao longo do tempo, gerando vantagens competitivas reais.

Na era da digitalização, criar mais, propor e se expor mais farão a diferença

Longe de ser uma ameaça, a IA é uma oportunidade real que pode ajudar o Brasil a iniciar um novo ciclo de crescimento e eficiência. Segundo dados da Fortune Business Insights, a capacidade de explorar as soluções de Inteligência Artificial está diretamente relacionada ao crescimento da economia. A expectativa é de que o mercado de IA chegará a US$ 203 bilhões até 2025. A inteligência artificial é uma oportunidade real que pode ajudar o Brasil a iniciar um novo ciclo de crescimento e eficiência

Neste novo cenário é preciso investir na transformação da educação. A China, por exemplo, lançou em 2017 um programa de incentivo ao desenvolvimento de novas gerações de IA. Nessa jornada, o governo chinês acena com isenções em impostos para empresas que desenvolvem soluções de IA para escolas (níveis fundamental e médio). Uma das demandas é complementar, com soluções de IA, a falta de professores para atender toda a população chinesa.

A Índia, por outro lado, já conta com dezenas de startups focadas em IA para o setor educacional. As soluções identificam os conteúdos que o aluno não conseguiu aprender em sala de aula e, a partir daí, desenham programas automatizados de ensino sob medida para a demanda desta criança.

Portanto, o futuro da educação está em sua continuidade durante toda a vida. Na era da di

gitalização, criar mais, propor e se expor mais farão a diferença. E todo esse preparo deve começar no ensino básico, valorizando a pesquisa e a descoberta desde cedo.

Para fazer esta roda girar, o professor deve estimular o debate para que as crianças aprendam umas com as outras e, ao mesmo tempo, sejam desafiadas a questionar e encontrar novas respostas. Neste cenário, a conectividade terá um papel imprescindível para levar informação às localidades mais remotas do Brasil. Com os dispositivos de IA e IoT, é possível preparar professores, compartilhar conhecimento e qualificar os profissionais das mais diversas áreas em tempo integral.

Com as plataformas digitais disponíveis e com o crescimento econômico, novos empregos deverão ser criados, mesmo que alguns desapareçam em função da automação. Vivemos a era em que a força de trabalho e o conhecimento tendem a se reinventar pela tecnologia. A Inteligência Artificial certamente é - e será cada vez mais - uma das principais protagonistas dos novos tempos modernos.

Fabio Caversan

Diretor de P&D em Inteligência Artificial da Stefanini EUA Marco Stefanini

Fundador e CEO global da Stefanini

Diversificação de cultivares de uva na região de Jales

A região teve uma expansão no número de produtores e na área cultivada

A

Secretaria de Agricultura e Abastecimento celebra os resultados positivos obtidos em mais de 25 anos de parceria com a Embrapa Uva e Vinho, que levaram a região de Jales, uma das principais produtoras do Estado, a exportar conhecimento e comercializar toneladas de uvas de mesa, gerando renda e emprego e impulsionando a economia regional.

"Desde a erradicação dos cafezais na região de Jales, que apresenta uma estrutura fundiária com predominância de pequenas propriedades, a fruticultura foi intensificada e a viticultura, presente na região desde a década de 1960, teve uma expansão em número de produtores e em área (dados do Instituto de Economia Agrícola - IEA, as Secretaria), sendo, atualmente, cerca de 750 hectares - 550 de uvas finas cultivadas em mais de 320 propriedades e 200 de uva comum, em mais de 160 propriedades", explica o representante da CDRS Regional de Jales, Gilberto Pelinson.

A principal linha de pesquisa da Estação sempre foi o melhoramento genético da videira, que permitiu o desenvolvimento de novas cultivares de uvas adaptadas às condições tropicais.

Além das novas variedades, os pesquisadores ajudaram a difundir na região de Jales, com o apoio dos técnicos da CDRS, a cultivar Niágara Rosada, que atualmente é uma das mais adotadas pelos produtores locais por apresentar, em geral, um custo de produção menor e uma rentabilidade maior do que as cultivares mais tradicionais, como a Itália, a Rubi e a Benitaka.

"Além disso, embora na viticultura da região tenha sido sempre empregada a irrigação, o sistema adotado inicialmente era a aspersão, que apresenta um alto consumo de água e energia. Os trabalhos realizados na EVT demonstraram a

viabilidade de uso do sistema de microaspersão na irrigação das videiras. Hoje esse é o sistema mais adotado por ser mais eficiente e apresentar menor consumo do que a aspersão convencional", informa Marco Antônio, que é engenheiro especializado na área.

Um exemplo do impacto positivo da diversificação de cultivares é relatado pelo produtor Carlos Tinelli, do município de Marinópolis, que produz, em uma área de oito hectares, as cultivares Itália, Benitaka, Brasil, Rubi, Vitória, Núbia e Isis, que são comercializadas principalmente na região Sul do País e nas cidades de Campinas e Belo Horizonte.

Indústria de alimentos cresce 0,8%

Setor gerou 10,3 mil vagas de empregos com carteira assinada no período

indústria brasileira de alimentos e bebi

A

das registrou crescimento de 0,8% em faturamento e 2,7% em produção física no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

Entre os fatores que contribuíram para este resultado no período, destacam-se a expansão das exportações e o desempenho do varejo alimentar no mercado interno. O aumento do consumo das famílias dentro dos domicílios foi um

dos efeitos da pandemia do novo coronavírus que contribuíram para um melhor desempenho do varejo em comparação com o 1 o semestre de 2019. Em contrapartida, o canal Food Service registrou queda de 29,5% nas vendas.

Os setores que mais se destacaram no período em volume de produção, considerando o mercado interno e as exportações, foram: açúcar (+22,6%), óleos vegetais (+3,9%) e carnes (+1,9%).

O setor registrou ainda um aumento de 0,6% nas contratações diretas e formais, gerando 10,3 mil vagas no período. Esse aumento está associado à expansão da produção e à necessidade de contratação para compensar o afastamento temporário de colaboradores pertencentes a grupos de risco para a Covid-19.

Vários fatores adversos se impuseram e tiveram de ser enfrentados. A estimativa da ABIA é

de um custo médio adicional de produção de 4,8% devido à Covid-19. Como o custo de produção industrial representa em média 58% do custo total do setor, um incremento de 4,8% neste item representa um impacto no custo total da indústria de alimentos entre 2% e 2,5%.

A perspectiva para indústria de alimentos e bebidas em 2020

é de crescimento de até 1% nas vendas reais

"Embora a indústria de alimentos esteja enfrentando os impactos da pandemia, a produção e o abastecimento da população não foram interrompidos, não só pelo fato de se tratar de uma atividade essencial, como também pelas iniciativas tomadas pelo setor, promovendo o monitoramento e o controle dos estoques no varejo e investindo em estruturas de proteção e segurança dos colaboradores nas fábricas e escritórios, entre outras", declara João Dornellas, presidente executivo da ABIA.

Exportações

No primeiro semestre de 2020, as exportações de alimentos industrializados totalizaram US17,6 bilhões, o que representa um crescimento de 12,8% em relação ao valor verificado no primeiro semestre do ano anterior, atendendo a demanda de mais de 180 países.

Ásia, Europa e Países Árabes foram os principais destinos, com destaque para a China. No primeiro semestre de 2020, a receita de vendas

de alimentos industrializados para a China totalizou US3,5 bilhões, um crescimento de 95,6% - praticamente o dobro do volume registrado no primeiro semestre de 2019 - com maior concentração nas carnes.

Além da China, os países que mais importaram do Brasil foram Hong Kong e Holanda. No semestre, a indústria de alimentos e bebidas obteve um saldo comercial positivo em US15,3 bilhões, 15,9% superior ao desempenho do 1º semestre de 2019. A contribuição do setor para o saldo geral da balança comercial brasileira alcançou o patamar recorde de 68,2% do total.

Food Service

De acordo com levantamento da ABIA, as vendas acumuladas do Food Service apontam para uma redução de 29,5% no 1 o semestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado, registrando um faturamento de R$ 64,5 bilhões. A indústria de bebidas foi uma das mais afe

tadas pelo fechamento de bares e restaurantes em decorrência da pandemia do Coronavírus. O setor apresentou uma queda na produção física de 6,6% e de 4% no faturamento. As perspectivas com a reabertura do food service são positivas e devem contribuir para o aumento gradativo do consumo de bebidas através desse canal.

Perspectivas

Em um cenário pós-pandemia, a indústria de alimentos e bebidas pode expandir rapidamente seus volumes para abastecer os negócios que vão reabrir ou já estão em processo de reabertura. Nas exportações, a tendência é de manutenção das vendas no ritmo atual, tendo como principal parceiro comercial a China. Diante desse cenário, a perspectiva para o fechamento de 2020 da indústria de alimentos e bebidas, considerando a projeção de retração do PIB entre -6% e -5% (relatório Focus-24/07 ), é de um crescimento de até 1% nas vendas reais e de até 11% nas exportações.

Gallo lança Azeite Orgânico no Brasil

O azeite está disponível em embalagens de vidro de 250ml e 500ml

marca Gallo lança o Azeite Gallo Orgâ

A

nico, marcando sua entrada neste segmento. A novidade chega ao mercado brasileiro para atender a demanda dos consumidores de produtos orgânicos, tendência que cresce exponencialmente no País e movimentou só no último ano R$ 4,5 bilhões, de acordo com o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis). O Azeite Gallo Orgânico é elaborado com azeitonas cuidadosamente selecio

nadas de olivais que respeitam o meio ambiente por meio de práticas sustentáveis que preservam o equilíbrio do ecossistema.

“Nosso objetivo com este lançamento é oferecer uma opção de azeite que se adeque às necessidades dos consumidores deste segmento. O Azeite Gallo Orgânico é apenas mais uma das iniciativas sustentáveis de Gallo, pois a nossa preocupação com o meio ambiente já está refletida em nossa fábrica em Portugal. Temos um forte compromisso com a redução da emissão de CO 2 e utilizamos garrafas de vidro que incorporam até 70% de vidro reciclado”, conta Rita Bassi – Diretora Geral da Gallo Brasil.

Para impulsionar a divulgação da novidade, a marca lança a campanha “Escolhas orgânicas têm muito sabor”, criada pela agência F.biz. "Quando falamos de uma escolha orgânica, falamos de uma escolha de vida. Uma vida que busca simplicidade, que valoriza mais nossas emoções e dá leveza às nossas decisões. Isto quer dizer que a sua escolha orgânica diz mais sobre sua vida do que sobre o que você come. Por isso, nossa campanha reflete as pessoas valorizando as coisas mais simples, do jeito delas e se deliciando com novas descobertas", afirma Rita.

This article is from: