Fazer catequese com pré-adolescentes

RUI ALBERTO com

Pré Adolescentes

Sobre o autor: Rui Alberto é salesiano sacerdote, diretor das Edições Salesianas.

Fundou a Catequistas (2004-2014), revista de formação para agentes pastorais. Em 2015 obteve o doutoramento em Teologia com especialidade em Pastoral Juvenil e Catequética, pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma. É autor de diversos livros na área da catequese. Dedica-se à formação catequistas através do mega evento de formação E-vangelizar e noutras ações organizadas pelas paróquias e dioceses.

com Pré Adolescentes

Da mesma coleção: Fazer catequese com adolescentes

fazer

fazer catequese

Apresentamos-te uma reflexão, com os pés bem assentes no chão, sobre o que é e deve ser a catequese na pré-adolescência.

Primeiro, começamos por apresentar aquilo que define a faixa ­etária dos 10 aos 14 anos.

De seguida, apontamos os critérios para uma catequese de ­qualidade.

Nos capítulos seguintes, encontrarás pistas concretas sobre o método e a forma de fazer catequese com os pré-adolescentes.

O livro termina com uma secção dedicada às dúvidas mais frequentes apresentadas pelos catequistas desta fase.

Um livro de formação imprescindível que aponta caminhos reais para a evangelização.

RUI ALBERTO

FAZER CATEQUESE

c om

P ré t e s n e c s e Ado l

Rua Dr. Alves da Veiga, 124 4000-071 Porto Tel.: 22 53 657 50 Fax: 22 53 658 00 edisal@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt

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Ficha Técnica © 2017 Rui Alberto © 2017 Edições Salesianas

Rua Dr. Alves da Veiga, 124

4000-071 Porto

Tel: 225 365 750 Fax: 225 365 800 www.edisal.salesianos.pt edisal@edicoes.salesianos.pt Publicado em Julho de 2017 Capa: Claudine Pinheiro | Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Impressão e acabamentos: Print Group ISBN: 978-989-8850-42-3 D.L.: 428073/17

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Introdução Nos últimos anos, além de escrever umas coisas e de fazer formação de catequistas, tenho trabalhado como catequista com adolescentes e jovens adultos. Gosto desta missão. Mas, se me dessem a escolher um serviço pastoral, eu pediria para ser catequista de pré-adolescentes. Por muitas razões. Por solidariedade com tantos catequistas que “desesperam” com o tamanho dos guias do 5º e do 6º anos. Porque esta idade da pré-adolescência não é reconhecida nem respeitada por muita gente (o que os torna numa das periferias tão faladas pelo Papa Francisco). Porque, no meio das suas “maluqueiras”, os pré-adolescentes estão cheios de energia e generosidade e me fazem lembrar o apóstolo Pedro, tão impulsivo, tão cheio de contradições, mas com tanta vontade de seguir Jesus.

Para ajudar todos os catequistas que foram enviados a anunciar o evangelho feliz aos pré-adolescentes escrevi este livro. O ano passado (2016) escrevi um outro texto chamado “Fazer catequese com adolescentes”. Vários catequistas me tinham pedido que fizesse algo parecido para os pré-adolescentes. Achei boa ideia. Mas foi muito mais difícil do que eu imaginava. No mundo da psicologia e da educação há pouca atenção à pré-adolescência. Há muita gente que não lhe reconhece existência. Por isso, não é fácil apresentar de forma ­elegante o que é isso da pré-adolescência e o que nela sucede. Há países onde a Igreja tem uma tradição forte de catequese com pré-adolescentes. Mas isso não sucede em Portugal, onde continuamos a falar de “infância” e “adolescência” apenas.

Convido o leitor a conhecer melhor o que é o confuso mundo da pré-adolescência. No capítulo 2 avanço com a­ lgumas intuições que fazem uma catequese de mais qualidade. No capítulo 3

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seguinte discuto o método, a forma de fazer catequese com os pré-adolescentes. No capítulo 4 recordo os conteúdos da catequese, os desafios que esta idade lança e faço algumas propostas. O capítulo 5 é dedicado aos catequistas e ofereço algumas pistas para reforçar a nossa identidade e aprofundar a nossa vida espiritual. No capítulo 6 sugiro alguns recursos práticos.

Como se pode perceber, este livro não é uma alternativa aos “catecismos” nem é uma colecção de receitas. É uma reflexão, com os pés bem assentes no chão, sobre o que é e deve ser a catequese que a Igreja hoje faz com os pré-adolescentes.

Para quem quiser ir mais longe, deixo aqui alguns livros que me ajudaram e inspiraram a fazer esta síntese.

Bellantoni, D. (2010). La percezione di Dio nella preadolescenza. Cinquant’anni di indagini sperimentali. Roma: LAS. Brinthaupt, T. M., & Lipka, R. P. (Eds.). (2002). Understanding Early Adolescent Self and Identity. Applications and Interventions. Albany: State University of New York Press.

Centro Salesiano Pastorale Giovanile. (1988). La relazione cercata. Un progetto di animazione culturale con i preadolescenti (M. Delpiano Ed.). Leumann: LDC. Delpiano, M. (1991). Pastorale dei preadolescenti. Ragazzi, educazione alla fede e comunitá ecclesiale. Leumann: LDC. L’età negata. Ricerca sui preadolescenti in Italia. (1992). (S. De Pieri, G. Tonolo, & M. Delpiano Eds. 5 ed.). Leumann: LDC. Lucarini, V. (1997). El grupo de preadolescentes. Su animación y evolución. Madrid: Editorial CCS. Tonolo, S. d. P. G., & Delpiano, M. (Eds.). (1992). L’età negata. Ricerca sui preadolescenti in Italia. Leumann: LDC. 4

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1 Entender a pré-adolescência Se queres fazer catequese com pré-adolescentes, se desejas realmente que eles cresçam numa relação feliz com Jesus, o Senhor da vida, o primeiro passo é conheceres bem esse mundo da pré-adolescência.

Bem… não será o primeiro passo. Antes, tens tu mesmo de fazer uma experiência feliz na amizade de Jesus. Mas se já és alguém entusiasmado com a causa de Deus, que se sente chamado por Deus e pela Igreja, a comunidade dos seguidores de Jesus, a anunciar o Evangelho aos mais novos como catequista, o passo inicial para fazeres uma catequese de alta qualidade é conheceres bem os pré-adolescentes a quem Deus te envia.

Estudar a pré-adolescência não é principalmente questão de competência. É um gesto de fé. Deus ama cada um dos catequizandos. E quer que eles cresçam na amizade consigo, assim como são. Tu colaboras com esta missão de Deus. E para que este sonho de Deus aconteça, tu estudas quem são estes rapazes e raparigas. Assim como são, são amados por Deus. Estudá-los é amar aqueles mesmos que Deus também ama.

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1. Isso da pré-adolescência existe mesmo?

A pré-adolescência é um tempo do desenvolvimento pessoal, colocado entre a infância e a adolescência e que vai, mais ou menos, dos 10 aos 13/14 anos. O termo foi sugerido por Sigmund Freud mas foi a sua filha Anna Freud a dar-lhe mais atenção e a pedir um estudo mais atento desta etapa da vida.

Esta fase coincide com o final do 1º ciclo, o 2º ciclo e o início do 3º ciclo escolares. É um tempo em que descobrem a transformação do seu corpo e adquirem uma identidade sexual mais marcada.

Há muita gente que não atribui grande importância à pré-adolescência. Alguns consideram que nem sequer existe tal coisa. A catequese tradicional “mete” dentro da infância as “crianças” entre os 6 e os 12 anos e dentro da adolescência os que têm entre 13 e 16 anos. Há também muitos psicólogos que não encontram nada de específico nessa faixa dos 10 aos 14 anos. Ainda domina um esquema simplista que coloca as pessoas antes da puberdade no mundo das crianças e no mundo dos adolescentes depois da puberdade. Mas a puberdade não é um “momento”; é um processo, cheio de mudanças físicas, psicológicas, sociais. Para quem está de fora, é fácil ver a pré-adolescência como uma transição, uma passagem da infância para a adolescência. Mas para quem a vive, ela é um período intenso, confuso mas cheio de potencialidades.

Mais do que uma mera transição, vejo a pré-adolescência como uma fase evolutiva, rica de interesses, recursos e dinamismos típicos. Tudo isto é vivido pelos pré-adolescentes como novidade. E como uma novidade “definitiva”, já que é a única experiência que têm.

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2. Tantas mudanças!

A pré-adolescência é um tempo caracterizado por muitas e intensas mudanças no corpo, na mente e nas relações dos pré-adolescentes.

2.1 Um tempo de novos interesses Uma das mudanças mais intensas são os interesses. Os pré-adolescentes encontram novos polos de atracção e motivação, ao mesmo tempo que perdem interesse noutros temas. Estas mudanças variam com a idade e com o sexo.

2.1.1 O jogo, as relações e as emoções O início da pré-adolescência é marcado pelo entusiasmo com o jogo e o movimento. A sabedoria popular diz que os “miúdos” destas idades têm “bicho carpinteiro”; os cientistas falam de predominância dos interesses lúdico-motórios. Não é uma questão de mau comportamento: é apenas a vida que cresce e que se manifesta, no início da pré-adolescência, como um prazer intenso pelo movimento e pelo jogo.

Com o passar dos anos, o foco desta vida em crescimento explosivo deixa de se centrar no movimento e no jogo e passa a ser mais “social”. Quer eles quer elas (mas mais elas) começam a cultivar relações com os colegas da mesma idade. Os amigos, ao contrário dos adultos, permitem contrariar a ansiedade e a incerteza. Com o amigo é possível exprimir-se; ele é um companheiro que experimenta as mesmas realidades. Esta procura de relações interpessoais fora da família compensa a incerteza que se sente na relação com os pais.

A maior atenção às relações é vivida de forma diferente segundo os sexos. Os rapazes vivem as relações num registo 7

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de acção e de vitalidade espácio-motória. Eles gostam de estar com os amigos para fazer coisas e para “andar por aí”. Para as raparigas, a relacionalidade está ligada à satisfação das necessidades emocionais. Elas procuram muito mais a cumplicidade, a intimidade do que o “fazer coisas”.

2.1.2 Tempo livre No uso do seu tempo livre, o pré-adolescente quer estar mais distante da família, quer assumir maior autonomia sobre as suas escolhas.

Com esta maior liberdade, o pré-adolescente investe o seu tempo livre em actividades “externas” (desporto, estar com os amigos) e outras mais “internas” (ler, consumir música, internet, televisão…). Com a idade, cresce a atenção à música, aos videoclips e ao mundo da expressividade. Os “ídolos” propostos pelos media captam o fascínio, o tempo e o bolso dos pré-adolescentes.

As actividades que escolhem para os seus tempos livres são bastante diferentes daquelas da infância e da adolescência. Perdem fascínio as actividades mais sedentárias, que excluem os amigos ou que exigem prestações verbais ou cognitivas (leituras, diário pessoal, bricolage…).

2.2 Perceber as novas vivências Durante a infância vive-se com um “eu” definido pelos outros. A relação que temos com os outros (mormente a família e os adultos relevantes como os educadores) define fortemente a nossa identidade. Agora, com a pré-adolescência, centramo-nos mais em nós mesmos. Há mais energia posta na subjectividade, mesmo quando ela é vivida em relação com os amigos.

Todas estas mudanças são sentidas intensamente pelo pré-adolescente, que não sabe muito bem o que lhe está a suceder.

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2.2.1 Viver o corpo entre novidade e mal-estar O pré-adolescente percebe as transformações que acontecem no seu corpo e está atento (por vezes, ansioso) ao que se passa consigo. O crescimento em altura, o aumento de peso e a maior consistência da força muscular modificam a imagem de si e o modo como percebe os outros. A puberdade, com as suas modificações físicas, não é o específico da pré-adolescência mas é um fenómeno importante que influencia muitas escolhas e muitos comportamentos. Apesar de ter acesso a muitas informações sobre o que se passa, ele sente a puberdade como algo misterioso. Diante dos adultos retrai-se e evita falar sobre o que se passa; sente-se mais à vontade com os colegas.

A percepção e a atenção ao próprio corpo são vividas de modo diferente pelos dois sexos. Elas estão mais atentas e mais cedo do que eles, o que é normal, já que elas têm um desenvolvimento mais precoce (em média de 1 a 2 anos).

2.2.2 O fascínio pelo outro sexo Os pré-adolescentes valorizam positivamente que rapazes e raparigas andem juntos. A meio da pré-adolescência, pelos 12-13 anos, este fascínio tem um pulo. As emoções associadas a esta atracção são muito fortes, seja pela sua novidade, seja pela rapidez com que aparecem. É a tradução mais psicológica e emocional das mudanças físicas da puberdade.

De algum modo, eles e elas sentem que a integração com o outro sexo gera um clima favorável para o seu crescimento completo. Este fascínio é mais emotivo do que funcional. É “bom”, “sabe bem”, rapazes e raparigas estarem juntos; não tanto para fazer coisas ou para desenvolver actividades (mesmo quando os adultos o desejam) mas para “estar” juntos, em companhia, a passar juntos o tempo.

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Durante a infância, as crianças conservavam uma distância segura diante do outro sexo (que, às vezes, chegava à rivalidade). Agora há uma grande vontade de estar com o outro sexo.

De início, acontece de modo dissimulado e algo desajeitado e, depois, de modo explícito. Por tentativa e erro, com muita insegurança à mistura, o pré-adolescente descobre os recursos da sua sensibilidade.

2.2.3 À procura de alguma autonomia Os pré-adolescentes são cada vez mais exigentes na busca de “espaços de autonomia”, sobretudo em relação aos pais.

Querem ser eles mesmos a decidir sobre a gestão do tempo, a escolha dos amigos, as opiniões que têm (mesmo quando sabem que não são capazes de as justificar).

De uma integração quase perfeita no início da pré-adolescência, vai-se passando a um progressivo afastamento da família. Aparecem pequenos conflitos com os pais. Desejam, acima de tudo, conquistar o seu espaço. E encontram este espaço através de mecanismos de defesa, mantendo os pais à distância, usando o confronto. Pode-se até chegar a formas de oposição declarada… que costuma ser mais simbólica do que real.

Esta procura de autonomia mexe profundamente com as emoções do pré-adolescente.

2.2.4 Uma porta para o futuro No caminho para a autonomia, nas emoções novas e intensas que sente, o pré-adolescente percebe que há uma porta a abrir-se para o seu futuro. É agradável descobrir que há um futuro em que ele será protagonista.

Mas ele ainda não sabe como gerir este tema. Tem vontade de pensar o futuro mas não sabe ainda articular os desejos, as 10

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possibilidades, lidar com as dificuldades. Está ainda centrado no quotidiano, com as suas exigências imediatas, as suas necessidades, as suas recompensas… que o amarram ao presente.

2.2.5 Passar à lógica formal Tal como descrito por Piaget, o pré-adolescente evolui do pensamento concreto para o pensamento formal. Neste estádio operatório-formal, começamos a raciocinar lógica e sistematicamente. Tornamo-nos capazes de usar o raciocínio proposicional. Conseguimos fazer operações lógicas sem o apoio de objectos concretos. Este pensamento mais amadurecido e abstracto está ligado à autonomia, à capacidade de distanciar-se do dado concreto, para se abrir a novas e diferentes possibilidades.

A realidade, os factos, as relações… são avaliados a partir de hipóteses pessoais. E estas hipóteses são transformadas, melhoradas, a partir de novos dados. O pensamento lógico-formal melhora o sentido do futuro e torna possível pensar as relações de maneira mais rigorosa e realista.

Mas a passagem do pensamento operatório para o formal ocorre devagar e com esforço. É um caminho que começa agora, na pré-adolescência, mas que só terminará na adolescência. Esta difícil transição explica uma série de fenómenos: • A tendência a viver amarrado ao presente, sem prestar grande atenção ao futuro, marca muito os seus valores e os seus interesses; • A persistência da importância dos modelos, do ambiente e das figuras significativas. Emerge algum desejo de autonomia… que se fica mais pelas palavras; • Aparece alguma capacidade crítica mas com muito esforço. O que ele diz, pensa e opina ainda é bastante 11

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influenciado pelo que lhe chega dos adultos, dos colegas, dos media. Apesar disso, insiste em ter a sua opinião, em exigir mais responsabilidade; • A frágil imagem de si está acompanhada da forte identificação com modelos exteriores a si.

2.3 Um modo novo de se relacionar O pré-adolescente está a crescer, com esforço e alguns recuos, em autonomia e em capacidade crítica. Ainda lhe é muito difícil gerir uma visão realista da realidade, dos outros e de si mesmo.

2.3.1 Com os adultos Na relação com os adultos continua a ser bastante receptivo. À medida que cresce, vai-se tornando mais crítico. É difícil descrever a relação dos pré-adolescentes com os adultos, pois ela parece ser cheia de contradições. Eles ainda são vistos positivamente mas estão a perder relevância. Não são comuns as relações conflituosas mas também não são mais o polo de atracção que foram no passado.

Este é um dos processos que mais distingue a pré-adolescência da infância: o adulto (especialmente o educador) assumia um papel altamente prestigiado; agora é bem visto mas já não existe grande desejo de imitação. Não estamos ainda na adolescência em que o adulto representará o polo oposto para uma redefinição da identidade.

Com os pais, abandona-se uma dependência total e chega-se a uma dependência “ambivalente”. O pré-adolescente procura ainda a aprovação e o apoio dos pais; não tem episódios de conflito agudo com eles. Mas percebe que há outras fontes 12

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Índice Introdução........................................................................................3 Capítulo 1: Entender a pré-adolescência............................................5 1. Isso da pré-adolescência existe mesmo?.........................................6 2. Tantas mudanças!.........................................................................7 2.1 Um tempo de novos interesses.................................................7 2.1.1 O jogo, as relações e as emoções....................................7 2.1.2 Tempo livre....................................................................8 2.2 Perceber as novas vivências.....................................................8 2.2.1 Viver o corpo entre novidade e mal-estar.......................9 2.2.2 O fascínio pelo outro sexo.............................................9 2.2.3 À procura de alguma autonomia..................................10 2.2.4 Uma porta para o futuro..............................................10 2.2.5 Passar à lógica formal..................................................11 2.3 Um modo novo de se relacionar............................................12 2.3.1 Com os adultos............................................................12 2.3.2 Com os colegas............................................................13 2.3.3 À descoberta de si mesmos...........................................14 2.3.5 Novos modelos............................................................14 3. O mundo dos amigos..................................................................15 3.1 Com os outros......................................................................15 3.2 O grupo dos pares.................................................................16 3.3 A amizade.............................................................................18

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4. O pré-adolescente e a família .....................................................20 4.1 Uma paz ideal entre pais e filhos...........................................20 4.2 Cuidadinho!..........................................................................21 4.3 Sementes de mal-estar...........................................................22 5. A religiosidade do pré-adolescente .............................................23 5.1 Uma dependência ainda forte................................................23 5.2 Uma religiosidade do “fazer”................................................24 5.3 Afastamento..........................................................................24 5.4 O começo da personalização.................................................25 5.5 Uma fé marginal...................................................................26 6. Ser pré-adolescente na sociedade complexa.................................27 6.1 Ser pré-adolescente na pós-modernidade...............................27 6.1.1 Na fronteira.................................................................27 6.1.2 A insegurança das famílias...........................................28 6.1.3 Uma escola sem rumo..................................................28 6.1.4 O grupo dos pares........................................................29 6.1.5 Os media......................................................................30 6.2 Numa sociedade complexa e fragmentada............................30 6.2.1 Por hipo-socialização...................................................31 6.2.2 Por híper-socialização..................................................32 6.2.3 Desenraizados..............................................................32 7. Em resumo…..............................................................................33 Capítulo 2: Para uma catequese com mais qualidade......................35 1. Antes de começar........................................................................35 1.1 O amor à vida.......................................................................35 120

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1.2 Um olhar optimista...............................................................36 2. Com que pré-adolescente?...........................................................37 2.1 Um sujeito complexo............................................................37 2.2 Em diálogo com o ambiente..................................................38 2.3 Pré-adolescente livre..............................................................39 3. Opções de qualidade...................................................................39 3.1 Um “nós” a construir............................................................39 3.1.1 Aprender a estar juntos................................................40 3.1.2 Com os adultos............................................................40 3.1.3 Um grupo que faz crescer.............................................41 3.1.4 Construir juntos...........................................................42 3.2 Um mundo interior a desbravar............................................42 3.2.1 O corpo como autodefinição........................................44 3.2.2 Mais consciente de si e da cultura que o rodeia............44 3.2.3 A favor da autonomia..................................................45 3.3 Ir mais além..........................................................................46 3.3.1 Descobrir e elaborar o sentido.....................................46 3.3.2 Aceitar e superar os limites..........................................46 3.3.3 Aprender a dar.............................................................47 3.3.4 Fazer festa....................................................................47 3.3.5 Encontrar um novo rosto de Deus................................48 Capítulo 3: Fazer catequese: o método............................................49 1. Caminho.....................................................................................50 2. Uma catequese para pessoas reais................................................51

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3. Um grupo para fazer coisas grandes............................................52 3.1 Grupo com um tamanho razoável.........................................53 3.2 Um grupo com uma “casa”...................................................54 3.3 Um grupo organizado...........................................................54 3.4 Aprender fazendo..................................................................55 3.5 A consciência de ser nós........................................................55 3.6 Um grupo aberto...................................................................56 4. A relação educativa.....................................................................57 4.1 Assimetria.............................................................................58 4.2 No grupo com um animador.................................................58 5. Escolher os últimos.....................................................................59 5.1 Os melhores..........................................................................59 5.2 Uma catequese de segunda categoria.....................................60 5.3 Uma alternativa fiel a Jesus...................................................61 5.4 Os passos do caminho...........................................................62 6. O pedido.....................................................................................63 6.1 Um forte desejo de vida.........................................................63 6.2 Uma vontade de mudança.....................................................64 6.3 Um pedido maior do que os pedidos individuais...................64 6.4 Pedir uma vida com sentido..................................................65 7. Momentos de intervenção...........................................................66 7.1 Reunião semanal...................................................................66 7.2 Eucaristia semanal................................................................67 7.3 Celebrações e momentos de oração.......................................67 7.4 Encontros e convívios...........................................................68 7.5 Dias de retiro........................................................................68 122

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Capítulo 4: Os conteúdos e as tarefas da catequese.........................69 1. Professar a fé na pré-adolescência...............................................69 1.1 Os desafios............................................................................69 1.2 Propostas..............................................................................70 2. Aprender a rezar.........................................................................72 2.1 Os desafios............................................................................72 2.2 Propostas..............................................................................72 3. Celebrar a liturgia da Igreja.........................................................73 3.1 Desafios................................................................................73 3.2 Propostas..............................................................................74 4. Educação moral..........................................................................75 4.1 Desafios................................................................................75 4.2 Propostas..............................................................................76 Capítulo 5: Catequista: chamado e amado por Deus.......................79 1. Identidade do catequista..............................................................79 1.1 Maturidade...........................................................................79 1.2 Chamado..............................................................................81 1.3 Viver de fé.............................................................................82 1.4 Morar na Igreja.....................................................................83 2. Espiritualidade do catequista.......................................................83 2.1 Um contemplativo.................................................................83 2.2 Colaborador com o Espírito..................................................84 2.3 Amado por Deus...................................................................84 2.4 Aberto aos outros.................................................................85 2.5 Amando a vida......................................................................86 123

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2.6 Cristo no centro....................................................................86 Capítulo 6: Recursos para a catequese de pré-adolescentes.............89 1. As actividades.............................................................................89 2. Um grupo coeso..........................................................................91 2.1 O papel do catequista...........................................................91 2.2 A postura do catequista........................................................93 2.3 Algumas ideias concretas para um grupo mais coeso............96 3. A arte do diálogo........................................................................97 3.1 Fazer perguntas.....................................................................99 3.2 Devolver a pergunta............................................................100 3.3 Organizar as respostas........................................................101 4. O jogo.......................................................................................101 Capítulo 7: Dúvidas e problemas frequentes.................................105 1. Porque é que eles faltam tanto à catequese?..............................105 2. Estou obrigado a vir à catequese!..............................................107 3. A difícil gestão da pluralidade cultural e religiosa.....................108 4. Estão sempre a portar-se mal!...................................................110 5. Com tanta internet, telemóveis e jogos, a catequese e a missa parecem sempre uma seca!.......................115 6. Porque é que desistem com tanta facilidade?............................... 117

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Sobre o autor: Rui Alberto é salesiano sacerdote, diretor das Edições Salesianas.

Fundou a Catequistas (2004-2014), revista de formação para agentes pastorais. Em 2015 obteve o doutoramento em Teologia com especialidade em Pastoral Juvenil e Catequética, pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma. É autor de diversos livros na área da catequese. Dedica-se à formação catequistas através do mega evento de formação E-vangelizar e noutras ações organizadas pelas paróquias e dioceses.

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Da mesma coleção: Fazer catequese com adolescentes

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Apresentamos-te uma reflexão, com os pés bem assentes no chão, sobre o que é e deve ser a catequese na pré-adolescência.

Primeiro, começamos por apresentar aquilo que define a faixa ­etária dos 10 aos 14 anos.

De seguida, apontamos os critérios para uma catequese de ­qualidade.

Nos capítulos seguintes, encontrarás pistas concretas sobre o método e a forma de fazer catequese com os pré-adolescentes.

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