Fátima e Catequese - Encenações breves

PEDROSA FERREIRA

Apresentamos sob a forma de teatro as aparições de Fátima e alguns momentos da vida dos pastorinhos.

Fáceis de encenar, as dramatizações podem ser usadas na catequese ou noutros momentos comunitários.

Uma forma criativa de assinalar o centenário das aparições de Fátima que a igreja celebra em 2017.

Encenações breves

Rua Dr. Alves da Veiga, 124 Apartado 5281 | 4022-001 Porto Tel.: 22 53 657 50 Fax: 22 53 658 00 edisal@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt

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Pedrosa Ferreira

Encenações breves

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Ficha Técnica © 2016 Pedrosa Ferreira © 2016 Edições Salesianas

Rua Dr. Alves da Veiga, 124

Apartado 5281

4022-001 Porto

Tel: 225 365 750 Fax: 225 365 800 www.edisal.salesianos.pt edisal@edicoes.salesianos.pt Publicado em setembro de 2016 Capa: Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Impressão e acabamentos: Printhaus ISBN: 978-989-8850-05-8 D.L.: 414734/16

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APRESENTAÇÃO De 13 de maio a 13 de outubro de 2017 celebramos o centenário dos Aparições de Fátima. Este tempo coincide com os meses de férias grandes, durante os quais não há catequese.

Por isso, sugerimos que, durante o ano de catequese deste ano pastoral de 2016-17, se aproveite algum tempo para dar a conhecer as Aparições. Propomos que se faça em forma de breve encenação, como actividade previamente preparada. Estes textos, redigidos em forma teatral, podem ser representados ou lidos no final de algumas sessões de catequese.

Quanto à coreografia, que seja a mais simples possível.

Nossa Senhora é representada por uma imagem e o momento da aparição é assinalado por um foco de luz.

A maneira de vestir dos pastorinhos, tal como está na fotografia tradicional, pode servir de inspiração.

Os teatrinhos são breves e apresentam o essencial da Mensagem de Fátima.

Convidam as crianças e os adolescentes da catequese a uma vida de oração simples e alegre e a serem no mundo candeias que alumiam com a luz da fé, da esperança e da caridade.

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Cena 1

13 de maio NARRADOR: Domingo, 13 de maio de 1917. Lúcia, Francisco e Jacinta guardavam os rebanhos na Cova da Iria. Há sinais de trovoada e dirigem-se para casa. Inesperadamente, vêem sobre uma pequena azinheira uma Senhora vestida de branco e mais brilhante que o sol. Assustados, ajoelham-se.

Na sala de catequese está uma imagem (grande) de Nossa Senhora de Fátima, que ficará durante todas as encenações. Os pastorinhos ajoelham-se de mãos erguidas. Ficam em silêncio alguns instantes em contemplação. Com a imagem iluminada e com música muito suave. Depois como que acordam da visão e começam o diálogo entre eles.

LÚCIA: Disse para não termos medo. Perguntei-lhe de onde era vossemecê e disse: “ Sou do Céu”. É sem dúvida Nossa Senhora.

JACINTA: E o que é que ela quer de nós?

LÚCIA: Pediu-nos para virmos aqui seis meses seguidos no dia 13 a esta hora. Disse que levará a Jacinta e o 5

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Francisco para o Céu, para junto dela. Mas o Francisco tem de rezar muitos terços.

FRANCISCO: Sim, vou rezar os terços inteiros. Não como antes.

JACINTA: Ela pediu-nos mais alguma coisa?

LÚCIA: Pediu para rezarmos pela conversão dos pecadores. Que eles se voltem para Deus e escutem o que Jesus mandou fazer.

FRANCISCO: Por que é que eu não ouvia nada do que Nossa Senhora dizia?

JACINTA: Pergunta-lhe a ela! Eu ouvi-a mas não falou comigo.

LUCIA: Ela, antes de se ir embora, pediu mais uma coisa.

FRANCISCO: O que foi?

LÚCIA: Pediu para rezarmos todos os dias o terço pela paz no mundo.

JACINTA: Eu tenho-o aqui no meu bolso.

LÚCIA: (Levantam-se, alegres, para se irem embora) Primos, ninguém acreditará em nós. Por isso, vamos guardar segredo.

JACINTA: Ai que Senhora tão bonita!

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LÚCIA: (Levantando-se) Estou mesmo a ver que vais dizer a alguém.

JACINTA: Não digo. Fica descansada.

(Os três partem em direção a suas casas)

* * *

CATEQUISTA: Lúcia perguntou: “O que é que vossemecê me quer?” Durante este tempo do ­ centenário escutemos a resposta que ela deu nas bodas de Caná: “Fazei o que Jesus vos disser”.

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Cena 2

“Hoje vi Nossa Senhora!”

NARRADOR: Jacinta e Francisco, ao fim do dia 13 de maio, chegam a casa muito emocionados. De vez em quando, Jacinta dizia: “Ai que Senhora tão bonita!”

Entretanto, chega a sua mãe Olímpia, da feira da Batalha. Jacinta corre para ela. Os irmãos, impressionados, assistem à cena.

A cena passa-se em casa da família Marto. Assistem os pais e alguns irmãos.

JACINTA: (A correr para a mãe) Mãe, hoje vi Nossa Senhora na Cova da Iria.

MÃE OLÍMPIA: (Traz algo que comprou na feira) Não acredito. És uma boa santa para veres Nossa Senhora.

JACINTA: Acredite, mãe. Era uma Senhora muito bonita.

Nas mãos tinha o terço. Falou com a Lúcia, mas não me disse nada a mim nem ao Francisco. Disse 8

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à Lúcia: “Rezem o terço todos os dias”. E que nos levaria a todos para o Céu.

MÃE OLÍMPIA: Tens cada uma! Então Nossa Senhora iria escolher-te a ti de entre todas as meninas de Aljustrel? És melhor que todas elas?

IRMÃOS: (Dirigindo-se a Francisco) Francisco, é verdade o que a Jacinta diz?

FRANCISCO: (Acenando com a cabeça) É, sim.

PAI MARTO: (A um canto, assistia a tudo. A um certo momento, interrompeu) Se eles viram uma mulher vestida de branco e muito linda, mais brilhante que o sol, quem poderia ser senão Nossa Senhora! São horas de ir descansar. Vamos. (Saem todos e fica apenas o Pai Marto) Nossa Senhora escolheu o meu Francisquinho e a minha Jacintinha. Vou pensar nisto toda a noite. (Sai)

* * *

CATEQUISTA: Jacinta viu que era uma boa notícia para toda a gente e quebrou o segredo. Quando se trata de falar de Jesus e de Nossa Senhora, não podemos ficar calados e mostrar a nossa alegria.

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Cena 3

Em casa da Lúcia NARRADOR: No dia 14 de maio, de manhãzinha, o Francisco foi contar tudo à mãe da Lúcia. E a notícia foi-se espalhando por toda a aldeia de Aljustrel.

Lúcia, a mais velha, era prima de Francisco e de Jacinta. Maria Rosa, irritada, não aceitou nada bem a notícia das aparições.

Em cena está Lúcia, a sua mãe Maria Rosa e também Jacinta e Francisco.

LÚCIA: (Irritada, fala para Jacinta) Então foste contar tudo em casa? Eu não te tinha dito para não dizeres nada a ninguém?

JACINTA: (Chora) Desculpa, prima. Tinha cá dentro uma força que não me deixava calada.

LÚCIA: A minha mãe Maria Rosa já soube e não para de ralhar comigo. Sabes como ela é. Que hei-de agora fazer?

JACINTA: Prometo que nunca direi mais nada a ninguém.

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MARIA ROSA: (Chegando) Então a minha Lúcia, que não me tem dado desgostos, sai-se agora com essa da aparição de Nossa Senhora. Afinal, é uma grande mentirosa.

LÚCIA: Não, mãe. Tínhamos combinado não contar nada a ninguém mas a Jacinta quebrou o segredo. É claro que não somos umas santas e ninguém iria acreditar na aparição de Nossa Senhora. E logo aqui nestas terras tão pobres da Serra de Aire e a três crianças analfabetas e simples pastoras. Mas apareceu-nos aos três.

MARIA ROSA: Não acredito. E quero que desmintas o que aconteceu. Senão, levas com o cabo da vassoura.

LÚCIA: Mãe, como posso eu negar aquilo que vi e ouvi.

Era Nossa Senhora.

MARIA ROSA: Quero isso bem explicado diante do senhor prior. Ajudo-o a dar doutrina e não quero ficar mal com essas mentiras. Vamos agora à residência paroquial.

FRANCISCO: Eu também? Não ouvi nada.

MARIA ROSA: Sim, todos. E recomendo-vos que digam a verdade!

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LÚCIA: Eu prometi não dizer nada a ninguém.

JACINTA: Nem eu!

(Saem todos.)

* * *

CATEQUISTA: A mãe de Lúcia, apesar de ensinar catecismo, teve dificuldade em acreditar. Nós, quando se trata de acreditar naquilo que Jesus nos diz nos Evangelhos, podemos ter dificuldade em acreditar.

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Cena 4

Aparição de junho NARRADOR: No dia 13 de junho, festa de Santo António em Fátima, estavam na Cova da Iria cerca de 50 pessoas. Lá estava o lugar da pequena azinheira.

Chegaram os pastorinhos. Os pais de Francisco e de Jacinta, para evitar problemas, tinham preferido ir à feira comprar uns bois.

Em cena os pastorinhos e um grupo de pessoas (povo).

LÚCIA: Vamos rezar o terço. (Começa a rezar o terço com o povo mas depressa interrompe) Olhem para o Céu.

Aí vem Nossa Senhora.

(Os pastorinhos ajoelham-se diante da imagem de Nossa Senhora. As pessoas esfregam os olhos e mostram nada ver, mas estão atentas. Terminada a aparição, o povo faz perguntas:) POVO: O que é que Nossa Senhora te disse?

LÚCIA: Pediu para virmos aqui todos os dias 13, para rezarmos o terço todos os dias e para aprendermos a ler. E que eu ficaria até à idade adulta porque Jesus 13

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Apresentamos sob a forma de teatro as aparições de Fátima e alguns momentos da vida dos pastorinhos.

Fáceis de encenar, as dramatizações podem ser usadas na catequese ou noutros momentos comunitários.

Uma forma criativa de assinalar o centenário das aparições de Fátima que a igreja celebra em 2017.

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