Horus Cultuliterarte

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O Carnaval na Madeira Por Teresa Faria

O Carnaval madeirense sempre foi vivido com grande entusiasmo, com os tradicionais "mascarados" desfilando pela rua livremente, de forma individual ou em bando, disfarçando-se de forma trapalhona, vestindo-se com roupas velhas e pintando o rosto com a fuligem do forno a lenha. Os bailes privados eram realizados nos clubes locais, destinando-se a pessoas das classes mais abastadas. Assim, os foliões usavam disfarces inspirados em temáticas diversas, tais como personagens conhecidas, profissões ou objetos. O ponto alto dos festejos carnavalescos decorria na Rua da Carreira, antigamente a rua principal do Funchal, formando-se um cortejo espontâneo no qual os participantes agregavam o espírito de festa e os excessos típicos do Carnaval. Os residentes naquela rua e os foliões competiam numa verdadeira batalha campal onde arremessavam água, ovos, farinha, serpentinas e confétis. Os excessos cometidos nesse cortejo tiveram como consequências,a dada altura, as autoridades a decretarem algumas proibições que, não obstante, não impediram nem refrearam os madeirenses de manter a tradição de viver intensamente o Carnaval nas ruas da cidade. Com o crescimento do setor hoteleiro, a partir dos anos 70, os bailes que se faziam nos clubes privados, passaram a ser organizados pelas unidades hoteleiras de luxo, como o Read's Palace e o Savoy Hotel. Nos finais dos anos 70, os festejos de Carnaval ganharam uma matriz oficial e vieram para a rua com um novo formato e organização, caminhando de forma vertiginosa para o modelo de atual cartaz turístico, internacionalmente reconhecido como Festas de Carnaval da Madeira. De qualquer modo, nas freguesias situadas nos subúrbios da cidade, tal como acontecia nas zonas rurais, os mascarados desfilavam pelos becos e caminhos, sós, a pares e em pequenos bandos, a título particular e sem qualquer organização oficial, ocorrendo as pessoas aos seus balcões, vulgarmente conhecidas como varandas, para os ver passar. Nas suas casas, as famílias haviam adquirido os ingredientes para confecionar uma iguaria própria da época as conhecidas “malassadas”, sendo imprescindível o conhecido fermento de padeiro, a farinha e os ovos, água, sal e raspa de limão. Eventualmente juntava-se-lhes batata-doce ou abóbora amarela. Posteriormente apareceram os “sonhos”, em tudo idênticos às malassadas exceto em dois aspetos: o número de ovos muito superior e não necessitar de esperar para a massa levedar. Voltando aos cortejos, a Direção Regional do Turismo passa a organizar os cortejos Alegórico ( sábado) e Trapalhão ( terça-feira). O cortejo alegórico tem a responsabilidade de proceder aos ensaios, com a devida antecedência e trazer para as ruas os grupos organizados que participavam nos bailes carnavalescos particulares (em salões de baile, quintas e hotéis), com o intuito de partilhar de uma forma mais abrangente, a sua criatividade com residentes e visitantes, entre eles centenas de turistas. Os dois cortejos passam a percorrer um itinerário previamente estabelecido e publicitado que permite o divertimento dos foliões e, em simultâneo, proporciona que os mesmos possam ser apreciados pelos espetadores, que se colocam ao longo do percurso. Também são avaliados por um júri devidamente credibilizado, ao qual cabe uma observação atenta de vários itens de modo a atribuir prémios, sendo estes um incentivo para os participantes irem integrando as trupes, ano após ano. Desde então, o evento foi adquirindo notoriedade, até se tornar o que é presentemente, um dos maiores cartazes turísticos da Madeira. Apesar de as entidades oficiais terem o cuidado de descentralizar estas festividades, promovendo cortejos em diferentes vilas e cidades da ilha, como por exemplo, na zona leste, Santa Cruz, Caniço e Machico (domingo/ terça-feira) é na capital, mais precisamente junto à baía que se concentram os foliões, atraídos pela exuberância do porto e pelos encantos da maior e mais desenvolvida cidade da Pérola do Atlântico.

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ISSN : 2183-9204 EDITORA EDIÇÕES HÓRUS EDITOR CHEFE

INÊS NABAIS COLUNISTAS

ALEX MAGALHÃES Pág.25 ANA LINARES Pág.32 ANA RIBEIRO Pág.19 ANA WIESENBERGER Pág.36 ELÍCIO DOS SANTOS Pág.14 FERNANDA R. MESQUITA Pág.9 FERNANDO FERREIRA Pág.6 JULLIANO FERRERO Pág.27 LISIÉ CHAMPIER Pág.30 MADALENA CORDEIRO Pág.16 MORPHINE EPIPHANY Pág.11 PAULO RODRIGUES Pág.23 TERESA FARIA Pág.3

GRÁFICOS E DESIGN INÊS NABAIS

Contate-nos: WEBSITE

www.edicoeshorus.com

© 2017 por Edições Hórus. Todos os direitos reservados. A sua reprodução em um todo ou em parte é proibido. A revista Hórus Cultuliterarte é marca registada da Editora. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores e não dizem respeito à opinião do editor e seus conselheiros, isentos de toda e qualquer informação que tenha sido apresentada de forma equivocada por parte dos autores aqui publicados. .

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EDITORIAL

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esta que é já a 4ª Edição da Hórus Cultuliterarte queremos destacar os magníficos textos, poesias, resenhas e Contos. São sempre muitas as candidaturas que recebemos e cada vez mais. E ainda bem! Este nosso projeto foi fundado em dezembro de 2016. Oops...Já lá vão 3 meses ;) Este mês que passou foi de folia e de alegria. Estamos a ter diversas participações de autores Portugueses e dos países da Lusofonia. O que é bom! Muito bom! E isso só nos dá mais força para novas ideias surgirem e serem postas em prática em breve. Constatamos o quanto estamos a ter sucesso com esta nossa Revista que está ao alcance de todos que nela queiram participar e divulgar os seus trabalhos basta que nos seja enviado por correio eletrónico até dia 29 de cada mês para edicoes.horus@gmail.com. Quero dar as boas-vindas a todos os participantes desta quarta edição de muitas, e aproveitar para convidar novos participantes para as próximas edições com a divulgação de Livros, Publicidade e Novidades! Este novo mês que agora entra é o mês da Mulher e também merece ser celebrado! Feliz dia a todas as Mulheres! A nossa capa é dedicada a todas as Mulheres do Mundo. Esperando que esta edição vos agrade, meus amigos! Até à próxima edição!

Inês Nabais Gerente/Editora das Edições Hórus e Autora desde os doze anos. Participou em Antologias. Publicou dois Livros pela Corpos Editora “Pedaços de Mim” e “Eu sou tu e tu sou Eu”, pela Poesia Fã Clube "Sonhos Coloridos" e em Edição de autor "O Sonho e a Sombra de Eduardo". Fundou a Revista Hórus Cultuliterarte a 2 de dezembro de 2016.

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Fernando Ferreira Prefácio futuro do meu livro que se vai chamar ainda não sei

Deve ser díficil queremos ser escritores. Não sei se um livro chega, há muitos escritores consagrados que só fizeram um e são considerados escritores e outros que fizeram livros, muitos, muitos talvez não sejam. Pelas palavras passamos muita coisa de nós, explicamos aos outros outra maneira de sentir, mas as palavras deviam ficar aqui paradas à nossa disposição, sem serem devoradas por quem as está agora a ler. Há tempos vi um filme projectado em baixa velocidade por minuto e os movimentos das pessoas eram como que cortados por uma tesoura, onde as personagens entre cada movimento paravam. Depois vi o mesmo filme a grande velocidade e as personagens também tinham movimentos recortados, como se o filme estivesse a passar a baixa velocidade. Pensei então que a vida de algumas pessoas resume-se a ; bébés, adolescentes, adultos e por fim, o fim. Estas são em que o filme roda a grande velocidade porque a máquina da vida quer despachá-las depressa. Aqueles que fazem a máquina andar a baixa velocidade são os que merecem mais tempo, são os que querem ser escritores, pintores e amigos dos outros, que mesmo quando chega o fim, o fim ainda não chegou, porque os livros deles, as pinturas deles, as músicas deles, ficam cá a tentar que a vida dos outros seja um filme onde a máquina anda mais devagar e a energia que faz girar essa máquina chama-se imortalidade. Quantas vezes já ouvimos Mozart, quantas vezes nos emocionamos a olhar para um quadro e quem é que não se emociona a ler um livro do Eça de Queiroz ? A pensar porque nasci, porque vivo há mais de sessenta anos e agora despois deste prefácio, por mim acho que a minha vida tem andado de vagar e talvez tenha avagarado a vida a algumas pessoas. .................................................................................................................................................................................................... 6

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Comecei a escrever muito tarde, e por aqui ando, pelo meio destas teclas que fazem estas palavras passar para o papel, na esperança que sem encravar a máquina que faz passar o filme, o filme passe mais devagar, para mim e para quem me ler. Por vezes, vamos buscar inspiração a uma imagem, um som, um riso ou até um choro e começamos a escrever furiosamente como se a mão que o faz estivesse mandatada por alguém, que não somos o nosso eu, para nós o fazermos. Quando releio, suspeito que tenha sido eu mesmo que escrevi isto, mas outras vezes garanto que eu carreguei nas teclas certas, mas se fosse o meu eu, não era naquelas teclas que eu carregaria. Não é só o problema da confusão das letras que estão representadas em cada tecla, por vezes viram-se contra mim e formam palavras que eu não queria, retiram os acentos que eu lá tinha, poem algumas vírgulas sem lá estarem e eu a querer dizer uma coisa e aquilo a parecer outra completamente diferente Normalmente um livro começa por uma ideia em árvore, sendo os frutos as personagens e os ramos em que estão pendurados o enredo e mal comparado essa árvore alimenta-se da inspiração do autor que está misturada nos nutrientes no solo, na água das chuvas e claro no omnipresente Sol que está presente em todas as coisas. No caso presente, não vai ser assim, não há uma história ou narrativa com sequência, não há um encadear de personagens que vão construindo uma história de fio a pavio. Os únicos elementos que compõem a argamassa deste livro, em vez de uma história, sou eu na companhia de todos aqueles que pegam na minha mão para eu escrever , onde coligi várias teclas, das minhas teclas, coisas que me aconteceram e outras nem por isso e outras teclas de outros que não sou eu que estou a escrever, mas apenas a juntar, para que a nossa vida ande uma bocadinho mais de vagar. Aquela palavra lá em cima que parece mal escrita “despois” fica assim porque eu pensei que me tinha enganado nas teclas, mas qualquer coisa, ou alguém de dentro de mim, me disse: -Deixa ficar “despois”, porque “depois” eu não quero que escrevas e despois tem mais a ver comigo. Depois não digam que eu escrevo mal, não sou eu que escrevo bem. Somos todos. Até quem ler isto.

Fernando Ferreira

Link para compra: https://www.edicoeshorus.com/product-page/na-esteira Para compra diretamente ao autor, envie um e-mail para augustograca@hotmail.com

Ou na Livraria em Santarém: www.livrariacosta.pt .................................................................................................................................................................................................... 7

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Fernanda Mesquita A laranja feia - Conto Neche parecia ter encontrado um pedaço de terra saudável. Sentou-se nas ervas frescas e orvalhadas e colheu uma laranja. Enquanto saboreava a laranja admirou os carreiros perfeitos, sombreados por elegantes laranjeiras. Devagar seguiu um som familiar; água pura a correr. Correu e maravilhou-se com o pequeno paraíso. Vários choupos, salgueiros, arbustos e uma vegetação rastejante deleitavam-se com a frescura do rio e protegiam o esplendoroso jardim. Inalou cada perfume. Explorou a beleza de cada espécie das flores. - Quanto amor deve ter a pessoa que cuida de tudo isto!- pensou. Mal tinha acabado de pensar ouviu um soluço. - Pensei que aqui não havia lágrimas- murmurou, tentando encontrar o dono do soluço. Avistou um pedaço de terra com uma nódoa escura. Era uma lágrima! Uma lágrima de quem? Não via ninguém! Assustou-se. Uma gota morna caiu sobre a sua mão. Olhou para cima. - Ah! – exclamou- não sabia que as laranjas choravam- Por que choras? - Sou muito feia. Ninguém me quer e morrerei seca na terra, enquanto tanta gente sofre com fome. - Rejeitam-te? Por quê? - Porque não tenho a medida e a forma certa para ser exibida na montra de uma loja. Vês esta parte?- perguntou a laranja, rodando um pouco- esta parte deveria ser tão redonda e vistosa quanto o resto do meu corpo. - Ah, eu não sabia que a fruta também estava sujeita a um padrão de beleza. Onde está o dono desta propriedade? - Partiu para outro país na esperança de recuperar o que perdeu aqui. Com a laranja na mão entrou na casa abandonada. Tudo arrumado e aparentemente perfeito. Como se o dono chegasse a qualquer hora. Ligou a Televisão. Recuou uns passos; corpos esqueléticos de crianças morrendo de fome, barrigas enormes escravizando pernas sem energia... imagens que sujavam o écran, alteravam-lhe os pensamentos e que por sua vez magoavam a sua sensibilidade de humano ainda crente na sua espécie. Sentiu o desequilíbrio da natureza humana desumanizando toda aquela equilibrada beleza natural do local que parecia um paraíso. O menino começava a entender em que mundo nascera.

Fernanda R. Mesquita

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Nasceu em Portugal a 11 de Fevereiro de 1961. Vive no Canadá. Tem dupla nacionalidade; portuguesa-canadiana. Mora em Edmonton na província de Alberta. Tem participado em muitas antologias, quer de contos, quer de poesia. Colaboradora da revista Ponto & Vírgula. Revista coordenada por Irene Coimbra. É membro da http://casadospoetasedapoesia.ning.com/ Autora dos blogs: Laços de poesia laosdepoesia.blogspot.com/ e Juntando espigas juntandoespigas.blogspot.com/

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Ataques no labirinto Por Morphine Epiphany

Existem ataques do próprio terror. As pontas encharcadas do sangue de todas as artérias, vísceras e matéria. Todos os rituais meditativos, ansiosos pela sublimação e expulsão dos demônios. Ursos esmagam a sua cabeça. Bisturis destroem a natureza da sua pele. Tiros invadem todos os seus órgãos. Agulhas deslizam em tom lancinante por cada vaso. Jurados caçoando do seu desempenho desastroso. O arco do violoncelo inerte. As cordas simplesmente não emitem sonoridade. Uma orquestra composta por serial killers empunhando instrumentos dos mais variados. Em white, a sequência dispara. Neve. Ardência. Labirintos melancólicos. Dezenas de corpos sem uma face chutando a sua cabeça, pisoteando seus rins e estômago. Suas reações desafiam Newton e a sua proporção torna-se,aguardar pelo desfecho. Calças borradas manchando a brancura. Fluidos escapando por todos os lados. Escarlate, tons de café,incolores. Pela primeira vez, a sua carne compreende a ideia de "jorrar por todos os poros". Biografia: Cristiane Vieira de Farias, ou Morphine Epiphany, nasceu em 1987, na cidade de São Paulo. Formada em Produção de Música Eletrônica. Possui textos publicados em revistas, antologias e coletâneas. Seu livro de poesias ''Distorções'', foi lançado em 2016

E-mail: souavenger69@gmail.com Instagram: @morphine_epiphany

PHOTO: Mysticartdesign 11

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Colheita de sonhos Poesia de Morphine Epiphany Senhor Believe e seu grão lançado Em terras de pesadelos gritantes Teu coração germinou luminosidade Muitos chapéus desistiram e mãos envolveram a renúncia Pares de pés em exaustão Ele ainda pingava suor pintado de esperança Toda sua pele reluzia forte determinação E os lenços dos outros entregues ao lamento Flamejavam no abandono dos sonhos O espírito de Believe ultrapassou Inércia, carência de ferramentas O banhar do cansaço descrente A cada grão, tua alma galopava Na veloz nuvem dos vencedores Seu respiro era o entusiasmo Renegou palavras de derrota Enterrou a frequência do Não E a cada rachadura, temporal Empecilho e vestes surradas Respingando nobres gotas do licor chamado objetivo Nessas tardes, recuperava o equilíbrio O aguçar de sua mente e a seta de seus olhos lhe mostravam indicações de sua jornada Era veraneio no coração confiante Believe fez a revolução persistente Seus grãos trouxeram o florescer de todas as árvores pertinazes Com garras, obstinação e intrepidez Sua conquista chegou no solar dia Com garras, coração e intrepidez Sua colheita o fez crescer inteiro

Biografia: Cristiane Vieira de Farias, ou Morphine Epiphany, nasceu em 1987, na cidade de São Paulo. Formada em Produção de Música Eletrônica. Possui textos publicados em revistas,antologias e coletâneas. Seu livro de poesias "Distorções"foi lançado em 2016. Instagram: @morphine_epiphany E-mail: souavenger69@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/cristiane.v.defarias?fref=ts

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Elício Santos do Nascimento UM PUNHADO DE LUZ ME BASTA - Poesia

PHOTO: Wilhei Beijam-se no olhar solto e comungado Mesmo não conhecendo o intento Alma com alma: chocam ar alado De invisível, mas vivo tom sereno. O encanto, não só físico, ao contato Dos sentidos minados em abrigo Não emendam palavra nem sai tato Apesar de se verem em fogo antigo Aos poucos um casal se descortina Entre atropelos ditos ou sentidos Como uma profecia sem sentido O prefácio parece repetido Aos bons predestinados em silêncio No livro, antes dos séculos, escrito. 14

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Comecei a escrever na adolescência, a princípio somente poesia. Retornei com toda a força à seara literária em 2011. Remeto colaborações periódicas e sou cronista fixo da Revista Capítulo Um. Já venci seleções das Revistas Avessa e Litere-se. Sou completamente apaixonado pelo poder das letras. Tenho três livros publicados. Obtive premiações em alguns concursos literários e participei de várias antologias de contos e poesia. Cursei três oficinas literárias com o doutor e escritor Marcelo Spalding. Sou colunista do blog “Chavalzada”.

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Madalena Cordeiro Lanรงamento do livro 'O Sol e a Lua'

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1ª Foto-Banda de música, dos alunos da Escola Renascer, formados pela professora Raquel Passos da ( SEMEARTE) calça vermelha e blusa branca. Ao seu lado está a pedagoga Joelma, de vestido marrom. 2ª Foto- Autoridades presente, na mesa central... O Srº Saulo Andreon, a diretora da Escola Luziane Bissoli. Ao lado direito do Secretário estão a professora Sávia Maria Pessale. Fiz um poema em homenagem à ela, (Professora-Mãe -Sávia Maria) está no livro "Sons do Vento" Edições Horus. E a morena Patrícia vice Secretária de Educação. Eu Madalena Cordeiro, Vicente camisa branca, um aluno formando. Ao seu lado está o vice Diretor Evaldo, também professor de Educação Física e a pedagoga Joelma de vestido marrom. 3ª Foto- Hora do autógrafo. Eu, autografando os livros do Secretário de Educação Saulo Andreon, Vice Patrícia e Luziana bissoli 4ª Foto exclusiva do livro O SOL E A LUA.

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Ana Ribeiro Ao teu Lado - Sinopse do Livro

No meu próximo romance, apresentarei aos leitores uma história que não é apenas uma história de amor comum entre dois amigos: Ana e Miguel, que vão conviver, juntos, a vida inteira e que vão acabar por apaixonar-se. É uma história sobre a essência de uma grande amizade e as descobertas que estes dois amigos vão fazer ao longo do seu percurso de vida. Esta obra está divida, em três grandes momentos: a infância das personagens, a adolescência e por fim a vida adulta para que o leitor possa acompanhar de perto tudo aquilo que Ana e Miguel irão aprender nestas três grandes fases da sua vida. É importante perceber que a amizade pode ser um sentimento maior que aquilo que nos diferencia uns dos outros. Para além disso, quer na amizade, quer no amor, quer na vida devemos ser sempre todos diferentes; mas todos iguais. Ana e Miguel vão descobrir na sua infância que: a amizade é muito mais importante que o dinheiro e que mais importante que a diferença é saber entender o verdadeiro sentido da partilha.

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Aqui fica a sinopse desta história: Ana e Miguel vão conhecer-se - por acaso -, na infância. Durante aquelas férias de Verão, eles vão perceber que apesar das diferenças que os separam, eles têm muita coisa em comum. Aquilo que os une é muito maior que aquilo que os separa. Vão descobrir, juntos, a verdadeira essência e pureza da amizade. O seu mais honesto e sincero significado. E vão aprender que a amizade é um sentimento tão forte, capaz de superar toda e qualquer diferença. Mas poderão as diferenças entre eles uni-los para sempre? Daquela infância, vivida sempre em conjunto, vai resultar um pacto: vamos ser amigos para sempre? No entanto, à medida que vão crescendo, vão aperceber-se que manter e cumprir esse mesmo pacto, não será uma tarefa fácil; antes pelo contrário, será uma batalha dura e árdua. Porque a vida irá pôlos constantemente à prova e irá testar aquilo que realmente sentem, um pelo outro, até ao limite. E quando menos esperam, Ana e Miguel vão descobrir que o tempo acabou por engrandecer aquilo que sentem. Os sentimentos mudam e tornam-se mais fortes, e à amizade que os une, junta-se um amor desmedido e assolapado. Poderão as vicissitudes da vida separar estes dois cúmplices? Que impacto poderão ter as suas escolhas em tudo aquilo que realmente os une? Para além de uma história de amor, Ao teu lado, é uma história sobre a essência de uma verdadeira amizade.

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Chamo-me Ana Ribeiro, tenho 29 anos, vivo desde sempre em Chaves e sou licenciada em Análises Clínicas e de Saúde Pública. Gosto de escrever desde muito nova, descobri a paixão pela escrita com o gosto pela leitura e a escrita de vários diários pessoais. Em 2011 editei o meu primeiro livro: “Diário de uma vida”, da editora Mosaico de Palavras, uma colectânea de textos poéticos de certa forma autobiográficos sobre situações que vivenciei, pessoas que me rodeiam e conheci, entre outros assuntos. Os textos que fazem parte do livro foram escritos entre 2009 e 2010. Recebi em 2011 um prémio literário da Editorial Caminho: “Uma Aventura Literária… 2011” com um texto de crítica literária. Participei numa feira do livro organizada pelas bibliotecas escolares da minha cidade e num projecto com algumas escolas para dar a conhecer o meu percurso a vários níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino secundário. Em 2014 recebi o prémio júri Poesia da Editorial Caminho com o poema “Filha do Mar” Em 2015 editei o meu primeiro romance, intitulado “Um Amor Inexplicável”, publicado pela Capital Books. Que conta a história de um jovem que vai batalhar contra o cancro. Iniciei recentemente o processo de publicação do próximo romance, intitulado: “Ao teu lado” que aborda a temática da amizade e da forma como a sociedade em que vivemos está moldada para desde tenra idade colocar o ser humano perante a discriminação, a xenofobia e o preconceito. 21

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Paulo Rodrigues Reflexões - Poesia

Os dias parecem crianças, com o aproximar da mudança de horário. Cada vez mais pequenos, e a trazerem complicações. Infelizmente, ao contrário de Caeiro, não consigo abster-me do pensar, do ver sem querer saber o porquê de ser assim cada coisa. Cada vez sonho mais em chegar lá em cima, porém estou algures entre a terra e o céu, o que me leva a uma constante depressão. Paulo Rodrigues

Sou o Paulo Rodrigues, um jovem lisboeta de 18 anos . Estou a concluir o secundário na escola Artística António Arroio, no curso de comunicação audiovisual com a especialização em som. Os meus passatempos são: o desenho, passeios por Lisboa ( à margem do Tejo, por norma), a produção escrita tanto lírica como em prosa, ouvir música, jogar futebol/futsal. Para além de ler, navegar na internet e ver televisão.

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Alex de Souza Magalhães ESCRITOR BUSCA PATROCÍNIO PARA ASSINAR CONTRATO COM EDITORA Qual seria sua reação se você fosse morar em uma cidade onde há uma segregação racial miserável e aos invés dos negros sofrerem o racismo, quem passa pelo Darwinismo Social são os brancos? Esse é o enredo do novo livro do escritor Alex de Souza Magalhães, Quebrando Algemas para Libertar a Mente. Quando foi convidado por um cineasta para escrever algo do gênero, imediatamente o escritor propôs essa temática e várias foram as editoras que aceitaram os originais da obra, porque segundo ele, é algo novo no Brasil. Alex relata com satisfação que alguns especialistas que analisaram a obra, a considera como uma das melhores obras do gênero. O processo que o escritor enfrentava para encontrar um editora e publicar seus livros, agora têm novos desafios; encontrar apoio financeiro para arcar com os encargos de edição que competem a autor. E diante das políticas editoriais que as editoras apresentaram, o escritor afirma que nenhuma delas fora tão contundente quanto a da Editora Hórus de Portugal. “Além de um contrato profissional e o valor de 500 Euros e outros pontos apresentados pela editora, diferem de tudo o que fora apresentado no mercado editorial, explica Alex. No entanto, para que o livro ganhe o mercado editorial e leitores no Brasil e em Portugal, o autor precisa na assinatura do contrato apresentar os quinhentos Euros, conforme rege a política editorial da Hórus. O ano passado, Alex apresentou na Feira de livro de Gramado o seu livro O Sucateamento do Famoso Paraíso dos Sonhos Humanos, o primeiro livro da trilogia que Alex lançou pela editora Baraúna. Ele relata que levaram quatro anos para publicar o livro, pois fora durante esse longo tempo que ele conseguiu patrocínio para publicar o seu livro de 506 páginas. O escritor confessa que achou por bem diminuir o volume da segunda obra da trilogia, por causas dos valores que um livro assim requer. Assim, Alex de Souza Magalhães busca patrocínio para publicar sua nova obra, pela editora Hórus. Alex relata que a arte verdadeiramente imita a vida, porque jamais imaginava passar por algo semelhante a ficção de sua obra, como passou em Picada Café. Pior que isso, o que chocou o escritor é a frieza das pessoas quanto se trata de assunto. “Diferente de outros Países, uma boa parte dos negros no Brasil fingem que não existe racismo nesse País e pior que isso, há quem diga que isso é coisa da cabeça das pessoas. E para muitos o silêncio e a inércia são os principais aliados. Para mim a literatura é uma ferramenta muito atraente para denunciar essas mazelas, os perjures e a indiferença com que as pessoas tratam as outras, muitas vezes pela simples ignorância de achar que é melhor que outrem por causa da cor da pele, desabafa Alex”.

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Com essa temática, Alex pretende levar para o mundo, um livro que mostra a indiferença real entre as relações humanas. Por mais que teme que assuntos como esse não encoraje profissionais do setor privado a identificarem-se com um livro, para o autor a covardia é uma hipocrisia e viver para agradar a todos, não faria dele um escritor e sim uma pessoa sem formação de opinião e sem ideologia. Para os interessados em patrocinar o livro Quebrando Algemas para Libertar a mente, do escritor Alex de Souza Magalhães, podem entrar em contato com o autor através do e-mail: alexmagarocha@bol.com.br ou pelo whattsapp (54) 98151-9272. Trecho da Obra. “E o cheiro de mistério expandiu ao ver algo inusitado, novo, chocante. Um adolescente, loiro, olhos azuis feito o céu em dia claro, chegou correndo em nossa direção, em desespero, suplicando por misericórdia, em decorrência de uma perseguição infame de seus algozes, dois brucutus, truculentos, que representava a força policial de Democracia.”

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Julliano Guerrero

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Julliano Guerrero nasceu em Monte Carmelo-MG, em 1987, e reside atualmente em Ribeirão Preto-SP. Formado em Engenharia Ambiental em 2009, atuando como projetista desde então. Hoje é sócio-diretor da empresa Projete Engenharia Ambiental. Escritor e poeta nas horas vagas, tem publicado seus trabalhos desde outubro de 2016 em seu blog Mochileiro do Pensamento, sobre diversos assuntos, mas principalmente à respeito do comportamento humano em seu aspecto moral.

Link: https://mochileirodopensamento.blog/2016/10/30/ reflexao/

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Lisié Champier Oh, Rio, bom dia, boa tarde e boa noite

Histórias, tens para contar, a minha é uma delas. Segredos e desabafos te agraciam diariamente. Oh, rio, vou cantar-te aquela música, pode ser? Desculpa, mas não sei outra… Sigo de barco mirando tudo. Entre algas e correntes, furamos o caminho. Que brisa boa,…até os raios do sol, aquecem minha pele. Continuo viajando, vejo peixes e pássaros, uffah que qualidade de ambiente… (Que bom me sentir assim. No outro, já nem se ouve o chilrear dos coitadinhos…estes, amam à natureza e não à poluição) … Quero tanto saber mais sobre ti, meu rio. Um dia vou voltar atrás e chegar à nascente, colher desde o princípio essa energia que abre e tranquiliza minha alma… Predomino nessa áurea que quase levito. Se eu deixar, chego à foz! Meu coração vai contigo desaguar naquele oceano. Oh rio, tu és o herói de todos, sabias? De ti recolhemos a água que nos abastece e sem ela, soluções seriam escassas. Permites áreas de várzeas boas para agricultura. O transporte por ti é o mais tranquilo e seguro. Por isso às tuas margens, seres se alegram. És sereno de afluente à confluência. Não faz confusão. Pode ser? Deixa assim que está bom. Tens os teus pontos críticos, também já sabemos que o talvegue é o mais fundo. Não obrigada, não pretendo experimentar, ainda não nado muito bem…

Texto de: Lisié Champier 30

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Biografia: Lisié Chavry Champier, moçambicana de 32, nasceu na Beira , mas vive em Maputo há 29 anos. Iniciante como escritora, onde já publicou mais de 100 textos na página do facebook “tu consegues fazer lindo”. Para além da página, publica no jornal electrónico “o Diário do País” e na revista “só letras”. Breves publicações em: duas revistas brasileiras, “Criticartes” e “Poesia Revista. Licenciada em Informática de Gestão na Universidade A Politécnica de Moçambique, onde defendeu com o tema: “Avaliação da Satisfação do trabalhador através de um software”. Trabalha em Marketing há 14 anos. A pagína “tuconsegues fazer lindo “ A minha preocupação veio a partir do momento em que recebi a bênção de educar, passar a mensagem "a mais correcta" para que os meus se tornem especiais Facebook: h t t p s ://w w w .f a c e b o o k .c o m / tuconseguesfazerlindo/

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Um arrepio de Ana Sophya Linares

PHOTO : Catharina77 32

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Um arrepio percorreu a espinha dela. Não podia acreditar no que tinha presenciado. Agora que o silêncio se tinha instalado na casa, Natália deixara se ficar debaixo da cama, aguardando. Estavam todos mortos. Porquê? Não sabia que se os seus pais tinham inimigos. E porquê matar os seus irmãos mais novos? Seria isso que estava destinado a ela? Natália estava em choque, não conseguia chorar. A cena era demasiado macabra. Quase os tinham decapitado. Sentia raiva aquela casa, demasiado longe de tudo. Era a casa de ferias, para onde iam às vezes, nos fim-de- semanas. O seu refugio tinha-se tornado um lugar de morte. Ela teria de andar quilómetros até arranjar ajuda. Isso se ela conseguisse escapar. Eles andavam de um lado para o outro, como que a verificar se a casa estava mesmo vazia. Um deles entrou no quarto. Ia a verificar debaixo a cama quando foi chamado. Natália sentiu-se aliviada por ter escapado. Subitamente, ouviu todos a dirigirem-se para a porta e a irem-se embora. Ficou debaixo da cama. Só muito depois de ouvir os seus carros partir é que saiu de onde estava. O cenário era horrível, parecia sair daqueles filmes de horror. Sabia que era inútil tentar usar o telemóvel ali, não tinha rede. E também tinham cortado os fios dos telefones. Não podia aguardar, tinha de ir. Correu quanto pode até perder as forças e ter de caminhar. A lua ia alta, iluminava-lhe o caminho. Fazia frio, e Natália apenas tinha um casaco leve. Esquecera-se de como as noites eram frias ali. Como seria de esperar, nenhum carro passou. Tirando os seus pais, ninguém se lembraria e ir para ali em pleno inverno. Ainda bem que não nevava, seria ainda mais difícil caminhar. A noite estava quase no seu fim quando viu luzes ao fundo. 'Que alivio' pensou Natália. Sentindo-se com forças renovadas, começou a correr até lá. Logo que chegou a primeira porta, bateu com toda a força que lhe restava, e gritou. Veio à porta um homem de meia idade, com cara de poucos amigos. - O que é que você quer? Não vê que ainda é cedo? - Desculpe-me. Ajude-me. A minha família... foi assassinada. E desmaiou. Já tinha poucas forças e não tinha sequer jantado. O homem amparou a sua queda e levou-a para dentro, onde a deitou num sofá. Quando despertou, quis dizer tudo a correr, mas o homem acalmou-a. Ela, então, disse tudo do inicio. Quando chegou ao fim, o homem disse que ia tudo correr bem que ia chamar a policia. Deu também a indicação de onde era a casa de ferias de Natália, tal como ela lhe tinha indicado.

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A policia foi até lá e encontrou a casa limpa e sem vestígio de sua família. Quando Natália o soube, reclamou que o que tinha dito era verdade. A policia, sem acreditar nela, mandou-a ser internada num instituto psiquiátrico, onde ainda se encontra...

O meu nome é Ana Linares. Sou portuguesa com raízes espanholas. Adoro escrever, é a minha paixão. Dedico-me à escrita, como forma de distração. Moro em Ponte de Sor, onde fui criada. O meu sonho é fazer disso uma ocupação a tempo inteiro. Por isso luto e não pararei. É o meu sonho.

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Ana Wiesenberger

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Ana Wiesenberger, de nome completo, Ana Cristina Estrela da Silva Franco Dias Wiesenberger, nasceu em Lisboa em 1962 onde viveu até aos 10 anos, tendo residido desde então em Setúbal. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante Inglês/Alemão pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo posteriormente feito um Pós-Graduação em Estudos Americanos na Universidade Aberta. Obras de poesia publicadas: Dias Incompletos,Temas Originais, 2011; Idades, Esfera do Caos, 2012; Portugal, Meu Amor, Poesia Fã Clube, 2014; Corredores, Esfera do Caos, 2015. A autora tem participado em muitas antologias de poesia de diversas editoras, destacando-se entre elas, Entre O Sono E O Sonho da Chiado Editora em vários anos e Erotismus, Impulsos E Apelos, vol. I, 2013 e vol. II, 2015 da Esfera do Caos. O blogue da autora intitula-se, Quero Trazer A Poesia Para A Rua, aludindo à concepção da autora sobre a poesia, que não deve ser circunscrita às elites. http://querotrazerapoesiaparaarua.blogs.sapo.pt/

Sessão de Lançamento de "Corredores" 37

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Corredores Não vejo portas, mas sei São corredores Túneis; espaços longos, estreitos Que vão dar a outros Ou talvez não Corredores Estreitos, gargantas de monstros Onde fomos parar Sem dar por isso De onde é preciso sair Mas nunca A qualquer preço Corredores Línguas confinadas que nos aprisionam Ilusões de caminhos bifurcados Que alguém se esqueceu de concretizar Corredores Escuros, luminosos Breves, longos Passagens que nos gradeiam a escolha De ir ou ficar Corredores Que talvez nos levem ao Sol Que talvez nos escondam na penumbra Que talvez sejam a outra face da Lua O outro modo de ser, estar, viver Num entretanto contínuo Que nos assusta Que nos estrangula O grito A consciência de estarmos imersos Perdidos na teia da razão A suplicar um amanhã cristalino Que já não vem

Ana Wiesenberger (in Corredores)

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O Tema é livre. Envie biografia, foto e poemas para quatro páginas. e-mail: edicoeslusiadas@gmail.com Os originais deverão chegar à editora até 31 de Março. 39

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