DIVO Magazine #8

Lo VE a NGoL a

Lo VE aFrIca

março 2014 march

Lo VE LIFE

Lo VE S TYLE

europa

USA

Brasil

guiné bissau

china

japão

cabo verde

angola

moçambique

s. tomé

AO 600 AKZ | PT 4 EUROS | WORLDWIDE 7 USD

D#0.08

The

fashion issue

trends design gadgets oscars gourmet travel grooming art

ÍNDICE

LOVE ANGOLA

CAPA COVER Fotografia/ photography Carlos Ramos Styling Manuel Damião Modelos/ models Ruben Rua @Elite Lisbon Selma @Central Models André Chee @Elite Lisbon

4 DIVO MARÇO 2014

10 Who is it?

Alex D'Alva Teixeira

LOVE AFRICA

50 Fashion 'Sedução' / 'Seduction'

LOVE LIFE

LOVE STYLE

62 Fashion Boys' Club

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

INDEX

LOVE STYLE

009

WHAT'S ON

014 018 020

Is there anybody out there?

Decor: A Toca/The Burrow Decor: Copos/glasses Around the Clock

022

Livros: porque ler é preciso | Books:

because reading is necessary

024 026 028

Gadgets: LenovoThinkpad X1 Carbon Música/Music: Beyoncé @ Lisbon (Anti) TV: Porta dos Fundos / The Backdoor

030 032

Cinema/Movies: Steve McQueen Cinema/Movies: Yves Saint Laurent, O Filme/The Movie

034

Gourmet: cerveja premium /premium beer

039

STYLE

040 046 048 060

Tendências | Trends Oscars: o guarda-roupa/the costumes Shopping: Valentines Entrevista/Interview: Maria João Bahia, designer de joias/jewellery designer

070

Gravatas: como dar o nó /Ties: how to tie a knot

072

Grooming: sabonetes naturais /handmade soap

074

Grooming: 10 Anos da Shiseido Men /Shiseido Men's 10 Years

076 079

Grooming: Dia do Pai/Father's Day

MAIN

080 102

CAPA / COVER: 'Groove Armada' Viagem/Travel: Hotéis com asas /Hotels with wings

108 116

90 Sam Lambert Art Comes First

96 Viagem | Travel Buenos Aires

112 Test-ride Honda Goldwing

Test-drive: Audi A7 Qatar 2022: o estádio de Zaha Hadid /Zaha Hadid's stadium

121

AGENDA

122 124 128 130

Marcar na agenda | Make a note Social Lab Guia de Compras | Shopping Guide Página 130 | Page 130 (what else?)

MARCH 2014 DIVO 5

EDITORIAL | LETTER OF THE EDITOR

LOVE ANGOLA

Moda

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Fashion

‘Fashion makes the World go around’, poderia ser o mote desta edição da DIVO dedicada à Moda. Ao longo da revista que vai começar a folhear, o tema Moda está presente em todo o lado: nos editoriais, na capa, nas tendências e nos shoppings, mas também na Cultura, nos artigos de consumo, nas matérias de fundo – destaque para o perfil/entrevista de

Sam Lambert, angolano que dá cartas na mais avançada cena londrina do design de Moda.

DIRECTOR / EDITOR-IN-CHIEF

Luís Merca luismerca@masemba.com

E que melhor maneira de produzir e celebrar o primeiro ‘Fashion Issue’ da DIVO do que dar as boas-vindas a um novo elemento da equipa? Isabel Branco, um nome que dispensa apresentação na produção de

Moda em Portugal,

assume na editora Masemba, Lda., a função de Style Editor. Será ela que, em estreita colaboração comigo, passará a ditar as linhas-mestras do Estilo desta revista que se quer – que está a ficar – cada vez melhor e mais próxima do

EDITOR GRÁFICO / ART EDITOR

Pedro Martins STYLE EDITOR

Isabel Branco JORNALISTAS / JOURNALISTS

Catarina Homem Marques catarinamarques@masemba.com

Leitor para o qual trabalhamos.

Margarida Brito Paes margaridapaes@masemba.com

Nesta edição de Março, passamos em revista o que de melhor e mais importante foi visto nas primeiras Semanas de

Vanessa Raminhos vanessaraminhos@masemba.com

Moda, as principais, do calendário de 2014. Uma última palavra de boas-vindas, também, para um nome histórico da

PAGINAÇÃO / LAYOUT

Fotografia de Moda em Portugal: Carlos Ramos, velho amigo e companheiro de muitas outras batalhas, assina o edi-

Sofia Duarte

torial de capa desta

DIVO#08.

Desfrute desta edição e até Abril, para ainda mais e melhor, na edição #09 da sua revista DIVO!

Luís Merca director

COLABORADORES / CONTRIBUTORS texto/text: Cátia Dias Amaral, Fausto Monteiro Grilo, Inês Bernardo, Joana Teixeira, João Galvão, Maria Fernanda Neto fotografia/photography: Carlos Ramos, José Ferreira, Aloísio Brito, António Bernardo, Gonçalo F. Santos; Hélio Falcão (ilustração digital/digital illustration) styling: Manuel Damião, Tiago Ferreira, Nelson Vieira versão Inglesa/English version: Katie Gray Craven (Atelier de Comunicação Inglesa) PROPRIEDADE / OWNED BY Semba Comunicação, S.A. PUBLISHER Masemba, Lda. DIRECTOR-GERAL / CEO Nuno Santiago DIRECTORA FINANCEIRA / CFO Ana Ruivo DIRECTORA COMERCIAL / CCO Maria João Peixe Dias (+351) 215 918 137 mariadias@masemba.com

Ricardo Luwisch, coordenador/sales coordinator: (+351) 215 918 140

‘Fashion makes the World go around’, could be the motto of this issue of DIVO dedicated to Fashion. And Fashion shows up throughout as you thumb your way through: in the editorials, on the cover, in the trend and shopping sections but also in the Culture section, in the product suggestions, in the in-depth articles as well as in the interview with

Sam Lambert, an Angolan who calls the shots in the high fashion scene in London.

ricardoluwisch@lux.masemba.com

Hugo Santinho, account (+ 351) 215 918 142 hugosantinho@masemba.com

Maria João Eça, Porto & Norte /Oporto & Northern region (+ 351) 226 057 544 mariaeca@masemba.com

And what better way to produce and to welcome DIVO’s first ‘Fashion Issue’ but by welcoming a new member of the team? Isabel Branco needs no introduction amongst

Fashion aficionados of Portugal. She’s taken over

Carla Ramalho, assistente comercial /sales assistant: (+351) 215 918 141 carlaramalho@masemba.com

the position of Style Editor at Masemba, Lda. She will be working closely with me to determine the style guidelines

Susana Morais, gestora de materiais /materials submission (+351) 215 918 144

of a magazine that intends – and that is – getting better and better and closer and closer to our readers.

susanamorais@luxwoman.masemba.com

This issue reviewed the best and most important aspects seen during the first, major Fashion Weeks of the 2014

MORADA / ADDRESS Rua da Fraternidade Operária, 6 2794-024 Carnaxide

Calendar. Another word of welcome goes to another well-known figure, this time in Portuguese Fashion Photo-

redaccaodivo@masemba.com

graphy in Portugal: Carlos Ramos, an old friend and comrade of many an editorial battle, has signed the cover

MARKETING & EVENTS Dina Nascimento, directora/manager Cláudia Lima, Teresa Neves (accounts)

editorial for this

DIVO#08.

RESEARCH Hernâni Almeida

Enjoy the issue and we’ll see you in April, with still more and better material for DIVO#09!

Luís Merca editor in chief

PRODUÇÃO / PRODUCTION Ramiro Agapito, director/manager Pedro Figueiredo, Diogo Sargento, Frederico Queirós (pre-press) IMPRESSÃO / PRINTING Fernandes & Terceiro, S.A. Rua Nossa Senhora da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide TIRAGEM / PRINT RUN 20 000 exemplares/copies DISTRIBUIÇÃO / DISTRIBUTION International News Portugal

64 ‘Divo ›Agosto

WHAT S ON BEY ON CÉ @ MEO ARE NA 2 6 - 2 7/3 /2 01 4

WHO IS IT

“O ALEX É UM MIÚDO QUE MORA NA MOITA, QUE É COMPLETAMENTE VICIADO EM MÚSICA, ESCREVE CANÇÕES E DÁ CONCERTOS CHEIOS DE ENERGIA” APRESENTAÇÃO, NA PRIMEIRA PESSOA, DESTE FILHO DE MÃE BRASILEIRA E PAI SÃO TOMENSE, NASCIDO EM LUANDA EM 1990.

Alex D’Alva Teixeira “ALEX IS THIS KID FROM MOITA WHO IS COMPLETELY ADDICTED TO MUSIC. HE WRITES SONGS AND THEN GIVES REALLY HOPPING SHOWS” – THIS IS THE DESCRIPTION, IN THE FIRST PERSON, OF THIS SON OF A BRAZILIAN MOTHER AND A FATHER FROM SÃO TOMÉ, WHO WAS BORN IN 1990 IN LUANDA. GONÇALO F. SAN TOS, ASSISTIDO P OR / ASSISTED BY MADALEN A SAN CHO VA NE S S A RA MINHOS MA RGA RIDA BR ITO PAES | HAIR & MAKE UP: JOAN A BER N AR DO A GRA DECIMEN TOS/ ACKNOWLEDGEMENT : ZDB

A

s raízes do músico Alex D’Alva Teixeira estão sempre presentes – tanto na sua música como na sua pessoa. Quando ainda era um bebé de colo, os pais trouxeram-no para Portugal. Sempre viveu na Margem Sul do Tejo, mas sempre teve contacto com outras culturas.

A família vinha várias vezes de Angola visitá-lo, esteve sempre lado a lado com a cultura portuguesa, e é um dos filhos da globalização – a geração MTV e da internet.

Desde cedo, teve contacto com a música – com apenas oito anos aprendeu a tocar baixo, aos 11 guitarra, e com 12 criou a sua primeira banda. Mas só a partir dos 18 anos é que abraçou de corpo e alma a sua herança meio africana, meio brasileira. Pouco tempo depois, começou a cimentar a sua identidade como músico.

Em 2009, deixou-se convencer pelo seu produtor Ben Monteiro. Lançou-se a solo, gravando algum do material que tinha escrito para uma das suas bandas. Com o tempo, ganhou consciência de que tinha o potencial para fazer da música a sua carreira e profissão.

10 DIVO MARÇO 2014

he roots of his music are omnipresent – in Alex D’Alva Teixeira’s musical output and in his very person. He was just a baby when his parents brought him to Portugal. He’s always lived on the South Bank of the Tagus, yet he’s always had contact with a variety of different cultures.

T

His family has come several times from Africa, to visit him, so he has always felt close to Portuguese culture. And he is too, of course, a child of globalisation – the MTV and the internet generation.

From early on he had intense contact with music – he picked up the bass when he was just 8 years old, started playing the guitar at 11, and then formed his own band at just 12 years of age. But it wasn’t until he was 18 that he embraced, heart and soul, his African and Brazilian heritage.

Shortly thereafter, he began to solidify his musical persona.

In 2009 he was won over by his producer Ben Monteiro. He went out on his own, recording some of the music he’d composed for one of his bands. In time, he began to realise that he had the potential to make music his profession, his career.

He tuned out all those influences and started making music, his own music.

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

TEST WHODRIVE IS IT

Camisa/shirt Carhartt, jeans D’Alva, sapatos/shoes Dkode PÁGINA ANTERIOR/PREVIOUS PAGE: blusão/jacket Gant, t-shirt Eleven Paris, óculos/glasses Dita Super Genius @André Ópticas

OCTOBER 2013 DIVO 11

WHO IS IT

SE PUDESSES, PARTILHAVAS O PALCO COM: JAMES BLAKE. QUANDO SOBES AOS PALCOS DOS GRANDES FESTIVAIS: ... SINTO QUE NÃO PERTENÇO ALI. AS TUAS INFLUÊNCIAS MUSICAIS: SÃO TANTOS OS NOMES QUE PODIA COLOCAR NA MESA...

O TEU ESTILO: É UM ‘MELTING POT’ DE CULTURAS E IDEIAS!

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Desligou-se de todas as suas influências musicais e encontrou o verdadeiro Alex. Numa altura em que para se ser músico não é preciso um estúdio, aliou-se a Ben Monteiro e resolveu avançar com a criação do colectivo D’Alva, com “uma atitude punk rock, ritmada a 808’s, com o suor africano, o balanço brasileiro e sem esquecer alguma sensibilidade da pop bem portuguesa”.

Como definir os D’Alva numa palavra? Família. “Em primeiro lugar, os D’Alva são uma família, com uma árvore genealógica. Começa pela minha pessoa e depois tens o Ben Monteiro. D’Alva tornou-se um colectivo por causa dele. Não fazia mais sentido estarmos a trabalhar juntos e as pessoas não conhecerem quem está à minha volta. Depois, tens os outros rapazes que tocam connosco ao vivo e nos permitem reproduzir aquilo que fazemos em casa. É muito melhor do que ser só o Alex e o DJ”.

A identidade D’Alva não se fica só pela música. Para além desta, fazem questão de criar uma imagem associada ao colectivo, através das roupas que usam em palco, criando uma ponte entre “o universo da moda lisboeta e até mesmo dos subúrbios de Lisboa, com uma linguagem mais étnica, tropical”.

UMA ESTRATÉGIA PARA COMPOR: USAR A VONTADE DE NÃO COMPOR.

Um dia, gostava de voltar a Luanda – conhecer a capital angolana e viajar por outras províncias do país que o viu nascer. Não quer ter “uma experiência de turista, mas sim sair de lá a pensar ‘isto é Angola’.”

O QUE FAZ DE TI UMA PESSOA DIFERENTE: A AUTENTICIDADE.

Quer ver os edifícios, como é a noite, os becos estreitos de que os amigos falam. Conhecer a influência europeia no país, já que a influência africana na Europa é cada vez maior. E, talvez, realizar um documentário sobre a música que existe por lá, para além dos ritmos tradicionais.

Óculos/glasses Thom Browne @André Ópticas, camisa/shirt Levi’s, gravata/tie Gant

Óculos/glasses Cazal @André Ópticas, polo Lacoste L!ve, jeans D’Alva, meias/socks Happy Socks, sapatos /shoes Miguel Vieira

WHO WOULD YOU GO ON STAGE WITH IF YOU COULD: JAMES BLAKE.

In a time when a studio isn’t essential in order to make music, he and Ben Monteiro decided to embark on launching the D’Alva collective, with ‘a punk attitude, a pounding from the 808’s beat, some African heat and the rest Brazilian, without denying a touch Portuguese pop sensibility’.

WHEN YOU CLIMB ONTO THE STAGE OF THE BIG MUSIC FESTIVALS: ... I FEEL THAT I DON’T BELONG THERE.

How to define D’Alva in one word? Family. ‘First of all, D’Alva is a family, with a family tree. Firstly, there’s me and then there’s Ben Monteiro. D’Alva became a collective because of him. It didn’t make sense for us to work together and people not knowing who was with me. Then you’ve got the other blokes who play live with us and help us reproduce what we can do at home. It’s much better than just being Alex and the DJ’.

YOUR MUSIC INFLUENCES: THERE ARE SO MANY NAMES...

YOUR STYLE: A MELTING POT OF CULTURES AND IDEAS! YOUR STRATEGY FOR COMPOSING: MAKING USE OF MY RESISTANCE TO COMPOSE. WHAT MAKES YOU STAND OUT: AUTHENTICITY. 12 DIVO MARÇO 2014

And D’Alva is not limited to music. There was an image to create for the collective, starting with the look they project on stage that creates a bridge between ‘the Lisbon fashion scene and even that of its suburbs, with their more ethnic, tropical style’.

One day he’d like to return to Luanda – to get to know the Angolan capital and travel through other provinces in the country where he was born. Not merely as a tourist but ‘to really leave the place with a good idea of ‘this is what Angola is all about’’.

To see the buildings, how is the night scene, the narrow alleyways that his friends have talked about. To get a feel for the European influence on the people, since an African influence is growing stronger and stronger, in Europe. And maybe to make a documentary about the music that they’re making there, beyond the traditional beats.

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

WHO IS IT

Óculos/glasses Mykita @André Ópticas, t-shirt Franklin&Marshall

MARCH 2014 DIVO 13

WHAT’S ON

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

McNAMARA VOLTOU À NAZARÉ... NA COMPANHIA DA MERCEDES McNAMARA’S RETURN TO NAZARÉ... THIS TIME WITH H MERCEDES

Garrett McNamara regressou à Praia do Norte, na Nazaré, para participar no Zon North Canyon. Desta vez, muito bem acompanhado. A Mercedes fez questão de desenhar uma prancha única, chamada ‘The Silver Arrow of the Seas’. A ideia foi da BBDO (agência responsável pela comunicação da Zon Optimus e da Mercedes) e resultou no MBoard Project. Nos tons da marca – cinzento e preto – a prancha tem um design futurista, concebido pelo artista angolano Rui Zozimo.

Garrett McNamara has returned to Praia do Norte, in Nazaré, to participate in the Zon North Canyon. This time he’s in excellent company. Mercedes-Benz insisted on designing a unique surfboard called ‘The Silver Arrow of the Seas’. The idea came from BBDO (the agency responsible for Zon Optimus and Mercedes’s advertising) and the result was MBoard Project. With the brand’s signature colours – black and grey – the board has a futuristic air about it and was designed by Angolan artist Rui Zozimo.

Burgundy, blue and black were the theme colours for the Dior Homme Spring/Summer 14 fashion show. This colour palette extended even as far as its sunglasses collection, with special emphasis on the star frame of the campaign. These round, leather frames could not possibly have been cooler.

DIOR HOMME Bordeaux, azul e preto, foram as cores que pintaram o desfile Dior Homme Primavera /Verão 14. Uma paleta de cor que se estendeu até à colecção de óculos, com destaque para o modelo da campanha. Redondos e em pele, não podiam ser mais cool.

14 DIVO MARÇO 2014

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

WHAT’S ON

MARGATE ON THE RUN Paddy Smith ficou conhecido pelos seus patches que serviam de medalhas e comprovativos de presença nos encontros de ‘Mods’ e ‘Scooter Boys’ durante os anos 80. Em 2014, a Fred Perry embarca numa viagem pelos seus arquivos, retirando do armário alguns modelos, muito usados nestes populares encontros na costa britânica, adornando-os com seis patches exclusivos, criados por Paddy.

Paddy Smith became famous for his patches that served as medals and badges of participation in the ‘Mods’ and ‘Scooter Boys’ conventions in the 1980s. In 2014, Fred Perry went on a trip inside its archives, reintroducing some of the designs that were very common at these popular gatherings along the British coast, decorating them with six exclusive patches, all Paddy originals.

PHARRELL WILLIAMS X G-STAR

Pharrell Williams junta-se à G-Star numa missão de salvamento dos Oceanos. Através da Bionic Yarn, da qual é director criativo, o cantor e produtor (cujo mais recente álbum, G I R L, sai a 3 de Março), irá fazer nascer jeans a partir de garrafas perdidas no Oceano. A colecção chama-se ‘Raw For The Oceans’ e está disponível a partir de 15 de Agosto em lojas seleccionadas.

Pharrell Williliams jooinns GG-St Star on a mi St Star miss sssio ion to save the Oceans. Thro rough ugh Bi B oni oniccY c Yarn a , thhee co ar co com pany for which the he singer/pprod r duc uc r (whosee lat uce l est album G I R L, will be launchedd on March 3rd), is the creati tiivee diriector, jeans ean made ou ea ot of lost bottlees wi willl be on sale thhro will roug u h select ct-ed retailers.. Th The coolllection is happily named ‘Raw For The hee Oceans’ ce and will be available as of August 155th.

MARCH M A RCH 2014 DIVO D 15

WHAT’S ON

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LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

STELLA McCARTNEY X ADIDAS A linha Adidas assinada por Stella McCartney para o Verão 2014 tem como inspiração a paisagem urbana. O resultado foi padrões gráficos e alguns contrastes, que vivem lado a lado com tons pastel e looks rétro, usados sobretudo na linha de natação e estúdio. Uma colecção que até aos mais preguiçosos dá vontade de criar uma rotina de exercício.

The Adidas line signed by Stella McCartney for Summer 2014 is inspired by urban landscape. The resulting graphic patterns and contrasts living sideby-side with pastel colours and a retro look, were used particularly in the swimming and studio lines. This is a collection that will coax even the laziest of us into an exercise routine.

LEVI’S COMMUTER SERIES Desenhada por – e pensada para – todos os que fazem do ciclismo a maneira mais comum de se movimentar, a Levi’s Commuter Series já conta com cinco temporadas. Nesta estação, o grande foco foram as inovações têxteis com alta respirabilidade e isolamento, bem como a impermeabilidade à água e sujidade, protecção microbial e resistência à absorção da transpiração. Tudo isto aliado a um design que só podia ser assinado pela Levi’s.

16 DIVO MARÇO 2014

Designed by and for all those for whom cycling is their default method of transportation, Levi’s Commuter Series is preparing its fifth collection. This season, the focus is on innovative textiles with high levels of breathability and insulation, as well as impermeability to water and dirt, plus microbial protection and resistance to absorbing transpiration. All of this is allied to a design that could only have been signed by Levi’s.

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

WHAT’S ON

ZEGNA SPORT E MASERATI EM COLABORAÇÃO

ZEGNA SPORT TOGETHER WITH MASERATI

A Zegna Sport uniu-se à Maserati para criar uma colecção inspirada nos uniformes da marca italiana Giovanni Soldini VOR 70. Esta colecção foi pensada para oferecer o máximo conforto e funcionalidade, utilizando tecidos corta-vento e o novo Techmerino, material 100% lã de merino, que permite uma regulação térmica perfeita.

Zegna Sport and Maserati have joined efforts to create a collection inspired by the uniforms of Italian brand Giovanni Soldini VOR 70. This collection was designed to bring you the maximum comfort and ease, using wind-breaking materials and the new fabric, Techmerino, made exclusively from merino wool, perfect for controlling body temperature.

FOULARD D’ARTISTES III, BY LOUIS VUITTON

Neste Verão, a Louis Vuitton volta a convidar três artistas de rua para colaborar na sua colecção.

Na terceira edição deste projecto, a Casa francesa convidou André, um artista parisiense conhecido pela sua personagem ‘Mr. A’, que habita as ruas da capital francesa, e também o americano Kenny Scharf e o chileno INTI.

This Summer, Louis Vuitton will once again be inviting three street artists to join in the design of their collection. In this third edition of the project, the French design house invited André, a Parisian artist known for his character ‘Mr. A’ (who inhabits the streets of Paris) as well as American Kenny Scharf and Chilean artist INTI. MARCH 2014 DIVO 17

DECOR

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

A

TOCA THE BURROW

O projecto desta pequena garçonnière chama-se ‘O Verdadeiro Lobo Usa o Pêlo Por Dentro’, expressão com que a Avozinha avisava o Capuchinho a propósito dos rapazes perigosos.

Esta fica em Paris e tem apenas 60 m2, mas chegam perfeitamente...

LOVE ANGOLA

JO Ã O GALV ÃO

SHOPPINGVISADRON.BLOGSPOT.COM

CAR OLA R IPAMON TI PROJECT: ANDREA MARCANTE & ADELAIDE TESTA, UDA ARCHITECTS

[1]

The design of this small garçonnière is called 'The True Wolf Wears His Fur Inside', an expression that Grannie used to say to warn Little Red Riding Hood about all those dangerous boys lurking about.

This one is in Paris and it measures just 60 sq mt, but that’s big enough...

18 DIVO MARÇO 2014

E o que é uma garçonnière, perguntará o leitor? É um pequeno estúdio para onde os Messieurs da Belle Époque levavam as petites filles... compreendido?

Se pensarmos que cada rapaz é um lobo predador em potência, esta é a toca ideal. Um conselho prático para todos os Lobos Maus em busca do seu Capuchinho: não mostres já o quão grande é a tua boca, elas podem fugir e ficas sem cesta e sem garota. Espera por chegar à garçonnière.

Três coisas essenciais: um sítio onde bem sentar para a conversa, um quarto onde fazer aquilo que pensa fazer melhor, e um canto onde cozinhar o pequeno-almoço pós-folguedos. Tudo o resto é supérfluo. Este pequeno apartamento de 60 m2 em Paris entra, encapotado mas directamente, para o subconsciente.

A casa da Avozinha é onde decorre o verdadeiro ‘encontro’ entre o Capuchinho e o Lobo Mau: o sítio que pareceria ser o mais seguro acaba por ser, afinal, o mais perigoso e arriscado. Aqui, a peça de arte central são os painéis de madeira impressos a serigrafia, num vermelho-entranhas que não deixa lugar a dúvidas.

Os desenhos espalhados pelas paredes podem eventualmente sugerir arranhadelas em momentos de prazer. Ou de pânico? Freud teria aqui muito trabalho.

[2]

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

DECOR

LOVE STYLE

[3]

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[ 1 ] Inside the bedroom, late XIXth century Empire chair and padded mirror. [ 2 ] Oak bathroom Flaminia sink; Bonne Maman appliqué by Angele Riguidel; Faraway tap by Ludovica+Roberto Palomba, for Zucchetti. [ 3 ] Kitchen and dining area: wall images in enamel by Elyron; lacquered room divider; Emperor ceiling lights, Design Dessert; kitchen, bathroom and laundry panelled in red, silkscreened oak, custom made by F.lli Groppo; Di Corte chair by Resign, bench and custom made table by Marcante/Testa. [ 4 ] View of the bedroom: above the bed is a vintage Bambi; on the wall, an integrated appliqué; a stuffed Tyrolese ram in the living room wall, circa 1920 by Willy&Billy. [ 5 ] Fitted kitchen, shares a wall with the bathroom and laundry. Original oak flooring, restored and finished with transparent coating by Rezina. [ 6 ] Front view of the living room looking at the kitchen and dining room: fork floor lamp by Foscarini+Diesel, Bam Bam small end table by Oficina Kreativa, pic rug

by Natalie Leté, pumpkin sofa by Pierre Paulin, for Ligne Roset, and an Acapulco chair.

[ 1 ] Interior do quarto: cadeira Império final séc. XIX, e espelho acolchoado. [ 2 ] Zona de banho: lavatório Flaminia; aplique Bonne Maman, Angele Riguidel; torneira Faraway por Ludovica+Roberto Palomba, Zucchetti. [ 3 ] Zona da cozinha e refeições. Desenhos da parede esquerda em tinta de esmalte directa, por Elyron; divisória em madeira lacada; candeeiros de tecto Emperor, Design Dessert. A vermelho, bloco da cozinha, banho e lavandaria em placa de carvalho serigrafada, F.lli Groppo; cadeira Di Corte, Resign; banco e mesa por medida, Marcante/Testa. [ 4 ] Vista para o quarto: sobre a cama, um Bambi vintage; na parede, aplique articulado; na parede da sala, cabeça de cabra tirolesa empalhada, anos 20, Willy&Billy. [ 5 ] Bloco da cozinha, paredes-meias com zona de banho e lavandaria. Chão original de carvalho, recuperado e finalizado com resina transparente, Rezina. [ 6 ] Vista da sala frente às zonas de cozinha e refeições: candeeiro de chão Fork, Foscarini+Diesel; mesa de apoio Bam Bam Small, Oficina Kreativa; tapete Pic por Natalie Leté; sofá Pumpkin por Pierre Paulin, Ligne Roset; cadeira Acapulco.

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And what is a garçonnière - the reader might casually ask? It's a studio where the Messieurs of the Belle Époque would take the petites filles to... hmmm... got the idea?

If every young man is a potential wolf-like predator, then this is his ideal lair. One bit of advice to all those Bad Wolves in search of a Little Red Riding Hood: don't be in a hurry to show them how big your mouth is. They might run away and you'll find yourself without a basket and without a girl. Wait until you get back to the garçonnière.

Three things are needed: a good place to sit and talk, a room where you can do whatever you think you do best, and a corner for preparing the after-exertion breakfast.

Anything else is superfluous. This tiny 60 sq mt flat in Paris sneaks discretely but directly into your subconscious mind. Grannie's house is where the real face-off between big Bad Wolf and Little Red Riding Hood takes place: the one place where she seems to be safe but which, in fact, may become one where her situation may well be very precarious. The centrepiece is the collection of wooden panels with silkscreen images in blood red that don’t leave any room for doubt. The images spread over the walls might possibly suggest scratches meted out at the peak of pleasure.

Or was it panic? Freud would indeed have lots of work here.

MARCH 2014 DIVO 19

DECOR

LOVE ANGOLA

Around Não acredite quando lhe dizem que beber faz mal à saúde.

Os cientistas descobriram que, afinal, o fígado é um músculo, e como tal deve ser exercitado.

Segue um resumo de exercícios para treinar ao longo do dia.

Não, não nos agradeça, beba antes à nossa saúde.

JO Ã O GA LVÃ O

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Don't believe those who say that drinking is bad for your health.

Scientists have discovered that the liver is a muscle a er all, not an organ, and must get exercise.

So, stick to the following regime throughout the day. No, there's no need to thank us. Instead, have a toast on us!

the Clock

SHOPPINGVISADRON.BLOGSPOT.COM

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7:30 Citrinos, claro, vitaminas são 9:00 Líquidos são fundamentais 11:00 Reunião com o chefe. Para

13:00 Hora de almoço. Nada de 15:00 Toda a gente sabe que é

muito importantes para bem começar o dia. Com vodka, para começar ainda melhor. | Citrus for starters as vitamins are essential, of course, for getting your day off on the right foot. Mix with vodka to get an even better start.

[ 1 ] Garrafa/bottle Sergio, € 68.80, LSA. [ 2 ] Copo de shot/shot glass Swallows, cristal claro e foscado/clear and frosted crystal, €250, Lalique.

20 DIVO MARÇO 2014

para o sistema circulatório. Não tem que ser água. | Liquids are also necessary for the circulatory system.

Who said it had to be water?

quebrar o gelo, leve consigo um refresco. Com curaçau. | A meeting with the boss. To break the ice, take along a sip of something. With curacao.

exageros, só vinhos: branco, tinto, rosé, palheto ou clarete. | Lunchtime.

Nothing too over the top. Just wine: white, red, rosé, palheto or claret.

[ 3 ] Garrafa e taça/bottle and cup

[ 5 ] Conjunto/set Commodore, por

[ 6 ] Saca-rolhas/corkscrew Helix,

Hoffmann Neu, por/by Joseph Hoffmann, editados pela primeira vez/ first edition in 1956, € 509 & € 124, Lobmeyr. [ 4 ] Garrafa/bottle Extravagance, por/by Hilton McConnico, cristal e ouro/crystal and gold, € 2495, Saint Louis.

/by Oswald Haerdtl (1954), exposto no/on exhibit at the MoMA, entre /ranging from € 67.57 e/and € 276.42 cada/each, Conran.

por/by Alessandra Baldereschi para/ for DeVecchi, David Rosas. [ 7 ] Jarro e copos/pitcher and glasses 10o, € 71.04 e/and € 13.48 cada/ each, Zwiesel, representada por/ represented by Schmidt Stosberg.

importante intercalar as refeições com pequenos snacks. Cognac também conta. | Everyone knows it's important to have small snacks between meals. Surely Cognac counts, doesn't it?

[ 8 ] Tabuleiro/tray Quattro Muri e Due Case, por/by Michele de Lucchi para/ for Alessi, bamboo, 466x366x38mm (novidade nas feiras de Janeiro/just launched at the January trade fairs).

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

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LOVE LIFE

DECOR

LOVE STYLE

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17:01 Lanche. Como já passa das 19:00 Não há horas perfeitas para

21:00 Jantar à americana: com 23:00 Para depois do jantar, e

1:00 Melhor que camomila, licor de

5, pode começar a beber qualquer coisa com 40o. | Teatime. As it's past five, we can indulge ourselves with a drink. How about something light, around 40o?

bourbon ou congénere, com soda para senhoras ou para rapazes de estômago mais fraco. | Dinner American style: with bourbon or something similar, accompanied by soda for the ladies or even for those gentlemen with delicate stomachs.

whiskey – para uma noite bem dormida. | The only thing better than camomile to guarantee a good night's rest is a whiskey liqueur.

champanhe. Pode ser esta como outra qualquer. | Champagne is wonderful at any time and now is just as good a time as any.

[ 10 ] Garrafeira modular/modular [ 9 ] Escaparate para champanhe/ showcase for champagne The Enchanted Tree, por/by Tord Boontje para/for Perrier Jouet. Peça efémera/a timeless piece.

wine rack Gia, por/by Giulio Lachetti para/for Alessi (novidade nas feiras de Janeiro/just launched at the January trade fairs).

para não fazer misturas desagradáveis, whiskey e maltes, que a noite ainda é longa. | After dinner, avoid unpleasant mixtures. Stick to your whiskey and malts, because the night is still young.

[ 13 ] Cálice/goblet, preço ain[ 11 ] Garrafa/carafe Black Terracota, Magisso, € 49.90, Finnish Design Shop. [ 12 ] Cálice/goblet Toccata, Atlantis, € 48 na/at VAA.

da indisponível/ price not yet set, Zara Home. [ 14 ] Cálice/goblet Desenho, € 5.99, Zara Home.

[ 15 ] Copos de licor para aquecer na palma da mão/liqueur glasses you can warm in the palm of your hand, € 40 cada par/each pair, Normann Copenhagen. [ 16 ] Taça/glass Garbo, € 46.68 cada par/each pair, LSA.

MARCH 2014 DIVO 21

LIVROS

Talento (e cabelo) naturais de Chimamanda Chimamanda’s natural talent (and hair)

AO APARECER COMO SOUNDBYTE NUMA MÚSIC MÚSICA É A NIGERIANA CHIMAMANDA NGOZI DE BEYONCÉ, ADICHIE CONSEGUIU ATENÇÃO RENOVADA PARA O SEU ROMANCE AMERICANAH. UMA IMENSA HISTÓRIA DE AMOR, RACISMO… E CABELOS.

AFTER A QUOTE FROM HER NOVEL, AMERICANAH, WAS SAMPLED IN A BEYONCÉ SONG, NIGERIAN AUTHOR CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE, HAS GAINED ADDITIONAL ATTENTION. THE NOVEL IS A GRAND STORY OF LOVE, RACISM... AND HAIR.

CATARINA HOMEM MARQUES

22 DIVO MARÇO 2014

Às 17 horas de 12 de Dezembro do ano passado, não eram só os fãs de Beyoncé que ainda não estavam à espera do que iria acontecer. À meia noite, o livro Americanah descansava no lugar 861 do ranking de hardcovers da Amazon. Cinco dias depois, estava já na posição 632, e outros tantos passados já estava em 179º. Isto apesar de não ser uma novidade.

A repentina subida nas vendas do mais recente romance da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie teve uma relação directa com o surgimento do disco Beyoncé. E o motivo é muito simples e revela-se aos 1’24 da música Flawless: um soundbyte com uma voz profunda, pausada, retirada da Ted Talk que a escritora conduziu e onde falou de feminismo. “We teach girls to shrink themselves, to make themselves smaller”, é a primeira frase que se ouve na voz de Chimamanda. Um golpe de marketing inesperado para o livro Americanah, que felizmente merece cada momento de atenção que lhe é dedicado.

Numa história de amor de grande fôlego (o livro é o que se pode chamar um grande calhamaço), a jovem Ifemelu cresceu na Nigéria influenciada pelas noções românticas da literatura ocidental – com Mark Twain e Graham Green à cabeça – e aproveitou a oportunidade que lhe surgiu de ir acabar os estudos em Philadelphia. Anos mais tarde, o seu grande amor de adolescência deixa também a Nigéria, mas para ir para Inglaterra. De um e do outro lado do mundo, com ambos longe de África, Chimamanda puxa então dos galões que a levaram a ser escolhida pela revista The New Yorker como uma das 20 melhores escritoras com menos de 40 anos, e vai expondo, momento a momento, os mais improváveis efeitos diários das questões raciais.

Mais do que um soundbyte de Beyoncé, Chimamanda é tudo isto: a nigeriana que estudou para ser médica, mas que se distraía a escrever poemas na aula de Anatomia; que expõe o feminismo, tanto numa conferência, como no fundamentalismo com que defende o uso do cabelo natural pelas mulheres africanas; e que tanto se orgulha da tradição de ter a mesma alcunha da avó, como sente falta da América, por ter um serviço de internet muito mais rápido do que a Nigéria.

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

BEYONCÉ TEST& DRIVE JAY Z

LOVE STYLE

X XANANA GUSMÃO E OS PPRIMEIROS DEZ ANOS DDA CONSTRUÇÃO DDO ESTADO TIMORENSE KKay Rala & Xanana Gusmão

Porto Ed.

Testemunho fundamental e contado na primeira pessoa, de um doloroso e incomparável processo de recuperação e afirmação de uma nação.

Personal, fundamental testimony of a painful and unique process of recovering and affirming a nation.

HAV H JJan Morris U alegoria do mundo, Uma ddisfarçada de entretenimento, eem que uma cidade imaginária se ergue como um sítio dde lendas, nostalgias e afectos eenfeitados de muitas religiões ccoloridas e de todas as línguas qque se possa imaginar.

Tinta da China

At 5:00 p.m. last December 12th it wasn’t only Beyoncé’s fans who had no clue of what was to come. At midnight, the book Americanah was in the 861st place on Amazon’s hardback sales ranking. Five days later, it had climbed to 632nd and a few days later it was rated 179th. And all this for a book that was not even a recent launch. The truth is that the book’s jump on the charts had much to do with its sampling on Beyoncé’s album. And the reason is very simple: at 1 minute 24 seconds into the song Flawless, a slow, deep voice was taken from a Ted Talk that the writer had given where she spoke about feminism. ‘We teach girls to shrink themselves, to make themselves smaller’, is the first phrase you will hear in Chimamanda’s voice deep within the song. It was a masterful stroke of marketing genius for the book, Americanah, which happily deserves every bit of attention dedicated to it.

In a long and intricate love story, a young woman who grew up in Nigeria, under the influence of the romantic notions of western literature – with Mark Twain and Graham Green in her head – takes advantage of an opportunity to go and finish her studies in Philadelphia, USA. Some years later, her great teenage love also leaves Nigeria, bound for England.

From different sides of the world, with both lovers far from Africa, Chimamanda pulls the strings that led her to be chosen by the The New Yorker as one of the 20 best writers under the age of 40, exposing, moment by moment, the most improbable daily consequences of racial relations.

More than the sound bite by Beyoncé, Chimamanda is all of this: a Nigerian who studied medicine but who would get distracted and start writing poems in Anatomy class. Also one who defends feminism, not only in lectures but with the fundamentalism that she uses to defend African women’s traditional style of wearing their hair. She’s also a person who is so proud of tradition that she has the same name as her grandmother; and yet how she misses America because the internet service there is so much faster than Nigeria’s.

D Disguised as entertainment, th this is an allegory to the World, in which an imaginary city rises as a site of legends, nostalgia and affection, powdered with many colourful religions and all different languages you can po possibly imagine.

A ILHA DDEBAIXO DO MAR IIsabel Allende Pe mão de uma das mais Pela reconhecidas escritoras re da América do Sul, a história de uma mulher bondosa e lutadora, que contraria a sua condição de escrava doméstica co e consegue conquistar a liberdade e a felicidade.

Porto Ed.

Pe Penned by one of the most prestigious South American writers, this is the story of a kind, fighting woman who denies her condition as a domestic slave and manages to conquer freedom and happiness.

OCTOBER 2013 DIVO 23

GADGETS

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CHEIO DE PESA APENAS 127 GRAMAS, MAS NÃO TEM NADA DE FRÁGIL. O NOVO THINKPAD X1 CARBON DA LENOVO É O MELHOR COMPANHEIRO DE VIAGEM QUE SE PODE TER FABRICADO EM FIBRA DE CARBONO, INQUEBRÁVEL, É O ULTRABOOK DE 14 POLEGADAS MAIS LEVE DO MUNDO. CATAR IN A HOMEM MAR QUES

É

um carro de corrida? Não. Um avião?

Também não, apesar de ser feito de um material que também serve para fabricar esse tipo de máquina. É a nova coqueluche da Lenovo, o ThinkPad X1 Carbon. O que, dito apenas assim, pode parecer uma desilusão em relação à terceira hipótese nesta sequência de perguntas: ser qualquer-coisa-super (o Super-Homem, por exemplo). Mas está longe de ser uma desilusão, porque há muito mais para dizer sobre este computador que chegou ao mercado no mês de Fevereiro: além de ser o ultrabook de 14 polegadas mais leve que existe no planeta, é praticamente indestrutível.

O segredo está no material: fibra de carbono. E até se poderia pensar que uma marca de computadores não teria habilidade para lidar com um material assim, não fosse a Lenovo estar livre de qualquer suspeita pela estreita relação que mantém com a equipa de Fórmula 1 Williams – da qual é um dos patrocinadores principais. E já que a maioria das pessoas não tem oportunidade de experimentar a leveza de conduzir um veículo desses por um circuito de corrida, a segunda melhor hipótese é mesmo aproveitar a leveza de viajar com um ultrabook com estas qualidades.

Para um computador com este tamanho, não há

24 DIVO FEVEREIRO 2014

mesmo melhor companheiro de viagem. Pesa cerca de 1.27 kg, tem apenas 17.7 mm de altura e, apesar de até parecer frágil, a fibra de carbono dá-lhe uma força que permite deixá-lo balançar à vontade dentro da mala de viagem.

Basta imaginar um daqueles vídeos que se partilham na internet, em que algum engenhocas atira água e pedras contra alguma coisa e não a consegue destruir – no caso do ThinkPad X1 Carbon, os engenhocas de serviço foram mesmo oito testes militares diferentes!

E para quem tem de aproveitar cada segundo de uma viagem para trabalhar, tem ainda outras vantagens: o teclado, com uma qualidade utilitária que dá vontade de escrever muito mais do que é preciso, demora apenas 10 segundos a acordar do modo de descanso, e ainda aceita ordens de 10 gestos de mãos (sem ser sequer preciso tocar em nada).

A flexibilidade no ângulo de movimento do ecrã é outra das grandes vantagens do modelo com processador Intel i7. Tudo somado, significa que este computador – à venda a partir dos € 954 – pode não ser o melhor para jogar com grandes gráficos (como acontece com a maioria dos computadores pequenos), mas há-de ser tão essencial numa viagem como não esquecer a escova de dentes.

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CARBONO CARBON-FILLED

IT WEIGHS A MERE 1.27 KG BUT THERE’S NOTHING FRAGILE ABOUT IT. LENOVO’S NEW THINKPAD X1 CARBON IS YOUR BEST TRAVEL COMPANION – MADE FROM CARBON FIBRE, IT’S VIRTUALLY UNBREAKABLE. IT’S ALSO THE LIGHTEST 14” ULTRABOOK IN THE WORLD. s it a racecar? No. An airplane? No, although it’s made of similar materials. It’s the newest Lenovo ThinkPad X1 Carbon. If you put it this way, it might be a let down compared to the third hypothesis in the series: is it a super-something-or-another (like Superman, for example)? Still it’s far from being a let down. Because there is so much more to say about this computer just launched in February with prices starting at ¤ 954 – besides being the lightest 14” ultrabook on the market, it is practically indestructible.

The secret is in the material: carbon fibre.

And if you think Lenovo wouldn’t manage to deal successfully with such high-tech material, please note that they have more than proved their expertise in this field, by their close collaboration with Formula 1 Williams team of which they are main sponsors. And since most of us won’t ever get the chance (unfortunately) to drive one of these dream machines around a racetrack, the next best scenario is taking advantage of travelling with an ultrabook sporting the same features of lightness and durability.

There’s no better travel companion than it,

I

for a computer this size. It weights 1.27 kg, it’s only 17.7 mm high, and although it may seem fragile at first glance, the carbon fibre gives it such strength that you can easily chuck it into your travel bag. Imagine one of those videos from the Internet in which stupid brutes throw water and rocks at something yet without managing to destroy it – in the ThinkPad X1 Carbon’s specific case the ‘brutes’ used in testing were actually 8 different military tests.

And for those of us who have to maximise every possible moment of our trip for work, there are other advantages. The keyboard is so useful that it makes you want to write more than strictly necessary. It takes a mere 10 seconds to wake it up from sleep mode. And it can read up to 10 different hand gestures (without your even needing to touch the beast!).

Screen angle is another great benefit of this Intel i7-powered model. All of this together means that, although it might not be ideal for working on huge graphics (as is the case for most small computers), it will become as important for your travels as not forgetting your toothbrush.

MARCH 2014 DIVO 25

Beyoncé

ACORDAR COM / WAKING UP WITH

MÚSICA

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MUSIC

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CATAR I N A H O M E M MA RQ UE S

DE UM DIA PARA O OUTRO LITERALMENTE BEYONCÉ APRESENTOU UM ÁLBUM COMPLETO AO MUNDO. FOI A SURPRESA MUSICAL DO ANO E AS RÉPLICAS DO FURACÃO AINDA SE SENTEM, SEJA EM DEBATES SOBRE FEMINISMO OU NUM CONCERTO QUE NINGUÉM QUER PERDER... E QUE PASSA POR LISBOA.

FROM ONE DAY TO THE NEXT (LITERALLY) BEYONCÉ BROUGHT OUT AN ALBUM. IT WAS THE MUSICAL SURPRISE OF THE YEAR AND THE AFTERSHOCKS ARE STILL BEING FELT, WHETHER IN DEBATES ABOUT FEMINISM OR AT A CONCERT TOUR THAT NO ONE WANTS TO MISS... AND THAT WILL SOON BLOW THROUGH LISBON.

H

everal fantasies are associated with the wonderful things that can happen when a person is sleeping (besides sweet dreams, of course). It’s no wonder that is when Santa Claus silently creeps in, to hand out presents or that a fairy comes to replace a fallen tooth with a coin. Even if you gathered up years and years of tales and childhood myths you could never have predicted the magic that happened at 11:59 p.m. on December 12th, 2013: there was not a rumour to be heard about a new Beyoncé record — but at midnight a complete new album entered into iTunes with 14 songs and 17 videos.

This is what you call a real surprise. Especially since these days a musician can never seem to finish recording before some of the songs are pirated and turn up on the Internet. Beyoncé, her fifth album, has been labelled a “visual album” and it appeared, literally, overnight. This attitude was no more than a precursor to the attitude associated with the entire album and that which will breeze into Lisbon for two concerts of the Mrs. Carter World Tour on March 26th and 27th at the MEO Arena.

‘I’m a grown woman, I can do whatever I want’, could be a good summary of Beyoncé’s attitude – without waiting for pre-sales marketing or some ragged single to play on the radio – towards the music industry. We’ve heard this refrain during a Pepsi advert in the US last year. But the words in Grown Woman, the song with the strongest African beat from amongst an entire album proudly full of African beats, summarises so much more: in her fifth album, the first since the birth of her daughter, Blue Ivy (who even shows up on one of the songs), Beyoncé appears to be at the top of her game.

It’s this aspect of surprise, self-confidence and feminine maturity that you can expect at the Lisbon concert. Whether it’s the affirmation of the feminist ideal that you feel in all the songs on the album (Flawless comes to mind), and that the singer made a point of expressing in an essay that she recently signed about gender equality – ‘...we have to teach our girls that they can reach as high as humanly possible’; or through the controversy in almost the opposite direction, over the lyrics of Drunk in Love portraying the relationship between Ike and Tina Turner, which some criticise as offensive to anyone who has suffered domestic violence – although it could be validly argued that Beyoncé was trying to underscore the irony of the lyrics when she joined her voice with that of Jay Z (her husband) at the Grammy Awards ceremony.

Feminism and controversies aside, and together with magic albums that sneak in whilst the rest of the world is sleeping, it is music that will fill the stage in Lisbon. And in this department, only those who are truly sleeping will fail to realise what they are going to miss if they dare to skip the show.

á várias fantasias associadas às coisas maravilhosas que podem acontecer enquanto se está a dormir (além dos sonhos bonitos, claro). É sempre por essa altura que o Pai Natal aproveita para distribuir prendas ou que uma fada mágica troca qualquer dente caído por dinheiro. Mas nem juntando anos e anos de fábulas e mitos infantis se podia esperar uma magia desta dimensão – às 23h59 de dia 12 de Dezembro de 2013, não havia sequer rumores sobre um novo single de Beyoncé; mas às 00h00 de dia 13 de Dezembro, dava entrada no iTunes um álbum inteiro, com 14 músicas e 17 vídeos. É a isto que se chama uma surpresa. Ainda mais nos dias que correm, em que os músicos quase não conseguem terminar um álbum sem que alguma música apareça indevidamente na internet. Beyoncé, o mais recente registo da cantora, foi baptizado de ‘visual album’ e surgiu literalmente do dia para a noite. Um abanão de atitude que foi apenas um aviso prévio de toda a atitude que viria associada ao álbum, e que chega a Lisboa para dois concertos da Mrs. Carter World Tour nos dias 26 e 27 de Março, no MEO Arena.

“I’m a grown woman, I can do whatever I want”, podia ser um bom resumo do que Beyoncé fez ao manipular assim, a seu belo prazer – e sem esperar por marketing prévio ou por singles orelhudos a tocar na rádio – a indústria da música. Ou não fosse esse o refrão da primeira música que se ouviu deste álbum (num anúncio da Pepsi nos EUA, ainda no início de 2013). Mas as palavras de Grown Woman, a música com mais ritmo africano de um álbum que se enche orgulhosamente de ritmos africanos, são um bom resumo de muito mais: ao quinto álbum, o primeiro gravado depois do nascimento da filha Blue Ivy (que até dá uma perninha numa das músicas), Beyoncé parece estar no topo da sua maturidade artística. É essa dimensão de surpresa, confiança e plenitude feminina, que se pode esperar nos concertos em Lisboa. Seja pela afirmação feminista que se sente em todas as músicas do disco (com Flawless à cabeça), e que a cantora fez questão de deixar transbordar para um ensaio que assinou publicamente sobre a igualdade entre os sexos – “Temos de ensinar às nossas filhas que podem chegar tão alto quanto é humanamente possível”; seja também pela polémica no sentido oposto, que tem questionado o verso de Drunk in Love, que evoca a relação de Ike e Tina Turner como uma ofensa às vítimas de violência doméstica – ainda que Beyoncé tenha tentado sublinhar o sentido de ironia da letra quando juntou a sua voz à de Jay Z (o marido) para a dizer na actuação que fez nos Grammys.

Feminismos e polémicas à parte, ou discos mágicos que surgem sorrateiramente enquanto o resto do mundo está a dormir, é de música que se vai encher o palco em Lisboa. E nesse departamento, só mesmo quem ainda está a dormir é que não sabe o que vai perder se faltar.

S

MARCH 2014 DIVO 27

(ANTI-) TV

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Porta dos ENQUANTO OUTROS TENTAM ENTRAR À FORÇA PELA TELEVISÃO, A PORTA DOS FUNDOS VAI EM SENTIDO CONTRÁRIO: SÃO UM HINO À INTERNET DE QUALIDADE, À LIBERDADE CRIATIVA, E SÃO MESMO ELES QUE RIEM POR ÚLTIMO E MELHOR, AO MESMO TEMPO QUE FAZEM TODA A GENTE RIR.

CATARINA HOMEM MARQUES

LET THE OTHERS ATTEMPT TO INVEIGLE THEIR WAY ONTO TELEVISION. PORTA DOS FUNDOS/THE BACKDOOR IS TAKING THE OPPOSITE TACK. IT’S A HOMAGE TO THE INTERNET, TO QUALITY, TO CREATIVE FREEDOM AND THEY ALSO HAVE THE LAST LAUGH. SO, THEY LAUGH THE LOUDEST. AND THEY ALSO MANAGE TO MAKE A HUGE BUNCH OF OTHER PEOPLE LAUGH AS WELL. 28 DIVO MARÇO 2014

Muitos homens não voltarão a perguntar de ânimo leve o que há para sobremesa. Até porque, se viram um dos vídeos de maior sucesso da Porta dos Fundos, sabem que as hipóteses entre tangerina e abacaxi são as menos más. E se não sabem, ainda podem juntar-se aos quase 13 milhões de pessoas que já viram o sketch Sobre a Mesa no canal de YouTube do grupo de comediantes brasileiros – www.youtube.com/user/portadosfundos. É esta uma das vantagens de ser anti-televisão. Tudo o que a Portas dos Fundos já fez está disponível a qualquer momento e para qualquer pessoa que tenha uma ligação à internet. E não é com uma câmara tremida de telemóvel, que apanhou por acaso alguém a cair – isso fica para fenómenos virais como o Sai da Frente Guedes, de Hélio Imaginário. É esse um dos segredos do sucesso: “Os nossos conteúdos podem ser exibidos no cinema, na televisão ou noutro sítio qualquer”, explica António Tabet, um dos fundadores do grupo – também conhecido como o Mário Alberto do já referido sketch.

Os guionistas são profissionais. O realizador é profissional. Os actores são profissionais. E, apesar de não parecer, a Porta dos Fundos é um trabalho a sério e não apenas um grupo de pessoas que se divertem na net.

Prova disso é a quantidade de dinheiro (muito a sério) que recebem por aquilo que fazem – e nunca precisaram de vender os seus conteúdos a uma grande cadeia de televisão para isso acontecer. Pelo contrário.

“Recebemos chamadas constantemente e às vezes só nos fazem uma pergunta: quanto querem?”. Mas eles não querem. O hino que fazem à internet de qualidade não é apenas uma afirmação de princípios. Foi um verdadeiro grito de liberdade criativa: “Este era um daqueles projectos que, à partida, ia ser chumbado por um executivo de 60 anos, fato e gravata, da Rede Globo. E nós queríamos fazer aquilo de que gostávamos. Agora estou feliz, não tenho chefe, faço o que quero e com quem quero. E ainda temos reconhecimento por isso.”

Agora todos eles – Fabio Porchat, Gregorio Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro completam a lista de fundadores – podem dizer que vivem do Google. Não só o YouTube lhes paga pelos vídeos promocionais que aparecem antes de cada sketch (de forma proporcional aos seguidores que têm, um número impressionante que já ultrapassa os sete milhões), como ainda há marcas que lhes pagam para serem eles os autores dessas publicidades.

“Isto é como aquela charada do ovo e da galinha: os vídeos da internet não eram tão populares porque não tinham qualidade, ou não tinham qualidade porque não eram populares?” Mas agora que a Porta dos Fundos está na posse da galinha dos ovos de ouro – para se manter aqui a linha de ditados populares com galináceos – pouco importa a resposta.

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(ANTI-) TV

Fundos THE BACKDOOR

Many men will think twice before glibly asking what’s for dessert – especially if they are among the almost 13 million people who have seen the comedy sketch Sobre a Mesa/What’s for Dessert by Brazilian comedy group Porta dos Fundos/The Backdoor – www.youtube.com/user/portadosfundos. In which case they will know that the choice between tangerine and pineapple is a choice between the lesser of two evils.

That’s one of the advantages of being anti-TV. Because everything they do at The Backdoor is available to see whenever you want to. All it takes is an internet connection. And we’re not talking about any shaky film from a mobile where someone making a fool of themselves was accidently filmed – that’s what Sai da Frente Guedes/Out of the Way Guedes by Hélio Imaginário was all about. This is one of the secrets of what The Backdoor’s success is all about. ‘Our content could be shown in theaters, on TV or anywhere else’, explains António Tabet, one of the founders of the group.

The scriptwriters are professionals. The director is a professional. The actors are professionals. And, although it may not put on airs and graces, The Backdoor is a serious piece of work and not simply a bunch of people having a laugh on the internet. The proof is in the amount of money (and that is serious enough) that they get for what they do – and yet without ever having to sell their content to a large television network in order to do so. On the contrary.

‘We’re constantly getting phone calls and sometimes all they ask is: How much do you want?’ But the team does not want. Their homage to quality content on the internet is not solely a matter of principle. It was their own cry of freedom: ‘This is one of those projects that would have been turned down by some 60-year old executive, stuffed into his suit and tie at Rede Globo. And we wanted to make what we wanted to make. And now I’m happy. I don’t have a boss. I do what I want and with the people I want to. And we even get recognition for it.’ Now they all – Fabio Porchat, Gregorio Duvivier, Ian SBF and João Vicente de Castro, the other founders – can say that they live off of Google. YouTube pays them (in proportion to the number of followers that they have – currently more than 7 million) for the promotional videos at the beginning of each sketch. Then, on top of that, companies still pay them to produce their advertising.

‘It’s that riddle about the egg and the chicken: weren’t the internet videos popular because they weren’t any good or weren’t they any good because they weren’t popular?’ Now that they hold the golden egg in their hands – let’s not throw in any animals other than chickens in our metaphors – it really makes not whit of difference.

MARCH 2014 DIVO 29

CINEMA

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Steve McQueen nas filmagens de 12 Anos Escravo Steve McQueen directing 12 Years a Slave

V I O L Ê C O M V I O L Ê N C I A S E PA G A

CATAR IN A HOM E M M AR Q U E S

V I O LEN CE LE A D S TO V I O LEN CE É assim com Steve McQueen, o realizador de 12 Anos Escravo, que transforma toda a violência racial que sempre lhe pesou nas costas, em filmes tão intensos que deviam vir acompanhados por comprimidos contra as dores.

30 DIVO MARÇO 2014

Quando Naomi Campbell foi capa da Vogue, nos anos 80, o número de vendas caiu a pique nessa edição. Quando a Vogue italiana fez uma edição inteiramente negra, em 2008, foi preciso repor a edição nas bancas várias vezes. Isto podia não ter nada a ver com o realizador Steve McQueen e o filme 12 Anos Escravo, não fosse a mudança ocorrida na relação com esses conteúdos da Vogue ser muito parecida à mudança em relação a filmes que tratam de questões raciais.

O que significa que, no que diz respeito ao efeito do filme de Steve McQueen, o Oscar podia nem ser o assunto mais importante. Importa muito mais ter noção de que McQueen é um realizador negro que encheu o mundo com as imagens cruas do que a escravatura foi no dia-a-dia – por oposição a uma noção muito mais vaga de sofrimento.

Quando Solomon Northup (o protagonista do filme inspirado pelo livro autobiográfico), um homem livre que é raptado e sujeito a 12 anos de escravatura, aparece em grande plano pendurado por uma corda e apenas com a ponta do pé no chão a mantê-lo vivo, é impossível ignorar a violência: o instante prolonga-se por minutos que parecem horas. E não é de forma inocente que Steve McQueen decidiu deixar tanta gente desconfortável e a mexer-se na cadeira, ao mesmo tempo, dentro de uma sala de cinema.

“Quando eu estava a crescer, não havia outros exemplos de artistas que fossem como eu. Onde é que existia algum homem negro a fazer aquilo que eu queria fazer?”, disse o realizador em entrevistas sobre este filme. E mesmo quando começou a ter algum sucesso, o pai tentava convencê-lo a ar-

ranjar outro trabalho. Foi esse um dos pesos que carregou ao longo da vida, juntamente com este outro que transformou em cinema: “Há um peso no peito, nas costas, que carregamos desde a infância.” O peso de saber sempre que aconteceu o que aconteceu, uma injustiça imensa, um sofrimento que quase ninguém sabe descrever e que – conforme têm comprovado as reacções de choque perante o filme – a maioria das pessoas não estava sequer preparada para ver.

Apesar de nunca pensar em agradar ao gosto médio da audiência e de não querer saber se um filme sobre escravatura com estes ingredientes seria fácil de vender, Steve McQueen está muito longe do efeito Naomi Campbell na capa da Vogue. A avaliar pelos resultados, estará no polo absolutamente oposto. E fez por isso.

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CINEMA

Chiwetel Ejiofor no papel de /portraying Solomon Northup

N C I A That’s how it goes with Steve McQueen, director of 12 Years a Slave, who turns all of the racial violence, that has always weighed heavily upon his shoulders, into films so intense, that they should come accompanied with painkillers.

When Naomi Campbell appeared on the cover of Vogue, in the 1980’s, sales peaked. And when Italian Vogue did a totally black issue in 2008, demand was so high that they had to restock the racks several times.

And all this might not have anything to do with director Steve McQueen and the film 12 Years a Slave, if it weren’t for the fact that the change in the content of Vogue was also similar to the changes in the films dealing with racial issues.

Which is all to say that, with respect to McQueen’s film, the Oscars wouldn’t be that important. What’s important is that Steve McQueen is a black director who has filled the screen with naked images of what the day-to-day misery of slavery was like – as opposed to some vague notion of suffering.

Solomon Northup (the main character of the film was based upon his autobiography) was a free man before being kidnapped and subjected to 12 years of slavery. When he appears, hanging from a rope which is seen in the foreground of the screen, with just one foot barely touching the ground in order to keep himself alive, it is impossible to ignore the violence. That instant stretches into minutes that feel like hours.

And it is no accident that McQueen decided to leave so many people uncomfortable and squirming in their cinema seats.

‘When I was growing up, there were no role models for young people like me. Where was the black man doing what I wanted to do?’ the director has asked in interviews about this film. And even when he began to see success, his father tried to get him to get another job. This is one of the weights that he’s carried all his life, together with the others that he transformed into cinema. ‘There is this weight on your chest, on your back, that we carry from a childhood. The weight of always knowing what had happened, in our history-a tremendous injustice that almost no one knows how to accurately describe’, and that – judging by the shock displayed by some audiences – most people were not prepared to see.

Steve McQueen never aims to particularly please the average viewer, and he doesn’t appear to care whether a film about slavery would be easy to sell or not.

He is so very far from the effect of Naomi Campbell on the cover of Vogue. Judging by his results, his effect is the exact opposite. Just as he intended it to be.

MARCH 2014 DIVO 31

CINEMA

SAINT LAURENT, O FILME Jalil Lespert realiza a primeira de duas biografias sobre um dos maiores estilistas da História da Moda, dois filmes franceses a sair este ano.

VAN ESSA R AMIN HOS

Na película Yves Saint Laurent, Pierre Niney veste a pele do mestre da Alta Costura, enquanto Guillaume Gallienne é o seu amante e parceiro de negócios, Pierre Bergé. A estreia em França teve lugar a 8 de Janeiro, mas o filme abriu a 64a edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, na secção Panorama, já em Fevereiro.

Nascido na Argélia, cedo Saint Laurent mostrou o seu gosto pela moda. Com apenas 17 anos, saiu de casa dos seus pais para ir trabalhar com o conceituado Christian Dior – acabaria por herdar o controlo criativo da Casa francesa quatro anos depois, aquando da morte do seu mentor, e foi pelas suas mãos que ela acabaria por sair da ruína.

Durante a Guerra da Argélia, foi convocado pelo exército francês, onde apenas estaria vinte dias. Acabou internado num hospital mental, devido a um esgotamento nervoso provocado pelos maus tratos sofridos, o que originou a sua dependência das drogas e do álcool.

O filme homónimo começa na década de 50, altura em que Yves Saint Laurent ficou à frente da direcção criativa da Dior, e passa em revista as duas décadas mais importantes da vida do criador, narradas pela voz de ‘Pierre Bérge’.

O guarda-roupa é cuidadosamente escolhido (ou não fosse este um filme sobre um dos pais da Moda francesa) e uma das cenas mais marcantes do filme é a da criação do vestido Mondrian – a ideia, o desenho, a confecção.

Mas o foco principal é a sua vida pessoal, desde a vida amorosa à dependência das drogas e do álcool, devido aos seus frequentes esgotamentos nervosos. Um dos temas mais explorados ao longo do filme é a relação quase dependente de Saint Laurent com Bergé – numa das cenas, o criador confessa ao amante que, mesmo amando outro homem, Pierre será sempre o amor da sua vida.

O papel de musa de Saint Laurent, Loulou de La Falaise, ficou a cargo da actriz Charlotte Le Bon, enquanto Nikolai Kinksi vestiu a pele do director criativo da Chanel, Karl Lagerfeld, e Patrice Thibaud assegurou o papel de Christian Dior.

Rúben Alves, realizador português conhecido pelo filme A Gaiola Dourada, também participou no filme, vestindo a pele do estilista espanhol Fernando Sánchez.

32 DIVO MARÇO 2014

CINEMA

SAINT LAURENT, THE MOVIE French director Jalil Lespert signs the first of two French biographies about one of the greatest designers in the history of fashion to come out this year.

In Yves Saint Laurent, Pierre Niney plays the part of the master of Haute Couture, whilst Guillaume Gallienne, portrays his lover and business partner, Pierre Bergé. The film premièred in France on the 8th of January and then opened the 64th Berlin International Film Festival this February, in the Panorama category.

Born in Algeria, Saint Laurent soon displayed his love of fashion.

At 17 years of age, he left home to work at Christian Dior – where he would take over creative control just four years later, upon the death of his mentor Dior, and saving the firm from certain ruin.

During the War of Algeria he was drafted into the French army where he stayed a mere 20 days. He ended up in a psychiatric hospital, suffering from a mental breakdown, provoked by the hazing he underwent during that time. The residue from this would last, leading to a lifelong struggle with drug and alcohol addiction.

The film itself begins in the 1950’s when Yves Saint Laurent was at the creative helm of Dior and reviews two of the most important decades of the designer’s life, narrated by the voice of ‘Pierre Bérge’.

The wardrobe was carefully selected (otherwise, it wouldn’t be a credible film about one of the fathers of French fashion) and one of the most moving scenes of the entire movie details the creation of the Mondrian dress – the idea, the design and the confection.

But it is his personal life that is at the centre of attention — ranging from his love life to his addiction and the frequent nervous breakdowns. One of the themes most carefully attended to is Saint Laurent’s dependence on Bergé – in one of the scenes the designer confesses to his lover that even though he was at that stage also in a relationship with another man, Pierre would always be the love of his life.

Charlotte Le Bon plays the part of YSL’s muse Loulou de La Falaise whilst Nikolai Kinksi depicts Karl Lagerfeld, the creative director of Chanel, and Patrice Thibaud represents Christian Dior.

Rúben Alves, the Portuguese director of A Gaiola Dourada, also shows up, playing the role of Spanish designer Fernando Sánchez.

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À SEMELHANÇA DE UM BOM VINTAGE, ARRASTAM UMA LEGIÃO DE FÃS POR TODO O MUNDO, E MERECEM SER DEGUSTADAS POR VERDADEIROS CONNAISSEURS. PODEM ATINGIR PREÇOS PROIBITIVOS, MAS NESTE CASO NÃO FALAMOS DE VINHOS FALAMOS, SIM, DE CERVEJA.

MUITO MAIS QUE UMA LOIRA

JUST LIKE ANY EXCELLENT VINTAGE, THESE TOO HAVE LEGIONS OF FANS ALL AROUND THE WORLD. THEY DESERVE BEING SAVOURED AND INDULGED BY TRUE CONNOISSEURS. THEY CAN BE PROHIBITIVELY EXPENSIVE. BUT WE ARE NOT SPEAKING OF WINE HERE — WE’RE SPEAKING, YES THAT’S RIGHT, OF BEER!

MAR IA FER N AN DA N ETO

N

ão andam nas bocas do mundo, não são escolhidas por região, casta ou até ano de produção, mas são tão raras e apreciadas como o rei dos néctares. Algumas cervejas chegam mesmo a atingir preços exorbitantes. Tudo depende do processo de fabrico, aromas, embalagens e exclusividade do produto.

Com detalhes de um enorme requinte ou sofisticação, a cerveja merece hoje lugar de destaque nas ementas de luxo. É preciso saber mantê-la à temperatura ideal, servir no copo adequado e, tal como o vinho, saber escolher de forma a casá-la harmoniosamente com cada um dos pratos. Um processo tão minucioso que há mesmo quem já tenha um sommmelier só para cervejas.

Num Top 10 das mais exclusivas, escolhemos três. As mais caras. Pequenos tesouros que fariam as delícias do mais gourmet dos gourmets.

Começamos pela Antarctic Nail Ale, uma cerveja da australiana Nail Brewing, produzida em 2010. Uma verdadeira raridade, não só pelo número de exemplares, que não passou das 30 garrafas, mas também pela pureza da água com que foi fabricada, vinda directamente do continente gelado que lhe deu o nome. A venda foi toda feita em leilão, e o dinheiro arrecadado destinado a uma organização que luta pela preservação das baleias na Antárctida. Um luxo que permitiu amealhar quase 600 euros por cada exemplar.

No segundo lugar do pódio, End of History entrou no mercado como uma cerveja determinada a fazer, como o nome indica, história. Primeiro pela graduação de 55%, a mais forte de sempre no que toca ao teor alcoólico de uma 34 DIVO OUTUBRO MARÇO 2014 2013

hey don’t get endless press coverage nor are they chosen by region, variety or year. But they are as rare and as deeply appreciated as the King of Nectars. Some beers even manage to fetch exorbitant prices. It all depends on variables as the manufacturing process, aromas, packaging and exclusivity of the product.

When they come with highly refined or sophisticated characteristics, beers deserve a special place on the most discriminating of menus.

The important thing is to keep beer at the ideal temperature and serve it in the appropriate glass and, just like wine, it is important to know the best way to pair it with each of the dishes to be served. The choices are so convoluted, that it’s no wonder that some places now have a sommelier just for beer!

Our beer sommeliers have studied the list of the Top 10 and have chosen three just for you. The most expensive ones. Small treasures that will delight the most exquisite gourmet.

To start with there is Antarctic Nail Ale, by Australian Nail Brewing company, produced in 2010. Extremely rare, not only due to the limited edition of a mere 30 bottles but also due to the purity of the water that came directly from the continent that lent its name to the beverage. It was sold in auction and the money earned was donated to an NGO dedicated to the preservation of the Antarctic Whale. It’s a luxury that netted around 600 euros per bottle.

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quer colecionador, e o ponto de partida para mais duas séries únicas.

A Jacobsen Vintage No 2 foi produzida com a mesma sofisticação e requinte, mas com um sabor ligeiramente diferente a baunilha e cacau. Saiu em 2009, mas poderá vir a ser encontrada ainda em 2059. Acredite-se ou não, dizem os entendidos que este néctar tem validade de 50 anos (!), altura em que poderá estar ainda mais doce.

O sucesso destas séries levou a empresa a produzir, em 2010, mais mil exemplares da Jacobsen Vintage No 3. Uma terceira série que vem completar a exclusivíssima trilogia de uma das cervejas com mais glamour em todo o mundo.

De cor dourada, a cerveja confere uma primeira sensação quente no paladar, para depois se tornar ligeiramente adocicada. Um sabor que ganha nos mesmos seis meses de repouso em cascos de carvalho, o que alia a um aroma de frutos doces conseguido no processo de fermentação.

Com o sabor muda também o design dos seis rótulos que, desta vez, ficaram a cargo de Kaspar Bonnén, Anders Bojen e Kristoffer Ørum, artistas conhecidos do projecto ‘Radiant Copenhagen’. É um regalo para os olhos e custa quase 300 euros. À semelhança das suas antecessoras, beber a Vintage No 3 é uma experiência inesquecível, que pode perdurar no tempo. Um verdadeiro tesouro que vale a pena exibir num jantar gourmet, ou perfilar numa garrafeira de luxo. Tudo para provar, apenas – porque, também as loiras, quanto mais vintage, melhor!

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cerveja. Depois, pela embalagem. Ou embalagens: cada uma das 12 (doze!) garrafas produzidas foi colocada dentro de animais mortos (!!) Contabilizando: sete furões, quatro esquilos e uma lebre.

Um pequeno jardim zoológico que, como se imagina, esteve longe de ser consensual, mas que rendeu à escocesa BrewDog mais de 560 euros por garrafa e, claro está, uma fama que ainda hoje lhe dá destaque no ranking das mais caras e famosas cervejas de todos os tempos.

Dois exemplos de excentricidade que nos levam, finalmente, à mais requintada.

Falamos da Jacobsen Vintage, uma cerveja que já vai na terceira série e que seduz pelo conteúdo, mas também pela embalagem. Uma ode à inovação e um desafio ao mais luxuoso dos vinhos.

Conhecida como ‘vinho de cevada’, a Jacobsen Vintage foi envelhecida em barris de carvalho, os mais usados na produção de vinhos de excelência. Um processo que durou mais de seis meses e que lhe deu um paladar apurado e especial. Com uma cor ligeiramente acastanhada, pelos cascos de madeira, e um leve sabor a caramelo e baunilha, dizem os apreciadores que a Jacobsen Vintage No 1 é ideal para acompanhar queijos ou sobremesas.

Uma edição limitada a 600 garrafas, com 10.5% de graduação alcoólica, a quase 300 euros cada. E, quem provou, gostou.

Além do exótico sabor, a dinamarquesa Carlsberg não deixou nada ao acaso. A garrafa parece a de um luxuoso champanhe, e os rótulos foram desenhados à mão pelo conterrâneo e designer Frans Kannik. Uma obra de arte digna de qual-

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End of History has captured our second place. As the name suggests, it is intended to make its mark on posterity.

First of all due to its strength. At 55%, it is the strongest beer ever made. And secondly because of its unique packaging, as each of the 12 (twelve!) bottles produced was placed inside of a stuffed animal corpse!! There were seven ferrets, four squirrels and a hare. A tiny menagerie that, as one can easily imagine, raised more than just a few eyebrows, but also earned Scottish brewery BrewDog more than 560 euros per bottle. And, of course, the reputation of being one of the most famous and most expensive beers of all times.

After two examples of unabashed eccentricity, let us now turn to the most refined. We’re speaking of Jacobsen Vintage, a beer that is now on its third batch. It captures your attention by the sophistication of its flavour but because of its packaging as well. An ode to innovation, it rivals the most luxurious of wines. In fact, it is often called the ‘wine of beers’. Aged in the same oak barrels used to age fine wines during a six month period lends it an especially refined palate. A slightly brownish tint comes from the bark of trees and with a dainty touch of caramel and vanilla leading aficionados to suggest that Jacobsen Vintage is the best possible pairing for cheese or dessert. A limited edition of 600 bottles with an alcohol strength of 10.5%, each of which will cost you 300 euros. And anyone who tries it, likes it. In addition to the exotic flavour, Danish giants Carlsberg have not left

anything to chance. The Danes have produced a bottle that looks like the most luxurious of champagnes, with hand drawn labels by Danish designer Frans Kannik. It’s a work of art, worthy of any collector and the first in a collection of three unique series.

Jacobsen Vintage No. 2 was produced with the same sophistication and refinement but with a flavour, this time, reminiscent of vanilla and cocoa.

It came out in 2009, but it will still be available in 2059. Believe it or not, those in the know say that this nectar will still be drinkable 50 years from now, when it will be even sweeter.

The success of these series led the company to produce in 2010 another 1000 bottles of Jacobsen Vintage No. 3, the third and final instalment in the trilogy of the most glamorous beers in the world. Golden, the first sensation is of a warm palate that quickly turns slightly sweet. Its flavour, intensified for six months in oak barrels, joins with the aroma of sweet fruit acquired during fermentation.

The labels have changed together with the flavour. This time, six labels carry the work of Kaspar Bonnén, Anders Bojen and Kristoffer Ørum, artists from the well-known ‘Radiant Copenhagen’ project. This boon to the eye costs almost 300 euros. Just like its predecessors, drinking Vintage No. 3 is an unforgettable experience that is worth showing off at a gourmet meal or even deserves making a statement of its own in a lavish cellar. All of this goes to show that, in the case of brews, the more vintage the better.

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ST YLE

CRON ÓGR AFO CHOPAR D MON ACO HISTOR IQUE

TENDÊNCIAS

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DENIM É verdade que o denim nunca abandona os nossos armários, mas também é verdade que agora os ocupa de maneira diferente. Mais intenso que antes, surge em todos os tipos de peças, desafiando-nos a usá-lo em look total.

Kenzo

It’s a known fact that denim has never really left our closet, but it is also true that now it fills the closet with a different purpose. More intense than before, denim appears in all types of pieces and challenges us to wear it in total looks.

Carven

GE T T Y IMAG ES

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Versace

TRENDS

SAVAGE TEXTURES

Fendi

O lado selvagem desta estação já não vive de padrões, mas sim de texturas. Peles exóticas, como crocodilo, cobra ou avestruz, surgem replicadas em diferentes materiais e peças. Esta é a nova forma de revelar o nosso lado selvagem.

Calvin Klein

This season’s wild side doesn’t rely on patterns alone anymore, instead it does rely on textures. Exotic skin such as crocodile, snake or ostridge, is replicated in different materials and pieces. This is a new way of taking a walk on the wild side.

Prada

TENDÊNCIAS

FLOWER POWER O clima tropical chega, em padrões de flores, aos desfiles das principais capitais da moda. Em look total, conjugando diferentes padrões florais, ou apenas numa peça, esta é uma das tendências a seguir.

Dries Van Noten

Gucci

Dressed in flowery patterns, tropical climate arrived at the runways of the main fashion capitals. Be it in total look, by mixing different patterns, or in one single piece, this is one of the hottest trends to follow.

LOVE AFRICA

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TRENDS

LOVE STYLE

Dolce & Gabbana

LOVE ANGOLA

SUN KISS Os raios de Sol desta Primavera decidiram beijar os tecidos, deixando um rasto de brilho em muitos deles.

Os reflexos estão na moda: os brilhos leves, os nacarados e até os metalizados, vão iluminar a estação.

Emporio Armani

Prada

This Spring’s sunrays have decided to kiss the fabrics, leaving behind a shining trail on many of them.

Reflections are in fashion: light glitter, shades of pearl, even metal, they will enlighten the season.

TENDÊNCIAS

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BAG FOR MAN

Jil Sander

Valentio

Burberry Prorsum

As malas já não são um assunto só de mulheres. Prova disso é uma das maiores tendências de acessórios masculinos da estação: soft bags – malas de mão, tão maleáveis que, quando vazias, se podem dobrar. Mais prático seria impossível. Um dos must-haves da estação, que certamente irá fazer inveja a muitas mulheres.

44 DIVO MARÇO 2014

Bags are not a woman-only thing anymore. To prove it, one of the biggest trends of the season, when it comes to men accessories, are the soft bags — handbags that are so flexible they can be folded when empty. You couldn’t have it easier than that. They’re one of the season’s must-haves and will certainly cause some envy on many a lady.

TRENDS

Chanel

Diane Von Furstenberg

R EUTER S

PAINTING FASHION As pinceladas coloridas da arte são a nova forma de usar a cor. Chanel e Céline foram apenas duas das Maisons que seguiram a tendência.

Esta Primavera propõe-nos um novo olhar sobre as paletas cromáticas.

Céline

Artistic brush strokes are the new way of dealing with colour. Chanel and Céline were only two of many Maisons following this trend. This coming Spring will invite us to take a new look upon colour palettes.

WORK OUT O estilo desportivo está cada vez mais na moda. Nesta Primavera é elevado a outro patamar, deixando o lado mais prático para se tornar elegante e polido. As riscas, tão usadas em punhos e colarinhos do vestuário desportivo, bem como as bandas das calças de fato de treino, ganham assim uma nova vida.

Prada

Marni

Tommy Hilfiger

Sporty has never been more in fashion.

This Spring it rises to a new level in which it leaves aside its more practical look and instead becomes elegant and fashionable. Stripes which had been so often used in cuffs and collars will now get a new statement.

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CINEMA

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THE INVISIBLE WOMAN

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Começamos pelo século XIX, pela mão de Michael O’Connor (The Invisible Woman) e Patricia Norris (12 Anos Escravo). Dois filmes que retratam uma mesma época com perspectivas muito diferentes: o primeiro passa-se em Inglaterra e conta o romance proibido de Charles Dickens com uma jovem actriz. O lado mais romântico da era victoriana é explorado através dos longos vestidos armados por cima de saiotes e inúmeras saias. Os tocados, rendas e laços também não faltam nos vestidos de fantasia usados durante o dia, nem nos ricos tecidos usados nos eventos sociais que faziam vibrar a alta sociedade da época.

Starting with the 19th century, recreated by two designers: Michael O’Connor (The Invisible Woman) and Patricia Norris (12 Years a Slave). Both films portray the same period, yet from vastly different viewpoints. The former takes place in England and tells the story of a forbidden love affair between Charles Dickens and a young actress. The romantic side of the Victorian era is explored in The Invisible Woman through images of long dresses layered above sips and numerous skirts. There was no shortage of laces and bows in the daywear costumes, nor any scarcity of opulent fabrics to be shown off at the high society social events of the period.

OSCARS WEAR...

THE NOMINEES FOR THIS YEAR’S GOLDEN STATUE IN THE CATEGORY OF BEST COSTUME DESIGN HAVE TAKEN US ON A JOURNEY BACK IN TIME.

OS CANDIDATOS DESTE ANO À ESTATUETA DOURADA NA CATEGORIA DE MELHOR GUARDA-ROUPA LEVAM-NOS NUMA VIAGEM PELO TEMPO.

MAR GAR IDA BR ITO PAES

12 YEARS A SLAVE

Atravessamos o Atlântico e encontramos uma América dividida entre a liberdade e a escravidão: 12 Anos Escravo conta a história de Solomon Northup, um negro do Estado de Nova Iorque, que foi raptado e levado para o Louisiana como escravo.

Aqui perdemos o lado mais romântico do século XIX, sendo que este apenas surge em alguns momentos, em prol dos trajes de trabalho, em cores deslavadas e gastas, personificando na perfeição a vida sofrida das personagens.

Next we cross the Atlantic and find America divided between liberty and slavery: 12 Years a Slave tells the story of Solomon Northup, a black man from the state of New York, who was kidnapped and sold in Louisiana as a slave. Here we turn our back on the romantic view of the 19th century, concentrating instead on working clothes, rags of faded colours, evocative of the poverty and suffering of the characters.

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CINEMA

THE GREAT GATSBY

De volta ao século XX, The Great Gatsby faz-nos sonhar com os loucos anos 20. Catherine Martin não poupou nos brilhos, penas e joias; e como se isto não bastasse, contou ainda com a colaboração de Miuccia Prada, que recriou alguns dos seus vestidos apresentados em colecções passadas, para as cenas que retratam as festas na mansão Gatsby. É neste ambiente de festa, onde a decadência e o glamour vivem paredes-meias, que nos é contada a história de amor entre Daisy e o misterioso Jay Gatsby. O guarda-roupa mantém-se fiel à época: linhas direitas, saias curtas com franjas, adornos de cabeça, e fatos de homem com cores suaves, são o retrato perfeito da maior revolução a que a história da Moda já assistiu.

THE GRANDMASTER

Back in the 20th century, The Great Gatsby makes us dream of the crazy 1920s. Catherine Martin did not stint on sparkles, feathers or jewels. And if that weren’t enough, she also relies on the support of Miuccia Prada, who recreated some of the design house’s past collections, for the party scenes at the Gatsby mansion. It is a riotous atmosphere in which decadence and glamour go hand in hand and one in which the love story between Daisy and the mysterious Jay Gatsby is played out. The wardrobe is faithful to the era: straight lines, short skirts and fringes topped by headdresses, with the men sporting light coloured suits. This film is the perfect portrait of the greatest revolution that the history of fashion has ever seen.

The Grandmaster takes us to China in the 1930s, where we hear the story of Ip Man and the martial arts. William Chang Suk Ping was responsible for the wardrobe that scintillates in the fight scenes. Here tunics and trousers echo the actors’ actions, focusing the audience’s attention directly onto the movement. Then there are the traditional costumes, with their rich collection of floral silks, gracing the kimonos, in a harmonious combination that brings life to the female characters in a face-off between fragility and strength.

The Grandmaster transporta-nos para a China dos anos 30, onde nos é contada a história de Ip Man e das artes marciais. William Chang Suk Ping foi o responsável pelas roupas que brilham nas cenas de luta, onde túnicas e calças acompanham os movimentos dos actores, focando toda a atenção nas artes marciais. A par destas, surgem trajes tradicionais onde não faltam as sedas florais e os quimonos, numa doce combinação que dá às personagens femininas uma dualidade entre a fragilidade e a força.

AMERICAN HUSTLE Avançamos quatro décadas até ao fim dos anos 70, onde encontramos American Hustle e os tão falados decotes de Amy Adams, escolhidos a dedo por Michael Wilkinson. Atlantic City e Goodfellas serviram de inspiração ao guarda-roupa, bem como retratos pessoais da década, os arquivos de revistas – desde a Playboy à Vogue – e personalidades como Jerry Hall, Bianca Jagger, Serge Gainsbourg e Hugh Hefner. Halston, Gucci, Diane Von Furstenberg, Christian Dior e Ossie Clark, são alguns dos nomes que surgem em versão vintage, um pouco por todo o filme.

We skip ahead four decades and arrive in the late 1970s, with American Hustle, and the oh-so-famous necklines of Amy Adams, scrupulously selected by Michael Wilkinson. Atlantic City and Goodfellas served as inspiration for the wardrobe, as well as contemporary mags like Playboy and Vogue, and top names of the decade such as Jerry Hall, Bianca Jagger, Serge Gainsbourg and Hugh Hefner. Halston, Gucci, Diane Von Furstenberg, Christian Dior and Ossie Clark are just some of the names whose vintage costumes show up throughout the film.

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D-Day ANTÓNIO BERNARDO

MARGARIDA BRITO PAES

Nesta página/on this page: candeeiro/table lamp Kare ■ esferas/globes Area ■ cadernos/notebooks Fine & Candy ■ relógio/watch Graham Chronofighter Oversize, Torres Joalheiros ■ caneta/fountain pen Chopard ■ creme/cream Age Fitness, Biotherm Homme ■ perfume Agua de Vetiver, Angel Schlesser ■ cactos/cacti Kare Ao lado/opposite page: cactos/cacti Kare ■ creme/cream Skin Best, Biotherm ■ creme/cream Visionaire, Lancôme ■ porta-chaves/key-holder Furla ■ verniz/nail polish Bleu Cobalt, YSL ■ cadernos/notebooks Fine & Candy ■ esferas/globes Area ■ sombra/eyeshadow Make-Up Factory ■ lápis de olhos/eyeliner YSL ■ anel em ouro rosa/pink gold ring Tous ■ anéis com dupla aliança e laço/double rings and bow Aristocrazy ■ anel/ring Tous ■ clutch Luís Onofre ■ candeeiro/table lamp Kare

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MODA

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Fotografia/photography José Ferreira Styling Tiago Ferreira assistido por/assisted by Maria Féria Make-Up Artist Sandra Alves Modelos/ models Thomas Smith & Yuka @ Elite Lisbon Agradecimentos/ acknowledgment WRONG WEATHER (www.wrongweather.net) STIVALI (www.stivali.pt) Thomas t-shirt Nasir Mazhar ¶ boxers Comme des Garçons Underwear ¶ calções e ténis/shorts and sneakers Y-3 Yohji Yamamoto Yuka vestido/ dress Roberto Cavalli ¶ malas/bags Saint Laurent Paris & Proenza Schouler ¶ sandálias / sandals Yves Saint Laurent

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Polo & t-shirt Kris van Assche ¶ calções/shorts Christopher Shannon ¶ ténis/sneakers Y-3 Yohji Yamamoto

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Camisa/shirt Marchesa Voyage ¶ calças/trousers 3.1 Phillip Lim ¶ sapatos/shoes Valentino

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Colete e calções/waistcoat and shorts Christopher Shannon ¶ ténis/ sneakers Kris van Assche

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Ténis/sneakers Kris van Assche ¶ t-shirt Y-3 Yohji Yamamoto ¶ calças/trousers Drkshdw by Rick Owens ¶ ténis/ sneakers Kris van Assche ¶ mala/bag Proenza Schouler ¶ carteira/ wallet Louis Vuitton

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MODA

Sweaters Nasir Mazhar ¶ calças /trousers Y-3 Yohji Yamamoto

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FASHION

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MODA

T-shirt e calções/t-shirt and shorts 3.1 Phillip Lim ¶ malas/ bags Proenza Schouler & Saint Laurent Paris ¶ brincos e pulseira/earrings and bracelet Shourouk @ PR21

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Hoodie & calções/shorts Drkshdw by Rick Owens ¶ t-shirt & ténis / sneakers Y-3 Yohji Yamamoto ¶ mochila/rucksack Kris van Assche

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ENTREVISTA

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Maria João Bahia

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A primeira jóia que recebeu foi uma pulseira de prata, aos 15 anos, mas só aos 18 se entregou à sua paixão pela joalharia. Uma designer de joias que já percorreu continentes a expor as suas pedras preciosas, incluindo África, com a exposição ‘Pensamento Africano’ em Luanda.

M

aria João Bahia é a designer de joias responsável pelo troféu dos Globos de Ouro e a eleita para criar o relicário que o patriarcado de Lisboa ofereceu ao Papa Bento XVI. Em Novembro do ano passado expôs o seu trabalho em Luanda.

Como correu a exposição?

Muito bem. Foi inaugurada pelo embaixador de Portugal em Luanda e pela Presidente da Assembleia da República Portuguesa, para além do Dr. Pietro de Sousa, Ministro da Administração Interna do Governo Angolano. A exposição durou quinze dias e teve sempre bastantes visitantes.

Que diferenças sentiu na cidade?

Imensas. A primeira vez que fui a Luanda foi no pós-guerra, era uma cidade devastada pelo conflito, muito sofrida. Agora é uma cidade em crescimento, com uma marginal e uma baía lindas. É uma cidade muito di60 DIVO MARÇO 2014

nâmica, com muita vida e muita força!

Faz muitas da suas jóias por encomenda. Quais foram os pedidos mais estranhos que já lhe fizeram?

Um dos mais estranhos foi fazer um cobre-

jão para um cavalo. Outro também muito particular foram umas fivelas de ouro para uns sapatos de homem. Era uma pessoa muito peculiar: todos os seus sapatos e cintos tinham fivelas de ouro e até as golas da chave eram em ouro.

Qual é a sua pedra preferida?

Gosto de tantas... brilhantes, esmeraldas... mas as pedras que uso têm a ver com o que estou a sentir naquele dia, porque todas têm cores e energias diferentes.

Como faz a selecção das pedras?

Normalmente vou a feiras e compro pedras que gosto. Quando escolho peças muito particulares, com formas muito barrocas, geralmente faço a peça em função da pedra, de forma a valoriza-la, mas o contrário também acontece.

Como escolheu as jóias para a exposição em Luanda?

São peças que têm a ver com a vida, com a cor e com os cheiros de África, que têm características muito particulares. As joias foram feitas com pedras em bruto, que depois são montadas de forma mais sofisticada, fazendo a ligação entre a essência de África e o seu lado mais cosmopolita.

Para si a joalharia também é arte?

Eu tenho uma particularidade: não tenho

imagens de todas as peças que já fiz, precisamente para não ficar condicionada em termos criativos. Para além disso, todas as minhas peças são feitas manualmente, por isso não tenho duas joias iguais. Cada uma tem a sua individualidade própria, uma história própria e uma característica própria.

Como se define como designer?

Funciono muito consoante aquilo que me faz falta e é importante para mim. As minhas peças são sobretudo versáteis e actuais.

Qual é a sua peça preferida?

Uma das minhas preferidas foi das primeiras que fiz... era um anel que eu adorava e que tive um desgosto enorme quando soube que tinha sido vendido. O que não sabia é que tinha sido o meu marido a comprá-lo às escondidas, e que mais tarde mo iria oferecer como anel de noivado.

Se pudesse escolher alguém para quem desenhar uma jóia, quem seria?

Desenhava uns brincos e uma joia de turbante para a Sheikha Mozah [do Qatar].

E se desenhasse uma jóia para Luanda, como seria?

Seria um semi-círculo com uma bonita água-marinha, como a baía de Luanda; atrás teria diamantes brutos brancos e negros, que representariam a parte cosmopolita da cidade.

LOVE STYLE

INTERVIEW

She got her first piece of jewellery, a bracelet, when she was 15 years old. But it wasn’t until she turned 18 that she gave way to her passion for jewels. Her work has crossed continents, exhibiting her precious stones, including Africa, as late last year she had a showing in Luanda called ‘African Thought’.

personality, its own story and its own unique little traits.

How do you see yourself as a designer?

I work mostly in response to what I feel is lacking, what is important for me. That’s why my pieces are, above all, versatile and cutting-edge.

What’s your favourite piece?

One of my favourites was one of the first pieces that I ever made... a ring that I loved and I very was upset when I found out it had been sold. I didn’t know that it had been my future husband who had sneaked in and bought it. He later gave it to me as an engagement ring.

If you could choose someone to design a piece of jewellery for, who would it be?

I would love to design earrings and a turban jewel for the Sheikha Mozah of Qatar.

And if you were to design a jewel specifically for Luanda, what would it be like?

Semi-circular in shape, with a beautiful aquamarine representing the Luanda Bay. It would have rough diamonds behind it, both black and white, representing the cosmopolitan nature of the city.

LOVE ANGOLA

M

LOVE AFRICA

aria João Bahia is the jewellery designer who created the locket given to Pope Benedict XVI. In December last year she exhibited her work in Luanda.

How did that exhibition go?

Very well indeed! It was opened by the Portuguese Ambassador as well as the Portuguese Parliament President, along with Dr Pietro de Sousa, Home Minister of the Angolan Government. And had many visitors during those two weeks.

Did you find Luanda very different?

Very much. The first time I went to Luanda it was post-war time and the city was devastated by the conflict. Now it’s a growing city, very strong and very dynamic! And the Luanda bay and the marginal avenue are just beautiful.

Much of your jewellery is made on commission. What is the strangest

LOVE LIFE

commission you’ve received?

One of the strangest commissions was a saddle pad for a horse. Another unique request was a pair of golden buckles for men’s shoes. The person was eccentric and all of his shoes and belts had golden buckles. Even his key rings were gold!

Do you have a favourite stone?

I like so many of them... diamonds, emeralds... the stones that I choose depend on what I may be feeling on any given day, because each of them has its own colour and its own special feel.

And how do you pick out the stones that you use in your collections?

I usually go to trade fairs and buy the stones that I like. When I pick out pieces, I choose those that are unusual, with complex shapes. I normally design the piece around the stone in order to bring out its unique qualities. But on occasions I can

also work the other way around.

How did you go about choosing the pieces for the Luanda exhibition?

Those pieces relate to life, colour and smells of Africa. They have very particular features. They are made with brute stones that are then set in a more sophisticated manner, linking the essence of Africa with its more cosmopolitan side.

Is jewellery making an art?

Well, I am unusual, in the sense that I don’t keep a portfolio with pictures of all the pieces I’ve created, precisely so that I don’t feel creatively fenced in. Moreover, all of my pieces are made by hand.

No two are alike. Each one has its own

MARCH 2014 DIVO 61

MODA

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

B

Linhas minimais e masculinas, definem uma nova atitude irreverente.

Os pasteis modernizam-se, infundindo de modernidade um look gráfico a preto e branco

Minimal, masculine lines define a new, irreverent attitude. Pastel colours help modernise a graphic, black & white look

F otografia/photography Aloísio Brito (www.aloisiobrito.com) assistido por/ assisted by João M. Gonçalves Styling Nelson Vieira (www.nelsonvieira.net)

Make-Up Tinoca com/with MAC

Modelo/model Amilna Estêvão @Da Banda Models Agradecimentos / acknowledgment Fashion Clinic

B

O

Y

S

C

L

U

B

B

FASHION

Casaco/coat Michael Kors Camisa/ shirt Raoul Calção/ shorts Paul Smith Clutch Stella McCartney

MODA

Vestido, casaco e mala/dress, coat and handbag Stella McCartney Calรงas/trousers Saint Laurent ร culos/ sunglasses Thierry Lasry Sapatos/shoes Prada

64 DIVO FEVEREIRO 2014

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

FASHION

Casaco/coat Miu Miu Camisola/ sweater Raoul Camisa/ shirt Prada

DECEMBER 2013 DIVO 65

MODA

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Calรงas/trousers Prada Camisa/ shirt Paul Smith Mala/ handbag Saint Laurent ร culos/ sunglasses Italia Independent

66 DIVO FEVEREIRO 2014

FASHION

Calรงas/trousers Michael Kors Saia/ skirt Raoul T-shirt Joseph Clutch Stella McCartney

DECEMBER 2013 DIVO 67

MODA

Saia/skirt & t-shirt Miu Miu Camisa/shirt Prada Sapatos/ shoes Saint Laurent

68 DIVO FEVEREIRO 2014

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

FASHION

Calรงas, casaco e casaco de malha/ trousers, jacket and cardigan Prada

DECEMBER 2013 DIVO 69

ACESSÓRIOS

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Dar o nó

HÉLIO FALCÃO

Tying the knot

Segunda parte do ‘Curso Acelerado de Dar Nós’.

Tal como na DIVO No 5, optámos por dois nós – um mais fácil, e outro não tão fácil, digamos que um pouco mais complexo.

70 DIVO MARÇO 2014

NÓ NORMAL KNOT

É o mais utilizado dos nós de gravata, já que é o mais simples de fazer e o que quase todos os homens aprendem em primeiro lugar. Adapta-se a qualquer situação e tecido, variando a sua espessura com o tipo de gravata em que se aplica.

Also known as the ‘four-in-hand’, this is the most common knot and is the first one that most men learn to tie. It is appropriate for any occasion and any fabric and its thickness varies according to the tie.

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

The second installment of our ‘Short Course on Tying Knots’.

As we did in DIVO’s No. 5 issue, we’ve chosen two knots – an easier one and another, not so easy, more complex knot.

LOVE STYLE

NÓ EDIETY KNOT

ACCESSORIES

Ficou conhecido com o filme Matrix, onde é usado pelo personagem Merovigian, interpretada por Lambert Wilson. O resultado é um nó diferente, parecendo quase dois nós sobrepostos e com a parte mais fina em primeiro plano.

This tie was made popular by the character Merovigian in Matrix, as played by Lambert Wilson. The result is an unusual knot, looking rather like two superimposed knots with a narrow blade in front.

MARCH 2014 DIVO 71

GROOMING

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

SOAP OPERA PROVAVELMENTE O MAIS ANTIGO PRODUTO DE BELEZA DO MUNDO. FEITOS ARTESANALMENTE DURANTE CENTENAS DE ANOS, HOJE SÃO MUITOS OS SABONETES QUE SE RENDERAM À INDUSTRIALIZAÇÃO, PERDENDO A SUA COMPONENTE MAIS NATURAL. MAS HÁ AINDA QUEM CONTRARIE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SE MANTENHA FIEL ÀS ORIGENS.

IT’S PROBABLY THE OLDEST BEAUTY PRODUCT IN THE WORLD. HANDMADE FOR MANY CENTURIES, NOWADAYS MOST SOAPS HAVE GONE THE WAY OF MASS PRODUCTION, LOSING THEIR MOST NATURAL COMPONENTS. YET THERE ARE SOME PRODUCERS WHO STILL TURN THEIR BACK ON THE INDUSTRIAL REVOLUTION AND REMAIN FAITHFUL TO THEIR HISTORIC ORIGINS.

MAR GAR IDA BR ITO PAES

GAMILA SECRETT

Savta Gamila

A marca Gamila Secret nasceu numa pequena fábrica na Galileia.

Gamila Secret, the brand, started in a small factory in Galilee.

72 DIVO MARÇO 2014

Savta Gamila é uma mulher de etnia druza, nascida na vila de Peki’in – um dos poucos lugares da Galileia onde todas as religiões e raças vivem em harmonia. Como manda a tradição do seu povo, também Gamila foi banhada com um sabonete de frutas e azeite ao nascer.

Ciente do poder da Natureza, com os seus óleos, ervas e frutos, Savta dedicou toda a sua vida ao aperfeiçoamento da fórmula 100% natural dos sabonetes artesanais daquela região.

Foram precisos 40 anos para atingir a receita secreta que daria origem à marca Gamila Secret.

Para além do longo tempo de aperfeiçoamento da fórmula, estes sabonetes são também únicos por só usarem componentes naturais de origem vegetal, sendo o azeite puro virgem responsável por 80% da fórmula, a que se juntam os restantes 673 componentes activos. O tempo de fervura é muito mais longo que o normal, a fim de libertar todas as propriedades dos ingredientes, e o envelhecimento faz-se lentamente, sem pressas. O passo final consiste numa bênção druza, que certamente também não existirá em mais lugar nenhum do mundo.

Foi este processo demorado e cheio de amor que fez a marca Gamila Secret sair da Galileia, de uma fábrica onde só trabalham mulheres – uma das exigências de Savta, a fim de promover os direitos das mulheres naquela região – para todo o mundo. Existem vários aromas, sendo o mais recente o ‘Precious Pomegranate’ – a DIVO já experimentou e ficou fã – podendo ser todos os produtos usados apenas para limpar rosto e corpo, ou até como máscara ou a er-shave, devido às suas capacidades hidratantes.

Savta Gamila, a Druze woman from the village of Peki’in – one of the few spots in Galilee where all people of all faiths and ethnic origins live together in harmony. As mandated by tradition, Gamila was herself bathed at birth in soaps handmade from fruit and olive oil.

Aware of the immense power of nature with its oils, herbs and fruits, Savta has dedicated her life to perfecting the 100% natural local formula for soap making.

It took her almost 40 years to perfect the secret recipe that would lead to her brand, Gamila Secret.

In addition to the incredibly long gestation of the formula, these soaps are also unique in that they use only natural, vegetable only products, with pure olive oil being responsible for 80% of the formula. Each soap contains any from a range of over 600 active ingredients. The boiling period is much longer than in the making of most soaps, in order to yield up all of the properties of the ingredients. And the aging is deliberately prolonged. The very notion of rushing the process is scorned upon.

The final step is a Druze blessing, which certainly doesn’t grace soaps anywhere else in the world.

This lengthy process, full of love and care, was what led the brand to set off from Galilee to the wider world. The soaps begin their journey from a factory that employs only women, at the behest of Savta, who was determined to advance and promote the rights of women throughout the region.

There are several aromas, the most recent of which is called ‘Precious Pomegranate’. DIVO has tried it and instantly became a fan. Any soap in the range can be used to simply clean the face and body or even as a masque or an a er-shave, due to their highly moisturising properties.

GROOMING

Desde finais do século XIX até inícios do século XXI, um historial que faz da Claus uma das marcas mais in da actualidade.

From late 19th to early 21st centuries, a long history that makes Claus one of today’s ’s most celebrated brands.

CLAUS De volta à Europa, encontramos a escolha de Oprah Winfrey no que toca a sabonetes: os adoráveis Claus Porto. Adoráveis porque as suas embalagens vintage os tornam verdadeiramente únicos. Mas a aparência não é tudo, e não foi só pelos bonitos embrulhos que fizeram fama.

A grande variedade de cheiros e cores, aliados a ingredientes 100% naturais e a um processo de moagem repetitiva, cunhagem individual e embrulhos feitos manualmente, também contam para as estatísticas do seu sucesso.

Desde 1887 que a Claus se destacou em Portugal como a primeira, depois maior e mais conceituada, fábrica de sabonetes e perfumes. Com uma história de altos e baixos, mas sem nunca ter perdido a excelência dos produtos, acaba por ser comprada em 1919 pela Ach. Brito, que mantém a propriedade até hoje.

Em 1994 dão-se os primeiros passos rumo ao mercado dos Estados Unidos e desde então a Claus Porto é conhecida nos quatro cantos do mundo, conquistando primeiro os olhos, com as suas cores, e depois a alma, com o seu aroma e textura.

Uma conquista que prova que o artesanal é sofisticado e tem lugar cativo no mercado de luxo.

Back in Europe, we decided to try Oprah Winfrey’s favourite soap: the gorgeous, Claus, of Porto. Gorgeous because their vintage packaging makes them unique. But appearance isn’t everything and it’s not just the beautiful packaging alone that has brought these soaps worldwide fame. The wide range of perfumes and colours, combined with 100% natural ingredients and a repetitive milling process, individual stamping and handmade packaging, have all contributed to the success of the product.

Since 1887 Claus has made its mark in Portugal, as the first, and later on, as the biggest and most renowned soap and perfume factory in the country. Through highs and lows, the company has never failed to provide products of excellence. In 1919, the soap maker was acquired by Ach. Brito, who still owns it today.

In 1994 the first steps were taken in the direction of the U.S. market and, since then, Claus of Porto has become famous in all four corners of the globe.

Many customers are initially attracted to it with their eyes, due, firstly, to its beautiful colours, and then by its spirit, its aroma and its texture.

This attraction proves how handmade can indeed be sophisticated, in a brand that has also won a special spot in the luxury market.

MARCH 2014 DIVO 73

GROOMING

LOVE LIFE

LOVE STYLE

EMULSION MOISTURIZING E

TOTAL AGE DEFENSE

TOTAL REVITALIZER

HYDRATING LOTION

SHISEIDO MEN DEZ ANOS DE TECNOLOGIA E CUIDADOS MASCULINOS

TEN YEARS OF TECHNOLOGY AND MEN’S CARE CÁTIA DIAS AMAR AL

Naasc scida noo Japão há mais de 140 anos, a Sh S is iseei eido eido d é uma ma das a mai aiss im mpo p rtantes e antigas empresas de coosm s ét étic i os do mu ic mund ndo. O que nd começou como uma pequena farmácia dee est stilo oc ocid iden id enta en t l no cenntrro ta de Tóquio, ganhou fama e reconhecimentto, o sendo hoj o e o ma m ior grupo de cosméticos da Ásia. Há 10 anos, lançava a sua linha masculinaa.

B rn inn Japan mooree than 140 ye Bo y ars ago, Shiseeid idoo is onnee of thhe oldd estt and more important cosmetics ccoomp es m anniees in the wor o ldd. Wh What at beeggaan as a small, west s errnn ssttyle chem e ist in dow wnton onn Tok o yyoo has dee v lo ve lope p d in pe i to t the largest cos o metics group inn As A iaa. Ten ye year ears ago, Shiseido was launching its men’s ’ss line of pro r ductts. s.

Arinobu Fukuhara baptizou a sua empresa, em 1872, com os últimos caracteres de um poema clássico, em japonês: ‘shi’, recursos; ‘sei’, vida; ‘do’, casa.

Ainda hoje estas três sílabas representam os valores da Shiseido a nível global.

Ao longo do tempo, a marca tem vindo a estudar todos os mecanismos que controlam a biologia da pele até um nível infinitesimal, o que lhe permite ser inovadora e pioneira no que respeita à pesquisa e desenvolvimento, dando resposta a todas as preocupações da pele, incluindo a dos homens, e elevando os seus padrões científicos para um patamar de excelência, centrado no bem-estar masculino.

Pioneira nas fórmulas anti-envelhecimento, a marca lançava em 2004 a sua linha de homem, que este ano comemora 10 anos. Dez anos marcados pela atribuição de 36 prémios internacionais pelas suas inovações no campo da regeneração da pele masculina – o reconhecimento de um sucesso que está enraizado no know-how da empresa, desenvolvido no Japão desde 1959.

In 1872, Arinobu Fukuhara used the last three characters of a Japanese poem – ‘shi’, resources; ‘sei’, life; ‘do’, home – to form the name of his company. Today these three syllables still represent Shiseido’s values on a global level.

Throughout the years the Japanese brand has been researching skin biology to the most detailed extent, something that allowed it to become a pioneer in terms of R&D. All skin concerns, including man’s skin, have been dealt with to a level of scientific excellence, all in favour of man’s well-being.

Having also been a pioneer in anti-ageing formulae, the company launched in 2004 its Shiseido Men line. During these last 10 years, Shiseido’s innovations in the field of skin regeneration have awarded the company 36 international prizes, a recognition of their work and a proof of success that is embedded in the company’s know-how, developped in Japan since 1959.

74 DIVO MARÇO 2014

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

GROOMING

LOVE STYLE

O LEGADO SHISEIDO: A PRIMEIRA AFTER-SHAVE LOTION, LANÇADA EM 1959

ACTIVE ENERGIZER CONCENTRATE

BODY CREATOR ABDOMEN TONING GEL

SHISEIDO’S LEGACY: THE FIRST AFTER-SHAVE LOTION, LAUNCHED IN 1959

SKIN EMPOWERING CREAM MOISTURIZING SELF TANNER

EYE SOOTHER

MOISTURIZING RECOVERY CREAM

DEEP CLEANSING SCRUB

MOUSSE NETTOYANTE

A fragrância deste Verão THIS SUMMER’S FRAGRANCE

TOTAL REVITALIZER EYE

ZEN SUN MEN, SHISEIDO: Um splash de frescura marcado por notas aquáticas, amadeiradas e cítricas. / Aquatic, wooden and citric notes, in a splash of freshness. € 64.50 (100 ml)

MARCH 2014 DIVO 75

GROOMING

CLASSICAL FATHER DIOR HOMME COLOGNE, Dior The same original fragrance with wooden notes of cardamom, amber, vetiver, patchouli and leather, but now even freshier thanks to added citric notes of bergamotte, tangerine and orange flower € 95.60 (125 ml)

PAI CLÁSSICO DIOR HOMME COLOGNE, Dior Mantém a personalidade da fragrância original, com notas amadeiradas à base de cardamomo, âmbar, vetiver, patchouli e couro, mas desta vez numa reinterpretação mais fresca, graças à junção de notas cítricas, como bergamota, tangerina e flor de laranjeira. € 95.60 (125 ml)

MINI KIT FOR MEN: Hydratation, Booster de Vitalité, Eisenberg A kit not to miss: hidrates and stimulates the skin’s vitality. Duo Essentiel 50 ml + Gel Après-Rasage Apaisant 15 ml + Baume Essentiel Hydratant 15 ml + Complexe Anti-Age 15ml. € 50 – sold exclusively at Perfumes & Companhia

MINI KIT FOR MEN: Hydratation, Booster de Vitalité, Eisenberg Um kit indispensável, que proporciona hidratação e estimula a vitalidade da pele. Duo Essentiel 50 ml + Gel Après-Rasage Apaisant 15 ml + Baume Essentiel Hydratant 15 ml + Complexe Anti-Age 15ml. € 50 (venda exclusiva na Perfumes & Companhia)

HERO FOR ONE DAY! No Dia do Pai, seja qual for o estilo dele, há sempre uma maneira de o surpreender com o presente certo.

CÁTIA D IAS AMAR AL

On Father’s Day, and what ever his style may be, there is always a way to surprise him with the right gift.

FATHER IN LOVE EAU DE TOILETTE POLO RED, Ralph Lauren – For a seductive man, passionate and powerful, who loves to take risks and lives on the limit.

Price upon request (125 ml)

PAI APAIXONADO EAU DE TOILETTE POLO RED, Ralph Lauren – Para o homem sedutor, apaixonado e poderoso, que adora correr riscos e viver no limite.

Preço sob consulta (125 ml) 76 DIVO MARÇO 2014

C COFFRET FAN DI FENDI POUR HOMME, Fendi – Para o homem poderoso, elegante e confiante, o dandy dos tempos modernos, verdadeiro sedutor de corpo e alma. Eau de Toilette (100 ml) + All Over Shampoo (100 ml). € 80.50

COFFRET FAN DI FENDI POUR HOMME, Fendi – For the dandy of modern times, a tru body and soul seductive. Eau de Toilette (100 ml) + All Over Shampoo (100 ml). € 80.50

GROOMING

O NOVO CAPÍTULO HERMÈS PAI DESPORTIVO

SPORTY FATHER

COFFRET SENSITIVE HYDRADERM, Moller Pour Homme – Para os desportistas natos, que não dispensam um kit completo para ginásio ou viagem.

Inclui um creme Sensitive Hydraderm (75 ml), um desodorizante (75 ml) e um gel de limpeza (75 ml). € 29.90

COFFRET SENSITIVE HYDRADERM, Moller Pour Homme – For natural sportsmen who will not do without a full kit for the gym or for travelling. Includes 1 Sensitive Hydraderm cream (75 ml), 1 deodorant (75 ml) and 1 cleansing gel (75 ml). € 29.90

EAU DE TOILETTE LOEWE POUR HOMME SPORT Loewe – Para o homem que adora o desporto e o contacto com a Natureza. Optimista, simples e natural, que aprecia notas frescas. € 113.70 (150 ml)

EAU DE TOILETTE LOEWE POUR HOMME SPORT, Loewe – For the man who loves sports and to be in contact with Nature. Optimistic, plain and natural, he prefers fresher notes. € 113.70 (150 ml)

COLLECTOR FATHER EAU DE TOILETTE 1 MILLION $, Limited Edition, Paco Rabanne – Sensuous and refreshing, with spicy notes, this is the symbol of power prosperity and luxury. € 77 (100 ml) – sold exclusively at Perfumes & Companhia.

A NEW CHAPTER FOR HERMÈS Em 1837, Thierry Hermès, um artesão ferreiro/seleiro, abria uma oficina em Paris. Aprimeira aventura olfactiva dava-se em 1951, com ‘Eau d'Hermès’, composta por Edmond Roudnitska.

Em 2004, Jean-Claude Ellena juntou-se à Casa para se tornar o perfumista exclusivo e assinar todas as criações. A mais recente, ‘Terre d´Hermès Eau Très Fraîche’, é um aroma amargo a laranja, que se junta à frescura e força calorosa das notas amadeiradas. Um frasco redesenhado, com um perfil extraplano e extremamente masculino.

In 1837, saddler/craftsman Thierry Hermès opened a shop in Paris. The first incursion into the field of perfumes takes place in 1951 with Eau d'Hermès, blended by Edmond Roudnitska.

In 2004, Jean-Claude Ellena joined the Maison and became exclusive perfumer, signing all creations to date. His latest is ‘Terre D´Hermès Eau Fraîche’, a bitter, orangy scent mixed with the warmth of wooden notes. The bottle has been redesigned with an extraflat, extremely masculin profile.

EAU DE PARFUM PRADA LUNA ROSSA EXTREME, Prada – With a packaging inspired on a boat, this is a citric, wooden scent, fresh and bitter due to a mix of lavender and orange. € 66.60 (50 ml)

PAI COLECCIONADOR EAU DE TOILETTE 1 MILLION $, Edição Limitada, Paco Rabanne – Refrescante e sensual, com notas de especiarias, é o símbolo do poder, prosperidade e luxo. € 77 (100 ml) – venda exclusiva na Perfumes & Companhia.

EAU DE PARFUM PRADA LUNA ROSSA EXTREME Prada – Com uma embalagem forte, inspirada num barco, este é um aroma cítrico, amadeirado, fresco e ao mesmo tempo amargo, numa combinação de laranja e lavanda. € 66.60 (50 ml)

TERRE D'HERMÈS EAU TRÈS FRAÎCHE, Hermès. € 95.50 (125 ml) MARCH 2014 DIVO 77

ÓPTICA OLHAR DE PRATA ÓPTICA OLHAR PRATA VEJA PARA ALÉM DODE MUNDO VEJA PARA ALÉM DO MUNDO

Avenida Fontes Pereira de Melo Nº 211050-116 Lisboa Avenida Pereira de Melo Nº| geral@olhardeprata.pt 211050-116 Lisboa Tel: 21 351Fontes 32 30 | www.olhardeprata.pt Tel: 21 351 32 30 | www.olhardeprata.pt | geral@olhardeprata.pt

ACCESSORIES - EYEWEAR - LEATHER GOODS - SADDLERY ACCESSORIES - EYEWEAR - LEATHER GOODS - SADDLERY MAYBACH Icons of Luxury GmbH | Germany | info@maybach-luxury.com | www.maybach-luxury.com „Maybach“ and the „MM“ logo are subject to intellectual property protection|owned by Daimler AG. They are used by MAYBACH Icons of Luxury GmbH under licence. | |

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MAIN SAM LAMBER T, AR T C O M E S F I R ST

CAPA

GROOVE ARMADA Produção/styling Manuel Damião Fotografia/ photography Carlos Ramos Cabelos/hair Helena Vaz Pereira assistida por/assisted by Eric Ribeiro com/with L'Oréal Professionnel Maquilhagem/make up Náná Benjamim com/with Guerlain Modelos/models Ruben Rua & André Chee @ Elite Lisbon | Selma @ Central Models

COVER

MODA CAPA

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Ruben: fato de três peças/three-piece suit Gucci; camisa/ /shirt Miguel Vieira; sapatos/shoes Ermenegildo Zegna André: fato e camisa/suit and shirt ZZegna; sapatos/shoes Tommy Hilfiger Selma: casaco, cinto e gravata/jacket, belt and tie Hackett; calças/trousers Zegna Sport; camisa/shirt Tommy Hilfiger

82 DIVO DEZEMBRO 2013

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

COVER FASHION

Casaco/overcoat Ermenegildo Zegna Calções/shorts American Vintage Sapatos/shoes Cohibas

FEBRUARY 2014 DIVO 83

CAPA

Casaco/jacket Ermenegildo Zegna Polo Zegna Sport Capacete/helmet Harley-Davidson

84 DIVO FEVEREIRO 2014

COVER

Casaco/jacket ZZegna Polo Hackett London Capacete/helmet Harley-Davidson

FEBRUARY 2014 DIVO 85

CAPA

Fato/suit Gant Colar/necklace Valentim Quaresma Sapatos e cinto/shoes and belt Tommy HilямБger

86 DIVO FEVEREIRO 2014

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

FASHION COVER

Casaco e calรงas/jacket and trousers Miguel Vieira Sapatos/shoes Fred Perry ร culos/sunglasses Dior Cinto/belt Lion Of Porches

DECEMBER 2013 DIVO 87

CAPA

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

André: fato/suit Miguel Vieira; t-shirt Fred Perry Selma: calças/trousers Miguel Vieira; cinto e sapatos/belt and shoes Hackett London; colar/necklace Valentim Quaresma Ruben: camisa/shirt Lacoste L!ve

88 DIVO FEVEREIRO 2014

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

FASHION COVER

DECEMBER 2013 DIVO 89

ART COMES FIRST

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

ART COMES FIRST

SAM L AR MBERT

JO A NA T E IXE I R A

É filho de uma Angola de ‘dandies’ de Domingo – o dia do homem se aprumar. Aos 5 anos, vestiu o seu primeiro fato por medida.

De tesoura na mão, Sam Lambert começou a cortar o seu caminho através do universo do design de Moda, até chegar a Londres, onde teceu o projecto Art Comes First.

Primeiro a Arte, depois... tudo o resto.

T C O M E S F I R S T

He is the son of that Angola of Sunday dandies – the day of the week when men used to get all dressed up. At just 5 years of age, he wore his first tailor-made suit. With scissors in hand, he began to cut through the world of fashion design until he reached London, where he weaved the project Art Comes First.

First, Art. Everything else follows.

MARCH 2014 DIVO 91

ART COMES FIRST

LOVE ANGOLA

LOVE AFRICA

LOVE LIFE

LOVE STYLE

Art Comes First é o projecto fundado pelo angolano Sam Lambert e pelo britânico Shaka Maidoh Art Comes First is a project founded by Angolan Sam Lambert and British-born Shaka Maidoh

‘A

Arte é a mãe de todas as coisas”, porque faz parte da natureza humana criar, face às necessidades. E Sam Lambert cria peças de vestuário, porque todos precisam de se vestir, e alguns de se vestir bem.

Com raízes na província angolana de Uíge, Sam começou o seu percurso internacional em Luanda, onde partilhou a infância com a máquina de costura do pai, alfaiate à moda antiga, e cresceu a talhar tecido. Passou por Portugal e Espanha, antes de dar os primeiros cortes no universo da alfaiataria moderna. Apaixonou-se pela estética vintage, e começou a costurar o seu guarda-roupa personalizado, recriando-o à sua medida. Comprou um livro de moldes-padrão e decorou os princípios básicos do design.

Com o sangue de alfaiate talhado nas veias, rumou à Suécia – morada da sua loja ‘Solo y Único’ durante cinco anos. Mas Londres viria a ser a sua última paragem – para já. Sam mudou-se de malas e tecidos para a capital inglesa, onde começou oficialmente a costurar a sua carreira como designer de moda. O seu talento foi adoptado pela The Savile Row Co., situada na rua com o mesmo nome, a ‘royal mile’ da alfaiataria inglesa: “Acrescentei cor e um estilo diferente aos seus tecidos clássicos. A marca estava familiarizada com os tecidos, mas não com o estilo. Primeiro aprendemos as regras, só depois podemos quebrá-las”.

Elegante ao seu gosto ecléctico, Sam nomeia o seu estilo de ‘sArt core’. Tudo começa com a escolha de um chapéu e de um par de sapatos – e o conjunto ganha vida com pequenos pormenores, como um lenço na lapela, uns suspensórios ou uma gravata padronizada. Juntos, constroem a estética de um dandy dos anos 60.

92 DIVO MARÇO 2014

ART COMES FIRST

Primeiro aprendemos as regras, só depois podemos quebrá-las First you have to learn the rules; only then can you break them rt is the mother of all things’ because it’s part of the human nature to create things, in order to meet our deeper needs. And Sam Lambert creates clothing because everyone needs to wear clothes, and some feel the need to dress especially well.

With his roots in the Angolan province of Uíge, Sam’s first steps towards an international career began in Luanda, where he spent much of his childhood with the sewing machine that belonged to his father, an old time tailor.

He grew up cutting cloth. He passed through Portugal and Spain before putting his scissors to work in the world of high-end suit making. Falling in love with the vintage look he then began to sew his own, personalised wardrobe, creating it solely to suit himself. He later bought a book about pattern-cutting and memorised the basic principles of design.

With the blood of a tailor stitched into his soul, he wandered off to Sweden where he opened and ran his own shop, ‘Solo y Único’ for five years. But London would be his next stop – so far. He packed up his bag and moved to the English capital, where he began to officially piece together his career as a fashion designer. His talent was adopted by The Savile Row Co., on the street that shares its name, the ‘royal mile’ of English tailoring: ‘I added color and a slight design twist to their classic fabrics; the fabric was familiar to them, the twist was not. First you have to learn the rules; only then can you break them.’

Elegant within his eclectic style which Sam himself calls ‘sArt core’. Everything starts with the choice of a hat and a pair of shoes – and the outfit begins to take shape with small details such as the handkerchief in the pocket, suspenders or a patterned tie. All together they epitomise the aesthetics of the 1960s’ dandy.

‘A

Colecção/collection The Coal, by ACF

MARCH 2014 DIVO 93

ART COMES FIRST

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A Arte é a mãe de todas as coisas Art is the mother of all things O homem por trás do designer inspira-se na cultura que o envolve, nas pessoas com quem se cruza na rua: “Recebo muito dos outros, e a melhor forma de o devolver é através dos meus designs”. A efemeridade da Moda fascina-o: “Uma pessoa tem o poder de criar uma tendência pessoal que pode ser seguida pelo mundo”.

Sam Lambert é a metade criativa de uma laranja mecânica artística, intitulada Art Comes First. A outra metade é o seu companheiro de ofício, Shaka Maidoh. A admiração dos dois ‘dandies’ contemporâneos pela arte da tradição e pelo ofício da manufactura deu origem, em 2008, a um projecto de moda intemporal. Art Comes First é mais do que uma marca – é uma comunidade artística, uma família de alfaiates de criatividade. O colectivo define-se pelas palavras ‘sartor’ – a tradição da alfaiataria que procuram manter viva; ‘alchemy’ – a alquimia entre as diferentes formas de Arte que combinam; e ‘progression’ – o desejo de continuar a evoluir artisticamente.

A última colecção masculina lançada pela Art Comes First tem na etiqueta o nome ‘Avec Ces Frères’. Sam Lambert e Shaka Maidoh, como criativos “que vivem dentro das suas malas de viagem”, desenharam uma linha sofisticada no seu minimalismo, para vestir o homem moderno, aventureiro e turista. “Criada por viajantes, para viajantes”, a Avec Ces Frères já percorreu o mundo na bagagem dos dois designers, com exposições em Florença, Paris, Nova Iorque e Las Vegas.

Para apresentação no futuro próximo, a Art Comes First está a preparar os projectos ‘Bleed for Tweed’ e ‘Rudeboy to Roots Boy’. Entretanto, antes da Arte, vem o Artista.

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The man behind the designer is inspired by the culture all around him, by the people he passes by in the street.

‘I get a lot from other people, and the best way to give back is through my designs.’ The ephemeral nature of fashion fascinates him. ‘You have to create a personal trend that might be taken up by the world.’

Sam Lambert is the creative half of an artistic clockwork orange called Art Comes First. The other half is his workshop mate, Shaka Maidoh. The mutual admiration of these two contemporary dandies for the tradition of the art and the cra of manufacturing, led them in 2008 to begin a project. Art Comes First is more than a brand – it’s an artistic community, a family of creative tailors. The group defines itself by the words “sartorial” – the tailoring tradition that they intend to keep alive; “alchemy” – the transmutation of different forms of art that come together; and “progression” – the desire to keep on evolving artistically.

The latest men’s collection by Art Comes First carries the name ‘Avec Ces Frères’ on the label. Sam Lambert and Shaka Maidoh, as creatives ‘who live from their suitcases’ designed a line that’s sophisticated, yet minimalist for the modern, adventuresome tourist. ‘Created by travellers, for travellers’, Avec Ces Frères has travelled the world within the bags of these two designers, with exhibitions in Florence, Paris, New York and Las Vegas.

Soon to come, Art Comes First is preparing two new projects – ‘Bleed for Tweed’ and ‘Rude Boy to Roots Boy’.

In the meantime, before Art comes the Artist.

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Sam Lambert & Shaka Maidoh a.k.a. Art Comes First

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NENHUMA OUTRA CIDADE PERSONIFICA MELHOR A RELAÇÃO AMOROSA ENTRE O HEMISFÉRIO SUL E O VELHO CONTINENTE. EM BUENOS AIRES, A ARQUITECTURA EUROPEIA DA MAIORIA DOS EDIFÍCIOS CONTRASTA COM AS TÍPICAS CASAS PORTEÑAS E OS SEUS PÁTIOS INTERIORES.

BUENOS AIRES NO OTHER CITY IN THE WORLD BETTER PORTRAYS THE LOVE AFFAIR BETWEEN THE SOUTHERN HEMISPHERE AND THE OLD WORLD. IN BUENOS AIRES, THE EUROPEAN ARCHITECTURE STANDS IN STARK CONTRAST TO THE TYPICAL PORTEÑA HOUSES AND THEIR INTERIOR PATIOS.

I N ÊS B E R N AR D O G ET T Y I M AG E S

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CLIMA /CLIMATE Buenos Aires tem um clima temperado no Inverno (temperatura média em Julho, 10.9o C) e subtropical húmido no Verão (25.1o C, Janeiro).

Buenos Aires has a temperate climate in Winter (average temperature 10.9o C in July), and humid subtropical in the Summer (25.1o C, January).

ONDE COMER /WHERE TO EAT Para conhecer a gastronomia tradicional argentina, o ideal é experimentar o restaurante Tomo I. Se estiver a planear um jantar romântico, aconselhamos o Morena Beach, no Rio La Plata.

To get to know the traditional argentine cuisine it’s best to try Tomo I. If you are planning a romantic dinner, go to Morena Beach at Rio La Plata.

ONDE FICAR /WHERE TO STAY Pode optar pelo Hotel Hyatt Park, no exclusivo bairro de Recoleta, que fica perto de alguns dos principais museus da cidade. Se preferir o centro, recomendamos o Hotel Park Tower.

You can stay at the Hyatt Park Hotel, in the exclusive Recoleta neighbourhood, nearby some of the main museums.If you prefer the center, opt for the Park Tower Hotel.

O QUE FAZER /WHAT TO DO Uma ida a Buenos Aires não fica completa se não se desfrutar de um show de Tango. Pode visitar o Tango Porteño ou o Piazolla Tango, no coração da cidade. Para completar, pode visitar alguns dos 120 museus da cidade, de onde se destaca o Museu da Cidade, o Museu Histórico Nacional e o Museu Evita.

Those who visit Buenos Aires cannot do without a show of Tango. try the Tango Porteño or the Piazzolla Tango, in the heart of town. And to complete the visit there are some 120 museums in Buenos Aires; our choice goes to the Museo de la Ciudad, the Museo Historico Nacional, and the Museo Evita.

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esenhada a esquadria, Buenos Aires é completamente plana e sem pontos de referência em altura, estendendo-se até ao horizonte por avenidas que parecem não ter fim. Como a Avenida Rivadavia, com 37 km de uma ponta à outra, a mais comprida do mundo. Já a Avenida 9 de Julho é a mais larga do planeta, chegando a ter catorze faixas de trânsito (sete para cada lado) em alguns troços.

Mas Buenos Aires não é só a cidade da geometria e das grandes distâncias. É também a cidade onde, a cada esquina, se respira o odor intenso de flores frescas, enquanto nos cruzamos com dezenas de cães, passeados por um dogwalker, ao estilo nova-iorquino. Com cerca de 13 milhões de habitantes, a capital argentina divide-se em 48 bairros que albergam uma enorme diversidade cultural. Afinal de contas, esta cidade é simultaneamente o berço do tango, dança popular, e da literatura erudita de Jorge Luis Borges. É na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, sede do

governo, que ainda podemos encontrar, todas as quintas-feiras, as mães de Maio, progenitoras dos desaparecidos durante a época do regime militar que governou a Argentina com punho de ferro até 1983. Hoje em dia são elas próprias uma atracção turística, e a Associação das Mães e Avós de Maio aproveita a notoriedade do lenço branco, usado na cabeça, como forma de manter vivas as memórias daqueles que desapareceram sem explicação.

Também a imagem de Eva Perón se imprime contra a silhueta do prédio com o nome da antiga primeira dama, na Avenida 9 de Julho. É aí, junto do obelisco, um dos símbolos da cidade, que vemos o Teatro Colón, a principal casa de ópera do país e uma das melhores do mundo, em termos acústicos.

Subindo a Avenida Corrientes, deparamos com a ‘Broadway argentina’ e começamos a sentir a outra paixão da cidade: livrarias e lojas de roupa. É nos mercados de bairro que Buenos Aires se revela, como San Telmo e os seus antiquários; ou Palermo e as suas lojas de designers locais – este último é, de resto, o bairro mais

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rawn with draftsman’s precision, Buenos Aires is totally flat and without points of reference in height. It stretches towards the horizon along endless avenues. Avenida Rivadavia, for example, is 37 km long and extends from one end to the other, the longest in the world. Avenida 9 de Julio, on the other hand, is the widest on the planet, with as many as 14 lanes of traffic (7 on each side) at some points.

But Buenos Aires is more than just a geometric city of magnificent dimensions. It’s a city where on every corner you can enjoy the scent of fresh flowers, come across dozens of dogs, led by professional dog walkers, just as in New York. With roughly 13 million inhabitants, the Argentine capital is divided into 48 neighbourhoods that house tremendous cultural diversity. After all, this city is at the same time the birthplace of tango, folkdance, and the erudite literature of Jorge Luis Borges.

On the Plaza de Mayo, in front of the Casa Rosada, government headquarters, we can still currently find every Thursday, the Madres de Mayo, the mothers of those who disappeared during the military dictatorship that gover-

ned Argentina with an iron fist until 1983. Today they are a tourist attraction themselves and the Abuelas de Plaza de Mayo and the Asociación de Madres de Plaza de Mayo wear their trademark white scarves on their heads to keep alive the memories of those who disappeared without explanation.

The profile of Eva Perón is also imprinted on the building named after the former first lady on Avenida 9 de Julio. And right there, near the obelisk, one of the city’s trademark monuments, we can find the Teatro Colón, the main opera house of the country with some of the best acoustics in the world.

Going along Avenida Corrientes, we find the Argentine equivalent of Broadway and we begin to perceive yet another passion of the city: bookshops and clothes shops. In the neighbourhood markets it begins to reveal itself, like San Telmo and its antique shops, or Palermo and its boutiques of local designers. This is the trendiest part of the city. Even on the sleepiest of days, there are numerous shops open to offer fashion lovers solutions to suit any pocket. At night, Palermo Viejo is where you want to go, for a drink or even a dance step or two.

[ 1 ] Puente de la Mujer /Woman’s Bridge, por/by Santiago Calatrava [ 2 ] Escultura/sculpture Floralis Generica, Plaza de las Naciones [ 3 ] Obelisco/obelisk, Plaza de la Republica [ 4 ] Casa Rosada [ 5 ] Cabildo (antiga Câmara Municipal/former Town Hall), Plaza de Mayo

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[ 1 ] Palacio del Congreso /National Congress Building [ 2 ] Bairro La Boca/ La Boca neighbourhood [ 3 ] Tango dançado em La Boca/tango as danced in La Boca Neighbourhood [ 1 ] Estádio/stadium Boca Juniors (La Bombonera)

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trendy: mesmo em dias calmos, há inúmeras lojas abertas que oferecem ao amantes de Moda soluções para todas as carteiras. À noite, Palermo Viejo é ainda o sítio para onde se vai, se quisermos beber um copo e dançar um pouco.

Apesar de mais popular e procurado principalmente pelos turistas, o bairro de La Boca, e especialmente a rua del Caminito, com as suas casas coloridas, propõe um itinerário ao qual é difícil fugir, desde que se tenha em atenção que o bairro continua a ser desaconselhado a estranhos. Os turistas ficam assim confinados às três ruas principais, o que poderá revelar-se uma desilusão para quem espera mais do que duas horas de entretenimento.

No famoso cemitério da Recoleta, onde fica o túmulo de Eva Péron, vale a pena deambular pelos caminhos labirínticos e apreciar a intrincada e variada arquitectura dos jazigos, que marcam as várias épocas de Buenos Aires. A seguir, com uma empanada típica a aconchegar o estômago, é tempo de visitar o MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires) e o Museo Nacional de Bellas Artes, onde estão expostos os últimos estudos em mármore para O Beijo de Ro-

din. Antes de prosseguir o passeio pelos bosques de Palermo e pelo Jardim Japonês, talvez seja boa ideia comer uma parrillada – prato típico que consiste numa variedade de carnes, grelhadas na brasa, disponível em qualquer restaurante. Para sobremesa, qualquer coisa que inclua Dulce de Leche. Ou então café simples com um Alfajor, um doce tradicional sul-americano.

Um livro e um copo de vinho Como os argentinos sabem o que é bom, não é raro ver uma livraria que também tem uma garrafeira ou um espaço para refeições. Não perca uma visita ao Grand Ateneu, uma sala de teatro clássica, convertida naquela que já foi considerada uma das mais belas livrarias do mundo. Visite também os lugares por onde circulava Jorge Luis Borges, da Biblioteca Nacional, de que foi director, ao Café Tortoni, onde se reunia em tertúlia, terminando no café La Biela, onde se sentava tardes inteiras com o também genial escritor e grande amigo Adolfo Bioy Casares.

Actualmente, uma estátua de ambos ocupa a sua mesa favorita e todos os dias um empregado lhes serve um café.

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SUPERCLÁSICO River Plate contra Boca Juniors é o grande derby da cidade. A rivalidade entre os dois clubes surgiu por ambos pertencerem a La Boca e quererem ser o representante oficial deste bairro pobre de Buenos Aires. No entanto, na década de 20 do século passado, o River Plate mudou as suas instalações para o bairro abastado de Belgrano (no Norte da cidade), uma traição que os boquenses não perdoaram e que agravou ainda mais a rivalidade. La Bombonera, o estádio do Boca, assim chamado por se assemelhar a uma caixa de chocolates, é visita obrigatória, especialmente em dias de jogo. Encaixado no meio do bairro, nas suas paredes há esculturas que comemoram a história do clube e principalmente da sua maior estrela: Diego Maradona.

River Plate vs Boca Juniors is the classic derby. The rivalry between these two clubs stems from the fact that they were originally from the same barrio, La Boca and they competed to see who would officially represent the neighbourhood.

However, in the 1920s, River Plate moved north to the more prosperous Belgrano, something the boquenses have never forgiven them.

The Boca stadium, La Bombonera, owes its name to its resemblance to a box of chocolates. It’s a sight not to be missed, especially if you’re lucky enough to be there on game day. Fitted into the middle of the barrio, its walls sport sculptures relating the history of the club and its main star: Diego Maradona.

TANGO

Although it is the most popular with tourists, La Boca neighbourhood and the renowned Calle del Caminito with its colourful houses is a spot that’s difficult to resist. However, be warned that the neighbourhood is not highly recommended for strangers and the tourists should limit themselves to the three main streets, which might be slightly disappointing if you’re expecting more than two hours’ entertainment.

It’s worth your while wandering through the famous Recoleta cemetery, with the tomb of Eva Péron, meandering through its labyrinthine paths and appreciating the intricate and varied architecture of the crypts that mark the various periods of the history of Buenos Aires. Then with a typical empanada to comfort your tummy, it’s time to visit the MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires) and the Museu Nacional de Bellas Artes, where you can gaze upon the next to last drafts in marble of The Kiss by Rodin. Before continuing on for a walk through the woods of Palermo and the Japanese Garden, perhaps you should fortify yourself with a parrillada – a typical

dish that consists of a variety of grilled meats, and is available in any restaurant. Don’t forget to ask for some pudding with Dulce de Leche. Or you can settle for a simple cup of coffee with an Alfajor (a traditional South American sweet).

A book and a glass of wine Since the Argentines are perfectly aware of what good life is, it’s not unusual to see a bookshop that also has a wine cellar or a snack bar.

Don’t miss out on the Grand Ateneu, a room in a classical theatre converted into what is considered to be one of the most beautiful bookshops in the world.

You can also visit the old haunts of Jorge Luis Borges, like the Biblioteca Nacional, that he was the director of and the Café Tortoni, where his literary meetings used to take place, finishing up with La Biela, where he would spend long afternoons with his close friend, the equally talented Adolfo Bioy Casares. There is a statue of the two of them at their favourite table as a waiter still serves them their daily coffee.

Surgido nos finais do século XIX, o tango persiste nas ruas de Buenos Aires. Carlos Gardel foi o ícone maior e a sua Casa Museo merece uma visita. Mas é fora dos museus que a dança e a música se sentem melhor. Fuja da rua Florida – aí até o tango é dançado por chineses – e percorra os bairros de Abasto, Palermo e Belgrano, onde encontrará bailes espontâneos e aulas a preços baixos. Exemplo? Barrancas de Belgrano, um parque que recebe aos domingos, pelo fim do dia, todos os que querem dançar o tango. Não se iniba, o segredo está no balanço.

Tango began here in the late 19th century and can still be seen today on the streets of Buenos Aires. Carlos Gardel was its greatest star and his Casa Museo is well worth a visit.

But you must leave the museums if you want to genuinely feel the dance. Forget Calle Florida – where even the Chinese immigrants dance it – and wander through the barrios of Abasto, Palermo and Belgrano, where you will find spontaneous dances and affordable dance classes. For example, Barrancas de Belgrano, a park where on Sunday afternoons everyone who wishes to, dances the Tango. Don’t be shy. The secret is in swing.

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JOAN A TEIXEIR A

DORMIR DENTRO DE UM AVIÃO NÃO É NOVIDADE PARA PASSAGEIROS FREQUENTES, QUE GOSTEM DE VIAJAR NAS NUVENS. MAS FAZÊ-LO EM TERRA, ISSO É, NO MÍNIMO, INVULGAR. 102 DIVO MARÇO 2014

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HOTELS WITH WINGS

SLEEPING INSIDE AN AIRPLANE IS NOTHING NOVEL FOR THE FREQUENT TRAVELLER, THOSE OF US WHO LIKE TRAVELLING IN THE CLOUDS. BUT DOING SO ON THE GROUND IS, TO SAY THE LEAST, UNUSUAL. MARCH 2014 DIVO 103

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HOTÉIS COM ASAS, ONDE NÃO É PRECISO BILHETE NEM PASSAPORTE PARA EMBARCAR. BONS VOOS!

HOTELS WITH WINGS, WHERE YOU NEED NO TICKET NOR PASSPORT TO EMBARK. FLY TIGHT!

em bilhete, sem fila de espera, sem controlo de segurança. Basta uma reserva para subir a bordo destes hotéis, onde cada viagem dura, pelo menos, uma noite. O luxo ganha asas na forma de aviões desactivados e transformados em elegantes espaços de ócio e lazer.

Um Boeing 727, datado de 1965, foi resgatado do aeroporto de San José, na Costa Rica, onde estava perdido no esquecimento. O Hotel Costa Verde decidiu adicionar uma suite inesquecível ao seu inventário, e recuperou este avião, agora

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Da carcaça de um Boeing 727 nasceu uma suite de luxo com capacidade para 6 felizardas pessoas Out of the carcasse of a Boeing 727 a luxury suite was born, sleeping some 6 happy few people

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vintage, aproveitando a sua estrutura exterior para construir uma luxuosa acomodação, mesmo no meio de uma floresta.

O Boeing 727 foi posicionado no topo de um pilar de 15 metros, proporcionando uma vista privilegiada sobre o Oceano, a partir do terraço. O seu interior, além de forrado com painéis de madeira, foi também decorado com mobília artesanal – elegância com um toque exótico. Neste espaço idílico podem dormir até 6 pessoas.

E se o fim de uma viagem pode significar o início de outra, em 2009, um Boeing 747 aterrou no seu último destino:

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o ticket, no waiting line, no security procedures.

All you have to do is make a reservation and climb aboard one of these hotels, where every trip takes at least one night. Luxury takes off on these airplanes that have been taken out of circulation and turned into elegant spaces of relaxation and leisure.

One Boeing 727 is awaiting you in Costa Rica. The Costa Verde Hotel decided to add an unforgettable suite to its inventory, so they rescued a 1965 Boeing 727 from abandonment at the San JosĂŠ Airport. After renovation, this large luxury suite was

parked right smack in the middle of the jungle. The aircraft has been perched atop a 15-metre high column, providing it with an unequalled view over the ocean, from the terrace. Inside, wooden panels are joined by handmade furniture, giving it an exotic and elegant touch. Up to 6 people can sleep in this idyllic location.

And since the end of one journey always implies the beginning of the next, in 2009 a Boeing 747 landed for the last time at Arlanda airport in Stockholm. And thanks to the creativity of swedish businessman Oscar DiĂśs, Sweden became the home

Tarifas por noite/rates per night (USD): 282.50 (1 Sep-14 Nov); 395.50 (1 May-31 Aug, 15 Nov-15 Dec); 565.00 (1 Jan-30 Apr); 847.50 (16-31 Dec). Tel. +506 2777-0584

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Tarifas/rates: USD 70.20 - USD 257.41 (consoante o tipo de quarto /depending on type of room)

Jumbovägen 4 Stockholm Arlanda Sweden Tel. +46 8 593 60400

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DORMIR NA ‘CABEÇA’ DE UM JUMBO, UM PRIVILÉGIO DOS COMANDANTES E SUAS TRIPULAÇÕES

S SLEEPING IN A JUMBO’S ‘HEAD’ — A PRIVILEGE F FIT FOR A CAPTAIN AND HIS CREW

o aeroporto de Arlanda, em Estocolmo. Foi graças à criatividade do empresário Oscarr Diös que a Suécia se tornou o país anfitrião do primeiro Jumbo umbo Hostel do mundo. O modelo, originalmente construído do em 1976, serviu a Singapore Airlines e a Pan Am. Parado do desde 2002, o Jumbo foi reposicionado à entrada do aeroporto, eroporto, remodelado no interior com uma decoração contemporânea temporânea e minimalista, e transformado numa elegante acomodação comodação com 27 quartos, mais uma suite de luxo que convida vida a dormir no espaço do cockpit, com direito a vista panorâmica orâmica sobre o aeroporto – algo de que só o piloto e restante ante tripulação se podiam gabar. O hotel Jumbo Stay oferece ce a experiência única de dormir nas nuvens, sem levantar voo.

of the world’s first Jumbo Hostel. The plane was built in 1976 and previously had flown for Singapore Airlines and Pan Am. Since being grounded in 2002, the Jumbo had been parked at Sinc the entrance to Arlanda. Now it’s been remodelled inside with a con contemporary, minimalist, decor and turned into sophisticated accommodation with 27 rooms plus a luxury suite that allows its guests to sleep in the cockpit and afford a clear and panoramic view of the airport – something that only the pilot panor and cr crew had been privy to before. The Jumbo Stay Hotel offers yo you the unique experience of sleeping in the clouds, without havi having to take off.

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AUDI

SPORTBACK 3.0 TDI QUATTRO TIPTRONIC

COM LINHAS COMO ESTAS, PODER-SE-IA FALAR DO TRIUNFO DO DESIGN SOBRE A MECÂNICA. MAS COM 313 CAVALOS DEBAIXO DO CAPOT, A MECÂNICA TAMBÉM NÃO ESTÁ NADA MAL, OBRIGADO. L U ÍS M ERCA

WITH LINES LIKE THESE, YOU MIGHT BE TEMPTED TO SAY THAT DESIGN HAS WON OUT OVER MECHANICS. BUT WITH 313 HP UNDER THE BONNET, THIS ENGINE, IN FACT, LEAVES NOTHING TO BE DESIRED, THANK YOU VERY MUCH.

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TEST-DRIVE

SPECS engine

power max.speed 0-100 fuel emissions price

diesel, twin-turbocharged, 2967 cc V6 313 hp @ 4500 rpm 250 kph 5.3 seconds 6.3 litres/100 km 166 g CO2/km € 93,461

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Comecemos pelo design e pela arquitectura, muito embora este seja um artigo sobre automóveis e não Belas Artes.

O design, aqui, aplica-se à indústria automóvel, e nesse departamento a Audi está bem servida: as linhas do A7 são fiéis ao ar que um Audi deve ter, e inserem-se na ‘nova moda’ dos coupés de quatro portas. A este propósito, passemos então à arquitectura: e aqui, por arquitectura, entenda-se o tal conceito de coupé (eminentemente desportivo) mas com quatro portas (o que evoca funções mais familiares e de utilização do espaço interior por mais pessoas do

que apenas o condutor). Missão cumprida em ambos os casos: por um lado, as linhas do A7 são fluidas e elegantes, além de imediatamente reconhecíveis como as de um Audi, e o perfil do automóvel – longo, baixo, largo – confere-lhe uma atitude desportiva; por outro lado, o habitáculo é vasto, acolhe perfeitamente quatro adultos, e envolve-os num ambiente agradável e até luxuoso, pela escolha de materiais e pela qualidade de fabrico e acabamento.

Mas voltemos então ao texto de entrada deste artigo: terá o design triunfado sobre a mecânica? Será o Audi A7 um

Let’s start with the design and the architecture, although we’re here to talk about cars and not about the Fine Arts.

Here we’re talking about design as it applies to the automobile industry and in this respect the Audi is well conceived. Audi has taken everything that you’ve come to expect from the brand and placed it within a stylishly updated new ‘abode’, a four-door coupé. So, continuing with the architecture. What we’re looking at here is a (superbly sporty) coupé but with four doors (giving it a more family feel and suggesting that more people than just the driver will enjoy the interior space). Mission accomplished in both cases. On one hand, the A7 lines are not only smooth and elegant but are immediately recognisable as belonging to an Audi. Its silhouette – long, low and wide – gives it a sporty air. On the other hand, its cabin is immense. It can easily hold four adults and surround them with a pleasant, even luxurious space, due to the high quality materials and craftsmanship.

But returning to the debate raised at the beginning of the article: has design won out over mechanics? Is the Audi just another pretty face, a product for style lovers, in detriment to the dynamic power and the pleasure of driving? If we’re talking about the RS7 model with 560 horsepower coursing out from a V8 petrol engine, obviously not. But this is the exception. And what about the other engines, particularly the diesel, which is normally Audi’s core product? That’s where the model that DIVO tested, the 3.0 TDI with 313 horsepower and quattro AWD system comes in.

On the road it behaves like an Audi equipped with quattro technology should: it seems to be travelling on rails, so firm are the grip and traction that the four wheels provide on the road. Or on gravel because we also tried it out on dirt roads. Gentle curves or tight ones, surfaces in good repair or in bad, wet roads or dry, ‘our’ A7 took it all in. It behaved, we’re tempted to say, regally, due to the supreme comfort with which the ‘family’ – that previously mentioned group of four people – enjoyed inside. And safety as well since the AWD always promises a bit more safety, to say the least.

Let’s turn to the engine. And the gearbox. The first is a 3-litre V6, supercharged by two turbos. That’s how it manages to provide a respectable power (for a diesel) of 313 hp. Then there’s the tiptronic 8 speed gearbox that frees up the horses and enables you to apply all that power in the engine onto the road. The performance suffers a little, for the better of course, and simultaneously for the… no, not really. Illegal (but oh so enjoyable) speed with the acceleration of a true sports car, but only a premium sports car – faraway under that long bonnet lives a diesel engine – and driving pleasure that only a truly superior vehicle can provide. On the less positive side, it can use a bit of fuel and we imagine that the CO2 emissions are less than positive for the environment. But, may the environmentalists forgive us, the pleasure of driving this Audi A7 allows us to forget, if only for an instant, these concerns.

So how did the duel between design and mechanics, between form and function ended up? Well, it was a draw.

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produto para amantes de estilo, em detrimento das qualidades dinâmicas e do prazer de condução? Se nos referirmos, por exemplo, à versão RS7 e aos 560 cavalos que saem do seu V8 de 4 litros a gasolina, claramente que não.

Mas esse é um carro de excepção. Então e as outras motorizações, principalmente a diesel, tão importante para a Audi? É aqui que entra este modelo que a DIVO testou, o 3.0 TDI com 313 cavalos e tracção integral.

Na estrada comportou-se como um Audi equipado com tecnologia ‘quattro’ se deve comportar: parece andar sobre carris, tal é a aderência e tracção que as quatro rodas exercem sobre o alcatrão. Ou terra, porque também fizemos uma incursão por uns estradões. Curvas longas ou fechadas, piso em bom ou mau estado, seco ou molhado, tudo isso parece irrelevante pela forma como o ‘nosso’ A7 se comportou. Quase diríamos imperial, dado o conforto de que a ‘família’ – a tal que justifica as quatro portas – gozou lá dentro. E segurança, também, já que a tracção integral proporciona nem que seja um pouco mais dela.

Falemos agora do motor. E da caixa de velocidades. O primeiro é um V6 de 3 litros, sobrealimentado por dois turbos. É assim que consegue a respeitável potência (para um diesel) de 313 cavalos. A segunda, a caixa, é uma tiptronic de 8 velocidades com modo sport, que ‘liberta’ a cavalagem num ápice e permite colocar no chão todo o potencial do motor. As performances ressentem-se disso, para o bem e para o... nem por isso: velocidades proibitivas (mas muito agradáveis de sentir), acelerações de verdadeiro carro desportivo, mas dos bons – muito embora lá à frente, debaixo do longo capot, viva um motor a gasóleo – e um prazer de condução que só está ao alcance de máquinas de primeira.

No lado não tão positivo, o consumo sobe bastante, e apostamos que as emissões de CO2 para a atmosfera também não sejam famosas. Mas, e perdoem-nos os ambientalistas, o prazer de condução que este Audi A7 proporcionou fez esquecer, ainda que por momentos, essas preocupações... Como ficou, então, o tal desafio entre design e mecânica, entre forma e função? Ficou 0-0, empate técnico.

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ESPECIFICAÇÕES motor potência vel.máx.

0-100 consumo emissões preço

diesel, V6 biturbo 2967 cm3 313 cv às 4500 rpm 250 km/h 5.3 segundos 6.3 litros/100 166 g CO2/km € 93 461

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A moto que nos idos de 1972 começou por ser um desafio aos modelos da época, tornou-se numa referência entre as grandes estradistas, de entre as quais se destaca pelo elevado nível de conforto e espaço disponível. Depois de se ter tornado na primeira marca japonesa a construir automóveis em território americano, nos finais da década de 80, e com o aparecimento das 1500, a Honda começa a moldar uma nova Goldwing. Masanori Aoki é o mentor da mudança, apesar de este japonês se ter evidenciado com outros modelos, como as CBR 250/400 RR ou a emblemática CBR 600 F3.

O paradigma das Goldwing começa a mudar. Em vez da moto de gran112 DIVO MARÇO OUTUBRO 2014 2013

des dimensões e potência, que tinha sido iniciada com o protótipo M1 de seis cilindros, nas Goldwing começa a ser atribuída mais importância às reprises, equipamento e protecção aerodinâmica.

Depois de equacionarem um motor de oito cilindros opostos e 2.0 litros de cilindrada, os japoneses optaram pela actual arquitectura: o 1800 cc de seis cilindros opostos. No entanto, em pouco mais de uma década já vimos aparecer o limpa-vidros, o GPS, a canalização de ar quente para os pés, assento e punhos aquecidos, áudio com ligação a satélite, portas USB e compatibilidade com MP3/iPod, cartão de memória SD, monitorização da pressão dos pneus e, pela primeira vez

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HONDA GOLDWING GL 1800 FAU S T O MO N TE I R O G R I LO

O QUE COMEÇOU POR SER UM PROTÓTIPO ORIENTADO PELA POTÊNCIA, RAPIDAMENTE SE TORNOU A REFERÊNCIA DE CONFORTO PARA VIAGENS EM DUAS RODAS. O MODELO FOI DOS PRIMEIROS A TER MARCHA ATRÁS E AIRBAG.

WHAT STARTED AS A PROTOTYPE DESIGNED FOR POWER ENDED UP BEING THE EPITOME OF COMFORT ON TWO WHEELED JOURNEYS. THIS MODEL WAS ONE OF THE FIRST TO OFFER A REVERSE GEAR AND AN AIRBAG.

The bike that in 1972 challenged the models of the day and become a market leader amongst touring bikes, standing out due to the high levels of comfort and the amount of space it offered. After becoming the first Japanese manufacturer to build cars on American soil in the late 1980s, Honda began to shape a new Goldwing, starting with the 1500 model. Masanori Aoki led the change, although this Japanese executive had already made his mark with other models such as the CBR 250/400 RR and the emblematic CBR 600 F3.

The Goldwing paradigm had begun to change. Instead of large size and power, the main features of the M1 6 cylinder prototype, new Goldwing

placed greater emphasis on gear acceleration, features and aerodynamic protection.

After considering a flat 8 2.0 litre engine, the Japanese opted for the current architecture: 1800 cc flat 6 cylinder engine. Meanwhile the past decade has brought us windscreen wipers, a navigation system, feet heaters, seat and grip warmers, satellite radio connection, USB ports and MP3/iPod compatibility, SD memory card, tyre pressure monitoring and, a first for a motorbike, an airbag. It is activated by sensors in the front suspension – and we have already heard reports of its usefulness and efficiency in terms of passive security.

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1972

numa moto, o airbag. Este dispositivo é accionado por sensores colocados na suspensão dianteira e já há relatos que comprovam a sua eficiência e utiloidade em termos de segurança passiva.

1975

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1980

Condução diferente

moto, que concede um bom nível de conforto de rolamento e um bom apoio para o pendura. Sem acelerações ou reprises brilhantes, consegue-se um andamento agradável, ainda que não exista indicação no painel sobre os consumos ou velocidades médias.

A Honda Goldwing GL é muito peculiar em alguns aspectos e um deles tem a ver com a forma como se conduz. Em nossa opinião, é a moto em que mais se mexe no guiador, mas com pouco ou nenhum esforço, mesmo apesar de estarmos sobre mais de 400 kg! Nas manobras, a moto fica sempre direita e o que mexe é o guiador, que concede uma boa manobrabilidade.

De outra forma, se inclinarmos a moto para além do ponto de equilíbrio, é certo que vamos ao chão, ou pelo menos a moto vai. No trânsito ou em estrada, o truque de dar um jeito ao guiador, para o lado onde se pretende virar, funciona em pleno, e cedo percebemos que face a este peso não poderia ser de outra forma. Por exemplo, quando em movimento se pretende curvar para um lado, basta fazer – para o lado que se pretende virar – uma ligeira pressão para frente no guiador, e sentimos de imediato a moto a curvar. A habituação ao longo de uns quilómetros depressa nos fará esquecer as dimensões e peso da Goldwing. Outra característica peculiar desta moto diz respeito à eficiência do travão traseiro, que trava muito para além do que estamos habituados, mesmo nos modelos com o CBS, que repartem a travagem do disco traseiro com um dos dianteiros.

Tal como na aeronáutica, alguns comandos da Goldwing estão duplicados.

Existem no punho, aos quais não se chega sem retirar a mão do guiador, e estão nos painéis laterais, aos quais só se chega com a moto parada. E se lá conseguir chegar com a moto em andamento, nalguns aparece a mensagem a dizer que a função só se encontra disponível com a moto parada.

Como acontece com outros comandos, estes exigem habituação e, sobre esta, constatámos que após uns quilómetros percebemos que algumas das alterações deste modelo tornam a sua utilização mais fácil.

No tocante à condução, a estrada é de facto o terreno de eleição para esta

Ao analisar o preço da Honda Goldwing, é natural que a primeira reacção seja de a achar cara. Mas é cara em relação a quê? No tocante à ciclística e ao motor, em nossa opinião estamos em presença do que de melhor se faz em termos de motos para turismo e viagens longas. Os seis cilindros tornam o motor muito suave e de fazer inveja a alguns automóveis. Os confortáveis bancos estão muito próximos do solo, e além de garantirem um excelente acesso, concedem um bom apoio quando paramos ou manobramos... com recurso à marcha-atrás – uma solução prática e engenhosa, que utiliza o mesmo botão do arranque para accionar a marcha-atrás.

Em relação à travagem, é das mais eficientes que analisámos… e de outra forma não poderia ser, face ao peso em ordem de marcha (421 kg). No modelo actual, a volumetria das malas é boa e estas ganharam mais sete litros face às anteriores, foram melhoradas nos arrumos das laterais e volumetria da top case, na qual agora se colocam dois capacetes integrais e existem uns grampos de fixação.

Em termos de funcionalidades, pode preparar a viagem tranquilamente no seu computador e transferir para o GPS da moto. E, por fim mas não menos importante, a protecção aerodinâmica foi melhorada, apesar de à vista desarmada ser possível afirmar que esta moto é igual à anterior. Mas não é. Há mais do que uma pintura bicolor.

Para quem não pretenda gastar tanto e tenha uma visão mais individual ou minimalista da utilização da moto, a Honda propõe uma versão aligeirada.

Sem a protecção aerodinâmica do vidro alto e sem o espaço da top-case, a F6 Bagger pode ser uma alternativa. E por ¤ 23700 continua a ter a mesma ciclística e o 1800 de seis cilindros opostos.

motor engine cilindrada cubicage potência power peso weight

Seis cilindros opostos/flat-six 1832 cc 118 cv/hp 421 kg

114 DIVO FEVEREIRO 2014

€ 5467 por cilindro

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1985

2001

DESDE O SEU LANÇAMENTO EM 1972, a Honda Goldwing tem vindo a sofrer evoluções e melhoramentos, até chegar ao modelo dos nossos dias. E, a julgar pelo seu estatuto de ícone das duas rodas, é de esperar que ainda venhamos a ter Goldwings por muitos e longos anos.

SINCE 1972 WHEN IT WAS LAUNCHED, the Honda Goldwing has been evolved and improved, until the current model.

And judging by its status as a two-wheeled icon, it is fair to assume we will be having Goldwings for many more years to come.

Another driving experience This Honda Goldwing GL stands out for many reasons and one of them is its handling. In our opinion, it is the bike that requires the largest steering input, but with little if any effort, despite the fact we are riding more than 400 kg!

The bike stays upright in manoeuvres. It’s the handlebars that move and that provides a high degree of manoeuvrability.

On the other hand, if we lean the bike beyond its tipping point, we are certain to meet the ground, or at least the bike will. In traffic or on the road, the trick is to nudge the handlebars to the side that you want to go. It works splendidly and we can soon tell that, given the weight of the bike, it couldn’t be any other way. For example, when you’re moving and you want to turn to one side, all you have to do is apply a slight pressure to the front of the handlebar, and you immediately feel the bike begin to curve. After a few kilometres, you’ll soon get used to the size and the weight of the Goldwing.

Another unusual feature is the efficiency of the rear brake. It’s much more efficient than we are used to, even in other models with CBS that share braking between the rear disc and one of the front discs.

And just as you will find in aeronautics, some of the Goldwing controls are duplicated. They are on the grip, so you can get to them without taking your hands off the handlebars, and they are also on the side panels, which you can only get to when the bike is stopped. Even if you are able to reach them, you will get a message saying that that function is only available when the bike is not in movement. As in the case of other controls, you have to get used to these controls and we can confirm that after just a few kilometres, we could tell that these changes have made the bike much more user-friendly.

As for the handling, the Goldwing is definitely designed for road driving. It is

comfortable and delivers good passenger support. Without either brilliant outright or in-gear acceleration, it nevertheless offers a pleasant ride, although there is no display for fuel efficiency or average speeds.

€ 5467 per cylinder When you look at the price of this bike, your first reaction is to find it expensive. But expensive relative to what? Our opinion is that the Goldwing is the best touring bike out there for long journeys. The 6 cylinders make for a very smooth engine, even making some automobiles envious. On the other hand, the seats are very low, despite being easy to get into. And they do offer good support when you stop or manoeuvre – using the reverse gear – a practical and ingenious solution that uses the starting button to switch on. As for braking, it’s one of the most efficient that we’ve tested... and it couldn’t be otherwise, considering the dry weight of 421 kg. In the current model, the size of the saddlebags is good, 7 litres more than the previous ones and there have been improvements: in the organisation of the side bags and the size of the top case, where you can now fit two full face helmets, as well as the addition of fastening clips.

As for the features, you can prepare for your journey on your computer and transfer the route to the bike’s GPS. And last but not least, aerodynamic protection has been improved, even though, at first glance, it looks exactly like the previous model’s. But it’s not. There is much more than two-toned paint.

For those who don’t want to spend as much and who have a more unique or minimalist view of a bike, Honda also has a lighter version. Without the aerodynamic protection of the high glass and without the spacious top case, the F6 Bagger might be an option. And for € 23,700 it continues to bring you the same pleasurable ride and the 1800 flat-six engine.

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MONSTER STADIUM

JOAN A TEIXEIR A

SEMPRE NA PRIMEIRA LINHA DO DESIGN, ZAHA HADID ESTÁ TAMBÉM NA VANGUARDA DO FUTEBOL. APESAR DO MUNDIAL DE FUTEBOL DO QATAR TER O PONTAPÉ DE SAÍDA MARCADO PARA 2022, UM DOS ESTÁDIOS QUE RECEBERÃO OS GRANDES ENCONTROS JÁ EXISTE PARA ALÉM DAS QUATRO LINHAS DO CAMPO. 116 DIVO MARÇO 2014

NOT ONLY IS SHE ALWAYS AT THE FOREFRONT OF DESIGN, BUT NOW ZAHA HADID IS ALSO IN THE VANGUARD OF FOOTBALL AS WELL. ALTHOUGH THE KICK-OFF TO THE QATARI WORLD CUP ISN’T UNTIL 2022, ONE OF THE VENUES FOR THE BIG EVENT IS ALREADY UNDERWAY OUTSIDE OF THE FOUR LINES OF THE PITCH.

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O jogo de linhas do estádio evoca o movimento das ondas

40 mil adeptos irão assistir aos jogos do Mundial de Futebol neste estádio, num ambiente controlado a 24o C

N o emirado do Qatar, futuro anfitrião do Mundial de Futenol 2022, a cidade de Al Wakrah vai ser casa de um ‘monstruoso’ estádio – o primeiro, num total de seis, a ser oficialmente apresentado pelo Comité Supremo Qatar 2022. De118 DIVO MARÇO 2014

senhado pelo Estúdio de Arquitectos de Zaha Hadid, este estádio reflecte a herança marítima e pesqueira desta cidade, localizada a 15 quilómetros da capital, Doha, e reconhecida historicamente como um porto de comércio vital para o país.

O recinto foi idealizado para, com os seus quase 585 mil m2, abraçar a cultura de Al Wakrah, com um design único, cuja estética captura a essência tradicional da embarcação característica da região Árabe – o ‘dhow’ – um pequeno barco de madeira, com velas triangulares, semelhante às clássicas caravelas portuguesas, e utilizado pelos pescadores de pérolas.

Zaha Hadid inspirou-se nesta herança de águas salgadas para de-

senhar um estádio moderno, futurista e funcional. Uma cúpula oval, com uma cobertura exterior cujo jogo de linhas relembra o movimento das ondas na zona costeira, e um tecto que incorpora tiras de madeira, à semelhança da imagem do casco da embarcação Árabe.

Com capacidade para receber 40 mil adeptos, o espaço estará também equipado tecnologicamente para atenuar as altas temperaturas características da região. Através de uma combinação entre sombreamento, aerodinâmica e refrigeração mecânica, será possível arrefecer as bancadas até aos 24 graus e o campo até aos 26 graus, recorrendo, curiosamente, à energia de painéis solares.

Na proposta de design, está também incluído um plano de desenvolvimento pós-Mundial de Futebol, onde parte do estádio será reaproveitada para construir um espaço comunitário, com uma escola, uma mesquita, um hotel e um centro comercial – destinados a servir a população de Al Wakrah.

Visivelmente colossal e ambicioso, este é mais um projecto avant-garde de Zaha Hadid, com projecção mundial, e que consegue, apesar da sua dimensão, estar desenhado para se envolver com a cidade e a sua paisagem.

Este ‘monstro do futebol’ sairá do papel ainda este ano, para estar pronto para o primeiro Mundial de Futebol disputado no Médio Oriente. Até 2022, Qatar.

QATAR 2022

The stadium’s lines evoke the movement of the waves

40,000 supporters will fill this stadium to watch the matches in a 24o C controlled environment

I

n the emirate of Qatar, future hosts of the FIFA World Cup 2022, the city of Al Wakrah will receive a gigantic football stadium – the first in a series of six to be officially inaugurated by the Qatari Supreme Committee in 2022.

Designed by London-based Zaha Hadid Architects, the stadium reflects the maritime and fishing heritage of a city, which has historically served as a major port for the country at its strategic location, some 15 km from the capital, Doha.

With its almost 585,000 sq mt, the stadium was designed to encompass the entire cultural sensibility of Al Wakrah, with a unique design based on a typical fishing boat of the Arabian region called a ‘dhow’. This small, wooden craft with triangular sails, is not so very different from the classical Portuguese caravels, only the ‘dhow’ is primarily used for pearl fishing.

Iraqui-British architect Zaha Hadid was inspired by this salt-

-water tradition to design a modern, futuristic and yet completely functional stadium. With its oval dome and an opening to the outside, it evokes the movement of the waves on the sand and a rooftop that incorporates wooden planks, reminiscent of the hull of that same Arab boat.

Holding 40,000 spectators, the space will be equipped with all the necessary technology to withstand the high temperatures characteristic of the region.

Combining shade, aerodynamic design and mechanical refrigeration, it will be possible to cool the bleachers to 24 degrees Celsius and the pitch to 26 degrees, using, curiously enough, solar energy panels.

The proposal of the design also

includes post-World Cup development plans, where part of the stadium will be repurposed to build a community centre with a school, a mosque, a hotel and a shopping centre – intended to serve the population of Al Wakrah.

This colossal and visibly audacious design is just one more example of the avant-garde work of the world renowned Zaha Hadid. It’s a scheme that, despite its huge size, is intended to interact with the city and its landscape.

This football monster will step off the paper this year, as works will start in order to be ready for the first World Cup to be played in the Middle East – well in time for Qatar 2022.

AGENDA

SU P E R B O WL 2 01 4

agenda

Anselmo Ralph @ Coliseu O cantor angolano volta a Portugal, para um concerto no Coliseu de Lisboa. Esta é uma estreia de Anselmo Ralph, que já passou por quase todas as grandes salas de espectáculo portuguesas, e vai acontecer no dia 15 de Março, pelas 21h30. O preço dos bilhetes varia entre os 30 e os € 40. Coliseu de Lisboa, Rua das Portas de Santo Antão, Lisboa

Angolan singer Anselmo Ralph will be returning to Lisbon for a single show at the Coliseu. Having staged on almost all major theatres in Portugal, performing at the Coliseu will be a first for Anselmo Ralph. March 15th at 9:30 p.m., ticket prices ranging from 30 to 40 euros. Coliseu de Lisboa, Rua das Portas de Santo Antão, Lisbon

Joana Vasconcelos @ Manchester Abriu a 15 de Fevereiro em Manchester, no Reino Unido, e ficará patente até 1 de Junho, a exposição ‘Time Machine’ da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos. A exposição conta com mais de 20 peças e junta, pela primeira vez, três veículos de grande dimensão: ‘Lilicóptero’, ‘War Games’ e um triciclo motorizado. Manchester Art Gallery, Mosley St, Manchester

122 DIVO MARÇO 2014

Open since 15th February and to be held until 1st June in Manchester, U.K., the exhibition ‘Time Machine’ by Portuguese artist Joana Vasconcelos will include for the first time three large-size vehicles: ‘Lilicóptero’, ‘War Games’ and an engined tricycle. Manchester Art Gallery, Mosley St, Manchester

agenda

World Press Photo 2014 Awards Days Amesterdão foi a cidade escolhida para receber os World Press Photo Awards Days. A acontecer entre 24 e 25 de Abril, aqui poderá ver as fotografias a concurso e participar na cerimónia de entrega dos prémios aos melhores trabalhos de Fotojornalismo deste ano. Het Compagnietheater, Kloveniersburgwal 50, Amsterdam

Amsterdam has been chosen to host the 2014 World Press Photo Awards Days. On 24th and 25th April, this is the place to be and appreciate the photos in contest and watch the prize-giving ceremony for this year’s winners in Photojournalism.

Het Compagnietheater, Kloveniersburgwal 50, Amsterdam

njinga @ RIO O filme Njinga - Rainha de Angola atravessa o Atlântico para um screening no Rio de Janeiro. Depois da estreia no final do ano passado em Angola, o filme da Semba Comunicação chega ao Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, a 11 de Março.

Njinga - Queen of Angola, the movie, will have an overseas screening in Brazil. After its premiere in Angola last year, Semba Comunicação’s production will be shown at the Centro Cultural Banco do Brasil in Rio de Janeiro, on March 11th.

Ana Carolina @ Luanda É no dia 29 de Março que Ana Carolina sobe ao palco do Centro de Conferências de Belas, em Luanda. A comemorar 15 anos de carreira, a cantora brasileira vai apresentar o seu álbum #AC. Com início às 21h30, a primeira parte do concerto vai ser assegurada por Kueno Aionda. Parte das receitas de bilheteira reverte a favor do projecto ‘Desembrulhar um Sorriso’. Centro de Conferências de Belas, Luanda

On 29th March, Brazilian singer Ana Carolina will enter the stage of the Centro de Conferências de Belas, in Luanda. Celebrating her 15th career anniversary, Ana Carolina will be performing songs from her #15 album. The show starts at 9:30 p.m. with the first part featuring Kueno Aionda. Part of the box-office proceeds will be donated to the ‘Unwrap a Smile’ project. Centro de Conferências de Belas, Luanda

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NEW YORK FASHION WEEK É a primeira na rota das semanas mais importantes do calendário da Moda; se fosse um carro seria um Mercedes-Benz (patrocinadora oficial, já agora); se fosse um cantor, seria Frank Sinatra; se fosse uma série, seria claramente Sex and the City. Falamos, claro, da Semana de Moda de Nova Iorque! Teve lugar de 6 a 13 de Fevereiro, e a DIVO revela as melhores imagens do evento.

The first of the major weeks in the Fashion calendar; if it were a car it would be a Mercedes-Benz (which incidentally sponsors it); a singer, Frank Sinatra; a TV series, quite clearly Sex and the City; we are of course talking about the New York Fashion Week. It took place from 6th to 13th February and DIVO shows its best images.

David Beckham

Paris & Nicky Hilton

Diane von Furstenberg

Lela Rose

Tommy Hilfiger A/W 14/15

124 DIVO MARÇO 2014

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Luís Onofre

Cláudia Semedo

LUÍS ONOFRE FLAGSHIP STORE, LISBON

Nuno Gama

Fiona DJ Mary B

Ruben Rua

Luís Onofre abriu as portas da sua primeira flagship store a 7 de Fevereiro, localizada na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Para assinalar a data, o designer português ofereceu aos seus convidados um cocktail, onde desfilaram algumas celebridades portuguesas com alguns dos modelos do criador.

Portuguese designer Luís Onofre has opened his first flagship store in Lisbon’s Avenida da Liberdade. On February 7th a cocktail was held, where guests were wearing some of the designer’s models.

Ana Sofia

SUPER BOWL 2014 Foi a 2 de Fevereiro que os norte-americanos se juntaram no MetLife Stadium, em East Rutherford, New Jersey, para mais uma edição do Super Bowl – um dos eventos mais aguardados do ano nos Estados Unidos. Bruno Mars foi o artista escolhido este ano para actuar no Pepsi Super Bowl XLVIII Halftime Show, onde brindou com os seus grandes êxitos, num ambiente de luz e cor. Os Red Hot Chilli Peppers foram convidados pelo cantor para cantar o hit Give It Away.

Red Hot Chilli Peppers

Bruno Mars Queen Latifah

On February 2nd, Americans flocked to fill the MteLife Stadium in East Rutherford, New Jersey, for this year’s Super Bowl – one of the most awaited events in the USA. Singer Bruno Mars was invited this year to perform during the Pepsi Super Bowl XLVIII Halftime Show, in an ambience full of colour and light. Bruno Mars has himself invited Californian band Red Hot Chilly Peppers to perform their hit song Give It Away.

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BURBERRY PRORSUM

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Harry Styles

Foi com Paloma Faith a pautar o ritmo que as modelos de Burberry Prorsum desfilaram.

A colecção Outono-Inverno 2014-15 foi apresentada em Londres no dia 17 de Fevereiro e juntou muitas caras conhecidas.

Paloma Faith marked the beat for Burberry Prorsum models to show the brand’s Autumn-Winter 2014-15 collection. The event took place in London on 17th February and many celebrities attended it.

Poppy Delevingne Paloma Faith

Tinie Tempah Laura Mvula Anna Wintour

LONDON FASHION WEEK De 14 a 18 de Fevereiro passaram por Londres algumas das tendências que irão marcar o próximo Inverno. Entre designers emergentes e veteranos, foram muitos os desfiles a acontecer. Um verdadeiro mar de trendsetters, modelos, designers, jornalistas e fotógrafos, que revemos nestas imagens.

Between 14th and 18th February, London has seen many of next Winter’s trends. Amongst designers old and new, many collections were presented, in a sea of trendsetters, models, journalists and photographers.

Paloma Faith

Vivienne Westwood

Cara Delevingne

126 DIVO MARÇO 2014

Philip Green & Kate Moss

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Chiwetel Ejiofor

Naomie Harris

Helen Mirren Amy Adams

Oprah Winfrey & David Oyelowo

Angelina Jolie & Brad Pitt

Barkhad Abdi & Emma Thompson Tinie Tempah, Steven Price & Laura Mvula HRH Prince William & Amanda Berry

BAFTA 2014 A Royal Opera House abriu portas a 16 de Fevereiro para receber a edição de 2014 dos BAFTA. O actor Chiwetel Ejifor foi o vencedor do prémio de Melhor Actor, pela sua prestaçãoo no filme 12 Anos Escravo, considerado o Melhor Filme. Cate Blanchett voltou a vencer como Melhor Actriz .

O filme Gravity foi o grande vencedor da noite, arrecadando seis prémios em onze nomeações.

Steve McQueen

Lupita Nyong’o

The doors of the Royal Opera House were opened on 16th February to host the 2014 edition of the BAFTA. Actor Chiwetel Ejifor won the prize for Best Actor for his role in 12 Years a Slave, which also won the Best Film award. Cate Blanchett was considered Best Actress, while Gravity was the winner of the night with six awards out of 11 nominations.

Cate Blanchett

Rebecca Wang

OCTOBER MARCH 2014 2013 DIVO 127

GUIA DE COMPRAS

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3.1 Phillip Lim

Billabong

Chopard

Eleven Paris

Hackett London

www.31philliplim.com

www.billabong.com

www.chopard.com

www.elevenparis.com

www.hackett.com

Adidas

Billionaire Boys Club /Ice Cream

Ciclón

El Ganso

Hancock

www.ciclon.es

www.elganso.com

www.hancockfabrics.com

Clae

Elionai Campos

Harley-Davidson

www.clae.com

campos-elionai.tumblr.com

www.harleydavidson.com

Clarks

Elizabeth Arden

H&M

www.clarks.co.uk

www.elizabetharden.com

www.hm.com

Clinique

Ermenegildo Zegna

Henry Cotton’s

www.clinique.com

www.zegna.com

www.henrycottons.it

Cohibas

Espaço B

Hermès

www.cohibas.pt

www.espaco-b.com

www.hermes.com

www.adidas.com

www.bbcicecream.com

Adidas Originals www.adidas.com/originals/com/

Björkvin www.bjorkvin.com

Alentus www.alentus-joias-por-medida.pt

Biotherm www.biotherm.com

Alexandra Moura R. D. Pedro V 77, 1250-093 Lisboa

Bobbi Brown www.bobbibrowncosmetics.com

Alfred Dunhill

Boucheron

www.dunhill.com

www.bouheron.com

Alves/Gonçalves

Burberry

www.alvesgoncalves.com

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Amélie au Theatre www.ameliaantunes.eu

Bowtie

American Vintage

R. das Chagas 17-C, 1200 Lisboa +351 213 477 213

www.am-vintage.com

Anne Karin Karlsson

Bvlgari

Comme des Garçons

Estelita Mendonça

Hoss

www.comme-des-garcons.com

estelitamendonca.tumblr.com

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Converse

Fendi

H. Stern

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Daniela Barros

Fine & Candy

House Of Montague

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Farfetch

Hublot

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André Ópticas

Hugo Boss

www.andreopticas.com

www.hugoboss.com

Angel Schlesser

Intimissimi

www.angelschlesser.com

www.intimissimi.com

Antonio Marras

Italia Independent

www.antoniomarras.it

www.italiaindependent.com

DIOR

Aquazzura

Jo Malone

www.aquazzura.com

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Area

Joana Marrecas

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Calzedonia

Aristocrazy

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Caramelo

Armand Basi

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Carhartt

Balenciaga

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Carita Paris

Barbour

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Benedetta Bruzziches www.benedettabruzziches.com

Carolina Herrera www.carolinaherrera.com

Cartier

Benefit

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Caudalíe

Benetton

www.caudalie.com

www.benetton.com

Cazal www.cazal-eyewear.com

Chanel www.chanel.com

Chaumet www.chaumet.com

Cheap Monday www.cheapmonday.com AREA

Christophe Sauvat www.christophesauvat.com

Christopher Shannon www.christophershannon.co.uk 128 DIVO MARÇO 2014

Davidoff www.davidoff.com

Decenio www.decenio.pt

Dice Kayek www.dicekayek.com

Diesel www.diesel.com

Dino Alves www.dinoalves.eu

Diogo Miranda www.diogomiranda.net

Dior www.dior.com

DKNY www.dkny.com

Dkode www.dkode.com

Dolce & Gabbana www.dolceandgabbana.com

Drkshdw by Rick Owens www.rickowens.eu

Dita www.dita.com

El Corte Inglés www.elcorteingles.pt

www.joanamarrecas.com

Fashion Clinic www.fashionclinic.pt

Fly London www.flylondon.com

Franklin & Marshall www.franklinandmarshall.com

Frederic Malle www.fredericmalle.com

Fred Perry www.fredperry.com

Furla www.furla.com

Gant www.gant.se

Geox www.geox.com

Giorgio Armani www.armani.com

Givenchy www.givenchy.com

Goldmud www.goldmud.com

Graham www.graham1695.com

Gucci www.gucci.com

João Melo Costa www.joaomelocosta.com

Joseph www.joseph-fashion.com

Kare www.kare-design.com

Karl Lagerfield www.karl.com

Katerina Psoma www.katerinapsoma.com

Kris Van Assche www.krisvanassche.com

Lacoste www.lacoste.com

Lacoste L!ve www.lacoste.com/live/prt/home

La Martina www.lamartina.com

La Mer www.cremedelamer.com

La Princesa y La Lechuga www.laprincesaylalechuga.com

Lancôme www.lancome.com

SHOPPING GUIDE

Lavand

Oficina Mustra

Shiseido

www.lavand.es

Rua Rodrigues Sampaio 81, Lisboa

www.shiseido.com

Lebowtie Barcelona

Oito em Ponto

Shourouk

www.lebowtie.com

www.oitoemponto.com

www.shourouk.com

Lemon Jelly

Omega

Stella McCartney

www.lemonjellyshoes.com

www.omegawatches.com

www.stellamccartney.com

Levi’s

Osklen

Stivali

www.levis.com

www.osklen.com

www.stivali.pt

Lidjia Kolovrat

Paco Rabanne

Superdry

R. D. Pedro V 79 1250-093 Lisboa

www.pacorabanne.com

www.superdry.com

Lightning Bolt

Patrizia Pepe

Swarovski

www.patriziapepe.com

www.swarovski.com

Paul Smith

Thierry Lasry

www.paulsmith.co.uk

www.thierrylasry.com

Pedro Garcia

Thom Browne

www.pedrogarcia.com

www.thombrowne.com

www.lightningbolt-usa.com

Lion of Porches www.lionofporches.pt

Loewe www.loewe.com

Pelcor

Longchamp

www.pelcor.pt

www.longchamp.com

Pepe Jeans

Louis Vuitton

www.pepejeans.com

www.louisvuitton.com

Perfumes & Companhia

Loja das Meias

www.perfumesecompanhia.pt

www.lojadasmeias.pt

Pierre Balmain

Luís Onofre

www.pierrebalmain.com

www.luisonofre.com

Pinko

M.A.C

HACKETT LONDON

www.maccosmeticscom

www.pinko.it

Pr21 Concept Store

Machado Joalheiro

Mean by Ricardo Preto

Monblanc

www.machadojoalheiro.com

www.mean.pt

www.montblanc.com

Pç Príncipe Real 21, Lisboa +351 213 469 421

by Malene Birger

Men-U

Moschino

Prada

www.bymalenebirger.com

www.men-u.com

www.moschino.com

www.prada.com

Malìparmi

Michael Kors

Mr. Porter

Purificación Garcia

Tom Ford

www.maliparmi.it

www.michaelkors.com

www.mrporter.com

www.purificaciongarcia.com

www.tomford.com

Make Up Factory

Miguel Vieira

MSGM

Ray-ban

Tommy Hilfiger

www.makeupfactory.de

www.miguelvieira.pt

www.msgm.it

www.ray-ban.com

www.tommy.com

Mango

Mykita

Nasir Mazhar

Raoul

Torres Joalheiros

www.mango.com

www.mykita.com

www.nasirmazhar.com

www.raoul.com

www.torres.pt

Manoush

Mimi

Net-a-Porter

Repetto

Tous

www.manoush.com

www.mimimilano.com

www.net-a-porter.com

www.repetto.com

www.tous.com

Maria Gonzaga

Miu Miu

Nike

Rimowa

Urban Decay

Estr. Prazeres, 57, Lisboa +351 213 950 163

www.miumiu.com

www.nike.com

www.rimowa.com

www.urbandecay.com

LACOSTE

IWC

Nina Ricci

Roberto Cavalli

Valentim Quaresma

www.ninaricci.com

www.robertocavalli.com

www.valentimquaresma.com

Nixon

Rosa & Teixeira

Valentino

www.nixon.com

www.rosaeteixeira.pt

www.valentino.com

Nobrand

Sandro

Wrong Weather

www.nobrand.pt

www.sandro-paris.com

www.wrongweather.net

Nol Joalheiros

Sampar

Vans

www.noljewels.com

www.sampar.com

www.vans.com

Nude

Samsonite

Y-3 Yohji Yamamoto

www.nude.com.pt

www.samsonite.com

store.y-3.com

Nuno Baltazar

Sisley

Yves Saint Laurent

www.nunobaltazar.com

www.sisley.com

www.ysl.com

Nuno Gama

Sephora

Zara

Rua da Escola Politécnica, 46, Lisboa

www.sephora.com

www.zara.com

MARCH 2014 DIVO 129

GM2 €730 O modelo GM2 é um clássico da marca de óculos DITA – Anselmo Ralph, Jay-Z, Kanye West e Sarissari, são algumas das muitas estrelas que a adoram.

Em colaboração com a André Ópticas, a DITA lançou uma edição limitada (apenas 17 exemplares!), em tartaruga e com um banho de ouro.

GM2 is a classical model in the DITA line – stars like Anselmo Ralph, Jay-Z, Kanye West and Sarissari love this sunglasses brand.

In a partnership with André Ópticas, DITA have now launched a limited edition (17 units only!) of gold-plated, tortoise sunglasses.

Ă lA KARTE

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Estrada da Samba - Centro Cultural Paz FlĂ´r - Luanda - Angola Reservas: 943 028 273 | 943 028 274 alakarte@champagnelounge.net - www champagnelounge.net

* A elegância Ê uma atitude.

Elegance is an attitude* Simon Baker

Tel.: 217 152 644

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