Divo Magazine #2

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Love–Angola Love–Africa

maio

may 2013

Love–Style Love–LIFE

Lesliana Pereira De rainha da a Rainha From beauty to Queen

Emeli Sandé nasceu uma a star is

MAIO MAY

beleza Njinga queen Njinga

estrela born

Jamie Foxx

DJANGO, o anjo vingador DJANGO, the avenging angel

Design bilingual

Memphis meets Africa

maio / may 2013

Portuguese English

Test Drive

9 772307 486009

AO 600 AKZ PT 4 Euros worldwide 7 usd

By Fredy Costa Audi Q7

Style

Pag 72 Solange, A outra irmã / The other sister Pag 74 Record of my life. Nástio Mosquito, Pink Floyd, The Dark Side of the Moon

Whos it Pag 6 Nádia da Silva, Com sangue de actriz/Acting in the blood Trends Pag 10 Da Escócia para o mundo /From the Scotland to the world Pag 11 Carlos Santos Pag 13 Ferrari x Hublot Pag 14 Nike Flyknit Fashion Pag 20 Fashion Week Review : New York, London, Milan, Paris

Central Files Pag 84 Fashion Studio Africa: Made in Africa Pag 88 Capa/Cover Lesliana Pereira de rainha da beleza a Rainha Njinga/From beauty queen to Queen Njinga Pag 94 Cinema Jamie Fox , Django, o anjo vingador/ The avenging angel Fashion

Leisure

Pag 64 Distorced Beauty by António Bernardo Pag 76 Chic-Ala by Hugo Salvaterra Pag 104 Nothing in my way by Herberto Smith Pag 112 Start being wrong by Nian Canard

Pag 26 Travel : Dubai Pag 30 Drink : Dois Douros/ Two Douros Pag 31 Club : Cantinho do Sossego Pag 32 Test Drive by Fred Costa : Audi Q7

Agenda

Tec Pag 36 : Videogames Pag 38 : Gadgets Pag 40 A internet das coisas/ The Internet Things

Pag 120 Agenda Lusotronics International Music Summit Team de Sonho em Portugal Festival de Cannes Fondation Cartier

Beauty Pag 42 Dior Homme Dries van Noten by Frederic Malle Shopping Pag 46 Looks like : Hermès Pag 47 Looks like : Dsquare2

Pag 124 Social Lab I Love Kuduro Portugal Fashion Moda Lisboa

Cultura/Culture Livro/ book Pag 48 Vítor Burity da Silva, O fluxo imparável da vida / The unstoppable flow of life Arte/Art Pag 50 Francisco Vidal, Diálogo e Negociação/ Dialogue and Negotiation Urban Pag 54 Studio Matteo Ferroni Design Pag 56 Movimento Neo-Memphis Africano

nº2

Shop Pag 60 As melhores lojas de sneakers / the best sneakers’ shops Música/ Music Pag 68 Emeli Sandé, Nasceu uma estrela / A star is born Pag 70 Jack Nkanga, De frente e diferente / Face to face åcand diferent

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PROJECTO MENTAL Rua Marien Ngouabi, Edificio E2 Alvalade Luanda ANGOLA Tel: +244 923 649 078 +244 916 607 091 www.projectomental.com

Direcção de Conteúdos

Francisco Vaz Fernandes Direcção de Arte

Ivity

Editora de Cultura

Joana Teixeira Editora de Moda e Beleza

Margarida Brito Paes Tradução

Bettina Myers Textos

Ana Gaio Carla Carbone Catarina Homem Marques Diana de Nobrega Francisco Vaz Fernandes Paula Melâneo Paulo Figueiredo Paulo Fernandes Joana Teixeira Josine Crispim Luanda Night Life Margarida Brito Paes Marta Sousa Ferreira Romeo Bastos Rui Miguel Abreu Ilustração

Júlio Dolbeth Pedro Lourenço Fotografia

António Bernardo CoyPhotographer Francisco de Almeida Gilad Sasporta Herberto Smith Hugo Salvaterra Luís de Barros Maciek Plich Nian Canard Riccardo Pugliese Styling

Damara Ingês Helga Carvalho Joana Wilson João Caldas Tiago Pereira Margarida Brito Paes Propriedade

SEMBA COMUNICAÇÃO, LDA Periodicidade

Mensal Edição

nº2 Maio de 2013

Tiragem

20.000 exemplares www.divomag.com

A revista DIVO continua a celebrar o melhor que Angola tem para oferecer.

Lesliana Pereira é o rosto desta edição. A jovem, que todos conhecemos como rainha da beleza angolana, surpreende-nos agora como actriz, na pele de Rainha Njinga Mbandi. Ansiosa por vê-la representar, a DIVO levanta um pouco o véu desta nova série da Semba Comunicação.

Nesta segunda edição, abrimos também as páginas a conteúdos internacionais.

Fazemos uma viagem escrita pelas tendências que desfilaram em Nova Iorque, Paris, Londres e Milão; visitamos a exposição de design “Memphis meets Africa,” na Cidade do Cabo; passamos pelo paraíso oriental que é o Dubai e fazemos uma paragem em Hollywood, com Jamie Foxx, o actor que causou polémica.

Na DIVO, queremos continuar a envolver o público nas nossas páginas de moda e lifestyle. E porque o nosso objectivo é sermos fiéis aos leitores, prometemos continuar a moldar a revista ao seu bom gosto.

nº2 MAIO MAY

DIVO continues to celebrate the best Angola has to offer.

Lesliana Pereira is the cover of this edition. The young woman we all know as an Angolan beauty queen is surprising us now as an actress in the role of Queen Njinga Mbandi. Eager to see her act, DIVO is unveiling a little of this new series from Semba Comunicação. We’ve also opened the magazine to international stories in this second edition. We make a written journey through the trends of fashion shows in New York, Paris, London and Milan; we visit the “Memphis meets Africa” design exhibition in Cape Town; we pass through the Eastern paradise of Dubai; and we stop off in Hollywood with Jamie Foxx, the actor who caused such controversy.

At DIVO, we want to continue involving the public in our fashion and lifestyle pages and, intent as we are on staying true to our readers, we promise to continue moulding the magazine to their good taste.

L o v e – A n g o l a

Francisco Vaz Fernandes

L o v e – Af r i c a

ISSN 2307-4868

L o v e – S t y l e L o v e – D i v o 4

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who's it

Nádia da Silva

Com sangue de actriz

Acting in the blood

Moda

Texto / Text by Marta Sousa Ferreira Fotografia / Photography by coyphotographer

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Moda

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Gercinalda da Silva, ou Nádia, nome pelo qual é carinhosamente tratada por amigos e familiares, nasceu em Cabinda, província angolana, e aos 21 anos teve a oportunidade única de representar a bandeira do seu país num dos concursos mais reconhecidos em todo o mundo: Miss Universo 2009.

Gercinalda da Silva, or Nádia, the name by which she is affectionately known to friends and family, was born in the Angolan province of Cabinda and at the age of 21 had the unique opportunity to represent her country’s flag in one of the most famous contests in the world - Miss Universe 2009.

Depois de ter sido eleita como um dos 20 melhores corpos do globo, no concurso Miss Mundo, Nádia entrou no universo da representação, estreando-se como actriz na novela “Windeck”, onde deu vida a Ana Maria, uma fotógrafa persistente e determinada.

Tal e qual esta personagem, Nádia trilhou o seu percurso profissional com luta e persistência. Em criança, a sua vida era dividida entre a igreja e a escola. A sua família, religiosa e conservadora, desencorajava os seus sonhos de seguir uma carreira artística. Embora tenha tido uma infância feliz, Nádia admite não sentir saudades desses tempos, pois tinha uma vida cheia de contrariedades.

Mas, quando entrou para o mundo da moda, conheceu o significado de liberdade de expressão, criatividade, glamour, charme e elegância. Tudo começou quando viajou para Luanda, a convite do agente Hadjalmar, que apostou no seu talento.

Nádia foi sendo cada vez mais conhecida pelo público, tendo este protagonismo se tornado evidente a partir do momento em que deu o salto para a televisão, através da apresentação do programa “Nsi Nbote”. Este projecto televisivo trouxe-lhe a oportunidade de conhecer o seu país, ao viajar por várias províncias de Angola e, também, de aprender a falar alguns dos dialectos locais, com os quais saudava os espectadores.

Quando foi escolhida para participar em “Windeck”, Nádia descobriu que trabalhar como actriz não é fácil. Em primeiro lugar, não se imaginava a representar o papel de uma personagem de novela, e depois o trabalho era bastante exigente, obrigando-a a decorar longos textos e a saber controlar os nervos. Apesar de tudo, diz que esta foi a melhor experiência da sua vida.

O trabalho de representação foi, para Nádia, uma prova de fogo que despertou a sua capacidade de interpretação. Em “Windeck”, teve oportunidade de aprender coisas novas, trabalhando ao lado de pessoas dedicadas e extremamente profissionais, que lhe mostraram que tem “sangue de actriz”. Por isso, apesar de estar a estudar Direiro, Nádia pretende investir também na sua formação em representação, de modo a poder responder a novos desafios que surjam nas áreas da televisão e do cinema.

After being voted one of the 20 best bodies in the globe in the Miss World contest, Nádia went into the world of acting, appearing as an actress for the first time in the soap “Windeck”, where she played Ana Maria, a persistent and determined photographer.

Just like her character, Nádia followed her professional path with fighting spirit and perseverance. As a child, her life was divided between church and school. Her family is religious and conservative and discouraged her dreams of an artistic career.

Despite her happy childhood, Nádia admits that she doesn’t miss those times because then her life was full of difficulties and, like most Angolan adolescents, she felt that her options were very limited.

But when she went into the fashion world she discovered the meaning of free expression, creativity, glamour, charm and elegance. It all began when she travelled to Luanda at the invitation of the agent Hadjalmar, who invested in her talent.

Nádia was increasingly known to the public and this fame became more obvious the moment she took the leap into television with the presentation of the programme “Nsi Nbote”. This television project brought her the opportunity to see her country as she travelled to various provinces of Angola and learned to speak some local dialects with which she greeted her audience.

When she was chosen to take part in “Windeck”, Nádia discovered that working as an actress isn’t easy. In the first place, she didn’t imagine herself playing the role of soap character and then the work itself was very demanding and forced her to read long scripts and learn to control her nerves. But despite all of this, she says it was the best experience of her life.

For Nádia, acting work was a decisive test which awoke her ability to act. In “Windeck”, she had the opportunity to learn new things working side by side with dedicated and extremely professional people who showed her she has “acting in her blood”. That’s why, although she’s studying law, Nádia also wants to invest in her training as an actor so she can respond to new challenges in television and cinema.

Perguntas rápidas: 1 – Um dia na minha pele seria … uma experiência fantástica 2 – Tiram-me do sério quando … tenho de procurar e esperar 3 – Sou conhecida por ser … simpática, extrovertida e amiga 4 – O nome pelo qual as pessoas mais próximas me chamam é … Nádia 5 – Não quero morrer sem … ir à lua 6 – A minha cor favorita é … o pérola 7 – O plano ideal para o fim-de-semana … seria passado ao lado do meu amor, com calor/sol e vinho do Porto 8 – O meu ídolo é … a minha mãe 9 – Os meus animais de estimação são … o meu cão Mickey e a Piki 10 – Sentir-me-ei totalmente realizada quando… dificilmente, sou muito exigente.

Style

Quick Questions: 1 – A day in my skin would be … a fantastic experience 2 – I get really annoyed when … I have to look or wait for something 3 – I’m known to be … kind, extroverted and a good friend 4 – The name I’m called by the people closest to me is … Nádia 5 – I don’t want to die without … going to the moon 6 – My favourite colour is … pearl grey 7 – My ideal plan for the week-end … would be with my love, with heat/sun and Port wine 8 – My idol is … my mother 9 – My pet animals are … my dog Mickey and Piki 10 – I’ll feel completely fulfilled when… it’ll be difficult, I’m very demanding.

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Styling Joana Wilson Make Up artist e hair stylist: Lorena Rombo Agradecimento ao Teatro Elinga 1 Vestido: Noivissima, pulseira MC Boutique , brincos Bibi Boutique 2 Calções e blusa Bibi Boutique, brincos Zara

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Styling Joana Wilson Make Up artist and hair stylist: Lorena Rombo Thanks to the Teatro Elinga 1 Dress: Noivissima, bracelet MC Boutique, earrings Bibi Boutique 2 Shorts and blouse Bibi Boutique, earrings Zara

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Trends

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Da Escócia para o mundo From Scotland to the world Nascido na Escócia como símbolo distintivo entre clãs, este padrão era conseguido através do tecer de vários fios de lã com diferentes cores.

Mais tarde, e por este tipo de tecido (tartã) ser muito grosso, o efeito axadrezado começou a ser estampado em vários tecidos. Dos kilts passou a outras peças de roupa e o seu carácter social começou a estender-se ao decorativo, tendo-se rapidamente espalhado por todo o mundo. Muito usado em fatos de homem, roupa de caça e equestre, foi adoptado por vários criadores durante anos, voltando a estar na ribalta nesta estação. As colecções masculinas encheram-se de xadrezes aplicados tanto a peças clássicas como misturados com outros padrões. O que é certo é que a tendência veio para ficar. Dos quadrados pequenos aos largos, dos tons neutros aos garridos, foi protagonista nos desfiles de nomes tão importantes como Louis Vuitton, Prada, Jil Sander, Versace e Yves Saint Laurent.O xadrez é, assim, uma das tendências masculinas mais marcantes para o ano de 2013.

This pattern was created in Scotland as a distinctive symbol for each clan, by weaving various strands of wool in different colours. Later, as this kind of tartan fabric was very thick, the checked effect began to be printed on various fabrics. It went from kilts to other pieces of clothing and extended socially to the decorative, quickly spreading around the world. Often used for men’s suits, and for hunting and riding clothes, it was adopted by various designers for years and is back in the limelight this season. The male collections have filled with tartans both applied to classical pieces and mixed with other patterns - and the trend is here to stay! The small or large squares and neutral or vibrant colours of tartan have figured in the fashion shows of names as important as Louis Vuitton, Prada, Jil Sander, Versace and Yves Saint Laurent.

Tartan is one of the most important trends for 2013.

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Texto/ Text: Margarida Brito Paes

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Versace Dsquared2 Tommy Hilfiger Jil Sander

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Carlos Santos Desde 1942 que a marca portuguesa Carlos Santos se especializa na arte de criar sapatos, sem nunca se deixar parar no tempo, aliando design moderno e qualidade. Para esta estação, a marca aposta em tons fortes como verde, bordeaux e azul, para além dos novos tratamentos de pele que dão ao couro um aspecto envelhecido e requintado. Uma colecção a pensar nos homens que querem dar um ar fresco aos looks mais clássicos.

Since 1942, the Portuguese Carlos Santos brand has specialised in the art of creating shoes - combining modern design and quality without ever freezing in time. For this season the brand has invested in strong tones like green, bordeaux and blue, and in new leather treatments which produce an aged and sophisticated look. This is a collection for men who want to freshen up the most classical looks.

Texto/ Text: Margarida Brito Paes www.santosshoes.com

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O punho Armani

Clássica e urbana a joalharia de homem Emporio Armani marca pela elegância e sofisticação. Mas são os seus botões de punho que juntam legiões de fãs. Seguindo a linha minimalista da marca, reinventam o clássico tornando-o moderno e muito cosmopolita.

Texto/Text: Margarida Brito Paes www.armani.com/gb/emporioarmani/men/jewellery

Clássica e urbana a joalharia de homem Emporio Armani marca pela elegância e sofisticação. Mas são os seus botões de punho que juntam legiões de fãs.

Seguindo a linha minimalista da marca, reinventam o clássico tornando-o moderno e muito cosmopolita.

Texto/Text: Margarida Brito Paes www.armani.com/gb/emporioarmani/men/jewellery

Longchamp for Men A linha masculina Pliagi Cuir da Longchamp é a versão mais sofisticada dos clássicos sacos de lona e pele, que existem em mil cores e padrões, mas adaptada a um público masculino. Em couro e com os tons preto, camel e castanho, estas malas mantêm a característica de serem desdobráveis, estando disponíveis em vários tamanhos.

Um clássico muito prático que já tem um lugar no guarda-roupa masculino.

The masculine range Pliage Cuir from Longchamp is the most sophisticated version of the classical canvas and leather bags which exist in thousands of colours and patterns, but adapted to the masculine public. In tones of black, camel and brown leather, one feature of these bags is that they can fold up and are available in various sizes - a very practical classic which has already found a place in the male wardrobe.

Texto/ Text: Margarida Brito Paes www.longchamp.com

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Ferrari X Hublot SApós um ano de colaboração entre a Ferrari e a Hublot e com o enorme sucesso dos relógios Big Bang Titânio e Big Bang Magic Gold, a história repete-se. Este ano é a vez do lançamento de Big Bang Ferrari Carbon Red Magic. Com um mecanismo e caixa de fibra de carbono, 100% desenvolvidos pela Hublot, e um vidro de safira com uma coloração especial que não permite a alteração da cor, este modelo tem apenas 1000 exemplares. Estando também disponível na versão Kind Gold Carbon, com 500 relógios, e na versão de cerâmica com 1000 peças.

Uma edição limitada a 2500 relógios, desenvolvidos pela Ferrari e pela Hublot, numa parceria que já mostrou ser um sucesso.

After a year of team work by Ferrari and Hublot and the enormous success of the Big Bang Titannium and Big Bang Magic Gold watches, history is now repeating itself. This year marks the launching of the Big Bang Ferrari Red Magic Carbon watch. Its mechanism and carbon fiber case has been developed entirely by Hublot and is made with a sapphire crystal in a special colour that can’t be changed.

Only 1000 pieces of this model have been made. It’s also available in the King Gold Carbon version with 500 watches and the ceramic version with 100 pieces. This limited edition of 2500 watches has been produced by Ferrari and Hublot in a partnership which has proved a great success.

Texto/ Text: Margarida Brito Paes

www.hublot.com

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Nike Flyknit

Knitted Trainers Se duas cabeças pensam melhor do que uma, três têm ideias geniais. Foi o que aconteceu quando Mark Parker, Tinker Hatfield e Hiroshi Fujiwara se juntaram com o objectivo de criar produtos inovadores sob a assinatura da Nike. Este ano foi a altura do lançamento dos Nike HTM Flyknit Chukka, uns ténis com a parte superior tricotada e com uma tecnologia Flynit que combina uma melhor performance com uma redução no impacto ambiental.

Disponíveis em duas gamas de cor (azul/cinza e branco/cinza) estes ténis conjugam design, inovação e funcionalidade.

Two heads are better than one and three heads create wonderful ideas. That’s what happened when Mark Parker, Tinker Hatfield and Hiroshi Fujiwara got together to create innovative products with the Nike signature. This year it was time to launch the Nike HTM Flyknit Chukka, trainers with knitted uppers and Flynit technology, which combine better performance with a reduced environmental impact. Available in two colour combinations (blue/grey and white/grey), these trainers combine design, innovation and functionality.

Texto/ Text: Margarida Brito Paes www.nike.com

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Trends

Os novos 501

The new 501

When Levi Strauss and Jacob Davis invented the first jeans, they never imagined that a simple pair of working trousers would be transformed into the most popular clothing in the world. 140 years on, and the jeans have evolved and adapted to changing requirements and needs over time, but Levi`s 501 have stayed faithful to their heritage and no-one would doubt that they’re direct descendents from the first denim jeans!

Almost a century and a half old, this iconic piece of clothing has been reinvented for the first time in a fabric other than denim for an unforgettable celebration of Levi`s anniversary. The new colours are: ivy green, true chino (sand), chalk blue and mineral red. As well as these new tones, the 501 has also seen some changes in design, and now presents a tighter silhouette, bigger pockets, less marked stitch detailing, reinforced stitching, belt loops, inseams, buttonholes and cuffs.

Quando Levi Strauss e Jacob Davis inventaram os primeiros jeans, estavam longe de imaginar que o que era um simples par de calças de trabalho se transformaria numa das peças de vestuário mais usadas no mundo.

Passados 140 anos, estas calças sofreram várias alterações e adaptações às exigências e necessidades que foram surgindo, mas ainda assim as Levi`s 501 mantêm-se bastante fiéis ao que foram e ninguém as questiona como descendentes directas das primeiras calças de ganga!

Com quase um século e meio de vida, esta peça icónica é pela primeira vez reinventada num material que não é denim, a fim de comemorar de forma inesquecível o aniversário da Levi`s. As novas cores são: ivy green (verde seco), true chino (areia), chalk blue (azul) e mineral red (vermelho). Para além destes novos tons, os 501 sofreram ainda algumas alterações de design, apresentando agora uma silhueta mais ajustada, bolsos maiores, pespontos menos marcados e reforços nas costuras, presilhas, costuras interiores, casas e punhos.

Passados 140 anos, chega-nos assim a nova era das Levi`s 501.

140 years on and the new era of Levi`s 501 is here.

Por : Margarida Brito Paes www.levistrauss.com

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The great Gatsby Depois de Robert Redford, é a vez de Leonardo DiCaprio interpretar o papel principal de O Grande Gatsby, um filme que faz renascer o interesse pelo estilo desse ícone misterioso da literatura norte-americana.

A história de Gatsby desenvolve-se durante os anos loucos de Nova Iorque, tendo como fundo uma América em grande crescimento económico, onde uma sociedade frívola se ia libertando das convenções ao ritmo do jazz, misturado com algum álcool. O novo Gatsby conta com uma produção ultra-sofisticada, sendo o novo Jay Gatsby, interpretado por Leonardo DiCaprio, um jovem mais misterioso e rico do que nunca. O seu mundo - cheio de ilusões, de amores e de enganos - continua a ser fascinante, assim como o seu estilo irrepreensível. Na versão de 1974, com Robert Redford, o guarda-roupa era Ralph Lauren, mas desta vez é Prada. Quem já viu o filme diz que o estilo de DiCaprio está ao nível de um Redford.

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O livro O romance de F. Scott Fitzgerald não foi um sucesso imediato. A sua primeira edição, em 1925, foi retirada do mercado por falta de leitores. O livro seria reeditado em 1934 para viver o mesmo fracasso. Tendo caído no esquecimento, foi apenas nos anos 50 que os académicos americanos trouxeram a obra para a ribalta. Considerada, então, uma obra-prima, o romance torna-se de leitura obrigatória no ensino secundário americano e um grande sucesso internacional. Para alguns críticos, O Grande Gatsby é um dos romances mais importantes do século XX.

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O Filme A primeira adaptação de O Grande Gatsby foi realizada por Herbert Brenon, em 1926, apesar do insucesso do livro. A sexta e última versão foi dirigida por Baz Luhrmann, o mesmo realizador de Moulin Rouge. A versão de Jack Clayton, com Robert Redford como protagonista, é a mais popular, mas Leonardo DiCaprio será certamente um excelente rival.

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1 Mia Farrow e Robert Redford em The Great Gatsby, 1974 2 Leonardo DiCario em The Great Gatsby, 2013 3 Fato Hackett London SS2013 4 Blazer Hackett London 5 Blazer Gant By Michael Bastian 6 lenços Gucci 7 Chapeu Hackett London 9 pullover de cricket Ralph Lauren 10 óculos de sol Thom Bowne Emenergildo Zegna 12 gravatas em malha de seda New&Lingwood 13 gravata de malha Ben Sherman 14 relógio Cartier 15 sapato Salvatore Ferragamo 16 sapato Barbour 18 caneta Omas

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The Great Gatsby After Robert Redford, Leonardo DiCaprio now plays the lead role in The Great Gatsby, a film which is bound to lead to an upsurge of interest in the style of this mysterious icon of modern American Literature.

The story of The Great Gatsby is played out against a backdrop of 1920s New York, in an America enjoying rapid economic growth and with a frivolous society freeing itself from conventions to the rhythms of jazz and a lot of alcohol. The new version of Gatsby, with a highly sophisticated production, gives us a new Jay Gatsby, interpreted by DiCaprio, who is more mysterious, younger and richer than ever before. His world, replete with illusions, love and deceit continues to enthrall, as does his unmistakable style. In the 1974 version, Robert Redford was dressed by Ralph Lauren, this time it’s Miucha Prada. Those who have seen the film say that DiCaprio’s Gatsby is just as stylish as Redford’s

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The Book The novel by F. Scott Fitzgerald was not an immediate success. The first edition in 1925 was taken off the market due to low sales. It was reissued in 1934 only to suffer the same misfortune once more. It then languished in obscurity until the 1950s when American academics brought it back to the fore, whereupon it was heralded as a masterpiece and considered compulsory reading for American high school students, subsequently becoming a huge international success in the process. For some, The Great Gatsby is one of the most important novels of the Twentieth Century

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The Film The first adaptation of The Great Gatsby was

by Herbert Brenon in 1926, despite the failure of the novel. The latest, sixth version was directed by Baz Luhrmann, director of Moulin Rouge. The version by Jack Clayton with Robert Redford as the protagonist is the most popular but Leonardo DiCaprio will be certainly be an excellent rival.

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Perfecto O Perfecto nasceu das necessidades dos motociclistas. Foi criado por Irving Schott , filho de emigrantes russos mas estabelecido em Nova Iorque, que estava longe de imaginar que um dia o seu casaco de cabedal se tornaria um ícone da moda masculina. Tudo começou em 1927, com uma encomenda do concessionário da Harley Davidson, em Long island (EUA), que procurava oferecer aos amantes das motos um casaco prático e resistente. Pelos vistos, o resultado final foi muito satisfatório, porque Irving deu-lhe o nome do seu charuto cubano preferido - o Perfecto.

Irving Schott propos um casaco de pele de cavalo muito resistente, que cruza no peito, tornando-se um elemento protector em caso de queda. No entanto, seria o seu fecho, subtilmente na diagonal e descentrado, o elemento mais inovador do casaco, até então nunca aplicado. O zip permitia que um motociclista, através de um movimento rápido com a mão, pudesse fechar o casaco até à gola, caso fosse necessário proteger o pescoço das rajadas de vento. Também aplicou um zip em cada manga, para que se ajustassem melhor ao braço, não permitindo a entrada do ar. Em baixo, nas costas, deu-lhe uma forma arredondada e apertada por um cinturão.

No entanto, foi Marlon Brando, em 1954, no filme “ The Wild One”, quem popularizou este casaco. O casaco compunha a imagem de um homem jovem e rebelde, propondo um novo estereótipo do sex-symbol de Hollywood, que viria a ser adaptado por estrelas rock e por milhões de jovens americanos.

O Perfecto voltou a estar na moda, assim como o look rock star. Para tal, muito contribuiu a visão que Hedi Slimane imprimiu nos destinos da Dior Homme. Hoje, quase todos os criadores incluem este casaco nas suas colecções, recorrendo por vezes a outros materiais ou a ligeiras mudanças no corte, que vão actualizando o modelo. Temos como exemplo Lucas Ossendrijver, na Lanvin, que propos para esta estação um Perfecto sem mangas.

Estruturado e ajustado na cintura, este casaco será sempre uma peça sexy, que reponde ao desejo de elegância e descontração do homem actual.

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Marlon Brando em The Wild One Paul Smith SS2013/ Perfecto vermelho com zips dourados Lanvin Men SS2013/ Perfecto sem mangas Saint Laurent SS2013/ Perfecto clássico

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The Perfecto was created to respond to the needs of bikers. It was designed by Irving Schott, a son of Russian immigrants, who lived in New York and never imagined that his leather jacket would become an icon of men’s fashion one day. It all began in 1927, with an order from the Harley Davidson dealer in Long island (USA), who wanted to offer a practical and resistant jacket to bikers. By the look of it the final result was very satisfactory, since Irving named it after his favourite Cuban cigar – the Perfecto.

Irving Schott proposed a very resistant horse leather jacket which crossed over the chest and would protect the biker if they fell. But the jacket’s subtly off-centre diagonal zip was its most innovative feature and had never been done before. The zip meant that a biker could close the jacket up to the neck in one rapid hand movement if they had to protect their neck from the wind. There was also a zip in each sleeve for a better fit on the arm and to prevent any air from getting in. At the back it was rounded at the bottom and tightened with a belt.

But it was Marlon Brando who made this jacket popular in the film “The Wild One” in 1954. The jacket created the image of a young rebellious man, and proposed a new stereotype for the Hollywood sex symbol, which was to be adapted by rock stars and millions of young Americans.

The Perfecto is back in fashion, as is the rock star look. Hedi Slimane’s vision, which has so influenced the destiny of Dior Homme, has played a great part in this. Nowadays, almost all designers include this jacket in their collections and sometimes use other materials or slightly alter the cut to bring it up-o-date.

We have the example of Lucas Ossendrijver, at Lanvin, who proposes a sleeveless perfecto for this season. Shaped and adjusted at the waist, this jacket will always be a sexy piece of clothing and responds to the modern man’s desire for an elegant and casual image.

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Marlon Brando in The Wild One Paul Smith SS2013/ Red Perfecto with golden zips Lanvin Men SS2013/ Sleeveless Perfecto Saint Laurent SS2013/ Classic Perfecto

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Fashion

Fashion Week Review

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Mara Hoffman Mara Hoffman Rag&Bone Lacoste Lacoste J. Crew

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New York Fashion Week 20

Encerrada a temporada de desfiles das colecções do Inverno 2013/14, lançamos um breve olhar sobre o que de melhor se passou nas principais capitais da moda. Viajamos, assim, até Nova Iorque, Londres, Milão e Paris em busca dos melhores desfiles.

Now that the 2013/14 Winter fashion show season is over, we’ve taken a brief look at the best that the main fashion capitals have had to offer. We’ve travelled to New York, London, Milan and Paris in search of the best fashion shows.

New York Fashion Week

New York Fashion Week

J.Crew foi um dos designers que se destacou em Nova Iorque. Com apresentação marcada para dia 12 de Fevereiro, mostrou, como sempre, a sua colecção sob a forma de catálogo.

Colecção essa que teve como inspiração uma viagem a Marraquexe.

O resultado só podia ser muito colorido e eclético, em peças de roupa muito variadas que reinventam o estilo desportivo tipicamente americano.

Quem também nos fez viajar foi Mara Hoffman, desta vez até à Asia Central, com padrões inspirados no tecido Suzani (tecido bordado típico de países como o Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão). Vestidos, calças e tops apareceram, assim, repletos de tons alegres, misturados de forma muito étnica, mas bastante urbana.

Mas a New York Fashion Week não se fez só de explosões de cor. Rag & Bone optou por uma paleta cromática mais restrita feita de azuis, verdes e castanhos, em vários tons, contrastando em alguns looks com laranjas e amarelos. Os tecidos japoneses são cópias perfeitas de tecidos antigos, onde não falta o xadrez. No que diz respeito às silhuetas, a escolha recaiu sobre peças clássicas e desportivas num casamento perfeito entre o melhor de Londres e Nova Iorque.

Já a Lacoste esteve em ambiente de festa com a celebração do seu 80º aniversário. Para celebrar a data, Filipe Oliveira Baptista decidiu voltar ao tecido base da marca, o algodão piqué, e explorá-lo de todas as formas possíveis. No que diz respeito às silhuetas, o designer manteve-se fiel à marca com peças muito desportivas, mas desta vez com um grande enfoque nos ombros e ganhando alguns traços dos anos 60. Tudo isto numa paleta cromática

J.Crew was one of the designers who stood out in New York. His presentation was scheduled for 12th February and, as always, his collection took the form of a catalogue and was inspired by a trip to Marrakesh. The result couldn’t have been more colourful and eclectic with very varied pieces reinventing the typically American sports style.

Mara Hoffman also made us travel - to Central Asia this time - with patterns inspired by Suzani fabrics (embroidered fabrics from countries like Kazakhstan, Uzbekistan and Turkmenistan). Dresses, trousers and tops came in cheerful tones mixed in a very ethnic but very urban way.

But New York Fashion Week wasn’t just explosions of colour. But New York Fashion Week wasn’t just explosions of colour. Rag & Bone chose a more limited colour palette of various tones of blues, greens and browns, contrasting with oranges and yellows in some looks. The Japanese fabrics have a lot of checks and are perfect copies of old fabrics. They chose classical and sports pieces for the silhouettes in a perfect blend of the best of London and New York.

Lacoste was celebrating its 80th anniversary and was in festive mood. To celebrate the date, Filipe Oliveira Baptista decided to go back to the brand’s basic fabric of piqué cotton and to explore it every possible way. The silhouettes were true to the brand with very sporty pieces, but focusing on the shoulders this time and gaining some features from the 1960’s - all of this with a very white and grey colour palette, and a few traces of orange, green and blue. A glacial scenario was printed on the fabrics with images of icebergs.

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muito branca e cinzenta, com ligeiros apontamentos de laranja, verde e azul. Um cenário glaciar estampouse nos tecidos com imagens de icebergs.

London Fashion Week Suzanne Clements e Inacio Ribeiro decidiram fazer uma colecção inspirada naquilo que amam. Entre muitas paixões, saltaram à vista dois padrões: um floral inspirado no Brasil e um outro, mais eclético e geométrico, inspirado nas colchas de patchwork feitas pelas mulheres afroamericanas da comunidade Gees Bend. A estes dois tecidos fortes juntaram-se rendas, xadrez e joalharia, um verdadeiro cocktail de inspirações que só podia resultar pela mão de Clements Ribeiro.

Outra grande mistura de padrões e cor foi o desfile da House of Holland, que nos contou a história de uma menina que vai até à casa da avó e que, como não tem nada para vestir, começa a explorar o armário daquela velhinha. E é através deste imaginário que somos levados a um desfile que aborda, com olhos de criança, roupa de gente crescida. Uma colecção que nos desafia a arriscar no styling e a não levarmos demasiado a sério a ideia de ser adulto.

Preto, branco, vermelho e azul foram as cores escolhidas pela Preen by Thornton Bregazzi para reinventar o espírito punk e roqueiro em roupas sofisticadas. Este ambiente pesado foi muito inspirado por Derek Jarmain`s no filme Jubilee, de 1978.

Elementos típicos deste tipo de estética, como fechos e blusões, estão presentes em toda a colecção, aparecendo sempre de forma muito sofisticada e clean. Outro detalhe interessante são os padrões leopardo pixalizado e xadrez manchado.

Antonio Bernardi, por seu turno, escolheu a vista de edifícios londrinos como cenário para o desfile.

Mas foi a outra grande cidade que foi buscar inspiração, levando-nos até Brasília pelos bordados, aplicações e sapatos que foram inspirados em fotografias aéreas desta cidade. Uma colecção de

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London Fashion Week Suzanne Clements and Inacio Ribeiro decided to create a collection inspired by the things they love.

Two patterns caught my attention among their many passions: a floral print inspired by Brazil and another eclectic and geometric print inspired by the patchwork quilts made by the Afro-American women of the Gees Bend community. These strong fabrics were joined by lace, checks and jewellery, in a real cocktail of inspiration which could only have come from the hand of Clements Ribeiro.

Another great mixture of patterns and colour was the House of Holland fashion show, which told us the story of a girl who goes to her grandmother’s house and, as she doesn’t have anything to wear, she starts to explore the old lady’s wardrobe. The imaginary scene leads us to a fashion parade of clothes for grown ups seen through the eyes of a child. It’s a collection that challenges us to take risks in styling and not to take the idea of being an adult too seriously.

Black, white, red and blue were the colours chosen by Preen by Thornton Bregazzi to reinvent the punk and rocker spirit in sophisticated clothes. This heavy atmosphere was greatly inspired by Derek Jarmain in the 1978 film, Jubilee.

Typical features of this kind of aesthetics like zips and bomber jackets are there in the whole collection and are always very sophisticated and clean. Other interesting details are the pixilated leopard and smudged tartan patterns.

Antonio Bernardi, in his turn, chose a view of London buildings as the scenario for his fashion show. But he found his inspiration in another big city and takes us to Brasília with his embroidery, appliqué and shoes inspired by aerial photographs of the city.

It’s a collection of austere shapes in grey, blue and green tones which attempts to transfer the teachings and works of the late architect Oscar Niemeyer to the fabric.

Leaving the female world now, our focus is on Tom Ford’s men’s collection which reinvents the

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7 House Of Holland 8 Clements Ribeiro 9 Richard Nicoll 10 Antonio Berardi 11 Preen 12 Clements Ribeiro 13 Preen

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formas austeras em tons de cinzas, azuis e verdes, que tentou transpor para o tecido os ensinamentos e obras do falecido arquitecto Oscar Niemeyer. Nas colecções masculinas destacamos Richard Nicoll com looks minimalistas onde as sobreposições e o estampado de pinceladas são os artistas principais. A paleta cromática encheuse de azuis, com alguns tons neutros e a fechar um laranja vibrante.

Milan Fashion Week

Milão encheu-se de romance com o desfile de Antonio Marras, onde as roupas pareciam desenhadas mais do que por um designer, por um poeta ou pintor. Apesar dos fortes estampados, tudo era sublime e doce, em tons fortes harmonizados pela feminilidade das formas.

Conseguiu, assim, transpor na perfeição o ambiente artístico do Bloomsbury Group, que lhe serviu de inspiração.

Quem também não se poupou em estampados fortes foi Frankie Morello, com três padrões principais que definiram etapas da colecção, sendo cada um desenvolvido em vários coordenados. Silhuetas oversize, calças curtas e t-shirts usadas por cima de blazer foram sugestões que apareceram em tons de verde tropa, preto, castanho, bourdeaux e cinza, entre apontamentos de laranja e prata.

Mais clássica apresentouse a colecção da Burberry Prorsum de homem, onde não faltou o xadrez típico da marca, nem os seus tons predilectos, como o bege e o encarnado.

No entanto , a colecção surpreendeu-nos ao apresentar prints leopardo e zebra em sapatos, vestuário e acessórios. Também os corações apareceram em várias peças, dando um toque kitsch às peças mais banais.

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Burberry Frankie Morello Antonio Marras Frankie Morello

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Paris Fashion Week

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A rapariga do brinco de pérola saiu da moldura directamente para o desfile da Valentino, em

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classical, particularly in checks and knitwear. It’s a very complete and elegant collection based on the world of secret agents from the espionage of the 1960’s to the most recent James Bond films with Daniel Craig.

In the men’s collections, Richard Nicoll creates a minimalist look where overlapping and brush stroke prints are the main artists. The colour palette was full of blues, with some neutral tones and a vibrant orange.

Milan Fashion Week Milan was filled with romance with the Antonio Marras fashion show, where the clothes seemed to have been designed more by a poet or a painter than a designer. Despite its strong prints, it was still sublime and sweet, with the strong tones softened by the femininity of the shapes.

The designer truly brought to life the whole artistic energy of the Bloomsbury Group, which had served as his inspiration.

Frankie Morello didn’t hold back when it came to strong prints either, with three main patterns defining the phases of the collection and each one co-ordinated in different ways. Oversized silhouettes, short trousers and t-shirts worn over blazers were suggestions in tones of khaki green, black, brown, bordeaux and grey, with traces of orange and silver.

A more classical look was presented by the Burberry Prorsum men’s collection, with no lack of the brand’s typical checks or favourite tones like beige and red. But the collection still surprised with leopard and zebra skin prints on shoes, clothes and accessories. Hearts also appeared on various articles, lending a touch of kitsch to the most ordinary pieces.

Paris Fashion Week The girl with the pearl earring came straight out of the picture frame and into Valentino’s fashion show

Paris. O ambiente dos quadros de Vermeer, que espreitam com delicadeza a intimidade feminina, foi a grande inspiração de Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Picciolo. Uma colecção onde o rosto se torna muito importante e onde a essência feminina é capturada através de vestidos que exploram as formas subtilmente, dando espaço a transparências, bordados, rendas e estampados.

Extremamente feminino foi também o desfile da Carven, onde os casacos foram os grande protagonistas. Entre tons de rosa e azul claro, surgiram tons neutros e pasteis, estampados zebra e materiais interessantes, como a pelúcia. Uma colecção que impôs as silhuetas oversized como o novo feminino.

Outra reinvenção de feminilidade, foi feita com as assimetrias de Fausto Fuglisi, que apresentou a sua primeira colecção Emanuel Ungaro. Neste desfile de estreia, o designer quis recuperar os elementos característicos da marca através dos estampados animais e das bolas. O resultado é uma colecção muito gráfica, feminina e moderna numa paleta cromática que, tendo como base o branco e o preto, se enche de amarelo e azul em alguns momentos.

No universo masculino, destacamos Dries Van Noten e a sua colecção boémia, onde um exército de dândis modernos invadem a cidade. Com padrões cheios a surgir em combinações excêntricas, esta é a combinação perfeita entre a estrela de rock e o poeta do inicio do século XX, que se dá à vida de forma apaixonada.

Mais clássicos surgiram os homens da Louis Vuitton, com um guarda-roupa completo desde sobretudos e fatos, a blusões de penas e camisolas de malha.

Uma colecção inspirada nos Himalayas e que contou com Jake e Dino Chapman para a criação dos estampados leopardo e floral, aplicados a algumas peças da colecção.

in Paris. The ambience of Vermeer paintings with its delicate, feminine intimacy was the great inspiration of Maria Grazia Chiuri and Pierpaolo Picciolo. The face is very important in this collection, and the essence of femininity is captured through dresses which subtly explore the female form, with transparent materials, embroidery, lace and prints. But it is the laser-cut white leather details which stand out the most in the Winter 2013 collection of this great fashion name.

The Carven fashion show was also extremely feminine, and its jackets took centre stage with tones of pink and light blue, and also neutral and pastel tones, zebra prints and interesting materials like fake fur. This collection makes the oversized silhouette the new feminine.

Another feminine reinvention was achieved with the asymmetric shapes of Fausto Fuglisi, who presented his first Emanuel Ungaro collection. The designer wanted to recover the brand’s typical features with animal prints and balls in this first fashion show.

The result is a collection of modern, feminine graphics in a colour palette, which is based on black and white but filled with yellow and blue at some points.

In the men’s world is Dries Van Noten and his Bohemian collection, where an army of modern dandies invades the city. Its full patterns come in eccentric combinations - the perfect combination of early 20th century rock star and poet which it passionately brought to life.

More classical were the men of Louis Vuitton, with a complete wardrobe of overcoats and suits, feather-filled bomber jackets and sweaters. The collection was inspired by the Himalayas, and Jake and Dino Chapman created the leopard and floral prints applied to some of the collection’s pieces.

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Valentino Emanuel Ungaro Louis Vuitton Dries Van Noten Carven

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Texto/ Text: Margarida Brito Paes

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She loves it

As riscas da Dolce & Gabbana

The Dolce & Gabbana Stripes

Inspirada nos Verões passados na Sicília, a colecção de óculos da Dolce & Gabbana enche-se de riscas como os toldos das praias de Taormina e Mondello. As cores lembram as frutas cristalizadas, cassatas (sorvete típico da ilha) e granizados que se saboreiam à beira mar. Já a sua forma arredondada e tamanho oversized foram desenhados a pensar numa mulher feminina e sedutora, sendo por isso perfeitos para aproveitar os dias de sol de forma descontraída, mas sem nunca perder o encanto.

Inspired by summers spent in Sicily, the Dolce & Gabbana glasses collection is full of stripes like the sunshades on the Taormina and Mondello beaches. The colours are like the crystallised fruit, cassatas (typical ice-cream of the island) and crushed ice drinks with their taste of the seaside. They are round, oversized and designed for a feminine, seductive woman, making them a perfect way to relax and enjoy sunny days without ever losing their charm. w

Texto/ Text: Margarida Brito Paes www.dolcegabbana.com

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She loves it

Vlisco

A presença holandesa na Indonésia marcou a história da Vlisco, empresa de tecidos de Helmond que, desde 1846, cria padrões únicos, ecléticos e coloridos que influenciaram fortemente a moda africana.

Continuam a ser a única marca que ainda fabrica o autêntico tecido encerado holandês, mais conhecido como “Hollandais”.

O Verão de 2013 trouxe uma colecção chamada “the jeu de couleurs”, onde a cor e os estampados continuam a ser os grandes protagonistas. Com uma paleta com mais de 200 tons, esta colecção tem enorme variedade de sobreposições cromáticas, que fazem cada padrão surgir em formas absolutamente distintas. Outra novidade são as edições limitadas que serão lançadas ao longo do ano.

“Design with sparkle” é a primeira e consiste no efeito de bordados brilhantes estampado no próprio tecido. Para além de tudo isto, cada padrão terá várias opções de cor, dando assim uma variedade muito maior de escolha a cada cliente. Uma colecção única onde a cor é a rainha!

Texto/ Text: Margarida Brito Paes www.vlisco.com

The Dutch presence in Indonesia marked the history of Vlisco, a textile company from Helmond which has created unique, eclectic and colourful patterns that have strongly influenced African fashion since 1846. It continues to be the only brand which still produces the authentic Dutch wax fabric better known as “Hollandais”.

The summer of 2013 is bringing a collection called “jeu de couleurs” where colours and prints continue to play an important part. This collection has a palette of more than 200 colours and an enormous variety of chromatic layers colours which make each pattern appear in completely different forms. Other novelties are the limited editions to be launched along the year.

“Design with sparkle” is the first one and consists of the effect of sparkly embroidery printed on the fabric itself.

As well as all this, each pattern will have various colour options, giving the client a much greater variety of colours to choose from, It’s a unique collection where colour reigns!

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Visitar o Dubai requer um bom gosto adquirido, para se saber apreciar as suas boutiques tentadoras e discotecas luxuosas, tal como a sua arquitectura moderna. Esta cidade é um paraíso oriental para quem a visita, mas para quem vive nela é o lugar onde a aventura nunca dorme.

Travel

Dubai Texto / TextJosine Crispim Foto / Photo Maciek Plich

Its tempting boutiques and luxurious discotheques, as well as its modern architecture, are an acquired taste for visitors. This city is an eastern paradise on a visit, but a place of constant adventure for the people who live there.

Texto/Text Josine Crispim Foto/Photo Maciek Plich

A primeira vez que visitei o Dubai foi de passagem, numa escala prolongada. Visitei os lugares cliché da brochura turística encontrada no Google, nas seis horas que tinha disponíveis, e fiquei com a impressão de ser uma cidadecatálogo, onde o ego do Sheik é extensível ao topo dos prédios mais altos, considerando que fosse o paraíso da arquitectura moderna e o inferno da mão de obra barata. Mas, para se apreciar esta cidade dos Emirados Árabes Unidos, requere-se um gosto adquirido. Não só proliferam os negócios de tipo franchising de clubes de renome internacional, como o francês VIP Room ou o Blue Marlin Ibiza, mas também existem outros estabelecimentos mais originais como o People by Crystal, uma discoteca situada no topo de um edifício em forma de pirâmide, o hotel Raffles.

Para compras, em vez do bairro de alguns seis quarteirões chamado Dubai Mall, recomenda-se o Burjuman, um centro comercial à escala normal, onde se encontram pequenas boutiques e lojas como Chanel, Valentino, Prada ou mesmo a Saks Fifth Avenue, sem que um dia de compras se torne no melhor exercício cardio que se pode concretizar em férias.

Os melhores lounges da ci-

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The first time I went to Dubai, I was just passing through on a long stopover. I visited the most clichéd places in the tourist brochure I had found on Google, and during the six hours I had available, I got the impression that it was a kind of catalogue-city where the ego of the Sheik stretches right up to the top of the highest buildings - a heaven for modern architecture and a hell for cheap manpower. But enjoying this city in the United Arab Emirates is an acquired taste. Not only is there a proliferation of franchises for internationally renowned clubs like the French VIP Room or Blue Marlin Ibiza, but also there are also more original establishments like People by Crystal, a discotheque at the top of the pyramid shaped building of the Raffles Hotel.

Instead of the six block area called the Dubai Mall, for shopping we recommend Burjuman, a normal-sized shopping centre where you can find small boutiques and shops like Chanel, Valentino, Prada or even Saks Fifth Avenue without your day’s shopping turning into the best possible cardio exercise for your holidays.

The city’s best lounges seem to be in the open air and normally at iconic points with delightful views and strangely

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dade parecem ser ao ar livre, normalmente em pontos icónicos com vistas deliciosas e, estranhamente, desprovidos de demasiados turistas asiáticos a tirar fotografias com os seus tablets. Para uma tarde bem passada, a praia do hotel Atlantis, a Nasimi beach, parece ser o recreio de alguns turistas e de muitos locais. O Calibar, no hotel Address Downtown, pode descrever-se como uma imensa varanda que se estende por cima da zona exterior do Dubai Mall e onde o famoso espectáculo da fonte bailarina pode ser apreciado sem multidões, com um cocktail na mão.

Para quem acredita que o Dubai é uma cidade pequena em extensão, gigante verticalmente, separada por uma enorme auto-estrada chamada Sheik Zayed Road, é aconselhável

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devoid of too many Asian tourists taking photos with their tablets. The beach of the Hotel Atlantis, Nasimi Beach, appears to be a playground for some tourists and many locals. The Calabar, at the Address Downtown Hotel, could be described as an immense terrace which stretches out over the area outside the Dubai Mall, where the famous spectacle of the dancing fountain can be enjoyed away from the crowds and with a cocktail in your hand.

People who believe that Dubai is a city which is small horizontally, but gigantic vertically, and separated by an enormous motorway called Sheik Zayed Road, should go to Dubai Marina, the young, residential part of the city.

You can see the residential areas like Jumeirah Lakes Tow-

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ir-se até à Marina, a zona jovem e residencial da cidade.

A caminho de Abu Dhabi, é na Marina que se encontram as áreas residenciais Jumeira Lakes Towers e Jumeira Beach Residence. Na primeira, um lago artificial acomoda uma marina e barcos privados, de tamanho médio, contornam os edifícios que o circundam. É uma zona pedonal onde facilmente se avistam pessoas a fazer jogging, enquanto outras tantas apanham sol nas esplanadas de restaurantes de todo o tipo. Já na Jumeira Beach Residence, todos os fins-de-semana ao final da tarde dá-se um fenómeno de exibição de potência e vaidade automobilísticas fenomenal: é uma zona conhecida pela grande quantidade de peões no passeio que se estende entre a zona residencial e a praia; assim, muitos dos proprietários das melhores e mais caras máquinas do mundo levam os seus brinquedos até ao trânsito que se forma nessa avenida. É como que um festival clandestino de carros, todos sabem que é ali que acontece, mas falta-lhe o título oficial.

Entre a Sheik Zayed Road e a Business Bay que, como o nome indica, poderia ser uma localidade exclusiva a negócios, situa-se o famoso Dubai Internacional Financial Centre. Mais conhecido como DIFC, é um aglomerado de edifícios mais pequenos que a escala natural do Dubai, onde se tratam dos negócios da área da finança mas, assim como a Business Bay, é também aqui o local onde se encontram vários estabelecimentos de lazer. É revitalizante ir até ao coração do DIFC durante a tarde e avistar parte dos trabalhadores dos escritórios mais próximos nas suas melhores indumentárias, preparados para reuniões e a visitar as galerias de arte da zona durante a pausa do almoço.

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ers and Jumeirah Beach Residence at Marina, on the road to Abu Dhabi. The former has an artificial lake with a marina and private boats go round the buildings surrounding it. It’s a pedestrian area where you can easily see people jogging and others sunbathing on the terraces of every kind of restaurant. At Jumeirah Beach Residence, every week-end, at the end of the afternoon you can see a phenomenal display of the power and vanity of car owners: it’s an area known for the large number of pedestrians on its pavement, which stretches from the residential area down to the beach; many owners of the best and most expensive machines in the world take their toys into the traffic created in this avenue.

It’s like a clandestine car festival that everyone knows happens there but isn’t official.

The famous Dubai International Financial Centre is situated between Sheik Zayed Road and Business Bay which, as the name suggests, could be an exclusive business area. It’s better known as DIFC and consists of a group of buildings which are smaller than usual for Dubai, where financial trading is done and, like Business Bay, the area also has various leisure spots. It’s revitalising to go to the heart of the DIFC during the afternoon and see some of the local office workers in their best attire, all set for meetings and visiting the area’s art galleries during their lunch break.

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“People who believe that Dubai is a city which is small horizontally, but gigantic vertically, and separated by an enormous motorway, should go to Dubai Marina, the young, residential part of the city.”

Atlantis Hotel, Dubai Burjuman Mall Address Hotel Address Hotel

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“Para quem acredita que o Dubai é uma cidade pequena em extensão e gigante verticalmente, separada por uma enorme auto-estrada, é aconselhável ir até à Marina, a zona jovem e residencial da cidade.”

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Texto de / Text by Romeu Bastos

Dois / Two D o u r o s Quando me sento para escrever este artigo, sinto-me como se fosse escrever sobre um regresso às origens. Não que eu tenha nascido ou vivido por muito tempo no Douro, mas porque foi nessa região de Portugal que tive o meu primeiro e mais verdadeiro contacto com o mundo da enologia. Foi no Douro que fiz o meu primeiro estágio na vindima e, desde então, esta região exerce uma espécie de atracção em mim no que diz respeito aos vinhos a que dá origem.

A região Vitivinícola do Douro foi delimitada em 1756 pelo Marquês do Pombal, com o objectivo de demarcar a região do vinho do Porto. Inicialmente, foi a região para a produção deste magnifico néctar, mas com o passar dos anos percebeu-se que no mesmo solo se podiam produzir vinhos de mesa da mais elevada qualidade. Em 1982, foi declarada região demarcada para vinhos brancos e tintos e, mais recentemente, em 2001 esta região montanhosa, com declives bastante acidentados e solos xistosos foi classificada pela UNESCO como Património Mundial.

O clima desta região é bastante quente e seco no Verão, e o Inverno é bastante molhado, o que faz com que os seus vinhos de mesa sejam predominantemente secos, como são exemplo os dois vinhos que se seguem : Começando pelo Douro, O Terrus 2007, é de um vinho que reflete muito bem a localização geográfica onde tem origem, bem como as castas que o compõem (Touriga Nacional, Touriga Franca, Sousão, Cabernet Sauvignon e Shiraz) e que lhe conferem uma enorme complexidade aromática. É um vinho de cor muito carregada, com aromas de notas de fruta vermelha e preta bastante maduras, bem conjugadas com a madeira (estágio de 12 meses em carvalho francês, sendo que este ano está, na minha opinião, um pouco menos pronunciada). Na boca, é um vinho “gordo”, mineral, cheio de força, fresco e de taninos bastante notórios mas bem integrados, tendo um final de boca longo.

When I sat down to write this article, it felt as if I were writing about returning to my roots. It’s not as if I was born or lived for a long time in the Douro, but it was in this region of Portugal that I had my first real contact with the world of wine. It was in the Douro that I had my first training with the grape harvests and since then this region has attracted me because of its wines.

The boundaries of the Douro winegrowing region were set in 1756 by the Marquise of Pombal to demarcate the Port wine region. The region was initially famous for the production of this magnificent nectar, but as the years went by producers realized that the same soil could produce the best quality table wines. In 1982, it was declared a demarcated region for white and red wines and more recently in 2001, this mountainous region of rugged slopes and schistose soil was classified as World Heritage by UNESCO. The climate of this region is very hot and dry in the summer and very wet in the winter, which produces mainly dry wines like the two wines which follow: The Terrus 2007 Douro wine is a perfect reflection of its geographical origins and the grape varieties it is produced from (Touriga Nacional, Touriga Franca, Sousão, Cabernet Sauvignon and Shiraz), which lend its aromas an enormous complexity. It is a deeply coloured wine, with notes of ripe red and black fruits combined with wood (it’s aged for 12 months in French oak), though the aroma is a little less pronounced this year in my opinion. It has a “full-bodied”, mineral, energetic, fresh taste, with well integrated strong tannins and a long finish.

Quinta Fafide - Touriga Nacional 2009 is a single variety wine made exclusively from the Quinta’s own production of the Touriga Nacional variety. It’s a very well structured wine and has everything you’d expect from a wine from the Douro region: freshness, a complex aroma with notes of ripe blackberries and a touch of spices and leather. It was aged for 12 months in French oak barrels which lends an aroma of coffee to its long finish.

O Quinta Fafide - Touriga Nacional 2009 - É uma monocasta feita exclusivamente com Touriga Nacional, com uvas de produção própria. É um vinho muito bem estruturado com tudo o que um vinho proveniente da região do Douro deve ter: frescura, complexidade aromática com notas de amoras bem maduras e um toque de especiarias e couro. Fez estágio em barricas de carvalho francês durante 12 meses, o que lhe dá um aroma a café no seu longo final de boca. http://terruswine.blogspot.pt http://www.vds.pt

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Club

Texto/text Luanda-Nightlife http://www.luanda-nightlife.com/

Cantinho do Sossego This restaurant is a true oasis in the chaos of Luanda and one of our favorites in the city. Cantinho do Sossego roughly translates to “Tranquility Corner” and once you get there you’ll understand why. This enormous space is abundantly green; its seclusion and natural surroundings are perhaps its greatest draws. Finding it is an adventure in itself – it’s located in that rare area of Talatona with dirt roads, a throwback to an era when this neighborhood was nothing but bush and a collection of farms. Inside the restaurant’s grounds and besides the 6 or so dining areas you’ll find a small clothing shop, a plant nursery and a playground for children.

The menu is fairly limited, and among its best dishes is the mufete; one of our readers is particularly fond of their feijão de oleo de palma (beans stewed in palm oil). Mufete is a traditional Angolan dish consisting of grilled fish (usually tilapia) served with yucca, sweet potatoes and plantains. On the side you have a type of vinaigrette with minced onions to use as a sauce over the fish. We recommend you use jindungo (spicy jalapenos marinated in olive oil and garlic) with your fish as well. We were pleasantly surprised that the house offered free local delicacies, made in the restaurant, including doce de ginguba (a peanut-based dessert), coconuts and doce de mamão (papaya dessert).

We cannot recommend this restaurant enough. Its ambiance is unparalleled in Luanda.

Este restaurante é um verdadeiro oásis no caos de Luanda e é um dos nossos preferidos nesta cidade. É um espaço com um verde amplo, onde se respira um ar mais puro e onde o sossego e contacto com a natureza são os grandes destaques. O local é carregado de plantas e árvores e até tem um pequeno lago com peixinhos. Encontrá-lo já é uma aventura em si – o restaurante fica naquela parte de Talatona em que as estradas ainda são de terra batida. Num passado não muito distante, Talatona não era o labirinto de condomínios de luxo que é hoje, e até havia algumas quintas na zona. Dentro do Cantinho, para além das várias ‘salas de jantar’ ao ar livre, pode encontrar também uma pequena loja de roupa, uma área onde vendem plantas e um pequeno playground para crianças.

O menu é limitado, mas entre os melhores pratos está o mufete e o saboroso feijão de óleo de palma que, segundo um dos nossos leitores é “digno de alambamento”. Mufete é um prato típico angolano composto por peixe grelhado (normalmente cacusso) servido com feijão de óleo de palma, mandioca, bata doce e banana-pão cozida. Numa pequena tigela à parte vem servido um molho feito por azeite, vinagre e cebola picada. Recomenda-se o molho de jindungo (picante) que vem ao lado. Fomos agradávelmente surpreendidos também pelas sobremesas da casa: ofereceram-nos doces locais, feitos lá mesmo, de graça: podemos escolher entre doce de ginguga, côco e mamão.

Recomendamos vivamente este restaurante, principalmente pelo ambiente ímpar que nos proporciona.

Address | Endereço: Morro Bento - Talatona n°11, (Ver Mapa/See map below) Cuisine | Cozinha: Angolan, Portuguese Price | Preço: Average Tel: +244 923 533 948 Horas | Hours: Todos os dias a partir do almoço/Open every day starting with lunch Payment: Cash, Multicaixa Reservations accepted? | Aceitam-se Reservas? Sim

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Test Drive By

Fredy Costa Puro prazer de condução.

Audi Q7 Pure Driving Pleasure

Moda

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Imponência e sofisticação, são as palavras com que podemos resumir o Audi Q7.

Na altura do lançamento, a Audi definiu o Q7 como um SUV capaz de fazer a ponte entre os argumentos tradicionalmente associados a uma berlina «desportiva», um automóvel de luxo e uma carrinha familiar.

O habitáculo, onde as formas claras e funcionais combinam com a elegância dinâmica, convida a sentar e a apreciar o momento. Aqui, conjugamse características desportivas com múltiplas possibilidades na escolha de configurações personalizadas. O interior tem excelente qualidade nos materiais e montagem, sendo bastante elegante e sofisticado.

Com o generoso espaço que disponibiliza, o Audi Q7 transmite-lhe uma sensação de liberdade muito agradável.

O sistema multifuncional dos bancos e do compartimento de carga, permite até 28 possibilidades de configurações distintas, pelo que poderá ajustar o número de lugares e o espaço da bagageira exactamente às suas necessidades do momento.

As versões a gasolina e a Diesel combinam de forma especial um comportamento desportivo com os atributos de um todo-o-terreno. O motor V8 FSI com 350 cv revela o seu comportamento desportivo no asfalto e o seu vigor fora de estrada. Este motor de 4.2 litros acelera o Audi Q7 dos 0 aos 100 km/h em apenas 7,4 segundos.

Também o motor Diesel de 6 cilindros em V, com 3.0 litros e tecnologia TDI, permite elevadas prestações. Uma potência de 240 cv acelera o Audi Q7 até aos 100 km/h em apenas 8,5 segundos.

A caixa de 8 velocidades com comando dinâmico das mudanças (DSP) permite optar entre a comodidade da transmissão automática e a seleção manual das velocidades através das patilhas no volante multifunções, mas sem comprometer a dinâmica.

Mas, mesmo o melhor condutor tem, por vezes, de enfrentar situações críticas de condução.

O controlo eletrónico de Style

Power and sophistication are the two words that sum up the Audi Q7. When the car was launched, Audi described the Q7 as the SUV that could bridge traditional ideas about “sports” saloons, luxury cars and family vans.

estabilidade ESP, ajuda-o a dominá-las e, assegura, a par da estabilidade do veículo, a eficácia da travagem. Quando o piso está molhado, a sua função de secagem afasta a água dos discos dos travões, melhorando significativamente o efeito de travagem. O controlo de tração ASR assegura uma transmissão da força, tanto quanto possível, uniforme. A suspensão pneumática adaptável em 5 níveis proporciona ao Audi Q7 uma altura ao solo variável que beneficia o seu desempenho fora de estrada. Ao mesmo tempo, combina as características do comportamento desportivo com o elevado conforto, ao permitir uma regulação variável do amortecimento e do nível de suspensão.

Para que o leve para cima, o Audi Q7 exerce toda a força para baixo. Para tal, conta com o sistema de tração integral permanente quattro.

Isso permite uma elevada estabilidade direcional e uma tração impressionante, tanto no asfalto, como fora de estrada.

Em trajectos com muitas curvas, permite uma condução dinâmica e desportiva.

Por outro lado, o Audi Q7 é exímio no comportamento em estrada e é incrível como estão disfarçados os mais de dois mil quilos de peso. Existe muito mais leveza e precisão nos movimentos. De facto, o Q7 é um dos melhores do seu segmento no capítulo do comportamento em estrada.

O segredo está na excelência da dinâmica.

Enfim, para quem quer um SUV para sete pessoas, espaçoso, bastante confortável e seguro, o Audi Q7 mostra-se uma opção muito boa. O desempenho e economia são condizentes com a proposta de um utilitário que geralmente roda mais em ruas e estradas de asfalto. No entanto, não podemos esquecer que ele também foi feito para caminhos mais tortuosos, em que um carro comum teria muito mais dificuldade.

Imponência e sofisticação estão de mãos dadas no Audi Q7.

The car’s interior combines light and functional shapes with dynamic elegance and invites you to sit down and enjoy the moment. It has a combination of sports features and multiple possibilities for your own personal settings. The quality of the materials and assembly is excellent and it’s very elegant and sophisticated. The Audi Q7’s generous space gives a very pleasant feeling of freedom.

The multi-functional system of the seats and boot allow for 28 different configurations, and the number of seats and size of the baggage space can be adjusted exactly to the needs of the moment.

The petrol and diesel versions are a special combination of sports driving performance with the attributes of a 4X4. The V8 FSI 350 hp engine is sporty on the tarmac and dynamic off the road. The 4.2 litre engine accelerates the Audi Q7 from 0 to 100 km/h in just 7.4 seconds. The 6 cylinder, 3.0 litre diesel TDI engine gives high performance.

Its 240 hp capacity accelerates the Audi Q7 to 100 km/h in 8.5 seconds. The 8 speed gear box with dynamic gear control (DSP) means you can choose between the ease of automatic transmission and manual gear selection using the multifunction buttons on the steering wheel without compromising the car’s dynamic.

But the best drivers sometimes have to face critical driving situations. The V8’s electronic stability control (ESP) helps the driver to overcome them and ensures the stability of the vehicle and the efficiency of the brakes.

When the ground is wet, its drying function removes water from the brake discs, significantly improving their efficiency. The ASR traction control ensures the smoothest possible power transmission. The adaptable 5 level pneumatic suspension means

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that the height of the Audi Q7 from the ground is variable, which benefits its off the road performance. At the same time, it combines the features of sports handling with great comfort, as it allows a variable regulation of the car’s cushioning and suspension level.

To bring the car up, the Audi Q7 exerts all of its force downwards using the permanent quattro integral traction system. This means the steering is very stable and the traction is impressive both on and off the road. It’s a more dynamic and sporty drive on more winding stretches of road.

The Audi Q7 performs really well on the road and it’s incredible to see how it disguises its two thousand kilos of weight. Its movements are much lighter and precise. In fact, the Q7 is one of the best cars of its segment in terms of road performance. The secret is in its excellent dynamics.

Finally, the Audi Q7 is a very good choice for people who want an SUV for seven passengers, that’s spacious, very comfortable and safe. Its performance and low fuel consumption are more like a utility vehicle which usually runs on tarmac roads.

But you have to remember that it’s also made for more winding roads that an ordinary car would find more difficult.

Impressiveness and sophistication go hand and hand with the Audi Q7.

Freddy adorou: O Q7 é uma síntese de robustez, de linhas elegantes e desportivas, que confluem numa imagem geral de grande estilo, não perdendo o prazer de condução que é muito agradável. Aliás, o divertimento que se pode ou não proporcionar ao volante, pode mesmo ser um argumento decisivo na escolha de um SUV. Fredy adored it: The Q7 is a combination of robustness, and elegant and sporty lines, creating a general image of great style without sacrificing the pleasure of driving, which is very pleasant. In fact, whether or not the car is fun to drive may be a decisive argument when choosing an SUV. Fotografia / Photography Francisco de Almeida Styling Margarida Brito Paes Camisola DRUMOHR na OFICINA MUSTRA Casaco HERNO na OFICINA MUSTRA Calças MARCO PESCAROLO na OFICINA MUSTRA Sapatos ZEGNA Agradecimentos ao THE OITAVOS HOTEL

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videogames ASSASSINS CREED 4

ASSASSINS CREED 4

A série de videojogos Assassin’s Creed é já conhecida como uma das melhores séries de role-playing game do século, com os seus lançamentos anuais a suscitarem expectativa numa grande legião de fãs. A Ubisoft irá lançar este ano o novo capítulo Assassin’s Creed 4: Black Flag, o qual se centra na temática dos “Piratas das Caraíbas”. Em Black Flag, os jogadores vestem a pele de um pirata, capitão do navio “The Jackdaw”, o que promete uma nova reviravolta na história da saga Assassin’s Creed: batalhas navais. Assassin’s Creed 4 será lançado para PC, Playstation 3 e 4, Nintendo Wii U, Xbox 360 e ainda para nova consola da Microsoft, ainda por apresentar este ano.

The Assassin’s Creed series of video games is already considered one of the best series of role-playing games of the century and its annual launchings create great expectations among its large legion of fans. This year, Ubisoft is launching the new chapter of Assassin’s Creed 4: Black Flag, based on the theme of “Pirates of the Caribbean”. In Black Flag, the players dress up as a pirate, the captain of the ship “The Jackdaw”, which promises a new turn in the story of the Assassin’s Creed saga: ship battles. Assassin’s Creed 4 will be launched for PCs, Playstation 3 and 4, Nintendo Wii U, Xbox 360, and a version for the new Microsoft console will be presented this year.

METRO: LAST NIGHT

METRO: LAST NIGHT

Um dos jogos mais esperados do ano é Metro: Last Light, da 4A Games. Metro:Last Light é um first-person shooter cujo enredo se situa no ano 2034, sob as ruas de uma Moscovo pós-apocalíptica. Nos túneis do Metro os últimos resquícios da raça humana lutam contra hordas de mutantes procurando a todo o custo um mecanismo de destruição massiva, alegadamente guardado num bunker militar, denominado D6. Este jogo é mais lento do que a maioria dos shooters, focandose na exploração de todos os túneis e becos entre as cidades subterrâneas, na interacção com o mundo, na jogabilidade baseada em furtividade e colocando ênfase no realismo. Será lançado para PC, Playstation 3, Wii U e Xbox 360.

Style

One of the most anticipated games of the year is Metro: Last Light from 4A Games. Metro:Last Light is a firstperson shooter with a plot taking place in the streets of a post-apocalyptic Moscow in 2034. In the tunnels of the Metro, the last survivors of the human race fight against hordes of mutants searching for a mechanism of mass destruction allegedly kept in a military bunker called D6. This game is slower than most shooters, focusing on the exploration of every tunnel and alleyway between the underground cities, on interaction with the world, on a playability based on stealth and with an emphasis on realism. It’ll be launched for PCs, Playstation 3, Wii U and Xbox 360.

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STAR TREK: THE GAME

STAR TREK: THE GAME

Depois do filme de 2009, realizado por J. J. Abrams, a Paramount e a Namco Bandai vão lançar o jogo Star Trek: The Game, como continuação da saga do capitão James Kirk e de Spock. Neste jogo, os já conhecidos personagens de Star Trek irão trabalhar em conjunto para travar uma raça alienígena na sua tentativa de controlar a galáxia. Star Trek: The Game apresenta uma experiência de jogo cheia de acção e batalhas espaciais, na qual as diferentes personalidades do elenco contribuem para uma experiência co-op sem precedentes. Star Trek: The Game sairá para PC, Xbox 360 e Playstation 3.

Following the 2009 film directed by J. J. Abrams, Paramount and Namco Bandai are launching Star Trek : The Game which is a continuation of the saga of Captain James Kirk and Spock. In this game, the famous characters of Star Trek will work together to prevent an alien race from controlling the galaxy. Star Trek: The Game presents a game experience full of action and special battles in which the cast of different personalities contribute to a co-operative experience without precedent. Star Trek: The Game will come out for PCs, Xbox 360 and Playstation 3.

Style

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Gadgets Auscultadores / Headphones SONY MDR-XB910

Além da área das consolas de videojogos, a Sony é também um dos grandes em termos de tecnologias audiovisuais. Os novos auscultadores MDR-XB910 são mais um exemplo da larga experiência da Sony na área audiovisual, seja pelos seus graves profundos, proporcionados pela nova Estrutura de Vibração Avançada, quer pelo seu design topo de gama, que permite aos MDR-XB910 ficarem completamente planos para fins de arrumação, sem perderem a qualidade de som. Os novos auscultadores da Sony trazem também um cabo amovível alternativo e microfone/comandos incorporados, de modo a controlar os leitores MP3 ou a conversar em modo mãos livres a partir de um smartphone.

As well as video game consoles, Sony is also one of the greatest companies for audiovisual technology. The new MDR-XB910 headphones are amother example of Sony’s vast experience in the audio-visual area with the extra bass provided by the new Advanced Direct Vibe Structure and the top of the range design of the headphones, which fold completely flat for storage without losing any sound quality. The new Sony headphones also have an alternative removable cable and an in-line microphone /remote to control MP3 readers or hands-free calls from a smartphone.

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BLACKBERRY Z10

A RIM, empresa detentora dos smartphones Blackberry, lançou o Blackberry Z10. O Z10 representa uma nova era para esta marca de smartphones, na qual a RIM se tenta colocar ao nível dos seus competidores directos. O Z10 vem munido com o novo sistema operativo Blackberry 10 que, embora seja uma versão melhor que as anteriores, continua a ter problemas ao nível do software e das aplicações disponíveis. O Z10 vem equipado com um processador dual-core de 1.5 GHz e 2GB de RAM, o que o põe na gama do iPhone e do Galaxy S3, mesmo em relação ao preço.

Assim, embora o novo Z10 seja um salto grande para a RIM, fica bastante aquém dos seus rivais directos.

RIM, the company which owns the Blackberry smartphones, has launched the Blackberry Z10. The Z10 represents a new era for this brand of smartphones, and RIM is trying to bring it into line with its direct competitors. The Z10 comes with the new Blackberry 10 operating system but though it’s a better version than its predecessors, it continues to have problems with the software and the applications available. The Z10 is equipped with a dual-core 1.5 GHz, 2GB processor, which puts it in the same range as the iPhone and the Galaxy S3, even in terms of price. So though the new Z10 is a great leap forward for RIM, it still falls well short of its direct rivals.

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GOOGLE ASUS NEXUS 7

O novo membro da família Google Nexus será desenvolvido pela Asus e fica na fronteira entre smartphones e tablets. Com o seu ecrã de sete polegadas, pode ser considerado como um smartphone grande ou um tablet pequeno. Ainda assim, não deixa de ser uma das novidades mais aguardadas para 2013. O Nexus 7 vem equipado com um processador quad-core NVIDIA Tegra3 de 1.2GHz, 1GB de RAM e Android 4.1. O melhor do Nexus 7 é que possui a melhor relação qualidade/preço/desempenho do mercado, apresentando uma excelente construção, um formato portátil e user-friendly e um ecrã de alta resolução (1280x800 pixeis).

The new member of the Google Nexus family will be produced

by Asus and is on the border between the smartphone and the tablet. Its seven inch screen could be considered to be a large smartphone or a small tablet. Even so, it’s still one of the new products people have really been waiting for in 2013. The Nexus 7 comes equipped with a quad-core NVIDIA Tegra3, 1.2GHz, 1GB and Android 4.1 processor. The best thing about the Nexus 7 is that it‘s the best value for money on the market in terms of quality and performance and is excellently constructed, with a portable, user-friendly format and a high resolution (1280x800 pixel) screen.

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NOVO IPHONE

No mês de Março começou a correr um rumor sobre o lançamento do novo iPhone. Como é óbvio, esta nova versão será melhor, mais rápida e mais eficiente, mas o interessante é o timing do lançamento. Os lançamentos de versões do iPhone ocorriam sempre em Junho. Até que o iPhone 4S saiu em Outobro, o iPhone 5 em Setembro, e agora o iPhone 5S em Agosto (potencialmente). Esta imprevisibilidade permite à Apple responder rapidamente aos competidores, como companhias fidelizadas ao sistema Android. O novo iPhone terá melhor capacidade de processamento e uma câmara melhor, mantendo o mesmo design do seu antecessor. Portanto, se quiser comprar um iPhone, e embora seja apenas um rumor, espere até Agosto pela nova versão.

A rumour started in March about the launching of the new iPhone. Obviously this new version will be better, faster and more efficient, but the most interesting thing is the timing of the launching. Iphones always used to be launched in June until the iPhone 4S came out in October, the iPhone 5 in September and now the iPhone 5S in August (potentially). This unpredictability allows Apple to respond rapidly to competitors like the companies committed to the Android system. The new iPhone will have an enhanced processing capacity and a better camera, though it’ll keep the same design as its predecessor. It’s just a rumour, but if you want to buy an iPhone, wait till August for the new version.

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PLAYSTATION 4

No mês passado, a Sony apresentou a nova geração da consola de jogos PlayStation. A PlayStation 4 apresenta-se como um ecossistema de gaming centrado no jogador, permitindo aos seus utilizadores jogar como, onde e quando quiserem, directamente na PlayStation 4, ou a partir da PlayStation Vita, tablets e smartphones. Outro aspecto fundamental da nova PlayStation é a interacção social, através da Sony Entertainement Network, das redes sociais, permitindo até que os jogadores partilhem o seu jogo em tempo real através de video streaming. Quanto às especificações de hardware, a PlayStation 4 vem equipada com 8 GB de RAM GDDR5, um processador com oito cores, e um GPU de 2 Teraflops.

Last month, Sony presented a new generation PlayStation game consoles. PlayStation 4 is presented as a gaming ecosystem centred on the player, and its users can play how, where and when they want directly in PlayStation 4, or from PlayStation Vita, tablets and smartphones. Another basic feature of the new PlayStation is the social interaction using the Sony Entertainment Network and the social networks, which allow the players to share their game in real time with video streaming. The hardware specifications of PlayStation 4 are 8 GB of RAM GDDR5, an eight colour processor and a GPU of 2 Teraflops.

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SAMSUNG GALAXY S2 PLUS

Porque 2013 será o ano em que as vendas de smartphones vão ultrapassar as de telemóveis normais, passando a ser o maior segmento do mercado das telecomunicações, decidimos dar a conhecer algumas das novidades para este ano.

O novo modelo Samsung Galaxy SII Plus é uma versão optimizada do seu parente mais próximo, o Galaxy S2. Depois do lançamento do Galaxy S3, quem pensou que o S2 não teria uma segunda geração, enganou-se. A Samsung aposta no segmento mais barato do Galaxy, apresentando um smartphone com um design a la Galaxy S3, um processador dual-core com 1.2 GHz, 1GB de RAM, Android 4.1.2, um ecrã de 4.3 polegadas e câmara com 8 megapixeis.

As 2013 will be the year when more smartphones will be sold than normal mobile phones and will take over the largest segment of the telecommunications market, we’ve decided to announce some new phones for this year.

The new Samsung Galaxy SII Plus model is an optimised version of its closest relation, the Galaxy S2. People were mistaken if they thought there wouldn’t be a second generation of the S2 after the launching of the Galaxy S3. Samsung is investing in the cheapest Galaxy segment, and presenting a smartphone with a design like the Galaxy S3, a dual-core processor with 1.2 GHz, 1GB of RAM, Android 4.1.2, 4.3 inch screen and an 8 megapixel camera.

Style

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Futuro

The internet of things

a internet das coisas

Texto/text Paulo Figueiras Ilustração/ilustration Júlio Dolbeth

a Internet, tal como a conhecemos, está a sofrer uma evolução sem precedentes

A Internet é já um utensílio usado todos os dias por milhões de pessoas em todo o mundo.

Seja por motivos de trabalho, lazer ou, simplesmente, como passatempo, a Internet entrou na vida do ser humano de uma forma avassaladora. Mas a Internet, tal como a conhecemos, está a sofrer uma evolução sem precedentes. Esta evolução tem como base a ideia de que, além das já conhecidas páginas Web ou de programas, vídeos e fotos, a Internet também deverá disponibilizar acesso a todas as coisas físicas que nos rodeiam.

Esta evolução desaguará numa nova versão da Internet, denominada de Internet das Coisas (Internet of Things), na qual objectos, ou coisas, terão identidades únicas, tal como acontece hoje com os endereços Web, e conseguirão ligar-se e comunicar entre si e com o seu ambiente. Assim, se um objecto conhecer e disponibilizar as suas propriedades intrínsecas, tais como a data da sua criação, datas de validade, condições de utilização ou mudança de dono possibilitará a objectos ou coisas do mundo físico interagirem activamente e decisivamente com o ambiente que os rodeia. Isto significa que tudo, desde uma lata de refrigerante a uma peça de roupa, disponibilizará informação através da Internet.

Imaginemos que uma pessoa tem que se levantar às 08:00 da manhã para apanhar um transporte público. Se o transporte público disponibilizar informação privada sobre horários ou atrasos, e comunicar com o despertador da pessoa, então se houver um atraso no transporte público, o Style

the Internet as we know it is evolving like never before

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the Internet of Things, in which objects or things will have unique identities like Web addresses today and will be able to connect and communicate with one another and with their environment. Thus, if an object knows and makes available intrinsic properties such as the date it was created, its expiry date, instruction for use or a change of owner, it’ll be possible for objects or things from the physical world to interact actively and decisively with the surrounding environment.

This means that everything, from a can of soft drink to a piece of clothing, could make information available on the Internet.

Let’s imagine that a person has to get up at 8 o’clock in the morning to take the public transport. If the public transport has information about timetables or delays and communicates with the person’s alarm clock, then if there’s a delay on the public transport, the alarm clock will be able to up-date itself automatically and go off ten minutes later. If the alarm clock sets the time to wake up, other domestic appliances could be activated depending on the time the person is to get up, like the coffee machine starting to boil water.

This is just a simple example of the potential advantages of the evolution of the Internet of Things. But it’ll be some time before we have things interacting with one another in this way. There’s still a lot of work to be done on the Internet of Things, and some technologies that will make the evolution possible are still in the research phase.

One of these technologies or perhaps the most important in this evolution is based on sensors. If we can give objects sensors to detect position, movement, temperature or luminosity, then in addition to their intrinsic properties, objects will also be able to decide and act according to sensory information.

There’s a simple example of a can of soft drink left on a counter and getting warm. If the can has a temperature sensor, it can send messages by Internet to its owner telling them that it should be put in the fridge. Another example is a lost wallet: if a wallet has a GPS sensor and its owner loses it, it can throw out a warning if its owner is over 100 metres away.

The Internet of Things has the potential for virtually any object around us to exchange information and work synergically with other objects to dramatically improve our quality of life at various levels. Some areas in which the Internet of Things will bring great changes are health, the aeronautical industry, telecommunications, independent living, the pharmaceutical, retail and logistics industry, the manufacturing industry, the monitoring of the environment, agriculture, transport, the media and entertainment industry.

The Internet of Things is divided into various areas, some of which have been well publicised such as Smart Cities, Intelligent Houses (domotics), Smart Grids and Intelligent Transportation Systems, or more abstract areas such as Smart Economy and Smart Governance.

The Internet of Things is an area of research which has created a great deal of work and already has a community of many thousands of people throughout the world who are interested in its evolution.

Proof of this interest is the meetings and workshops held all over the world to discuss and improve the areas of the Internet of Things, such as the IoT Weeks, held in various countries, or meetings like IoT Africa, IoT Brazil or IoT China, which showcase new advances in the Internet of Things achieved in a certain continent or a country.

The Internet of Things may still seem like something from a science fiction film, but it’s much closer than most people would expect and it won’t be long before this new version of the Internet comes right into our lives just as today’s Internet has done.

despertador poderá actualizar-se automaticamente para despertar dez minutos, mais tarde. Agora, se o despertador disponibilizar a hora de despertar, outros utensílios domésticos podem ser activados consoante a hora a que a pessoa vai acordar, como por exemplo, a máquina do café começar a aquecer água quando a pessoa acorda.

Este é apenas um simples exemplo do que poderão ser as vantagens da evolução da Internet das Coisas. Mas ainda falta algum tempo até termos coisas a interagir umas com as outras desta maneira.

Muito ainda está por fazer, quando se trata da Internet das Coisas, e algumas das tecnologias que possibilitarão esta evolução ainda estão em fase de investigação. Uma destas tecnologias, senão a mais importante nesta evolução, baseia-se em sensores. Se conseguirmos munir objectos com sensores de posição, movimento, temperatura ou luminosidade, além das suas propriedades intrínsecas, os objectos poderão ainda decidir e actuar consoante a informação sensorial.

Um simples exemplo é uma lata de refrigerante deixada numa bancada a aquecer. Se a lata de refrigerante tiver um sensor de temperatura, então poderá enviar mensagens pela Internet ao seu dono a avisá-lo de que deverá pô-la no frigorífico. Outro exemplo é uma carteira perdida: Se uma carteira tiver um sensor de posição GPS, então, se o seu dono a perder, esta pode lançar um alerta se o seu dono se encontrar, por exemplo, a mais de 100 metros de distância.

No limite, a Internet das Coisas possibilitará que virtualmente qualquer objecto à nossa volta possa trocar informação e trabalhar sinergicamente com outros objectos para aumentar dramaticamente a nossa qualidade de vida a vários níveis. Algumas das áreas em que a Internet das Coisas trará grandes mudanças são saúde, indústria aeronáutica, industria das telecomunicações, independência de vida, indústria farmacêutica, retalho e logística, indústria de manufactura, monitorização do ambiente, agricultura, transportes, industria dos Media e entretenimento.

A Internet das Coisas está dividida em várias vertentes, algumas delas já bastante publicitadas, tais como Cidades Inteligentes (Smart Cities), Casas Inteligentes (domótica), Redes Inteligentes (Smart Grids) e Sistemas de Transporte Inteligentes (Intelligent Transportation Systems), ou vertentes mais abstractas como Economia ou Governança Inteligentes (Smart Economy, Smart Governance).

A Internet das Coisas é uma das áreas de investigação com mais esforços produzidos, e tem já uma comunidade de muitos milhares de pessoas interessadas na sua evolução, espalhada por todo o mundo. Provas deste interesse são os encontros e workshops realizados um pouco por todo o mundo, com o objectivo de discutir e melhorar todas as vertentes da Internet das Coisas, tais como as IoT Weeks, realizadas por todo o mundo, ou encontros como IoT Africa, IoT Brazil ou IoT China, nos quais são mostrados os novos avanços conseguidos num continente ou país específico, relativamente à Internet das Coisas.

A Internet das Coisas pode ainda parecer um assunto retirado de um filme de ficção científica, mas está muito mais próximo do que a maioria esperaria, e não faltará muito até que esta nova versão da Internet entre pelas nossas vidas adentro, tal como a Internet de hoje o fez.

— The Internet is already a tool used everyday by millions of people all over the world. Whether for work, leisure or simply as a pastime, the Internet has become an overwhelming presence in people’s lives.

But the Internet as we know it is evolving like never before. This evolution is based on the idea that in addition to the website pages or programmes, videos and photos we already know, the Internet should also allow us to access all of the physical things around us This evolution will open up a new version of the Internet called Style

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Beauty Bottega Veneta Parfum Fundada em 1966 em Veneza, desde sempre a Casa Bottega Veneta se guiou por padrões de luxo, tendo ficado conhecida pelos seus acessórios de couro simples e elegantes. Foi este espírito de simplicidade e de luxo sublime que inspirou Michael Almairac na criação desta fragrância. Bottega Veneta Eau Légère é uma reinterpretação do perfume original da marca, surgindo agora com as mesma notas florais mas em tons mais frescos usando pautas de gardénia. A sensualidade e carácter do perfume original mantém-se mas agora mais leve como se tivesse sido passado através de uma cristalina cascata.

Founded in 1966 in Venice, Casa Bottega Veneta has always been very luxurious and is renowned for its simple and elegant leather accessories.

It was this spirit of simplicity and sublime luxury that inspired Michael Almairac to create this fragrance. Bottega Veneta Eau Légère is a reinterpretation of the brand’s signature perfume, and comes with the same floral notes, but with fresher tones and gardenia melodies. The sensuality and spark of the original perfume is still there, but now with the lightness of a perfume flowing through a crystalline waterfall.

Por/ By: Nair Fortunato

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See by Chloé See by Chloé foi pensado para raparigas de sorriso fácil, capazes de dançar na rua sem se preocuparem com o que os outros pensam, pois vivem o momento, desafiam a vida de uma forma sedutora. Uma personalidade inspiradora que foi recriada numa fragrância floral com notas de jasmim e flores de macieira, apontamentos frescos de baunilha e bergamota e um ligeiro tempero de sândalo o que lhe confere um ar misterioso no meio da ternura inocente das flores e do espirito livre dos aromas frutados.

A personificação perfeita da rapariga See by Chloé.

See by Chloé was designed for girls who smile easily and will dance in the street without worrying about what other people think, live for the moment and challenge life in a seductive way. This inspiring personality has been recreated in a floral fragrance with notes of jasmine and apple blossom, fresh touches of vanilla and bergamot and a light seasoning of sandalwood.

These smells lend an air of mystery with the innocent tenderness of the flowers and the free spirit of the fruity aromas - the perfect personification of the See by Chloé girl.

Por / By: Nair Fortunato www.seebychloe-fragrance.com

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Anny Sparks Os vernizes Anny juntam fãs por todo o mundo. O segredo é a sua vasta paleta de cores e a sua formula que garante protecção e durabilidade.

A sua mais recente colecção conta com cinco cores metalizadas (púrpura, lilás, dourado rosa, cinzento, verde e azul). Dressed for the stage é assim uma nova gama de vernizes pensada para todas as mulheres que querem ser notadas, seguindo sempre as tendências da moda.

The Anny nail polishes have won fans all over the world, and their secret is a vast palette of colours and a perfect formula that guarantees protection and durability. The most recent collection is called “Dressed for the Stage”, with five metallic colours (purple, lilac, gold, pink, grey, green and blue) and is a range of nail polishes for all women who want to stand out in the crowd and are always up with the latest fashion trends.

Por / By: Nair Fortunato www.anny-cosmetics.de

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Beauty Sisley against dark-circles under the eyes As olheiras são o primeiro e mais visível sinal de cansaço, as maiores inimigas de uma pele perfeita e de um ar saudável. Para ajudar a combater este pesadelo, a Sisley lança o corrector Phyto-Cernes Éclat uma nova formúla de tratamento e maquilhagem. Actua sob três aspectos fundamentais: nas falhas circulatórias, usando três extractos vegetais que estimulam a microcirculação; nos papos, tendo como grande aliada a cafeína que reduz visivelmente a acumulação de gordura e falta de hidratação utilizando extratos de cenoura e glicerina para nutrir a pele.

Com uma aplicação a durabilidade é de oito horas e a uniformidade com a pele é perfeita. Phyto-cernes Éclat está disponivel em três tons sendo sempre acompanhado por um pincel; para além disso é ainda constituído por uma extremidade metálica que deve ser passada sobre as olheiras antes da aplicação do produto, já que tem um efeito frio descongestionante.

— Dark circles under the eyes are the first and most visible sign of tiredness and one of the greatest enemies of a perfect healthy looking skin. Sisley has launched a new treatment and make-up formula called the the PhytoCernes Éclat corrector to help to fight this nightmare. It acts on three basic areas: circulatory problems using three vegetable extracts which stimulate micro-circulation; puffiness, with the great help of caffeine which visibly reduces the accumulation of fat; and lack of hydration, using extracts of carrot and glycerine to feed the skin.

One application lasts for eight hours and blends perfectly with the skin.

Phyto-cernes Éclat is available in three colours and always comes with a brush. It has metal at the end which should be passed over the dark circles before applying the product as it has a cold and decongesting effect.

Por/ By: Nair Fortunato www.sisley-cosmetics.com

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YSL Forever Light Creator Uma pele luminosa, sem manchas ou despigmentação é o sonho de qualquer mulher. Sendo uma das principais preocupações dermatológicas femininas ainda antes das rugas. Conseguir um aspecto luminoso e um tom de pele regular, é o maior segredo para uma beleza natural, afinal uma pele bem tratada é o grande segredo do mundo da beleza. Com Forever Light Creator a YSL conseguiu, através de uma tecnologia inovadora, criar um serum que em apenas sete dias consegue uma pele mais luminosa, mais firme e com menos sombras; ao fim de um mês de tratamento, a pele fica 80% mais luminosa e as manchas são reduzidas em 63%. Uma linha de cosmética que vem revolucionar os cuidados de pele.

A luminous skin without blemishes or loss of pigmentation is the dream of every woman. It’s one of the greatest skin concerns of women - even more than wrinkles. Achieving a luminous look and a smooth skin tone are the greatest secrets of natural beauty for they show a well-treated skin. YSL has used innovative technology to create the Forever Light Creator, a serum which achieves luminous, firmer skin with fewer dark spots in just seven days. After one month of treatment the skin is 80% more luminous and the marks are reduced by 63%. This line of cosmetics will revolutionise skincare. http://www.yslbeautyus.com By: Nair Fortunato

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Beauty Dries Van Noten por / by Frederic Malle Fredéric Malle, Dries Van Noten e Bruno Javanovic juntaram-se para a criação de um perfume único que representa aromaticamente o espirito criativo do designer de moda. Segundo Malle “ as criações de Van Noten fazem lembrar os interiores Nórdicos onde uma mobília barroca se mistura naturalmente com as pinturas mais modernas.”; sendo precisamente esta exploração de combinações improváveis que serviu de inspiração à fragrância. As principais notas do perfume são de madeira da Índia e baunilha, passando ainda pelo limão, açafrão e jasmim. Uma combinação forte, clássica mas inesperada.

Fredéric Malle, Dries Van Noten and Bruno Javanovic have joined forces to create a unique perfume whose fragrance expresses the creative spirit of the fashion designer. According to Malle, “The designs of Van Noten have always made me think of those Nordic interiors, where baroque furniture and modern paintings come together”. It was precisely this exploration of improbable combinations that served as the inspiration for the fragrance.

The perfume’s main notes are Indian wood and vanilla, and also lemon, saffron and jasmine – a strong, classical but unexpected combination.

Texto/ Text: Margarida Brito Paes www.fredericmalle.com

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1 Million Intense Depois do enorme sucesso de 1 Million, a saga de Paco Rabanne continua com 1 Million Intense. Uma versão mais cinematográfica e sedutora da fragrância, tendo notas como o couro, o sândalo, aromas florais, canela, pimenta preta, açafrão e tangerina. O resultado é um perfume forte e confiante, sofisticado mas ao mesmo tempo muito sexy e intenso. Perfeito para homens carismáticos, que conseguem sempre aquilo que querem com um simples estalar de dedos.

After the enormous success of 1 Million, the Paco Rabanne saga continues with 1 Million Intense. It’s a more cinematographic and seductive version of the fragrance with notes of leather, sandalwood, floral aromas, cinnamon, black pepper, saffron and tangerine. The result is a strong, confident and sophisticated perfume which is sexy but intense. It’s perfect for charismatic men who always get what they want by simply clicking their fingers.

Texto / Text: Nair Fortunato www.pacorabanne.com/million/en/

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Beauty Dior Homme A linha de cuidado Dior Homme Dermo System foi criada em parceria com o laboratório “Unidade Clínica Geral de Pesquisa e Experimentação em Pele de Harvard”. Pensada para um homem moderno, sofisticado e culto que se preocupa com os sinais da idade e que quer ter um pele saudável e luminosa. Dior Homme actua assim em quatro frentes com cuidados de limpeza, after-shave, tratamentos revitalizantes e correctores da pele, tudo isto para responder de forma eficaz às exigências do dândis modernos.

The Dior Homme Dermo System skincare range was created in partnership with the laboratory of the “Harvard General Clinical Unit for Research Trials and Outcomes in Skin” and is designed for a modern, sophisticated and cultured man who is concerned about signs of aging and wants to have a healthy, luminous skin. Dior Homme acts on four fronts: skin cleansing, after-shave, revitalising treatments and skin correction, all of which respond efficiently to the needs of the modern dandy.

Texto/Text: Margarida Brito Paes www.dior.com/beauty/int/en/dior_homme_dermo_system/ltmenskincare.html

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Perfect Abs Qual é o homem que não gosta de uma barriga bem definida e qual é a mulher que não repara numa barriga com abdominais perfeitos?!

Mas nem sempre é fácil consegui-los. Por muito ginásio e desporto que se pratique basta algum tempo sem a dose certa exercício para que a definição desvaneça. Foi a pensar nos homens que gostam de cuidar de si mas que nem sempre têm tempo para o ginásio que a Sephora criou o creme reafirmante Ab Firming Gel, fresco e tonificante é ideal para ajudar a redefinir a zona abdominal.

What man doesn’t like a well-defined stomach and what woman doesn’t notice a stomach with perfect abs.?! But it’s not always easy to achieve them no matter how hard you work at gymnastics and sport, and the definition starts to disappear if you can’t do the right amount of exercise for a while. Sephora was thinking about men who like to look after themselves but don’t always have time for the gym when it created the fresh and toning Ab Firming Gel - an ideal help for redefining the abdominal area.

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Looks Like Hermès

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Camisa branca e sapatos de atacadores, não poderia ser um look mais clássico a grande diferença está no pullover substituindo por uma camisola de malha fina em tom forte.

1 Hermès S/S 2013 2 American Vintage 4 Cheap Monday 5 Jonh Hardy 6 Fred Perry 7 Diesel 8 Henry Cotton`s 9 Empori Armani 10 Blackstone 11 Burberry

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Looks Like Dsquared 2

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O desportivo junta-se ao clássico em looks onde as malhas surgem em tons fortes debaixo de blaizers e por cima de calções. Mas são os contrastes de cor os verdadeiros protagonistas deste loo. Assim pode trocar o blazer por um outro casaco escuro.

1 Dsquared 2 S/S 2013 2 Miguel Vieira 3 Lacoste 4 Massimo Dutti 5 Gucci 6 American Vintage 7 Ralph Lauren 8 Persol 9 Prada 10 Jonh Varvatos

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Livro / Book

O Fluxo Imparável da Vida Vítor Burit y da Silva

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The Unstoppable Flow of Life Vítor Burity da Silva Texto de / Text by Catarina Homem Marques Ilustração / Ilustration by de Pedro Lourenço

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O escritor angolano Vítor Burity da Silva viu um velho à beira de um rio e a partir daí escreveu um livro feito de memórias, poesia e da força do tempo que passa.

Angolan writer Vítor Burity da Silva saw an old man by a river and used the image to write a book made of memories, poetry and the force of time passing.

Imagine-se ao longe, com uma paisagem africana de fundo, a silhueta de um homem a caminhar e a subir transpirado ao longo da margem de um rio. Tem 91 anos, as mãos cheias de rugas e um rosto já cansado onde ainda bate o sol. E imagine-se também um escritor que o vê, que o guarda na memória, e que a partir daí se lança na escrita de um livro. É dessa combinação e dessa matéria que é feito o livro "O Velho do Rio Sem Nome", o mais recente romance do angolano Vítor Burity da Silva.

Não é que o escritor conheça aquele velho, mas imagina-o. E, capítulo a capítulo, viaja pelas suas memórias. Desde os tempos em que andava a correr com os joelhos encardidos e a mãe ainda ralhava com ele por trepar a uma nespereira, até aos momentos mais difíceis passados num hospital. "Desde o nascimento a vida desenvolve-se de tal forma que a idade cronológica passa a definir-se pelo tempo que avança. O homem e o tempo influenciam-se mutuamente, produzindo profundas mudanças nas subjectividades e diferentes representações que lhe permitem lidar com a questão temporal", explica Vítor Burity da Silva.

Este livro é uma dessas diferentes formas de lidar com a questão temporal, de reflectir sobre a velhice, sobre a passagem do tempo.

"Se cada pessoa tem a sua velhice singular, as velhices passam a ser incontáveis e a definição do próprio termo torna-se um impasse." A cada vida a sua velhice, e a cada velhice as suas memórias.

“Percebe-se actualmente que os nossos referenciais sobre a terceira idade e tudo o que se supunha saber é insuficiente para definir o que actualmente se concebe como terceira idade." Há até diferentes perspectivas sobre a velhice consoante a geografia onde nos encontramos, como pode testemunhar Vítor Burity da Silva, que estudou em Portugal mas vive em Luanda: "Em África há um princípio que eu muito admiro, ser mais velho implica um respeito e um tratamento diferentes, e há nesse contexto um colorido que satisfaz e alegra."

Tal como o rio avança, esse mesmo rio que o velho contempla logo no início, é também essa a metáfora da vida. "Na vida, a cada momento a pessoa está a intercambiar-se, ou mesmo a perder energia.

Mas essa energia também pode ser recuperada e, para isso, o modo mais efectivo é reviver o acontecimento para conter o fluxo." Não dá para parar um rio tal como não dá para parar a vida, mas podemos sempre recordar, tal como o velho deste livro.

Uma recordação que se faz por via de uma escrita poética que é imagem de marca de Vítor Burity da Silva. "Um olá ou um bom dia será talvez o mais frequente relacionamento das gentes de outros lugares que não sejam os trópicos." Mas em África não é assim, há calor e um sentimento profundo de família e de convívio. "Isso motiva de forma diferente a criatividade e talvez isso faça com que, tanto na escrita como em outras áreas da cultura, o africano seja mais um visionário do futuro que um melancólico do passado."

Resta-nos imaginar este velho na margem de um rio, acompanhálo e sentir que somos também seus netos. "Todos fomos ou somos netos e sabemos que através deles, da experiência, colhemos muito do que nos poderá servir no futuro."

Imagine the silhouette of a man who sweats as he walks and climbs along a river far in the distance, with an African landscape in the background. He’s 91 years old, with wrinkled hands and a tired face on which the sun still shines, and imagine a writer who sees him, keeps him in his memory and sets about writing a book from there. This combination and this material sets the scene for the book “O Velho do Rio Sem Nome” (The Old Man from the River with No Name) the latest novel of Angolan writer Vítor Burity da Silva.

It’s not that the writer knows the old man, but he imagines him and travels through his memories from chapter to chapter of the book - from the times when he ran around with grubby knees and his mother still told him off for climbing a loquat tree, to his most difficult moments in a hospital. “From the time he was born, his life progressed in a way that his chronological age began to be determined by the time that went on. The man and time influenced one another and created deep subjective changes and different representations that allowed him deal with the question of time”, explains Vítor Burity da Silva.

This book is a different approach to the question of time - of reflecting on old age and on the passage of time. “If each person has their own unique old age, old ages can no longer be counted and the definition of the term itself becomes a dead-end.” Every life has its old age and every old age has its memories.

“We’ve realised in recent times that everything we thought about the elderly and everything we thought we knew isn’t enough to define what we see as old age today.” People have different ideas about old age depending on where they are geographically Vítor Burity da Silva says, as a person who studied in Portugal but lives in Luanda: “Africa has a principle that I really admire - people who are older are respected and addressed differently and in this context there’s a richness that is satisfying and joyful.”

Just as the river flows on, that same river the old man contemplates at the very beginning of the book, is also the metaphor for life. “In life, people change or even lose energy at every moment. But this energy can also be recovered and the most effective way to do that is to relive the event and contain the flow.” You can’t stop a river just as you can’t stop life, but you can always remember just like the old man in this book.

Recollection is created through the poetic writing which is the trademark of Vítor Burity da Silva. "A hello or a good morning may be the usual relationship of people from places outside the Tropics.” But it’s not like that in Africa, the people and the place are warm and there’s a deep feeling of family and communion. “This stimulates creativity in a different way and perhaps this makes Africans more visionary about the future than melancholy about the past, both in writing and in other areas of culture.”

All we have to do now is imagine this old man by the river, go with him and feel that we’re His grandchildren too. “We’ve all had or still have grandparents and we know that it’s through them, from their experience, that we gain so much that can serve us in the future.”

Cultura

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Arte / Art

F r a n c i s c o V i d a l Diálogo e Negociação Texto /text Francisco Vaz Fernandes

Dialogue and Negotiation

Para Francisco Vidal, artista Angolano que viveu toda a sua juventude em Lisboa, recorrer à iconografia de Eusébio foi um processo essencial para questionar a sua diferença, durante o período em que frequentava o curso de Pintura na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, em Portugal. Esta questão de identidade, marcada por uma raiz africana e por uma educação europeia, seria até aos seus actuais 34 anos um tema interminável, na sua produção artística.

Cultura

As an Angolan artist who spent all of his childhood and adolescence in Lisbon, Francisco Vidal used the iconography of Eusébio as an essential part of questioning the way he was different, when he was studying Painting at the Escola Superior de Arte e Design of Caldas da Rainha, in Portugal. An identity marked by African roots and a European education was a continuous and important theme in his art work until he was 34.

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Actualmente a residir em Luanda, Francisco Vidal descreve como um processo natural o seu longo percurso internacional, que o levou até onde está. Pelo caminho fez paragens em Berlim, Nova Iorque, Rio de Janeiro, São Paulo, Dili, Bali e Santiago do Chile, lugares que em determinada altura surgiram como ideais para se fixar e desenvolver um projecto criativo. Todas as deslocações começavam, invariavelmente, por um programa de pós graduações ou de residência artística, ou convite para exposições, que lhe traziam a vantagem de poder conhecer e estabelecer importantes relações, úteis numa perspectiva de internacionalização do seu trabalho.

Muito do discurso artístico de Francisco Vidal assentava sobre o seu posicionamento enquanto africano da diáspora, aculturado pela civilização europeia e com o desejo de conquistar um lugar na arte contemporânea ocidental, um território, essencialmente, elitista. O seu objectivo era exibir a sua diferença em termos de percepção artística. Por isso, muitos dos seus trabalhos passavam por uma reavaliação da própria história da arte ocidental, introduzindo elementos dissonantes referentes à negritude das emigrações do continente africano e figuras tutelares, como os jogadores de futebol Eusébio e Pelé ou músicos influentes no jazz americano, como John Coltrane e Miles Davis. Contudo, o trabalho de Francisco Vidal não se reduzia à perspectiva da “raça” . Pelo contrário, o artista mina os conceitos de pureza e originalidade fazendo com que as referências que gosta de evocar façam parte da cultura de todos independentemente da raça ou género. Em suma: o trabalho de Francisco Vidal discute a identidade individual como algo construído na negociação entre as diversas identidades colectivas.

Para o artista, a estratégia passava por um trabalho que questionava o sentido único do modernismo ocidental. Tornava-se evidente que existiam vários modernismos e perspectivas das artes, estando todas elas num diálogo de forças. Desta forma, Francisco Vidal compreendia que o centro artístico que tinha almejado no início da sua carreira passava, então, a ser uma miragem. Depressa percebeu que podia participar no grande diálogo que compõe os discursos dominantes na arte contemporânea, colocando-se de um ponto de vista mais longínquo. De resto, as suas viagens por diversos pontos do globo permitiram-lhe ter a certeza de “que existem sempre diferentes contadores de histórias da mesma história”.

Tendo-se deslocado para Luanda, todo o seu discurso pós-colonial inicial, aplaudido pelo mundo ocidental, revelava-se demasiado académico. Hoje sente que faz mais sentido estudar as possibilidades de uma pintura angolana pós-independência, tendo em conta o exemplo da história da Europa que, após as suas duas grandes guerras, viveu uma revolução económica que deu origem a uma efervescência artística. Essa é a esperança que o alimenta. Para Francisco Vidal, “Luanda é uma cidade jovem e vibrante, propícia a uma vida intensa e criativa”.

Francisco Vidal is currently living in Luanda and describes his long international path to where he is now as a natural process. On the way, he stopped off in Berlin, New York, Rio de Janeiro, São Paulo, Dili, Bali and Santiago do Chile, all places he considered ideal for living and working on creative projects at certain times. Every move was initiated by a post-graduate programme or art residency or by an invitation to exhibitions, where he was able to meet and form important relationships which helped to internationalise his work.

Much of Francisco Vidal’s artistic reasoning comes from his position as an African in the diaspora, who is influenced by European culture and has the desire to find his niche in the essentially elitist world of Western contemporary art. His objective is to show people his distinct artistic awareness. That’s why much of his work has involved a re-evaluation of the history of Western art itself, and introduces discordant elements about the negritude of emigration from the African continent and leading figures like footballers Eusébio and Pelé or influential musicians in American jazz like John Coltrane and Miles Davis. But Francisco Vidal’s art isn’t just about “race”. On the contrary, he tends to undermine concepts of purity and originality and likes to use references from everyone’s culture regardless of race or gender. Francisco Vidal’s work essentially discusses individual identity as something constructed by the negotiation between different collective identities.

His strategy has been to question the idea of one Western modernism.

It became obvious that there were various modernisms and perspectives in the arts, all of which had strong arguments in their favour and Francisco Vidal realised that the artistic centre he had aspired to at the beginning of his career was really just a mirage. He rapidly saw that he could join the great discussion between prevailing views in contemporary art from a more detached point of view. His journeys to different parts of the world have made him certain “that there are always different storytellers for the same story”.

He moved to Luanda and his initial post-colonial ideas, so applauded by the west, proved to be too academic. Today he feels it would make sense to study the possibilities of post-independence Angolan painting, considering the example of European history which experienced an economic boom after two great wars that brought artistic creativity bubbling to the surface. This is his great hope. For Francisco Vidal “Luanda is a young, vibrant city, conducive to an intense, creative life”.

Estúdio Candonga Grande parte do trabalho criativo de Francisco Vidal está centrado na prática do desenho. Ainda jovem, antes mesmo de entrar numa escola de artes, já criava fanzines onde imperava um desenho de carácter satírico, que convivia com frases sobrepostas. Na escola de arte, quando passou para telas de grande formato, introduziu este mesmo tipo de linguagem. O processo de produção passava por desenhar dia-a-dia novas histórias numa tela, que se iam sobrepondo.

Acrescentar e apagar faziam parte deste processo, que se assemelha a um diário. O imediatismo e o excesso de informação, sem qualquer hierarquia, expresso nos seus quadros, acaba por o levar a um caos visual, que o artista alimenta.

No entanto, a prática artística de Francisco Vidal não se resume apenas a pintura e desenho. Em geral, estes géneros aparecem inseridos

Culture

Estúdio Candonga Much of Francisco Vidal’s creative work is based on drawing. When he was a young boy, even before he’d ever stepped foot in an art school, he created fanzines in which he combined satirical drawings with different phrases. At art school he used the same kind of language when he started working with large canvases. His creative process was to use a canvas to draw new overlapping stories each day. Adding and deleting were part of this process which was like a journal. The immediate, excessive and unordered information in his pictures leads him to a visual chaos that he cultivates.

But Francisco Vidal’s art work isn’t limited to just painting and drawing. Most of the time, these art genres join the dominant video and performance in his installations. Theoretically, this combination of

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em instalações onde o vídeo e a performance têm uma forte presença. Em princípio, a convivência entre os géneros conduz a uma ideia de arte total, que é sustentada pelo artista através da ligação entre a arte e a vida. Por outras palavras, Francisco Vidal tem defendido uma não separação entre o que é a sua vida e o que é a sua produção artística, da mesma forma que não encontra fronteira entre os géneros artísticos que, no seu trabalho, coabitam entre si.

Para se compreender melhor, é necessário focar o projecto que desenvolve em Luanda com a sua companheira sentimental, Rita GT, igualmente artista plástica. Na verdade, apesar de manterem um percurso individual, nos últimos anos apresentaram ínumeros projectos em conjunto. O Estúdio Candonga, onde se têm apresentado em colectivo, é um misto de identidade e de espaço físico. Na verdade, o Estúdio Candonga é uma extensão da sua própria casa, um espaço de trabalho e de exposição. É uma resposta a todas as circusntâncias que vivem em Luanda, já que o projecto nasceu quando o casal se apercebeu das “possibilidades do mercado informal africano”. “Em África o nosso trabalho não podia depender da ideia de galeria, sendo necessário abrir o nosso leque de possibilidades de organização, materialização e desenvolvimento de ideias exploradas no nosso processo criativo.”

O Estúdio Cadonga é, basicamente, um espaço na casa e na vida deste casal de artistas, ao qual chamam “espaço de trabalho” e que “serve para proteger e desenvolver as ideias até que elas tenham espaço e maturidade suficientes para enfrentarem um público.” No entanto, pode ter outras funcões e, reorganizado, pode transformar-se num espaço de exposição do seu trabalho, ou mesmo acolher outros artistas, o que ainda não aconteceu. Ao mesmo tempo, pode ser a identidade de um colectivo, constituído pelo casal que se desloca e expõe os seus trabalhos noutros lugares, como aconteceu recentemente na União Nacional dos Artistas Plásticos, em Luanda, com o tema “Revolução Industrial Africana”. Esta é a segunda vez que a dupla se apresenta numa exposição em Angola. A primeira, ocorreu envolvida numa colectiva da galeria Souso, apoiada pela fundação Sindika Dokolo.

Para quem veio da Europa, o Estúdio Cadonga é um registo da vida de uma nova Luanda, que obriga Francisco Vidal e Rita GT a responder a grandes desafios com uma intensidade e uma criatividade que não encontraram em outros continentes.

Culture

genres leads to an idea of total art which he supports by connecting art with life. In other words, Francisco Vidal has advocated a nonseparation of his life from his art work, just as he sees no boundaries between the different artistic genres which co-habit in his work.

For a clearer understanding, you have to see the project he’s developing in Luanda with his companion, Rita GT, who’s also an artist.

Though they’ve followed individual career paths, over the last few years they’ve presented numerous projects together. Estúdio Candonga is a collective project, a mixture of identity and physical space.

Estúdio Candonga is actually an extension of their home - a place for work and exhibitions. It’s a response to the whole situation they experience in Luanda and the project was created when the couple saw the “possibilities of the informal African market”. “In Africa, our work couldn’t depend on the idea of the gallery and we had to open up our possibilities for organising, materialising and developing the ideas we explore in our creative process.”

Estúdio Cadonga is essentially a space in the home and the life of this artistic couple. They call it a “work space” and say its “purpose is to protect and develop ideas until they have enough space and maturity to face an audience.” But it could have other functions and when it’s re-organised it could become a space for exhibiting their work or even for taking in other artists, something that hasn’t happened yet. At the same time, it could represent the identity of a collective consisting of this couple who go to other places to exhibit their work, as they did recently at the União Nacional dos Artistas Plásticos in Luanda, with “African Industrial Revolution”. This is the second time the couple has presented their work at an exhibition in Angola. The first time was a group exhibition at the Souso gallery supported by the Sindika Dokolo foundation.

Estúdio Cadonga has the energy of the life in a new Luanda and, as such, forces Francisco Vidal and Rita GT to confront great challenges with an intensity and creativity that they didn’t find in other continents.

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Urbanismo / Urbanism

Luz Colectiva no Mali Studio Matteo Ferroni

Texto/Text Paula Melâneo

Collective Light in Mali

FOROBA YELEN (luz colectiva) é o nome que as mulheres da zona rural de Cinzana, no Mali, chamam a um sistema de iluminação portátil, destinado a ser partilhado durante o trabalho, actividades educativas e celebrações.

Este projecto foi idealizado pelo italiano Matteo Ferroni, arquiteto e video artist, no seguimento de um estudo antropológico de mais de dois anos numa zona rural do Mali. A sua realização foi conseguida através da Fundação eLand, uma plataforma de colaborações para o estudo de Culturas e Territórios, unindo pesquisa e activismo, fundada por Ferroni em 2011. O projecto teve ainda acesso a fundos cedidos pela Universidade Barcelona, ao ser distinguido com uma Menção do City to City Barcelona FAD Award 2012.

Quando viveu em Bamako, Matteo Ferroni apercebeu-se de que 87% da população do país não tinha electricidade, dos quais aproximadamente 55% não tinha qualquer acesso a fontes energéticas. Isto obrigava a que as tarefas do quotidiano tivessem de ser executadas durante as horas de luz, que são na sua grande maioria horas de calor excessivo onde pessoas e animais procuram descansar à sombra.

Uma observação atenta dessa zona rural, a cerca de 300km a norte de Bamako, revelou como as comunidades locais têm fortes laços sociais, na partilha de bens e envolvimento em tarefas comuns. E se de dia se dormita sob o calor, é à noite que há espaço para actividades. Por isso, mais do que iluminar o espaço público a necessidade era a de dar luz às próprias actividades. Ferroni compara essa zona de luz à sombra criada por uma árvore, que se torna num espaço confortável e de reunião.

A ideia foi criar uma luminária portátil, que tivesse uma utilização colectiva e pudesse ser partilhada pelas mulheres para o trabalho, desse apoio durante as actividades educativas e durante práticas rituais. Uma nova "ferramenta no sentido antropológico" que viria dinamizar e transformar a vida destas comunidades.

E da ideia para a acção: constituíram-se parcerias e produziram-se 4 protótipos. A parte mais tecnológica da luminária é o sistema de captação solar, desenvolvido pela empresa italiana parceira, a Nadlec Lighting, em que a energia do intenso sol africano é acumulada em baterias que permitem fazer funcionar as lâmpadas LED em mais de 6 horas de autonomia. A estrutura de suporte, um braço e uma roda, é desenhada à medida para poder ser construída por artesãos locais: com materiais reciclados de bicicletas e tubos de água soldados. A associação de um mecânico (de bicicletas), um soldador e um electricista garantem a sua construção.

A falta de industrialização do Mali não permite que estas luminárias sejam produzidas em série, por isso foram Cultura

FOROBA YELEN (collective light) is the name given by the women from the rural area of Cinzana, in Mali to a portable lighting system designed to be shared during work, educational activities and celebrations.

This project was devised by Italian architect and video artist, Matteo Ferroni, after an anthropological study of over two years in a rural area of Mali. It was achieved with the support of the eLand Foundation, which was set up by Ferroni in 2011 and is a platform of cooperation for the study of cultures and territories that combines research with activism. The project has also had access to funds from the University of Barcelona after being awarded a Mention at the City to City Barcelona FAD Award 2012.

When he was living in Bamako, Matteo Ferroni realised

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that 87% of the country’s population had no electricity, about 55% of whom had no access at all to energy sources. This meant that their daily chores had to be done during the daylight hours when the heat is almost always excessive and both people and animals tend to rest in the shade.

Close observation of this rural area, situated about 300km north of Bamako, found that the local communities had very strong social ties, and shared property and common tasks. If the daytime is for snoozing, then there’s space during the night-time for activities. That’s why it was more necessary to light up the activities themselves than the public areas. Ferroni compares this area of light to the shade created by a tree which becomes a comfortable meeting place.

The idea was to design a portable lamp-post to be used collectively, which could be shared by the women for their work, and would support educational activities and ritual practices - a new “tool in an anthropological sense” that would lend momentum and transform the lives of these communities.

The project moved from idea to action - partnerships were set up and 4 prototypes were produced. The most technological part of the lamp-post is the solar energy capture system developed by Italian partner company, Nadlec Lighting, which accumulates the energy of the intense African sun in batteries, providing LED bulbs with over 6 hours of autonomy. The support structure is an arm and a wheel, which is custom designed so it can be built by local craftsmen from recycled material from bicycles and welded water pipes. The association of a bicycle mechanic, a welder and an electrician guarantee its construction.

Mali isn’t industrialized, and these lamp-posts can’t be mass produced for that reason, so they’ve been designed to be made directly by the users – based on the idea of self-production. The design is open and has no copyright, allowing each person to make their own adjustments.

After the construction of the initial prototypes came the training phase during which another 12 lanterns were produced. Today, more lamp-posts were built later by the local population and now there are 60 altogether, working in various villages. The next development is the construction of the LED module with the solar capture system in Mali.

Economic, and easy to maintain, handle and move around by everyone, even children, women and the elderly, the “Collective Light” can be moved to follow activities or even be taken to other villages. www.eland.org

pensadas para serem fabricadas directamente pelos utilizadores "assente na ideia de auto-produção, o design é aberto, sem direitos de cópia, e por isso cada um pode fazer as suas adaptações.

Após a construção dos protótipos iniciais, deu-se uma fase de formação onde se produziram mais 12 luminárias. Hoje somam já 60, com as que foram depois construídas pela população, e a funcionar em várias aldeias.

O próximo desenvolvimento previsto é a construção do módulo LED, com o sistema de captação solar, no Mali.

Económica, de fácil manutenção, manuseamento e mobilidade por todos, mesmo crianças, mulheres e idosos, esta “Luz Colectiva” pode ser transportada acompanhando as actividades ou até mesmo para outras aldeias. www.eland.org

Culture

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Design

Movimento Neo-Memphis Africano African Neo-Memphis Design Indaba Expo Movement Texto de Carla Carbone

“Memphis meets Africa” introduz um interessante diálogo entre as culturas dos hemisférios Norte e Sul, misturando o revivalismo europeu com as características totémicas do design da África do Sul.

“Memphis meets Africa” presents an interesting dialogue between the cultures of the northern and southern hemispheres, mixing European revivalism with the totemic features of South African design.

Li Edelkoort, responsável por “Memphis meets Africa” – exposição apresentada em Março na Cidade do Cabo, no contexto da Design Indaba Expo – parece ter bebido as palavras de Barbara Radice no seu texto “Memphis and Fashion”, escrito em 1984.

Radice caracterizava Memphis como um movimento que teria começado na urgência de mudar definitivamente a maneira internacional de ver o design. Como nos dizia Radice: “Memphis, como a moda, trabalha no fabrico da actualidade”. Mas, sempre com um assento na vida e no erotismo. Em suma: construir artefactos que “ofereçam a vida e não uma explicação da mesma”.

Edelkoort, uma das mais conhecidas especialistas em tendências, parece sugerir-nos a mesma vontade, como vem bem definido na sua entrevista aquando do Design Indaba Expo, onde procurou estabelecer um paralelo entre o movimento italiano dos anos 80, Memphis e o design contemporâneo na África do Sul. Nessa mesma entrevista, Edelkoort parece querer atrair as atenções, imprimindo um tom de manifesto e de mudança, uma palavra de ordem em todo o seu discurso.

Edelkoort profere uma mudança de paradigmas. O nomadismo que tomará posse do modo de vida ocidental, um modo de vida que, tal como o conhecíamos até ao momento, desaparecerá inelutavelmente. Um certo sabor de liberdade afigura-se através dos objectos que brotam dessa mudança de paradigmas. “As mesas serão portáteis e a iluminação será portátil”, havendo um desenrolamento no recurso aos têxteis e à tapeçaria. Todas as coisas se tornarão pequenas, leves e móveis. O individualismo também encontrará o seu fim nestes novos paradigmas, em prol de “fazer as coisas em conjunto, em equipa”. Parece marcar por fim, uma derradeira oportunidade para um sóbrio altruísmo.

A especialista em design contemporâneo entende que essa mudança também se inscreve no modo como se encara a dimensão emocional e racional inscrita nos objectos. Já não os veremos como nossos opostos, mas como partes de um todo que se complementam e enriquecem, acabando as expressões “ou é um ou o outro” e “ entre um e o outro” para passar a dizer-se “esse e o outro” e “um mais o outro”. “O Futuro vai ser híbrido”, diz-nos Edelkoort: “o que é mau não será só mau, mas também bom; o que é masculino, não será somente masculino mas igualmente feminino”.

A exposição “Memphis meets Africa”, na sua qualidade vinculativa, que une o emocional ao racional e o artesanal ao industrial, faz a ponte entre um certo revivalismo do movimento Memphis e as qualidades totémicas do design sul-africano. Nesta exposição podem ver-se, sem receio, formas de animais, peles dos mesmos embutidas em objectos, máscaras ostensivamente coloridas, bancos em madeira e padrões coloridos revestidos de um efeito óptico magnetizante. Desde 1994, os designers e decoradores sul-africanos têm criado, em alternativa ao gosto vigente, um certo estilo “funk”, rústico e orgânico, aliando o contemporâneo ao folclórico.

Li Edelkoort, responsável por “Menphis met Africa” – exposição apresentada em Março na Cidade do Cabo, no contexto da Design Indaba Expo – parece ter bebido as palavras de Barbara Radice no seu texto “Memphis and Fashion”, escrito em 1984.

Radice caracterizava Memphis como um movimento que teria começado na urgência de mudar definitivamente a maneira internacional de ver o design. Como nos dizia Radice: “Memphis, como a moda, trabalha no fabrico da actualidade”. Mas, sempre com um assento na vida e no erotismo, em suma: construir artefactos que “ofereçam a vida e não uma explicação da mesma”.

Edelkoort, uma das mais conhecidas especialistas em tendências, parece sugerir-nos a mesma vontade, como vem bem definido na sua entrevista aquando do Design Indaba Expo, onde procurou estabelecer um paralelo entre o movimento italiano dos anos 80, Memphis e o design contemporâneo na África do Sul. Nessa mesma entrevista, Edelkoort parece querer atrair as atenções, imprimindo um tom de manifesto e de mudança, uma palavra de ordem em todo o seu discurso.

Edelkoort profere uma mudança de paradigmas. O nomadismo que tomará posse do modo de vida ocidental, um modo de vida que, tal como o conhecíamos até ao momento, desaparecerá inelutavelmente. Um certo sabor de liberdade afigura-se através dos objectos que brotam dessa mudança de paradigmas. “As mesas serão portáteis e a iluminação será portátil”, havendo um desenrolamento no recurso aos têxteis e à tapeçaria. Todas as coisas se tornarão pequenas, leves e móveis. O individualismo também encontrará o seu fim nestes novos paradigmas, em prol de “fazer as coisas em conjunto, em equipa”. Parece marcar por fim, uma derradeira oportunidade para um sóbrio altruísmo.

A especialista em design contemporâneo entende que essa mudança também se inscreve no modo como se encara a dimensão emocional e racional inscrita nos objectos. Já não os veremos como nossos opostos, mas como partes de um todo que se complementam e enriquecem, acabando as expressões “ou é um ou o outro” e “ entre um e o outro” para passar a dizer-se “esse e o outro” e “um mais o outro”. “O Futuro vai ser híbrido”, diz-nos Edelkoort: “o que é mau não será só mau, mas também bom; o que é masculino, não será somente masculino mas igualmente feminino”.

A exposição “Memphis meets Africa”, na sua qualidade vinculativa, que une o emocional ao racional e o artesanal ao industrial, faz a ponte entre um certo revivalismo do movimento Memphis e as qualidades totémicas do design sul-africano. Nesta exposição podem ver-se, sem receio, formas de animais, peles dos mesmos embutidas em objectos, máscaras ostensivamente coloridas, bancos em madeira e padrões coloridos revestidos de um efeito óptico magnetizante. Desde 1994, os designers e decoradores sul-africanos têm criado, em alternativa ao gosto vigente, um certo estilo “funk”, rústico e orgânico, aliando o contemporâneo ao folclórico.

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No design todas as coisas se tornarão pequenas, leves e móveis. O individualismo encontrará o seu fim nestes novos paradigmas, em prol de “fazer as coisas em conjunto, em equipa”.

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Sneakers

As melhores lojas de Sneakers

The best Sneakers Shop Texto de / Text by Joana Teixeira

Sneakers são mais do que ténis que calçamos para nos sentirmos confortáveis. A cultura do streetwear introduziu os sneakers na moda contemporânea como peças chave para criar o conjunto perfeito.

Esta explosão de interesse por sneakers acompanha desde jovens que querem estar na moda e fazem fila para adquirir edições especiais, até adultos que coleccionam pares exclusivos de grandes designers.

“Sneakers freakers” é o nome do fenómeno que identifica gerações de aficcionados por ténis, que estão a par de todas as colaborações de grandes marcas com artistas de renome e procuram compulsivamente raridades para colecção. O que para alguns é apenas calçado desportivo, para um “sneaker freaker” é um par de peças onde o design, os estampados, as cores e os materiais de fabrico são os detalhes que transformam o produto final numa tendência a calçar.

Onde se vendem? Em grandes lojas internacionais especializadas em sneakers, que estão sempre a par das tendências, vendem os últimos exclusivos e novidades e cuja fama vai além da rua onde se encontram. Se és um “sneaker freak” ou estás apenas curioso, a DIVO apresenta-te algumas das lojas que estão no mapa dos “sneakers freakers”, que têm sempre novidades deliciosas às quais deves estar atento.

Sneakers are more than just trainers we wear to be comfortable.

Streetwear culture has brought sneakers into contemporary fashion as a key to creating a perfect set of clothes. This interest in sneakers has exploded among many people, ranging between young people who want to be in fashion and adults who collect exclusive pairs of sneakers from the big designers. “Sneaker freakers” is the name of the phenomenon which identifies generations of trainer lovers who know about every collaboration of big brands with famous artists and compulsively look for rare sneakers for their collection. What is just sports footwear for some is a piece of art to others, where the design, prints, colours and material they’re made from transform the final product into a trend to wear on your feet. Where are they sold? In large international shops which specialise in sneakers, are always up with the trends, sell the latest exclusives and new styles, and whose renown goes way beyond their street they’re in. If you’re a “sneaker freak” or just curious, DIVO is presenting you some of the shops on the map of the “sneaker freakers”, which always have delightful new models you have to watch out for.

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Patta

Alife isn’t a trainer shop – it’s a sneaker boutique in New York.

You ring the bell to go in to a retro inspired space decorated just like an American gentleman’s club. People go to the shop both for the exclusivity of sneakers it sells, its collaborations with big brands and for its own range of trainers and clothes.

The name Alife is recognised by the graffiti community, and also sells sprays and other material for urban art. At Alife, you can find truly rare old models like Nike Air Force 2s designed by graffiti artist Espo and launched in 2003.

No coração de Amesterdão está a Patta. Mais do que uma loja que vende grandes marcas como Adidas e Converse, a Patta é um espaço criado para partilhar o amor pelos sneakers, tendo entusiasmado os holandeses amantes da cultura de streetwear quando abriu em 2004. A loja também é casa de uma marca própria, apresentando colecções de calçado e vestuário desportivo. A Patta foi uma das lojas que recebeu a última edição limitada da Nike – os Lunar Force 1 City Pack – com prints inspirados nas cidades de Milão, Nova Iorque e Londres.

www.facebook.com/alifenewyork 174 Rivington Street, New York, U.S.

Patta is in the heart of Amsterdam. It’s more than just a shop that sells big brands like Adidas and Converse – it’s also a space created for sharing the love of sneakers, and Dutch lovers of streetwear culture have been enthusiastic about Patta since its opening in 2004. The shop also produces its own brand and presents collections of sports footwear and clothing. Patta was one of the shops that received the latest limited edition from Nike – the Lunar Force 1 City Pack - with prints inspired by the cities of Milan, New York and London.

Bodega

Em espanhol, “bodega” significa “mercearia”. Mas, em Boston, a Bodega vende mais do que apenas comida. A loja tem uma entrada curiosa, que faz justiça ao seu nome, apresentando um balcão típico de uma loja de conveniência espanhola.

Contudo,para comprar roupa ou calçado abre-se a máquina de venda de bebidas, revelando um espaço que expõe sneakers de designers de renome e colecções de vestuário de várias marcas conhecidas.

www.patta.nl Zeedijk 67 1012 AS Amsterdam, NL

In Spanish, “bodega” means “grocery”. But in Boston, Bodega sells more than just food. The shop has a curious entrance which reflects its name, presenting a typical counter of a Spanish convenience store. All you have to do is say you want to buy clothes and the door of the drinks machine opens showing a space that displays sneakers by famous designers and clothing collections from various well-known brands. http://shop.bdgastore.com 6 Clearway St. Boston, Massachussets

Alife

Alife não é uma loja de ténis, mas sim uma boutique de sneakers, em Nova Iorque. Toca-se à campainha para ter acesso a um espaço de inspiração retro, decorado tal e qual um “gentleman’s club” americano. A loja é procurada não só pela exclusividade dos sneakers que vende, como também pelas colaborações que faz com grandes marcas e pela sua linha própria de ténis e vestuário. Alife é um nome reconhecido pela comunidade do graffiti, vendendo também sprays e outros materiais para a prática da arte urbana. Na Alife podemos encontrar modelos antigos que são autênticas raridades, como os Nike Air Force 2s desenhados pelo graffiter Espo e lançados em 2003.

Culture

Atmos

Em Tokyo, a loja Atmos é sinónimo de sneakers na vanguarda da moda. As suas colaborações exclusivas com grandes marcas de ténis são conhecidas pelo seu design colorido e arrojado. Os neons na montra convidam a entrar num espaço minimalista, onde todos os cantos estão preenchidos com exemplares de sneakers que só vai encontrar nesta loja. As edições limitadas que a Atmos apresentou este ano, incluem

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os Onitsuka Tiger Fabre com cores psicadélicas, os Adidas Originals Superstar 80s que recriam o modelo clássico da marca e os Reebok Insta Pump Fury em padrão pele de cobra.

In Tokyo, the Atmos shop is synonymous with the latest fashion. Its exclusive work with big trainer brands is known for its colourful and bold design. The neons in the window invite you to come into a minimalist space where every corner is filled with pairs of sneakers that can only be found in this shop. The limited editions presented by Atmos this year include the Onitsuka Tiger Fabre with psychedelic colours, the Adidas Originals Superstar 80s which recreate the brand’s classical model and the Reebok Insta Pump Fury in a snake-skin print. www.atmos-tokyo.com 4-32-8 Jungumae Tokyo, Japan

24 Kilates

A 24 Kilates é o espaço, em Barcelona, dedicado à cultura urbana. Nesta loja encontramos as últimas tendências em vestuário e acessórios de streetwear, tal como edições limitadas de sneakers expostas em caixas transparentes, tal e qual obras de arte. Curiosamente, neste espaço de design elegante, também há lugar para livros e brinquedos. A 24 Kilates celebra cada lançamento especial de sneakers ao estilo espanhol, com uma festa que oferece música e bebidas.

24 Kilates is the space in Barcelona dedicated to urban culture. This shop sells the latest streetwear clothing and accessory trends, and limited editions of sneakers displayed in transparent boxes just like works of art. This space of elegant design curiously also has room for books and toys. 24 Kilates celebrates each special launch of sneakers in Spanish style by throwing a party with free music and drinks. www.24-kts.com Carrer Comercio 29 08003 Barcelona, Spain

Solebox

Se há loja com sneakers de excelência em Berlim, é a Solebox.

O design clean da loja, desenhada pela artista alemã Delta, destaca as cores das colecções especiais de sneakers, criadas por grandes nomes do universo dos ténis, em colaboração com a Solebox. Um exemplo é o modelo clássico States, da Puma, fabricado com detalhes em pele de cobra e em venda exclusiva na Solebox, como forma da loja comemorar com os seus clientes “sneaker freakers” o Ano Novo Chinês.

If there’s a fine sneaker shop in Berlin, it’s definitely Solebox.

The shop’s clean design created by German artist Delta brings out the colours of the special sneaker collections created by big names in the trainer world, in collaboration with Solebox. One example is the classical model called States, by Puma, made with snake leather details and sold exclusively at Solebox as a way for the shop to celebrate the Chinese New year with its “sneaker freaker” customers. www.solebox.com Nürnberger Straße 16 10789 Berlin

Colette

Colette é uma loja de paragem obrigatória em Paris, para qualquer “sneaker freaker”. São 3 andares de estilo, design, arte e cultura. Este espaço abriu em 2007 como a primeira concept store – uma loja onde encontramos colecções de grandes criadores internacionais, tal como acessórios exclusivos, livros únicos, cds raros e, claro, uma secção de sneakers “de chorar por mais”. A Colette tem edições ultralimitadas de sneakers, criadas especialmente para a loja, sendo um exemplo a sua colaboração com a Vans e o artista The CobraSnake, que em 2012 desenhou o modelo Era com a aparência de um hamburguer, sob o lema “Fast Food For Your Feet”. Nesta loja também se conseguem encontrar raridades exclusivas, que deliciam os coleccionadores de sneakers.

Devido ao seu alto prestígio, não há marca que não queira estar nas montras ou prateleiras da Colette.

Colette is a must for any “sneaker freaker” in Paris. The shop has 3 floors of style, design, art and culture. This space opened in 2007 as a first concept store – a shop where you can find collections of the great international designers including exclusive accessories, unique books, rare CDs and of course a sneakers section that’ll make you “cry for more”. Colette has ultra-limited editions of sneakers, created especially for the shop, such as its work with Vans and the artist The CobraSnake, who designed the Era model in 2012 which looked like a hamburger and had the motto “Fast Food For Your Feet”.

You can also find exclusive rarities to delight sneaker collectors.

Collete’s prestige is such that every brand wants a place in its windows or shelves. www.colette.fr 213 rue Saint-Honoré 75001 Paris

Culture

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Distorced Beauty Fotografia ANTÓNIO BERNARDO Styling MARGARIDA BRITO PAES Ass. Fotografia Pedro Jorge Melo

folhas decorativas AREA, carteira FURLA, sapato CHEAP MONDAY, copos para escova de dentes AREA, doseador de sabonete AREA, sombras de olhos SHISEIDO, lápis de olhos URBAN DECAY, creme de mãos SAMPAR, anti-olheiras BENEFICT, perfume NINA L`EAU, lenço FURLA, raposa de cerâmica JONATHAN ADLER na AREA, galinha AREA, doseador de sabonete AREA, copo de escovas de dentes AREA, paleta de sombras SHISEIDO, perfume VALENTINA ACQUA FLORALE, desmaquilhante CARITA, creme anti-idade CARITA, jarras AREA, cão de cerâmica JONATHAN ADLER na AREA, lenço FURLA, ténis NIKE, ténis TOMMY HILFIGER, lenço GANT

mala ERMEGILDO ZEGNA, pássaros de cerâmica JONATHAN ADLER na AREA, sapatos GANT, sapatos CLAE, jarras AREA, gravatas DECENIO, galo AREA, lápis FINE & CANDY, óculos RAY-BAN, individuais AREA, perfume 1 MILLION PACO RABANNE, raposa de cerâmica JONATHAN ADLER na AREA, caixas de lenços OITO EM PONTO, facial moisturiser lift MEN-U, lenços ERMEGILDO ZEGNA, copo para escova de dentes AREA, healthy facial wash MEN-U, ténis NIKE, ténis ADIDAS, perfume para casa FREDERIC MALLE, folhas decorativas AREA

Música

Emeli Sandé

Nasceu uma estrela

Texto/text Rui Miguel Abreu

A Star is Born

Emeli Sandé’s life story is just like a film – one of those romantic Hollywood productions that make adolescents dream of things that are almost impossible. But Sandé’s career, success and charisma are very real, as are her awards, constant proposals of work and applause and it all seems to have happened from one moment to another.

A biografia de Emeli Sandé parece saída directamente de um filme, daquelas produções cor-de-rosa de Hollywood que fazem as adolescentes sonharem com coisas praticamente impossíveis. Mas a carreira, o sucesso e o carisma de Sandé são coisas muito reais, bem como os prémios, os incessantes convites para colaboração, os aplausos. E tudo parece estar a acontecer de um momento para o outro.

Cultura

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Adele Emeli Sandé nasceu em 1987 em Sunderland, Inglaterra, e é filha de pai zambiano e mãe inglesa. Como o pai dava aulas na escola onde recebeu boa parte da sua educação, Emeli foi sempre uma aluna extremamente bem comportada e capaz de conseguir excelentes notas, o que lhe permitiu entrar para medicina na Universidade de Glasgow onde prosseguiu os estudos até ao quarto ano. A música, no entanto, falou mais alto. De facto, como conta a artista nas suas entrevistas, a música sempre falou mais alto: escreveu a primeira canção aos 11 anos, começou a participar em programas de talentos aos 15 e a dar imediatamente nas vistas.

Mas nunca descurou os estudos, consciente de que o sucesso na música é algo muito complicado de se obter. Aos 16 anos houve um momento especial na vida de Emeli, quando os pais a levaram a ver a Songs In A Minor Tour de Alicia Keys: «Eu já tinha lido sobre o seu “background” e identifiquei-me muito com ela.

Ela é mestiça como eu, uma excelente estudante que sempre foi a melhor da sua turma, que tocava piano e adorava Nina Simone. E ali estava ela no topo das tabelas de vendas, mas com canções com uma mensagem.

Vi 16 mil pessoas a agarrarem-se a cada palavra que ela cantava e pensei “também quero este tipo de atenção”».

O sonho de Emeli parece estar a realizar-se e até já se sentou ao piano para escrever canções com Alicia Keys.

Esse é um dos seus grandes talentos: a escrita.

Emeli Sandé não é uma artista como a maior parte das estrelas R&B do momento, sobretudo porque escreve o seu próprio material e assina muitas canções para outros artistas, o que a distingue. Fez-se notar primeiro com um tema que escreveu para o rapper Chipmunk, depois voltou às tabelas de vendas britânicas com uma colaboração com o produtor Wiley. E a partir daí tem sido uma carreira que só conhece o sentido ascendente, com material entregue a gente tão diversa como Gabrielle, Rihanna, Leona Lewis ou Tinie Tempah. Entretanto, chegou o álbum Our Version of Events, em 2012, recheado de argumentos como «Heaven» ou «Daddy» que provam o seu talento interpretativo, mas também composicional. E de repente o mundo abre-se à frente de Emeli: o seu mais recente single, «Next to Me», inclui mesmo uma participação do rapper Kendrick Lamar. Já em 2013, uma outra faceta do talento de Emeli foi revelada: além das composições e do álbum em nome próprio, agora há a prova de que esta artista tem igualmente o que é necessário para enfrentar o palco com a edição de Live at The Royal Albert Hall. Como as suas heroíonas, Nina Simone e Alicia Keys, Emeli Sandé sabe que é preciso ser-se uma artista completa para se reservar um lugar na história: escrever, cantar, interpretar. Ela sabe fazer isto tudo. E promete surpreender ainda mais.

Culture

Adele Emeli Sandé was born in 1987 in Sunderland in the north of England, and is the daughter of a Zambesian father and an English mother. As her father was a teacher at the school where she had most of her education, Emeli was always a really well-behaved pupil , with excellent marks which got her into Glasgow University to study medicine which she studied up to the four year. But music was a greater calling and in fact, as she says in her interviews, music was always a greater calling: she wrote her first song at the age of 11, and started taking part in talent shows and attracting attention at 15, but she never neglected her studies, aware as she was that it’s very difficult to find success in music.

At 16, there was special moment in Emeli’s life when her parents took her to see the Alicia Keys Songs In A Minor Tour: “I had already read about her “background” and really identified with her. She’s mixed race like me, and an excellent student who always came top of the class, played the piano and loved Nina Simone - and there she was at the top of the charts, but with songs with a message. I saw 16 thousand people following every word she sang and I thought, “I want that kind of attention too””. Emeli’s dream seems to be coming true and she’s even sat at a piano to write songs with Alicia Keys. That’s one of her great talents: writing.

Emeli Sandé isn’t an artist like most of the R&B stars of the moment, particularly because she writes her own material and signs a lot of songs for other artists, which is what makes her different. She gained some recognition initially with a song she wrote for the rapper, Chipmunk, and then went back to the British song charts with a collaboration with the producer Wiley. From then on it was onwards and upwards, and she wrote material for artists as varied as Gabrielle, Rihanna, Leona Lewis or Tinie Tempah. In the meantime, she made the album Our Version of Events in 2012, with songs like “Heaven” or “Daddy” which proved her talent as a singer and composer. Suddenly the world opened its doors to Emeli: her latest single, “Next to Me” even included the participation of rapper Kendrick Lamar. In 2013, another facet of Emeli’s talents has been revealed: as well as her compositions and solo album, now we know that this artist also has what it takes on stage with the issue of the album Live at The Royal Albert Hall.

Like her heroines, Nina Simone and Alicia Keys, Emeli Sandé knows she has to be a complete artist to claim her place in history, with her writing, singing and interpreting. She can do all this and promises even more surprises.

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Música

Texto/text Paulo Cunha Fernandes

Jack Nkanga

De frente e diferente...

Face to face and different...

Frente a frente com Jack Nkanga, o jovem músico angolano que se assume diferente, cultiva e procura a diferença, mas que, simultaneamente, admite ser diferente de uma forma natural. Oops, vamos lá perceber isto...

Face to face with Jack Nkanga, the young Angolan musician who accepts that he’s different, who cultivates and looks for the different, but who still naturally admits that he’s different. Oops, let’s try to understand this...

“Gosto de sentir-me livre, como se fosse uma ave. Não gosto de seguir padrões. Acho que o ser humano deve ser livre e fazer aquilo que gosta. Normalmente, as sociedades têm códigos que as pessoas seguem, mas muitas vezes não têm nada a ver comigo. Eu gosto de ser o mais simples e natural possível, e transmitir às pessoas a essência da própria vida, não me preocupar muito em querer brilhar. O que brilha é o sol e a lua e eu não sou o sol nem a lua”.

Livre, natural, simples e, claro, diferente. Assim se define Jack Nkan-

“I like to feel as free as a bird. I don’t like following tendencies. I think human beings should be free and do what they like doing. Societies normally have codes that people follow, but they often have nothing in common with me. I like to be as simple and natural as possible and transmit the essence of my life to people without worrying much about wanting to shine. It’s the sun and the moon that shine and I’m not the sun or the moon”.

Free, natural, simple and, of course, different. That’s how Jack Nkanga

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describes himself. He is a musician who was born in the north of Angola in the province of Uíge, and moved to Luanda with his family when he was 6. Now he’s presenting “Oops”, a record which serves as a business card and a way in to the world of Jack Nkanga.

“It’s only a mixtape but, modesty apart, I don’t know any other artist who produces the same sound as me. There are types of music that I’ll show in this work that no other Angolan artist has shown until now like Funk, Rock n’roll, or Disco.”

Funk, Rock n’roll, Disco, but also Reggae, Soul, Afro-beat or Blues.

Jack Nkanga uses various types of music on this record. But we ask if Angolan musical styles don’t come into this project.

“I have a lot of different influences from Angolan music, but not from the more popular styles. I respect every type of sound, every kind of musical genre, but just like anyone else, there are genres that don’t please me. I like Semba, for example, but my identity is different as far as my music in Angola is concerned.”

Difference once again. This time to say that his references in Angolan music are Konono, the musical style he started listening to as a child.

“I’m trying to create something that’ll be Konono Soul, which is basically a rhythmic combination of African sounds – in the case of Konono – with Soul, Rock n´roll and Funk. It’s a style that isn’t on this mixtape, but one that I’m going to bring into my first album, to be called “Konono Soul”. The idea is to bring a different sound and for people to begin discovering the work just from the title and at the same time to feel curious because it really is a different sound.”

Difference, always difference. Let’s see what the artist has to tell us about being different.

“People find me unusual because of my lifestyle. For me, music is my lifestyle. It’s got to do with the way I think and the way I make things happen. For example, people are normally in favour of immediacy, of what is easier. I look at myself and think I’m like the water, the earth and the air. They’re natural things and things that don’t die.

I think I was born not to die. My flesh may die, but I was born not to die. Unusual people sometimes follow paths that others don’t follow precisely because they’re different. They create their own codes and their own philosophies. I believe that I’m one of those people, but that doesn’t mean I’m important.”

Jack Nkanga lived for part of his life in South Africa, where he went to study, and he’s been living in Luanda since 2005, the year he came back to Angola. At the age of 11 he began to take music seriously, but according to his mother, “I was already singing at the age of 4. I have some melodies I created when I was little and I still remember them today”, guarantees the artist who has another two brothers in music: Cef and Tony Laff, the latter living in England.

Jack Nkanga is already working on “Konono Soul”, his first album which will almost all be sung in English.

“Everyone has their ambition. I really believe my work has potential for the international market. That’s one reason why I want to sing in English. But I’ve spoken English since I was little, and some people say I seem to be singing in English even when I’m singing in Portuguese. A lot of people come up to me in the street and ask me if I’m really Angolan”, the singer admits laughing. He’s definitely Angolan , that we can guarantee. But of course he’s a different Angolan.

ga, o músico que nasceu no norte de Angola, na província do Uíge, e se mudou com a família para Luanda aos 6 anos de idade. Agora, apresenta “Oops”, um disco que serve de cartão de visita e porta de entrada no universo Jack Nkanga. “É apenas uma mixtape mas, modéstia à parte, não conheço outro artista que produza o mesmo som que eu. Há géneros que vou mostrar neste trabalho que nenhum artista angolano mostrou até hoje, como o Funk, o Rock n’roll, ou o Disco.”

Funk, Rock n’roll, Disco, mas também Reggae, Soul, Afro-beat e Blues. São diversos os géneros musicais a que Jack Nkanga recorre neste disco. Mas, perguntamos nós, e os estilos musicais angolanos não entram neste projecto?

“Tenho muitas influências da música angolana, mas não dos estilos mais populares. Respeito todas as sonoridades, todos os géneros musicais mas, como qualquer pessoa, há géneros que não me agradam. Gosto de Semba, por exemplo. Mas dentro daquilo que é a minha música em Angola, a minha identidade é diferente.”

A diferença, uma vez mais. Desta vez, para referir que, no que à música angolana diz respeito, a sua referência é o Konono, o género musical que começou a ouvir ainda em criança.

“Estou a tentar criar algo que será o Konono Soul, que é basicamente uma combinação rítmica de sons africanos com a Soul, o Rock n´roll e o Funk. É um estilo que ainda não está presente nesta mixtape, mas que vou trazer no meu primeiro álbum, que se chamará precisamente “Konono Soul”. A ideia é trazer uma sonoridade diferente e as pessoas começarem a conhecer a obra a partir do próprio título e, ao mesmo tempo, causar alguma curiosidade, até porque é mesmo um som diferente.”

A diferença, sempre a diferença. Vamos lá então saber o que tem o artista a dizer-nos sobre isso de se ser diferente.

“As pessoas acham-me incomum, devido ao meu estilo de vida. Para mim, a música é o meu estilo de vida. Tem que ver com a forma de pensar e de materializar as coisas. Por exemplo, normalmente as pessoas são muito a favor do imediatismo, do que é mais fácil. Eu olho para mim e acho que sou como a água, a terra, o ar.

São coisas naturais e coisas que não morrem. Eu acho que nasci para não morrer. A minha carne até pode morrer, mas eu nasci para não morrer. Há caminhos que as pessoas incomuns às vezes seguem que os outros não seguem, precisamente por serem diferentes. Criam códigos próprios, filosofias próprias. Eu acho que me enquadro nessas pessoas, mas isso não quer dizer que eu seja importante.”

Jack Nkanga viveu parte da sua vida na África do Sul, para onde foi estudar, e vive em Luanda desde 2005, ano em que regressou a Angola. Aos 11 anos de idade começou a levar a música a sério mas, aos 4 anos já cantava: "tenho algumas melodias que criei quando era pequeno e ainda hoje me lembro”, garante o artista que tem outros dois irmãos ligados à música, Cef e Tony Laff, este último radicado em Inglaterra.

Jack Nkanga está já a trabalhar em “Konono Soul”, o álbum de estreia, que será quase todo cantado em inglês.

“Cada um tem a sua ambição. Acredito muito que o meu trabalho tem potencial para entrar no mercado internacional. Essa é umas das razões que me faz querer cantar em inglês. Mas eu falo inglês desde pequeno e há quem diga que eu a cantar, mesmo em português, parece que estou a cantar em inglês. Muita gente aborda-me na rua e pergunta-me se sou mesmo angolano”, confessa o cantor entre risos. É angolano com certeza, isso podemos garantir. Mas, claro, um angolano diferente.

Culture

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Música

Texto/text Rui Miguel Abreu

Solange

A outra irmã

The Other Sister

É impossível não começar por explicar que Solange é a irmã mais nova de Beyoncé. Mas além do apelido, e olhando para a Solange de 2013, parece haver pouco que ligue as duas faces mais conhecidas do clã Knowles.

Cultura

It’s impossible not to start explaining that Solange is Beyoncé’s little sister. Apart from the surname, looking at the Solange of 2013, there doesn’t seem to be much in common between the most famous faces of the Knowles clan.

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Solange tem 27 anos, mas conta já com uma carreira de mais de uma década, tendo lançado o seu primeiro álbum, Solo Star, no já distante ano de 2003. Sol-Angel and the Hadley St. Dreams chegou em 2008 e subiu um par de degraus na escala do sucesso, mas Solange parece entretanto ter percebido que não vale a pena tentar crescer na sombra de uma irmã mais velha que é uma megaestrela de proporções planetárias. Tudo indica, por isso mesmo, que Solange quer traçar o seu próprio caminho.

Em 2009, Solange deu conta, em várias entrevistas, do seu interesse em repensar a carreira e encontrar o seu próprio lugar. Um dos primeiros gestos que assinou nesse sentido foi desligar-se do gigante editorial Interscope, afirmando querer preparar o seu terceiro álbum sem pressões e de forma independente. Mas encontrar esse caminho não se tem revelado fácil. Em todo este processo, Solange tem crescido em público, dando conta nas entrevistas de todas as dificuldades encontradas: «Desisti da minha sanidade para gravar um novo álbum», afirmava a cantora em 2010. «Estávamos literalmente a acordar de manhã e a fazer música o dia inteiro. E isso começou a pesar bastante, comecei a ter ataques de pânico». O medo que assaltava Solange prendia-se, claro, com a pressão exercida pelo seu próprio apelido. «Para mim, este será mais do que um álbum, é um período de transição na minha vida».

Os primeiros sinais da nova vida procurada por Solange chegaram no final do Verão do ano passado, quando editou o single «Losing You», o primeiro resultado da sua ligação à independente Terrible Records. «Losing You» é uma belíssima canção pop com um fantástico vídeo rodado na Cidade do Cabo, na África do Sul. Solange não podia de, facto, ter ido mais longe para se encontrar!

«Losing You» foi o primeiro passo para a apresentação de True, um EP que foi lançado no iTunes e que Solange anda agora a apresentar ao vivo, com uma banda escolhida a dedo entre a comunidade indie de Brooklyn: inclui gente de projectos como Blood Orange ou Chairlift, por exemplo. O prestigiado Guardian, na sua cobertura do South By Southwest, um dos mais importantes festivais do mundo, destacou a presença de Solange e a banda que descreveu como «de ficar de boca aberta», afirmando que misturam com classe a soul dos anos 70 e os toques de produção mais avançados do momento: «Solange é uma estrela pop consumada que nunca se limita a apenas cantar. Em cada canção ela demonstra algumas incríveis acrobacias vocais com as suas vozes de apoio e ainda mostra uma coreografia sincronizada com o guitarrista Dev Hynes. E a multidão grita…» Solange parece ter encontrado o seu caminho, e a sua opção de não replicar a aura da sua irmã mais velha e mais famosa foi acertada. Vem aí outra grande estrela.

Também tem o apelido Knowles, mas é diferente.

Culture

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Solange is 27, but has already had a career for over a decade and launched her first album Solo Star way back in 2003. Sol-Angel and the Hadley St. Dreams came in 2008 and took her a couple more steps up the ladder of success, but Solange seems to have understood that it’s not worth trying to go forward in the shadow of an older sister who’s a mega-star of planetary proportions. This all means that Solange wants to follow her own path.

In 2009, Solange said in various interviews that she wanted to rethink her career and find her own place in the world. One of the first things she did was to leave the giant Interscope record label, and she said she wanted to make her third album independently and without pressures. But finding this path hasn’t been easy. Solange has progressed in public throughout this whole process, telling interviewers about all the difficulties she’s encountered: “I literally gave up my sanity for a while to do this record”, she said in 2010. “We were literally waking up in the morning and making music all day and all night. It just went to wear on me in so many different ways. I started to have panic attacks”. The fear that attacked Solange was clearly due to the pressure of her surname. “It’s more than an album for me. It’s a transitional time in my life”.

The first signs of the new life she sought came at the end of last summer when she issued the single “Losing You”, the first result of her work with the independent Terrible Records. “Losing You” is a very beautiful pop song with a fantastic video filmed in Cape Town, South Africa. Solange couldn’t have gone further from home to find herself!

“Losing You” was the first step towards the presentation of True, an EP launched in iTunes and which Solange is now presenting live with a band hand-picked from the Brooklyn indie community - it includes people from projects like Blood Orange or Chairlift for example. The prestigious Guardian newspaper covered South By Southwest, one of the most important festivals in the world, and wrote about Solange and her band, describing it as “jaw-droppingly slick”, and saying that they play a classy mixture of 70s soul and cutting edge production: “Solange is a consummate pop star, never simply running through the set. In every song she engages in impressive vocal acrobatics with her backing singers and some slinky synchronized choreography with her guitarist Dev Hynes. The crowd screams…” Solange seems to have found her way, and her decision not to copy the aura of her elder and more famous sister was the right one. Another great star is on her way. Her surname is also Knowles - but she’s different.

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RECORD OF MY LIFE

Texto/text

Paulo Cunha Fernandes

Nástio Mosquito

PINK FLOYD “THE DARK SIDE OF THE MOON”

“Este disco agarrou a minha alma”

“This record grabbed my soul”

Pode parecer prematuro perguntar a quem tem pouco mais de 30 anos “qual o disco da tua vida?”, quando se tem ainda tanta vida pela frente, tantas coisas para descobrir, tantos discos para ouvir, ainda que “hoje em dia já não se ouvem álbuns, ouvem-se canções”, sublinha muito acertadamente Nástio Mosquito, músico, artista plástico, artista visual e performer. O multifacetado artista angolano refere-se à influência que os suportes digitais, a Internet e, mais particularmente, as redes sociais têm actualmente no consumo e divulgação musicais. Talvez por isso, quando questionado sobre qual o álbum que considera “o disco da sua vida”, Nástio Mosquito refira um álbum que acaba de comemorar 40 anos. E a escolha recai sobre “The Dark Side of The Moon”, projecto de 1973 dos britânicos Pink Floyd, um disco que marcou uma geração, mas não necessariamente a de Nástio Mosquito, que nasceu quase 10 anos após a edição deste álbum.

It might seem premature to ask someone little over the age of 30 the question, “what’s the record of your life?”, when they still have so much life in front of them, so many things to discover and so many records to listen to, even though “today, people listen to songs rather than albums”, as rightly said by Nástio Mosquito, musician, painter, visual artist and performer. The multi-faceted Angolan artist is referring to the influence of digital support, the Internet and particularly the social networks on the consumption and dissemination of music today. When he was asked about the album he considers to be “the record of his life”, perhaps that’s why Nástio Mosquito talked about an album that has just celebrated its 40th anniversary. His choice was “The Dark Side of The Moon”, recorded by British band Pink Floyd in 1973, a record which marked a generation, but not necessarily the generation of Nástio Mosquito, who was born almost 10 years after the album was released.

“The Dark Side of The Moon” apanhou o artista angolano em plena adolescência, numa fase da vida em que as amizades, as partilhas e as novas experiências podem definir e moldar a personalidade de forma definitiva.

“Tinha 15 ou 16 anos quando uns amigos com quem fazia música na altura me deram a ouvir. Foi uma coisa orgânica. Eu encontrei este álbum, mas na verdade foi ele que me encontrou a mim. Mexeu comigo emocionalmente”, revela Nástio Mosquito, a quem o disco dos Pink Floyd “proporcionou um universo completo”, que o tirou completamente do espaço físico. “É um álbum extremamente rico.

Foi um álbum muito forte para mim, por tudo aquilo que me transmite, todo o ambiente sonoro, os arranjos. Nunca tinha ouvido um álbum popular tão elaborado. Este disco agarrou a minha alma.”

“The Dark Side of The Moon” caught the Angolan artist in his adolescence, a phase when friendships, sharing and new experiences can define and mould a person’s personality forever.

“I was 15 or 16 when some friends I was making music with at the time let me hear the album. It was something very deep. I found this album, but in fact it was the album that found me. It had an effect on me emotionally”, reveals Nástio Mosquito, for whom Pink Floyd’s record “brought me a whole world that took me completely away from my physical space. It’s an extremely rich album. It was a very powerful album for me because of everything it transmitted to me, and all the energy of the sounds and arrangements. I had never heard such an elaborate pop album. This record grabbed my soul.”

“It gave me a more peaceful way to live”

“Deu-me uma forma mais pacífica de existir”

Years after he heard it for the first time, Nástio Mosquito still listens to and lets himself be drawn in by “The Dark Side of The Moon”, a record normally associated with progressive rock, a musical genre that “you don’t hear much on the radio. But he thinks that rock is there much more we think. Isn’t it strange that some of us listen to artists like Pink Floyd, Mike Oldfield or the Beatles on our radios for example. It’s a sound that’s present in our culture”, explains the artist.

But can one record change someone’s life or at least influence the work and path of an artist? Nástio Mosquito guarantees that it can and even admits that “there’s no doubt that I recognised myself as a person in this album. A lot of the people I was working with wanted to make happy, less introspective music. This album made me un-

Nástio Mosquito continua, tantos anos depois das primeiras audições, a ouvir e deixar-se envolver por “The Dark Side of The Moon”, um disco normalmente associado ao rock progressivo, um género musical que “se ouve pouco nas nossas rádios. No entanto, acho que o rock, ao contrário do que se pensa, está mais presente do que aquilo que achamos. E não é estranho ouvirmos nalgumas das nossas rádios os Pink Floyd, o Mike Oldfield ou os Beatles, por exemplo. É uma sonoridade que está presente na nossa cultura”, esclarece o artista.

Mas pode um disco mudar a vida de uma pessoa? Ou, pelo menos, influenciar a obra e o percurso de um artista? Nástio Mosquito garante que sim. “Sem dúvida que me reconheci enquanto pessoa Cultura

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neste álbum. Muitas das pessoas com quem trabalhava queriam fazer música feliz e menos introspectiva. Com este álbum, eu percebi que era possível ser introspectivo e comunicar ao mesmo tempo, era possível ser individual e ao mesmo tempo abrangente, era possível ser egoísta e pertencer. De alguma forma, deu-me uma forma mais pacífica de existir”.

derstand that it was possible to be introspective and communicate at the same time; it was possible to be an individual and all embracing at the same time; it was possible to be selfish and belong and the same time. It somehow gave me a more peaceful way to live”.

PINK FLOYD The Dark Side of The Moon

PINK FLOYD The Dark Side of The Moon

Considerado um dos álbuns mais icónicos da história do rock, The Dark Side of The Moon é o oitavo álbum de estúdio da banda britânica Pink Floyd e completou 40 anos no passado mês de Março. O disco foi lançado em 1973 e é um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos, com mais de 50 milhões de cópias vendidas.

Considered to be one of the most iconic albums in the history of rock, The Dark Side of The Moon is the eighth studio album of the British band Pink Floyd, which celebrated its fortieth 40th birthday last March. The record was released in 1973 and is one of the best-selling albums of all time with over 50 million copies sold.

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Fotógrafo: Hugo Salvaterra Styling: Damara Inglês Modelos: Débora, Danilo e Aznaida

Chic-Ala Débora Blusa, pano do Congo e calças, tudo Fardo, brincos vintage, Diabo e Gosta

O vintage está na moda e é quase obrigatório trazer o glamour de algumas peças antigas para o guarda-roupa contemporâneo. Sejam peças de família ou em segunda mão, há quem as procure e as coleccione exaustivamente. Que o diga Damara Inglês , a rainha do vintage, que descobriu nos “Fardos” de Angola o seu novo paraíso. Juntou uns amigos na ilha de Luanda e criou outfits com a roupa seleccionada nos “Fardos”.

Vintage is definitely in fashion now and you could say it’s become obligatory to mix the glamour of older pieces with a more contemporary outfit. They can be family heirlooms or second hand and there are many who obsessively track them down and collect them. Damara Inglês, queen of vintage, has found in “fardos” (bundles of second hand clothes) in Angola a new heaven. She gathered together some friends from Luanda island and they make outfits from clothing found in “fardos”.

DĂŠbora Vestido de lantejoulas do Fardo, tiara Bubble Gum

Danilo Camisa, calças e pano do Congo, tudo Fardo. Chapéu da produção

Danilo Calças e pano do Congo, Fardo, ténis Nike, suspensórios, Outra Face da Lua

Aznaida Pano do Congo e saia, tudo do Fardo, top, Outra Face da Lua, brincos vintage Diabo e Gosta, cinto: Topshop

Aznaida Pano do Congo, casaco, calรงas e top, tudo no Fardo, calรงas: ร s de Espadas, sapatos: Zara

DÊbora Blusa, calças, mala, cinto e pano do Congo, tudo no Fardo, brincos Diabo e Gosta, sapatos: Zara

Made Texto/Text Marta Sousa Ferreira

Moda

in

Africa

Studio Africa

África é o mais recente continente na rota de dois gigantes da indústria têxtil, DIESEL e EDUN. Bono Vox, Renzo Rosso e Ali Hewson juntaram-se no lançamento de uma colecção de denim inteiramente fabricada e produzida em África, um investimento no tecido económico e criativo do continente.

Africa is the latest continent on the route of two textile industry giants, DIESEL and EDUN. Bono Vox, Renzo Rosso and Ali Hewson have got together to launch a denim collection produced entirely in Africa - an investment in the economic and creative fabric of the continent.

Acção

Action

Com base no seu amor mútuo por África e no estabelecimento de iniciativas— o projecto “Diesel Only The Brave Foundation”, no Mali, e a “Iniciativa de Conservação de Algodão” (CCI) da EDUN, no Uganda— a icónica casa de jeans juntou forças com a Edun no desenvolvimento de um projecto revolucionário que tem por objectivo melhorar o comércio e destacar a herança da moda africana.

Esta já não é a primeira vez que vemos o nome do vocalista dos U2, Bono Vox, associado a causas de solidariedade. Em 2013, é ao lado de Renzo Rosso que Bono dá a cara pela colecção Diesel + Edun.

Muito para além das peças de roupa, esta é uma linha que aposta no estímulo à produção de algodão do Uganda e no incentivo de valores de expressão africana.

Prova disso mesmo é Studio Africa, uma plataforma online criada com o objectivo de divulgar o projecto Diesel + Edun, onde vários criativos relacionados com o continente africano dão a cara pelo projecto, participando em vários eventos da Studio África, que se realizam um pouco por todo o mundo.

Muito mais do que o lançamento de uma nova colecção de jeans para a Primavera de 2013, a iniciativa Diesel + Edun pretendeu transformar-se num autêntico manifesto capaz de chegar a todas as pessoas, mesmo às que não estiveram fisicamente presentes na apresentação da colecção. Tal só foi possível através da emissão televisiva online, promovida pela Boiler Room, responsável pela transmissão virtual dos eventos em live-stream. À distância de um clique, várias foram as pessoas que acompanharam a actuação dos artistas presentes nos eventos de promoção do projecto Diesel + Edun. No dia 3 de Março, Paris foi palco da primeira transmissão televisiva e os interessados puderam assistir, através do ecrã dos seus computadores, a Little Dragon e B2B Kutmah J Rocc, Baloji e Batida. A segunda transmissão foi realizada a partir de Londres, no dia 5 de Março, onde Theo Parrish, Kyle Hall, Funkineven, Omar-S, Culoe De Song, Romare, Spoek Mathambo, Baloji e Batida foram vistos por milhares de pessoas.

Central Files

Their mutual love of Africa and their initiatives like the “Diesel, Only The Brave Foundation” Project in Mali and EDUN’s “Conservation Cotton Initiative” (CCI) in Uganda, was reason enough for the iconic jeans brand to join forces with Edun and develop a revolutionary project to improve trade and showcase the legacy of African fashion.

This isn’t the first time we’ve seen the name of Bono Vox, the vocalist of U2, associated with charitable causes. In 2013, Bono is side by side with Renzo Rosso in the Diesel + Edun collection. Much more than clothes, this range is working to stimulate cotton production in Uganda and encourage African values.

Proof of just this is Studio Africa, an online platform created to disseminate the Diesel + Edun Project, where various creative people related to the African continent support the project, and participate in various Studio Africa events which are held all over the world.

Much more than the launching of a new collection of jeans for Spring 2013, the Diesel + Edun initiative aimed to become a true manifesto which could reach out to everyone, even those who weren’t physically present at the presentation of the collection. That was only made possible with the on-line television broadcasting promoted by Boiler Room, an on-line channel for the virtual livestream broadcasting of events.

Just a click away, various people followed the performance of the artists at the promotion events for the Diesel + Edun project. On 3rd March, Paris was the venue for the first television broadcast and anyone interested could watch Little Dragon and B2B Kutmah J Rocc, Baloji and Batida on their computer monitors. The second broadcast was from London on 5th March, and Theo Parrish, Kyle Hall, Funkineven, Omar-S, Culoe De Song, Romare, Spoek Mathambo, Baloji and Batida were seen by thousands of people.

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Colecção

Collection

Em Janeiro de 2012 Renzo Rosso (fundador da Diesel), Ali Hewson e Bono Vox (fundadores da Edun) viajaram juntos até ao Mali e ao Uganda. Uma viagem onde o seu amor por África e a vontade de ajudar um continente tão rico natural e culturalmente falaram mais alto. A partir desta viagem pelos campos de algodão, a Edun fez nascer, em 2008, aquela que viria a ser uma parceria histórica. O resultado deste casamento entre a Diesel e a Edun é uma colecção inspirada e manufacturada inteiramente em África.

Para além de ter uma produção inteiramente africana, desde o algodão do Uganda até às lavagens do denim feitas em Marrocos e na Tunísia, esta colecção tem ainda detalhes como bordados com referências aos padrões de tecelagem Zulu, estampados do Mali e metalurgia Queniana. As peças de denim são ainda fortemente inspiradas pelos famosos jeans de quatro bolsos, que invadiram a África do Sul nos anos 70.

A colecção conta com 25 peças que estarão à venda nas 100 melhores lojas DIESEL de todo o mundo, como em Paris, Londres, Nova Iorque, Tóquio, Cidade do Cabo e África do Sul, ou no site da Diesel. Para a sua apresentação no dia 3 de Março, contaram com o apoio de Solange Knowles, irmã de Beyoncé, escolhida como cabeça de cartaz de um projecto que levou Kanye West, Kim Kardashian, Jessica Alba, Tilda Swinton, Adrien Brody, Nicole Richie, Alexandra Richards e a fotógrafa Ellen von Unwerth a Paris, para estarem presentes neste momento simbólico.

In January 2012, Renzo Rosso (the founder of Diesel), Ali Hewson and Bono Vox (the founders of Edun) travelled together to Mali and Uganda, a journey during which their love of Africa and desire to help such a naturally and culturally rich continent was most important. After this trip to the cotton fields, in 2008 Edun created what was to be a historical partnership. The result of this union between Diesel and Edun is a collection inspired and manufactured entirely in Africa.

As well as being a completely African production, from the Ugandan cotton to the washing of the denim in Morocco and Tunisia, this collection also has embroidery details referencing Zulu weaving patterns, prints from Mali and Kenyan metalwork. The denim pieces are still strongly inspired by the famous four-pocket jeans which invaded South Africa in the 1970s.

The collection has 25 pieces which are on sale in the 100 best DIESEL shops all over the world, like in Paris, London, New York, Tokyo, Cape Town and South Africa or on the Diesel website. Its presentation on 3rd March was supported by Solange Knowles, the sister of Beyoncé, chosen as the headliner of a project that took Kanye West, Kim Kardashian, Jessica Alba, Tilda Swinton, Adrien Brody, Nicole Richie, Alexandra Richards and the photographer Ellen von Unwerth to Paris to be present at this historic moment.

Campaign

The campaign was based on various artists represented at Studio Africa, a project curated by Okayafrica, a new on-line cultural guide focused on the creation of original content about what’s new in culture, fashion, music and politics in Africa and the diaspora.

Nine artists from fashion, cinema, music, literature and photography accepted the invitation to support the campaign.

They’re people committed to their country and with enormous talent. We’re talking about a list which includes Laurence Chauvin Buthaud, a men’s clothes designer from the Ivory Coast, Yannick Ilunga, a pioneer in new musical movements, Abdellah Taia, a writer from Morocco, Flaviana Matata, Tanzanian model, Baloji, a Belgian-Congolese musician, Sy Alassane, a Senegalese actor, Uviwe Mangweni, a photojournalist from Johannesburg, Tanya Mushayi, a designer from Zimbabwe and the “I See a Different You”, photographer’s collective dedicated to capturing the cool side of their birthplace, Soweto.

Campanha

A campanha teve como base os vários artistas representados no Studio Africa, projecto com curadoria Okayafrica, um novo guia cultural online focado na criação de conteúdos originais sobre as mais recentes notícias da área da cultura, moda, música e política em África e na diáspora.

Nove foram os artistas das áreas de moda, cinema, música, literatura e fotografia que aceitaram o desafio de dar a cara pela campanha. São pessoas comprometidas com o seu país e de um enorme talento. Falamos de uma lista que conta com Laurence Chauvin Buthaud, designer de vestuário masculino da Costa do Marfim, Yannick Ilunga, pioneiro em novos movimentos musicais, Abdellah Taia, escritor de Marrocos, Flaviana Matata, modelo tanzaniana, Baloji, músico belga-congolês, Sy Alassane, actor senegalês, Uviwe Mangweni, fotojornalista de Joanesburgo, Tanya Mushayi, designer do Zimbabué e “I See a Different You”, colectivo de fotógrafos empenhados em captar o lado cool da sua terra natal, Soweto.

More than a collection, a true global manifesto has been created whose aim is to raise Africa to a world level which celebrates its precious cultural legacy with all of its wealth and potential. This is a project where art and fashion walk hand in hand like two worlds connected by the thread of the most humanitarian of causes, an initiative which is showing the heart and the talent of a continent which was forgotten in times gone by.

Mais do que uma colecção, nasceu um verdadeiro manifesto global que persegue o objectivo de elevar África a um patamar mundial de exaltação do seu precioso legado cultural, com toda a sua riqueza e potencialidade. Este é um projecto onde arte e moda surgem de mãos dadas, como dois mundos ligados pelo fio da mais humanitária das causas, uma iniciativa que vem revelar o coração e o talento de um continente outrora esquecido.

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CAPA / COVER Texto/Text: Joana Teixeira Foto/Photo: Gilad Sasporta Styling: Helga Carvalho Make up & Hair: Kaduri Elyashar Photo Assistent: Valentin Dupeau e Patrice Ngangula de Lemos

Lesliana Pereira de rainha da beleza a Rainha Njinga from beauty queen to Queen Njinga

A modelo que em 2008 pisou a passerelle para receber a coroa de Miss Angola, é agora a actriz principal na nova série da Semba Comunicação. A nova Rainha Njinga Mbandi não podia ter sido melhor escolhida

The model who took to the catwalk to be crowned Miss Angola in 2008 is now the main actress in the new series from Semba Comunicação. The new Queen Njinga Mbandi couldn’t have been a better choice.

Lesliana Pereira nasceu no Soyo, província do Zaire, mas foi criada em Benguela, onde teve uma infância familiar e foi educada para ser a pessoa simples que é hoje. Na juventude, Lesliana mudou a sua morada para Lisboa, onde timidamente começou a experimentar o universo dos concursos de beleza. Mas, foi num curto regresso a Angola que se apercebeu de que estava destinada a desfilar no caminho para o sucesso. Contra a vontade de todos, Lesliana fez as malas e levou a sua beleza até ao concurso de eleição da mulher mais bela do Zaire, sendo esta a primeira coroa que levou para casa. A modelo voltou a desafiar a sua própria timidez em 2008, ao cumprimentar a vitória como uma velha amiga no desfile para vestir o título de Miss Angola. Aquela que foi a mulher mais bela do país, confessa que o glamour de ser Miss é apenas exterior. Este título “tinha pouco que ver com moda”, mas acabou por apurar-lhe o “sentido estético” e acrescentar-lhe “amor ao próximo”, através das causas sociais com que trabalhou.

Um ano depois, quando entregou a coroa, Lesliana entregou também uma parte da modelo que há em si. Tinha chegado o momento certo para saltar para outro meio, para experimentar outra paixão – a comunicação.

De comunicar com o corpo, Lesliana passou a comunicar com a voz, como apresentadora do programa cultural Revista África, que até hoje leva a cultura africana além-fronteiras, através da Tv Globo Internacional.

Tendo passado de entrevistada a entrevistadora, inicialmente Lesliana sentia “um frio no estômago”, mas habituou-se rápidamente a esta nova fase profissional, concentrando-se em difundir, através deste programa, o melhor do seu país.

O que Lesliana não esperava era voltar a ser rainha em Angola. A modelo viu o seu anterior reinado de beleza ser substituído por um reinado como actriz, no papel de Rainha Njinga Mbandi, na nova série da Semba Comunicação, que homenageia esta heroína africana, eleita pela UNESCO uma das 25 grandes figuras femininas da história de África. Com o apoio do Ministério da Cultura, a produtora vai celebrar este reconhecimento com uma série de época, que investe na dramaturgia angolana para contar a vida e história daquela que foi rainha de Ndongo (Angola) e Matamba, nos séculos XVI e XVII. O convite para representar a Rainha Njinga Mbandi, foi uma honra para Lesliana Pereira: “Esta personagem é um presente para qualquer actriz, sinto-me realmente abençoada”. Ao interpretar o papel de uma mulher com “atitude e determinação”, características que identifica como comuns entre si e a personagem, a actriz encara este novo desafio como uma “responsabilidade nacional”. Lesliana conhece esta rainha “desde sempre”, pois cresceu a ouvir histórias sobre ela, tal como todas as crianças em Angola. Descreve-a como “uma mulher à frente do seu tempo, uma guerreira que lutou

Lesliana Pereira was born in Soyo, a province of Congo Kingshasa, but was brought up in Benguela, where she spent her childhood with her family and was taught to be the simple person she is today. Lesliana moved to Lisbon during her youth, where she timidly began to experience the world of beauty contests, but it was during a short return to Angola that she realized that she was destined to take the catwalk to success. Against everyone’s wishes, Lesliana packed her bags and took her beauty to the contest for the most beautiful woman in Congo-Kinshasa - this was to be the first crown she took home. The model challenged her shyness once again in 2008, when she greeted her old friend victory in the Miss Angola contest. Lesliana was once the most beautiful woman in the country, but confesses that the glamour of being a “Miss” is only apparent. The title “didn’t have much to do with fashion”, but did perfect her “aesthetic sense” and made her “love her neighbour” through the social causes she worked with.

One year later, when she handed over the crown, Lesliana also handed over part of the model in her. The moment was right to take that leap over to another medium, to experience another passion – communication. Lesliana went from communicating with her body to communicating with her voice as presenter of the cultural programme Revista África, which takes African culture to the world through the Tv Globo Internacional channel today.

Going from interviewee to interviewer, Lesliana had “stage fright” at first, but got used to this new phase in her career very quickly, and concentrated on disseminating the best of the country in this programme.

Leslian never expected to be a queen again in Angola. The model’s previous reign as a beauty queen was replaced by her reign as an actress in the role of Queen Njinga Mbandi in the new series from Semba Comunicação, which pays homage to this African heroine who was recognised as one of the 25 greatest female figures in African history by UNESCO. The series has the support of the Ministry of Culture, and the producer is going to celebrate UNESCO’s recognition with a historical series which uses Angolan dramaturgy to tell the story of the woman who was the queen of Ndongo (Angola) and Matamba during the 16 th and 17th centuries.

The invitation to play the role of Queen Njinga Mbandi was an honour for Lesliana Pereira: “This character is a gift for any actress and I feel truly blessed”. Playing the role of a woman with “attitude and determination”, characteristics which she sees she has in common with the character, the actresses considers this new challenge to be a “national re-

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sponsibility”. Lesliana has known about this queen “forever”, for she grew up hearing stories about her as all children do in Angola. She describes her as “a woman before her time, a warrior who fought to defend her people, her culture and her homeland”.

Acting has always been something that Lesliana wanted to try: “Since I was a little child I’ve played at imitating actresses, imagined scenarios and created costumes with bed sheets”. In 2009, she interpreted a fairy godmother in the Brazilian film “Xuxa em o Mistério de Feiurinha”, but this is her first time with the leading role in a television production.

Lesliana is currently filming the series and admits that she studied some royal behaviour to play a perfect Queen Njinga, who she sees as a “role model as a woman”. She clearly appreciates the acting professionals who are with her everyday in her “untiring preparation” for this role.

Lesliana is a person who likes to present a “classical image”, with the philosophy that you can never go wrong with a little black dress, and she laughs as she describes the costumes she wears in the series – “I show a lot of skin but, joking apart, the costumes really are a work of art”. Leather with animal patterns and ethnic style accessories are the clothes in Queen Njinga’s wardrobe, which Lesliana wears and enjoys for their strong African look.

Lesliana describes this new series as “an entertaining way to take an important part of Angolan history to the public”. She sees it as a great source of information and says she’s learned a great deal so far. The actress also admits that the filming is “exhausting”, but says she’s “very happy, and anxious to see the final result” of this new series, to be shown for first time on the Television channel in September.

em defesa do seu povo, da sua cultura e da sua terra”.

A representação foi algo que Lesliana sempre quis experimentar: “Desde pequena que imitava actrizes por brincadeira, imaginava cenários e criava o guarda-roupa com lençóis”. Em 2009, interpretou uma fada madrinha no filme brasileiro “Xuxa em o Mistério de Feiurinha”, mas esta é a sua estreia como actriz principal de uma produção televisiva.

Agora nas filmagens da série, Lesliana confessa ter estudado alguns comportamentos reais para conseguir ser a Rainha Njinga perfeita, que encara como “um exemplo de mulher”. E é notório o seu apreço pelos profissionais de representação que a acompanham diariamente na sua “incansável preparação” para este papel.

Lesliana, que gosta de se apresentar “de forma clássica” e que segue a filosofia de que com um vestido preto nunca se compromete, descreve entre risos os figurinos vestidos na série – “Tenho muita pele à mostra mas, fora de brincadeiras, a composição do guarda-roupa é uma verdadeira obra de arte”. Peles com padrões animais e acessórios de estilo étnico são as peças no armário de Rainha Njinga, que vestem e deliciam a actriz, pela sua forte estética africana.

Lesliana descreve esta nova série como “uma forma lúdica de levar até ao público angolano uma parte importante da sua história”, admitindo que esta será uma grande fonte de informação, tendo aprendido muito até agora. A actriz confessa, também, que estar em gravações é “exaustivo”, contudo revela-se “muito feliz e ansiosa por ver o resultado final” desta nova série, a estrear em Setembro.

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“Para mim, a Rainha Njinga é um exemplo de mulher para a sociedade actual. Representa a luta pela liberdade e igualdade, que ainda hoje é uma luta constante para muitos.”

Camisola de malha com franjas, FIFTY FIVE DSELLE . Acessório cabelo, MAISON MICHEL.

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Vestido bordado a pedrarias MANGO.

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“Desde muito pequena que imitava as actrizes que via a representar, era a minha brincadeira de eleição!

Imaginava cenários e criava o guardaroupa com lençóis. Mas, nunca pensei que seria actriz profissional.”

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Body vintage de lantejoulas, casaco de lantejoulas MANGO, cinto vintage GUCCI.

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Cinema Text by Diana de Nóbrega

JAMIE FOXX

DJANGO, o anjo vingador DJANGO, the avenging angel

Jamie Foxx, nome artístico de Eric Marlon Bishop, é uma estrela de Hollywood estabelecida. Ao lado de Quentin Tarantino, o actor chocou o público com o personagem Django, num filme que gerou polémica entre as comunidades afroamericanas.

Jamie Foxx, as Eric Marlon Bishop is known in the film world, is an established Hollywood star. Acting for the director Quentin Tarantino, he shocked the public with the character of Django in a film that caused great controversy in AfricanAmerican circles.

Eric Marlon Bishop domina impecavelmente todas as áreas da indústria do entretenimento. Sob o nome artístico Jamie Foxx, o texano é uma estrela de Hollywood estabelecida, vencedor de um Óscar, de um prémio BAFTA e de um Globo de Ouro pela sua interpretação no filme “Ray”. É brilhante em performances de comédia stand-up e como locutor de rádio. Também vencedor de prémios Grammy, pela sua carreira de cantor e liricista de R&B, fez parte de alguns dos mais reconhecidos álbuns de rap dos últimos anos - como é o caso da colaboração com Kanye West no tema “Gold Digger” – sendo também um pianista profissional formado em Música Clássica e Composição pela United States International University. É um eficiente jogador de basquetebol e futebol americano e, nos últimos anos, a sua reputação de sex symbol tem vindo a aumentar.

Com uma personalidade despretensiosa e uma formação católica, Foxx considerava importante desenvolver projectos que servissem de inspiração para a comunidade afro-americana. Após ter participado em algumas iniciativas sociais, a oportunidade para representar um herói, na versão mais clássica do termo, surgiu com

Eric Marlon Bishop has completely mastered every area of the entertainment industry. Under his stage name Jamie Foxx, the Texan is an established Hollywood star, winner of an Oscar, a BAFTA award and a Golden Globe for his role in the film “Ray”.

He’s brilliant as a standup comedian and as a radio announcer. He’s also been awarded Grammys for his career as an R&B singer and songwriter, has taken part in some of the most respected rap albums of the last few years – as is the case with his work with Kanye West on the song “Gold Digger” – and is also a pianist trained in Classical Music and Composition at the United States International University.

He’s an efficient basketball and American football player and his reputation as a sex symbol has been growing over the last few years.

His unassuming personality and Catholic education made Foxx see how important it was to create projects that would serve as an inspiration for the Afro-American community. After taking part in some social initiatives, the opportunity came up to play a hero in the more classical sense of the word when Quentin Tarantino invited him to play the main role in the “spaghetti western” – as the director described

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the film – as Django, in “Django Unchained”. The character is a cross between Richard Roundtree and Clint Eastwood.

With the help of a German treasure hunter, Dr. King Schultz – played

by Christoph Walz - Django, a slave who has freed himself from his destiny of captivity and hatches a plan to free his wife, Broomhilda von Schaft - played by Kerry Washington – from her brutal “owner”, Calvin Candie, the owner of a plantation in Mississipi, played by Leonardo DiCaprio. Samuel L. Jackson is brilliant in the role of the house slave, Stephen, who has become one of the most detested cinema characters of the last few decades.

Not all of the critics and audiences have reacted positively to the film, which has earned about 400 million dollars so far, making this Quentin Tarantino’s most profitable work Negative reviews have been focused on the film’s alleged gratuitous violence which, according to journalists like Hendrik Hertzberg of the New Yorker magazine, is supported by the director’s aversion to slavery. “Tarantino uses his proclaimed disapproval of slavery (and ours) as a cover for enjoying (and inviting us to enjoy) cruelty – the cruelty of the slave-driving villains and the avenging heroes alike. We’re invited to have fun watching both (cruelties)”, he writes. Influential African-Americans like the director Spike Lee have said their piece.

“Slavery was not a spaghetti western”, he said, guaranteeing that he definitely wouldn’t be watching “Django Unchained”.

The Tarantino film has also been also accused of using an inappropriate tone and of over-using the N word, referring to the word nigger – used 110 times in the film. The N word was used negatively during the period of slavery and in the 1960s during the Black Power protests, but has been recycled by today’s rappers who have made it a cliché – taking away its negative connotation and replacing it with a positive meaning.

The film came at a sensitive moment politically and has been accused of being a vehicle for the pro-arms movement in the United States to win over the African-Americans. Tarantino, Foxx and Harvey Weinstein expressed their support for arms control in the country after the massacre at the Sandy Hook Elementary School in December.

But when the controversy was nearly over the “Django” dolls came on sale on-line. They offended African-American academics who accused the object of “diminishing what was left of their dignity”.

For many others like Candace Allen from the Guardian newspaper, “most of all, I thought Foxx’s Django a film hero for all times, a “one nigger out of 10,000” who transitions from flogged and chained ignorance to avenging angel of withering intelligence. I’d certainly like to see more of him - and Broomhilda, his princess”, she writes.

Jamie Foxx told the same British newspaper “Django Unchained is supposed to make you angry”.

Talking about the controversy around “Django Unchained”, Foxx says that the public and the media have over-reacted – with “a knee-jerk reaction”, he said. ”They knee-jerked to slavery and they knee-jerked to the N word. But I come from the south and that’s where the word grew. I think that gave me an upper-hand on the material. I know people like Stephen. I know people like Calvin Candie. I played cheese and wine parties for men who called us niggers. But my grandmother worked as a housemaid all her life and she taught me some truths. I learned those lessons and I learned them in the South, and I did a pretty good job of it too”.

o convite de Quentin Tarantino para interpretar o protagonista do “spaghetti western” – como o realizador definiu o filme – Django, em “Django Unchained”. O personagem é um cruzamento entre Richard Roudtree e Clint Eastwood.

Com a ajuda de um caçador de prémios alemão, Dr. King Schultz - interpretado por Christoph Walz - Django, um escravo que se libertou do seu destino de aprisionamento, traça um plano para libertar a sua esposa, Broomhilda von Schaft - a personagem Kerry Washington – do seu brutal “proprietário” Calvin Candie, o dono de uma plantação no Mississipi, interpretado por Leonardo DiCaprio. Samuel L. Jackson é brilhante na interpretação do dedicado caseiro Stephen, que se tornou uma das personagens mais detestadas do cinema nas últimas décadas.

Nem todos os críticos e públicos receberam de forma positiva o filme, que até agora já arrecadou cerca de 400 milhões de dólares, fazendo desta a obra mais rentável de Quentin Tarantino.

As críticas negativas centraram-se na alegada violência gratuita do filme, apoiada, segundo jornalistas como Hendrik Hertzberg da revista New Yorker, na aversão que o realizador sente em relação à escravatura. “Tarantino usa a sua proclamada desaprovação pela escravatura (e a nossa) como uma capa para desfrutar (e convidar-nos a desfrutar) da crueldade – a crueldade dos vilões e a da vingança dos heróis. Somos convidados a divertir-nos enquanto assistimos a ambas (as crueldades)”, escreve. Afro-americanos influentes, como é o caso do realizador Spike Lee, manifestaram-se. “A escravatura não foi um spaghetti western”, disse, garantindo determinadamente que não iria assistir a “Django Unchained”.

O filme de Tarantino foi ainda acusado de usar um tom inapropriado e de sobre-utilizar a “palavra N”, referindo-se ao termo “nigger” – declarada 110 vezes no filme. A “palavra N” foi utilizada depreciativamente aquando da escravatura e nos anos Sessenta, durante os protestos “Black Power”, mas reciclada pelos rappers da actualidade que a banalizaram – retirando-lhe o tom negativo e substituindo-o por um significado positivo.

O filme surgiu ainda numa altura delicada politicamente, tendo sido apontado como um veículo para o movimento pró-armas nos Estados Unidos, para seduzir os cidadãos afro-americanos. Tarantino, Foxx e Harvey Weinstein assinalaram a sua preferência pelo controlo de armas no país, após o massacre na Sandy Hook Elementary School, em Dezembro.

Mas quando a polémica já se aproximava da extinção, surgiu o lançamento dos bonecos “Django”, à venda online. Esses sim ofenderam académicos afro-americanos que acusaram o objecto de “diminuir o que restava da sua dignidade”.

No entanto, para muitos outros, como Candace Allen, do jornal The Guardian, “a personagem Django de Foxx foi, acima de tudo, um em 10,000 que transitou de uma vida de aprisionamento para a de um anjo vingador. Eu gostaria de ver mais a sua personagem e a de Broomhilda, a sua princesa”, escreve.

Jamie Foxx afirmou ao mesmo jornal britânico “que é suposto ficarmos irritados com Django Unchained”.

Em relação à polémica em torno de “Django Unchained”, Foxx afirma que o que aconteceu foi uma reacção exagerada do público e dos média - “Uma reacção desproporcionada”, afirmou. ”O que também aconteceu em relação à escravatura e no que diz respeito à “palavra N”. Mas eu vim do sul (dos Estados Unidos) e foi aí que a palavra cresceu. Acho que isso me deu uma vantagem no papel. Eu conheço pessoas como o (personagem) Stephen. Eu conheço pessoas como o Calvin Candie. Eu toquei piano em festas onde nos chamaram de niggers. Mas a minha avó trabalhou como governanta toda a sua vida e ela ensinou-me umas verdades. Eu aprendi essas lições e aprendi-as no Sul, e aí também fiz um bom trabalho”.

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“A personagem Django, de Jamie Foxx, foi um escravo entre milhares que transitou de uma vida de aprisionamento para a de um anjo vingador.”

“Jamie Foxx‘s Django, was a slave among the thousands who went from an imprisoned life to the life of an avenging angel.”

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Nothing in my way Fotografia: Herberto Smith Styling: João Caldas Modelo : Edgar Gama (L’Agence)

Agradecimentos ao espaço Centro Tinkuy

Casaco ZARA, camisola LACOSTE L!VE

Óculos TOMMY HILFIGER, camisa DINO ALVES, calções GANT

Camisa DINO ALVES, calções LIGHTNING BOLT, sapatos FLY LONDON

Camisa DIESEL

Camisa ZARA, kilt DINO ALVES, calças BJORKVIN, ténis NIKE

Polo ZARA, camisola LACOSTE L!VE, calções FRED PERRY

S t a r t B e i n g W r o n g Fotografia NIAN CANARD styling MARGARIDA BRITO PAES hair & make-up LOLA CARVALHO modelo CYNTHIA GARCIA (DA BANDA MODEL MANAGEMENT)

vestido MSGM na STIVALI brincos CAPRI BI na LOJA DAS MEIAS

casaco e calรงas PATRIZIA PEPE top DECENIO brincos MANGO TOUCH

top ANTONIO MARRAS na STIVALI blazer e calรงas 3.1 PHLLIP LIM na STIVALI brincos KATERINA PSOMA na STIVALI

top LAVAND calções DINO ALVES casaco PATRIZIA PEPE brincos e pulseiras MANGO TOUCH sapatos LUIS ONOFRE

top e calรงas MIGUEL VIEIRA colar MANGO TOUCH

colar MANGO TOUCH

top DINO ALVES calรงas NUNO BALTAZAR anel CICLร N na LOJA DAS MEIAS pulseiras MALIPARMI na LOJA DAS MEIAS

Agenda / Diary

Lusotronics É nos dias 18 e 19 de Maio que Berlim recebe a música Lusofona no Club Gretchen. O evento dedica-se aos géneros musicais com produção digital, contando com artistas de Angola, Moçambique, Brasil e Portugal. As performances decorrem entre as 23h e as 6h no primeiro dia, e das 15h às 6h no segundo, contando com as actuações dos artistas convidados e de alguns artistas sediados em Berlim. Mas nem só de música se faz este encontro falado em português. Vão ser ainda exibidos documentários e realizadas palestras.

Uma iniciativa a não perder que conta com artistas como Bonde do Rolê, Batida, João Brasil feat. Cibelle, Titica.

Edu K, Dama do Bling, Throes & The Shine, Dj Marfox, Dj Comrade.

Berlin is welcoming Lusophone music at the Gretchen Club on 18th and 19th May. The event presents digitallyproduced musical genres, with artists from Angola, Mozambique, Brazil and Portugal. The performances take place from 11pm to 6am on the first day and from 3pm to 6am on the second day with performances by the guest artists and some artists based in Berlin. But this Portuguese-speaking event isn’t just music – there’ll also be documentaries and talks. This initiative is a must, with artists like Bonde do Rolê, Batida, João Brasil feat, Cibelle, Titica. Edu K, Dama do Bling, Throes & The Shine, Dj Marfox and Dj Comrade.

Texto/Text Margarida Brito Paes www.lusotronics.com

Fórmula 1 – Grande Prémio do Mónaco the Monaco Grand Prix

A 71.ª edição do Grande Prémio do Mónaco tem início no dia 23 de Maio, com dois dias de treino no difícil circuito de Monte Carlo. A corrida tem lugar a 26 de Maio, sendo um evento que ganha, no Mónaco, uma visibilidade e um glamour ímpares.

Sendo este o circuito com o pódio mais desejado por qualquer piloto de Fórmula 1, é provável que Sebastian Vettel, ao volante de um Red BullRenault, queira continuar a dominar o campeonato, depois de um 1º lugar no Grande Prémio do Bahrain. Atrás de si estará Kimi Räikkönen, ao volante de um Lotus-Renault, que detém o recorde de tempo do Grande Prémio do Mónaco, conquistado em 2006. O espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, tem ficado à margem do pódio, mas é um dos pilotos favoritos a ficar entre os 3 primeiros no circuito de Monte Carlo. Quanto aos constructores, a Red Bull Racing-Renault tem liderado as classificações, estando numa competição renhida com a icónica Ferrari, que pode conseguir dar a volta, no Grande Prémio do Mónaco.

Agenda

The 71st edition of the Monaco Grand Prix starts on 23rd May with two days of training on the difficult Monte Carlo circuit. The competition race is held on 26th May and is a particularly high profile and glamorous event in Monaco.

Formula 1 drivers dream of a place on the podium of this circuit, and Sebastian Vettel may want to continue his domination of the championship at the wheel of his Red Bull-Renault, following his win at the Bahrain Grand Prix. Behind him will be Kimi Räikkönen, the holder of the fastest track record of the Monaco Grand Prix since 2006.

Ferrari’s Fernando Alonso, from Spain, hasn´t made it to the podium so far, but is one of the favourites to finish in one of the first three places in Monte Carlo.

The Red Bull Racing-Renault has led the classifications among the car builders.

It’s in fierce competition with the iconic Ferrari and may come out on top in the Monaco Grand Prix. www.grand-prix-monaco.com Texto/Text Joana Teixeira

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Da Banda no International Music Summit em Ibiza

Entre 22 e 24 de Maio, Ibiza recebe o International Music Summit, um dos maiores encontros internacionais da indústria musical. Este evento vai além da música, assinalando o início oficial da “Ibiza season”, com uma conferência que vai reunir grandes nomes da música de dança e vários dias com as melhores festas da ilha.

A Da Banda vai estar presente neste encontro, no dia 22 de Maio, para criar um ambiente cheio de cor e movimento, ao som de DJ Satelite, DJ Silyvi, DJ Ketchup, Eddy Sex, Fogo de Deus e Manda Chuva, que vão animar o público com kizomba, kuduro, afrobeat e afrohouse. Os artistas da Da Banda prometem uma noite à moda das tradicionais “festas de quintal” angolanas, a repetir no dia 24 de Maio, no Savannah Beach Cafe e no dia 25 de Maio, no Sands Beach Bar, em Ibiza.

International Music Summit Grand Finale Dalt Vila, Ibiza 23 Maio / May Fatboy Slim Pete Tong Driis Hot Since 82 Kaz James Tom Staar

24 Maio / May Sven Väth Solomun Scuba Maya Jane Coles Tensnake Le Carousel

Ibiza will host the International Music Summit, one of music industry’s largest international gatherings, between 22nd and 24th May. This event offers more than just music, and marks the official start of the “Ibiza season” with a conference that will bring together big names in dance music and several days of the island’s best parties.

Da Banda will be at this meeting on 22rd May to create an atmosphere of colour rand movement to the sound of DJ Satelite, DJ Silyvi, DJ Ketchup, Eddy Sex, Fogo de Deus and Manda Chuva, who will entertain the public with kizomba, kuduro, afrobeat and afrohouse. The artists of the Da Banda promises a night in the traditional Angolan “party in the garden” style, repeated on 24th May at the Savannah Beach Cafe and on 25th May at the Sands Beach Bar in Ibiza.

www.facebook.com/pages/Da-Banda/320731228018845 www.internationalmusicsummit.com Texto/Text Joana Teixeira

Agenda

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Festival de Cannes Cannes festival in Paris

O Festival de Cannes tem lugar em Paris, de 15 a 26 de Maio, e conta com algumas surpresas nesta sua 66ª edição. O evento cinematográfico mais aguardado do ano vai ser apresentado pela actriz Audrey Tautou, o presidente do júri é Steven Spielberg e na sessão de abertura será exibido o filme “O Grande Gatsby”, realizado por Baz Luhrmann.

As surpresas continuam nos filmes nomeados, sendo que na categoria principal concorrem 4 realizadores americanos: Alexander Payne com “Nebraska” e James Gray com “The Immigrant”, sendo os irmãos Cohen (“Inside Llewyn Davis”) e Steven Soderbergh (“Behind the Candelabra”) os favoritos para disputar a Palma de Ouro. Destaca-se também o regresso de Roman Polanski, com “Venus In Fur”, e o drama criminal “Only God Forgives”, realizado por Nicolas WindingRefn e interpretado por Ryan Gosling.

A competir numa categoria menos relevante estão Sofia Coppola, com o filme indie “The Bling Ring” e James Franco, com “As I Lay Dying”. www.festival-cannes.fr/pt.html Texto/Text Joana Teixeira Ryan Gosling em Only God Forgives Kristin Scott Thomas em Only God Forgives Red Carpet, Eva Longoria, Cannes Film Festival, 2012 Red Carpet, Cheryl Cole, Cannes Film Festival, 2012

The Cannes Festival is being held in Paris between 15th and 26th May and this 66th edition has some surprises in store for us. The most awaited film festival of the year will be presented by the actress Audrey Tautou, the chairman of the jury is Steven Spielberg and the film, “The Great Gatsby” directed by Baz Luhrman, will be shown at the opening session.

The surprises continue with the films nominated, with 4 American directors competing in the main category: Alexander Payne with “Nebraska” and James Gray with “The Immigrant”, with the Coen brothers (“Inside Llewyn Davis”) and Steven Soderbergh (“Behind the Candelabra”) the favourites for the Palme d’Or. We also see the return of Roman Polanski with “Venus In Fur” and the crime thriller “Only God Forgives”, directed by Nicolas Winding-Refn, and played by Ryan Gosling. Sofia Coppola with the film “The Bling Ring” and James Franco with “As I Lay Dying” are competing in a minor category.

Agenda

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Fondation Cartier Ron Mueck é um dos escultores mais prestigiados da actualidade, sendo também um dos raros casos em que há uma aclamação da crítica e do público. Contudo, dado o seu trabalho meticuloso e a pequena produção de obras, Ron Mueck raramente expõe e, muito menos, junta um lote de trabalhos como aquele que é possível ver, agora, na Fondation Cartier, em Paris. Seis obras, das quais três são absolutamente novas, criadas especialmente para esta exposição. Todo o processo de produção das últimas obras é documentado por Gautier Deblonde, num filme que aparece integrado na exibição.

Ninguém fica indiferente ao hiperrealismo e ao jogo de escalas das suas esculturas, sempre superior ou inferior à escala humana. Parece que estamos perante momentos congelados da vida de uma pessoa, expostos ao público de forma insólita e com despudor.

Ron Mueck nunca se considerou como artista, porque em toda a sua vida construiu bonecos em silicone. Em criança, participava com os pais na produção de bonecos para crianças, um conhecimento que levou para Londres, para o mundo da publicidade. Só no início dos anos 90, ao entrar para a colecção saatchi, passou para o circuito artístico.

Fondation Cartier 261, Boulevard Raspail – Paris Até 29 de Setembro http://fondation.cartier.com

Ron Mueck is among today’s most prestigious sculptors and is also one of those rare cases where both the critics and the public acclaim the artist. But his work is so meticulous and creates such a small number of sculptures, that he rarely displays it and much less puts together a series of works like the series we can see now at the Fondation Cartier in Paris. Six of his pieces are shown, of which three are completely new and have been created especially for this exhibition. The whole process of producing the last pieces has been documented by Gautier Deblonde in a film which is part of the exhibition.

No-one is indifferent to the hyperrealism of his sculptures and the way they play with scale, as they’re always either larger or smaller than human scale. It’s like we’re seeing frozen moments in the life of a person, displayed to the public in an unusual and brazen way. Ron Mueck has never considered himself to be an artist because he’s spent his whole life building dolls in silicone. When he was a child, he made children’s dolls with his parents and then took this knowledge to London and the advertising world. He only went over to the art circuit in the early 90s, when he went into the Saatchi collection.

Fondation Cartier 261, Boulevard Raspail – Paris Until 29th September http://fondation.cartier.com

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Social LAB

I LOVE KUDURO Pela segunda vez consecutiva, a Produtora Da Banda organizou em Luanda o festival internacional “I Love Kuduro”, o maior do género em termos mundiais. Este evento reúne um conjunto de artistas angolanos, que têm valorizado este género musical e que fazem dele a sua arte e vida. O festival, que visa promover o Kuduro e a música angolana, dá especial atenção às sonoridades de música electrónica. “I Love Kuduro” é o principal palco onde os artistas angolanos marcam encontro com o seu público crescente.

The international festival “I Love Kuduro”, the largest of its kind in the world, has been organised by the producer, Da Banda, for the second time running. This event brings together a series of Angolan artists who have enhanced this musical genre and make it part of their art and their life. The festival, which aims to promote Kuduro and Angolan music in general, pays special attention to the sounds of electronic music. “I Love Kuduro” is the main arena for Angolan artists to meet their growing audience.

Social LAB

Studio Africa

Na noite de apresentação da colecção Diesel+ Edun, em Paris, Renzo Rosso, Bono e Ali Hewson convidaram várias celebridades para celebrar o lançamento da colecção “Made in Afica”. Adrian Brody, Jessica Alba, Kim Kardashian, Tilda Swinton, Kanye West e Ebony Bones foram apenas alguns dos nomes presentes numa noite que foi animada por Solange Knowles, Baloji e Batida, entre outros artistas.

The night the Diesel+ Edun collection was presented in Paris, Renzo Rosso, Bono and Ali Hewson invited various celebrities to celebrate the launch of the “Made in Africa” collection.

Adrian Brody, Jessica Alba, Kim Kardashian, Tilda Swinton, Kanye West and Ebony Bones were just a few of the big names who were there for a night entertained by artists like Solange Knowles, Baloji and Batida among others.

Social LAB

Portugal Fashion Foram três as modelos africanas que deram que falar no Portugal Fashion.

Agenciadas pela Da Banda Model Management, Cláudia Morais, Isabel Adriano e Cláudia Duarte marcaram presença nos desfiles de Andreia Lexim, Anabela Baldaque, Mean

by Ricardo Preto, Alves Gonçalves, Katty Xiomara e Filipe Oliveira Baptista, entre outros estilistas. Esta experiência marca o início da carreira internacional destas três manequins, que se revelaram um verdadeiro sucesso em terras lusitanas.

Three African models were the talk of Portugal Fashion. Cláudia Morais, Isabel Adriano and Cláudia Duarte are represented by Da Banda Model Management, and modelled in the fashion shows of Andreia Lexim, Anabela Baldaque, Mean

by Ricardo Preto, Alves Gonçalves, Katty Xiomara and Filipe Oliveira Baptista, among other designers.

This experience marks the beginning of an international career for these three models, who were such a success in Portugal.

Texto/Text: Margarida Brito Paes

Social Lab

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Social LAB

Moda Lisboa Nem só de desfiles se faz uma semana de Moda. Marcar presença, ver e ser visto faz parte do jogo. Esta é a visão parcial de João Bacelar da 40.ª edição da ModaLisboa, consagrada ao tema TRUST, que teve como duas das suas principais estrelas Sharam Diniz e Fernando Cabral.

A fashion week isn’t just about fashion shows. Making your presence felt, to see and be seen are all part of the game. This is João Bacelar’s view of the 40th Edition of Moda Lisboa, dedicated to the theme of TRUST, and with Sharam Diniz and Fernando Cabral as their two main stars.

Foto/Photo: João Bacelar

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Divo ĂŠ uma revista de moda e lifestyle bilingue que atende a todos aqueles que nutrem um interesse pela cultura Angolana e Africana.

Divo is a bilingual fashion and lifestyle magazine for everyone interested in Angolan and African culture.