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Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa
No Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa (15/06), proponho uma reflexão sobre o nosso próprio envelhecimento e de como queremos chegar nessa fase.
As pessoas estão vivendo mais, atualmente, por conta dos avanços da medicina, da tecnologia, dos estudos científicos, enfim. Mas o que estamos fazendo para chegarmos na velhice capazes de realizar nossas atividades com independência e de buscar satisfação no viver?
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Será que nós mesmos já não estamos nos violentando ao não nos planejarmos para o envelhecimento? Afinal, esta é uma fase da vida pela qual todos esperamos chegar. Podemos sentir-nos mais jovens do que somos ou buscar cirurgias plásticas que disfarcem a aparência, mas na nossa essência continuamos os mesmos.
O velho do futuro habita em cada um de nós. A criança, que um dia fomos, indica o caminho. Pensar o envelhecimento nos faz pensar num marcador do tempo. Por isso não pensamos.
A finitude chegará para todos e não pensar nela não nos impedirá de chegar lá. Por isso, pensar e planejar o envelhecimento é tarefa de todos.
O que queremos, afinal, deixar como legado para nossos filhos e netos? Como queremos ser lembrados?
Olhar para trás e sentir orgulho do que realizou é o desejo de todos os que estão no final da vida, de deixar sua marca, seu legado. Para chegarmos assim, precisamos pensar e nos prepararmos para resolver questões que possam gerar arrependimentos, culpa e liberarmos a carga que carregamos e que, na maioria das vezes, nem é nossa.
Podemos e devemos preservar a memória de nossos idosos, cuidando e valorizando o que viveram. Tê-los como exemplo nos ajudará a cuidar de nossa própria caminhada e sermos exemplo aos que estão vindo depois de nós.
Pense nisso!
Iracema L. P. Gabardo, Psicóloga do Espaço da Palavra – Clínica de Psicologia, Especialista em Atendimento ao Adulto Maduro, em Cuidados Paliativos e em Tanatologia - Sobre a Morte e o Morrer.

