Edição 952

Diário da Cuesta ANO IV

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Nº 952

SEXTA-FEIRA, 24 DE NOVEMBRO DE 2023

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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Eça de Queiroz, com muita honra, um escritor luso-brasileiro José Maria Eça de Queiroz, autor da obra “O Crime do Padre Amaro”, considerada o marco inicial do Realismo em Portugal.

Nascido no dia 25 de novembro de 1845 na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho de pai brasileiro, mãe portuguesa e foi criado pelos avós paternos. Era aluno interno no Colégio da cidade do Porto e ingressou em 1861 na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito em 1866. Exerceu a advocacia e seus primeiros trabalhos no jornalismo. Em 1867, já na cidade de Évora, dirigiu o jornal de oposição “O Distrito de Évora”.

Voltou para Lisboa e iniciou como escritor no folhetim “Gazeta de Portugal”. Em 1869,

atuando somente como jornalista, assistiu a inauguração do Canal de Suez no Egito, vivência que inspirou a criação da obra “O Egito”.

Em 1871 escreveu a novela policial “O Mistério da Estrada de Sintra”, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão. Nesse mesmo ano lançou o folheto mensal “As Farpas”, recheado de sátiras direcionadas à sociedade portuguesa.

Em 1871, Eça de Queiroz profere uma conferência no Cassino de Lisboa, com o tema “O Realismo Como Nova Expressão de Arte”. Em 1872 ingressa na carreira diplomática e é nomeado cônsul em Havana, sendo transferido para a Inglaterra em 1874. Faleceu na França, em 1900.

PRÊMIO LITERÁRIO! O escritor botucatuense e colaborador do Diário da Cuesta, Edil Gomes, foi indicado para receber 5 premiações no Congresso Brasileiro de Numismática que será realizada, em 07/12/2023, no Novotel Jaraguá, na Capital Paulista. E com destaque, também foi indicado para o prêmio de AUTOR DO ANO. PÁGINA 3

Ex-vice-prefeito de Botucatu, Antonio Luiz Caldas, tem título de Cidadão Botucatuense negado na Câmara Não é usual uma medida desse porte, embora existam, no passado, medidas do Legislativo Botucatuense negando homenagem aos políticos Vasco Bassói, Luiz Aparecido da Silveira e Antonio Jamil Cury. Ligado ao PCdoB – Partido Comunista do Brasil, o ex-vice-prefeito teve muita influência nos 16 anos dos governos do PT e do PSDB, quando tinha sob área de influência do Partido a Secretaria da Cultura. Nesse período, o Museu Histórico e Pedagógico “Francisco Blasi” permaneceu fechado e encaixotado por 16 anos, além de medidas descoladas da realidade como denominações como “Heróis do Araguaia”, homenageando guerrilheiros terroristas...

Enfim, fatos negativos ligados à gestão como o noticiado pelo Diário da Cuesta, mesmo que após condenação em Primeira Instância tenha havido decisão do Tribunal concordante com a alegação de desconhecimento da proibição de duplo recebimento de dinheiro público.

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Diário da Cuest

NA DEFESA DO

MEIO AMBIENT

E E DA CIDADAN

IA EM BOTUCA TU

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ano I Nº 287

SÁBA DO E DOM INGO , 09 E 10 de outub

O poema dramá tico “Morte e Vida pernambucano Severina” João Cabral de Melo Neto (1920 é a obra-prima do poeta e 1955, trata-s e de um auto de -1999). Escrito Natal de temáti entre 1954 O poeta, que ca dição do retiran nasceu no Recife, transformou regionalista. te nordestino, sua morte social em poesia visceral a conResumo da Obra e miséria.

Morte e Vida sertão nordestino Severina retrata a trajetória de em Severi direção ao litoral no, que deixa de vida. Severi em busca de melho o no encontra no res caminho outros passam pelas privaç nordestinos que, condições ões impostas ao como ele, A aridez da terra sertão. e as injustiças das nada sutis contra o povo do autor. Assim , ele retrata o enterrsão percebidas em medio de um home m assassi-

ro de 2021

MORTE E VIDA SEVERINA

nado a mando de latifundiário s.

Assiste a muita é justamente ela, s mortes e, de tanto vagar, termin devem os empre a morte, a maior empregadora a por descobrir que gos, do médico co. Nota, ao vagar ao coveiro, da do sertão. É a ela que rezadeira ao farma a ninguém poupa pela Zona da Mata, onde há muito verde, que cêuti. Retrata, contu a maneira de vence do, que a persis a tência da vida morte r a morte. é a única No poema, Severi no pensa em suicíd be, mas é contid io jogando-se o pelo carpinteiro do Rio CapibariJosé, que fala do A renovação da vida é uma nascimento também filho de um carpinteiroindicação clara ao nascimento do filho. dos pecados. de Jesus, e alvo das expec tativas para remiss ão

João Cury e Ca direitos políticoldas são condenados com perd s após ação do MP; entenda oa dos caso

Processo versa sobre remuneraç devida no perío ão indo em que foram Prefeito e Vice em Botuc atu

O Tribunal de Justiça do Estado de vulgou nos último s dias a sentença São Paulo, dique condenou de um processo o ex-Prefeito de Botucatu João Neto e o ex vice-Pr Cury efeito O processo versa Antônio Luiz Caldas. sobre o acumu e recebimento lo de cargos s por parte do ex Vice-Prefeito rante o período , dude cargo eletivo. O 2009 a 2016, quando exerce uo Ministério Públic que, nesse períod o narra na inicial o, Vice-Prefeito, em Caldas recebeu os subsídios de valores variáveis e R$ 8.749,17. entre R$ 6.000, 00 O Ministério Públic o fez a denúncia, que houve uma alegando prática ilegal de dois salários por recebimento de 14 de setembro parte de Caldas de 2009 e 03 de , pedindo també a condenação de abril de 2012, m três cargos com atribuições Cury por omissã a má-fé. Após distint Juiz Fabio Fernan o. A sentença é do vidas em locais distintos, recebe as e desenvol- Júnior aprese a denúncia do MP, Antônio des Lima da 2ª Luís caldas tucatu. vara cível de Bo- de dois deles, ndo cujos valores extrap vencimentos gumentou ntou manifestação escrita, na que qual arconstitucional O MP acrescenta de remuneração olaram o teto que foi eleito é professor da Unesp desde que o Vice-Prefeito ocupou o cargo 1978 e do serviço públipara o mandato também co. O MP cita també de Secretário Munic de vereador do de 14 de setem muniipal de Saúde oportunidade para m que João Cury solicitou na cípio de Botucatu entre 2001 bro de 2009 a e 2004 a universidade 03 de abril de 2012, se Caldas sem remuneração que dispensas- Foi eleito Vice-Prefeito nas eleiçõe e 2005 a 2008. em tempo parcia e que Alegou s no de períod 2008 l que, de recebeu remun e 2012. de boa-fé, solicita eração com valoreo de 2009 a 2016 que exercesse atividades como suas funções para culdade ram ao Diretor de Medicina de teto constitucion Vice-Prefeito. s superiores ao da FaNotific ado Botucatu o afastam al, no caso, o subsíd após a denúncia, universidade nador do Estado ento da . O Ministério Públic io do Gover- apresentou manifestação escrita João Cury Neto Vice-Prefeito para o exercício das ativida des como Antônio Luís teria , o afastamento o assinala que sua ilegitimidade na qual arguiu parcial foi aprova passiva para respon procedimento que cargos públicos, acumulado, indevidamente, dois atos descritos do, foi adotado em der pelos entre 04 de abril na todos os anos de dezembro de 2016, de 2012 e 31 de tamente. Argum inicial, pois não os praticou dire- mandato. com entou recebi que Em sua decisão, mento cabia ao Vice-p vos vencimentos o Juiz conde refeito por impro e acumulou, indevid s dos respecti- optar pela remuneração, não cabendo ao Prefeit bidade administrativ nou Caldas e Cury amente, entre impor essa escolh o a de que houve erro ao seu Vice. No mérito defen- direitos políticos por 8 anos, a. Cita a perda dos escusável e que valores em multas não foi provada além da devolução de valores , por parte do ex -Prefeito. (ACON ViceTECE BOTUCATU)

Prestigie o Comércio de Botucatu

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ARTIGO

EÇA DE QUEIROZ EM BOTUCATU OLAVO PINHEIRO GODOY Da ABL – Academia Botucatuense de Letras A devoção de todos que falam a língua portuguesa por Eça de Queiroz tomou vulto por ocasião da passagem do centenário de seu nascimento. Surgiram de todos os cantos, de todas as penas, das mais modestas às mais fulgurantes, artigos, ensaios e livros em torno desse excelso estilista, de quem disse Emilio Zola: “Os portugueses tem um grande escritor, como a França conta poucos. É o extraordinário Eça de Queiroz”.

Eloy do Amaral em seu livro “Eça de Queiroz In Memoriam” deu a gratidão a esse mestre do estilo, a esse inigualável senhor da ironia, tão necessário hoje em que uma desvairada onda de estilofobia bate e espanca os altaneiros recifes do bom gosto!

A obra de Eça de Queiroz marcou presença em Botucatu atra-

vés do cronista, filólogo e acadêmico Sebastião da Rocha Lima.

Filho de portugueses, natural de Alambari (SP), Sebastião da Rocha Lima, tornou-se na juventude um autodidata autêntico, o que lhe valeu para os anos afora, a grande e profunda cultura humanística que lhe aureolou o título de intelectual.

Missivista, manteve intensa correspondência com escritores de todo o Brasil, em toda a América Latina e Europa. Membro fundador da Academia Botucatuense de Letras, onde ocupou a cadeira nº 14 tendo como patrono o poeta Manuel Bandeira.

Como descendente de lusitanos, Rocha Lima amava Portugal, mantendo, por largos anos, correspondência com escritores como Fidelino de Figueiredo, Fernando namora, Joaquim Montezuma d Carvalho e Hernani Cidade.

Quando o prof. Eloy do Amaral cogitou em organizar o livro em homenagem ao grande escritor português, reunindo em torno de si cerca de mais de sessenta intelectuais, não esqueceu de consultar, além mar, o filólogo Rocha Lima – amante da literatura portuguesa – que lhe forneceu dados importantíssimos, compilados de sua vasta hemeroteca de autores lusitanos.

Com a fundação do Centro Cultural de Botucatu, cuidou Rocha Lima da organização da biblioteca – sustentáculo do sodalício – e preencheu as primeiras estantes com as obras de Eça adquiridas na Livraria Lello & Irmão, famosa casa editora da cidade do Porto/Portugal.

O amor de Eça de Queiroz à terra portuguesa estendeu-se além-mar, pelas mãos de Sebastião da Rocha Lima, ele que tinha, como Eça, com traço muito forte da sua possante individualidade, o entranhado amor às coisas portuguesas. Até Fidelino Figueiredo, que considerou Eça como “um grande escritor castiçamente português, portuguesíssimo” reportava essa frase ao amigo de Botucatu.

Citando o famoso romance “As Cidades e as Serras” o trabalho de divulgação das belezas lusas alastrava-se na literatura, afirmando aos botucatuenses, de que se poderia estudar os costumes de Portugal pelos livros de Eça de Queiroz.

Todos nós que fomos embalados pela linguagem poética dos livros enfeitiçantes desse extraordinário luso, quantas e quantas vezes não lhe deixamos a leitura com uma alegre ideia das terras portuguesas, visto através das possantes lentes queirozianas, esquecidos de que os tipos criados por ele palmilham todas as terras!

Nem as extravagantes proibições clericais que impediam as jovens do Colégio dos Anjos de ler “O Crime do Padre Amaro”, nem as censuras governamentais impediram que os romances de Eça entrassem em todas as casas, desempoeirando a língua, causticando os costumes, desancando destemidamente a vida padresca, desmascarando a politicagem, patrioticamente pondo tudo em pratos limpos! Que falta nos faz hoje, na era cibernética, Eça de Queiroz!

Daqui, desta ilustre serra dos bons ares, separados embora pelo imenso Atlântico, existiu um “botuluso” que sempre se confessou ser...apenas um pobre homem...de uma pobre terra de pescadores!

EXPEDIENTE

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

WEBJORNALISMO DIÁRIO

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OS INDICADOS AO PRÊMIO LITERÁRIO

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Ex-vice-prefeito de Botucatu, Professor Caldas tem título de cidadão botucatuense negado na Câmara Quatro vereadores votaram contra o Projeto que concederia a honraria.

Caldas acompanhava a discussão presencialmente na Câmara

Arquivo Acontece Botucatu

A Câmara municipal de Botucatu reprovou na noite desta terça-feira (21) o título de cidadão botucatuense ao ex-vice prefeito de Botucatu ao Professor Doutor Antônio Luiz Caldas Junior O Projeto de Decreto Legislativo nº 19/2023 foi de iniciativa do Vereador Palhinha (DEM). A matéria foi adiada na primeira discussão na última semana a pedido do Vereador Silvio dos Santos.

Ao retornar no plenário da casa, o decreto precisaria da aprovação de pelo menos 2/3 dos legisladores.

A matéria recebeu os votos contrários de Rose Ielo, Sargento Laudo, Abelardo e Pedroso. O ex-vice prefeito e vereador estava acompanhando a discussão na própria Câmara.

Caldas foi vereador por Botucatu nas legislaturas 2001/2004 e 2005/2008, sendo presidente da casa em 2001. Foi Vice-Prefeito do município entre 2009 e 2016, sendo eleito com João Cury em uma dobrada PSDB/PC do B. Médico Sanitarista e Professor Doutor pela Unesp, também atuou como Secretário de Saúde na gestão João Cury e foi Secretário de Cultura nos primeiros meses do Governo Pardini. (ACONTECE BOTUCATU).

OS VERADORES SARGENTO LAUDO, �BELARDO, PEDROSO E ROSE IELO.

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Esporte em Destaque Vôlei feminino conquista o 3º lugar na Liga de Sorocaba Vinícius Alves

Equipe venceu Iperó no início desta semana

Esporte

A equipe adulta feminina do voleibol de Botucatu, mantida pela Associação Polo Cuesta de Voleibol – Vôlei 10, conquistou nesta segunda-feira (20), o terceiro lugar na disputa da Liga Regional de Sorocaba, um dos campeonatos mais importantes da modalidade no Estado.

Jogando fora de casa, Botucatu enfrentou Iperó e saiu com a vitória por 3 sets a 1, com parciais 25x21, 25x23, 23x25 e 25x20. Com esse triunfo, a equipe garantiu a terceira colocação na competição.

Na fase anterior, Botucatu acabou sendo superado por Jundiaí nas semifinais.

Na partida que rendeu o terceiro lugar do torneio, o destaque foi a jogadora Vanessa, que acabou recebendo uma medalha especial pelo seu desempenho no duelo.

A decisão da edição de 2023 do torneio será entre Jundiaí e Pindamonhangaba que se enfrentarão em dois jogos.

Vale destacar que a equipe botucatuense já conquistou

o título da competição em 2021, quando superou Pindamonhangaba naquela ocasião. A Liga de Voleibol de Sorocaba e Região foi fundada em 02/12/1995, e reúne equipes de todo o Estado e em várias categorias.