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87ranking 1000 maiores empresas do distrito de Coimbra

100 maiores empresas exportadoras do Centro

posição* nome concelho distrito vol. de neg.2020 exportação total

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1 PEUGEOT CITRÖEN AUTOMÓVEIS PORTUGAL, S.A. 2 PUREM TONDELA, UNIPESSOAL, LDA 3 FAURECIA - ASSENTOS DE AUTOMÓVEL, LDA 3 CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A. 4 AMORIM CORK, S.A. 5 BOSCH TERMOTECNOLOGIA, S.A. 1 COFICAB PORTUGAL - COMPANHIA DE FIOS E CABOS, LDA 9 GROHE PORTUGAL - COMPONENTES SANITÁRIOS, LDA MANGUALDE TONDELA SÃO JOÃO DA MADEIRA

VISEU VISEU AVEIRO FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA SANTA MARIA DA FEIRA AVEIRO

AVEIRO AVEIRO

GUARDA GUARDA

ALBERGARIA-A-VELHA AVEIRO

10 BOSCH SECURITY SYSTEMS-SISTEMAS DE SEGURANÇA, S.A.

OVAR 8 FERPINTA-IND.TUBOS AÇO FER. PINHO TEIXEIRA, S.A. OLIVEIRA DE AZEMÉIS 5 LABESFAL - LABORATÓRIOS ALMIRO, S.A. TONDELA

7 HUF PORTUGUESA-FÁB.COMP. AUTOMÓVEL, UNIP., LDA TONDELA

4 LUSO FINSA - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MADEIRAS, S.A. NELAS

11 POLIVOUGA - INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS, S.A. ALBERGARIA-A-VELHA AVEIRO AVEIRO VISEU VISEU VISEU AVEIRO

10 FAPRICELA - INDÚSTRIA DE TREFILARIA, S.A. CANTANHEDE COIMBRA

16 COLEP CONSUMER PRODUCTS PORTUGAL, S.A. 3 SONAE ARAUCO PORTUGAL, S.A. 12 COMPANHIA IND. RESINAS SINTÉTICAS - CIRES, LDA 6 ROCA, S.A. 12 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. 7 BONDALTI CHEMICALS, S.A. VALE DE CAMBRA MANGUALDE ESTARREJA LEIRIA PENICHE ESTARREJA AVEIRO VISEU AVEIRO LEIRIA LEIRIA AVEIRO

25 KIRCHHOFF AUTOMOTIVE PORTUGAL, S.A. OVAR AVEIRO

19 GESTAMP AVEIRO-IND. ACESSÓRIOS DE AUTOMÓVEIS, S.A. OLIVEIRA DE AZEMÉIS AVEIRO

2 CELTEJO - EMPRESA DE CELULOSE DO TEJO, S.A. VILA VELHA DE RÓDÃO C. BRANCO

20 SIMOLDES - PLÁSTICOS, S.A. OLIVEIRA DE AZEMÉIS AVEIRO

17 PLANOS FÉRRICOS PORTUGAL II, UNIPESSOAL, LDA VAGOS AVEIRO

12 AQUINOS, S.A. 12 BROSE-SISTEMAS DE FEC. AUTOMÓVEIS, UNIPESSOAL, LDA

TÁBUA COIMBRA TONDELA VISEU

13 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. PORTO DE MÓS LEIRIA

17 RESPOL - RESINAS, S.A. 9 PATINTER-PORT. DE AUTOMÓVEIS TRANSPORTADORES, S.A.

LEIRIA MANGUALDE LEIRIA VISEU

29 AMORIM CORK COMPOSITES, S.A. 19 BÖLLINGHAUS STEEL, LDA 11 MARTIFER - CONSTRUÇÕES METALOMECÂNICAS, S.A. 6 FRULACT - INDÚSTRIA AGRO-ALIMENTAR, S.A. SANTA MARIA DA FEIRA MARINHA GRANDE AVEIRO LEIRIA

OLIVEIRA DE FRADES

VISEU COVILHÃ C. BRANCO

42 MEDIKA MCN TECNOLOGIA MEDICINAL, S.A. 40 INPLÁS - INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS, S.A. 32 VISTA ALEGRE ATLANTIS, S.A. 14 BLUEPHARMA - INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, S.A. SANTA MARIA DA FEIRA OLIVEIRA DE AZEMÉIS ÍLHAVO

AVEIRO AVEIRO AVEIRO COIMBRA COIMBRA

31 INFORLANDIA, S.A.

AVEIRO 11 METALMARINHA-COM. INTER. RESÍDUOS METÁLICOS, S.A. MARINHA GRANDE 43 PAVIGRÉS CERÂMICAS, S.A. ANADIA

48 ASPÖCK PORTUGAL, S.A. 41 OLI - SISTEMAS SANITÁRIOS, S.A. OLIVEIRA DE AZEMÉIS AVEIRO AVEIRO LEIRIA AVEIRO AVEIRO AVEIRO

22 MAHLE - COMPONENTES DE MOTORES, S.A. CANTANHEDE COIMBRA

23 TALKDESK INC. PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA 10 F.H.C. - FARMACÊUTICA, S.A.

COIMBRA COIMBRA MORTÁGUA VISEU

27 SCHAEFFLER PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA CALDAS DA RAINHA LEIRIA

19 DAN CAKE (PORTUGAL), S.A.

COIMBRA COIMBRA 27 ECCO’LET (PORTUGAL) - FÁBRICA DE SAPATOS, LDA SANTA MARIA DA FEIRA AVEIRO

8 UNITOM - SOCIEDADE GERAL DE COMÉRCIO, LDA FUNDÃO C. BRANCO

34 GRÉS PANARIA PORTUGAL, S.A. 49 PLASTAZE - PLÁSTICOS DE AZEMÉIS, S.A. ÍLHAVO OLIVEIRA DE AZEMÉIS AVEIRO AVEIRO

28 NOVAQUI-EQUIP. E MOBILIÁRIO DE CONFORTO, S.A. 26 TEKA PORTUGAL, S.A.

TÁBUA COIMBRA ÍLHAVO AVEIRO

4 ACI - AUTOMOTIVE COMPOUNDING INDUSTRY, LDA 7 MIBEPA - IMPORTAÇÃO, COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO, LDA 6 DURA AUTOMOTIVE PORTUGUESA 35 DANIPACK - INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS, S.A. 42 SRAMPORT - TRANSMISSÕES MECÂNICAS, LDA 45 NOVARROZ - PRODUTOS ALIMENTARES, S.A. 28 AKWEL TONDELA (PORTUGAL), LDA 47 CORK SUPPLY PORTUGAL, S.A. 47 UNITED RESINS - PRODUÇÃO DE RESINAS, S.A. 48 ANSELL PORTUGAL 22 BLOCOTELHA - STEEL CONSTRUCTIONS, S.A. 46 SANITANA - FÁBRICA DE SANITÁRIOS DE ANADIA, S.A. 18 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. 18 COFISA - CONSERVAS DE PEIXE DA FIGUEIRA, S.A. GUARDA LEIRIA GUARDA LEIRIA

GUARDA GUARDA

ESTARREJA

AVEIRO COIMBRA COIMBRA OLIVEIRA DE AZEMÉIS AVEIRO

TONDELA VISEU

SANTA MARIA DA FEIRA

AVEIRO FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA VILA NOVA DE POIARES COIMBRA PORTO DE MÓS LEIRIA

ANADIA AVEIRO

BOMBARRAL

LEIRIA FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA

9 SODECIA POWERTRAIN GUARDA, S.A. GUARDA GUARDA 653.273.442 621.503.106 465.541.731 453.770.478 325.752.341 308.843.940 364.614.398 272.214.231 279.133.732 234.994.248 257.324.881 204.270.720 198.018.283 189.232.564 172.593.580 164.498.873 171.826.981 161.958.439 199.976.750 142.272.547 151.932.611 132.115.016 108.269.659 107.127.993 165.727.137 103.659.650 164.860.340 103.162.687 126.626.852 103.068.929 129.240.350 100.479.413 187.629.086 97.562.885

154.674.021 94.058.056

108.437.564 83.298.401

83.815.663 82.652.942

213.821.569 75.119.232

82.921.571 74.936.202

111.477.328 73.388.239

105.417.479 96.662.661 71.143.531 67.325.197

112.658.847 64.111.753

73.415.256 62.434.635 63.051.172 62.434.635

82.692.661 60.494.337 81.243.104 75.904.963 58.229.062 68.246.456 58.837.628 55.161.088 61.684.566 72.612.711 58.330.540 72.951.805 88.150.444 54.854.704 52.804.324 60.101.298 46.148.007 45.689.896 75.918.901 41.553.398 53.250.606 81.852.144 39.792.371 72.175.092 52.036.774 42.403.373 82.156.899 47.292.693 107.306.192 60.347.496 59.681.136 57.764.303 57.092.749 56.720.612 54.711.496 53.422.328 52.274.268 51.924.838 51.558.425 50.710.260 50.219.080 49.104.826 48.661.308 47.324.704 46.688.981 46.097.153 44.825.470 44.395.045 41.518.348 41.448.180 40.816.188 39.636.058 38.714.495 35.184.089 33.653.414 33.092.573 32.916.450 31.521.950

35.458.693 67.529.613 28.950.859 54.285.276 27.931.915 53.615.689 27.997.523 26.871.117 49.284.688 53.901.875 58.686.536 54.404.639 26.878.763 71.722.901 26.337.337 29.606.400 28.702.498 28.283.317 28.054.434 27.051.257 26.962.934 26.913.817 26.867.882 26.519.897 26.032.164 25.983.965 24.256.944 23.377.481 23.343.294 21.859.035

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posição nome

73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 53 PLASFIL - PLÁSTICOS DA FIGUEIRA, S.A. 16 RUI COSTA E SOUSA & IRMÃO, S.A. 11 VERALLIA PORTUGAL, S.A. 67 ACUINOVA - ACTIVIDADES PISCÍCOLAS, S.A. 35 MICROPLÁSTICOS, S.A. 50 BRESFOR - INDÚSTRIA DO FORMOL, S.A. 13 CAMPOAVES - AVES DO CAMPO, S.A. 49 IBER-OLEFF- OMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 75 C.B.I.- INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO, S.A. 49 C.B.I.- INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO, S.A. 39 ALVES BANDEIRA TYRES, S.A. 83 OLYMPUS SERVICE FACILITY PORTUGAL 21 BERALT TIN AND WOLFRAM (PORTUGAL), S.A. 24 JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA 21 LABORATÓRIOS BASI - INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, S.A. 26 EFAPEL-EMP. FABRIL DE PROD. ELÉCTRICOS, S.A. 20 FCSI-FUEL CARD SERVICE INTER., UNIPESSOAL, LDA 14 SUINICOMÉRCIO - COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA 23 BENOLI - CONFECÇÕES, LDA 55 ROCA TORNEIRAS, S.A. 28 SORGAL - SOCIEDADE DE ÓLEOS E RAÇÕES, S.A. 93 EMPRESA FIGUEIRENSE DE PESCA, LDA 14 PAPER PRIME, S.A. 29 PUREVER INDUSTRIAL SOLUTIONS, S.A. 19 MEIVCORE, LDA 99 TILRAY PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA 11 OLANO PORTUGAL - LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO, LDA 24 TJA - TRANSPORTES J.AMARAL, S.A. concelho distrito vol. de neg. 2019 exportação total

FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA TONDELA VISEU FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA MIRA COIMBRA FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA ÍLHAVO AVEIRO

OLIVEIRA DE FRADES VISEU

POMBAL

LEIRIA TÁBUA COIMBRA MANGUALDE VISEU VILA NOVA DE POIARES COIMBRA COIMBRA COIMBRA COVILHÃ C. BRANCO CANTANHEDE COIMBRA MORTÁGUA VISEU LOUSÃ COIMBRA CALDAS DA RAINHA LEIRIA

LEIRIA

LEIRIA COVILHÃ C. BRANCO CANTANHEDE COIMBRA OVAR AVEIRO FIGUEIRA DA FOZ COIMBRA VILA VELHA DE RÓDÃO C. BRANCO NELAS VISEU VISEU VISEU CANTANHEDE COIMBRA GUARDA GUARDA

ESTARREJA AVEIRO

23.604.223 52.051.028 105.435.328 19.442.691 36.680.820 50.734.409 60.986.354 26.058.228 18.054.053 18.054.053 29.723.525 16.764.505 16.098.109 44.237.239 36.595.545 43.924.841 55.473.032 76.284.363 15.064.528 23.225.399 78.054.246 13.570.450 27.844.911 27.927.646 37.459.173 12.818.785 22.575.278 89.473.585 12.446.411

Fonte : Rank elaborado pela Informa D&B

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Luís Simões da Silva Vice-Reitor da Universidade de Coimbra

Em 2020 o mundo foi assolado pela pandemia de COVID-19, o que forçou os diferentes órgãos de gestão governamental a tomar medidas extremas de contenção. Isto obrigou a uma alteração do status quo em todos os setores da sociedade (públicos ou privados) e alterou significativamente o modelo de vida ou trabalho estabelecido, e a Universidade de Coimbra (UC) não foi exceção neste novo enquadramento e formato de organização da sociedade.

É claro que a pandemia veio acelerar a necessidade de agilizar e implementar diferentes formas de inovação nos métodos de trabalho, dentro e fora da UC, e da vida em sociedade. Exemplo disso foram as constantes alterações dependentes da gestão da pandemia e a organização interna que isso obrigou para que, por exemplo, de um momento para o outro todas as aulas transitassem para o modelo virtual.

Ainda assim, o impacto da pandemia nas famílias e empresas levou à criação de medidas excecionais de financiamento através de uma resposta estrutural que se centra essencialmente

PRR - Prioridades e desafios para a Universidade de Coimbra

na recuperação da crise provocada pela resposta necessária à pandemia. Esta resposta prevê assegurar um crescimento robusto e sustentável, envolvendo todos os atores económicos.

No contexto português, as esperanças de retomar o desenvolvimento e crescimento económico, centram-se no Plano de recuperação e resiliência (PRR) que constituirá uma das fontes de financiamento mais relevantes para Portugal em áreas centrais e que podem ser desbloqueadoras de criação de valias económicas, de coesão territorial e crescimento do país em diferentes áreas. Um instrumento essencial e que, a par da Estratégia de Portugal para 2030, poderão ter um significativo impacto nas áreas de maior importância no quadro nacional.

E é por isso que a UC aproveitou e está a aproveitar estas oportunidades de financiamento para solidificar e alavancar a sua estratégia nas diferentes áreas de atuação institucional através da estruturação de candidaturas e integração em consórcios que significarão investimentos cruciais e estruturantes para o contexto da UC e que permitirão uma melhor resposta aos desafios internos e externos. Por exemplo, a digitalização administrativa e pedagógica são algumas das ações que queremos estruturalmente colocar em marcha, de forma a potenciar a resolução de desafios atuais e futuros. Outro exemplo é

a promoção da inovação e da transferência de conhecimento em benefício através do desenvolvimento de projetos transformadores e/ou da integração em sinergias de nível nacional para intervenção e colaboração conjunta em diferentes setores estratégicos nacionais, apoiados nas competências internas dos docentes e investigadores da UC.

A UC está do alto dos seus mais de 730 anos com os olhos postos e portas abertas para a região, país e mundo e está pronta e disponível para acompanhar a resolução dos desafios societais que esta transformação nos trouxe. Está pronta a agir, reagir e interagir com a sociedade nas suas mais variadas vertentes através da partilha de conhecimento científico contribuindo para o desenvolvimento integrado e sustentável da sociedade. A UC está disponível, no quadro dos eixos de intervenção do PRR, para ser um parceiro essencial do tecido económico através do desenvolvimento de projetos viáveis e sustentáveis, independente da estrutura de negócio, desde que sejam ideias inovadoras a necessitar de uma parceria científica e tecnológica.

A UC está disponível, no quadro dos eixos de intervenção do PRR, para ser um parceiro essencial do tecido económico através do desenvolvimento de projetos viáveis e sustentáveis

Jorge Conde Presidente do Instituto Politécnico de Coimbra

Politécnico de Coimbra cria rede para formar pessoas em necessidades específicas das empresas

Falar do Plano de Recuperação e Resiliência, como o nome indica, é falar de um plano para recuperar o País e para o tornar mais resiliente... mais capaz. O Primeiro-Ministro, na sua primeira alocução sobre o tema, chamou-lhe a “bazuca”. Esta metáfora visou passar para a opinião pública a ideia de que este plano era uma arma rápida, flexível e de grande poder na recuperação da economia debilitada pela pandemia. As empresas e os diversos setores económicos ficaram assim expectantes, não só do apoio financeiro, mas da urgência com que o mesmo seria disponibilizado. Hoje, quase dois anos depois do início da pandemia e do fecho a que o País e o mundo se viram obrigados, sabemos já que muitas empresas não sobreviveram e que outras necessitam urgentemente de ajuda financeira que, se não chegar à velocidade da bazuca, de nada servirá.

Do ponto de vista do investimento, o PRR tem como principais desafios a resiliência, a transição digital e a transição climática. No papel que cabe ao ensino superior, foram já atribuídos 252 milhões de euros que têm como objetivo capacitar mais pessoas, aumentando a competência disponível e garantindo que as empresas e demais instituições aumentam a sua resiliência. A maioria das instituições de ensino superior criou consórcios com entidades nacionais e regionais, visando resolver problemas na formação de trabalhadores, que garantam que o tecido económico se moderniza e que o País aumenta a sua capacidade de produção com uma maior eficiência dos processos. O Politécnico de Coimbra, num trabalho com mais de 130 entidades (empresas, setor social e setor público), criou uma rede que, através das suas escolas, irá formar, ao longo dos próximos quatro anos, pessoas em necessidades específicas das empresas, numa formação prática e aplicada. Este é também um tempo para o ensino superior intensificar o seu papel na cocriação de conhecimento com os restantes atores, distanciando-se do papel fechado e intrinsecamente académico que foi apanágio do mundo universitário do século XX.

Quanto às outras duas dimensões, importa conhecer o caminho que o governo pretende trilhar. Por um lado, a emergente transição climática, que é cada vez mais assunto do nosso quotidiano e do futuro das gerações vindouras. É fundamental a aposta na economia verde, mas esta não pode passar apenas e só pela substituição de equipamentos obsoletos por equipamentos eficientes. Importa reduzir substancialmente a utilização de energia, diminuindo consumos e criando soluções,

nomeadamente ao nível da construção. Para isso é necessário um plano de investimento do estado que incentive novas soluções. Por outro lado, importa uma forte aposta na floresta e no aumento da mancha verde que todos os anos diminui, vítima dos incêndios que regularmente assolam o País.

A outra dimensão é a transição digital, que decorre desde há alguns anos em velocidade de cruzeiro e que, importando densificar, importa também garantir que uma geração mais idosa e predominantemente rural não se verá excluída de um novo mundo onde têm de viver.

Do ponto de vista do investimento, PRR tem como principais desafios resiliência, a transição digital e a transição climática

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Pedro Machado Presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal

Um período de grandes mudanças no Turismo

Osetor do Turismo atravessa uma era em que se anteveem grandes mudanças. Depois de um período prolongado de crescimento, em que os fluxos turísticos a nível mundial atingiram um volume nunca antes visto – o Centro de Portugal, ao bater recordes ano após ano, é um exemplo paradigmático desse crescimento – a pandemia de Covid 19 constituiu um duro golpe nas expetativas dos empresários. Sem que nada o fizesse prever, as viagens turísticas travaram a fundo, deixando toda uma atividade sem receitas. Como consequência, instalou-se uma crise nunca antes vista no setor. O período que se segue será necessariamente diferente.

Num primeiro momento da crise, os governantes nacionais adotaram algumas medidas de emergência, tendentes a evitar as falências anunciadas de empresas por falta de liquidez. Medidas sem dúvida positivas, embora demorassem a chegar aos destinatários. Faltavam, no entanto, medidas estratégicas que olhassem para o longo prazo. Surgiu, por isso, o PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, um instrumento temporário que a União Europeia criou para mitigar o impacto económico e social da crise.

Quando foi apresentada, em fevereiro deste ano, a versão portuguesa do PRR pecou por não dedicar mais de meia dúzia de linhas ao Turismo. De então para cá, pouco mudou, mas o PRR não deixa de constituir um instrumento que poderá ser extremamente positivo para as empresas da região.

As medidas propostas neste Plano estão organizadas em torno de três eixos fundamentais: a Resiliência, que incide no aumento da capacidade de resposta perante crises futuras; a Transição Climática, que aposta num aproveitamento sustentável dos recursos e na descarbonização da economia; e a Transição Digital, que promove a digitalização da atividade económica. É em torno destes três eixos que as empresas podem captar verbas do PRR.

Esta é, ou deveria ser, uma oportunidade para se fazer face à necessidade vital de aumentar o investimento nas empresas e de, assim, acelerar a nunca concretizada transformação estrutural da economia portuguesa. Apenas com mais investimento, canalizado de forma eficiente para as empresas, será possível combater os problemas estruturais com que há muito se debatem os players do setor do Turismo

na região: a sazonalidade e a litoralização da atividade, por um lado, ou a baixa estadia média de visitantes e o reduzido rendimento da atividade, por outro.

Mas este é igualmente o momento para a região Centro se preparar para as mudanças que estão a chegar. Há uma alteração importante – impulsionada pela pandemia, mas que já vinha de trás – no perfil de quem viaja. Há segmentos novos que anunciam as tendências do futuro: os nómadas digitais, que trabalham em qualquer ponto do mundo que tenha internet, deixaram de ser um conceito abstrato para constituírem uma realidade concreta, assim como os viajantes éticos, para quem a sustentabilidade do destino é essencial, os puristas culturais, que anseiam por mergulhar no seio das culturas que visitam, ou os caçadores de recompensas, que estão dispostos a pagar para usufruir de experiências únicas. Todos estes são segmentos a que devemos estar crescentemente atentos.

O esforço, no entanto, não compete somente aos empresários. Das entidades públicas e associações, espera-se que estejam à altura das exigências. Nomeadamente, que sejam capazes de alinhar os novos produtos turísticos com a estratégia de desenvolvimento desenhada e que, ao mesmo tempo, promovam os recursos distintivos existentes no território. Que promovam redes de cooperação e sinergias entre os vários players e que analisem, com base em evidências, o que oferece o mercado. E que, fundamentalmente, definam os segmentos de turistas a atingir e a forma de os atrair à região.

Só cumprindo todos estes pressupostos é que o PRR evitará ser mais uma das muitas oportunidades desperdiçadas em que o nosso país é especialista, para se tornar um instrumento global de desenvolvimento.

Quando foi apresentada, em fevereiro deste ano, a versão portuguesa do PRR pecou por não dedicar mais de meia dúzia de linhas ao Turismo

Jorge Loureiro Vice-presidente da AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal

Os empresários do Turismo merecem mais

Há muito tempo que o Plano de Recuperação e Resiliência assentou arraiais nos holofotes mediáticos do nosso país. Esta “bazuca”, assim batizada, promete mundos e fundos para todos, havendo até quem a compare à descoberta do ouro do Brasil. E, no entanto, pouco ou nada se sabe sobre a forma como este plano vai atingir os objetivos com que foi delineado. O que se sabe é que o Turismo, setor tão fundamental para a economia nacional, vai continuar a ser um parente pobre, não merecendo mais do que poucas linhas neste PRR.

Do ponto de vista da AHRESP, para as fileiras da restauração e do alojamento, mais importante do que o PRR é o Plano de Ação “Reativar o Turismo, Construir o Futuro”, anunciado em maio pelo Governo. Na altura, prometiam-se medidas essenciais para o financiamento das empresas. No entanto, pouco foi adiantado desde então sobre os contornos deste Plano de Ação e o tempo urge. Os empresários sentem uma necessidade vital de conhecer as suas metas, objetivos e calendários. As empresas de Turismo da região Centro e, em particular, as da região de Coimbra, algumas das quais figuram nesta revista, precisam de saber de que forma e em que medida conseguirão ter acesso a este balão de oxigénio. Esperamos todos que o acesso seja fácil e

A crise económica resultante da crise pandémica ainda não acabou, longe disso. Vivemos tempos de incerteza e as empresas precisam ainda de apoios para sobreviver

outro fator. A falta de mão-de-obra ameaça de forma preocupante o setor do Turismo. Não há trabalhadores disponíveis. Em consequência, um número crescente de empresários não consegue manter os seus negócios de portas abertas. Outros, que pretendiam abrir novas unidades, têm de adiar os projetos. E outros ainda estão em atividade, mas com um número de funcionários aquém do desejável, o que compromete a qualidade da oferta e do serviço.

Afigura-se necessária uma campanha de valorização do trabalho no setor para minimizar este problema. É urgente apostar numa organização mais adequada de horários e funções, com horários mais flexíveis e melhores salários. Mas isso não chega: para superar as dificuldades atuais é necessária também uma estratégia de importação de mão-de-obra. Esta solução, no entanto, leva tempo, pois não é fácil estabilizar canais e fluxos com acesso ao País de pessoas disponíveis com formação nesta área. Para resultar, esta estratégia terá de ser pensada em conjunto, sentando à mesma mesa Ministérios de áreas como o Trabalho, Negócios Estrangeiros, Administração Interna ou Economia.

Estarão os nossos decisores disponíveis para dar este passo? Os empresários esperam que sim e não merecem menos do que isso.

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desburocratizado e não, como infelizmente estamos habituados, repleto de obstáculos pelo caminho.

A crise económica resultante da crise pandémica ainda não acabou, longe disso. Vivemos tempos de incerteza e as empresas precisam ainda de apoios para sobreviver. Todos os instrumentos de apoio que foram disponibilizados na fase crítica da pandemia, que beneficiavam empresas e trabalhadores, acabaram, restando apenas um Apoio a Retoma, atribuído muito seletivamente. Os empresários não veem da parte dos decisores qualquer preocupação em recuperar os apoios que terminaram ou, sequer, em apresentar e desenvolver novos programas.

E a verdade é que estes apoios continuam a ser tão imprescindíveis hoje como eram no início da pandemia. Os efeitos do início da retoma turística – ainda tímida – não se fazem sentir nas tesourarias das empresas, que precisam de capitalização e liquidez nos seus negócios como de pão para a boca. A generalidade das empresas em Portugal são micro e pequenas empresas, focadas na operação dos seus negócios, mas que não têm uma dimensão suficiente que lhes permita superar de um dia para o outro as dificuldades provocadas por meses a fio sem receitas.

Esta conjuntura negativa tem vindo a agravar-se por efeito de

Raul Almeida Ex-presidente da AIRC - Associação de Informática da Região Centro

ACOVID-19 revelou-se um dos maiores flagelos do século XXI na nossa sociedade. Durante dois anos assistimos diariamente a uma crise sanitária e humanitária a nível global. Esta crise tem um grave impacto nas economias europeias, estando ainda por apurar as reais consequências na conjuntura económica de Portugal.

O Conselho Europeu, perante a repercussão da pandemia nas economias europeias, criou um instrumento estratégico de recuperação onde se enquadra o Plano de Recuperação e Resiliência. O PRR português tem um período de execução até 2026 e tem como principal objetivo retomar o crescimento económico sustentado.

As três dimensões estruturantes deste plano de investimento assentam na Resiliência, Transição Climática e Transição Digital. O conjunto de reformas e de investimentos será financiado por recursos totais de 16,6 mil M€, permitindo aumentar a competitividade, diversificar e especializar o tecido empresarial português.

No entanto, há que ter em atenção que estes financiamentos têm como objetivo o aumento da competitividade das nossas empresas não só a nível nacional, mas também a nível mundial. A dimensão dos projetos submetidos e o seu carater estruturante são aspetos fundamentais no ecossistema do PRR. É basilar termos uma visão de cadeia de valor, de propor soluções que resolvam problemas não só de uma empresa, mas do país. O desafio não será ter apenas uma boa ideia, mas saber desenvolvêla em consórcio e a uma escala maior.

Para além do desafio de as empresas terem de comprovar como é que o projeto por elas apresentado irá acrescentar valor a uma escala nacional e europeia, os projetos têm também de estar alinhados com a transição digital, a resiliência energética e a neutralização do carbono, estando em concordância com as prioridades da União Europeia.

Mais do que um desafio financeiro, este plano de investimento é um desafio à gestão das empresas.

Aumentar a competitividade a nível mundial

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António Poças Presidente da Direção da NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria

Os anos de 2020 e 2021, sob o efeito da pandemia do Covid-19, trouxeram novos problemas à economia mundial, além de terem alterado o panorama, relativo a muitos outros desafios e constrangimentos com que já nos debatíamos, na procura por uma economia mais competitiva e sustentável. Neste momento, a somar aos desafios que já tínhamos, como a digitalização e a descarbonização da economia, cuja implantação foi afetada, juntam-se outros, talvez ainda mais prementes e urgentes de solucionar, como sejam os casos da escalada dos preços da energia, das matérias-primas e dos transportes.

Todas as empresas, estão a enfrentar custos muito elevados, e de certa forma inesperados, com eletricidade, gás natural, ou outros combustíveis. Estes aumentos, implicam o agravamento dos custos de transporte que, em conjunto com outros fatores, dificultam ainda mais a disponibilidade de certas matérias-primas. Enfrentamos, de facto, um risco muito elevado de esta situação levar a insolvências. Urge, por isso, que governo português e União Europeia olhem para estes desafios e tomem medidas que voltem a colocar o mercado mundial, a funcionar de forma regular. Às empresas, para além de tentarem resistir aos constrangimentos desta turbulência do mercado, deve ser pedido que se foquem em, pelo menos, manter, senão melhorar, a sua competitividade e em conseguir formar, reconverter e atrair os recursos humanos qualificados, que lhes permitam enfrentar os desafios mais bem preparadas.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a par do novo quadro

Investimentos de forma eficiente

comunitário de apoio, poderá ser o instrumento financeiro adequado para nos ajudar a solucionar parte destes desafios e a dar respostas às prioridades, para nos mantermos no caminho do desenvolvimento da economia. Digo pode ser, porque é fundamental que a canalização das verbas do PRR seja feita para os investimentos certos, tornando a sua afetação eficaz, no sentido em que resolve problemas e potencia o desenvolvimento económico.

Para dar corpo a esta premissa a NERLEI teve uma intervenção bastante proativa na preparação, execução e apresentação das duas manifestações de interesse, que a Região de Leiria submeteu no final de setembro, para desenvolvimento de projetos, no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, do PRR, que envolvem um investimento que ultrapassa os 150 Milhões de euros e mais de oito dezenas de entidades.

A delineação e apresentação destas duas ambiciosas candidaturas, refletem o resultado do trabalho desenvolvido nos últimos 18 meses pelo Gabinete Económico e Social da Região de Leiria (GESRL), liderado conjuntamente pela NERLEI, CIMRL (CIM da Região de Leiria) e Politécnico de Leiria. Só assim, foi possível envolver um tão grande de entidades, entre Empresas; Sistema Científico e Tecnológico; Instituições de Ensino; Centros de Interface Tecnológica; Associações Empresariais e Comunidades Intermunicipais. Estamos convictos que estes são dois projetos que, a concretizarem-se, serão um bom contributo para o reforço da competitividade regional e nacional.

Nuno Lopes Presidente da Direção do CERC - Conselho Empresarial da Região de Coimbra

OCONCERCOIMBR – Conselho Empresarial da Região de Coimbra, designado pela abreviatura CERC, é o núcleo que agrega as várias associações empresariais da CIM Região de Coimbra, com forte proximidade e conhecimento da realidade de cada um dos seus concelhos nos diversos setores de actividade.

Este consórcio é composto por 12 associações empresariais, representando 19 municípios:

ACIBA - Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira

ACIFF - Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz

ADEC - Associação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa

AEC - Associação Empresarial de Cantanhede

AEDP - Associação Empresarial de Poiares

AEM - Associação Empresarial de Mira

AEPS - Associação Empresarial da Pampilhosa da Serra

AESOURE - Associação Empresarial de Soure

AESL- Associação Empresarial Serra da Lousã

APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra

CEMC - Clube de Empresários de Miranda do Corvo

NEP - Núcleo Empresarial de Penela.

Uma das prioridades que devemos exigir é estabilidade politica,

Importância das Associações Empresariais no PRR

necessitamos de uma resposta rápida e eficaz da Administração Pública e dos organismos do Estado para não colocarmos em causa a execução do Plano de Recuperação Económica.

Tendo em consideração as recomendações comunitárias, o PRR foi estruturado em três dimensões: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital para que tenhamos um crescimento mais sustentável e inclusivo. O Plano Nacional ascende a cerca de 16,6 mil milhões de euros, repartidos entre 13,9 mil milhões euros de subvenções e 2,7 mil milhões euros de empréstimos.

De uma forma sintetizada, este plano visa para as empresas portuguesas os seguintes objetivos: Acelerar o processo de transferência de conhecimento e tecnologia do sistema científico e tecnológico para as empresas; Ultrapassar o défice crónico de financiamento das empresas para investimento produtivo; Ultrapassar os problemas criados pela reduzida dimensão das empresas, que acarreta menor produtividade e mais baixa qualificação da gestão; Reforçar as qualificações da população ativa; Caminhar para uma economia com mais baixa intensidade carbónica e melhorar o ambiente de negócios e a justiça económica.

Estamos de acordo com os pressupostos pretendidos, mas preocupa-nos o facto de haver pouco tempo para responder aos avisos e a demora excessiva dos serviços públicos na resposta às solicitações das empresas pondo em causa a execução do plano. Queremos realçar ainda a dificuldade das micro e pequenas empresas em tomarem conhecimento dos avisos em tempo útil, motivado pela sua estrutura reduzida em termos de recursos humanos. Outra dificuldade manifestada é na elaboração das candidaturas aos fundos. É neste capítulo que as Associações Empresariais podem ter um papel importante no apoio a estas empresas.

É nosso entendimento que o plano devia contemplar as Associações Empresariais com dotação financeira, para que possamos ter mais meios e recursos humanos, para funcionarmos como catalisadores da execução do PRR na área empresarial, pela proximidade que temos com as empresas e pelo conhecimento da realidade territorial onde cada uma de nós está inserida. Deste modo poderíamos evitar que no final tenhamos que devolver à União Europeia a verba que não tivermos a capacidade de utilizar.

Não nos podemos esquecer que as micro, pequenas e médias empresas são os maiores empregadores, representando mais de 90% do total das empresas em Portugal, tendo um impacto muito significativo em termos sociais. avisos e a demora excessiva dos serviços públicos na resposta às solicitações das empresas pondo em causa a execução do plano. Queremos realçar ainda a dificuldade das micro e pequenas empresas em tomarem conhecimento dos avisos em tempo útil, motivado pela sua estrutura reduzida em termos de recursos humanos. Outra dificuldade manifestada é na elaboração das candidaturas aos fundos. É neste capítulo que as Associações Empresariais podem ter um papel importante no apoio a estas empresas.

É nosso entendimento que o plano devia contemplar as Associações Empresariais com dotação financeira, para que possamos ter mais meios e recursos humanos, para funcionarmos como catalisadores da execução do PRR na área empresarial, pela proximidade que temos com as empresas e pelo conhecimento da realidade territorial onde cada uma de nós está inserida. Deste modo poderíamos evitar que no final tenhamos que devolver à União Europeia a verba que não tivermos a capacidade de utilizar.

Não nos podemos esquecer que as micro, pequenas e médias empresas são os maiores empregadores, representando mais de 90% do total das empresas em Portugal, tendo um impacto muito significativo em termos sociais.

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Assunção Ataíde Presidente da Direção da APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra

AAgência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) é uma Associação, sem fins lucrativos, constituída desde 2004 que tem como objetivo promover o Comércio Local do centro da cidade, como um Centro Comercial a Céu Aberto, dinamizando comércio e serviços enquanto área em que se conjugam Comércio, Cultura, Turismo e Lazer.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é um programa de aplicação nacional, financiado por fundos europeus (Next Generation EU), que visa implementar um conjunto de reformas e de investimentos que permitirão a Portugal retomar o crescimento económico sustentado. No entanto as micro e pequenas empresas, que a APBC acompanha, cerca de 90% dos seus associados, só poderão beneficiar deste plano de forma indirecta e, como sabemos, são estas mesmas empresas que caracterizam a vida de cada comunidade.

Consideramos que o PRR deveria contemplar mais eficazmente a sua atribuição e distribuição de apoios a este Tecido Empresarial, tão estruturante e endémico de cada Região.

No caso das empresas comerciais do Comércio Local de Coimbra, o PRR deveria ativar Planos de Investimento na melhoria das condições físicas e ambientais destes espaços, assim como:

PRR devia ser mais eficaz na distribuição de apoios

• Criação de uma conduta subterrânea para todos os cabos de alimentação de eletricidade, comunicações e outros; • Novo plano de gestão de resíduos sólidos; • Criação de espaços verdes; • Iluminação eficaz em toda a área eliminando áreas escuras; • Plano estratégico de Segurança; • Descentralização das Instituições de Apoio Social; • Incentivo aos proprietários para a dinamização de Rendas de Custo Controlado; • Apoios aos proprietários e lojistas no sentido da recuperação dos edifícios e espaços comerciais;

Todas estas propostas serão basilares para a modernização de todo o Comércio Local. Cláudio Matos Vice-Presidente da ACIBA – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira

O PRR nas empresas e na região

NNão podemos esperar um impacto significativo do PRR para as Regiões e para a Economia local, quando este programa não foi desenhado e pensado para apoiar diretamente as Micro, Pequenas e Médias Empresas. Necessitamos de nos unir e lutar por mais e melhores meios.

É prioritário que se pense no Comércio e nos serviços de rua que necessitam urgentemente de uma maior dinamização e um impulso forte para alavancar estes pequenos negócios tão importantes para a nossa economia. Temos de pensar igualmente na importância destes negócios para a manutenção do nosso “ADN” cultural e social. São eles que em muitas localidades mantém viva a nossa identidade cultural e social. São, em muitos casos, o pilar da economia local.

O Restaurante, a Mercearia, a Papelaria, a Tasca… estes ícones locais que ninguém quer perder, onde os Senhores Governantes gostam de visitar e tirar algumas fotografias cheias de “calor humano” mas que depois são esquecidos no tempo até uma nova incursão em alturas de campanhas.

A pequena indústria, o serralheiro, o carpinteiro e tantos outros ramos são aqueles em quem confiamos e que fazem trabalho de excelência com elevada qualidade. São micro e pequenas empresas que fabricam em pequenas unidades e que também exportam.

Urge alterar este Paradigma. É importante e muito urgente olhar para estes intervenientes de uma forma completamente diferente e dar-lhes a importância que conquistaram por mérito próprio e merecem.

Não podemos aceitar que o Estado se autofinancie e absorva grande parte do PRR. Não podemos aceitar que grande parte do PRR esteja já cativado para grandes obras públicas, na sua maioria nos grandes centros, que se construam mais estadas sem ter sequer uma estratégia de desenvolvimento industrial ou comercial, mais autoestradas nos grandes centros onde passam carros de hora a hora, quando não temos uma alternativa séria entre Coimbra e Viseu. Sim, porque a atual remodelação do IP3 não vem resolver qualquer problema e muito menos contribuir para o desenvolvimento económico.

Não podemos pensar em gastar milhões no TGV quando, passados tantos anos, não temos o Metro Mondego, quando temos um Alfa Pendular que não pode circular à velocidade máxima,

90565 quando temos uma ferrovia que não responde às necessidades de transporte de cargas.

Existe a necessidade de pensar em respostas concretas que venham de encontro às reais necessidades das empresas e dos empresários. Não podemos, de forma constante e inevitável, alinhar os apoios com as orientações europeias que não respondem diretamente aquilo que são as realidades territoriais. Existe um grande desfasamento entre aquilo que as empresas necessitam e aquilo que a europa julga saber que é importante para as empresas. EMPRESAS DO CENTRO 1000 MAIORES

Nuno Rebanda Vice-presidente da Direção da ADEC - Associação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa-a-Nova Uma voz da região

AAssociação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa-a-Nova (ADEC) é uma das associações empresariais mais jovens no panorama nacional, mas já conta com 5 anos de atividade na defesa dos interesses dos empresários deste Concelho. A ADEC é constituída por mais de 100 Associados e representa todos os setores de atividade de Condeixa. Os desafios são diários e a gestão da informação através do contacto permanente com as várias entidades oficiais e os Associados é vital na existência desta Associação. Vital é também a capacidade de financiamento da estrutura que permita manter um elevado nível de resposta às solicitações das empresas de Condeixa.

A mais valia da proximidade do contacto com as empresas locais atribui a máxima importância à Associação que faz parte integrante do Conselho Empresarial da Região de Coimbra (ComCERCoimbr – CERC), o consórcio de 12 associações empresarias da região de Coimbra. O CERC assume-se como o principal porta-voz que representa diretamente as empresas da Região de Coimbra. A apresentação formal do consórcio decorreu dia 12 de novembro em Miranda do Corvo. O CERC constitui o elo de ligação prioritário das várias associações da região de Coimbra na comunicação com as demais entidades e na articulação das informações relevantes com os empresários. Este consórcio é também um centro de debate de ideais, de discussão de projetos e representa legitimamente todas estas empresas da região defendendo uma posição a uma só voz.

Um dos temas mais discutidos neste momento no seio das associações constituintes do CERC é aplicabilidade do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e os seus efeitos na economia. Localmente não existe uma visão que vá para além das seguintes vertentes aplicáveis apenas nas zonas industriais: produção e armazenamento de energias renováveis, mobilidade sustentável, cobertura 5G e prevenção/proteção contra incêndios. Importa salientar que existem muitas empresas fora das zonas industriais para as quais é determinante o recurso a apoios ao investimento que contribua para a sua modernização e viabilidade. Para isso é preciso analisar, discutir e assumir posições sobretudo em defesa de quem tem acesso a menos recursos.

Num futuro próximo a importância das redes de parcerias que começam nos empresários, passam pelas associações locais e chegam aos consórcios de cariz regional ou nacional serão essenciais para o desenvolvimento de um trabalho proativo de levantamento das necessidades das empresas, negociação dos apoios estruturais e suporte no desenvolvimento e na gestão de novos projetos de investimento. Só assim se constrói um futuro equilibrado, justo e sustentável. Todos juntos fazemos este Concelho, esta Região e somos mais fortes. Cristina Antunes Presidente da Direção da AEC - Associação Empresarial de Cantanhede Juntos e mais fortes

AAEC – Associação Empresarial de Cantanhede detém 27 anos de existência, e como tal já atravessou por vários quadros comunitários, conhece grande parte dos fundos que têm sido distribuídos pelo nosso tecido empresarial. Quanto ao PRR - Plano de Resiliência e Recuperação, entendemos que deveria assegurar uma resposta robusta e estável, que apoie as empresas na criação de mais e melhor emprego, apostando na sua qualificação e requalificação de quadros. Contudo há um evidente desequilíbrio nas suas três prioridades quanto aos seus destinatários, ou seja, para o setor público e o privado. Apenas 1/3 (um terço das verbas) está alocado às empresas, o que é manifestamente insuficiente, pois são elas o motor da economia e do emprego e melhoria social. Reconhecemos que existem áreas de investimento público que devem ser reforçadas, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde e os serviços públicos com maior envolvimento com o tecido empresarial, nomeadamente no setor da justiça, onde deveria existir uma burocracia mais célere, uma fiscalidade equitativa, entre outros, de forma a reduzir tempo e custos de contexto muito penalizadores para as empresas. No entanto, nunca devemos descurar os equilíbrios entre o setor particular/empresas e o público.

Outra situação que, entretanto, vemos surgir em termos políticos, é o chumbo do Orçamento do Estado. Entrar em execução nesta fase de instabilidade política não é o melhor para o nosso País e para as nossas Empresas. A verdade é que TODOS ESPERAMOS pela “bazuca” e o crescimento potencial mexeu pouco. Não mudamos verdadeiramente de escalão na nossa economia. Vamos ter entre o chumbo do Orçamento do Estado e o novo orçamento (que será lá para abril), seis meses de “paragem” da economia e em muitos fundos europeus.

Aguardaremos com espectativa os desenvolvimentos do PRR e desejamos que os avisos para as empresas abram o mais rápido possível e sejam céleres a análise e distribuição das verbas; não podemos correr riscos de atrasos na análise de candidaturas como ocorreu no quadro comunitário anterior. Há muitos setores penalizados, pela pandemia, que necessitam de se reestabelecer, e a execução do PRR tem que ser mais ágil. A AEC estará atenta a estes avisos e está apta para os divulgar junto das empresas, elaborar as candidaturas e acompanhá-las. No passado dia 12 de novembro foi apresentado o ConCERCoimbr - Concelho Empresarial da Região de Coimbra, que congrega 12 associações empresariais dque unidas neste consórcio têm como objetivo a coesão territorial, identificar lacunas na região e agir junto das autoridades competentes. Com o consórcio - CERC esperamos similarmente divulgar e dinamizar os novos fundos que virão para a região e para as empresas, porque sem dúvida que juntos somos mais fortes!

Mais de 50 projetos desenvolvidos em parceria com a indústria nos últimos 15 anos

CONSTRUÇÃO | ENERGIA | AMBIENTE | SUSTENTABILIDADE

Américo Páscoa Presidente da Direção da AEM - Associação Empresarial de Mira

Oano de 2020 ficará para sempre marcado nos livros de história. Todos nós tínhamos ideias, projetos e objetivos a cumprir quando, em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o Coronavírus como pandemia.

Quando surgiu a COVID-19, a economia portuguesa tinha recuperado, em larga medida, da última crise. O PIB registava crescimentos consecutivos, a taxa de desemprego apresentava os níveis mais baixos dos últimos anos e até as instituições financeiras evidenciavam uma melhoria significativa no seu balanço. Não obstante, existia ainda um longo caminho a percorrer para que Portugal conseguisse corrigir as suas muitas fragilidades sociais e económicas.

Desde então, muito mudou. No último ano, Portugal viveu uma situação social sem precedentes, que se refletirá nos comportamentos sociais e na economia por longos anos. As pessoas desenvolveram novos hábitos enquanto consumidores, enquanto trabalhadores, estudantes ou, simplesmente, enquanto cidadãos.

Termos como teletrabalho, takeaway ou on-line instalaram-se de forma generalizada na sociedade, confrontando as pessoas singulares e empresas com palavras de ordem como resiliência e adaptação. Se o esforço é grande para o comum cidadão, para quem tem ao seu encargo responsabilidades para com os colaboradores, clientes, fornecedores, Estado, entre outros, como as empresas, será

Muitos desafios do PRR

muito maior.

Para fazer face a esta nova realidade, foi criado o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O PRR, segundo a explicação que podemos encontrar no seu site, “é um programa de aplicação nacional, com um período de execução excecional até 2026, que vai implementar um conjunto de reformas e de investimentos destinados a repor o crescimento económico sustentado, (…) ao longo da próxima década”. O programa prevê um pacote extraordinário de financiamento, aprovado pela Comissão Europeia, destinado à recuperação económica e social, promovendo uma transformação resiliente e justa, colocando Portugal no caminho da dupla transição, verde e digital.

As oportunidades deste plano são várias e estão patentes na definição do PRR. Contudo, os desafios são também muitos. Sobretudo para as micro, pequenas e médias empresas, tipologia de mais 90% das empresas em território nacional, cuja estrutura não lhes permite estar a par de todos os avisos, prazos e documentação exigida, e, consequentemente, aceder a estes fundos.

Esta é uma das maiores preocupações da Associação Empresarial de Mira (AEM) e do CERC (Conselho Empresarial da Região de Coimbra), consórcio constituído por 12 associações empresariais da região Centro, no qual a AEM se inclui. Por este motivo, juntos, envidaremos esforços para que a transformação apregoada por este plano seja, como o próprio promove, justa. João dos Santos Alves Presidente da Direção AESPS - Associação Empresarial da Pampilhosa da Serra

Apoiar o interior

AAESPS - Associação Empresarial e de Serviços de Pampilhosa da Serra é uma associação sem fins lucrativos, fundada em Dezembro de 2010, e tem como área de intervenção o concelho de Pampilhosa da Serra.

Temos como missão, representar, defender e promover o desenvolvimento económico, independentemente do setor de atividade, assegurando aos nossos associados, empresas e ENI’s, de uma forma autónoma, uma crescente participação nas decisões e nos programas que digam respeito às empresas e à região, pautando-se pelos seus princípios de credibilidade, isenção e transparência, de forma a tornar o tecido económico local cada vez mais competitivo e desenvolver entre os associados um espírito de solidariedade e apoio recíproco, funcionando como uma plataforma de intervenção dos interesses económico-sociais da nossa Região, enaltecendo o fortalecimento do tecido empresarial, sem menosprezar a visão integrada do nosso Concelho. O papel da associação tem sido crucial no apoio aos empresários, com especial enfoque no enquadramento e na elaboração de candidaturas a medidas de financiamento, dos fundos europeus e também, na formação dos recursos humanos das empresas nossas associadas.

No que diz respeito ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a opinião, do tecido empresarial do nosso concelho, é unânime, ou seja: “Nem aquece nem arrefece”. Tememos que este plano dê especial enfoque ao meio urbano/litoral do país e não contemple instrumentos para combater o abandono, o esquecimento e a desertificação dos territórios rurais.

Este PRR deveria ser mais eficaz e mais próximo das necessidades da economia nacional, deveria ter sido feito com “o envolvimento ativo de diferentes grupos da sociedade, através de um processo alargado, descentralizado, participado e colaborativo. O emprego deveria estar no topo das prioridades do PRR, assim como o apoio à criação de novas microempresas e PME´s, à modernização e expansão das existentes, de forma a garantir os postos de trabalho, em particular nas áreas rurais onde a tendência de despovoamento continua a crescer, e, não menos importante, o investimento nas infraestruturas e nos serviços, em especial nas áreas mais despovoadas.

Dos montantes destinados ao PRR, uma pequena fatia será destinada a apoiar as empresas privadas. Sendo este um valor considerável, no entanto, achamos que essa verba não chegará certamente às micro e às PME´S que representam uma percentagem elevada do tecido empresarial em Portugal.

O nosso país é demasiado pequeno para que se continue a ignorar uma parte tão significativa do território. Sim! É daqui que vai uma boa parte da água potável que se consome no litoral, é aqui que é produzida boa parte da energia eléctrica consumida no país, contudo não sentimos as contrapartidas dos nossos contributos chegarem a este território. É chegada a hora dos nossos governantes passarem das palavras aos atos, investindo verdadeiramente no interior profundo do país.

Os prejuízos provocados pelos incêndios de 2017 e pela pandemia, colocaram o setor empresarial do nosso concelho numa situação de debilidade económica e financeira extrema, importa por isso que sejam alocados a este território recursos, capazes de fazer uma distinção positiva que há muito tempo nos é negada.

Carlos Manuel Morais Vieira Cordeiro Presidente da Direção da AESOURE - Associação Empresarial de Soure

ARegião Centro é um território com futuro. Apesar de ameaçado pela desertificação, demográfica e económica, os concelhos que integram o território apresentam uma enorme capacidade de desenvolvimento. Com um património histórico e cultural rico, tradições, gastronomia, arte de bem receber. Este território exibe um padrão elevado de qualidade de vida e recursos característicos e distintivos, suscetíveis de serem valorizados em atividades e negócios. Importa por isso reforçar a necessidade de direcionar as estratégias da região como forma de viabilização, concretização e expansão do potencial que lhe reconhecemos.

É nesta perspetiva que devemos encarar o Plano de Recuperação e Resiliência como uma oportunidade de progresso estratégico e transversal a todo o território que deve agregar todos os atores e setores relevantes pois só assim concretizará o potencial das capacidades diferenciais em termos de talento, capacidades essas que incentivam o salto de PME’s para grandes empresas e conduzem a um crescimento sustentado e inclusivo. Este novo desígnio implica uma mudança profunda trazendo para o mesmo palco todos os agentes de desenvolvimento local, do sector público e privado, que deverão compro-

PRR como fator crítico do futuro comum

meter-se em garantir o sucesso da nova agenda. E esta nova agenda deve olhar o reforço da competitividade empresarial através da otimização dos recursos endógenos em matéria de criatividade, capacidade de inovação, experiência e conhecimento adquirido, assim como a criação de fileiras de negócios alicerçadas nas características/potencialidades do território. Só a aposta numa atividade económica intimamente relacionada com a envolvente natural, cultural e socioeconómica, que adota uma perspetiva sistémica de incrementação do nível de produção em valor de bens e serviços transacionáveis permitirão incrementar uma trajetória de convergência que assegure acréscimos de rendimento e de emprego à população promovendo, por essa via, a coesão económica, social e territorial.

Com o PRR surge uma oportunidade para a Região Centro, na medida em que poderá contribuir para a criação de um roteiro do processo de desenvolvimento e mobilização dos atores e setores em torno de objetivos coincidentes. Só assim se alcançará a formulação de políticas de coesão que incentivem e reforcem a capacitação das empresas e pessoas enquanto fator crítico para o futuro comum da Região Centro.

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Hugo Serra Presidente da Direção do CEMC - Clube de Empresários de Miranda do Corvo

Afirmar a Região

Constituído em janeiro de 2015, o Clube de Empresários de Miranda do Corvo, CEMC, expressa a vontade dos Comerciantes e Empresários Mirandenses, em potenciar o desenvolvimento económico desta Terra. O CEMC tem lutado, a par com as associações congéneres dos Municípios vizinhos, para o desenvolvimento económico da região. Agora, no seio do CERC, em união e sentido único, lutaremos, a par dos elementos deste consórcio, para definitivamente a Região de Coimbra se afirmar no patamar que merece, na economia nacional. Coimbra só será a grande cidade de outrora com uma envolvente forte, onde vigore a tenacidade, capacidade produtiva, qualidade de vida, com empresas capazes, a gerar emprego e riqueza. O CEMC, mais do que nunca, trava uma luta constante pelo desenvolvimento desta Terra. Atentos às oportunidades, seremos cada vez mais um braço direito dos nossos Comerciantes e Empresários, uma voz para Miranda do Corvo aproveitar ao máximo o investimento, quer do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência, quer do plano operacional do Governo. O efeito do PRR na nossa economia será tão eficaz quanto a forma como seja “administrado” nas Empresas. Há que injetar capital diretamente no tecido produtivo, ou seja, nas empresas, potenciando ao País um retorno na criação de postos de trabalho, pagamento de impostos, potenciando o crescimento do PIB. Caso o PRR seja para ser “vaporizado” via Estado, na simples e rude visão de controlo de votos e da população, com agrados populistas, jamais sairemos da “cepa torta”, ficando as nossas empresas privadas da capacidade e competitividade. Numa altura em que há um vazio político, infelizmente, as empresas, embora expectantes, estão “à nora”. O que há em concreto do PRR no enfoque das empresas? Umas promessas?

No CEMC vamos continuar na luta pela urgente requalificação e ampliação da Zona Industrial da Pereira, assim a criação de uma verdadeira Incubadora de Empresas , e não esquecemos o fulcral projeto para o desenvolvimento de Miranda, a criação de um Parque Logístico e Empresarial em Lamas, junto à A13. A criação efetiva de riqueza com a implantação de boas empresas será uma forte alavanca para o Comércio Local e mercado habitacional, com a inerente fixação de pessoas. A falta de emprego, devido à perda sistemática de empresas e comércio, a perda da ferrovia, foram determinantes na perda de população neste concelho. Sem pessoas, nada prospera.

Formalizado que está, o CERC, com o vigor e determinação da dinâmica equipa que o representa, na honra e orgulho que muito nos apraz, a nossa Região será diferente. O CEMC conta com o CERC, assim como o CERC pode contar com o CEMC. Juntos por uma região. Nuno Lopes Presidente da Direção da ACIFF - Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz Preocupação com as micro empresas e PME

Falando sobre o tema “PRR e as empresas – Prioridades e desafios”, ele divide-se em três dimensões estruturantes: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital. As quais, se concretizam em 20 componentes, 37 reformas e 83 investimentos, representando um financiamento total de 16.6 mil milhões de euros. Para as empresas salientamos as Componentes C5 – Capitalização e Inovação empresarial, que representa apenas 10% do valor das agendas, a C11 – Descarbonização da Indústria com uma dotação de 56 milhões de euros para 2021 e a C16 – Empresas 4.0, talvez a mais abrangente para o nosso tecido empresarial com uma verba de 30 milhões de euros, destinada à Transição Digital das Empresas e de 14 milhões de euros para a Catalisação da Transição Digital. Temos aqui uma excelente oportunidade para as nossas empresas realizarem a transição digital e se posicionarem em termos de responsabilidade ambiental, uma vez que o novo consumidor está mais sensibilizado para este factor no ato da compra e, simultaneamente, a União Europeia tem normas cada vez mais apertadas para a pegada ecológica. No entanto, não podemos deixar de referir que, da verba total da “bazuca”, o valor destinado às empresas fica aquém do pretendido e necessário para uma retoma económica mais célere. A maior fatia está alocada para os investimentos públicos, quando devia estar mais repartida pelo tecido empresarial, o maior garante das nossas finanças públicas, através da criação de valor e emprego.

Quanto aos desafios são vários, mas destacamos dois. Os concursos públicos são publicitados com prazos de resposta muito curtos e alguns deles só estão acessíveis para candidaturas com outras entidades, procurando estimular a colaboração, algo a que a economia portuguesa não está muito habituada.

É nossa leitura que o PRR cobre algumas necessidades das nossas PME ’s, mas deixa praticamente excluídas as micro e pequenas empresas, que são as maiores empregadoras no nosso país e que vêm nos fundos do Portugal 2030 uma ajuda mais adaptada às suas realidades. Uma vez mais, as Associações Empresariais como a ACIFF – Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz têm um papel primordial no apoio às empresas, identificando os avisos e ajudando na elaboração das candidaturas, visando o bom aproveitamento dos fundos europeus na maior capacitação do tecido empresarial da nossa região. Desejamos que os fundos sejam bem aplicados e que tenhamos a capacidade de executar o plano em tempo útil.

Ginja Albergaria

num supermercado perto de si!

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Carlos Alves Presidente da Direção da AESL - Associação Empresarial Serra da Lousã

AAESL - ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL SERRA DA LOUSÃ, tem como missão defender, promover e apoiar as empresas da região da Serra da Lousã.

Dos muitos projetos onde a AESL está envolvida destacamos o CompreCá e a formação. No site de vendas www.CompreCa.pt neste momento contamos com mais de 130 lojas online. Na formação sempre com o objetivo de capacitar os seus associados a AESL tem neste momento a decorrer vários programas de formação financiada, sem custos para os associados que se podem se capacitar em diversas áreas, desde a informática, à contabilidade, à higiene e segurança e muitas outras. Para os meses de novembro e dezembro, destacamos os seguintes eventos: dias 26, 27 e 28 de novembro vai decorrer na lousã a primeira feira automóvel da Lousã e 4 e 11 de dezembro o Natal sai à Rua na Lousã com o “AQUI HÁ NATAL”.

A AESL faz parte do Conselho Empresarial da Região de Coimbra, designado como CERC, que integra as 12 associações empresariais da região de Coimbra, que unidas a uma só voz, representam mais de 15.000 empresas, que lutam por uma Região de Coimbra, mais forte, coesa e competitiva. Juntos defendemos a mudança do Paradigma “Unir para vencer” e com todos os parceiros públicos e privados, todos vamos lutar para que a região de Coimbra, volte a

Unir para vencer

ter a força e o poder de outros tempos.

Relativamente ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e aos seus três eixos fundamentais Resiliência, Transição Climática e Transição Digital, verificamos que se destinam quase em exclusivo a investimentos públicos, deixando, mais uma vez, de parte todo o tecido empresarial, que é o garante da economia, que é quem cria emprego, quem paga impostos e quem cria riqueza para o país. Face a esta constatação e dado que já não podemos mudar o destino dos fundos do PRR, então “apelamos e alertamos” para que a tal “bazuca “ de milhões, seja investida em projetos que permitam alavancar a economia e em projetos geradores de riqueza e que não se limitem a GASTAR e a criar “elefantes brancos” que depois não são sustentados, como aconteceu há uns anos com as piscinas municipais ou com os estádios do Euro, onde foram construídos estádios e piscinas municipais, mas depois porque os custos de funcionamento eram muito elevados, todos acabaram por fechar e por se degradar e foram assim GASTOS muitos milhões de euros, que muito pouco contribuíram para o crescimento da nossa economia.

É para os erros do passado que devem olhar todos os decisores dos fundos do PRR e garantir que cada cêntimo dos fundos do PRR é INVESTIDO em projetos com retorno e com futuro.

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Alfredo Simões Presidente da direção do NEP - Núcleo Empresarial de Penela

PRR: valorizar o Interior

ONEP – Núcleo Empresarial de Penela atua na promoção e desenvolvimento das atividades económicas do concelho de Penela, representando, defendendo, promovendo e apoiando as empresas, que são verdadeiros agentes de desenvolvimento destes territórios muitas vezes esquecidos e abandonados

Por isso, alimentamos a aliança da nossa associação no consórcio, o CERC, onde são articuladas políticas regionais e nacionais de âmbito social e económico, sendo este um dos exemplos em que se afirma a importância do associativismo na representação e defesa dos interesses das empresas, cujo papel é vital para a democracia e desenvolvimento da região e consequentemente do país. O NEP – Núcleo Empresarial de Penela têm acompanhado os desenvolvimentos do Plano de Recuperação e Resiliência que envolve milhões de euros, mas deparamo-nos com a evidência clara de uma excessiva concentração de verbas para o investimento público. Não podemos deixar de salientar e defender que o melhor meio para combater as vulnerabilidades sociais e económicas é através de uma atuação que estimule a criação de riqueza e emprego, devendo o PRR colocar as empresas no centro da recuperação da economia.

Todavia para que estes setores possam recuperar é necessário olhar para o interior com a devida importância, pois as medidas implementadas pelo governo são deveras díspares e penosas para estes territórios. Não é possível atrair pessoas ao interior quando praticamos modelos de desconto nas taxas de portagem em algumas exSCUTS mais atrativas do que as que são praticadas no interior, ou quando não estimulamos a criação de habitação para a fixação de pessoas nestes territórios ou quando é desvalorizada a falta de mão de obra verificada nestes territórios.

Por isso, para a Direção do NEP é imperativo a criação de políticas de coesão territorial para a valorização do Interior e para a correção das assimetrias territoriais, através da atração de investimento, diversificação e qualificação do tecido produtivo através do estímulo empresarial, do aproveitamento do potencial endógeno e da promoção da fixação de pessoas nestes territórios. Apenas conseguimos tornar o interior mais competitivo se tivermos pessoas. Paulo Carvalho Presidente da Direção da AEDP – Associação Empresarial de Poiares

Uma só voz na região

AAEDP é uma Associação Empresarial do Concelho de Vila Nova de Poiares, mas alberga empresas de todo o território nacional, isto porque a ligação das empresas de outra regiões e concelhos do país têm raízes do concelho de Vila Nova de Poiares. Neste contexto a missão da AEDP é divulgar, motivar, reunir, ligar empresas, promover as relações económicas dos seus associados e dos produtos por estas produzidos e comercializados.

Nos últimos anos tem tido uma forte aposta na formação contínua para empresários e trabalhadores, vindo a impulsionar variadíssimos temas, com o intuito de melhorar as prestações tecnológicas das empresas associadas.

No último ano, e derivado aos confinamentos, tem tido algumas iniciativas em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, por forma a introduzir indiretamente na economia local valores significativos através de sorteios em datas festivas. Particularmente este ano de 2021, no período do Natal, irão ser sorteados 110 prémios, promovendo uma vez mais as compras no comércio local.

Esta Associação Empresarial é também parceira do novo consórcio do CERC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra, ajudando nas dinâmicas que este organismo empresarial promove e divulga. O grande objetivo será falar a uma só voz toda a Região de Coimbra, devolvendo, assim, o prestígio e notoriedade que toda a região merece.

Uma das principais diligências a ser promovida será o Turismo, uma vez que a nossa região é um “diamante por lapidar”. Temos paisagens luxuriantes entre serra e mar, gastronomia de excelência, desde a carne ao peixe, com doces conventuais, e um legado histórico em todo este território que, arrisco-me a dizer, será dos mais importantes do país senão, até, Europeu.

Com tudo isto, esta Região de Coimbra tem bem que reclamar mais atenções do próximo governo central, por forma a que os diversos apoios e programas do tão falado PRR possam ter aproveitamento direto na região, não só através de obras públicas, mas também numa aposta forte em projetos empresariais, criando e gerando não só riqueza financeira, mas também tecnologia e conhecimento.

Rua Jaime Cortesão 3025 – 471 São João do Campo Tel: 239 961 513 | Telem: 967 250 777 Email: geral.transcavaco@sapo.pt

Transporte de Mercadorias Nacional e Internacional Pequenas e grandes tonelagens transportamos até onde precisa A qualidade e e cácia são o nosso objetivo para sua satisfação

Horácio Pina Prata Presidente da Direção da NERC - Associação Empresarial da Região da Coimbra

ANERC tomou várias posições sobre o PRR no âmbito da auscultação pública, tendo como base que o PRR primeiro devia ter como grande objectivo “Parar para Pensar ”e devia ter como grande prioridade valorizar AS PESSOAS ; AS EMPRESAS e O ESTADO. As PESSOAS ( na aposta na valorização e qualificação dos portugueses), as EMPRESAS ( com vista à revitalização do tecido empresarial e de ganhos de escala) e o ESTADO (como promotor dinamizador da riqueza e da valorização económica). O PRR será útil no futuro se conseguir melhorar o desempenho do Estado como facilitador das nossas vidas e criar riqueza para a sociedade. Para isso é preciso que o PAÍS seja capaz de aplicar adequadamente as verbas do PRR. O ESTADO tem de saber não atrapalhar e tem de ser parte da solução, devendo garantir um sistema judicial justo, eficiente e simples, que combata a burocracia e a complexidade desnecessária, que simplifique processos e garanta a transparência, a previsibilidade fiscal, simplicidade na relação com cidadãos e empresas, seja exigente com os seus serviços, preocupado com o sucesso de empresas e cidadãos. Quanto às PESSOAS, o reforço das qualificações dos portugueses e da competitividade da economia nacional permitirá ao país impulsionar a taxa de emprego, a produtividade, os salários, a inovação, a melhoria da qualidade de vida.

PRR e as empresas -prioridades e desafios

A escola tem de evoluir fortemente com o PRR. Com 50% da população com o ensino secundário completo, Portugal está no último lugar da Europa. Em 2017, só 2% da população tinha formação em tecnologias de informação e comunicação, comparando com 4% em toda a União Europeia. Terá de haver uma mudança, em rutura com o passado. Metade das horas trabalhadas serão em tarefas que serão substituídas pela inteligência artificial e os robôs e até 2030 temos de requalificar 1,3 milhões de portugueses . E 2030 é já amanhã. Quanto às EMPRESAS precisamos que sejam mais produtivas; as pequenas empresas tem de se juntar e estimular iniciativas de capitalização e fusão para se tornarem médias e grandes e estas devem ter ambição de se tornarem globais. O País está atrasado no que toca à dimensão das empresas, que é um dos factores para crescer para um ritmo económico mais acelerado. É necessário que o PRR promova escala do tecido empresarial, pois “faltam empresas grandes” que ajudem a alavancar e apoiar as médias, pequenas e micro empresas . O grande desafio do PRR ( tivesse parado para pensar global ) é apoiar financeiramente as empresas, fortemente em desafios como a baixa produtividade, a fraca autonomia financeira, o défice de investimento em investigação, a qualificação etc.. Outros Países da Europa pensando global viram isso como a Grande prioridade e nós em Portugal iremos ver se o PRR é ou não mais uma Oportunidade perdida.