Living 18

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Living nº 18 setembro de 2008

GENTE DESIGN ESTILO IDÉIAS CULTURA COMPORTAMENTO TECNOLOGIA ARQUITETURA

Distribuição gratuita

ano 5 número 18 setembro 2008

Menina baiana Leal Moreira

Com três discos e sucesso no Brasil inteiro, a baiana Pitty viaja pelo país num ritmo alucinante e planeja o futuro regado a jazz e literatura

Requinte

O chef francês Claude Troisgros foi a estrela do jantar oferecido pela Construtora Leal Moreira e pela Agra aos clientes do Torres Ekoara




entrevista

í n dice

A baiana Pitty chega ao terceiro álbum, (Des) Concerto Ao Vivo, com a carreira consolidada, sucesso de público e uma turnê pelos mais diversos rincões do país. Com a língua afiada, a roqueira planeja jazz, literatura e cinema para o futuro.

Durante o mês de agosto os olhos do mundo estiveram voltados para a China. Lá, turistas e amantes dos esportes se encontraram para a maior festa do esporte: os Jogos Olímpícos. Conhecer Pequim, a capital do país, e seus arredores é aventurar-se num mundo com mais de 3.000 anos de história.

vida saudável

Com o sangue de uma das mais tradicionais famílias de chefs da Europa correndo nas veias, o francês Claude Troisgros foi a estrela do jantar oferecido pela Leal Moreira e pela Agra aos clientes do Torres Ekoara.

destino

décor

No 21º andar do Torre de Louvre, empreendimento da Leal Moreira, um jardim discreto, inspirado nos famosíssimos Jardins da Babilônia, foi arquitetado para, além de compor um visual mais “verde”, servir de espaço para brincadeiras de crianças e reuniões de amigos. Bem-estar garantido.

especial

capa: Pitty, do fotógrafo Jorge Bispo.

Designer de marcas como Bulgary, Cartier e Swaroviski, o professor da Universidade de Roma La Sapienza, Stefano Ricci, veio a Belém, elogiou os produtores locais e ofereceu conselhos fundamentais para o incremento da produção nativa visando ao mercado lá fora.

Jóias Exercícios físicos, boa alimentação, tratamentos estéticos de última geração... A guerra contra a celulite, as gorduras localizadas e as rugas ganha, a cada ano, novos artefatos para ajudar os insatisfeitos de plantão a ficarem com a pele suave e o astral lá em cima.

pets Está pensando em adotar um bichinho de estimação? Pois antes de levar adiante a idéia, saiba que é preciso muito planejamento, inclusive no que diz respeito ao espaço em casa, no apartamento, para não transformar a vida dos novos amigos em um inferno.

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carta ao leitor

André Moreira, diretor de marketing da Leal Moreira

Caro leitor, Chegamos a mais uma edição da Living. Esta revista, que chega agora às suas mãos, mantém o mesmo perfil que virou a marca registrada da publicação desde que ela foi idealizada, há longos cinco anos: atualidade, variedade de assuntos, ótimas dicas culturais e muita informação. Na entrevista que ilustra a capa deste mês, fomos conferir um pouco do way of life da roqueira Pitty, uma baiana que, três discos e milhares de fãs espalhados pelo país depois, pode estufar o peito e se declarar realizada com o sucesso. Nada mal para quem está há 15 anos ralando na estrada nem sempre fácil da música no Brasil. E olhem: ela diz estar apenas começando... Como neste semestre vivemos o frenesi dos Jogos Olímpicos de Pequim (Ou Beijing, como preferem os nativos), também não poderíamos deixar de mostrar em nossas páginas um roteiro de viagem para os leitores que, passado o burburinho das competições, mantenham firme o interesse em conferir o que a China, um país com nada menos do que três mil anos de História na bagagem, tem para oferecer. No quesito visitas especiais, Belém recebeu, recentemente, a visita do designer de jóias italiano Stefano Ricci, um profissional que traz no portfólio trabalhos para ninguém menos do que o Vaticano, cujo anel do papado de Papa Bento XVI recebeu sua assinatura. Fomos ouvir dicas sobre a produção local e uma análise lúcida sobre a importância da Amazônia no contexto das biojóias no mundo. E especial também foi o jantar oferecido pela Leal Moreira, em parceria com a Agra Incorporadora, aos clientes do Torres Ekoara Condomínio Club. Trouxemos à capital paraense o renomado chef francês Claude Troisgros, radicado no Brasil há mais de 30 anos, e que foi o responsável pelo cardápio oferecido a 400 convidados, comemorando o sucesso de vendas de mais este empreendimento. Um abraço.

expedie nte Idealização

Revista Living Leal Moreira

João Balbi, 167. Belém - Pará f: [91] 4005-6800 www.lealmoreira.com.br Construtora Leal Moreira Diretor Presidente: Carlos Moreira Diretor Financeiro: João Carlos Leal Moreira Diretor de Novos Negócios: Maurício Moreira Diretor de Marketing: André Leal Moreira Diretor Executivo: Paulo Fernando Machado Gerente de Marketing: Lilian Almeida

Coordenação e realização: Publicarte Editora Diretor responsável: André Leal Moreira Diretor executivo: Juan Diego Correa Editor-chefe: Fabrício de Paula Conselho editorial: André Leal Moreira, Ana Paula Guedes, João Carlos Moreira, Paulo Fernando Machado, Juan Diego Correa, Maurício Moreira e Roberto Menezes Produção editorial: Aline Monteiro, Juliana Oliveira Editor de arte: André Loreto Design: André Loreto

Comercial: Juan Diego Correa comercial@doublem.com.br e (91) 4005-6868 Reportagem: Aline Monteiro (repórter especial), Juliana Oliveira Fotografia: Diana Figueroa Colunistas: Álvaro Jinkings, Angelo Cavalcante, Bob Menezes, Celso Eluan, Guto Lobato, Otávio Kunz, Nara D’Oliveira e Saulo Sisnando Revisão: José Rangel e Fabrício de Paula Gráfica: Santa Marta Tiragem: 15 mil exemplares

Fale conosco: (91) 4005-6868 / 4005-6878 redacao@editorapublicarte.com.br Living Leal Moreira é uma publicação trimestral da Publicarte Editora para a Construtora Leal Moreira. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem autorização.




L i ving

Pará

• da redação • fotos Diana Figueroa •

Se Rasgum O Festival Se Rasgum chega a sua terceira edição e traz bandas nacionalmente conhecidas, como Curumim (SP) e Autoramas (RJ), e uma atração internacional, os suecos da Shout Out Louds (foto). Nesta edição, a Dançum Se Rasgum Produciones promete diversificar o estilo do festival para além do rock’n’roll e levar carimbó, guitarrada e technobrega para a festa. O Festival acontece nos dias 19, 20 e 21 de setembro no African Bar, 1085, Praça Waldemar Henrique. Informações: serasgum@gmail.com www.serasgum.com.br.

YOI! Temakaria Comida japonesa em ambiente moderno agora pode ser encontrada na Yoi! Especializada em Temakis e Rolls, a primeira franquia de Temakis do mundo chega a Belém trazendo o sucesso já experimentadoo em outras capitais do país. Em diferentes sabores, o delicioso cone de alga com arroz recheado pode ser saboreado pelos amantes da culinária japonesa. A marca paraense fica no Temaki elaborado com Tucunaré, além da decoração que recebeu a imagem de Nossa Senhora de Nazaré estilizada com flores em Origami. Endereço: Av. Almirante Wandenkolk, 282. Telefone: 3222-0333

Bio Parque Contato com a natureza preservada, trilhas ecológicas e visitas a cativeiros de raras espécies de animais silvestres são algumas das opções oferecidas pelo Bio Parque Amazônia Crocodilo Safari ZOO. O lugar é ideal para quem deseja sair da agitação da cidade e não tem muito tempo, pois o parque fica a menos de uma hora do centro de Belém e é uma síntese, em 80 hectares, de todos os ecossistemas encontrados na região.O famoso jacaré-açu, réptil típico da Amazônia que pode chegar até a 6 metros de comprimento, é uma das atrações. Outra opção é a visita ao Museu de Conchas e Fosséis e exposição de quelônios. Todo o trajeto é monitorado por guias turísticos. O parque possui sistema próprio de segurança. O acesso é pela Rodovia Augusto Montenegro, no bairro do Tenoné. O Bio Parque funciona todos os dias de 8h às 16h. A entrada custa R$50, com desconto de 50% para estudantes, crianças e idosos. Informações: (91) 3278-4355. www.bioparqueamazonia.com.br


Mariana Bibas e cia Para quem cansou de sair e encontrar pessoas com um look idêntico, as estilistas Mariana Bibas, Karine Moura e Clara Carneiro juntaram em um só espaço roupas e acessórios exclusivos. Em um casarão do século XIX no Umarizal, as três criaram um ambiente em que o consumo é uma conseqüência. Trata-se de um “espaço de convivência”, com decoração retrô, movéis comprados em brechó readaptados e música de qualidade. Mariana Bibas, com a loja de mesmo nome, é design de jóias e tem feito sucesso com brincos e colares transados. Karina Moura assina as coleções da Só Maria, roupas desenhadas especialmente para mulheres a partir dos 30. A Maria Belém, de Clara Carneiro, traduz as inquietações do mundo jovem, com roupas para moças e rapazes descolados. O espaço fica na Generalíssimo Deodoro, 646, entre Domingos Marreiros e Boaventura da Silva Informações: (91) 3224–1606/ 81418666.


L i ving

Brasil

• da redação • fotos de divulgação •

Artes A discussão da arte cênica com o público em lugares não convencionais: palcos armados em estações ferroviárias e piscinas, por exemplo. A versatilidade é a marca da Rio Cena Contemporânea, realizada de 9 a 19 de outubro. A programação conta com seminários, shows, espetáculos nacionais e internacionais, nos mais diferentes espaços da Cidade Maravilhosa. Desvendar o sentido da produção cênica, discutir encenação, improvisação e a formação da crítica teatral são parte do evento. O evento surgiu em 1996 como uma pequena mostra de teatro experimental e atualmente já integra o Núcleo de Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil. As inscrições para os worshops são feitas no site do evento - que mais parece uma intervenção teatral super original na web. www.riocenacontemporanea.com.br

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foto Paulo Mocofaya foto Nelinho Oliveira

Guarajuba A conservação ambiental e a paisagem encantadora do distrito de Guarajuba são alguns dos atrativos que podem conquistar quem pretende visitar a Bahia. O local fica a apenas 43 km do Aeroporto de Salvador e pertence ao município de Camaçari, na região metropolitana da capital baiana. Guarajuba possui um território com praias cortadas por rios e cheias de dunas, além de piscinas naturais, formadas por arrecifes na maré baixa. A opção de hospedagem mais comum são as pousadas e flats luxuosos da região e os imóveis particulares alugados por temporada. A época mais indicada para viagem é no período de novembro a março. Para chegar em Guarajuba, quem está em Salvador deve seguir pela Avenida Paralela até o Aeroporto Internacional e seguir até a Estrada do Coco que dá acesso à localidade. www.camacari.ba.gov.br/guarajuba.php

Drink on Ice Um pedaço do Pólo Norte em plena Vila Madalena, em São Paulo. O nome do local é sugestivo: Ice Espaço, localizado na rua Purpurina, nº 46, e com uma temperatura próxima dos dez graus negativos. Para imitar a sensação de frio do continente gelado, sem comprometer a comodidade dos visitantes, os copos e as paredes da casa foram construídos com uma técnica especial para não grudarem na boca. E para aquecer corpos e mentes, os drinques são preparados com vodca, cujo teor alcoólico esquenta os clientes sem congelar no copo. O Ice Espaço também possui algumas regras de segurança: só podem entrar grupos de 20 pessoas de cada vez e o tempo máximo para permanecer na cabine gelada é de 30 minutos A entrada no Ice Espaço custa R$ 50, e o bar abre de quinta a domingo, de 19h à 1h, com música ao vivo. Informações: (11) 3034-0529.

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Croqui de localização sem escala

Só a Leal Moreira faz um Leal Moreira


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mundo

• da redação • fotos de divulgação •

Islândia A Islândia, terra da cantora Bjork, possui um excelente roteiro de viagens para quem gosta de frio. O país é situado no Atlântico Norte, entre a Noruega e a Groenlândia. O Golden Circle é um roteiro turístico que apresenta as paisagens mais características do país e oferece a visita ao vulcão Kerith cratera, a Gulfoss cachoeira e os Gêiseres de Geysir, que são fontes que liberam água quente em sentido vertical. No parque nacional de Thingvellir é possível conhecer o local do primeiro parlamento do mundo. O passeio completo dura em média oito horas. Na capital Reykjavik está a famosa Blue Lagoon, com águas naturalmente aquecidas, em uma temperatura média de 40º C. Os generosos fenômenos naturais do país também chegam aos céus: a aurora boreal pode ser vista de qualquer parte da Islândia durante o inverno. http://www.iceland.is

Festival dos Oceanos Portugal, França, Espanha e Marrocos são os países com as águas cruzadas pela regata do Festival dos Oceanos. Além de muita aventura, os participantes alertam a população mundial para a importância dos oceanos na estabilidade do planeta. De Marselha, os navegantes rumam para Algeciras, na Espanha, para uma escala de dois dias. Depois, partem para Lisboa, com um desfile náutico no Tejo, que marca a largada para a África. De Rabat, no Marrocos, voltam para Lisboa para as premiações. Durante toda a regata, vários eventos ocorrem em Lisboa, como mostras de vídeo, conferências e até uma exposição da evolução histórica de maiôs e biquínis. www.festivaldosoceanos.com

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e ntrevista

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• por Aline Monteiro • foto de Jorge Bispo •

Menina baiana Um dos maiores fenômenos da música pop recente no Brasil, Pitty ainda quer mais, muito mais.

Q

uando ela apareceu, em 2003, seu “Admirável Chip Novo” conquistou levas e levas de fãs por todo o país. Cinco anos mais tarde, estabelecida na carreira e viajando pra cima e pra baixo na turnê de divulgação de (Des) Concerto Ao Vivo, seu terceiro trabalho a chegar às prateleiras, a baiana Pitty tem planos e mais planos para o futuro. Entre eles, investir mais pesado no cinema - onde já fez algumas pontas em produções nacionais -, literatura e ampliar ainda mais seus horizontes musicais. “Pretendo um dia montar uma banda de jazz e blues bem retrô”, adianta. Com coragem para dizer o que pensa sem muitos salamaleques, nesta entrevista, concedida por e-mail à revista Living, ela fala sobre a ralação no underground de Salvador até a chegada ao estrelato, a dura “não-rotina” na estrada e até sobre os ataques recebidos recentemente em seu site. “Meu mundo é bem maior do que isso”, diz. Conheça mais um pouco do universo dessa menina baiana nas próximas páginas. Você está no meio da turnê do (Des)Concerto. Como é sua rotina enquanto está na estrada? É uma “não-rotina”, na verdade. As coisas nunca têm uma hora igual, nunca estamos no mesmo lugar, não existe hora certa pra comer, por exemplo... a gente vai se adaptando ao que rola. Eu tento intercalar esses momentos de estrada com as coisas que preciso fazer por mim mesma no dia-a-dia, como estudar piano e praticar yôga, mas nem sempre consigo uma regularidade. O trabalho vem sempre em primeiro lugar. Você tem relativamente pouco tempo de carreira solo. O primeiro disco saiu em 2003 e você rapidamente foi

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alçada à posição de ídolo juvenil, tornou-se uma grande vendedora de discos, e uma das principais artistas do cenário rock nacional. Quando você avalia essa trajetória, o que é que lhe vem à cabeça? Quando eu penso na minha carreira, vejo que na verdade ela começou muito antes disso. Somando tudo, desde que montei minha primeira banda e comecei a ralar no circuito independente, já são quase quinze anos de rock nas costas. E, no final das contas, tudo o que foi feito antes serviu como base para que eu chegasse até aqui, além de ter sido a melhor escola que eu podia ter. Era realmente a máxima do punk rock, o “do it yourself”. Aprendi imensamente com aquilo tudo. E, desde que lancei o Admirável Chip Novo, as coisas aconteceram com mais força porque, finalmente eu obtive a estrutura necessária para isso: divulgação bacana, o suporte de uma gravadora, distribuição, etc. Mas, no fundo, no fundo, eu gosto sempre de pensar que eu tô apenas começando, que ainda há muito a ser feito, que tenho muito o que descobrir e aprimorar. Há alguma coisa de que você se arrependa ou que se tivesse a experiência que tem hoje, a visão que tem hoje do mercado, dos bastidores da música, faria diferente? Graças ao universo, à minha cara-de-pau e à minha teimosia saudável, eu sempre fiz tudo do jeito que acreditava, do jeito que achava que tinha que ser. Portanto, sou conscientemente responsável pelas minhas escolhas e não rola arrependimento, de fato. O sentimento é de que, claro, com a experiência que tenho hoje, algumas coisas que fiz seriam melhores, como a sonoridade do primeiro disco, por exemplo. Mas é só uma reflexão, não chega a ser um arrependimento. Porque eu sei que na época



“ ” Penso em conseguir cuidar de uma horta para colher manjericão fresco para o macarrão de domingo

época aquilo era o meu melhor; e tudo que acontece tem seu motivo. De resto, como sempre fui o mais verdadeira possível comigo mesma, não tenho nenhuma mágoa. Eu não me traí nunca por mais que tenha errado, e isso faz com que eu não me arrependa.

Recentemente seu site recebeu mensagens com xingamentos. Como é lidar com esse tipo de assédio? Essas coisas te abalam? Não, nem um pouco. Eu não amplio a voz dos imbecis; ou seja, eu não gasto meu tempo com eles. Se fossem comentários embasados, pertinentes, cabíveis, eu podia até dedicar uns cinco minutos; mas, como é coisa de criança sem noção e desocupada, não vale a pena mesmo. Tenho muito mais o que fazer, acredite. É algo infinitamente pequeno no meu mundo, mas, de qualquer forma, eu já aprendi que ter coragem de dizer o que realmente pensa é algo que nunca passa incólume. Como foram essas experiências como atriz no curta “Charles Manson”, de André Moraes, e no longa “É Probido Fumar”, de Anna Muylaert? Você tem a intenção de investir numa carreira paralela? Não necessariamente. Topei porque me chamaram, porque amo cinema e porque achei que seria divertido. E foi mesmo uma experiência muito divertida e rica. É legal conhecer outros universos, e o que me fascina ali é o mesmo que me atrai na hora de fazer clipes: brincar de ser outras coisas, sonhar, fingir. É quase como as brincadeiras de criança, aonde uma é a professora, os outros os alunos. Sempre que pintarem convites legais como esses e eu vislumbrar a possibilidade de me divertir e aprender eu vou me jogar, claro. Vejo mais como aproveitar as oportunidades do que como investir nessa carreira. E eu adorei ter feito, foi simplesmente delicioso. Que projetos você tem vontade de realizar no futuro que não têm a ver necessariamente com a banda? Muitos. Mesmo que eu não saiba te dizer detalhadamente agora porque eles não estão sequer esquematizados e não passam de aspirações. O que eu sei é que as possibilidades criativas

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são muitas. Eu amo literatura, fotografia, cinema. Eu penso em ter uma banda só de jazz e blues, bem retrô. Eu penso em escrever uma biografia algum dia, quando eu já estiver no esquema Dercy Gonçalves, podendo contar todas aquelas coisas que você não pode contar agora porque acabam comprometendo outras pessoas. Penso em conseguir cuidar de uma horta pra colher manjericão fresco para o macarrão de domingo. Pensar, eu penso em muitas coisas, mas aí é ir vivendo. Você e a banda devem entrar no estúdio em janeiro para a gravação do novo disco. Já há composições novas ou direcionamento? Como é o seu processo prévio antes de partir para a produção de um disco novo? Todo mundo pergunta isso, e eu sinto que decepciono um pouco as pessoas quando revelo que não há tanto esquema, tanta burocracia, tanta articulação racional para se fazer um disco, no meu caso. É tudo muito mais intuitivo, calcado em sensações, em coisas abstratas. Não penso em coisas concretas como “para quem vou falar”, ou “que discurso devo assumir agora”. Vou indo, vou escrevendo coisas que são relevantes naquele momento. Se há algum processo, é o de vagabundear um pouco para deixar espaço pro ócio criativo. É ter tempo para observar as coisas, as pessoas e a mim mesma. Já tenho alguns projetos de composição em andamento, mas tudo bem fragmentado - justamente por causa da falta de tempo. Nesse momento, que assuntos a movem, o que você gostaria de passar ao público em suas próximas composições? (Risos) Tá um pouco respondido na anterior, né? Existem alguns assuntos recorrentes sobre os quais sempre me sinto motivada a escrever, e todos eles dizem respeito à forma como nós, seres humanos, estamos vivendo por aí. Tem um pouco a ver com liberdade, com a nossa sociedade, com o respeito e com a falta dele, e com nossos pequenos grandes segredos guardados lá no fundo. Sobre dores, claro. Sobre indignações e coisas que nos aporrinham. Mas realmente eu não sei te dizer que outros assuntos podem surgir nessa jornada. Tô aberta, também quero descobrir. Como se diz lá na Bahia, “tô colada, meu pai!”.


p erfil

Foi na Escola Superior de Educação Física, em Belém, que Alan Cardoso se apaixonou pelo esporte. De lá para cá, transformou-se em um dos grandes destaques paraenses nas pistas.

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• por Juliana Oliveira • fotos Diana Figueroa

Campeão Nato

Disciplinado e persistente, o adolescente Alan Cardoso foi um dos atletas da delegação de atletismo brasileiro que participou das Paraolimpíadas de Pequim este mês. Treinando há menos de seis meses com próteses próprias para a corrida, ele conta como chegou ao índice olímpico e por que teve aprender desde cedo o significado da palavra superação.

A

os oito anos de idade a visão de uma pista de atletismo

Belém. Na capital ele conseguiu reagir aos tratamentos, mas teve

marcou definitivamente a vida de Alan Cardoso. Agora,

como seqüela a amputação das pernas.

prestes a completar 16, o mais novo integrante da de-

No primeiro ano de vida Alan ganhou as primeiras próteses,

legação brasileira de atletismo, que disputou as Paraolimpíadas

e foi prestes a completar dois anos que ele deu aos pais o prê-

de Pequim este mês, ainda tem a nítida recordação do primeiro

mio pela persistência: “Faltando 16 dias para fazer aniversário

contato com o esporte: “Quando vi tanto espaço comecei a cor-

ele começou a andar sozinho”, conta orgulhosa dona Cláudia,

rer”, relembra Alan, contando que tudo aconteceu graças a um

que acompanha Alan em todos os treinos, juntamente com a

convite de um vizinho de Ananindeua, município onde mora, para

filha mais nova, a pequena Celeste Cardoso, que, inspirada pelo

conhecer a Escola Superior de Educação Física do Estado.

irmão, já começou a praticar atletismo. Aos oitos anos de idade,

O que parecia apenas um impulso infantil chamou a atenção

ela acorda cedo com a mãe para ajudar a carregar as próteses

da educadora física Suzete Montalvão, já que Alan corria com

do irmão na hora de ir para os treinos, além de ser a torcida mais

próteses nas pernas. Logo, o interesse se transformou num con-

animada do velocista.

vite para treinar na Escola Superior de Educação Física e, de lá para cá, Alan acumula participações bem-sucedidas em com-

Reconhecimento

petições nacionais e internacionais e, este ano, prepara-se para

Com o índice olímpico, Alan ganhou novos patrocinadores e

viver um dos maiores desafios de um atleta: uma competição

suas primeiras lâminas, próteses feitas em fibra de carbono pró-

olímpica, ou melhor, paraolímpica.

prias para a corrida. “Elas são mais leves e permitem mais im-

O índice que garantiu a vaga do paraense foi conseguido em

pulso”, explica Alan.

fevereiro deste ano numa competição em Uberlândia, em Minas

No dia em que soube da classificação para os Jogos, ele ligou

Gerais, onde ele obteve um tempo de 12,75 segundos nos 100

para a mãe para dar a boa notícia, mas nem precisaria, já que,

metros e 24,39 segundos nos 200 metros. Classificação que Alan

logo foi entrevistado para um noticiário de esportes nacional e

conquistou correndo com próteses comuns, tipo normalmente

virou celebridade. “As pessoas me param na rua e cumprimen-

usado para execução de atividades de locomoção diária e não

tam, é muito bom.”

para a prática de esportes. “Minha família e amigos incentivam muito”, revela.

Mas a novidade não impressiona o adolescente de olhar tímido e discurso maduro, que garante continuar levando a vida do

Superação tirada de letra para quem desde o nascimento se

mesmo modo, acostumado com os pequenos sacrifícios exigi-

acostumou a vencer as adversidades. Aos 21 dias de vida, Alan

dos pela carreira: aulas pela manhã, treinos à tarde, amigos e

teve uma complicação pós-natal causada por uma infecção no

outras atividades de lazer só nos fins de semana. E quando per-

intestino. Correndo risco de morte, ele foi trazido de Parauapebas,

guntado se ainda dá para namorar com tantos compromissos,

onde morava com a mãe, a dona-de-casa Cláudia Cardoso, e o

ele sorri desconfiado, mas responde: “Aí ela tem que entender...

pai, o lavrador Almir de Oliveira, para a região metropolitana de

mas dá sim”.

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“Sempre me achei normal. Mas o esporte me ajudou.”

Sonho Em Pequim ele competiu no revezamento 4 x 100 metros e correu os 200 metros individual (até o fechamento desta edição as provas não haviam sido realizadas). Sendo o mais novo atleta da delegação de atletismo, antes da viagem ele contava que sentia a responsabilidade de buscar a medalha paraolímpica. “Na verdade fico querendo que chegue logo a hora. Antes de Pequim tenho outra competição e sempre me concentro na próxima, quando ela terminar aí estarei mais concentrado nas paraolimpíadas”, dizia Graças ao fato de ter começado a usar próteses muito cedo e por praticar esportes, Alan afirma que nunca se sentiu inferior ou diferente. “Sempre me achei normal. Mas claro que o esporte ajudou na minha formação, sempre me incentivando.” Cursando o primeiro ano do ensino médio, ele já definiu os planos para quando abandonar as pistas. “Quero ser professor de Educação Física e repassar um pouco da experiência que estou tendo com o esporte. Quero ser um incentivo para outras pessoas.” Para ele as Paraolimpíadas são uma motivação a mais para quem tem deficiência. “É muito importante que haja essa modalidade, porque antes as pessoas com deficiência não podiam competir.” Antes da competição, refletindo sobre a importância do evento e toda a expectativa em cima do seu desempenho, ele respirava fundo e confessava: “É muita responsabilidade representar o país e o Estado lá fora”.

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Jóia s

Uma das peças mais conhecidas de Stefano Ricci, o Anel do Pescador, foi encomendado pelo Vaticano para ser usado por Bento XVI até o fim do papado

Joías inspiradas nos Czares Russos e expostas no Museu Hermitage, em St. Petesburg

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• por Elianna Homobono• fotos divulgação •

Potencial de sobra Designer de marcas como Bulgary, Cartier e Swarovski, o professor da Universidade de Roma La Sapienza, Stefano Ricci, aposta no potencial da produção paraense, e dá algumas dicas

E

m um cenário de homogeneização das formas e símbolos apresentado pelo setor joalheiro internacional, a Amazônia se insere perfeitamente no que se espera: uma nova proposta cultural que vai de encontro com a atual acomodação européia. Esse potencial traçado pelo conceituado designer de jóias Stefano Ricci, que esteve de passagem no Pará no último mês, mostra o interesse do gênio italiano em valorizar as jóias produzidas pelos artistas do Estado. Na sua segunda visita a Belém, desde o ano 2000, Stefano promoveu durante agosto, juntamente com Marco Fasoli - outra referência italiana em jóias - o Workshop Internacional de Design e Marketing de Jóias, no Museu Histórico Paraense para artesãos do Pólo Joalheiro. Focado em dois principais objetivos: criar estratégias de marketing para ampliar o efeito da produção paraense no mercado, impulsionando uma criação de qualidade internacional. E, em caráter mais pessoal, aprender com os diferentes arquétipos da região a compor a partir de uma leitura amazônica: “Aqui posso aprender a contar histórias belíssimas, a partir do olhar”, confessa Stefano. Este cultuado designer de jóias, que entre outros feitos criou o Anel do Pescador, jóia encomendada pelo Vaticano para ser utilizada pelo Papa Bento XVI até o fim do papado, pretende elaborar um projeto envolvendo instituições públicas e privadas do Estado, com o intuito de alavancar uma visão mais sofisticada de Belém no mercado estrangeiro. “Para integrar no mercado de luxo é preciso que a cidade apareça de maneira menos rústica. Belém deve ser associada a uma visão charmosa e isso também vem com um apelo turístico, para tornar as criações locais produtos de desejo das elites internacionais”, afirma o designer, que também possui formação em arquitetura. Talvez por isso, se encante tanto com a obra de seu conterrâneo, Antônio Landi, arquiteto dos prédios históricos da Feliz Lusitânia. “Os prédios antigos combinam com esse perfil mais charmoso da cidade.

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Mas também gosto das novas construções, da cidade mais moderna”, completa. Com o projeto de agregar a Belém um conceito chique e contemporâneo, Stefano pretende apresentar a produção local para as marcas internacionais. “Vir aqui no Pará significa uma experiência que enriquece em diferentes pontos de vista do prazer. Hoje prefiro começar um projeto no Pará do que na Europa, onde as grandes marcas dormem”, e são essas sensações de deleite que o designer quer vender no exterior. Porém Stefano pontua algumas mudanças necessárias no setor joalheiro local para conseguir conquistar um mercado mais amplo: “É preciso evitar particularismos de tipo étnico” comenta sobre o estigma da técnica das biojóias. Apesar do valor cultural, a produção paroara deve ser desvinculada de um prisma especificamente exótico ou naturalista. Cultura, aliás, fator mais elogiado pelo especialista. Com trabalhos expostos em espaços como o Salão de Móveis de Milão, Museu Hermitage, na Rússia, Crystal Palace, em Londres, igreja São Pedro no Vaticano e espaços cultuados pelo público internacional, Stefano encontrou em Belém o mote mais procurado em suas criações: a representação de culturas e tradições presentes no lugar de origem das peças. “Se cada trabalho dos joalheiros impregnasse mais história e significação dos locais de origem, as jóias do mundo seriam mais representativas do sentimento popular. Seriam mais emocionantes e significativas do que são”, afirma Stefano. O processo de concepção das coleções é o diferencial desse artista europeu. Antes de começar um trabalho, Stefano se apóia em intensos estudos sobre os pilares da cultura a qual irá retratar. Assim como aconteceu com o prestigiado trabalho produzido na Rússia, exposto no museu Hermitage inspirado nas cúpulas dos prédios de Moscou, nos ovos de Febergé e na ave típica russa, no Pará Stefano pretende aprofundar seu conhecimento sobre a cultura paraense com sociólogos e arqueólogos para traduzir


“ ” Anel da coleção inspirado na cúpula das catedrais bizantinas da antiga Rússia

Hoje prefiro começar um projeto no Pará do que na Europa, onde as grandes marcas dormem

nas suas jóias um perfil feminino da beleza amazônica. Mesmo com importantes trabalhos para a igreja católica, incluindo a cruz feita em cristais Swarovisk exposta na Basílica de Monreale, na cidade de Palermo, a maior inspiração vem das donnas, tradução do italiano para mulheres, tão repetida durante a entrevista. Apesar de ser lembrado pelos preciosos trabalhos realizados sob o tema cristão, Stefano confessa: “Levei apenas 5 minutos para conceber a jóia do papa, mas sou capaz de levar meses traduzindo uma jóia inspirada numa mulher”. Damas, aliás, são as maiores apreciadoras da sua obra “Toda mulher tem o direito de se sentir uma czarina ou uma rainha”, defende. Para ele, jóia é emoção, sensibilidade e feminilidade. Mas principalmente memória. Essa seria a verdadeira importância das jóias em um mundo contemporâneo. Contaminados por uma visão contraditória de moda, os acessórios de luxo foram substituídos por bijuterias. Stefano entende que a maior procura pelas falsas jóias tem a ver com a efemeridade do mundo moderno. Já as jóias simbolizam a perenidade, a lembrança de um momento único. “Quando uma mulher recebe seu anel de noivado com um pequeno diamante, esse metal precioso será fonte de várias sentimentos: de alegria, nostalgia e até mesmo tristeza, mas será eterno no que há de mais humano, a memória”, finaliza.

Cruz feita em cristais Swaroviski para a Basíica de Monreale, na Itália


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i n terc창mbio

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• por Aline Monteiro • fotos Diana Figueroa • ilustração por Bender •

Profissionais do mundo No mercado global, experiências no exterior são diferencial na disputa de um bom cargo.

O

Instituto Datafolha divulgou em julho uma pesquisa feita com jovens entre 16 e 25 anos de 186 cidades brasileiras sobre seus maiores sonhos. Ter um bom emprego, realização profissional e independência financeira aparecem no topo da lista. Mas como assegurar seu quinhão num mercado cada vez mais disputado e exigente, onde a informalidade cresce em progressão geométrica? Os gerentes de RH afirmam que a resposta não está mais apenas na qualificação técnica, mas na experiência e formação global. É nessa busca que os intercâmbios entre países para promover experiências de trabalho vêm captando o interesse de jovens estudantes e profissionais como forma de diferenciação. Esse é o perfil de quem bate à porta da STB (Student Travel Bureau) - uma agência de turismo especializada em viagens de intercâmbio estudantil e profissional e que atua em vários países. “Hoje conta muito para as empresas e analistas de RH que a pessoa tenha no currículo alguma vivência internacional. Isso porque antigamente o foco para um bom emprego era a capacidade técnica, você ter uma pós-graduação, ter experiência na área. Hoje isso só não é suficiente. O diferencial está em você mesmo, no perfil da pessoa como um todo, em ter uma atitude pró-ativa”, diz Robinson Bahia, gerente da franquia da STB em Belém. O que o gerente diz se confirma na análise de uma das maiores empresas mundiais de consultoria para transição de carreiras, a DBM, que listou como habilidades que pesam para as empresas na hora de escolher um funcionário suas capacidades de comunicação e adaptação, independência, criatividade, liderança e controle de ansiedade – tudo o que alguém colocado em contato com uma cultura e ambiente estranhos seria levado a desenvolver. “Tanto que há grandes empresas que ligam para gente pedindo currículos de pessoas que já encaminhamos para o exterior em programas de intercâmbio”, diz Robinson. Entre os programas mais procurados estão os empregos de

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férias para universitários, especialmente para os Estados Unidos, em cargos operacionais, como atendentes, ajudantes de cozinha, etc. No que lavar pratos ajuda a conseguir emprego em uma área especializada de trabalho? O publicitário João Henrique Lima tem argumentos de sobra. Há alguns anos ele embarcou para os Estados Unidos e passou três meses trabalhando na Disneyworld, onde orientava os visitantes no acesso aos brinquedos. Voltou tão empolgado que transformou a experiência em empreendimento comercial e se uniu ao irmão Hilário Lima para montar em Belém uma franquia da CI, agência especializada em intercâmbios do gênero e pacotes de viagens para jovens, que embarca mais de 30 mil pessoas para o exterior todos os anos. “Você ganha maturidade, porque é obrigado a resolver seus próprios problemas. Voltei muito mais responsável e com a percepção de que todos os empregos são importantes”, diz o rapaz. Durante três meses, João dividiu uma casa com outros quatro brasileiros, mas conviveu com pessoas de vários países vindas para o mesmo tipo de trabalho. “É interessante, porque você precisa entender as diferenças e tentar conviver harmoniosamente. Eu também tinha que lidar com os gerentes americanos, que são bem rígidos. Uma das maiores dificuldades foi chegar sempre na hora.” Crescimento emocional Há um ano o professor Anderson Maia, 23, trabalha numa escola de Wilkesboro, uma pequena cidade de 15 mil habitantes na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Dá aulas para estudantes que não têm o inglês como primeira língua, que estão fazendo intercâmbio ou imigrantes recentes. Suas turmas incluem crianças entre 11 e 13 anos vindas da China, Índia, França, Guatemala e México, entre outros países. Ele diz que, junto com o aprimoramento na língua inglesa, a troca tem sido fundamental. “Estou crescendo como pessoa,


em questões como tolerância e respeito, acho que estou me tornando um ser humano melhor. Quando voltar, terei como compartilhar essa experiência com escolas locais. O conceito de educação, as idéias que tem do professor e de disciplina são diferentes. O professor é uma figura muito distante. Existe muita preocupação com a questão do abuso e restrição ao contato físico. Não podemos abraçar os alunos. Já a disciplina para eles é algo natural, os alunos sabem o que podem ou não fazer e quais são as punições. É mais fácil de ensinar. Lá só preciso ter um emprego, não é preciso correr de um canto para o outro como no Brasil. Todos são muito educados, não sinto o preconceito, embora saiba que exista.” Desde quando ainda freqüentava a faculdade, Anderson já planejava passar um tempo no exterior. Achou o caminho no VIF (Visiting International Faculty Program), um programa direcionado apenas para professores que intermedeia vagas de trabalho no mundo todo, e que o ajudou a ser contratado pela escola de Wilkesboro. “Você apresenta seu currículo, perfil, faz entrevistas, e eles ajudam a achar uma escola que seja compatível, pra qual o seu perfil seja interessante. O intercâmbio reunia tudo o que eu queria: um bom salário, boas condições de vida e experiência transcultural”, explica. Anderson faz parte, junto a outros 14 professores, do primeiro grupo de brasileiros integrados ao programa. Foram dez meses no processo de testes e entrevistas até conseguir o emprego. Lá, demorou dois meses “para se tornar uma pessoa, ter conta bancária, telefone”. “Fiquei um mês como turista. Existe um guia local do programa que é normalmente alguém que já está lá há um ano, para auxiliar no processo. O programa também auxilia a tornar a certificação de ensino do Brasil válida no exterior para obter a licença de ensino lá”. Depois de terminar os três anos do contrato (as vagas oferecidas pelo VIF são de trabalho temporário), já pensa em ir para outro país antes de voltar ao Brasil. “É importante para qualquer profissional ter contato com pessoas e culturas diferentes. Ainda quero ir para a China antes de voltar para o Brasil, aprender sobre o Oriente, buscar outras dimensões do ser humano. É importante aprender sobre as pessoas.” A estudante de relações públicas Camila Silva, 20, também está prestes a viver em outro país. Concedeu essa entrevista a uma semana de embarcar para a Flórida, nos Estados Unidos, onde ficará por no mínimo um ano, integrando a rotina de estudos numa universidade com o dia-a-dia junto a uma família local. Decidida a passar um tempo no exterior, ela se inscreveu no Au Pair, um programa que existe no mundo todo, onde jovens entre 18 e 26 anos são encaminhadas para famílias onde ajudam a cuidar das crianças da casa em troca de moradia, Camila embarcou para a Flórida, onde pretende incrementar o currículo e a vida com novas experiências


Os irmãos João Henrique e Hilário Lima: experiência se transformou em empreendimento

alimentação, um salário e encaminhamento para cursos em universidades. O programa garante um visto de permanência para estudo e trabalho temporário (um ano renovável por mais um ano), mas tanto quem encaminha quanto quem se integra ao programa não gosta de usar a expressão “babá” para as funções a serem exercidas, mas sim “big sister”, uma espécie de “irmã mais velha da família”, explica Camila. A estudante será abrigada na família de um paulista que mora há mais de 15 anos nos Estados Unidos e vai ajudar a cuidar de um menino de sete anos, Alex, que não fala português. “A mãe dele era russa e por isso eles só falavam inglês. Ela faleceu há algum tempo, o pai tem uma namorada também brasileira, mas apesar disso, o Alex não tem muito contato com as coisas daqui e não fala português. Eles queriam uma pessoa do Brasil para ajudá-lo a conhecer mais a cultura daqui. Desde que ficou definido que eu iria para lá, eu converso com ele na internet com webcam, jogamos xadrez on-line. Ele parece ser uma criança muito boa. Minha função vai ser levá-lo na escola, no caratê, brincar com ele, ajudar a fazer a lição. Vai ser tranqüilo, porque eu gosto de crianças, tenho uma sobrinha que mora conosco, então já estou acostumada.” Ela conheceu o programa por meio de uma amiga que já tinha participado e tomou parte, então, no processo de seleção. “Desde criança eu sonhei em morar fora. Estou aproveitando a oportunidade. Pesquisei muito antes de decidir, falei com gente que participou do programa e todos elogiaram como um programa sério, seguro. Tenho certeza que quando voltar a Belém será muito mais fácil arrumar um bom emprego. A gente aprende a ter humildade, já que estará sob a responsabilidade de outra família. É uma rica experiência de vida, sem contar que vou ter a possibilidade de fazer cursos rápidos na universidade, de viajar, conhecer lugares e pessoas novas. Sem dúvida isso forma um profissional mais completo.”

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Passe um tempo no exterior... « Trabalhando Au Pair

Programa integrado de trabalho, estudo e intercâmbio, voltado para mulheres entre 18 e 26 anos (a França também aceita homens) e dá oportunidade de experiência internacional a baixo custo. Você trabalha legalmente cuidando de crianças, tem hospedagem gratuita na casa da família, ganha um salário em moeda estrangeira e pode fazer cursos e viagens no tempo livre. Os destinos mais comuns são Estados Unidos, França e Holanda. Por serem consideradas mais amorosas, as brasileiras são bem cotadas no programa. Trabalho de férias Programas de trabalho remunerado e legalizado para universitários entre 18 e 28 anos, por períodos de 3 a 4 meses, entre novembro e abril. Opções de trabalhos em hotéis, resorts, parques temáticos, restaurantes e outros. Trabalho em acampamentos Programas de até quatro meses como camp counselor em acampamentos do YMCA nos Estados Unidos, para pessoas entre 19 e 30 anos.

« Estágios Na Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia.

Para jovens entre 18 e 35 anos, com um a dois anos de experiência, em diversas áreas de atuação, excetuando as áreas de saúde (por conta da diferença de bases curriculares) Visiting International Faculty (VIF) www.vifprogram.com Maior programa de intercâmbio cultural entre professores e escolas. Intermedia contratos de trabalho temporário, com duração de três anos, em escolas americanas. Os professores também são considerados embaixadores culturais de seus países.

« Estudando Cursos técnicos profissionalizantes nas áreas de culinária, cinema, hotelaria, turismo, design, negócios, design, marketing, moda e tecnologia. Cursos de idiomas do nível básico ao avançado em 16 países, incluindo inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e mandarim. Podem ser combinados com pacotes culturais, como cursos de degustação de vinhos, fotografia, história da arte e outros. Programa pacotes de viagens para o exterior incluindo cursos de idiomas, reservas de acomodações, passagens aéreas, passes de trem e assistência médica.

« CIwww.ci.com.br

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i nt er v a l o • ilustração de Leandro Bender •

Celso Eluan empresário

&

Dinheiro Felicidade

Certamente todos já participaram ou ouviram acaloradas discussões sobre uma questão básica que atormenta a humanidade, desde que inventaram este padrão de troca: dinheiro traz felicidade? Um tostão pra quem nunca se fez essa pergunta. No melhor estilo “Caçadores de Mitos”, pesquisadores alemães se lançaram a responder essa pergunta. Na edição de Agosto da Scientific American Brasil, um artigo tabula os resultados dessa investigação. Alguns dados são muito curiosos e vão alimentar demasiadamente as discussões de botequim: - É provável que a disposição para ser feliz seja uma característica genética. Assim como o QI mediria um quoficiente de inteligência, o avanço dos estudos poderia induzir a criação de um QF, um quociente de felicidade intrínseca. De acordo com estes estudos, haveria picos de euforia ou depressão motivados por causas externas, que alterariam esse indicador, mas em pouco espaço de tempo retornaríamos ao nosso ponto de equilíbrio. Um estudo com 1.500 pares de gêmeos embasa essa argumentação. Lamento, se você não é feliz, discuta isso com seu gene. - Certamente miséria não garante felicidade, tampouco bilhões em conta corrente. No entanto o estudo indica um valor médio para o europeu – cerca de 2.000 euros mensais – a partir do qual as pessoas não têm uma percepção maior de felicidade. Ou seja, para quem ganha pouco, atingir esse grau significa muito em termos de como se sente feliz. A partir deste valor, por mais que incremente dinheiro, a mudança na percepção é muito discreta. - Essa é velha, mas o estudo veio confirmar: dinheiro é um padrão absolutamente relativo. Nossa percepção de felicidade é comparativa. Se todos ao nosso redor são mais pobres, nos sentimos ricos. Ao contrário, se com a mesma renda anterior, os outros

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ganham mais, nos sentimos pobres. Portanto, rico ou pobre é um padrão relativo, depende de com quem nos comparamos. - O estudo veio ainda demonstrar uma curiosidade básica, típica do consumismo, que apelidaram de “rotina hedonística”. Se você compra uma roupa nova, sente-se bem por um período curto. Logo volta ao normal e já não é suficiente comprar uma roupa. Precisa de algo maior, como uma jóia. Adquirida essa jóia, precisa agora de um carro. A aquisição destes bens tem um efeito similar às drogas, gerando uma sensação momentânea de prazer, mas exigindo doses maiores depois. De tal sorte que esse ciclo não traz nenhuma compensação em termos de felicidade. - Pessoas que buscam fama, beleza ou riqueza são mais infelizes do que aquelas com objetivos menos materiais. O estudo aponta que pessoas com crenças religiosas mais definidas tendem a se sentirem mais felizes. - Essa é pra quebrar com os conceitos que herdamos da maternidade angelical. Mulheres ativas profissionalmente citaram as atividades que mais lhe dão sentimento de felicidade. Na ordem: sexo, estar com amigos, comer, assistir TV, fazer compras, preparar refeições, telefonar, cuidar dos filhos, navegar na internet, trabalho doméstico e trabalho fora. Parece que as mães mudaram. - O estudo conclui com algo darwinista. A natureza premia e castiga com felicidade ou infelicidade. Quando satisfazemos nossos desejos somos recompensados com momentos de felicidade, curtos para que queiramos repeti-los, pois se fossem demasiado longos, poderíamos esquecer nossos “deveres biológicos”. Essa é boa. Enfim, os pratos estão na mesa. Sirvam-se e boa discussão!


v i da saudรกvel

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• da redação • fotos de Ricardo Siqueira e divulgação •

Pele de pêssego, mente de algodão-doce Cuidar do corpo e se sentir belo pode fazer muito bem para a sua saúde

D

izem que quando tudo vai bem, a felicidade transpa-

para ajudar a quebrar a gordura das células. “Havia uma recla-

rece na pele. Mas não custa dar uma ajudinha à na-

mação a respeito da dor nas aplicações, mas houve avanço

tureza lançando mão dos avanços da tecnologia cos-

nessa área, minimizando o desconforto com a criação de uma

mética. Com um programa integrado de exercícios físicos, boa

máquina que aquece previamente o gás à temperatura corpo-

alimentação e tratamentos estéticos de última geração, proble-

ral, o que ficou conhecido como carboxiterapia aquecida”, ex-

mas como celulite, gorduras localizadas, rugas e falta de viço

plica o médico.

podem ser combatidos com alto índice de eficiência. A autoestima e o bom humor agradecem.

A física também tem auxiliado a tecnologia a favor da estética. Uma das armas contra as gorduras indesejáveis foi desenvolvi-

Especializado em medicina estética, o médico Paulo Viana diz

da pela indústria francesa usando ultra-som de alta intensida-

que a área evoluiu muito nos últimos anos, movida pela bus-

de focado (HIFU) associado a um sistema de multidrenagem. A

ca cada vez maior das pessoas por saúde e bem-estar, e pela

partir de um fenômeno físico chamado de cavitação, a gordu-

consciência de que sentir-se bem no próprio corpo é de extre-

ra é transformada em energia térmica e liberada para fora da

ma importância para estar saudável. Sendo assim, a beleza se

célula. Depois disso é drenada para os vasos linfáticos até o

beneficiou da tecnologia aplicada de acordo com os conheci-

sistema venoso e o fígado, onde é metabolizada e eliminada.

mentos sobre o funcionamento do organismo.

“É um aparelho que atua na chamada gordura subcutânea, ou

Foi assim que foram surgindo equipamentos e tratamentos

seja, que fica entre a pele e o músculo. Como a maior parte da

cada vez menos invasivos, diminuindo a necessidade de cirur-

gordura perdida durante tratamentos de emagrecimento é vis-

gias. Uma das estrelas do momento é o Accent XL, um aparelho

ceral, está acumulada nos órgãos internos, ele pode melhorar

de radiofreqüência que opera a partir de ondas eletromagnéti-

o resultado estético de quem emagreceu e ficou com gordura

cas aplicadas sobre a pele a ser tratada, chegando a um aque-

localizada”, indica o médico.

cimento local de até 40 graus. “Isso estimula a derme a produzir

A funcionária pública Milene Carneiro Rodrigues, 43 anos,

novamente colágeno e elastina, além do encurtamento das fi-

mãe de dois adolescentes de 17 e 14 anos, trocou o consultório

bras já existentes, levando à melhora da flacidez, combinado a

de um cirurgião plástico pelos tratamentos estéticos e, um ano

um efeito lifting.”

depois, diz que está feliz com os resultados e mais autoconfian-

O aparelho também tem sido utilizado com bons resultados no

te. “Faço exercícios com freqüência, cuido da alimentação, mas

tratamento de gorduras localizadas, estrias e celulite, sendo ne-

procurei um cirurgião porque depois de dois filhos a pele não é

cessária uma média de cinco a oito sessões, como explica Pau-

mais a mesma. Ele foi muito correto e me disse que era muito

lo: “O aparelho provoca o aquecimento da hipoderme, região

risco para pouca coisa e me indicou que procurasse um médico

onde se acumula a gordura, fazendo com que essa gordura se

especializado em estética médica. Venho fazendo a cada 15

quebre. O melhor é que não há agulha ou marcas, descama-

dias sessões de carboxiterapia associada com a aplicação do

ção ou impedimento à exposição solar. Também é eficaz para

colágeno e hoje sinto a minha pele com a aparência mais lisa e

combate às estrias e pode ser associado a outros tratamentos,

com mais rigidez.”

para melhores resultados, como a drenagem linfática manual ou com aparelho Mantus”.

Milene cuidou da pele e diz que a cabeça ficou ótima. “Quando você atinge um objetivo, se sente pleno. Eu não quero voltar

Outro tratamento que tem ganhado adeptos é a chamada carboxiterapia, onde se injeta gás carbônico no local, também

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o tempo, não quero mais ter 15 anos. Mas se você pode melhorar, se sentir bem com você, por que não?”


c on frari a Sedução Sonhos doces são feitos de sensualidade e discrição. Esse é o jogo de sedução escolhido pelo Clube da Lulu, que aposta na peça “Sweet dreams are made of this” para quem deseja brincar com ousadia. As delicadas roupas íntimas da marca Fórum dão ares de sofisticação com as peças da coleção Ouro Branco, aumentando ainda mais a temperatura com o charme da divertida máscara Lulu. Tudo isso na melhor loja especializada em lingerie do Pará

Praia Ir à praia com estilo da cabeça aos pés só com a marca Salinas. A franquia carioca traz a Belém o Verão 2009 em primeira mão com biquínis, necessaire, sandália e outros produtos com detalhes que fazem o visual praia estar sempre na moda. Sandália de plástico- R$ 65,00 Necessaire amarela – R$ 54,00 Biquíni colorido – R$ 128,00 Salinas Endereço: Tv. Quintino Bocaiúva. 1821, Loja 1 Telefone: (91) 3225-4656

Clube da Lulu Ouro Branco, Fórum lingerie: R$ 125,00 Calcinha string Ouro Branco, Forum lingerie: R$ 62,00 Máscara Lulu sweet dreams: R$ 20,00 Endereço: Braz, esquina da Serzedelo Correa. Telefone: (91) 3222-6796

Moda O fashion descontraído da marca Richards é a moda para quem quer aparecer livre, chic e casual. Esta e outras tendencias para um look mais urbano é a aposta da UP Grade, loja que traz a Belém marcas como Calvin Klein, a carioca Richards e New Order. Bermuda Sarja caqui com cinto Richards R$ 198,00 T-shirt Richards R$ 89,00 Tenis em couro Richards R$ 240,00 Up Grade Endereço: Avenida Braz de Aguiar, 57 Telefone: (91) 3225-4656

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Exclusividade A badalada griffe italiana Dolce & Gabanna chega a Belém com sua brand D&G Time. Design, originalidade, materiais requintados e imaginação resumem as qualidades de D&G Time para a próxima estação. Com uma brilhante combinação de materiais, esta refinada coleção de relógios foi criada para pessoas sofisticadas e atualizadas com as últimas tendências da moda. Fábio Jóias D&G Time Endereço: Belém Shopping Iguatemi Telefone: (91) 3250-5171 Preços sob consulta

Sabor Ganache é o lançamento da Kopenhagen em duas versões: o chocolate ao leite com recheio de chocolate ao leite Belga, e o chocolate ao leite, com recheado de chocolate amargo Belga.

Brilho Mistura de materiais, utilizando ouro amarelo e pedraria brasileira, sem contar no belo design exclusivo da Bruna Semijóias são a fórmula que a Milenium Folheados dispõe para você brilhar em alto estilo. O conjunto de anel e par de brincos folheados a ouro com detalhe na pedra natural brasileira, olho de tigre, é a aposta para quem procura peças com beleza e exclusividade. Milenium Folheados Preço sob consulta Uso ou Revenda: 3241-4523

Kopenhagen Preço sob consulta Endereço: Travessa Padre Eutíquio, 1.078 Shopping Iguatemi Telefone: (91) 3250-5784

Estilo O conjunto de bracelete e par de brincos ganha charme e elegância com a combinação das peças folheadas em ouro amarelo e ouro branco. O estilo fica por conta das pedras em zircônea cravejadas nas duas peças. Milenium Folheados Preço sob consulta Uso ou Revenda: 3241-4523

Os preços e disponibilidade dos produtos são de responsabilidade dos anunciantes

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Decoração A decoração de uma casa mostra rastros da personalidade de seu morador. Para atender aos variados tipos de gosto com charme, a loja Jardim Secreto traz ao público paraense artigos exclusivos, que acrescentam ao ambiente de sua casa ou escritório mais valor estético. Os mais religiosos vão encontrar peças garimpadas em Minas Gerais, como Divino Espírito Santo, Santo Antonio, Sagrado Coração etc. Revelam a espiritualidade e a devoção. Ideal para halls e varandas. Peças a partir de R$ 458,00. Jardim Secreto R$ 870,00 - a unidade R$ 1.646,00 - o par Endereço: Rua dos Tamoios, 1.357, esquina com a Rua dos Tupinambás. Telefone: (91) 3230-0963

Expressão Garantir beleza a objetos funcionais é o principio do designe, que chega a Belém com as melhores tendencias do Brasil e do mundo através da Mattize. A loja de decoração e presente dará um toque de bom gosto e exclusividade a peças de ambientação. Agora é fácil encontrar produtos que expressem a sua personalidade, com a assinatura dos principais designers nacionais e internacionais, como a Moringa feita pela Designer Rachel Hoshino de São Paulo. O conjunto de garrafa e copo de porcelana com pintura em forno manual pode ser utilizada para colocar água, servindo com estilo, na cozinha, escritório ou quarto. Matize Preço sob consulta Endereço: Tv Benjamin Constant, 1571 loja C (entre Braz de Aguiar e Gentil) Telefone: 3222-9499

Eco-charme Liberdade de composição. A mesa executiva Lex Tecnoflex garante mais personalidade para o executivo de perfil moderno e prático. A autêntica combinação de materiais: couro, madeira e metal dá ao seu escritório destaque, em um design de estilo sóbrio e inovador. O exclusivo formato trapezoidal recortado a laser, curvado em calandra, está disponível em lâminas metálicas ou revestido em couro ecológico. Chique e politicamente correto. STOCK OFFICE preço sob consulta Endereço: Travessa João Balbi, 869, esquina com a 14 de Março. Telefone: (91) 3224 0988 / 3222-3992


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d écor

As varandas dos apartamentos do Torre de Louvre foram projetadas para servir de espaço tanto para as brincadeiras das crianças como uma reunião informal de amigos

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• da redação • fotos de Ricardo Siqueira e divulgação •

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a

maravilha na sua varanda

Inspire-se nos lendários Jardins Suspensos da Babilônia para construir espaços verdes no apartamento

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erraços sobrepostos, apoiados em enormes colunas, cobertos por árvores e flores tropicais, em belas alamedas dimensionadas por altas palmeiras. Não se sabe se a descrição perpetuada ao longo da história sobre os lendários “Jardins Suspensos da Babilônia” fazem jus ao que eles foram de fato. Descrito como uma das sete maravilhas do mundo antigo, nunca se teve evidências reais ou vestígios arqueológicos sobre o lugar, que teria sido construído pelo rei Nabucodonosor para agradar sua esposa Amitis - exceto um enorme poço que parece ter sido usado para bombear a água do rio Eufrates. Fato ou imaginação, na cidade contemporânea os jardins viram inspiração para quem deseja aproveitar os espaços cada vez mais amplos das varandas dos apartamentos e construir jardins bem perto do céu. No 21º andar do Torre de Louvre, a arquiteta Márcia Nunes criou um jardim discreto e agradável para compor um visual verde sem perder espaço para os filhos pequenos dos moradores, que adoram usar a varanda em suas brincadeiras. Também conservou a bela vista da Baía do Guajará. “Eles não queriam perder a paisagem, o que seria mesmo um desperdício. Então optamos por fazer um jardim baixo e em vasos, o que torna possível mudar as cores das plantas quando se quiser, sem interferir nos ambientes. Ainda que seja um jardim discreto, remete um pouco àquela memória de quintal de avó”, explica. No projeto em questão, os complicadores eram o vento constante e o fato de a varanda ser exposta ao sol somente durante uma parte do dia. “As razões ambientais precisam ser avaliadas com cuidado. Nesse caso, precisamos escolher plantas

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que fossem resistentes ao sol e ao vento. Por isso optamos por um jardim verde, já que flores são mais delicadas”, diz Márcia Nunes, que trabalhou em parceria com a paisagista Maura Kalume, da Maura Jardins. Numa das laterais, foi criado um canteiro onde se plantou eugênia brasileira (Eugenia sprengelii), singônio (Syngonium angustatum), e moréia bicolor (Dietes bicolor). “Usamos ou espécies de folha flexíveis, como o bambu, que balançam com o vento, ou espécies de folhas duras e resistentes, que não se quebram com facilidade, como as bromélias, que foram colocadas em cachepôs de parede.” Em outro ponto da varanda, para evocar a presença das árvores, foram usados dois grandes vasos de louça com patas de elefante. A varanda foi projetada como uma área integrada à sala de estar, com espaço livre não só para as brincadeiras das crianças, mas para receber convidados em dias de festa. A curva natural da fachada virou inspiração para os acabamentos que compõem o ambiente junto ao verde das plantas. “A varanda tem uma forma ondulada, que lembra água, por isso usei mármore e pedras, com uns cabochets, em tons de crema e marfim.” A escultura de ferro com passarinhos, aquecida por um painel de fundo em madeira, dá continuidade à idéia de jardim ao ar livre, assim como as almofadas com estampa de flor. Criar seu “jardim suspenso” exige alguns cuidados especiais. Depois de escolher as espécies adequadas às condições ambientais do seu espaço, o primeiro passo é preparar a área que irá receber as plantas, impermeabilizando o solo para evitar o risco de infiltrações para o apartamento de baixo. “É preciso


preparar o sistema de drenagem, fazer o caminho para o escoamento de água. Depois se impermeabiliza com manta asfáltica e com pedras, que ajudam a absorver a água”, ensina Márcia Nunes. Além da manta sintética, Maura Kalume diz que tanto em canteiros quanto em vasos, pedriscos e argila expandida (aquela que parece pedrinha) ajudam a absorver excessos, o que é importante não só para evitar infiltrações, mas para a sobrevivência das plantas. “A água das regas precisa ser drenada, senão empossa e a planta morre.” Para chegar às plantas mais adequadas para o tipo de jardim que se espera ter, é sempre bom ter o apoio de um paisagista, mas Maura dá algumas dicas de espécies resistentes e de bom efeito decorativo: “Há as clésias, que são arbustos de folhas redondas, originários de restinga de praia, então muito resistentes ao sol e ao vento. Outra opção são as cycas, espécie que lembra uma palmeira, com folhas finas e duras. Há também os cactos, o alfinetinho, que dá um efeito muito legal, e o Liriopsis, que a gente chama de capim branco.” Aos que querem fazer da varanda um ambiente completamente distinto do resto do apartamento, Maura Kalume diz que há inspirações diversas para forjar climas aconchegantes. “Decks de madeira, pedriscos, painéis de madeira e efeitos de iluminação podem criar um jardim bem diferente. Mas quem tem crianças, ou quer mesmo uma área mais livre, pode trabalhar com plantas pendentes e iluminação para dar um ar aconchegante”, ensina a paisagista.



e s pec i al

Há três décadas morando no Brasil, o chef Claude Troisgros foi um dos pioneiros na mistura da clássica cozinha francesa com ingredientes bem brasileiros, como o nosso açaí.

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• por Aline Monteiro • fotos de Diana Figueroa •

Francês com sotaque carioca Membro de uma das mais respeitadas famílias de chefs da França e há 30 anos radicado no Brasil, Claude Troisgros foi a estrela do jantar oferecido pela Leal Moreira e pela Agra aos clientes do Torres Ekoara

O

chef francês Claude Troisgros faz parte da terceira geração de uma família que marcou a história da culinária francesa, sempre movida pela inquietude e pela necessidade da criação. Seu avô, Jean-Baptiste, iniciou essa tradição nos anos 30 e causou rebuliço ao sugerir vinho tinto como acompanhamento para peixes. Seu pai, Pierre, e o tio Jean, unidos a Paul Bocuse, inspiraram o que ficou conhecido como a “nouvelle cuisine” francesa e o restaurante dos Troisgros, em Roanne, foi incluído entre os poucos estabelecimentos donos das cobiçadas três estrelas do Guia Michelin. Movido pela mesma inventividade, Claude achou no Brasil o cenário ideal para novas alquimias culinárias, unindo pratos e ingredientes da clássica cozinha francesa, como o foie gras e o suflê, a sabores bem brasileiros, como caju, jabuticaba, a tapioca e o nosso amazônico açaí. Foi essa experiência gustativa única que a construtora Leal Moreira e a incorporadora Agra quiseram oferecer aos seus clientes e colaboradores, num jantar especial para comemorar o sucesso das Torres Ekoara, lançadas em junho e

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já com 85% das unidades vendidas. Belém não é uma cidade desconhecida para Claude, nem os ingredientes típicos da cozinha local, hoje incorporados a algumas de suas criações. “Vim ao Pará pela primeira vez há uns dez ou quinze anos, convidado pelo meu amigo Paulo Martins para um dos festivais gastronômicos que ele promoveu e conheci também os produtos daqui, que ainda são mais ou menos desconhecidos. Hoje já se conhece por lá o tucupi, os peixes da Amazônia, o jambu, algumas frutas, mas ainda há muito o que explorar”, diz ele, com um simpático e arrastado sotaque. Claude conta que a mistura afinada de ingredientes que o tornaram conhecido – e hoje fazem o sucesso dos seus restaurantes Olympe e 66 Bistrô, no Rio, e do Blue Door, em Miami – surgiu antes da necessidade. “Hoje é moda, realmente, usar produtos brasileiros, mas eu comecei a fazer isso em 1979, por falta de bons ingredientes para fazer uma culinária francesa. E bom ingrediente é aquele que é fresco. Não adianta você trazer um produto do Vietnã congelado. É melhor usar o que está perto,


Para o jantar especial, Claude preparou receitas especiais com peixes da região, entre outros. O resultado foi mais do que aprovado.

porque com certeza você terá mais qualidade”, ensina. Essa foi a máxima que o chefe aplicou na elaboração do jantar para 400 talheres que aconteceu no dia 19 de agosto, no Hangar. Para o evento, Claude refez alguns pratos famosos do menu do Olympe incluindo sabores bem regionais. Como entrada, o chef apresentou um tartare de atum com pepino crocante, acompanhado por sagu de tapioca, e um leve sabor de tucupi (no Olympe, o molho é à base de wasabe), dessa vez sob a forma de um vinagrete. “Trabalhando com o tucupi você vai descobrindo outras formas de utilizá-lo”, conta Claude, que diz que os sabores ácidos sempre foram uma característica dos Troisgros. Em seguida, foi servido filé de filhote com banana caramelada ao molho de passas, cebola e coentro. “Essa é uma receita tradicional da minha avó, Marie, que já usava banana com o peixe na década de 1930 e na França, que substituiu o filé de cherne pelo filhote regional nessa receita. Como segundo prato, um clássico da cozinha francesa: a codorna. Claude partiu de um prato criado especialmente para o presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Batizado de Caille FHC, tratava-se de uma codorna recheada com farofa de cebola e passas, acelga confit, minicebola, molho de jabuticaba. Para o jantar em Belém, Claude refez o prato substituindo a guarnição por palmito de pupunha e a jabuticaba do molho pelo açaí. “O açaí é hoje bem conhecido, mas para sobremesas e doces. Você nunca o encontra

em um prato salgado e ele funciona muito bem para molhos. Tem uma textura, uma liga, dá um corpo especial.” Para finalizar, os clientes da Leal Moreira/Agra puderam se deliciar com o conjunto do chocolate com o azedinho do sorvete de cupuaçu. Puro deleite Como um grande evento, o jantar começou a ser preparado dois dias antes pela equipe de seis cozinheiros chefiada por Claude – incluindo seu filho Thomas, a quarta geração dos Troisgros dedicada à culinária – e com o apoio da equipe do chef Sebastião, na cozinha industrial do Senac. “Um jantar como esse, para 400 pessoas, exige uma preparação prévia maior, desde as compras, organização. Hoje fizemos toda a mise en place e amanhã, só faremos os cozimentos e as finalizações”, contava Claude à véspera do jantar. Todo o “balé” da finalização pôde, aliás, ser acompanhado pelos convidados do jantar, por um telão montado no salão que mostrava imagens do setor de montagem dos pratos instalado anexo à cozinha. Para quem experimentou, puro deleite. “O molho de açaí eu tive a oportunidade de experimentar antes, quando o Claude esteve em Belém no festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense. Todos os pratos estavam perfeitos. O sabor, a delicadeza, o tempo de cozimento, tudo. O que é impressionante, porque uma coisa é você fazer um jantar para oito, dez pessoas, outra é servir

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400”, comentava o pecuarista Carlos Gonçalves, apontado pelos amigos também como um “chef”, mas que se autodenomina como “um curioso” sobre gastronomia. Para o empresário Juarez Simões, o jantar foi uma festa para os sentidos. “Trazer o Claude foi uma novidade. Acredito que é o primeiro evento em que se traz um chef de categoria internacional a Belém.” Parte da ala jovem do jantar, o casal de empresários Carolina Maiorana Kzan e Neto Ventura também elogiou as criações de Claude Troisgros: “Gostei muito da codorna”, disse Carolina. “Toda a combinação de pratos foi muito suave, um tipo de jantar que, sem dúvida, é diferente do que temos em Belém”, disse Neto. O evento agradou em cheio quem também é mestre em culinária, como os chefs Vânia e Alípio Martins. “Não era de se esperar algo diferente, com a competência e a sofisticação do Claude. É diferente do que o paraense está acostumado em eventos, onde é mais comum se usar o serviço americano. Um jantar com serviço francês, empratado, normalmente é usado para poucas pessoas. Mas ver um evento como esse nos mostra que é viável”, disse Vânia. Alípio completou com entusiasmo: “A vinda desses chefs é excelente, aprendemos muito com eles também. Nesse jantar, tudo foi usado com uma harmonia perfeita. O molho de açaí foi o mais surpreendente”.

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O francês aproveitou a estadia em Belém para visitar, junto com sua equipe, o Ver-o-Peso, onde fez fotos e conferiu de perto um pouco das peculiaridades da capital paraense

Volta à simplicidade À frente de três restaurantes, realizando consultorias e eventos pelo país, Claude Troisgros não tem mais como ir pessoalmente aos mercados em busca de ingredientes para seus pratos. “Já fui muito ao mercado. Mas hoje tenho fornecedores que trabalham comigo há mais de 30 anos, que sabem exatamente o que eu quero e em quem eu tenho extrema confiança.” Ainda assim, ele diz que ir diretamente até os vendedores de ingredientes é uma das coisas mais prazerosas da profissão, por isso ele mantém o hábito das visitas. “Duas vezes por semana eu vou passear no mercado, tomar uma cachacinha com o meu pessoal”, brinca o chef, que em Belém não fez diferente: foi com alguns cozinheiros de sua equipe passear pelos mercados do Ver-o-Peso. Como bons curiosos, eles passaram pelos peixes regionais, onde se revezaram em poses ao lado dos pirarucus, e se entusiasmaram pelas frutas e castanhas regionais. Na bagagem de volta, Claude levou uma muda de jambu para plantar. Estar aberto a novos ingredientes e a novas experimentações faz parte do perfil de Claude, que acredita que a acomodação é muito perigosa. “Minha culinária faz parte de uma cozinha de criação, entre clássica e fusion, que eu chamaria de personaliza-

da. Há bons chefs que não são criativos, não é porque um chef não é criativo que é ruim. Mas estou sempre me questionando. A rotina, a acomodação são muito perigosas.” O reconhecimento não o levou à rotina, diz Claude, mas sim a buscar novas experiências. “Essa é uma profissão artística, em que há várias fases. No começo, você aprende e quer mostrar o que aprendeu. Depois, você cria a sua própria personalidade. Na minha idade, você quase volta para trás, para a tradição, a fim de conhecer real e verdadeiramente o produto, sem esconder com molhos etc. Como meu pai, que tem 82 anos, eu, aos 52, acredito que sempre se aprende todo dia.” O chef adianta que agora em setembro deve inaugurar um novo restaurante no Rio de Janeiro, com essa proposta de um retorno à simplicidade, o CT Brasserie. “Lá servirei uma culinária toda baseada no produto, com coisas preparadas em panelas de ferro, no forno a lenha, onde posso ter um prato como uma lagosta somente temperada com sal e pimenta.” Estilo Ekoara Viver com estilo, valorizar os pequenos prazeres, estar aberto à inovação e apostar na criatividade são valores que sempre estiveram ligados à filosofia da construtora Leal Moreira e se


Os convidados da Leal Moreira puderam deleitar-se com o jantar e ainda trocar idéias sobre o novo empreendimento da construtora

refletem no projeto do terceiro empreendimento realizado em parceria com a Agra, as Torres Ekoara. Nada mais coerente, portanto, que comemorar o sucesso de vendas reunindo clientes e amigos em um jantar elaborado por um chef como Claude Troisgros. “Quando pensamos o evento, era também para que pudéssemos reunir potenciais compradores. Mas o empreendimento foi um sucesso tão grande que o jantar acabou virando de comemoração. Temos cerca de 85% das unidades das Torres Ekoara vendidas e os nossos outros dois empreendimentos em parceria com a Leal Moreira, o Torre Verti e o Torre de Umari, estão, respectivamente, 100% e 70% vendidos. O que tem demonstrado que a Agra tomou a atitude correta ao firmar essa parceria e foi feliz na decisão de montar sua sede avançada no Norte em Belém”, declarou Luiz Sérgio Brito de Araújo, da Agra. Para Maurício Moreira, da Leal Moreira, o sucesso imediato tem razões no formato do projeto e na confiança que os clientes já têm nas duas construtoras. “O Ekoara tem uma área de lazer fabulosa, aposta no conforto e na qualidade de vida, conceitos que as pessoas estão buscando cada vez mais. E isso tudo aliado à credibilidade que a Leal Moreira e a Agra têm no mercado.” O diretor de recursos humanos Fabiano Castro, 32, está entre

os proprietários do novo empreendimento. “Escolhi pelo conforto, pela localização privilegiada e pelo espaço físico do apartamento. Uma coisa que me chamou atenção foi a modernidade do projeto, o design utilizado, a sacada com churrasqueira. É diferente dos empreendimentos que já tinha visto.” Já cliente da Leal Moreira com um apartamento no Torre de Farnese, o comerciante Júlio Barros, 44, viu nas Torres Ekoara uma ótima oportunidade de investimento. “Estou investindo em imóveis e gostei do perfil do prédio, quase como um condomínio-clube, com um paisagismo maravilhoso.Em Belém, poucos empreendimentos têm esse potencial. Além disso, já conheço o padrão da Leal Moreira, que sempre tem acabamento de boa qualidade e projeto diferenciado.” A professora universitária Arlete Camargo e o marido, o aposentado Lauro Camargo, viram na área condominial do Torres Ekoara um lugar perfeito para a família. “A localização é muito boa, numa rua próxima da Almirante Barroso, mas que nunca terá um trânsito excessivo, perto do Bosque, num local privilegiado”, diz Lauro. “É um apartamento confortável, com 138 metros quadrados, que atende plenamente ao que procuramos e com a vida atual, onde segurança é um fator importante”, diz Arlete.


Móveis e decoração não incluídos no contrato de venda. CRECI: 223J Empresa filiada à ADEMI

Só a Leal Moreira faz um Leal Moreira. www.lealmoreira.com.br João Balbi, 167

4005-6800 / 4005-6820 Sonata Residence: Alvará 04616/2004 • Mem. Incorporação R. 03 M.445 FLS.445 - 25/10/05. Cartório de registro de imóveis 2o ofício • Torre de Bari: R. 03 M. 193 FLS. 193 L. 2 - I.J - 01/06/04 Cartório de registro de imóveis 2o ofício • Torre de Toledo: Alvará 176/2003 • Mem. Incorporação R.02. M.266 FLS.266 L. 2-I.F - 16/06/2003 Cartório de registro de imóveis 2o • Torre de Elvas: Alvará 297/2002 • Mem. Incorporação R03. M155 FLS.155 L.2-I.E - 18/10/02 Cartório de registro de imóveis 2o ofício • Metropolitan Tower: Alvará 0128/2001 • Mem. Incorporação R.03 M.410 L.2-HY - 10/09/01 Cartório de registro de imóveis 2o ofício • Torre de Saverne: Alvará 0270/2003 • Mem. Incorporação R.04 M.251 FLS.251 L.2-H.S - 31/10/03 Cartório de registro de imóveis 2o ofício • Torre de Belvedere: Alvará 0367/2004 • Mem. Incorporação R.04 M.217 L.2-I.E - 27/10/04 Cartório de registro 2o ofício • Torre de Farnese: Alvará 0496/2004 • Mem. Incorporação R-5-42500EM L.2-E.K. M.42.500 FL.200 - 25/10/05 Cartório de registro de imóveis 1o ofício.


51 Double M


d estino

As areias “coloridas” da praia de Morro Branco, a 75 km da capital Fortaleza, são uma ótima alternativa de diversão para quem escolhe o Ceará como roteiro turístico

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• da redação • fotos de Fabrício de Paula •

O colorido de Morro Branco Quem vai a Fortaleza sempre traz de volta na bagagem aquelas garrafinhas de areia colorida, com desenhos que representam paisagens, escudos de time ou grafismos abstratos. A matéria-prima deste que é um dos principais artesanatos cearenses vem direto da praia de Morro Branco, litoral leste do Estado, região que vale a pena conhecer. O passeio, além de cultural, tem um quê de aventura, já que inclui uma trilha pelo labirinto feito entre falésias, com chegada garantida a praias de água límpida e com diferentes tons de verde.

A

praia de Morro Branco fica em Beberibe, a 75

Areias coloridas

km de Fortaleza, na conhecida rota turística Cos-

Ao passar pelo pórtico que marca o início da trilha, o primeiro

ta do Sol Nascente, acessível pela BR-116 e pela

destaque é para a Praça da Mentira. “É aqui que os pescadores

CE-040. Ao chegar lá, você só precisará percorrer mais 3 km

se reuniam para contar vantagem. Pra dizer que tinham conse-

até encontrar este pedaço de paraíso tropical. Uma dica an-

guido tirar um peixão, quando não tinham era nada”, conta, com

tes de começar a conhecer o lugar: o bom é trocar de veícu-

bom humor, João, nosso guia nessa aventura. A praça é cercada

lo e embarcar em um buggy para um passeio com duração

por cactos-palma, popularmente conhecidos como “colchão de

de duas horas. Ele começa com uma visita aos artesãos que

sogra chata”. Aliás, sogras são sempre lembradas pelos guias.

produzem as garrafinhas com areia colorida na sede do mu-

“Aqui no Ceará a sogra é bem-vinda. Ela só não volta mais para

nicípio, de onde você segue a pé até a entrada das falésias.

casa porque a gente convida pra bater uma foto na beira do

No meio do caminho, é preciso pegar um dos 400 guias-mirins

morro”, brinca, diante da belíssima vista de um mirante, com a

cadastrados. São eles que vão ensinar o caminho pelo labirinto

praia em frente.

de falésias e um pouco da história do local. Mas antes, uma

A descida pelas falésias tem que ser feita com cuidado para

parada em um grande barracão com artesãos que vendem de

não acabar em tombos, já que a terra úmida por nascentes de

tudo: de saídas-de-praia a inúmeros suvenires. Outras barraqui-

água se torna escorregadia. “Não tem skibunda, mas se cair

nhas individuais também se espalham até o início das falésias. É

tem ralabunda”, avisa João. Alternando caminhos estreitos e

o momento de garantir as suas garrafinhas – ou suas variações

vãos mais abertos, o passeio é uma aventura segura em meio a

em taças, tulipas de chopp, vasos e outros formatos - ou enco-

imensos paredões abertos nas pedras pela ação do tempo, do

mendar um desenho personalizado, com direito a nome regis-

vento e da água.

trado e tudo.

Basta um pouco mais de apuro no olhar para começar a en-

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Visitas aos paredões de areia, passeios de carro e lagos de água doce fazem parte do passeio

xergar as várias tonalidades de cores das areias. O contato com

a paisagem deverá ser muito diferente. “Não tem como conter.

elementos como enxofre, cobalto, manganês e ferro cria 12 tipos

Um dia, isso tudo vai acabar”, lamenta o jovem guia. Antes que

diferentes de areias coloridas, que vão do vermelho mais escuro

isso aconteça, vale a pena ver de perto essa obra de arte feita

ao mais raro cor-de-rosa. “O vermelhão parece argila, só que é

pela natureza. E levar uma lembrança engarrafada do Ceará.

areia mesmo”, ensina o guia. A areia preta vem da maresia. Há Dunas

outras cores, como verde, azul e lilás que não são originais. “É tudo anilina jogada na areia branca”, garante João, como quem revela um segredo escondido a sete chaves.

Se quiser que o passeio continue, o bugueiro estará à espera no final da trilha pelas falésias, a caminho da Lagoa do Uruaú.

Nos imensos paredões ainda se vêem nomes gravados de

Antes, é bom descer na Gruta da Mãe d’Água, conhecida como

turistas que passaram por ali e quiseram eternizar o momento

Fonte das Virgens ou Fonte da Juventude. Cravada no meio de

ou deixar registrada uma declaração de amor. Hoje, evita-se até

um dos morros e bem estreita, a gruta tem água que bate no

tocar na areia, e o local foi transformado em área de preserva-

meio das pernas e pequenas estalagmites e estalactites.

ção ambiental. O guia explica que há muito a matéria-prima do

Atrás dos grandes morros estão escondidas dunas que ga-

artesanato não sai mais dali e sim de morros localizados a 3 km

rantem ainda mais aventura. São subidas e descidas não muito

da praia.

íngremes, que levam rumo a um lago de água doce, escondido

Esse passeio dura, em média, meia hora. Culmina com uma

nessa imensidão de areia. Com águas geladas e sutilmente sal-

boa água de coco para repor as energias e um banho revigoran-

gadas (quando a maré enche, se mistura com o lago de água

te no mar cearense. Do mar, a visão que se tem das falésias é

doce), a Lagoa do Uruaú é o local ideal para um banho refres-

privilegiada, e aí é impossível não parar para pensar que, mes-

cante, em águas calmas, para renovar as energias antes de se-

mo com toda a precaução, a cada ano a erosão muda o forma-

guir para a Praia das Fontes, localizada próximo a Morro Branco

to dos morros e a paisagem local. Ao mesmo tempo em que

e com boa estrutura de hotéis e barracas para um bom almoço

esculpe a beleza do cenário, é o prenúncio de que, no futuro,

antes de retornar para Fortaleza.

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Cinema

s ex & s á b a d o

Saulo Sisnando Escritor saulo@adorocinema.com

Por que sempre amamos a pessoa mais difícil? Esta é uma típica história para os românticos inveterados, para aqueles que ainda acreditam no amor vencendo todas as barreiras. Começa assim: uma prostituta, de peruca loira e botas de couro sintético, oferece seus serviços a um executivo bonitão. Ele a contrata por uma semana! Ela não se droga, não beija na boca e é a mulher mais linda do mundo. Eles se apaixonam. Eles vivem felizes para sempre. The End. Acho que você já conhece esta história, ela aconteceu num reino não muito distante chamado Hollywood e com duas pessoas, que conhecemos muito bem: Julia Roberts e Richard Gere. Mas a grande pergunta é: por que o executivo foi justamente se apaixonar pela prostituta? Se pensarmos com calma, entretanto, engolimos tão bem estes clichês, porque eles existem. Pois o que seria do amor sem a barreira a ser quebrada? Ela está em todos os filmes, em todas as novelas. Como poderá a princesa Audrey Hepburn apaixonar-se pelo repórter Gregory Peck? Como poderá a pequena sereia Ariel amar o belo e humano príncipe Erick? Mas isto só existe na ficção? Penso nos meus amigos e vejo que a barreira é verdadeira. É só olhar em volta para ver uma mulher que largou tudo e foi morar na Holanda com seu grande amor. Uma médica que está brigando com toda a família pra ir embora para Natal, morar com um homem quase desconhecido. Uma advogada que está tendo um caso com um carioca casado (a mulher dele chega em breve). Santo Deus, por que não amamos aquele rapaz bonitinho, de boa família, que não tem vícios e trabalha na mesa ao lado? Por que não se apaixonar pelo filho médico da

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melhor amiga de sua mãe? Ora, é porque precisamos de uma barreira que nos faça lutar. Se não há, tudo é muito insosso. Sem graça! Embora não seja uma verdade confessada, sempre estamos querendo alguém que não nos quer ou queremos reconquistar a pessoa que se decepcionou conosco. Afinal quantas vezes só demos valor à pessoa amada quando a perdemos? Sim! Nós precisamos do complicador romântico! Se não déssemos valor a isso, ninguém mais se envolveria com os homens que só ligam de madrugada. Por que ainda vamos ao apartamento dele, mesmo sabendo que ele só quer nos levar pra cama? Por que amar homens casados, com filhos, ex-mulheres neuróticas ou mães obsessivas? Por quê? Por quê, meu Deus? E o pior é que quando chega o cara perfeito, aquele que não tem um defeitinho sequer, aquele que é cheiroso, limpo, descompromissado... Hummm... De repente, parece que não rola a química... Não bate a liga... E, então, você o deixa ir embora. Enfim, nossa vida é uma comédia romântica. E embora estejamos certos de que nenhuma grande celebridade ou executivo milionário jamais irá se apaixonar por nós, temos a certeza também de que, caso isso venha acontecer, será exatamente como Hollywood previu nalgum de seus filmes. Pois, afinal, nós não queremos apenas um amor, nós queremos estações de trem fumacentas, belas paisagens. Queremos noivas roubadas do altar e beijos ao som de Elvis Costello. Nós queremos, enfim, romper todas as barreiras que aparecerem pela frente e viver um grande amor, até que se escreva com letras itálicas: “E viveram felizes para sempre”.


DVD

h oras vagas

Guto Lobato

Jornalista gutomlobato@gmail.com

Do escurinho ao DVD – com causa Muita gente já tocou no assunto, mas é sempre bom se unir ao coro: as locadoras, atualmente, são a salvação do cinéfilo belenense. Embora não me considere um desses que conseguem discutir Truffaut e Kurosawa no café da manhã, entro no grupo acima - não por implicância com o circuito comercial, e sim por ser um espectador que quer ver um pouco de tudo. De uns tempos para cá, ando fazendo um verdadeiro movimento de inflexão para conseguir isso: prefiro alugar um DVD e ir para casa a enfrentar filas infindáveis e pagar o triplo para ver filmes idênticos. Perde-se a magia das telonas e do escurinho, é verdade, mas o catálogo melhora na quantidade e na qualidade. Seja com velharias ou novidades, clássicos hollywoodianos ou cult, as locadoras andam dando bons furos em nosso circuito comercial - e, às vezes, até mesmo no alternativo. Este ano de 2008 tem sido emblemático por me estimular, cada vez mais, a procurar por fora. Quer um exemplo? Tive de viajar a São Paulo para ver o “novo” filme do David Lynch, “Império dos sonhos” (Inland empire, EUA/ Polônia/ França, 2006, 172 min.). Assisti ao tal filme-nonsensepseudointelectual-pós-moderno em uma tarde de 1º de janeiro, num pequeno shopping da região dos Jardins (a sala estava incrivelmente cheia) e, como se sabe, o filme nunca chegou às telonas daqui. Agora, passados oito meses, ele está nas locadoras e é a grande dica para quem quer boas viagens em frente à telinha. São três horas de filme. Uma atriz que não sabe quantos personagens encarna (Laura Dern, a musa de “Veludo azul”), um diretor que passou três anos filmando pelo mundo (sem roteiro!) e uma história já contada sob outras molduras: uma bela mulher vai a Hollywood em busca de fama, e encontra a loucura em seu lugar. Parece familiar, não? Pois é, esqueça “Cidade dos sonhos”, também de Lynch. A coisa é levada às últimas conseqüências por aqui – e o que não faltam são cenas e diálogos absurdos, cenários bizarros e algo de

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suspense e noir, tudo de primeira qualidade. Um prato cheio para os amantes do diretor. Outro recém-chegado às locadoras que vale recomendar é a comédia bonitinha “Um lugar na platéia” (Fauteils d’orchestre, França, 2006, 106 min.), que só veio para cá no primeiro semestre graças ao esforço dos colegas do Cine Líbero Luxardo. Com um elenco de gente grande (entre os atores, Albert Dupontel e Sydney Pollack) e uma diretora nem tão grande assim (Danièle Thompson, do insosso “Fuso horário do amor”), o filme conta a história da jovem Jessica (Cécile de France), que viaja a Paris sonhando em ser garçonete do Ritz. Claro que tudo dá errado, e ela acaba fazendo bicos em um café movimentado – mas o contato com moradores da região e com o mundo das belas artes parisienses a fará viver belas aventuras. Bom de ver numa noite modorrenta, para espantar o tédio com conteúdo 100% francês. Os amantes dos dramalhões também têm uma peça rara a adicionar ao currículo: é a versão de Jean Renoir para “Madame Bovary” (Madame Bovary, EUA, 1934, 100 min.), provavelmente uma das mais desconhecidas do famoso romance de Flaubert. Quem já viu as adaptações de Chabrol (1991) e Fywell (2000) vai reconhecer, aqui, os pudores de época que tornam os devaneios de Emma Bovary bem mais amenos nos anos 1930 – mas, nem por isso, o filme perde seu charme. O preto-e-branco da versão, em vez de dar sono, valoriza a ambientação de época; da mesma forma, as atuações estão bem engendradas em seus personagens românticos, que exalam drama do primeiro ao último take. O filme é bacana, mas vale, principalmente, pelo seu brilho histórico, que deve chamar a atenção da rapaziada do circuito alternativo e, quem sabe, até mobilizar uma sessão em algum cafofo underground de Belém. Afinal, Emma bem que merecia ganhar nossas telonas, ao menos uma vez... É ou não é?


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Livros

h oras vagas

Álvaro Jinkings

Em seu novo livro de contos, o escritor paraense Edyr Augusto retoma a linha que caracteriza seu trabalho e usa a realidade nua e crua da cidade de Belém como matériaprima de suas histórias, transportando o leitor para os cantos mais escondidos da metrópole. Os personagens dos 36 textos de “Um sol para cada um” são escancaradamente Um sol para cada um verdadeiros e, por isso mesmo, perturbadores. Suas complexidades, ações e contradições são descritas em frases Edyr Augusto curtas e de maneira direta por Edyr, observador acurado Boitempo Editorial e estilista talentoso. Por suas páginas desfilam marginais, vagabundas, criminosos e viciados, formando nas palavras de Nelson de Oliveira, autor da apresentação do livro, um quadro composto por “anti-heróis do desespero”. A narrativa de Edyr é urgente, pulsante, enxuta, por vezes asfixiante, causando ao leitor o impacto que toda literatura de qualidade deve provocar. “Um sol para cada um” foi publicado pela paraense Boitempo no final do mês de agosto.

Empresário alvaroedamazonia@yahoo.com.brr

DVD Filmes

Este livro é fortemente inspirado em três autores: Jack London, Woody Guthrie e Jack Kerouac. O cenário escolhido são os Estados Unidos, do início do século XXI ao pré-11 de Setembro. No lugar das caronas, a jornada do Mystery train é feita de... trem. Ao longo do percurso, a cada cidade que aparece, o historiador brasileiro Luiz Bernardo Pericás Mystery Train recorda fatos, revê velhos amigos, narra novos encontros ou Luiz Bernardo Pericás descreve personagens comuns que conhece nos vagões Editora Brasiliense ou nas ruas. Leitura leve, destinada ao público jovem, apresenta capítulos curtos que trazem agilidade ao texto. O mais interessante do livro, contudo, é o fato de o autor ter unido experiências pessoais à história norte-americana. Nomes como August Spies, Albert Parsons, Adolph Fisher e George Engel são mencionados, assim como o líder operário Eugene V. Debs (um dos fundadores do International Labor Union e da IWW). O resultado é uma obra inovadora e original.

Publicitário angelocavalcante@gmail.com

Antes De Partir (The Bucket List, Comédia Dramática, EUA, 2007) Dois pacientes com câncer em estado terminal se conhecem em um hospital. Um é dono de uma rede de hospitais e o outro é um mecânico que parou os estudos para trabalhar e sustentar a família. Um tem o dinheiro e o outro tem uma lista “das coisas que quer fazer antes de morrer”. Assim começa a aventura do filme “Antes de Partir”. No elenco Jack Nicholson (Os Infiltrados) e Morgan Freeman (Batman). A direção é de Rob Reiner que dirigiu clássicos como Harry & Sally - Feitos Um Para o Outro e Conta Comigo.

Games

Angelo Cavalcante

Otávio Kunz

estudante de jornalismo otaviokunz@yahoo.com.br

Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots (PlayStation 3)

O Amor Nos Tempos do Cólera (Love in the Time of Cholera, Drama, EUA, 2007) Baseado na obra de Gabriel García Marquez, O Amor Nos Tempos do Coléra é uma história sobre o amor e seus estranhos caminhos. Um casal apaixonado na adolescência é separado por questões socioeconômicas, dando início a uma história intrigante sobre a espera de se ficar com a pessoa amada. No elenco Javier Bardem (Onde Os Fracos Não Têm Vez), John Leguizamo (Moulin Rouge) e a brasileira Fernanda Montenegro (Central do Brasil). A direção é de Mike Newell (Quatro Casamentos e Um Funeral e Harry Potter e o Cálice de Fogo).

Paris, Te Amo (Paris, Je T’Aime, Drama, 2006) Paris é o tema para que vários diretores mostrem seus olhares sobre a cidade em 21 curtas-metragens de cinco minutos. São diretores de vários gêneros e nacionalidades, como o mexicano Alfonso Cuarón (Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban), o brasileiro Walter Salles (Diários de Motocicleta), o americano Wes Craven (Pânico). No elenco, também globalizado, astros como a israelense Natalie Portman (Closer), a colombiana Catalina Sandino Moreno (O Amor Nos Tempos do Cólera), a espanhola Leonor Watling (Má Educação) e o americano Elijah Wood (Senhor dos Anéis).

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Quando o PlayStation 2 foi lançado, em 2000, havia muitas dúvidas sobre o console, sobre a capacidade técnica dele. Essas dúvidas apenas cessaram com o lançamento de Metal Gear Solid 2. Atualmente, as mesmas interrogações rondavam o PlayStation 3 e, mais uma vez, ficou a cargo da série Metal Gear acabar com as dúvidas sobre o videogame. Metal Gear Solid 4: Guns of The Patriots não apenas elimina qualquer dúvida sobre o console, como também sobre o que as plataformas, em geral, podem fazer. O jogo segue a história do espião conhecido pelo codinome “Solid Snake”, que deve se infiltrar em muitos locais hostis para investigar um exército privado que participa de conflitos ao redor do mundo, como o Oriente Médio e até aqui, na América do Sul. Um dos grandes trunfos do jogo é que o personagem pode usar as disputas que ele observa entre esse exército privado e os rivais para a sua própria sobrevivência. Como é um jogo de espionagem futurista, Snake utiliza alguns equipamentos para facilitar a sua sobrevivência. Um dos apetrechos é a “Octocamo”, que faz com que o personagem se camufle em qualquer superfície, mais ou menos como um camaleão. Há também um robô pequeno, utilizado para muitas tarefas, como se comunicar com outros personagens, incapacitar inimigos e serviço básico de reconhecimento. Algo necessário para um jogo em que a espionagem furtiva é essencial para seguir vivo.


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e nqu ant o isso Saí do Brasil há um ano e seis meses. Vim morar com minha irmã, que já morava na Espanha há 6 anos. Morou 4 anos em San Sebastian, onde estamos morando atualmente, e quando vim para cá ela se mudou para Málaga, em Andaluzia, ao sul do país. O lugar era simplesmente LINDO. Como um paraíso. Muitas praias, festas, turistas, e mais que tudo, muitos brasileiros. Ali é diferente do resto da Espanha, porque existe uma cultura muito diversificada, devido ao grande número de imigrantes, a maior parte deles ingleses - que são praticamente metade da população local. Há bairros, escolas, discotecas, bares e restaurantes ingleses. Tanto que muitos deles vivem na Espanha há anos e não falam espanhol. Málaga era lindo, perfeito, e me encantou. Ali trabalhava em um restaurante brasileiro, uma churrascaria chamada Rodízio,

Alice Bemerguy

onde fiquei por nove meses. No restaurante havia shows bra-

Estudante alixinha_ap@hotmail.comr

sileiros, com samba, capoeira e danças típicas do país e suas regioes. A maior parte das pessoas que trabalhavam comigo, quase 15, eram brasileiras. Muitos deles paraenses, vindos de Tucumã. Também era muito comum caminhar pelas ruas de Málaga e encontrar compatriotas. Era uma festa só. Ali fiz muitos amigos e ganhei muita experiência. Vivi um sonho, que infelizmente por problemas relacionados à burocracia, teve que acabar. Devido ao grande número de imigrantes em Málaga, acaba sobrando gente e faltando emprego. Em dezembro, me mudei para San Sebastian, um lugar totalmente distinto de Málaga. Até mesmo pela cultura e costumes. San Sebastian está situado na Espanha, mas costumam chamá-lo de País Basco. São aqueles que querem sua independência do país. E eles têm razão em querer. Sou a favor, pois comparando com o resto da Espanha, eles realmente são muito mais desenvolvidos, na educação, economia, em todos os setores. Aqui eles têm seu próprio idioma, o euskera. Algo bem distinto do castelhano. Todos que moram aqui falam castelhano ou usam os dois idiomas no dia-a-dia. Logo que cheguei consegui emprego em uma cafeteria de um shopping próximo à minha casa. Aqui já quase nao vemos brasileiros. A maioria dos imigrantes é latino, mais paraguaios, uruguaios, colombianos, peruanos e equatorianos. No ínício foi um pouco difícil me adaptar: o frio, as pessoas, o lugar nao eram nada parecidos com o que conhecia em Málaga. Além do que, nao conhecia nada nem ninguém, somente minha irmã, que era o que salvava. Passei um mês trabalhando e depois fui ao Brasil tentar resolver minha situação com relação aos papéis. Pretendo voltar a estudar, e continuar minha faculdade de Direto que cursava no Brasil, em Santarém. Fui ao Brasil e fiquei entre as duas cidades que morava: Santarém, onde mora minha avó Nazaré e grande parte de minha familia, e em Macapá, onde morei seis anos. Claro que, como boa paraense, nao podia deixar de ir à minha cidade natal: Belém. Passei três meses no Brasil e logo depois retornei a San Sebastian. Tive sorte outra vez, porque já no segundo dia de retorno me chamaram para trabalhar novamente na cafeteria onde havia estado antes. Agora tudo está melhorando mais a cada dia. Fiz novos amigos, consegui que me fizessem uma proposta de trabalho para conseguir o visto, comecei a sair e a me divertir mais. As coisas nao poderiam estar melhores para mim. Meu próximo passo agora é voltar a estudar, e se Deus quiser tudo vai dar certo. Minha sorte está aqui! Um grande abraço a todos... Saudades, Brasil!!

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t ech

PHILIPS Aurea Flat Deixe que a beleza da luz transforme sua experiência visual com a Aurea Flat TV de 42” Philips. O Ambilight Spectra, com moldura ativa, apresenta um impressionante design. Com o mecanismo HD Perfect Pixel para nitidez e riqueza de detalhes incomparáveis - além da tela LCD Full HD de 1920 x 1080p. Totalmente compatível com tecnologias mais recentes, como Blue-ray e consoles de jogos HD mais avançados. www.intersol.com.br [cod. 58582]

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foto Jesse Varner

d estino

A famosissĂ­ma Muralha da China. Em Pequim, nada menos do que trĂŞs mil anos de histĂłria passeiam pelos olhos dos visitantes.

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• da Redação • fotos de Márcio Pregal •

A Beleza do Dragão Durante o mês de agosto os olhos do mundo estiveram sobre o Dragão Dourado da Ásia: a China. Lá, turistas e amantes dos esportes se encontraram para a maior festa do esporte e de celebração entre as nações, as Olimpíadas. Conhecer este país é aventurar-se em descobrir um mundo novo para olhos ocidentais, um mundo com mais de 3000 anos de história. Nesta edição a Revista Living leva você até Beijing, capital chinesa que abrigou a Vila Olímpica, uma cidade entre o moderno e o tradicional com segredos e belezas capazes de encantar em qualquer época do ano.

H

á 30 anos conhecer Beijijng era um verdadeiro encon-

de que as melhores estações são entre abril e julho, e de setem-

tro com o passado. A cidade, de 16,8 mil quilômetros,

bro a novembro, outono e primavera, respectivamente.

ainda respirava os ares de um passado de impérios de-

cadentes e com o modelo urbano, confundido entre os prédios

Beiping, Pequim, Beijing

históricos, muito similar ao soviético. Hoje, visitar a capital da Chi-

Pequim é o modo como os ocidentais pronunciam o nome da

na ainda é um encontro histórico mas, sobretudo, o vislumbrar de

capital chinesa, o que, aliás, não é muito apreciado pelos mora-

inúmeras possibilidades de um país que abriga nada menos do

dos da cidade, então, é melhor ir se habituando com Beijing.

que 1/5 da população mundial.

A “Capital do Norte”, significado do nome da cidade, tem suas

Com os preparativos para as Olimpíadas de 2008, a cidade

origens há pelo menos 1000 anos antes de Cristo, no começo da

viveu um verdadeiro boom de modernização, importantes obras

Dinastia Zhou do Oeste. Naquela época, a atual capital chinesa

foram construídas, tanto empreendimentos ligados diretamente

era a capital do Feudo Ji, pertencente a um duque. Até hoje exis-

aos Jogos, como o Estádio Nacional e a torre da emissora estatal

te na cidade a Ponte da Porta de Ji, que muitos acreditam estar

CCTV, como a melhor aparelhagem da rede de hotelaria, com

ligada a esse período. Em 900 a.C, com as Dinastias Liao e Jin,

estabelecimentos que vão dos mais luxuosos até os dos tipos al-

Beijing passou a ser pela primeira vez na história o centro político

bergues, próprios para os mochileiros e suas bicicletas alugadas

e cultural do território chinês.

para conhecer cada canto da cidade.

Até 1115, Beijing já havia tido mais de 34 imperadores, porém

Na hora de marcar sua viagem a Beijing saiba que poderá

uma das mais importantes dinastias de sua história ainda estava

escolher qualquer período do ano e mesmo assim encontrar um

por vir: a Dinastia Ming, que legou vasto patrimônio histórico até

cenário de beleza, com as particularidades de cada mês do ano

os dias atuais e governou a cidade de 1368 até 1644.

muito bem definidas, pois, com uma altitude 43,5 metros acima

No começo, a capital da Dinastia Ming tinha sido a cidade

do nível do mar e clima continental, a cidade possui as quatro

de Nanjing e Beijing se chamava Beiping, de onde veio o nome

estações. Os primeiros meses do ano podem registrar tempe-

Pequim. No ano 1403, o nome da cidade foi mudado pelo impe-

raturas abaixo de zero, mas para quem prefere um clima mais

rador de Beiping para Beijing e, alguns anos depois, foi transfor-

quente, no mês de julho os termômetros indicam recompensa-

mada na capital do império e ganhou importantes construções,

dores 26ºC. Mas é quase consenso entre os visitantes egressos

como a muralha da cidade, palácios e templos.

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foto Sean Lee

foto Sean Lee

foto Sean Lee

foto Sean Lee

Tradição e modernidade caminham juntas nas ruas da cidade

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foto Sean Lee foto Sean Lee

Apesar do “boom” de modernização pelo qual o país passou nas últimas décadas, cidades como Pequim ainda trazem muito forte a herança cultural de seus antepassados

Uma rica herança cultural está à disposição de olhos atentos pelos arredores da cidade

Pontos Turísticos De todo esse passado de impérios e sucessões, uma rica herança se oferece resistente ao tempo e deslumbra os olhos dos turistas e moradores. A Cidade Proibida, por exemplo, é uma das atrações mais indicadas para o visitante. Ocupando uma enorme área de 72 hectares no centro de Beijing, é rodeada por um muro de 10 metros de altura e um fosso de 52 metros de largura, que compreendem um perímetro de 3.800 metros. Em cada canto da cidade foram construídas quatro torres e quatro portões de entrada. Tanta segurança era para garantir o bem-estar do imperadores das dinastias Ming e Quing, que viveram na cidade com suas cortes, compostas de nobres, esposas, filhos, concubinas e eunucos, por quase cinco séculos. Eles acreditavam que moravam no Centro do Universo, pois a linha do meridiano passava pelo meio da Cidade Proibida. Outro ponto turístico é o Templo do Céu, o maior da China. Com 270 hectares de área, localizado na parte sul de Beijing, é uma parada indispensável na viagem, por retratar a riqueza da arquitetura religiosa chinesa. Sua construção levou mais de três séculos, sendo concluído em 1889. Era nele que os imperadores cultuavam o céu e pediam por boas colheitas. Do lado norte de Beijing atravessa a Grande Muralha da China, que passa por nove municípios e regiões autônomas, com uma extensão de 6.350km. Sua construção começou por volta de 220 a.C, por ordem do primeiro imperador da China Qin Shin Huang, que aproveitou as edificações de defesa feitas anteriormente por

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foto Jesse Varner foto Jesse Varner

senhores feudais. A unificação das construções era para que o país pudesse ter um sistema único de defesa contra invasões. A construção prosseguiu até a Dinastia Ming (1368-1644), quando a Grande Muralha se tornou a maior estrutura militar do mundo e, do espaço, também, é a única obra humana que pode ser vista. Outra bela construção chinesa carregada de simbologia e história é o conjunto das tumbas da Dinastia Ming. São treze tumbas, onde estão enterrados 13 imperadores chineses em um complexo arquitetônico na Colina Tianshou, distrito de Changping, a sudoeste de Beijing. A primeira das tumbas começou a ser feita em 1409 e a última em 1644. A décima terceira tumba é a única que já foi aberta, a do imperador Zhu Yijun. Nela há um palácio subterrâneo com 1.195m² de superfície, a 27m abaixo do solo, composto de uma sala dianteira, uma central, uma posterior e duas laterais, que contêm uma grande quantidade de relíquias. A Praça da Paz Celestial é a maior do mundo e está localizada no centro de Beijing, em frente à Cidade Proibida. São 880 metros de norte a sul e 500 metros de leste a oeste, com uma área total de 440.000 metros quadrados, comportando 1 milhão de pessoas. Lá, os turistas podem visitar a Torre de Tiananmen, o Monumento aos Heróis do Povo, o Grande Corredor do Povo, o Memorial a Mao Tse-Tung e assistir à cerimônia de hasteamento da bandeira nacional. Construída em 1417, durante a Dinastia Ming, a praça era a entrada para a Cidade Proibida. Com o fim da dinastia feudal, em 1911, ninguém podia entrar na torre, exceto a família real e os aristocratas. Hoje, ela é o símbolo do lugar onde Mao Tse-Tung fundou a República Popular da China, em 1949 que apesar da abertura da economia e mudanças ocorridas nos últimos anos, cada vez mais próximas do modelo capitalista, ainda hoje segue as diretrizes do Partido Comunista Chinês (PCC). Vida noturna Espere encontrar de tudo em Pequim, de restaurantes de comida típica chinesa a boas churrascarias brasileiras, além da melhor massa italiana. Sim, a vida noturna da cidade é variada e vibrante. Karaokês, rodas de jogos de dados e os ritmos musicais do momento podem ser ouvidos e dançados na capital chinesa. Nos lounges são servidos coquetéis para gente da alta sociedade, existem as modernas discotecas onde os laowai e clientes locais dançam ao som dos melhores DJs internacionais. Na vida noturna de Pequim é possível encontrar de tudo, desde raves até apresentações tradicionais

É prudente reservar uma boa quantidade de Yuans (moeda chi-


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foto Jorge Ferreira Mao Tse Tung, idealizador da chamada “revolução cultural”, pode ser encontrado facilmente em diversos pontos turísticos

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nesa) para experimentar a noite de Pequim, pois as opções são muitas. Na rua Sanlitun é possível escolher entre uma série de locais da cidade, já que há uma infinidade de bares extravagantes, incluindo um dos primeiros, o Public Space, que abriu as portas em 1997. Para quem procura as grandes casas noturnas, o destino são as redondezas da região de Gongti ou do Estádio dos Trabalhadores. Os arredores do Parque Chaoyang é o lugar ideal para o encontro de clubbers, com muitos lugares abertos e bem disputados, como o World of Suzie Wong, conhecido como “O Infame”. Na região oeste, a área de Houhai possui bares estilosos - e muitas vezes baratos. Os promotores da noite chinesa têm se preocupado em oferecer periodicamente atrações internacionais, sobretudo os Djs do momento, tornando a noite de Beijing atraente e eclética. A Vila Olímpica Um dos mais novos pontos turísticos de Pequim é a Vila Olímpica. O complexo de 42 prédios, com uma extensão de 66 hectares e localizado na zona norte de Pequim, a casa temporária de astros do esporte do mundo todo desperta o assédio de turistas e moradores da cidade que tietam pelas redondezas na esperança de fazer um registro no local. Na Vila é possível encontrar restaurantes, casas de chá, cafeterias, uma barbearia, um escritório dos correios, lojas, uma estação dos bombeiros e uma clínica. Uma curiosidade durante os Jogos foi que os atletas puderam escolher entre comida oriental ou ocidental, já que uma equipe de 2.400 cozinheiros se revezou 24h por dia para garantir a alimentação dos desportistas. Toda essa estrutura ficarou em funcionamento até o dia 27 de agosto, três dias depois do encerramento dos Jogos, e foi reaberta de 30 de agosto a 20 de setembro, para receber os desportistas dos Jogos Paraolímpicos. O Mandarim Nem inglês, nem o utópico esperanto. O idioma mais falado no mundo é o Mandarim, usado na China, Taiwan, Malásia e Cingapura. Uma das versões sobre o surgimento do termo “mandarim” estaria ligada às relações comerciais entre portugueses e chineses no início do século XVII. O idioma mandarim possui 80 mil caracteres, chamados de hanzis, sendo que apenas 7.000 são mais usados. Para os turistas o idioma de comunicação é o universal inglês. Taxistas, recepcionistas e outros profissionais de turismo andaram praticando bastante para as Olimpíadas, então você poderá se comunicar sem grandes dificuldades nos lugares mais especializados em receber turistas. Mas para não passar por essa cidade tão rica sem dizer pelo menos um “obrigado” em mandarim, aqui vão algumas expressões e dicas de sites com o áudio da fonética para você já ir treinando. Glossário

Sites

Tudo bem? - Ni Hao Ma?

www.a-china.info/curso ou www.minhachina.com

Tudo bem - hao ba!

Informações gerais sobre pacotes e viagens para

Está tudo bem! - Méi guanxi!

China podem ser encontradas nos endereços:

Desculpe-me! - Duì bù q!i

www.chinatur.com.br

Obrigada! - Xièxie!

en.bj2008guide.com

Não há de quê! - bú kèqi!

www.embchina.org.br/por

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p ets

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• por Juliana Oliveira • fotos de Diana Figueroa •

O espaço dos amigos Pêlos no carpete, móveis poídos, objetos de decoração e miudezas sempre muito bem escondidos. Para quem mora em apartamentos ter um bichinho de estimação em casa, além de momentos felizes, pode trazer uma tremenda dor de cabeça se não houver planejamento. Pequenos ou grandes, os animais precisam de espaço para ter uma boa qualidade de vida, e é preciso que o proprietário saiba disso e, algumas vezes, faça adaptações para garantir a saúde e felicidade dos bichinhos.

N

o cinema e na televisão quase todo mundo já viu aquela simpática cena do cão labrador morando tranqüilamente num apartamento com seu dono e ambos andando com desenvoltura, sem quebrar nenhum objeto pela casa. Na ficção essa imagem funciona bem para ilustrar a parceria entre humanos e animais, mas, na prática, escolher um bichinho de estimação para viver num apartamento ou numa casa é um pouco mais complicado e exige adaptações. Sim, porque você não acha que um cão com o porte de um labrador poderá viver feliz num pequeno apartamento de dois quartos, acha? Um cachorro grande, como qualquer outro animal, tem necessidades físicas que precisam ser respeitadas, e isso é fundamental na hora de escolher o pet para compartilhar sua vida doméstica. Peixes, roedores e alguns répteis, de modo geral, são adaptáveis a pequenos espaços. Algumas horas de atenção, alimentação e limpeza são mais do que suficientes para que sejam felizes. Já os cães e gatos precisam de cuidados mais elaborados, sobretudo espaço e dedicação. Foi o que a jovem Roberta Longo, de 25 anos, descobriu com Zico, um Golden Retrevier. Com dois anos de idade e 36 quilos, ele foi trazido do sul do país, pois a raça ainda não era encontrada em Belém. Logo de cara, Zico conquistou toda a família, que passou a adotar algumas regrinhas para a adaptação do novo morador ao apartamento. “Gostávamos de cachorro e achamos que um animal gran-

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de é mais tranqüilo do que os pequenos. O Zico quase não late e dorme o dia inteiro”, conta Roberta, afirmando que muito da tranqüilidade do mascote se deve aos cuidados que recebe, como as saídas para caminhar e correr, no mínimo, três vezes ao dia. “É uma raça muito calma, mas ele precisa gastar energia e se exercitar para não prejudicar as articulações também.” Para isso, a família se reveza. Espaço e atenção são as principais exigências para quem pretende ter um cão ou gato em casa. E não é só isso: no caso dos cães eles precisam de exercícios e companhia, porque é uma espécie habituada a grupos, são sociáveis e não gostam de ficar sozinhos muito tempo. Uma dica importante é conhecer as características da raça que você vai adotar; consulte um veterinário e veja se ela é compatível com o espaço da sua casa e com sua rotina de vida. Se você não respeitar essas regrinhas, seu pet poderá ser infeliz e vários problemas aparecerão, como fugas, latidos, uivos, problemas com a vizinhança, destruição dos móveis da casa, estresse etc. Como cão e gato Quem também precisou fazer mudanças na rotina pelo bemestar do bichinho foi o casal paulista Fabiana Tomazi Miranda, de 26 anos, e Igor Miranda, de 34. Há dois anos morando em Belém, donos do próprio negócio, grávidos e felizes, o casal vive um momento de muita expectativa, em que os cuidados com a chegada do bebê ainda precisam ser divididos com as atenções


Os veterinários recomendam que o futuro dono pesquise antes sobre as características do animal desejado e só depois decida pela adoção

Com os cuidados que recebe em casa, Zico se transforma no mais dócil dos cachorros

indispensáveis aos dois gatos de estimação: Ed e Michigan. Calmos e mais independentes, os gatos são a opção perfeita para quem não tem tanto tempo disponível para dedicar a um animal doméstico, mas mesmo assim não abre mão da companhia de um bichinho. Uma realidade que, definitivamente, não é o caso de Fabiana e Igor. Diariamente o casal precisa fazer malabarismos para que os bichanos jamais se cruzem no apartamento de dois quartos, sob pena de encontrarem apenas mortos e feridos. “Fazemos um revezamento, enquanto um está solto o outro está preso no quarto, usado para colocar as coisinhas deles”, explica Fabiana que procura dedicar 6 horas livres para cada um, de manhã e de noite. A situação inusitada começou desde que Ed chegou à vida do casal, ainda em São Paulo. “Encontrei ele filhotinho na rua e o levei para casa”, conta Fabiana. O bichinho, que inicialmente era tranqüilo, começou a crescer e se mostrar agressivo. Preocupada, ela levou Ed ao veterinário e descobriu que ele possuía um problema neurológico, tornando-o hipersensível a sons e movimentos bruscos. Em resumo, Ed é um grande ranzinza, que nos momentos de mais estresse avança sobre os donos como um cachorro furioso. “Ele é muito carinhoso, é meio de repente que ele se agita.” Com a medicação e acompanhamento, o mal-humorado

Ed passou a viver mais tranqüilo até o seu um ano e meio de vida, quando Fabiana e Igor se mudaram para Belém e encontraram Michigan, um pobre gatinho abandonado, e o levaram para casa. A reação de Ed não poderia ter sido pior: além de agressivo com os donos, ele passou a tentar eliminar a concorrência. Foi quando Fabiana e Igor começaram a separá-los, ao ponto que, com mais de um ano de convivência dos dois gatos na casa, os fatídicos encontros só aconteceram no início da chegada de Michigan para nunca mais, já que o casal pretende não presenciar um “gaticídio”. “O Ed que tem 9 quilos, já vai para o segundo tipo de calmante e se ficar perto do pequeno, que tem apenas 4, pode matá-lo. Então eles não podem ficar juntos. Estamos fazendo um tratamento para descobrir o que deixa ele tão nervoso. E agora no próximo mês fará uma cirurgia de extração dos caninos, até por causa do bebê que virá.” Para o casal, que sempre criou gatos, mesmo o excesso de mão-de-obra vale a pena pelo amor aos animais. Com a chegada de um novo membro da família, o apartamento está sendo ampliado para que todos tenham seu espaço. “Já chegaram a sugerir que nos livrássemos dele, mas não pensamos nisso de jeito nenhum, sobretudo meu marido, que é louco pelo Ed e o leva em todos os tratamentos que ele precisa.”


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g aleria

Com formação literária, a artista plástica paraense Daniella Fonseca se inspirou em uma obra da escritora Virgínia Woolf para produzir o vídeo “Rumo ao Farol”. “Não existem limites para a arte”.

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• por Guilherme Guerreiro Neto • fotos de Diana Figueroa •

Arte com alquimia Com formação literária, foi meio por acaso que Danielle Fonseca se descobriu artista plástica. Desde 1995 expondo e ganhando prêmios e bolsas de incentivo, ela, uma verdadeira alquimista da arte, agora se prepara para esquecer os rigores metodológicos e simplesmente se permitir fruir no processo artístico em seu novo trabalho: “O destino da palavra é tornar-se água”.

U

ma caixa de correio americana, água de rio, recados

pelo símbolo de um capricórnio, signo da artista, e a escolha

em folhas de papel avulsas e um pedido: tuas cartas.

pela ilha de Mosqueiro para a realização do trabalho, com quem

Esses foram os principais elementos que compuseram

Danielle possui uma forte ligação, já que seu avô foi comandante

o universo de um dos mais recentes trabalhos da artista plástica

da marinha mercante e costumava levar a família para a ilha.

Danielle Fonseca, o vídeo experimental “Rumo ao Farol”. Inspira-

“Depois de ler ´Rumo ao Farol´, me dei conta de que em Mos-

da no livro homônimo da escritora inglesa Virgínia Woolf, Danielle

queiro eu já havia andado várias vezes pelos mesmos lugares

instalou atrás do Hotel Farol, o mais antigo da Ilha de Mosqueiro,

que Vírgnia enumera no livro.”

uma caixa de correio americana, que por possuir um suporte independente, ou seja, não precisar ser instalada em portões

Letras e Artes

ou paredes, chamava a atenção dos visitantes, que deixavam

Para quem havia escolhido a literatura como profissão, foi a

espontaneamente mensagens. A experiência da caixa foi docu-

descoberta do campo de pesquisa em artes, com mistura de

mentada em vídeo, fazendo um registro poético da instalação e

elementos, que trouxe uma produção mais completa para a ar-

da paisagem de Mosqueiro, com os recursos do Prêmio Bolsa

tista. “Desde 1995, quando estudava Letras, eu já buscava essa

Ipiranga de Artes Visuais.

mistura, eu queria ser crítica de literatura, mas os meus amigos

O projeto é um dos mais consistentes trabalhos de Danielle,

viam minha produção como poesia concreta. Foi quando decidi

que desde o início de sua carreira produz pesquisas em arte

começar a pesquisar e vi que meu caminho não era só a litera-

com várias linguagens. “Não há limite para a arte. No todo há um

tura.”

pouco de cada composição”, assim define Danielle sua opção

Apesar de acreditar em seu amadurecimento artístico mais a

pelo hibridismo. Em “Rumo ao Farol”, a proposta do trabalho era

partir de 2000, ela reconhece que sua linha de trabalho sempre

mesclar literatura, linguagem audiovisual e a instalação artística,

esteve muito clara, pois, desde a primeira exposição, Danielle

fazendo o mesmo convite de comunicação que a escritora Virgí-

faz interseções entre linguagens, como a mescla entre cinema

nia faz no livro. “A caixa funcionava como o livro de Virgínia, era

e literatura. “Fazer pesquisa em arte leva tempo. Não acredito

uma metáfora da palavra.”

nesse mito da arte como inspiração, a arte é ciência. Tem que

Na obra, Danielle interfere com referências pessoais e subjeti-

ter pesquisa. O artista deveria ser como um alquimista. Até tem

vas, como a substituição do tradicional pombo-correio da caixa

a inspiração, mas é muito trabalho duro também”, sentencia a

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A interação com o inusitado é uma das características do trabalho da artista, premiada aqui e lá fora

autora. Com a produção do vídeo ela foi convidada para participar da exposição “Abre Alas”, montada na Galeria Agentil Carioca, no Rio de Janeiro. Danielle instalou a mesma caixa de correio em pontos turísticos da cidade carioca e acompanhou à distância a curiosidade que o objeto despertava e as mensagens deixadas nela pelos transeuntes. Após essas sessões, ela expôs, na galeria, a caixa juntamente com as mensagens deixadas nela e fotos compiladas de cenas do filme “Rumo ao Farol”. “As pessoas eram convidadas a escrever na exposição sobre o que aquelas imagens lhes traziam, houve quem ficasse impressionado com o azul das imagens e era água de rio”, relembra Danielle, que ainda pretende fazer a intervenção e expor no Jalapão, em Tocantins, um verdadeiro oásis d’água no meio do cerrado. Inspiração Tantos anos de estudo renderam prêmios e fizeram até da geometria das linhas de texto a grande inspiração de Danielle. Em 2001, ela empreendeu seus estudos sobre Gertrud Stein, que afir-

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“O destino da palavra é tornar-se água”, sentencia Danielle.

mava que toda boa experiência deveria ser repetida. O resultado foi uma obra que fazia referências à repetição com fragmentos de vinil e o uso de carimbos com os nomes das principais referências artísticas de Danielle, sobretudo, o nome da própria Gertrud Stein. “A literatura foi que me proporcionou tudo”, resume. Após essa fase de auto-reconhecimento, Danielle se prepara para deixar de lado os rigores científicos e se permitir simplesmente sentir. A nova proposta de Danielle é provocar uma espécie de diluição da palavra em seu sentido literal. “Vou colocar vários livros de referência para mim na caixa de correio e permitir que ela seja submersa pela água. Quero a palavra como arte e não como literatura.” Para esse novo projeto, Danielle inicia suas experimentações em fotografia. “Minha linha de pesquisa é usar elementos que possam se misturar. Agora começo a fotografar, como pesquisa de imagem, como algo que captura uma imagem da palavra, signo sempre presente em meu trabalho”. Sobre o uso das caixas ela justifica: “São caixas de decodificar palavra em imagem”.

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g ourmet

• por Aline Monteiro • fotos de Diana Figueroa •

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&

Descomplicado saboroso De volta a Belém, Cristine Klautau traz a experiência adquirida em restaurantes como o D.O.M e mostra sua culinária cheia de cores e sabores, sofisticada, mas sem frescura

A

ntes de se tornar uma profissão, cozinhar sempre foi um

ingredientes típicos – este é um lugar riquíssimo em ingredientes

prazer para a paraense Cristine Klautau. Os amigos es-

que ainda podem ser experimentados de outras formas. Mas não

tavam acostumados a se deliciarem com os jantares e

em uma culinária dita regional.”

reuniões movidos às degustações das novas experiências culi-

Bem-humorada e absolutamente direta, Cristine declara que, a

nárias da então publicitária. Foram 15 anos trabalhando na rotina

despeito das vaidades que animam essa seara, muito da gastro-

das agências de Belém e São Paulo, até que, em vez de fazer o

nomia é técnica. Ela dispensa o título de chef. “A profissão é de

curso de produção de eventos para o qual tinha se matriculado

cozinheiro. Chef é um cargo que você pode estar ou não ocupan-

no Senac, acabou dando de cara com o curso de cozinheiro pro-

do, é a pessoa responsável pela coordenação de uma cozinha e

fissional e mudou de rota.

pela criação dos cardápios.”

Depois disso, investiu todos os esforços numa mudança de

Neste Gourmet, ela mostra uma culinária que é a extensão de

carreira. Vendeu carro, apartamento e foi viajar e estudar. Passou

sua personalidade, com muita cor, porque, para ela, “comida tem

por um curso de um ano no método Cordon Bleu (a tradicional

que ter apresentação, porque a gente também come com os

escola francesa), em Londres, onde trabalhou em dois restauran-

olhos, e sabor”. Como entrada, uma versão da tradicional sala-

tes, um francês, o Le Chat Noir, e o contemporâneo Le Grafton.

da: tomates recheados com creme de queijo. “É simples, bonito,

No Brasil, fez estágio no prestigiado restaurante D.O.M., do chef

diferente, muito gostoso, e versátil. Propus o parmesão, mas ele

Alex Atala, e trabalhou com ele em outro restaurante, o Na Mesa,

pode ser substituído por outro queijo salgado, como o gruyère.

além do espanhol Adega Santiago.

Ganhei até amigos que diziam não gostar de tomate com essa

Também passou um ano trabalhando em um navio de cruzeiro

entrada.”

que fazia viagens de sete dias pela Costa do México e onde eram

No prato principal, o filhote ganha um toque especial com o

servidas refeições para 2.800 pessoas por vez:“Uma experiência

molho feito com coentro e creme de leite, que dá frescor ao prato.

muito boa, não para aprender a cozinhar, mas para ganhar a ve-

Como acompanhamento, um arroz colorido e cheio de nuances,

locidade necessária a um restaurante”, diz ela.

para o que a cozinheira chama de um “prato bem brasileiro”.

De volta a Belém há quatro meses, ela trabalha na reformu-

“Gosto muito de arroz, com vários tipos de mistura, mais do que

lação do restaurante do flat Expresso 21, para onde está ela-

da consistência de creme dos risotos. Acho que tem mais a ver

borando um cardápio que deverá ter os peixes regionais como

com os brasileiros.”

destaque, uma cozinha com referência regional, mas com um

Para encerrar o jantar, uma delícia com cara de quitute de avó:

toque de sofisticação. É o mesmo caminho em que espera, fu-

um pudim de queijo com calda de cupuaçu, “para quem gosta

turamente, investir em um restaurante próprio. “Sempre gostei

de coisas rápidas, práticas e saborosas”. Cristine arremata: “Quis

muito de peixes e mariscos, pode-se dizer que virou uma espe-

fazer um jantar gostoso, bacana, mas ao mesmo tempo simples

cialidade. Penso em usar muito os peixes regionais, porque o que

de fazer, já que a intenção é que as pessoas possam fazer em

está perto de você é mais fresco e por isso tem mais qualidade.

casa”. Ainda lambendo os beiços, a redação mais do que apro-

Estou interessada em compor uma culinária contemporânea com

vou. A seguir, o passo a passo para um jantar para oito pessoas.

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TOMATES VERMELHOS ASSADOS Ingredientes 4 tomates salada ½ litro de creme de leite 450 gramas de queijo parmesão, azeite 1 maço de manjericão picado grande alface roxa e alface regional sementes de gergelim torradas pão ciabatta com ervas Preparo Comece preparando o recheio, misturando o creme de leite (com soro), o queijo e o manjericão picado numa tigela até ficar homogêneo. Deixe na geladeira por cerca de 15 minutos para endurecer e reserve. Lave os tomates, corte ao meio, limpe e retire as sementes, formando copos. Tempere com sal e azeite e leve ao forno por cinco minutos em uma assadeira, para que eles possam soltar água antes de receberem o recheio (isso fará com que não se desmanchem). Tire do forno, recheie em porções generosas, e leve novamente ao forno aquecido a 180º por cinco a dez minutos. Monte nos pratos individuais uma base de alface picada, coloque o tomate no centro e polvilhe com gergelim. Sirva acompanhado do pão ciabatta cortado em pedaços. FILHOTE AO PERFUME DE COENTRO COM ARROZ COLORIDO

Simples, bonita e diferente: a receita de tomates vermelhos recheados é uma ótima pedida

Ingredientes 200g de filhote por pessoa azeite 2 maços de coentro creme de leite ½ kg de arroz 200 g de pimenta dedo-de-moça (sem sementes), 200g de cebola, 200g de cenoura, 200g de salsão e 100g de bacon, tudo cortado em cubos pequenos. Preparo Limpe o peixe, lave com limão e depois na água corrente. Divida em postas de 200 gramas e tempere a gosto com sal e pimenta-do-reino moída na hora, deixando apurar por uma ou duas horas. Em uma frigideira antiaderente, frite rapidamente as postas de um lado e outro em azeite, até dourar. Depois leve ao forno pré-aquecido, em uma assadeira com azeite, e regue de vez em quando até cozinhar. Para o molho, bata no liquidificador o coentro e o creme de leite com uma colher de manteiga. Cozinhe o arroz branco, a seu modo, e reserve. Em uma frigideira grande e funda, coloque um pouco de água e o bacon, e leve ao fogo até que ele fique bem tostado. Em seguida, vá juntando a cebola, a pimenta, o salsão e, finalmente, a cenoura. Refogue até que os ingredientes fiquem crocantes. Desligue o fogo e misture com o arroz branco. Para finalizar, polvilhe o arroz com castanhas picadas.

O molho feito com coentro e creme de leite dá frescor ao filhote, servido com um arroz “bem brasileiro”

Monte o prato com o peixe regado com o molho de coentro e com arroz como acompanhamento. Decore com a redução feita com vinho tinto seco (veja na sobremesa). PUDIM DELÍCIA Ingredientes Massa: 1 lata de leite condensado 1 garrafa pequena de leite de coco 100g de parmesão ralado 3 ovos Guarnição: geléia de cupuaçu 1 garrafa de 750 ml de vinho tinto seco Preparo Bata todos os ingredientes no liquidificador e jogue numa forma untada com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 20 minutos e verifique a consistência com um palito. Se sair limpo, está pronto. Desenforme e reserve. Numa panela, derreta a geléia com um pouco de água até chegar à consistência desejada e despeje sobre o pudim. Decore com a redução feita com vinho tinto (basta ferver o vinho até chegar a uma consistência de caramelo).

Com cara de quitute da vovó, o pudim delícia fecha com chave de ouro uma noite cheia de boas surpresas

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VOCÊ DECIDE O DESTINO NÓS GARANTIMOS A CHEGADA

MATRIZ IÇARA (SC) (48) 21022102

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BELEM (PA) ALEXANDRE (91) 91952260 (91) 81307040

SERRA (ES) (27) 33413426 (27) 33382875

GUARULHOS (SP) (11) 23030700 (11) 23030845 (11) 23030879

SALVADOR (BA) (71) 33914112 (71) 32462213

RIO CLARO (SP) (19) 35333312 (19) 35335887 (19) 35324236

ANAPÓLIS (GO) (62) 33877585 (62) 33877155

RECIFE (PE) (81) 33396349 (81) 33391359 (81) 33386225

FORTALEZA (CE) ERNANI (85) 32575246 (85) 99860981


e koara

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Experiência sem igual

Um acontecimento único. Foi isso que a construtora Leal Moreira e a incorporadora Agra quiseram oferecer aos seus clientes e colaboradores, num jantar especial para comemorar o sucesso das Torres Ekoara, lançadas em junho e já com 85% das unidades vendidas. O chef francês Claude Troisgros foi convidado especialmente para produzir o cardápio do jantar. 5

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1. Alipio Martins, Claude Troisgros e Vania Martins 2. Antonio e Ruth Larrat e Juan Diego 3. Arlete e Claudio Camargo 4. Juarez e Renée Simões 5. Carlos e Suzana Conçalves 6. Luiz Barcelos, José Monteis, Luis Sergio, Mauricio Moreira, Carlos Moreira e Paulo Machado

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7. Márcia Jorge e Érico Costa 8. Patrícia e Graça Lima 9. Nazaré e Adriana Lima 10. Vanderlice Lamarão 11. Entrada foi atum com tapioca, caviar e molho de tucupi. 12. Andrea Pereira e Mauro Fiuza de Mello 13. Codorna com molho à base de açaí

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u m quĂŞ a mais

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Satisfação total

Este é o melhor termo para definir o ânimo dos 200 participantes do jantar de confraternização oferecido pela Construtora Leal Moreira, em parceria com a Agra Incorporadora, no Mangal das Garças, durante a apresentação do projeto do Torre Vert, primeiro empreendimento da parceria firmada entre as duas empresas.

5

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1. Livio Pontes e Mara Cardoso, Marcia Freitas e Jo Cardoso 2. Juan Diego, Carlos Moreira, Luis Sérgio e Marcelo Marques 3. Rodrigo e Karla Reis 4. Helena, Maria São José, Maria de Lurdes Mãe e Filha 5. Claudia e Paulo Coelho de Sousa 6. Silvania Barreto e Geginey Martins 7. Rosa e Mauro Mattos 8. Renato e Helena Nogueira 9 . Denise Moreira e Ary Moreira

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9. Cristovam e Leda Oliveira 10. Pedor e Enubia Mellucci 11. Edna Santos, Edir e Daniela Oliveira 12. Luiz Paulo e Rose Lopes

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um quê a mais Consciência Cuidado com o Meio Ambiente também é uma das responsabilidades da Leal Moreira. A empresa está adotando nova papelaria e material de expediente com papel reciclado. A Agência Double M é a responsável pela identidade visual do novo material que, além de refletir essa consciência ambiental, ficou muito mais bonita.

Segurança “A Leal Moreira adverte: Segurança faz bem à saúde.” Foi com este tema que a empresa realizou no mês de junho a primeira Semana Interna de Prevenção de Acidente no Trabalho (SIPAT). Com o apoio de diversos parceiros da construtora e do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), a programação procurou esclarecer e orientar os funcionários de todos os empreendimentos da Leal sobre a importância de seguir as normas de segurança para prevenir acidentes no trabalho.

Clientividade O novo departamento criado para atender o cliente da Leal Moreira. Estabelece ações para tornar o contato com a empresa mais fácil e prazeroso. A Clientividade visa satisfazer a clientela com serviços de informação, além de ser um espaço para o comprador fazer suas observações sobre os empreendimentos da construtora. O atendimento acontece no horário das 9h às 17h no primeiro andar do prédio Leal Moreira, ou pelo telefone 4005-6800.

Metropolitan O Metropolitan Tower, o maior prédio comercial de Belém, com nada menos que 190 salas comerciais, 24 lojas, auditórios e até restô, está dando o que falar na cidade. O prédio, que foi entregue no primeiro semestre do ano, é um sucesso pela inovação no setor comercial. O visual é totalmente Nova York e a área condominial foi ambientada por Marcos Nascimento e Linda Schweidzon, com paisagismo de Gianne Uchoa.

Cartão de Vantagens Agora os usuários do cartão de vantagens Leal Moreira poderão identificar com muito mais facilidade as empresas que oferecem os benefícios para os clientes. Isso porque, a partir de agora, as lojas credenciadas passarão a exibir um adesivo identificando que ali o cliente do cartão LM terá benefícios.

Saverne A Leal Moreira está prestes a concluir mais um empreendimento de sucesso. O Torre de Saverne - um sofisticadíssimo prédio residencial de quatro suítes e gabinete, totalizando 206 metros quadrados, e diversas opções de plantas -, deverá ser entregue aos clientes em novembro. Com uma área condominial de 4.000 metros quadrados, o prédio possui opções de lazer adulto e infantil, além dos mais modernos itens de segurança, como circuito interno de segurança, portões automáticos, interfone instalado, box para cada apartamento, estar para motoristas.


T O R R E S

E K OA R A C

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projeto

lançamento

fundação

estrutura

alvenaria

revestimento acabamento

Check List das obras Leal Moreira

Torres Ekoara Torre Umari Torre Vert Torre de Farnese Sonata Residence Torre de Belvedere Torre de Bari Torre de Saverne Torre de Toledo

em andamento concluído 92


serviços e comercio LTDA Vantagens da locação de cães de guarda • Não dorme em serviço • Não tem arma para ser roubada • Se o cão fica doente ou se acidentar é imediatamente trocado • Não precisa pagaralimentação nem veterinário • Inibe ação do meliante • Recebe equipe especializada, 24 h por dia, para treinamento, simulação de assalto Locais de atuação •Pátios de emrpesa e concessionárias

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para você

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Nós com o conforto e a qualidade pra realizar todos eles. Almoço, jantar e eventos inesquecíveis, só no Treviso. Av. Nazaré, 404 (ao lado da TV Liberal) fone: 3241.1184

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a r tigo

O Custo

Pará Lugar-comum falar do custo Brasil. No jargão do jornalismo econômico existem várias frentes: infra-estrutura carente (rodovias, portos, ferrovias), burocracia, corrupção, carga tributária, complexidade da legislação, custos trabalhistas, morosidade do judiciário etc. Contudo, quem trabalha em nosso estado se encontra diariamente com o custo Pará. Desenvolver uma atividade econômica fora da região da grande Belém equivale a um rali pelo deserto. A face mais delicada da empreitada passa pela questão da infra-estrutura. As es-

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• Ilustração de Leandro Bender •

Nara d´Oliveira Gestor Consultoria

tradas são mal sinalizadas, raramente estão conservadas e o motorista roda muitos quilômetros sem haver possibilidade de contato. As linhas telefônicas chiam como se estivéssemos contatando com o Oriente Médio e a telefonia móvel ainda está na fase analógica. Espaço em satélite é literalmente algo de outro mundo, tal a impossibilidade de consegui-lo. O fornecimento de materiais básicos à vida comum: um queijo para o café, materiais de construção civil, uma película para porta de escritório, cheiro-verde, são desejos de consumo muitas vezes não satisfeitos. Achar pessoas para ocupar posições de média complexidade é difícil, encontrar profissionais para posições estratégicas é impossível. A interiorização dos cursos de terceiro grau ainda é lenta e muito desatrelada com a necessidade das regiões. O sul do Pará, berço da atividade mineral no estado, e até no país, é hoje a região que mais cresce no estado e não há cursos para os segmentos mais aquecidos economicamente. Aliás, a oferta de cursos é em áreas tipicamente saturadas. Junte-se a isto a dificuldade de captar um profissional na grande Belém para trabalhar fora da capital e você terá um vislumbre da dificuldade de preenchimento das posições no interior. Alugar um imóvel também não é tarefa fácil. Há pouca oferta, a maioria dos imóveis possui uma qualidade questionável e como a demanda é muito superior à oferta, o custo é alto. O interessante é que, em algumas regiões do interior do Pará, as perspectivas econômicas são mais que animadoras, sobretudo se levarmos em conta a historia recente do estado. O alarmante é que, apesar do cenário econômico, vê-se pouco investimento integrado na solução destes problemas, que certamente retardam um amadurecimento da região e concorrem para uma baixa performance dos negócios lá inseridos. Em Parauapebas, cidade a 170 km de Marabá – sul do Pará – é raro ver mendigo na rua, certamente a taxa de desemprego é menor que 3%, quem chega encontra trabalho. É um dos poucos lugares do Brasil hoje onde o profissional pode dar-se ao luxo de escolher onde trabalhar. Ser flanelinha é opção e você quase não os encontra. O mercado de trabalho possui um índice de aquecimento de primeiro mundo. Nesta região é comum encontrar empresas locais com mais de 1.000 colaboradores. O visitante que chega em Parauapebas sente a cidade fervilhar. Esta região, com números que mostram uma economia pulsante, entrega resultados diferenciados no Norte e para o Brasil, apesar do custo Pará. Os números da região certamente justificam uma atenção especial, mas a realidade é que vemos um lento movimento de quem tem autoridade e responsabilidade para agir ativamente frente a estas questões. Este texto é dedicado a todos os aventureiros do Norte, aos que produzem nas regiões ermas do estado, apesar dos desafios apresentados por estas e que contribuem para o redesenho deste cenário com sua força de trabalho.

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o çã se tos da pra r es s ca m ita azer diçõ m len elé e A f e B e ec ro a r – b r e s ya ta as Ado na atos roux Ta uite s t r . q a o p do r g a r d t a A e to Livin con ltim bin ue d ú o en ões s. A com o, q rov t da ã o s e st Ap e m ge intad guê salm r s u u e u s t t u e o r n q g o a ere vista e re u p alad dif re dos ha a s l . a da ora bac icios ília b m l ela pico a de m fa ít um tar e o n m co o ja ) n ail fiz e-m r cia po ên 16 A( i P c áns ab a Co ição ma ag Mar r a i B r ed o nu da a, or nia até na d ca e Tâ fess m ran é ss a o da mo , Pr a l) tre à ará -P

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mkt@lealmoreira.com.br Rua João Balbi, 167 • Nazaré • Belém/PA - Brasil cep: 66055-280

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n p A rae A( a pa s. nh –P u a o t m ler C s é i am de da Bel , ev R r a tor o s a ab do a les ris ante m aro c a u L a z o p tud Lá ue em tos sim de q Es len ra ter mo ão as t a l t o a ca pos ais a iç e o ed sátil s leg s c o d re a É r m nd r a so ta n o ve lado . As nde enta o e s s o pe revi ad hia nte , t inh t o l ém Ba te e ator ogu o no en stra b n a F lh e o n m o o g m ba m s ta ceu a co omo tra s a m e o e c r l e m m de pos faz ec óti i qu aro m cia reót u n z ê á L ci este ndo ns co ir de enha nal. il) ral ma o e fug emp naci ma r ead A s o ari vista ho A (p de ma t n s i e o e da ut m-P cin rg ar Co é ga pel lhos rso lla , Bel e u l rc te o éns aba cu da Ma dan eir do o de m arab is tr tu i s r E p a p te ism

Atendimento: A Leal Moreira dispõe de atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e no sábado, plantão das 8h às 12h. Ou então, fale diretamente com um dos nossos corretores: Benedito Pereira (9985.9379), Edilson Beckman (9942.0418), Gilberto Carneiro (9982.5381) e Marcelo Seixas (9114.0077).

Atendimento: Para saber mais sobre as revistas da editora, dar sugestões de pauta, fazer comentários ou críticas, e conhecer nossas tabelas de anúncios, escreva para gente, ou telefone. A Publicarte funciona de 8 às 21 horas.

Telefones: ++55 91 4005 6878 // 4005 6868

Escreva para: redacao@editorapublicarte.com.br editorapublicarte@gmail.com ou Rua João Balbi, 167 • 3° andar • Nazaré Belém/PA - Brasil • cep: 66055-280



foto acervo Galeria Brasil

c r ôni ca

O trânSitO nãO tEm CulPa Acho muito curioso se referirem ao trânsito como se fosse uma pessoa - e de má índole, inclusive. – Esse trânsito é terrível, esse trânsito vai acabar me matando, esse trânsito não tem jeito... Gostaria de lembrar que o tal do trânsito nada mais é do que a soma de nós mesmos; quem faz o trânsito ser como é são nossos hábitos. Em resumo, o trânsito é uma espécie de inconsciente coletivo. Resolvi trocar o estresse pela observação. Deu certo, chego sempre aonde vou com muito mais calma, muito mais tranqüilo e, de quebra, respondi a uma pergunta que me fazia há muito tempo, e que tinha sempre uma resposta diferente, indo desde “e se nós matássemos metade dos motoristas?” Claro que só aqueles que não sabem dirigir, ou seja: sempre quem de alguma forma nos atrapalha, mesmo

que você seja o errado. E falando em errado, isso é uma coisa que ninguém é. O sujeito avança a preferencial e é batido; desce do carro cheio de razão. - Você não me viu? você é cego, pô? Essa estória,por exemplo, de fechar cruzamento sem querer, em 90% dos casos é mentira! Quando você ficar preso em um desses, em vez de tocar a buzina sem parar, que também não adianta de nada, fique olhando com atenção para o motorista e vai perceber que ele tem total consciência, entra numa de simular falsa atenção no carro da frente, mas por dentro está dizendo que “o azar é seu”. Quero dizer aos praticantes do “jegue empacado” como eu chamo os participantes desse saudável entretenimento que é “o azar é seu”: companheiro, durante o tempo que você fica ali parado atrapalhando a vida

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Bob Menezes - fotógrafo

alheia, recebes tanta, tanta praga que seria muito melhor ter parado na faixa, mesmo que isso significasse perder uns 40 segundos. Tem também a turma que já gosta de perder tempo, andam pelas ruas “morcegando” sinal, ou seja, andam muito devagar, na esperança de que o semáforo feche. O problema é quando fazem isso pelo lado esquerdo, que pela lei é o único lado permitido para as ultrapassagens. Nem vou falar daqueles que aceleram para não permitir que você saia de uma garagem ou vaga. Voltando à pergunta que me fazia: por que o trânsito é tão ruim? A resposta é muito simples, no caso de Belém, em 99% dos casos é pura falta de educação. Se as pessoas tiverem só um pouquinho mais de civilidade, o nosso trânsito melhora e muito. Até porque, se nós não fizermos, quem fará?



Living nº 18 setembro de 2008

GENTE DESIGN ESTILO IDÉIAS CULTURA COMPORTAMENTO TECNOLOGIA ARQUITETURA

Distribuição gratuita

ano 5 número 18 setembro 2008

Menina baiana Leal Moreira

Com três discos e sucesso no Brasil inteiro, a baiana Pitty viaja pelo país num ritmo alucinante e planeja o futuro regado a jazz e literatura

Requinte

O chef francês Claude Troisgros foi a estrela do jantar oferecido pela Construtora Leal Moreira e pela Agra aos clientes do Torres Ekoara


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