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WALISSON ALVES

brincadeira esteja presente. Desde a parte emocional até a expressão disso no flow das manobras.

Quais são os principais patrocinadores e apoios que têm contribuído para o seu desenvolvimento como atleta profissional de patins? Como essa parceria tem impactado sua carreira?

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Meu apoio é e sempre foi a Go Roller Skate Shop, loja na qual eu sou gerente. Desde sempre, ela me incentivou e apoiou para seguir no esporte. Infelizmente, pouquíssimas marcas do nosso país investem como deveriam em seus atletas a nível profissional. São as pequenas marcas e negócios que acabam somando mais para essa causa. A Go Roller sempre fez e construiu história no esporte, muito mais do que as grandes marcas responsáveis pela distribuição e disseminação do patins.

Como a sua família tem sido um suporte para você durante sua carreira no patins? Eles sempre acreditaram no seu potencial desde o início?

Sim, minha esposa sempre apoiou, já me conheceu com a rotina mergulhada no esporte. Tenho um casal de filhos que também já nasceram inseridos nessa rotina esportiva.

Além do patins, quais outras atividades ou esportes você pratica para aprimorar suas habilidades e complementar seu desempenho no patins?

Eu amo esporte e amo patinar. Um dos que mais gostei até hoje, a nível de evolução da consciência corporal, foi a Yoga. Super completo e soma para todas as práticas que desejarmos fazer na vida. Recentemente, também comecei a surfar de pranchão, pois moro numa ilha e faz todo sentido. Gosto muito de SandBoard, moro próximo às dunas em meu bairro, então a prática fica fácil pra mim e eu adoro também pelo contato com a natureza. Cresci e ainda jogo semanalmente um clássico futebol. Gosto também de longboard, no estilo simulador de surf. No próprio Patins, gosto de praticar o máximo de modalidades possível para somar mais e mais consciência corporal para minha modalidade preferida.

Qual foi o momento mais gratificante da sua carreira até agora? Existe alguma conquista em particular que você considera como um marco na sua trajetória como atleta profissional de patins?

Como atleta profissional, tive algumas manobras que foram grandes feitos. Das que vi poucos conseguirem e que não se manda em qualquer corrimão. Esses momentos ficaram marcados e foram bem significativos para minha evolução.

Mas além disso, hoje em dia, como profissional do esporte a nível de instrução, tenho tido diversas experiências com meus alunos, testemunhando a superação deles. Mesmo que eu tenha minhas conquistas pessoais, quando estou instruindo e passando adiante meus conhecimentos, a satisfação tem um gostinho ainda melhor a cada conquista alcançada por eles.

Quais são seus planos e ambições para o futuro como atleta profissional de patins? Existe algum projeto especial em que você esteja trabalhando atualmente?

Atualmente, como profissional, meu foco tem sido evoluir as aulas e serviços que tenho prestado. A nível de competição, estou ansioso para retornar ao Circuito Catarinense novamente, pois estive afastado também por questões de paternidade, além de lesões.

Por fim, qual mensagem você gostaria de transmitir para seus fãs e para aqueles que se inspiram em sua jornada como atleta profissional de patins?

Quero dizer a todos que, se não for com muito amor envolvido, não façam! Seja qual for o esporte, a paixão, dediquem-se de coração. Vinculem esporte, trabalho, lazer, família, pois tudo pode SIM ser uma coisa só e tornar a vida mais leve e prazerosa. Desafios e obstáculos teremos de qualquer forma, então que estejam envolvidos no que amamos e com quem amamos! Busquem praticar com amor e todos os dias, pois a excelência vem com a prática constante. E acima de tudo, lembrem-se da disciplina, resiliência e foco, que são os pilares principais do sucesso, não apenas no esporte, mas em todas as áreas da vida.

Agradeço a todos pelo apoio e carinho e desejo que se divirtam sempre com o esporte e com a vida, mantendo sempre o amor pelo que fazem!

Como foi o seu primeiro contato com o esporte de patins e o que te fascinou nele? Como essa paixão se desenvolveu ao longo dos anos?

Meu primeiro contato com o patins foi através da família, e de uma história engraçada. Na verdade, eu comecei andando de skate, mas meu tio, que já andava de patins, disse que não poderia ter dois skatistas na mesma família. Então, o irmão dele, meu outro tio que andava de patins, me incentivou a começar. Fui muito inspirado por ele e o que mais me fascinou foi a comunidade do patins e a liberdade que senti ao patinar. É como ter "pés com rodinhas", podendo ir em alta velocidade, pular escadas e usar os patins no dia a dia. Minha paixão cresceu com os contatos que fiz, estando com meus amigos, participando de competições, viagens e compartilhando risadas após quedas. Essa paixão me ensinou a ser resiliente e só cresceu ao longo dos anos.

Com uma rotina de treinamento intensa, quais são os aspectos mais desafiadores e gratificantes do seu processo de preparação para competições?

O aspecto mais desafiador é conciliar minha rotina de trabalho com a de atleta, pois infelizmente, não tenho apoio ou patrocínio que me permita me dedicar ao esporte em tempo integral. No entanto, tenho pessoas que me acompanham e tentam me fortalecer nessa jornada. Ainda assim, é muito gratificante poder superar as adversidades e entregar o meu melhor nas competições, alcançando os pódios.

Além das conquistas esportivas, quais são os projetos em que você está trabalhando atualmente e como eles contribuem para sua evolução pessoal e profissional?

Atualmente, estou lançando um projeto chamado Radical Soul junto com minha namorada. O objetivo é dar visibilidade não apenas ao nicho do patins, mas a todos que amam a adrenalina e os esportes radicais, independentemente de suas modalidades. Esse projeto tem contribuído muito para minha realização pessoal e profissional, pois adoro o audiovisual e estou aprendendo mais sobre marketing. Quero promover o esporte além de ser um atleta.

FOTÓGRAFO: DIEGO RACHADEL - @DIEGORACHADEL

MANOBRA: TOP SOUL TORQUE