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Aniversariante do Mês: Cazuza
from Revista Music Time
mU dos maiores cantores que esse país já viu, faria aniversário neste mês de abril, o saudoso e tão querido Cazuza. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, no dia 4 de abril de 1958 e registrado no cartório com o nome de Agenor de Miranda Araújo Neto, teve uma passagem muito breve por esse mundo, porém extremamente intensa e marcante, sendo lembrado por todos até os dias atuais. Filho do grande produtor musical João Araújo e da filantropa Lucinha Araújo, antes mesmo de nascer ganhou de seu pai o apelido por qual seria conhecido por todo mundo: Cazuza. Era chamado assim pois João era filho de pernambucanos, e naquela região esse apelido é sinônimo de “ moleque ” , mas sempre gostou de ser chamado assim, já que detestava seu nome de batismo. Somente quando soube que um dos seus ídolos, o cantor Cartola, tinha um nome extremamente parecido com o dele, Cazuza passou a gostar mais de seu nome de batismo e o aceitar melhor.
Sempre foi conhecido por ser uma pessoa rebelde e por se envolver em diversas polêmicas. Em um ato de ousadia e muita coragem, declarou publicamente ser bissexual, numa época em que o preconceito com essas pessoas era ainda mais forte que nos dias atuais e os temas relaciona dos aos LGBT eram considerados um tabu, quase não sendo discutidos na sociedade.
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Perfil
Ele era de tudo um pouco: cantor, compositor, poeta e letrista. Nos anos 80, ingressou na banda Barão Vermelho, fazendo com Roberto Frejat uma das maiores duplas do Rock brasileiro. Suas composições eram consideradas tão espetaculares, que Caetano Veloso chegou a dizer que Cazuza era o maior poeta daquela geração, e cobrou que as rádios tocassem mais as músicas da banda, visto que naquela época as músicas da MPB e do Pop brasileiro eram as mais veiculadas nas estações de rádio. A banda teve seu auge quando gravou a música “Pro Dia Nascer Feliz ” , junto com o renomado cantor Ney Matogrosso, e a partir daí ganhou ainda mais notoriedade por parte da mídia, conseguindo ter vida pública própria. Em 1985, Cazuza deixou os Barões Vermelhos para seguir carreira solo, tendo grandes sucessos gravados a partir disso, como a icônica música “Ideologia ” , “Brasil” , "O Tempo Não Para " .

HIV
Em 1987, ao ser internado para tratar uma pneumonia, descobriu através de um teste sorológico que era portador do vírus HIV, causador da AIDS. Nos anos 80, o tratamento para essa doença era agressivo, e a taxa de letalidade era demasiadamente alta, causando um sofrimento enorme para os enfermos, que necessitavam de sucessivas internações hospitalares ao serem infectados. vírus e bactérias oportunistas que se aproveitam da baixíssima imunidade causada pela AIDS para se instalar no organismo da pessoa. Cazuza chegou a ir para os Estados Unidos em busca de um melhor tratamento, porém de nada adiantou. Em 7 de julho de 1990, o cantor faleceu num hospital da capital fluminense, com apenas 32 anos, em decorrência de um choque séptico causado pelo HIV.
Crédito: O Município
Legado
Seu talento era tanto, que em apenas nove anos de carreira deixou gravadas 126 músicas, sendo 78 inéditas e 34 para outros intérpretes. Essas músicas jamais saem de moda, não importa quanto tempo passe, sempre serão ouvidas por milhões de pessoas de dentro e fora do Brasil. Cazuza é inesquecível, e nunca morreu no coração de seus incontáveis fãs que tanto o admiram. Cazuza vive!