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Qualidade da uva anima produtores de Campestre da Serra

Nos 800 hectares de parreirais existentes no município, devem ser produzidos em torno de 16 milhões de quilos

Os mais de 400 produtores de uva de Campestre da Serra iniciaram há poucos dias a colheita da safra 2023. Percorrendo as centenas de parreirais no interior dá pra sentir um aroma diferente no ar. Neste ciclo a quebra deverá ficar entre 25% a 30% devido ao clima, especialmente devido ao período de frio prolongado. O secretário de Agricultura de Campestre Tairo Balardin, ressalta no entanto, que é uma safra em que se destaca a qualidade da uva. “Verificamos essa condição tanto na uva bordô que vai para a fabricação de vinhos e sucos, e nas de mesa como as niágara rosada e branca.”

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Nos 800 hectares de parreirais existentes no município deverão ser produzidos em torno de 16 milhões de quilos, no ano passado foram 20,5 milhões. Na localidade de Serra do Meio, o produtor Andrigo Rech espera colher em torno de 90 mil quilos de uva bordo nesta safra. “Está acima de nossas expectativas essa produtividade, aqui o clima nos favoreceu”, sa- lienta. Ele se formou em Agronomia e decidiu permanecer na propriedade com seu pai auxiliando na viticultura. Andrigo conta que agora no período da safra precisou contratar 15 pessoas de Vacaria. Ele espera em 20 dias colher toda a produção das cinco hectares que possui cultivadas com uva. O produtor ressalta que aguarda com expectativa a definição de preços por parte da indústria. “Gostaríamos que fosse na faixa de R$ 1,80 o quilo, mas talvez não se alcance esse patamar”. Atualmente, segundo o produtor, o custo somente da colheita está em R$ 0,20 o quilo.

Na mesma região o produtor Cleonir Rech é um dos pioneiros no cultivo protegido de uva niágara rosada e branca. Espera colher em torno de 50 mil quilos em dois hectares. “A qualidade faz com que se abram novos mercados e consolide os já existentes, é uma uva bem aceita pelos consumidores e este ano está com boa produtividade e ótima qualidade”. Cleonir vende sua produção para clientes nos municípios da região como Lagoa Vermelha e Ibiaçá. O secretário de Agricultura Tairo Balardin destaca que vem aumentando o número de produtores que estão aderido ao cultivo protegido. Acrescenta que a administração trabalha no sentido de facilitar a vida do produtor rural, tais como dei- xar as estradas em boas condições para escoar a produção. “Disponibilizamos as máquinas para fazer o que for necessário para retirar a uva dos parreirais sem que ocorram perdas”. Outra preocupação, segundo o secretário, é apoiar para que os jovens permaneçam no meio rural, que se faça um processo adequado de sucessão familiar. “Oferecemos desde o transporte para universidades, até a colocação de asfalto nas estradas do interior e a realização de feiras de implementos que proporcionam o acesso as novas tecnologias”.

Para celebrar esta colheita será realizada dia 12 de fevereiro a tradicional Festa da Uva no salão da capela da Saúde na localidade de Serra do Meio. Na programação celebração religiosa e diversas atrações culturais a partir das 08h30. Haverá distribuição gratuita de uvas.

FONTE: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Campestre da Serra

Criado biogás com bagaço de maçã

A maçã está entre as frutas mais consumidas em todo o mundo, tanto in natura como processada em suco, vinagre e cidra, entre outros. Mas os subprodutos gerados pela indústria são geralmente descartados, ou eram, se depender dos cientistas das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do ABC (UFABC) que utilizaram o bagaço de maçã para a produção de biogás.

O grupo de pesquisadores constatou que a emissão de gases de efeito estufa gerados pelo biogás representou 0,14 quilograma de dióxido de carbono (CO2) e

0,48 quilos de CO2 equivalente de calor por tonelada de bagaço de maçã. A tecnologia de digestão anaeróbica é estável e pode ser implementada em indústrias de pequena e média escala, auxiliando na transição para a economia circular, além de oferecer uma melhor destinação para os resíduos das frutas.

De acordo com a pesquisadora Tânia Forster Carneiro “A biorrefinaria com tecnologia de digestão anaeróbia gera energia elétrica e térmica, reduz emissões de gases de efeito estufa e valoriza o resíduo, convertido em adubo orgânico”, explica.

Os longos períodos de calor confirmam que o Rio Grande do Sul vive mais um período de estiagem que afeta as lavouras de milho e soja. De acordo com levantamento recente da Rede Técnica Cooperativa, os prejuízos nas áreas de milho chegam a 53% em relação à expectativa inicial de produção traçada pelas cooperativas, de cerca de 6 milhões de toneladas. No levantamento de dezembro, a rede calculava uma quebra de 42%.

Mesmo com a produção em diferentes estágios de desenvolvimento e outras ainda a serem plantadas, o estresse hídrico começa a atingir também as lavouras de soja. Por enquanto, as cooperativas calculam que 98% das lavouras já foram semeadas e, em 1,5% dessas, as plantas ainda não emergiram.

A produtividade média projetada agora é de 2,94 mil quilos por hectare. Em dezembro, a expectativa era de 3,49 mil quilos por hectare., o que indica uma quebra de 16% da produção total.

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