Saúde é Informação - Os desafios para uma vida saudável

EDIÇÃO 1 | JULHO DE 2018

Os desafios para uma vida saudável Como os hábitos dos brasileiros impactam os indicadores de saúde atividade física

Brasileiros estão se exercitando mais álcool

Aumento no consumo é alarmante tabagismo

Jovens estão deixando o cigarro para trás

APRESENTAÇÃO

E

stamos vivendo mais, o que é uma grande conquista da humanidade. O grande desafio continua sendo o binômio: viver mais e com saúde!

Os desafios para uma vida saudável são grandes! O processo de envelhecimento começa no momento em que nascemos. Quanto mais cedo adotarmos hábitos saudáveis, mais qualidade teremos em todas as etapas de nossas vidas!

Nesta primeira edição, apresentamos dados relevantes sobre os hábitos de vida dos brasileiros, com o propósito de mostrar o cenário atual e refletirmos sobre o esforço e as mudanças necessárias.

No que depender de cada um de nós, é preciso força de vontade e determinação! É muito importante que as pessoas assumam o compromisso com a sua saúde: alimentação saudável aliada à prática de uma atividade física, além de evitar ou controlar o consumo do tabaco e do álcool.

Lembre-se: você é o maior responsável pela sua saúde!

Solange Beatriz Palheiro Mendes Presidente da FenaSaúde Julho de 2018

Índice Mudança de Hábitos

6

Obesidade

22

Tabagismo

32

Hábitos que precisam melhorar

28

38

16 Alcoolismo

Atividade Física

10

Alimentação

Introdução

Mudança de

HÁBITOS AVANÇOS NÃO IMPEDEM O CRESCIMENTO DA EPIDEMIA DA OBESIDADE NO BRASIL

6

saúde é informação

70% das mortes no mundo são causadas por cânceres, doenças cardiovasculares1, diabetes e doenças respiratórias crônicas

18

milhões de mortes por ano no mundo (31%) são causadas por doenças cardiovasculares

80% das mortes por doenças cardiovasculares são causadas por ataques cardíacos e derrames

Doenças cardiovasculares são distúrbios do coração e vasos sanguíneos e incluem: doenças cardíacas coronarianas; doenças cardíacas congênitas; doenças cerebrovasculares; doenças arteriais dos braços e pernas; doença cardíaca reumática; trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

1

Fonte: OMS-Noncommunicable Diseases Progress Monitor (2017).

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

7

Os brasileiros estão se exercitando mais, fumando menos, consumindo mais frutas e hortaliças e menos refrigerantes.

O

s dados são de 2017 e foram divulgados em se­ tem­bro de 2018 na pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde1.

As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), como cânceres, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias crônicas são responsáveis por 70% das mortes no mundo2. As doenças cardiovasculares são as que mais levam ao óbito. No Brasil, faz uma vítima a cada 82 segundos3.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), alguns maus hábitos respondem pela grande maioria dos fatores de risco para a instalação dessas doenças. São eles: consumo de tabaco, alimentação inadequada, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e a inatividade física.

Esses fatores de risco comportamentais podem levar ao aumento da pressão arterial (hipertensão), excesso de açúcar no sangue (diabetes) e da gordura circulante no organismo (dislipidemia), sobrepeso e obesidade. A maioria dos casos de ataques cardíacos e derrames ocorre pela combinação desses fatores.

1

Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar (Edições 2008 a 2017). A estimativa do SUS ou população sem

planos é a diferença entre o resultado do Brasil e da Saúde Suplementar ponderada por sua população.

2

8

OMS-Noncommunicable Diseases Progress Monitor (2017). 3 Global Burden of Cardiovascular Disease (2011).

saúde é informação

80% dos ataques cardíacos prematuros (antes dos 70 anos) e derrames podem ser evitados com alimentação saudável, atividade física regular, controle do consumo de álcool e abandono do uso de tabaco.

30

minutos de atividade física moderada diária são suficientes para uma pessoa deixar de ser sedentária.

5 porções de

frutas e vegetais é o consumo mínimo diário recomendado para uma alimentação saudável.

Apesar deste esforço, uma parcela importante da população está com excesso de peso (54%) ou obesa (19%). Persistir na adoção de hábitos saudáveis é essencial para reverter este cenário.

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

9

Alimentação

VIDA SAUDÁVEL A batalha por uma

10

saúde é informação

S

abemos que as mudanças na alimentação e no estilo de vida não são fáceis! Mas veja, podem ser suficientes para manter longe essas doenças ou para revertê-las, caso já tenham se instalado.

DICAS Dê um passo de cada vez!

O primeiro passo é tomar consciência de que é preciso mudar. Busque ajuda de profissionais de saúde para orientar suas escolhas. Mudanças bruscas podem levar a desistências no meio do caminho.

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

11

Estamos consumindo menos refrigerantes!

Desde 2011, a queda foi de 53% entre os que têm planos de saúde e 50% na população sem planos. Os refrigerantes e os sucos artificiais têm mais açúcar e sódio.

Outra boa notícia: os brasileiros estão consumindo mais frutas e hortaliças. De 2008 a 2016, o crescimento foi de 32% e 20%, na saúde suplementar e na população sem planos, respectivamente.

A OMS recomenda a ingestão máxima diária de 25 gramas de açúcar e 2000 mg (2g) de sódio. Para as frutas e hortaliças, deve-se consumir 400 gramas por dia, em cinco ou mais dias da semana.

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS QUE CONSOME REFRIGERANTES1 Saúde Suplementar vs. SUS3 (2008-2017)

SUS

SAÚDE SUPLEMENTAR

2017

2016

22,2 22,5 22,4 21,9

2015

2011

2017

2016

2015

14,9

2008

18,3 20,0

2014

20,9

2014

2016

2015

2014

2011

2008

SAÚDE SUPLEMENTAR

32,9 30,5 29,4 29,4

2011

17,1

2008

19,6

13,6

2017

2016

2015

2014

2011

2008

17,3 14,7

22,2

2017

21,0

por porção de 100 g

Saúde Suplementar vs. SUS3 (2008-2017)

24,9 20,3

400mg

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS QUE CONSOME A PORÇÃO RECOMENDADA DE FRUTAS E HORTALIÇAS2

30,0

29,2 23,6

É considerado rico em sódio, qualquer alimento com mais de

SUS

Consumo de refrigerantes em 5 ou mais dias por semana na população ≥ 18 anos. 2 Consumo de 5 ou mais porções diárias de frutas e hortaliças na população ≥ 18 anos. 3 A estimativa do SUS é a diferença entre o resultado do Brasil e da Saúde Suplementar ponderada por sua população.

1

Fontes: Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar (Edições 2008 a 2017). Elaboração FenaSaúde.

12

saúde é informação

RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DIÁRIA = 25g

37g

Suco industrializado

148% 80%

20g

Barra de Chocolate

AÇÚCAR

Refrigerante (1 lata, 350ml)

192%

48g 0g

25g

50g

75g

100g

% da recomendação diária

ATENÇÃO PARA A QUANTIDADE DE SÓDIO E AÇÚCAR NOS ALIMENTOS

400mg

Crie o hábito de ler os rótulos dos alimentos para verificar a quantidade de sódio e açúcar!

de sódio tem em 1 sachê de sal, que representa 1/5 da quantidade máxima diária

5g

tem 1 sachê de açúcar, que representa 1/5 da quantidade máxima diária

RECOMENDAÇÃO MÁXIMA DIÁRIA = 2000mg

1700mg

Tempero Industrializado (1cubo)

85%

2000mg

Salsicha (100g)

50%

1000mg 0mg

500mg

100%

1000mg

1500mg

SÓDIO

Macarrão Instantâneo (1 unidade)

2000mg

% da recomendação diária

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

13

10 passos para uma alimentação passo

1

Fazer dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação

passo

5

Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia

passo

6

Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados Ser crítico quanto às informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais

passo

10

passo

2

Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias

passo

4

passo

3

Limitar o consumo de alimentos processados

Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece

passo

7

Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias Dar preferência, quando fora da casa, a locais que servem refeições feitas na hora

passo

8

passo

9

Fonte: Ministério da Saúde

saudável Um prato saudável precisa de...

50% vegetais Baixo valor calórico. Contém vitaminas, minerais e fibras essenciais ao organismo

Sobremesa escolha uma fruta!

25% proteínas Origem vegetal (feijões, tofu, soja, lentilha e outros grãos) ou animal (ovo, frango, carne e peixe)

25% carboidratos Batata doce ou baroa, inhame, mandioca são ótimas opções. Prefira os alimentos integrais

Atividade Física

EXERCÍCIOS: O CAMINHO PARA QUEM BUSCA QUALIDADE DE VIDA NÃO PODE FICAR PARADO

A

população brasileira tem se exercitado mais! Em nove anos (2008-2017), houve um aumento de 147% dos praticantes de atividades físicas. Isto representa 37% dos adultos. O aumento foi de 153% nos usuários de planos de saúde e 144% na população sem planos de saúde.

16

saúde é informação

hĂĄbitos dos brasileiros da saĂşde suplementar

17

Na população de beneficiários, a faixa etária que mais se exercita é a de jovens adultos (18 a 34 anos), cerca de 49% pratica pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana.

Em 2013, o custo mundial com o sedentarismo foi de 67,5 bilhões de dólares. Desse total, 53,8 bilhões com gastos diretos em cuidados à saúde e 13,7 bilhões em gastos indiretos, perdidos em produtividade1.

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS QUE PRATICA ATIVIDADE FÍSICA1

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS QUE NÃO PRATICA ATIVIDADE FÍSICA2

Saúde Suplementar vs. SUS3 (2008-2017)

Saúde Suplementar vs. SUS3 (2011-2017)

Saúde Suplementar

42,3 41,5

15,2

28,8

Prática moderada de atividade física no tempo livre equivalente a pelo menos 150 minutos por semana na população ≥ 18 anos.

1

Fontes: Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar Edições 2008 a 2017. Elaboração FenaSaúde.

14,1

2015

2014

2011

2015

13,5 13,7

2014

2011

2017

2016

2015

2014

2011

2008

2017

2016

2015

2014

2011

2008

14,2 14,6 13,7

14,6

16,4

16,0

16,0 16,0

35,6 36,0 35,6

2017

33,6

2016

34,8

2017

43,4

2016

39,9

Saúde Suplementar

Inatividade física: população ≥ 18 anos que nos últimos 3 meses informa não ter praticado qualquer atividade física no tempo livre, não realiza esforço físico relevante no trabalho, não se desloca para o trabalho ou para a escola caminhando ou pedalando (perfazendo um mínimo de 10 minutos por trajeto) e não participa da limpeza pesada de sua casa.

3 A estimativa do SUS é a diferença entre o resultado do Brasil e da SS ponderada por sua população.

2

Fontes: Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar Edições 2011 a 2017. Elaboração FenaSaúde.

1

18

University of Sydney (2013).

saúde é informação

GASTO CALÓRICO POR ATIVIDADE Por hora em valores calculados para uma pessoa de 70kg.

Cozinhar

Musculação

200 Kcal

350 Kcal

Passear com o cachorro

Dançar

250 Kcal

400 Kcal

Caminhar

Natação

300 Kcal

500 Kcal

Limpeza

Subir escadas

300 Kcal

600 Kcal

Pedalar

Correr

500 Kcal

700 Kcal

Escolha uma atividade que lhe dê prazer e combine com sua rotina. Faça qualquer atividade, mesmo de curta duração. O importante é se movimentar!

A OMS recomenda 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada (20 minutos/dia) ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana (10 minutos/dia).

Troque o elevador pelas escadas Se não tiver nenhuma contraindicação, subir escadas é um ótimo exercício físico. Desafie-se a aumentar aos poucos a quantidade de degraus. Melhora o condicionamento físico, auxilia no emagrecimento e afasta as doenças crônicas!

Persista!

1º mês O organismo precisa de 1 mês para se adaptar a nova rotina.

2º mês O corpo começa a ganhar força e resistência.

3º mês Começa a liberação de endorfina e o metabolismo acelera, o que contribui para o emagrecimento.

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA a mortalidade por doença Reduz cardíaca, pressão alta, derrame, diabetes, síndrome metabólica e câncer.

Combate a depressão. a musculatura e diminui Fortalece o risco das fraturas. do desempenho Melhora cardiorrespiratório. o peso e a gordura Mantém corporal em níveis saudáveis.

20

saúde é informação

O esforço deve ser progressivo.

4º mês Acelera a queima de gordura.

5º mês Aumento progressivo da sensação de bem estar e recuperação da autoestima.

6º mês Desenvolvimento da musculatura.

A ação rapidamente se transformará em resultado.

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

21

Obesidade

A Epidemia da

OBESIDADE NO BRASIL, MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO ESTÁ ACIMA DO PESO!

O

percentual de pessoas com excesso de peso (sobrepeso e obesidade) tem crescido ao longo dos anos.

A taxa de crescimento anual na Saúde Suplementar e na população sem planos foi de 1,5% e 2,5%, respectivamente. Em 2008, o percentual de usuários de planos de saúde com excesso de peso era 47% e na sem planos era 43%. Ambos passaram para 54% em 2017!

22

saúde é informação

NÚMEROS DE INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO COM PLANOS DE SAÚDE

NÚMEROS DE INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO SEM PLANOS DE SAÚDE

2008

2017

47%

54%

2008

2017

43%

54%

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

23

O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida para avaliar se o peso está adequado.

O cálculo leva em consideração o peso e a altura do indivíduo adulto. Para as crianças e adolescentes, além do peso e altura, considera-se o sexo e a idade no cálculo do IMC. A circunferência abdominal também é uma medida importante para avaliar a quantidade de gordura entre os órgãos. Para a OMS, uma medida igual ou superior a 80 cm nas mulheres e igual ou superior a 94 cm nos homens já é um fator de risco, em especial para as doenças cardiovasculares.

IMC

≤18,5

abaixo do peso

18,6 - 24,9

normal

25,0 - 29,9

sobrepeso

30,0 a 34,90

obesidade Grau I

35,0 a 39,90

obesidade Grau II

≥ 40,0

obesidade Grau III (obesidade mórbida)

PESO DOS BRASILEIROS Mais da metade está com sobrepeso, ou seja, peso acima do recomendado (IMC ≥ 25,0). Desde 2008 a média de crescimento anual foi de 1,4%. A população obesa (IMC ≥ 30,0) representa 19% e a média anual de crescimento no mesmo período foi 4,2%.

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS COM SOBREPESO E OBESIDADE1 Saúde Suplementar vs. SUS2 (2008 e 2017)

Saúde Suplementar 32,8%

2008

36,3%

2017

14,1%

2008

17,4%

2017

30,6% 12,8% 34,7%

19,4%

Obesidade Sobrepeso

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Sobrepeso (IMC >= 25 e <= 29,9 kg/m2) e obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) na população ≥ 18 anos. 2 A estimativa do SUS é a diferença entre o resultado do Brasil e da SS ponderada por sua população.

1

Fontes: Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar Edições 2008 a 2017. Elaboração FenaSaúde.

24

saúde é informação

ABAIXO DO PESO

PESO NORMAL

SOBREPESO

OBESIDADE GRAU I

OBESIDADE GRAU II

OBESIDADE GRAU III

Se nada for feito para conter essa evolução, em breve teremos na população brasileira uma proporção de obesos similar à da população americana!

Em 2016, quase 20% da população brasileira estava obesa. Nos Estados Unidos eram 36%, quase o dobro. Em 8 anos (2008-2016), a obesidade no Brasil cresceu 44% contra 17% nos Estados Unidos.

Este crescimento é muito relevante e deve ser um sinal de alerta!

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS COM OBESIDADE1 No Brasil e EUA (2008 e 2016)

Estados Unidos2 31%

2008

2016

36%

2008

17%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 1

Brasil 13%

44% 2016

19%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) na população ≥ 18 anos. 2 Dado de 2017 não disponível.

Fontes: Brasil (Vigitel Brasil. Edições 2008 e 2016). Estados Unidos (OMS). Elaboração: FenaSaúde

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

25

De acordo com a World Obesity Federation, até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo com os maiores gastos no tratamento de problemas causados pela obesidade: 275 bilhões1 de dólares, média de 34,4 bilhões por ano.

Probabilidade de tornar-se obeso na 80% Ambos os vida adulta pais obesos

80% Adolescente obeso

50%

Obeso em idade escolar

40%

Mãe ou Pai obeso

8% Ambos os pais magros Fonte: Barshel et al. Nature 2000.

404 – 644-51; J Pediatr (Rio J) 2000; 76(Supl.3):s305-s10

1

26

2017. www.worldobesity.org/news/world-obesity-day-data-released/

saúde é informação

O QUE FAZER? ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL É FUNDAMENTAL! Escolha alimentos ricos em nutrientes. Evite ou reduza o consumo de doces, sal, gorduras saturadas e álcool. Siga uma rotina, com horários regulares.

Inclua pequenos lanches entre as refeições. As frutas e alimentos oleaginosos, como amêndoas, castanhas, nozes, são boas opções de lanches saudáveis.

MANTENHA-SE BEM HIDRATADO! Lembre-se que a água representa cerca de 70% da composição do organismo. A ingesta adequada de líquidos ajuda na perda de peso, pois gera saciedade. A sede pode ser confundida com a fome, levando ao consumo desnecessário de alimentos.

Recomenda-se beber 35 ml de água por quilo de peso, ou seja, uma pessoa de 70 kg deve beber 2 litros e 450 ml de água por dia.

PRATIQUE ATIVIDADES FÍSICAS! O exercício é a melhor forma de combater o excesso de peso e a obesidade, pois ajuda a queimar calorias.

Escolha alguma atividade que lhe agrade e adote um estilo de vida mais ativo. Suba escadas, caminhe, abandone os controles remotos, não fique horas diante da televisão e computador.

ELIMINE A GORDURA ABDOMINAL A prática de atividades aeróbicas , a redução da quantidade de calorias e todas as recomendações acima contribuem para reduzir a gordura acumulada no abdome.

DURMA O SUFICIENTE O sono regular e tranquilo, em ambiente adequado, reduz a ansiedade e contribui para prevenir sobrepeso e obesidade. Quem dorme pouco ou tem uma qualidade de sono ruim, tem mais chances de aumentar o peso.

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

27

Alcoolismo

ÁLCOOL O consumo abusivo e seu prejuízo à saúde

28

saúde é informação

N

BRASIL

a Saúde Suplementar, os homens consomem mais que o dobro da quantidade de bebidas alcoólicas que as mulheres. De 2008 a 2017, houve um crescimento de 7% no consumo abusivo de álcool em ambos os sexos. No entanto, entre as mulheres este aumento foi de 29%, quase 4 vezes maior que no sexo masculino. Neste mesmo período, na população sem planos de saúde, houve um crescimento de 23% do consumo abusivo de álcool no público feminino, enquanto entre os homens cresceu 2%.

27% é o percentual de consumo de álcool entre os homens

12%

é o percentual de consumo de álcool entre as mulheres

PERCENTUAL DE INDIVÍDUOS COM CONSUMO DE ÁLCOOL ABUSIVO1 Masculino

Saúde Suplementar vs. SUS2 (2008 e 2017)

Feminino

Saúde Suplementar 26,5%

26,8%

2008

2008

9,8%

9,7% 27,2%

26,9% 2017

2017

12,5%

12,1%

Consumo de quatro ou mais doses (mulher) ou cinco ou mais doses (homem) de bebida alcoólica em uma mesma ocasião na população ≥ 18 anos, nos últimos 30 dias. 2 A estimativa do SUS é a diferença entre o resultado do Brasil e da SS ponderada por sua população.

1

Fontes: Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar Edições 2008 e 2017. Elaboração FenaSaúde.

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

29

Para a OMS, não existe um padrão seguro para o consumo de álcool. Quando uma pessoa bebe, há sempre algum risco para a própria saúde ou para a segurança de terceiros. De forma geral, é considerado consumo de baixo risco a ingestão de álcool em quantidade que não ofereça riscos significativos à saúde. A recomendação da OMS para os homens é não exceder 3 doses por dia e 15 doses por semana. As mulheres não devem ultrapassar 2 doses por dia e 10 por semana.

Algumas informações sobre o consumo de álcool1 Pessoas que ingerem 3 ou mais doses diárias são consideradas “bebedores pesados de álcool”.

Mulheres que consomem entre 2 a 5 doses/diárias têm o risco de câncer de mama aumentado em 41%.

A cirrose hepática é um alto fator de risco para o câncer de fígado (2/3 dos cirróticos desenvolvem câncer).

30% dos cânceres de fígado são devidos ao uso de álcool.

Indivíduos que consomem 50 g ou mais de álcool/dia têm risco significativamente maior de câncer de próstata de alto grau de malignidade.

De 2010 a 2016, o consumo de álcool no mundo permaneceu estável: 6,4 litros de álcool puro por pessoa com 15 anos ou mais.

No Brasil, o consumo estimado de álcool em 2016 foi de 7,8 litros de álcool puro por indivíduo2.

1 2

30

CISA - Centro de Informações sobre Saúde e Álcool.

OMS - Estatísticas mundiais de saúde 2018.

saúde é informação

UMA DOSE DIÁRIA CONTÉM APROXIMADAMENTE DE 10 A 12g DE ÁLCOOL PURO QUE EQUIVALE A:

330 ml de cerveja

100 ml de vinho

30 ml

de destilado

O Brasil adota o padrão da OMS para definir os consumidores de álcool4 DESCRIÇÃO

TIPO DE CONSUMO

Beber quantidades moderadas e que não causam problemas Uso de bebidas alcoólicas de acordo com os costumes sociais e em companhia de outras pessoas. Não equivale ao beber moderado.

As motivações devem ser socialmente aceitáveis.

Exceder a quantidade diária aceitável (mais de 2 ou 3 doses, conforme sexo) Exceder a quantidade semanal aceitável (mais de 10 ou 15 doses, conforme sexo) Beber mais de 5 doses por evento, pelo menos uma vez por semana

4

MODERADO

SOCIAL

INTENSO

O consumo de bebida causa problemas de saúde ou sociais (individuais ou coletivos) Dependendo do contexto, pode ser associado ao alcoolismo, em estágio precoce ou menos grave

PROBLEMÁTICO

Consumo intenso por período prolongado, de maneira propositada. Em geral, intercalados com períodos de abstinência

COMPULSIVO PERIÓDICO

Consumo ≥ 60 gramas (5-6 doses) de álcool puro em uma única ocasião, ao menos uma vez por mês Pode ter consequências prejudiciais como intoxicações, lesões e violências.

PESADO EPISÓDICO

Adaptado. CISA - Centro de Informações sobre Saúde e Álcool.

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

31

Tabagismo

32

saúde é informação

PARAR É PRECISO NOS ÚLTIMOS ANOS, O PERCENTUAL DE FUMANTES NO BRASIL DIMINUIU, PRINCIPALMENTE NA POPULAÇÃO COM PLANOS DE SAÚDE.

E

m 9 anos (2008 a 2017), os beneficiários de planos de saúde diminuíram, em média, 6,2% o consumo de tabaco ao ano. As maiores quedas ocorreram nas faixas etárias de 18 a 24 anos (52%) e de 25 a 34 anos (53%).

Isto mostra que os jovens estão fumando menos! 6,1% da população entre 18 a 24 anos se declararam fumantes na saúde suplementar. Em 2008, eram 12,7%. A faixa etária de 35 a 44 anos concentra o maior percentual de fumantes (9,8%).

Na população sem planos, a diminuição no consumo de tabaco foi de 4,7% ao ano, sendo que a maior queda foi observada entre os jovens (48%).

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

33

PERCENTUAL DE FUMANTES1 Saúde Suplementar vs. SUS2 (2008-2017)

6,2%

16,2

SAÚDE SUPLEMENTAR

10,9

2016

2015

2011

2008

2017

2015

2016

7,2 7,3 7,9

2014

2011

8,7

2014

11,5 11,5 11,2

10,3

SUS

População ≥ 18 anos que consume tabaco. 2 A estimativa do SUS é a diferença entre o resultado do Brasil e da SS ponderada por sua população.

1

Fontes: Vigitel Brasil e Vigitel Brasil Saúde Suplementar Edições 2008 a 2017. Elaboração FenaSaúde.

2017

16,7 14,0

2008

10%

4,7%

dos homens na Saúde Suplementar declararam ser fumantes

6%

das mulheres na Saúde Suplementar declararam ser fumantes

A maior causa evitável de mortes no mundo é o tabagismo (consumo de tabaco), que tem relação com vários tipos de câncer, dentre eles o de pulmão. No Brasil, 13% dos homens1, 8% das mulheres1 e 5% dos adolescentes2 ainda são fumantes.

O câncer no pulmão é um dos tipos mais agressivos e mais comuns no mundo (1,8 milhão de casos). Fumantes chegam a ter 20 vezes mais chances de ter esse tipo de câncer que não fumantes. Em 5 anos de doença instalada, apenas 10% a 15% dos acometidos sobrevivem2.

1

34

Vigitel. 2 Instituto Nacional do Câncer (INCA).

saúde é informação

PERDA ANUAL COM O TABAGISMO Brasil – R$ Bilhões (2015)

39,4 bilhões

Despesas médicas diretas

17,5 bilhões

Perdas indiretas de produtividade Fontes: INCA/MS - “O tabagismo no Brasil: Morte, doença e política de preços e impostos” 2017, dados de 2015.

31mil casos de câncer de pulmão por ano é o que estima o Ministério da Saúde para os anos de 2018 e 2019

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

35

Quem abandona o vício do fumo VEJA AS MELHORAS NO ORGANISMO, CONFORME O TEMPO Pressão sanguínea e pulsação normalizam

20 minutos

2

horas

Nível de oxigênio no sangue normaliza

8

horas

2

Dias

Risco de infarto começa a diminuir; Melhora da respiração e circulação sanguínea

semanas meses

ano

Risco de câncer de pulmão cai pela metade

Melhora do olfato e do paladar

2- 3

1 Risco de infarto do coração igual ao de quem nunca fumou;

Nicotina não circula mais no sangue

Risco de morte por infarto se reduz à metade

5 - 10 anos

anos

20

anos

Risco de câncer de pulmão igual ao de quem nunca fumou

tem muito a ganhar!

Por ano

CUSTO MÉDIO COM O CONSUMO DIÁRIO DE 1 A 2 MAÇOS DE CIGARROS Por mês

Por dia

R$7 a R$14

R$210 a R$420

R$2.555 a R$5.110

RENDA MÉDIA ANUAL DO BRASILEIRO – R$ 15.216

2a4

30% a 60%

10% a 20%

salários por ano

do valor gasto com habitação e alimentação

de um carro zero

Fontes: PNAD (IBGE). Renda média em 2017.

Para ser um ex-fumante é preciso de 1 ano sem consumo de tabaco!

hábitos dos brasileiros da saúde suplementar

37

Comportamento

38

saúde é informação

HĂĄbitos

que precisam melhorar

hĂĄbitos dos brasileiros da saĂşde suplementar

39

O

s dados mostram que a população brasileira ainda precisa melhorar os hábitos relacionados à alimentação, a fim de diminuir os índices de sobrepeso e obesidade, e ao consumo de álcool, em especial na população feminina.

Aproximadamente 45%1 das atividades diárias tendem a se repetir, tornando-se hábitos.

Aderir e reforçar hábitos saudáveis ajuda a prevenir diversas doenças crônicas e tipos de câncer. Bons hábitos não são criados repentinamente, leva-se tempo e adaptação até que se tornem parte do cotidiano, porém os ganhos com qualidade de vida são benéficos e valem a pena.

DICAS

4

hábitos podem reduzir em até 80% o risco de morte e proporcionar uma vida mais longa.

Uma pesquisa americana2 mostrou que quatro hábitos podem reduzir em até 80% o risco de morte e proporcionar uma vida mais longa.

São eles: prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e equilibrada, manutenção do peso e não fumar.

Bons hábitos não são criados repentinamente, leva-se tempo e adaptação até que se tornem parte do cotidiano, porém os ganhos com qualidade de vida são benéficos e valem a pena.

1

http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1111/j.1467-8721.2006.00435.x.

2 Johns Hopkins University (2013). https://academic.oup.com/aje/article/178/1/12/110431.

40

saúde é informação

POPULAÇÃO ASSISTIDA: SAÚDE SUPLEMENTAR (PLANOS MÉDICOS) E SUS | População 2016 IBGE, Tabnet ANS extraído em agosto/2018

2008

2018

192

209

milhões

milhões

Brasil

Brasil

Saúde Suplementar SUS

162

151

milhões

milhões

47

41 milhões

milhões

UM AUMENTO DE:

9 ,2 %

da população

15,9%

de assistidos pela Saúde Suplementar

7 ,4 %

de assistidos pelo SUS

A Federação Nacional de Saúde Suplementar É a entidade que representa vinte empresas entre seguradoras especializadas em saúde, medicinas de grupo e odontologias de grupo, sendo uma das federações associativas que compõem a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização – CNseg.

Missão Nossa missão é contribuir para a consolidação do mercado privado de assistência à saúde, através da troca de experiências e avaliações de temas de interesse comum, do desenvolvimento de propostas para o crescimento e desenvolvimento do mercado e do nosso fortalecimento como representação institucional das operadoras privadas de saúde suplementar.

Associadas FenaSaúde Dados março/2018

39,2 %

40,0 %

34,7 %

18,5 %

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

CRESCIMENTO

na receita do setor

na despesa assistencial do setor

no número de beneficiários

nos últimos 5 anos do número de beneficiários de planos médicos

20

17

7

9

2018 - Publicação trimestral da Federação Nacional de Saúde Suplementar – FenaSaúde.

As informações têm o propósito de auxiliar o consumidor nos cuidados com a saúde e não substituem as orientações dos profissionais de saúde.

Permitida a reprodução do conteúdo desde que citada a fonte.

Disponível em versão digital para download. https://goo.gl/UP2FSP

45,1 %

72,9

73,0

61,2

CRESCIMENTO

BILHÕES

BILHÕES

BILHÕES

nos últimos 5 anos do número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos

de reais em receitas de contraprestações crescimento 10,5%

de reais em despesa total crescimento 9,1% Período 2017/2018

de reais em despesa assistencial crescimento 10,1% Período 2017/2018

Conheça as iniciativas da FenaSaúde em

www.fenasaude.org.br