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7.7 Úlcera de córnea
Cães e pessoas que apresentarem esses sinais devem ser imediamente encaminhadas para atendimento hospitalar, pois se trata de uma doença potencialmente fatal e pode infectar outros contactantes. Todos os cães contactantes com o animal enfermo
devem ser tratados mesmo que não apresentem sinais, assim como os ambientes por este frenquentado devem ser desinfetados com soluções à base de iodo ou alvejantes estabilizados. A principal forma de prevenção é vacinação anual ou semestral, nos casos de cães em zonas de risco. Deve-se evitar que os animais tenham acesso a ambientes alagados e com água estagnada e contato ou compartilhamento de áreas com animais silvestres.
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7.7. ÚLCERA DE CÓRNEA
Úlcera de córnea é uma ferida na porção transparente do olho, a córnea, causada por traumatismo, inversão da pálpebra por excesso de pele, olho seco, tumores palpebrais, irritações por fumaça e luz UV, etc. A córnea é dividida em 5 camadas: filme lacrimal, epitélio, estroma, membrana de Descemet e endotélio, do mais externo para o mais interno. Os terminais nervosos são mais numerosos no epitélio e vão diminuindo com o aumento da profundidade. Assim, úlceras superficiais apresentam sinais de dor
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elevada em relação às profundas, podendo levar os tutores de animais ao erro, por não procurar ajuda médica ao notar a diminuição do incômodo da lesão, que pode estar se tornando cada vez mais profunda.
Os principais sintomas de uma lesão na córnea são vermelhidão, dor e coceira nos olhos, secreções amareladas, lacrimejamenteo ou olho seco, piscar excessivamente, prolapso de terceira pálpebra e opacidade da córnea. Após ocorrer uma lesão na córnea, ocorre a invasão bacteriana que causa a progressão da lesão, podendo ocorrer perfuração do olho. As principais bactérias envolvidas na colonização e complicação da úlcera são a Escherichia coli e a Pseudomonas spp. Com a suspeita de ulceração da córnea é indicado
utilizar um colar elizabetano (“cone”) e procurar atendimento veterinário o mais rápido possível, evitando complicações como a cegueira até a indicação de amputação do olho. O diagnóstico é realizado pela inspeção da córnea e exames complementares, em que o veterinário avalia a necessidade de tratamento cirúrgico ou conservador, com colírios antibióticos e antinflamatórios.
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